RESUMO: A ocorrência dos distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho (DORT) vêm crescen-
do nas últimas décadas. Os procedimentos de movimentação e transporte de pacientes requerem gran-
de esforço físico e estão associados a problemas musculoesqueléticos em trabalhadores da área da
saúde. O presente estudo teve como objetivo mapear os riscos ergonômicos durante os referidos proce-
dimentos em unidades de internação, clínicas e cirúrgicas de um hospital universitário de Campinas,
São Paulo, no ano de 2003. Para a coleta de dados, foi utilizado um instrumento denominado escala de
avaliação do risco na movimentação e transferência, que apresenta propriedades psicométricas
confiáveis, tendo como referencial teórico a ergonomia. Os resultados, obtidos através de análise esta-
tística descritiva simples, de um total de 288 pacientes, demonstraram que a UTI é a unidade que
apresentou o maior percentual de pacientes (64%), os quais oferecem muito risco ergonômico aos tra-
balhadores. As unidades envolvidas com cirurgia apresentaram pacientes oferecendo médio risco. Os
pacientes que ofereceram pouco risco ergonômico estão localizados, em sua maior parte, em unidades
de clínica médica. A partir desses resultados, as unidades de internação terão condições de planejar pro-
gramas ergonômicos de prevenção com a introdução de equipamentos e materiais auxiliares, conside-
rando suas particularidades.
Palavras-chave: Dor lombar; ergonomia; transporte de paciente.
ABSTRACT
ABSTRACT:: Work-related musculoskeletal disorders (WMSDs) have been rising over the last few
decades. Great physical effort is required when moving and transporting patients and is associated with
musculoskeletal problems in health care workers. The purpose of this study was to map out the ergonomic
risks presented during the referred procedures in different inpatient units (clinical or surgical) from a
State University Hospital in the year of 2003. The data collection tool applied was the Risk Assessment
Scale for Moving and Transference which is based on the ergonomic theory and has reliable psychometric
properties. A simple descriptive statistical analysis was applied to a sample composed of 288 patients.
The results showed that the ICU had the largest percentage of patients (64%) who presented an
ergonomically high risk for health care workers. The patients from the surgical units offered average
risk, while most of the clinical medicine unit patients were ergonomically of low risk. According to these
data, the inpatient units will be able to plan preventive ergonomic programs by introducing proper
equipment and material according to their special needs.
eywords: Low back pain; ergonomics; transportation of patient.
Keywords:
INTRODUÇÃO
Em todo mundo, a ocorrência dos distúrbios Os trabalhadores de enfermagem são especial-
osteomusculares relacionados ao trabalho (DORT), mente susceptíveis a lesões na coluna vertebral pelo
mais conhecidos no Brasil como lesões por esforços fato de terem que movimentar e transportar pacien-
repetitivos (LER), vêm crescendo nas últimas déca- tes regularmente, o que representa um evento
das. Os principais distúrbios observados nos traba- acumulativo, que predispõe, sobretudo, a algias ver-
lhadores de enfermagem estão relacionados à colu- tebrais3,4,5. A dor lombar é um problema comum e
na vertebral, sendo mais atingidas as regiões cervical que acarreta perda de dias de trabalho e um alto cus-
e lombar1,2. to financeiro anualmente dentro da área de enfer-
magem6. A maioria dos episódios de dor lombar cessa rem realizados 14 . É importante considerar as
ou melhora em poucas semanas, mas sintomas crôni- especificidades de cada unidade e de seus pacientes.
cos ou recorrentes são comuns. Segundo Parada, Ale- Dentro desse contexto, o presente trabalho tem
xandre e Benatti7, as lesões dorsais ocupacionais ocor- por objetivo mapear os riscos ergonômicos durante
rem principalmente pela movimentação e transporte os procedimentos de movimentação e transporte de
de equipamentos e pacientes, e pelas quedas. pacientes em diferentes unidades de internação de
Existem inúmeros fatores que interferem na um hospital universitário. A partir desses dados será
execução dos procedimentos de movimentação e possível a realização de uma avaliação que irá trazer
transporte de pacientes, destacando-se o reduzido aos administradores da instituição condições de de-
espaço físico, o número insuficiente de profissionais, finir programas ergonômicos de prevenção, consi-
a presença de equipamentos inadequados, como ca- derando prioridades na introdução de equipamen-
mas sem travas nas rodas, macas e cadeiras de rodas tos e materiais auxiliares.
