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Aula 05

Português p/ PC-AP (Todos os Cargos) - Com videoaulas


Professor: Décio Terror
Português p/ PC AP
Teoria e exercícios comentados
Prof. Décio Terror Aula 5

Aula 5: Concordância nominal e verbal. Vozes do verbo.

SUMÁRIO PÁGINA
1. Tipos de sujeito 1
2. A concordância verbal com o sujeito simples 3
3. A concordância verbal com o sujeito composto 7
4. A concordância utilizando o pronome apassivador “se” 19
5. Concordância com o pronome relativo “que” 21
6. Concordância verbal com o sujeito oracional 22
7. Concordância nominal 34
8. As vozes verbais ativa e passiva 40
9. Questões cumulativas de revisão 55
10. O que devo tomar nota como mais importante? 58
11. Lista das questões apresentadas 58
12. Gabarito 70

Olá, pessoal!
O tema desta aula é muito importante. Então, atenção na teoria, porque
vamos praticar bastante!!!

Bom, na aula de sintaxe, vimos a estrutura básica da oração e faltou nos


atermos aos tipos de sujeito, para entendermos a flexão do verbo
(concordância verbal). Nesta aula também vamos trabalhar as possibilidades
de flexão do predicativo e do adjunto adnominal (concordância nominal).

Para realizarmos as questões de concordância da FCC, devemos entender


os tipos de sujeito e a forma como este tema é cobrado. Assim, primeiro,
vamos aos tipos de sujeito.
1. Determinado: É o sujeito que se pode identificar com precisão a partir da
concordância verbal ou do contexto. Pode dividir-se em:

1.1. Simples: constituído de apenas um núcleo (palavra de valor substantivo).


Uma boa Constituição é desejada por todos.
Adj Adn Adj Adn núcleo
sujeito simples predicado

Alguns políticos se corrompem.


