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Copa Arena – Fortaleza da Juventude

Nota de repúdio

É necessário um olhar de respeito às questões de gênero, tratados no Esporte participativo


e inclusivo. Desde a formulação de regulamentos que não representam a realidade das
mulheres que competem até o reforço às práticas de violência contra a mulher. Não se
trata, somente, de criar mais competições ou abrir mais vagas para os times femininos,
não se pode apenas repetir modelos que não correspondem a necessidade das mulheres,
muitas vezes copiados e colados de regulamentos masculinos, com artigos controversos
que possibilitam o erro das equipes participantes da competição e do julgamento da
Comissão Disciplinar.

O Instituto Esporte Mais – IEMais, CNPJ 20.974.017/0001-57, executor do Projeto TGA


- Transformando Gols em Aprendizagem. Projeto de empoderamento de mulheres
através do futebol, que é executado desde 2015, e que realiza ações de prevenção e
enfrentamento a violência contra a mulher, protagonismo feminino e estímulo à
construção de Projetos de Vida de mulheres de 15 a 29 anos, da cidade de Fortaleza.
Utilizando o futebol como ferramenta de desenvolvimento humano e social, pautado em
princípios e valores como: respeito, cooperação, união e valorização das pessoas,
participou este ano da terceria edição da Copa Arena – Fortaleza da Juventude e vem
de forma pública, manifestar com veemência, seu repúdio a decisão da Comissão
Disciplinar desta competição ao retorno da equipe Leõs do Sítio/UniAteneu.

No dia 13/11/2018, durante a partida válida pela final da Regional V da Copa Arena –
Fortaleza da Juventude, ocorrida entre as equipes TGA x Leões do Sítio/UniAteneu, aos
22 minutos do segundo tempo, a atleta Bruna Kelli Ferreira da Silva, da equipe Leões do
Sítio/UniAteneu, agrediu a ábitra Letícia Alves, com vários socos no rosto, após a
narração de uma falta e aplicação de cartão amarelo a mesma. Em seguida, por motivo de
segurança, a árbitra Letícia Alves deu fim a partida, encerrando com o placar de 2x1 para
a equipe TGA.

Após o prazo de 24 horas da partida, no dia 15/11/2018, os representantes da equipe TGA


foram notificados de um protesto aberto pelo responsável da equipe Leões do
Sítio/UniAteneu e convocados para reunião com a Comissão Disciplinar que aconteceu
no dia 16/11/2018, às 14h no Cuca Mondubim.

Ao iniciar a reunião foi apresentado pela Comissão Disciplinar o julgamento de dois casos
naquele dia, o protesto feito contra a equipe do TGA, alegando que a mesma possuia
jogadora inscrita irregular e o caso da agressão a arbitragem na partida citada
anteriormente. Foi decidio pela Comissão iniciar pelo protesto contra a equipe do TGA.
Foram apresentadas provas de que a jogadora havia participado do campeonato cearense
de 2018 e por unanimidade foi votada a decisão de cumprimento do Artigo XIII, que
versa sobre a eliminação da equipe e encerrou este julgamento. Os representantes da
equipe TGA permaneceram na platéia para acompanhar o segundo julgamento sobre a
agressão física a àrbitra e o aguardo do também cumprimento do regulamento.

A árbitra Letícia Alves foi convidada a entrar e pôde falar sobre o ocorrido, o relator da
Comissão fez a leitura da súmula de jogo e claramente induziu a resposta da árbitra
indagando pela confirmação de que havia sido um caso isolado de uma atleta e que não
teria influenciado na partida. Contrariando o Artigo XXI e seus incisos que versam:

“Artigo XXI - Encerrada a partida qualquer tempo de jogo, por motivos previstos
nos incisos I, II e III do Art. XIX deverá ser obedecido o seguinte:
§ 1o - Será eliminada a equipe, causadora do conflito ou distúrbio grave, mesmo
estando vencendo ou empatando a partida, sendo considerado o placar de 3 x 0 (três
a zero), para efeitos de classificação.
§ 2o - A equipe causadora do conflito ou distúrbio grave, além de pena sujeita neste
artigo, poderá sofrer outras penas de acordo com as decisões da Comissão
Disciplinar e Comissão Organizadora.”

Foi votado por 2 votos a 1 pela expulsão da atleta Bruna e o retorno da equipe a
competição. O fato trata-se de agressão física a autoridade maior da partida e se fosse um
caso isolado, a ábitra haveria tomado a decisão da expulsão da atleta e continuidade da
partida, porém a partida foi encerrada por motivo de segurança, o que comprova o não
cumprimento do regulamento neste julgamento.

Por este motivo, nós, representantes dos times TGA, Canarinho E.C, Cristal F.C, Tok
Sutil, As Playboy, FutGirls e Boas de Bola, repudiamos e nos posicionamos contrários
ao retorno da equipe Leões do Sítio/UniAteneu a competição, visto que o regulamento
deve ser cumprido em igualdade para todas as equipes, sem distinção ou deterimentos de
outras.

Solicitamos a organização da Copa Arena – Fortaleza da Juventude o cumprimento do


regulamento e rápidas providências para a continuidade da competição.

Afirmamos ainda, que estamos a frente deste protesto pacífico por termos recebido
diversas socilitações e mensagens de indignação dos times participantes desta Copa.
Todos queremos somente o bem-estar da competição e o cumprimento do regulamento.

Fortaleza, CE, 20 de novembro de 2018.

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