sem manutenção, a falta de materiais auxiliares, en-
tre outros8. A ocorrência de lesões dorsais apresenta METODOLOGIA
maior risco em clínicas ortopédicas e geriátricas,
principalmente em trabalhadores que executam suas A pesquisa*** foi realizada em todas as uni-
atividades em tempo integral9,10. dades de internação, clínicas e cirúrgicas, de um hos-
A ergonomia deve ser utilizada como estraté- pital universitário estadual, que tem como caracte-
gia fundamental de prevenção ao desenvolvimento rística ser geral, governamental e de referência para
de enfermidades dorsais, para as quais os trabalha- outros hospitais. A Pediatria foi excluída deste estu-
dores de enfermagem representam um grupo de ris- do, pois o instrumento de coleta de dados foi desen-
co11. A implementação de treinamentos e reciclagem volvido para ser utilizado apenas com adultos.
também é parte obrigatória de programas Os dados foram coletados durante um período
ergonômicos de prevenção de lesões musculo- preestabelecido de dois meses, por uma das pesqui-
esqueléticas entre trabalhadores da saúde. Esses sadoras, através de observação direta do paciente e
procedimentos devem ser aprendidos e pratica- consulta aos prontuários. O projeto foi concluído em
dos de uma forma planejada e sistemática8. É im- 12 meses.
portante salientar que os métodos de ergonômicos Para a coleta de dados foi utilizado um instru-
de movimentação e transporte de pacientes devem mento denominado escala de avaliação do risco na
ser implementados a partir da formação acadêmica movimentação e transferência14 (Anexo 1). Essa es-
dos futuros profissionais. Se o estudante conhecer cala apresenta propriedades psicométricas confiáveis
os procedimentos corretos desde o início, este fator e foi desenvolvida tendo como referencial teórico a
poderá influenciar nos métodos de como o processo ergonomia. O instrumento constitui-se em uma es-
é realizado na vida prática12. cala que deve ser preenchida por um trabalhador da
Alexandre e Rogante8 defendem que as habili- saúde, podendo fazer parte dos registros do cliente.
dades em movimentação de pacientes devem ser Inicialmente, apresenta uma parte contendo dados
complementadas com o estabelecimento de práti- da unidade de internação e do paciente. Posterior-
cas seguras de trabalho, dentro de uma estrutura mente, compreende oito tópicos, com três respecti-
ergonômica, usando-se, sempre que possível, mate- vas alternativas. Esses tópicos são: peso, altura, ní-
riais e equipamentos auxiliares. A implementação vel de consciência e psicomotricidade, mobilidade
de métodos ergonômicos de movimentação e trans- na cama, transferência da cama/maca ou cama/ca-
porte promove redução da tensão dorsal na equipe deira e vice-versa, deambulação, cateteres e equipa-
de enfermagem e possibilita que o paciente se sinta mentos utilizados pelo paciente e ambiente. A pon-
mais confortável e seguro3,13. O primeiro passo para tuação conferida a cada paciente pode variar entre
utilização de uma abordagem ergonômica é o esta- 8 e 24. O paciente situado na faixa entre 8 e 12 pon-
belecimento de um planejamento antes do processo tos oferece pouco risco durante os procedimentos de
de movimentação e transporte de pacientes. É es- movimentação e transporte, ou seja, não necessita
sencial a realização de uma avaliação do local de tra- de auxílio e requer supervisão da equipe de enfer-
balho e do paciente, com alternativas para torná-los magem. Aquele situado entre 13 e 18 pontos ofere-
menos prejudiciais. Deve-se realizar, também, uma ce médio risco, ou seja, necessita de planejamento,
avaliação do paciente relacionada à sua dependên- auxílio da equipe de enfermagem e de pequenos equi-
cia e necessidades durante os procedimentos a se- pamentos, como plásticos deslizantes, pranchas, cin-
tos, barra tipo trapézio no leito, escada e cordas, Muito risco ergonômico
discos giratórios, tábua de transferência e blocos Observou-se que a Unidade de Terapia In-
de mão antiderrapantes. Os pacientes situados tensiva (UTI) foi a unidade que apresentou a
entre 19 e 24 pontos oferecem muito risco à equi- maioria de seus 11 pacientes, 64%, oferecendo
pe durante os procedimentos citados anteriormen- muito risco ergonômico para a equipe de enfer-
te, ou seja, necessita de um rigoroso planejamen- magem durante os procedimentos de movimen-
to, auxílio da equipe de enfermagem e de equi- tação e transporte (Figura 1).