Adj Adn núcleo
sujeito simples predicado

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No primeiro exemplo, a locução verbal “é desejada” concorda com o
núcleo “Constituição”, que é um substantivo no singular. No segundo exemplo,
o verbo “corrompem” concorda com o núcleo “políticos”, que é um substantivo
no plural.
Tome cuidado quando o sujeito for extenso, pois o verbo fica distante do
núcleo do sujeito e algumas vezes pode haver confusão na flexão do verbo:
O valor das mensalidades dos cursos preparatórios para a carreira
jurídica subiu muito no último semestre.
Perceba que o verbo “subiu” se flexionou corretamente no singular, por
concordar com o núcleo do sujeito “valor”, que é um substantivo no singular.
Veja uma frase na prova da FCC!!! (TRT MG)
Analisando a estrutura sintática, o verbo indicado entre parênteses
deverá adotar uma forma do plural para preencher corretamente a lacuna da
seguinte frase?
...... (atingir) a quem quer que descumpra a LRF rigorosas sanções,
inclusive a da perda de liberdade.
SIM. O sujeito de “atingir” é a expressão “rigorosas sanções”. A
Fundação Carlos Chagas deixou o sujeito bem distante do verbo justamente
para confundir o candidato. A ordem natural dos termos seria:
Rigorosas sanções, inclusive a da perda de liberdade, atingem a quem quer
que descumpra a LRF.
Perceba que o verbo “atingem” é transitivo indireto, o termo “a quem
quer que descumpra a LRF” funciona como objeto indireto. Sabendo-se que o
verbo não pode concordar com o objeto, mas com o sujeito, é o termo
“Rigorosas sanções” que leva o verbo para o plural.
Veja outra frase na prova da FCC!!! (TRT MG)
O verbo indicado entre parênteses deverá adotar uma forma do plural
para preencher corretamente a lacuna da seguinte frase?
O estabelecimento de normas e prazos para a divulgação das contas públicas
...... (favorecer) a fiscalização popular.
NÃO. O sujeito de “favorecer” é a expressão “O estabelecimento de
normas e prazos para a divulgação das contas públicas”. Agora os termos
estão na ordem normal. A FCC quis confundir o candidato inserindo o
complemento nominal composto “de normas e prazos”. Muita gente acaba
confundindo esse elemento composto, pensando que o verbo deveria ficar no
plural, mas note que este termo é iniciado pela preposição “de”, com a função
de complemento nominal. O verbo concorda com o núcleo do sujeito
“estabelecimento”, que está no singular. Assim:
O estabelecimento de normas e prazos para a divulgação das contas públicas
favorece a fiscalização popular.
Perceba que o verbo “favorece” é transitivo direto e o termo “a
fiscalização popular” é o objeto direto.
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Veja outra frase na prova da FCC!!! (TRT MG)
A concordância verbal e nominal está inteiramente correta na frase?
A maior diversidade entre as plantas conhecidas do Cerrado estão na família
dos capins e de outras plantas herbáceas.
NÃO. A banca quis confundir o candidato, colocando o verbo “estão”
concordando com “plantas”, porém esta palavra está precedida da preposição
“entre”, o que mostra que não é o núcleo do sujeito. O verbo deve flexionar-se
no singular, porque o núcleo é o substantivo “diversidade”. Veja:
A maior diversidade entre as plantas conhecidas do Cerrado está na família
dos capins e de outras plantas herbáceas.
Veja outra frase na prova da FCC!!! (TRT MG)
A concordância verbal e nominal está inteiramente correta na frase?
A região do Cerrado, com a beleza e a biodiversidade de suas plantas,
algumas delas usadas como medicamentos, representam um enorme tesouro,
boa parte ainda desconhecido.
NÃO. A banca inseriu um monte de palavras no plural “plantas”,
“algumas”, “delas”, “medicamentos”, entre o sujeito e o verbo. Tudo isso para
confundir o candidato; mas nenhuma delas é o núcleo do sujeito. O verbo deve
flexionar-se no singular por concordar com o núcleo do sujeito “região”.
Pode-se ficar na dúvida quanto à flexão no masculino de “desconhecido”.
Este adjetivo se refere a “boa parte”, por isso o natural seria sua flexão no
feminino; mas não há erro na concordância no masculino, tendo em vista que
implicitamente entendemos a referência ao substantivo “tesouro”. Veja:
A região do Cerrado, com a beleza e a biodiversidade de suas plantas,
algumas delas usadas como medicamentos, representa um enorme tesouro,
boa parte ainda desconhecido.
Assim, é importantíssimo verificar qual é o núcleo do sujeito, para saber
a flexão do verbo. Se o núcleo do sujeito estiver no singular, o verbo se
flexionará no singular; se estiver no plural, verbo no plural. Mas não se pode
dizer que será sempre assim. Pode haver concordâncias diferentes,
dependendo da intenção do autor, do valor semântico ou até da ênfase. Dessa
forma, é necessário aprendermos a concordância verbal com base no sujeito
simples.
A concordância verbal com o sujeito simples:
a) O verbo concorda com o sujeito simples em pessoa e número.
Os brasileiros necessitam de bons políticos.
De paz necessitam as pessoas.
b) As expressões partitivas a maior parte, grande parte, a maioria,
grande número, acompanhadas de adjunto adnominal no plural, fazem o
verbo concordar com o núcleo do sujeito ou com o especificador (adjunto
adnominal).

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Veja a construção abaixo:
Adj Adn

A maior parte dos constituintes se retirou.


Essa é a concordância literal, pois o substantivo “parte” é o núcleo do
sujeito. Porém, percebemos que esse vocábulo não possui a carga semântica
(sentido) principal dentro do sujeito, pois o vocábulo “constituintes” denota
mais clareza sobre o ser de quem se está falando. Por essa possibilidade de
interpretação, vários autores começaram a concordar com o adjunto
adnominal, para enfatizá-lo. Veja:
A maior parte dos constituintes se retiraram.
Obs.: Os termos sublinhados apenas mostram didaticamente com quem o
verbo concorda. Não significa que serão sempre o núcleo do sujeito.
Veja outros exemplos:
Grande parte dos torcedores aplaudiu a jogada.
Grande parte dos torcedores aplaudiram a jogada.
A maioria dos constituintes votou.
A maioria dos constituintes votaram.
c) O mesmo ocorre com o substantivo coletivo com especificador no plural
(adjunto adnominal). Isso pode levar o verbo ao singular ou ao plural. Veja:
Um bando de ladrões invadiu a festa.
Um bando de ladrões invadiram a festa.
d) Com a expressão mais de + numeral, o verbo concorda com o numeral
Mais de um candidato prometeu melhorar o país.
Mais de duas pessoas vieram à festa.
Porém, se o verbo contiver pronome de reciprocidade, concordará no
plural:
Mais de um sócio se insultaram. (um ao outro)
Também ocorrerá concordância no plural se houver repetição desta
expressão:
Mais de um candidato, mais de um representante faltaram à reunião.
e) Expressões que denotam quantidade aproximada perto de, cerca de,
menos de, somadas a núcleo do sujeito no plural, levam o verbo ao plural:
Perto de quinhentos presos fugiram.
Cerca de trezentas pessoas ganharam o prêmio.
Menos de duas pessoas fizeram isto.
f) Substantivos só usados no plural fazem com que a concordância dependa
da presença ou não de artigo.
Sem artigo - verbo no singular
Férias faz bem.
Estados Unidos cresceu 0,8 % economicamente neste ano.
Minas Gerais produz muito leite.

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Precedidos de artigo plural - verbo no plural
As férias fazem bem.
Os Estados Unidos cresceram 0,8 % economicamente neste ano.
As Minas Gerais produzem muito leite.

No tocante a nome de lugar, isso tem uma razão semântica. Quando se


insere o artigo nessa situação, quer-se enfatizar a origem do nome, por
exemplo, “Estados Unidos” (apenas uma nação), “Minas Gerais” (apenas um
estado); mas “Os Estados Unidos” (os vários estados, unidos por uma só
Constituição); “As Minas Gerais” (as várias minas de extração existentes na
região).
Por extensão, encaixam-se nesta regra os nomes plurais de obras literárias.
A obra literária de nome plural com artigo necessita de concordância no plural.
Note que quem inseriu o artigo foi o próprio autor. Com isso, ele quis enfatizar
este substantivo, fazendo com que o verbo concorde no plural, justamente
para preservar o sentido original:
Os lusíadas contam um pouco da história das Grandes Navegações.
Os Sertões relatam o sofrimento do sertanejo nordestino.
Agora, veja a concordância com nome de obra no plural, mas que o
autor preferiu não utilizar o artigo, para generalizar. Naturalmente o verbo
concorda no singular:
Memórias Póstumas de Brás Cubas narra a história de um personagem
defunto.
Entretanto, se queremos enfatizá-lo, poderemos inserir o artigo. Dessa
forma, a concordância passa a ser também no plural:
As Memórias Póstumas de Brás Cubas narram a história de um
personagem defunto.
Quando há o verbo “ser” nestas construções, tudo vai depender do termo
que vier depois – o predicativo. Estando no plural, esse verbo flexionar-se-á no
plural; no singular, verbo no singular. Veja:
Os Lusíadas é uma obra da Literatura Portuguesa.
Os Lusíadas são belas interpretações da história portuguesa

Essas são as concordâncias literais, mas admite-se também a


concordância ideológica (silepse) com a palavra “obra” implícita na frase ("Os
Lusíadas" exalta a grandeza do povo português). Em concurso, essa silepse
deve ser evitada, por isso o ideal é a forma:
"Os Lusíadas" exaltam a grandeza do povo português.

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g) quando o sujeito é número percentual, deve-se observar a posição do
número percentual em relação ao verbo:
Obs.: Os termos sublinhados apenas mostram didaticamente com quem o
verbo concorda. Não significa que serão sempre o núcleo do sujeito.
Verbo concorda com termo posposto ao número:
80% da população tinha mais de 18 anos.
Um por cento dos sócios saíram da empresa.
É rara a construção, mas é aceita a concordância também com o numeral:
80% da população tinham mais de 18 anos.
Um por cento dos sócios saiu da empresa.
Verbo concorda com o número quando estiver anteposto a ele:
Perderam-se 40% da lavoura.
Verbo no plural, se o número vier determinado por artigo ou pronome no
plural:
Os 87% da produção perderam-se.
Aqueles 30% do lucro obtido desapareceram.
Verbo concorda com o número quando esse estiver sem o termo posposto:
1% chegou mais tarde.
2% fizeram a margem consignável.
h) Quando o sujeito for número fracionário, o verbo concorda com o
numerador:
1/4 da turma faltou ontem.
3/5 dos candidatos foram reprovados.
i) A expressão “Cada um de” enfatiza a parte separada de um todo, por
isso, na função de sujeito, leva o verbo ao singular:
Cada um dos candidatos poderá requerer recurso apenas uma vez.
j) Concordância com pronomes indefinidos, interrogativos e de tratamento:
Tome cuidado na concordância verbal com o sujeito formado por
pronome indefinido (alguns, nenhuns, vários, muitos) ou pronome
interrogativo (quais, quantos), seguido das expressões de nós ou de vós:
I - Se os pronomes indefinido ou interrogativo se encontrarem no
singular, o verbo obrigatoriamente concordará com ele (no singular):
Algum de nós recusou-se a colaborar.
Qual de vós assumirá a autoria do crime?
II - Se os pronomes indefinido ou interrogativo se encontrarem no plural,
o verbo poderá concordar com o núcleo ou com a expressão periférica (de nós,
de vós) a depender da ênfase e muitas vezes do sentido:

Alguns de nós são omissos. Alguns de nós somos omissos.