pamentos mecânicos, como, por exemplo, eleva- Esse fato pode ser explicado, principalmen-
dores mecânicos. te, devido ao grande número de pacientes in-
O presente estudo avaliou 288 pacientes, re- conscientes, com uma grande quantidade de
presentando o total de pacientes internados nas clí- cateteres e equipamentos utilizados pelos mes-
nicas referidas e uma taxa de 85,46% do total de lei- mos (equipos de soro, monitores cardíacos, son-
tos disponíveis. A análise dos dados foi realizada atra- dagem vesical, entre outros) e dependentes dos
vés de uma análise estatística descritiva simples. cuidados da equipe de enfermagem.
O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética Alexandre e Rogante8 ressaltam que, antes
em Pesquisa da instituição. de iniciar o processo de movimentação e o trans-
porte de pacientes, um dos principais cuidados é
RESULTADOS E DISCUSSÃO a observação da presença de soros, sondas e ou-
tros equipamentos conectados ao paciente, já que
O presente estudo verificou a porcentagem estes são apontados como prejudiciais para a exe-
de pacientes que oferecem pouco, médio ou muito cução do procedimento. Pacientes situados nessa
risco ergonômico à equipe de enfermagem durante faixa de classificação exigem que a equipe reali-
os procedimentos de movimentação e transporte em ze um rigoroso planejamento antes da realização
cada unidade de internação. Com isso, foi possível dos procedimentos, e, além disso, é necessário o
verificar qual o grau de risco oferecido pelas unida- auxílio da equipe de enfermagem e de equipa-
des de internação de um hospital universitário e as mentos mecânicos14.
possíveis soluções adequadas para o problema em Em um estudo realizado por Zanon e
questão. Marziale15, a inadequação do espaço físico, a eleva-
Para acompanhar a pontuação do instrumento da carga física e a falta de pessoal para realização
utilizado, os resultados e a discussão serão apresen- desses procedimentos são citados como fatores que
tados em três fases: unidades que apresentam muito, dificultam o trabalho. Já se sabe que os pesos levan-
médio e pouco risco ergonômico. tados por trabalhadores de enfermagem igualam-se
100
90
80
64
70
60
% 50
36
40
30
20
10 0
0
Pouco risco Médio risco Muito risco
TABELA 1: Classificação dos riscos ergonômicos em unidades de internação que apresentaram maior parcela de pacientes na
faixa de médio risco ergonômico. Campinas, 2003.
O tipo de clientela assistida nas unidades, tais pamentos utilizados para transferência de pacientes
como Traumatologia, Neurocirurgia, Cirurgia (maca, cadeira de rodas e refil de maca de centro
Vascular, reforça a classificação de médio risco. No cirúrgico) apresentavam problemas no funcionamen-
entanto, é importante destacar que, apesar de pos- to. Entre estes, pode-se citar: cadeira e maca sem
suírem a maior parte dos pacientes nessa faixa, essas travas, ou com rodas de difícil movimentação, ca-
unidades também apresentaram pacientes que ofe- deira de rodas com braços não removíveis, sem pe-
recem muito risco ergonômico para os trabalhado- dal e cadeira de rodas sem local para colocação de
res de enfermagem. Já foi verificado que a realiza- suporte de soro.