O autor se exclui do grupo. O autor se inclui no grupo.

Quais de vós foram insultados? Quais de vós fostes insultados?


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III - Quando os pronomes de tratamento se encontram na função de
sujeito, o verbo e pronomes adjetivos flexionam-se na terceira pessoa do
singular e os adjetivos podem concordar literalmente (com a palavra feminina
Excelência, Alteza, etc) ou por silepse (concordância com a pessoa do sexo
masculino ou feminino):
Vossa Excelência está cansado, deputado!
Vossa Senhoria remeteu seu documento ao endereço errado.
1.2. Sujeito determinado composto: formado por mais de um núcleo:
Manuel e Cristina pretendem casar-se.
núcleo conj. núcleo predicado
aditiva

Deve-se notar que normalmente o verbo concorda no plural, tendo em vista


haver dois ou mais núcleos, mas nem sempre ocorrerá assim, por isso é
importante listar a seguir a concordância verbal com base no sujeito composto.
A concordância verbal com o sujeito composto:
a) Quando o sujeito composto estiver posposto ao verbo, este poderá
concordar com todos os núcleos (concordância literal) ou com o mais próximo
(concordância atrativa):
Discutiram muito o chefe e o funcionário.
Discutiu muito o chefe e o funcionário.
Se houver ideia de reciprocidade, o verbo vai para o plural:
Estimam-se o chefe e o funcionário.
Quando o verbo “ser” está acompanhado de substantivo no plural, o verbo
também se pluraliza:
Foram vencedores Pedro e Paulo.
b) Quando o sujeito composto for constituído por núcleos sinônimos, o
verbo flexiona-se no singular ou plural. Então a concordância dependerá
bastante da ênfase:
O rancor e o ódio cegou o amante.
O desalento e a tristeza abalaram-me.
Cabe aqui observar que não é simplesmente dizer que a concordância no
singular ou plural é facultativa. Ela depende da intenção do autor. Com isso se
observa que o autor normalmente flexiona o verbo no singular para enfatizar a
proximidade de sentido dos substantivos que formam o sujeito composto.
c) Com núcleos em gradação, o verbo pode concordar com a totalidade
(plural) ou com o último substantivo, enfatizando-o:
Um minuto, uma hora, um dia passam rápido.
Um minuto, uma hora, um dia passa rápido.
Observação: a gradação é um recurso estilístico em que há uma enumeração
de ideias de forma crescente ou decrescente. Note que neste exemplo há uma
enumeração crescente.

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d) Quando o sujeito composto estiver ligado por nem, verbo no plural
(adição de duas negações):
Nem o conforto, nem a glória lhe trouxeram a felicidade.
e) Quando o sujeito composto estiver ligado por ou, faz-se a concordância
em função da ideia transmitida pelo ou. Com valor de exclusão, verbo no
singular:
José ou Pedro será eleito para o cargo.
Perceba que só um dos dois será eleito, porque há apenas um cargo,
com isso o verbo fica no singular. Porém, se houvesse a troca de “o cargo”
para “os cargos”, o verbo flexionar-se-ia no plural (“serão”), porque os dois
ocupariam os cargos e naturalmente a conjunção “ou” passaria de exclusão
para inclusão.
Com valor de inclusão ou oposição, verbo no plural:
Matemática ou Física exigem raciocínio lógico.
Riso ou lágrimas fazem parte da vida.
No primeiro exemplo, note que as duas disciplinas exigem raciocínio
lógico, não é só uma delas. No segundo exemplo, tanto o riso quanto as
lágrimas fazem parte da vida, não é apenas um deles.
f) Concordância com pronomes:
I – Com a expressão um e outro, o verbo poderá se flexionar no
singular, admitindo-se também o plural:
Um e outro falava a verdade. Um e outro falavam a verdade.
Mas, se houver reciprocidade, o verbo ficará no plural:
Um e outro se agrediram.
II – Com a expressão um ou outro, a concordância dependerá do valor
de exclusão ou de inclusão da conjunção alternativa ou:
Um ou outro candidato chegará à cadeira da presidência. (exclusão: apenas um)
Um ou outro país pobre sairão da condição de miséria. (inclusão: pode ser mais
de um)

Na segunda frase, pode-se observar também a possibilidade de verbo no


singular, quando não se precisa avivar a ideia de adição, inclusão, pois é
tomado de valor geral:
Um ou outro país pobre sairá da condição de miséria. (de maneira geral)
III – Com a expressão nem um nem outro, o verbo fica no singular:
Nem um nem outro comentou o fato.
IV - Quando houver sujeito composto de pronomes pessoais do caso
reto de diferentes pessoas gramaticais, a primeira pessoa do plural prevalece
sobre as outras, por subentender o pronome “nós”:
Eu, tu e ele faremos a prova. (=nós)

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Geralmente, a segunda pessoa prevalece sobre a terceira, por se
subentender “vós”. Como o brasileiro prefere o pronome “vocês” ao pronome
“vós”, é fácil encontrar a concordância em terceira pessoa do plural:
Tu e ele fareis a prova. (=vós)
Tu e ele farão a prova. (=vocês)
Como vimos anteriormente na concordância com o sujeito composto,
se o sujeito estiver posposto, também vale a concordância atrativa:
Por que faltastes tu e teus amigos às provas? (=vós)
Por que faltaram tu e teus amigos às provas? (=vocês)
Por que faltaste tu e teus amigos às provas? (atrativa: tu)
g) Quando o sujeito composto estiver ligado por como, assim como, bem
como (formas correlativas de adição), deve-se preferir o plural, sendo mais
raro o singular:
Rio de Janeiro como Florianópolis são belas cidades.
Tanto uma como a outra suplicava-lhe o perdão.
h) Quando o sujeito composto estiver ligado por com, deve-se observar
presença ou não de vírgulas:
Sem vírgulas:
Eu com outros amigos limpamos o quintal.
O verbo concorda com os dois núcleos do sujeito composto “eu” e
“amigos”, por isso se flexiona no plural:
Com vírgulas:
O presidente, com os ministros, desembarcou em Brasília.
As vírgulas mostram que o sujeito não é composto, pois elas destacam
um novo termo entre o sujeito simples e o verbo. Este termo intercalado é o
adjunto adverbial de companhia. Assim, o verbo concorda com o núcleo do
sujeito simples “presidente”. Como este se encontra no singular, o verbo
também se flexiona no singular.
i) Quando o sujeito composto é resumido por um pronome-síntese
(aposto recapitulativo), o verbo concorda apenas com este pronome:
Risos, gracejos, piadas, nada a alegrava.

1.3. Sujeito determinado oculto ou desinencial: é o que ocorre quando a


terminação verbal (primeiras e segundas pessoas e a terceira do imperativo)
dispensa o uso do pronome pessoal correspondente:
Estou muito feliz. (eu) Estás muito feliz. (tu)
Para o teu carro. (tu, no imperativo) Pare o seu carro. (você, no imperativo)
Voltaremos logo! (nós) Voltastes logo! (vós)

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1.4. Sujeito determinado elíptico: aquele que mantém o verbo na 3ª
pessoa do discurso e obrigatoriamente necessita do contexto para permitir
saber de quem se trata.
Os alunos ficaram descontentes com a atitude do professor. Deixaram de ir à
aula no dia seguinte.
Percebe-se que o sujeito do verbo “ficaram” está determinado
explicitamente no texto pelo substantivo “alunos”; porém o sujeito da locução
verbal “deixaram de ir” está implícito no contexto, por omissão, para que não
haja repetição da palavra “alunos”. Por esse motivo, temos o sujeito elíptico,
que significa omissão. Ele depende exclusivamente do contexto, sem ele não
há sujeito elíptico, mas sim, sujeito indeterminado.
Algumas gramáticas admitem a elipse fazendo parte do sujeito oculto.
Para essas gramáticas, o sujeito oculto (ou desinencial) é mais amplo, não
necessita possuir verbo na primeira ou segunda pessoas, mas também admite
a terceira. Basta que não haja literalmente a palavra no texto, mas esteja
facilmente subentendida. Bom, mas isso é apenas nomenclatura, algo que a
FCC não cobra, ela quer que você atente a que palavra o verbo se refere, para
saber a concordância.