ção de procedimentos em unidades como a Ortope- No presente estudo, um dos principais pro-
dia representam um risco para o desenvolvimento blemas foi a ausência de travas em macas e cadei-
de distúrbios musculoesqueléticos e dor lombar pela ras de rodas, exigindo que uma outra pessoa se
encarregue de apoiar o equipamento para que tebral13,20,21. Quando os recursos tecnológicos não
ele não deslize, comprometendo a segurança do estão disponíveis e o uso da técnica manual é ine-
paciente durante os procedimentos de movi- vitável, o ideal é a utilização de acessórios du-
mentação do mesmo. A existência de cadeiras rante os procedimentos22.
de rodas, macas e refis de macas danificados Os trabalhadores de enfermagem têm
ou sem manutenção compromete a condução consciência dos esforços e desgastes físicos ne-
desses equipamentos pelos corredores do hos- cessários para a execução da atividade de mo-
pital, exigindo o emprego de um esforço físico vimentação de pacientes acamados e que se
maior por parte dos trabalhadores do setor. As encontram despreparados em relação ao uso
instituições de saúde devem ser conscientizadas de técnicas corretas 15 . Por isso, existe a ne-
de que o controle eficiente do ambiente e dos cessidade da implementação de programas
equipamentos utilizados em hospitais é funda- ergonômicos nos locais de trabalho, com cur-
mental para o bom andamento do trabalho e sos de reciclagem para os funcionários, e aqui-
para a prevenção de doenças profissionais e sição de materiais adequados para esses pro-
acidentes de trabalho18. cedimentos. A ergonomia tem, aqui, importan-
te papel, com o objetivo de satisfazer as ne-
Pouco risco ergonômico cessidades humanas no ambiente de trabalho,
Várias unidades de internação do hospital uni- promovendo a saúde e o bem-estar, analisan-
versitário estudado apresentaram a maioria de seus pa- do as situações de trabalho e eliminando os
cientes oferecendo pouco risco ergonômico (Tabela 2). elementos agressores 11.
TABELA 2: Classificação dos riscos ergonômicos em unidades de internação que apresentaram maior parcela de pacientes
na faixa de pouco risco ergonômico. Campinas, 2003.
Os pacientes situados nessa faixa de clas- De acordo com Alexandre e Rogante8, o pro-
sificação não necessitam de cuidado direto du- cedimento de movimentação e transporte paci-
rante os procedimentos de movimentação e entes deve ser composto por um planejamento que
transporte, mas requerem ajuda e supervisão compreende uma avaliação das condições físicas
da equipe de enfermagem. É importante des- e preparo do cliente, preparo do ambiente e dos
tacar que, mesmo entre as unidades que apre- equipamentos e o preparo da equipe. O ambiente
sentaram a maior parte de pacientes com clas- de trabalho deve ser bem avaliado, visto que o
sificação de pouco risco, ainda pode-se encon- espaço físico restrito limita os movimentos e é
trar taxas relevantes de pacientes que repre- apontado como um dos fatores causadores de do-
sentam médio e muito risco, como foi o caso res nas costas em trabalhadores de enfermagem2,
da Unidade Coronariana. Por isso, deve-se dar e o piso escorregadio favorece a ocorrência de aci-
atenção às particularidades de cada unidade dentes relacionados às quedas1.
a ser analisada. Para finalizar, espera-se que os resultados for-
O uso de técnicas adequadas, durante os re- neçam subsídios para que cada unidade em par-
feridos procedimentos, e de equipamentos auxili- ticular desenvolva programas ergonômicos, de
ares pode reduzir os esforços sobre a coluna ver- acordo com as classificações encontradas.
Anexo
ESCALA DE AVALIAÇÃO DO RISCO NA MOVIMENTAÇÃO E TRANSFERÊNCIA
Iniciais: Idade:
Unidade: Leito:
Data de internação: Diagnóstico:
Enumere um valor de 1 a 3 de acordo com a avaliação para cada item, e verifique no verso da folha as definições
para cada item citado..
Definições
1- Peso
1= equivale ao peso até 50 kg;
2= indica um peso de 51 kg a 69 kg;
3= o paciente deverá pesar igual ou superior a 70 kg.
2- Altura
1= equivale a uma altura até 1,50m;
2= equivale a estatura entre 1,51m e 1,79m;
3= indica que o paciente possui estatura igual ou superior a 1,80m.