2. Indeterminado
Quando não se quer ou não se pode identificar claramente a quem o
predicado da oração se refere. Há dois casos muito cobrados pela FCC, sempre
focando a flexão do verbo:
a) Com o verbo na terceira pessoa do plural sem o sujeito escrito no texto:
Falaram bem de você.
Colocaram o anúncio.
Alugaram o apartamento.
Observe que não há referência a outra palavra como o verbo do sujeito
elíptico faz.
b) Com o “índice de indeterminação do sujeito” se e verbo no singular:
Precisa -se de ajudantes.
VTI IIS objeto indireto

Os verbos transitivos indiretos (VTI), intransitivos (VI) e de ligação (VL),


quando acrescidos do pronome “se” (índice de indeterminação do sujeito),
terão sujeito indeterminado e devem ficar sempre no singular:
Trata-se de casos delicadíssimos. (verbo transitivo indireto)
Vive-se melhor fora das cidades grandes. (verbo intransitivo)
É-se muito pretensioso na adolescência. (verbo de ligação)
3. Oração sem sujeito
Ocorre quando a oração tem apenas o predicado, isto é, o verbo é
impessoal. É importante saber quando uma oração não possui sujeito, tendo
em vista que o verbo deve se flexionar na terceira pessoa do singular. Os
casos mais importantes ocorrem com:

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I - Verbos que exprimem fenômenos da natureza:
Venta muito naquela cidade. Amanhã não choverá.
Amanheceu! Choveu pouco no último mês.
Há de se ressaltar que não ocorre sujeito nesse tipo de construção, pois
o suposto sujeito manteria o mesmo radical do verbo, o que implicaria uma
repetição viciosa. (A chuva chover; O vento ventar; A neve nevar).
Justamente por isso muitos compositores e poetas utilizam essa
repetição por sonoridade, estilo; estrutura altamente produtiva numa
linguagem literária. Nesse caso, passaria a sujeito determinado simples, como
nos exemplos.
Mas também pode ocorrer a possibilidade de o sujeito não receber o
mesmo radical do verbo, como em “Amanheceu um lindo dia!”; “Amanheceram
lindos dias!”. Esse verbo passa a ter sujeito determinado simples.
Por esse princípio, quando esses verbos estão empregados de forma
figurada, naturalmente recebem sujeito com radical distinto; assim o verbo
concorda com ele:
Choveram recursos contra a última questão da prova. (“recursos” é sujeito)
II - Verbo haver significando existir, ocorrer:
Havia muitas pessoas na sala.
Há vários problemas na empresa.
Tome cuidado quando esse verbo for o principal numa locução verbal.
Seu verbo auxiliar não pode se flexionar. Veja:
Deve haver vários problemas na empresa. (“vários problemas” é apenas um complemento do verbo)
Tem havido vários problemas na empresa. (“vários problemas” é apenas um complemento do verbo)
Está havendo vários problemas na empresa. (“vários problemas” é apenas um complemento do verbo)
Mas, quando se substitui o verbo “haver” por seus sinônimos “existir” ou
“ocorrer”, passa-se a sujeito determinado simples. Veja:
Existem vários problemas na empresa. (“vários problemas” é o sujeito)
Devem existir vários problemas na empresa.(“vários problemas” é o sujeito)
Têm ocorrido vários problemas na empresa. (“vários problemas” é o sujeito)
Estão ocorrendo vários problemas na empresa. (“vários problemas” é o sujeito)
III - Verbos haver e fazer indicando tempo decorrido ou fenômeno natural:
O que importa é perceber que o verbo fica flexionado no singular. Veja:
Já faz meses que não viajo com ele. (É a primeira oração que não tem sujeito)
Há três anos não vejo minha família. (É a primeira oração que não tem sujeito)
Há quatro dias não a vejo. (É a primeira oração que não tem sujeito)
Faz muito frio na Europa.
IV- Verbos ser, estar e ir (este, quando seguido de para) na indicação de
tempo.
São três horas.
Hoje são dez de setembro.
Hoje está muito frio.
Já vai para 4 anos que não leio esse jornal. (É a primeira oração que não tem sujeito)

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O verbo “ser” possui concordância peculiar. Observe que esse verbo
concorda com a quantidade de tempo. Não quer dizer que “três horas” e “dez
de setembro” (nas orações acima) sejam sujeitos.
Observação: Deve-se lembrar de que todos os verbos vistos podem fazer
parte de uma locução verbal. Assim, sendo eles os verbos principais, devem os
verbos auxiliares flexionar-se conforme visto acima:
Deve ventar muito naquelas cidades.
Amanhã não deve chover.
Podia haver muitas pessoas na sala.
Pode ter havido muitas pessoas na sala.
Está fazendo muito frio na Europa.
Devem ser três horas.
Já deve ir para quatro anos que não leio esse jornal.

Veja uma frase na prova da FCC!!! (TRT 18ªR)


O termo sublinhado está corretamente flexionado?
Com a vigência do acordo recente entre países de língua portuguesa, pode
haver mudanças na ortografia.
SIM. A locução “pode haver” possui o verbo “haver” no sentido de
“existir, ocorrer”, por isso é impessoal, devendo se flexionar no singular.
Chega de ver teoria!!!! Agora, vamos praticar um pouco. Note nas
questões que devemos primeiramente localizar o verbo. Em seguida devemos
procurar o termo sem preposição de quem o verbo fala.
Vamos tentar?!!!

Questão 1: TRT 24ªR 2017 Analista Judiciário (banca FCC)


O verbo indicado entre parênteses deverá flexionar-se de modo a concordar
com o elemento sublinhado na frase:
(A) À maioria dos homens (parecer) não interessar o prazer dos dias que
estão decorrendo.
(B) Não (convir) a nenhuma criatura antecipar os males que lhe reserva o
futuro.
(C) Aos homens sábios não (atormentar) nos dias do presente a infelicidade
de um futuro tormentoso.
(D) Sempre há aqueles a quem (caber) sofrer por antecipação o futuro
sombrio que os aguarda.
(E) São numerosas as pessoas cuja obsessão as (aprisionar) em falsas
expectativas de felicidade.
Comentário: A questão, na realidade, quer que você observe se a expressão
sublinhada é o sujeito da forma verbal infinitiva em negrito.
Na alternativa (A), o verbo “parecer” faz parte da locução verbal “parece
interessar”, a qual é transitiva indireta, o sujeito é “o prazer dos dias” e o

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objeto indireto é “À maioria dos homens”. Note que “dias” faz parte do
adjunto adnominal.
Na alternativa (B), o verbo “convir” é transitivo indireto, o objeto
indireto é “a nenhuma criatura” e o seu sujeito é a oração subordinada
substantiva subjetiva reduzida de infinitivo “antecipar os males”. O termo
sublinhado é apenas o objeto direto desta outra oração.
A alternativa (C) é a correta, pois a expressão “a infelicidade de um
futuro tormentoso” é o sujeito do verbo “atormentar”, o qual é transitivo
direto e o termo “Aos homens sábios” é o objeto direto preposicionado.
Na alternativa (D), o pronome “aqueles” é o objeto direto do verbo “há”,
o qual é transitivo direto e não tem sujeito. O verbo “caber” é transitivo
indireto, o objeto indireto é “a quem” e o seu sujeito é a oração subordinada
substantiva subjetiva reduzida de infinitivo “sofrer por antecipação o futuro
sombrio”.
Na alternativa (E), a expressão “as pessoas” é o sujeito do predicado
nominal “São numerosas”. O verbo “aprisionar” tem como sujeito a expressão
“cuja obsessão”.
Gabarito: C

Questão 2: TRE SP 2017 Técnico Judiciário (banca FCC)


A frase em que a concordância se estabelece em conformidade com a norma-
padrão da língua é:
(A) Voltados ao cultivo e à difusão da memória político-eleitoral, foi criado o
CEMEL, em 1999.
(B) Dão-se com regularidade a ocorrência de visitas escolares monitoradas na
sede do tribunal.
(C) Faz parte do acervo títulos eleitorais, urnas de votação, quadros,
fotografias e material audiovisual.
(D) Entre as iniciativas do CEMEL, destaca-se a realização de exposições e o
lançamento de livros.
(E) O acervo do CEMEL contêm, entre outros itens, títulos de eleitor que
remontam à época do Império.
Comentário: A alternativa (A) está errada, pois o particípio “Voltados” deve
concordar com o seu referente “o CEMEL”.
Voltado ao cultivo e à difusão da memória político-eleitoral, foi criado o
CEMEL, em 1999.
A alternativa (B) está errada, pois o verbo “Dão” deve concordar com o
sujeito determinado simples e singular “a ocorrência de visitas escolares”.
Dá-se com regularidade a ocorrência de visitas escolares monitoradas na sede
do tribunal.
A alternativa (C) está errada, pois o verbo “Faz” deve concordar com o
sujeito composto “títulos eleitorais, urnas de votação, quadros, fotografias e
material audiovisual”.
Fazem parte do acervo títulos eleitorais, urnas de votação, quadros,
fotografias e material audiovisual.