3- Nível de consciência e psicomotricidade
1= alerta: o paciente responde apropriadamente aos mínimos estímulos, e na ausência deles está desperto e pare-
ce perceber o meio;
2= confusão/ letargia
·confusão: o paciente tem alteração ainda que transitória do nível de consciência, alteração da orientação e
atenção, possível (mas não é obrigatória) distúrbios da senso-percepção (ilusões, alucinações) e do julgamento
(idéias delirantes). Pode apresentar alguma inquietação motora;
·letargia: o paciente pode parecer lento ou hesitante ao falar, aos estímulos tátil e verbal ele responde apropriada-
mente e torna-se mais alerta, pode manifestar confusão diante de problemas complexo;
3= inconsciência/agitação psicomotora:
·inconsciência: o paciente não percebe impressões sensoriais devido às alterações estruturais/funcionais ou por
indução de drogas;
·agitação psicomotora: é a aceleração e exaltação de toda atividade motora do indivíduo, geralmente secundária
a um taquipsiquismo acentuado. Comumente associa-se à hostilidade e à heteroagressividade.
4- Mobilidade na cama
1= independente: o paciente realiza todos os movimentos, mexe os membros inferiores e superiores, vira o corpo
para os lados, senta-se na cama, sem necessitar de auxílio;
2= movimenta-se com auxílio: o paciente mexe os membros inferiores e superiores, consegue virar parcialmente,
o corpo para os lados e só se senta na cama com auxílio;
3= dependente: o paciente não consegue mexer os membros inferiores e superiores, depende totalmente da equi-
pe de enfermagem.
5- T ransferência da cama/maca para cama/cadeira e vice-versa
Transferência
1= independente: o paciente consegue sentar-se na cama ou virar o corpo e transferir-se sem ajuda, e fazer o
processo de retorno para cama;
2= transfere-se com auxílio: o paciente consegue mexer os membros superiores e inferiores, vira o corpo parcial-
mente e para transferir-se necessita da supervisão e auxílio da equipe de enfermagem, como também para fazer
o processo de retorno para a mesma;
3= dependente: o paciente não realiza nenhum movimento citado acima, depende totalmente da equipe de enfer-
magem.
6- Deambulação
1= independente: o paciente deambula sem necessitar de auxílio da enfermagem/órteses e próteses;
2= deambula com auxílio: o paciente necessita de auxílio e supervisão da equipe de enfermagem;
3= dependente: o paciente não deambula.
7- Cateteres e equipamentos utilizados pelo paciente
1= Até um: o paciente não possui nenhum ou possui até um acessório ou equipamento conectado;
2= Dois a quatro acessórios: o paciente possui de dois a quatro acessórios ou equipamentos conectado;
3= Mais de cinco acessórios: o paciente possui cinco ou mais acessórios ou equipamentos conectados.
Considera-se acessórios e cateteres como: sonda vesical, nasogástrica/enteral, drenos, soros, cateteres periféri-
cos e centrais, bolsas de colostomia.
Em relação aos equipamentos: monitores, respiradores, bomba de infusão, oxímetros, máquina de hemodiálise,
balão intra-aórtico, gerador de marcapasso, colchão hipo/hipertérmico, tração transesquelética e cutânea.
8- Ambiente do paciente
1= bom: quando o ambiente não proporciona risco, durante o processo de movimentação e transferência do paci-
ente. Possui espaço físico e piso adequado***, camas com altura ajustável, maca/cama e cadeira com travas nas
rodas.
2= potencial para risco: tem a presença de um dos fatores de risco como espaço físico restrito, piso irregular ou
camas sem altura ajustável, maca/cama e cadeiras sem travas na rodas.
3= risco: quando o ambiente apresenta dois ou mais dos fatores de risco como piso irregular, espaço físico restrito
ou camas sem altura ajustável, maca/cama e cadeiras sem travas na rodas.
Piso adequado: fácil limpeza e resistente, não deverá ter frestas, saliências, área molhada deverá ser revestido
com material antiderrapante.
Notas
*
Graduanda em Enfermagem, aluna do 6.º semestre da Faculdade de Ciências Médicas (FCM), Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP),
Campinas, SP. E-mail: cris_gallasch@hotmail.com
**
Professora Associada do Departamento de Enfermagem da Faculdade de Ciências Médicas (FCM), Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP),
Campinas, SP.
***
Projeto de Iniciação Científica desenvolvido através de financiamento do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica –
PIBIC/CNPq.
****
Dimensionamento área física/leito
·Internação geral - distância entre leitos paralelos: 1m, distância entre leito e paredes (lateral): 0,5m
·UTI: 9m2