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A alternativa (D) é a correta, pois, apesar de o verbo “destaca-se” se
referir ao sujeito composto “a realização de exposições e o lançamento de
livros”, este se encontra após o verbo e ele pode concordar com o núcleo mais
próximo: “realização”.
Entre as iniciativas do CEMEL, destaca-se a realização de exposições e o
lançamento de livros.
A alternativa (E) está errada, pois o verbo “contêm” deve concordar com
o núcleo do sujeito simples “acervo”. Note que o pronome relativo “que”
ocupa a função de sujeito e retoma o substantivo plural “títulos”, por isso o
verbo “remontam” está corretamente flexionado no plural.
O acervo do CEMEL contém, entre outros itens, títulos de eleitor que
remontam à época do Império.
Gabarito: D

Questão 3: TRT 11ªR 2017 Analista Judiciário (banca FCC)


Palavras utilizadas no texto motivaram as frases que seguem, que,
entretanto, devem ser analisadas independentemente dele. A que se
apresenta em conformidade com as normas de concordância é:
(A) Certamente podem ter havido entre os leitores-pesquisadores muitas
dúvidas sobre a magnitude do citado desaparecimento de nações
indígenas que viviam ao longo do rio Amazonas.
(B) Fenômenos demográficos e culturais, em qualquer época da história da
humanidade, sempre pôde produzir efeitos insuspeitados, e muitas vezes
o fez.
(C) O capítulo evidencia que vários aspectos da história indígena amazonense
devem merecer ainda cuidadosa reflexão, porque, apesar da curiosidade
que suscita, muito dela ainda permanece obscuro.
(D) Grupos indígenas, principalmente inserido no contexto do rio Amazonas,
vem chamando a atenção de pesquisadores de distintas áreas do saber,
estudiosos que os julgam detentores de muitos segredos.
(E) Adepto ou não desse entendimento sobre a formação de um estrato neo-
indígena, especialistas em etnografia muito se dedicam a interpretar os
dados apresentados na pesquisa recém-publicada.
Comentário: A alternativa (A) está errada, porque a locução verbal “podem
ter havido” apresenta o verbo principal “havido”, no sentido de existir. Assim,
tal locução não tem sujeito e o verbo auxiliar não pode se flexionar, pois o
termo plural “muitas dúvidas sobre a magnitude do citado desaparecimento de
nações indígenas” é apenas o objeto direto. Veja a correção:
Certamente pode ter havido entre os leitores-pesquisadores muitas dúvidas
sobre a magnitude do citado desaparecimento de nações indígenas que viviam
ao longo do rio Amazonas.
A alternativa (B) está errada, pois a locução verbal “pôde produzir” e o
verbo “fez” devem concordar com o sujeito plural “Fenômenos demográficos e
culturais”. Veja a correção:

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Fenômenos demográficos e culturais, em qualquer época da história da
humanidade, sempre puderam produzir efeitos insuspeitados, e muitas
vezes o fizeram.
A alternativa (C) é a correta. Você poderia ter ficado na dúvida, quanto
ao singular em “suscita”. Note que tal verbo faz referência à expressão
“história indígena amazonense”, isto é, apesar da curiosidade que a história
indígena amazonense suscita... Tal interpretação tem reforço no emprego do
pronome “dela”.
O capítulo evidencia que vários aspectos da história indígena amazonense
devem merecer ainda cuidadosa reflexão, porque, apesar da curiosidade que
suscita, muito dela ainda permanece obscuro.
A alternativa (D) está errada, pois “inserido” e “vem chamando” devem
concordar com “Grupos indígenas”.
Grupos indígenas, principalmente inseridos no contexto do rio Amazonas,
vêm chamando a atenção de pesquisadores de distintas áreas do saber,
estudiosos que os julgam detentores de muitos segredos.
A alternativa (E) está errada, pois “Adepto” deve concordar com
“especialistas”.
Adeptos ou não desse entendimento sobre a formação de um estrato neo-
indígena, especialistas em etnografia muito se dedicam a interpretar os dados
apresentados na pesquisa recém-publicada.
Gabarito: C

Questão 4: TRT 11ªR 2017 Técnico Judiciário (banca FCC)


O verbo que pode ser corretamente flexionado em uma forma do plural, sem
que nenhuma outra modificação seja feita na frase, está em:
(A) ... que não represente os valores... (3º parágrafo)
(B) ... não se referia às vontades impulsivas... (2º parágrafo)
(C) ... em que se acredita em prazeres instantâneos... (4º parágrafo)
(D) Grande parte das pessoas não trabalharia... (4º parágrafo)
(E) ... o campo de ideais que a pessoa valoriza. (3º parágrafo)
Comentário: A questão basicamente pede sua atenção quanto à
concordância facultativa no singular e plural. Assim, fica fácil perceber que o
sujeito com expressão partitiva “Grande parte das pessoas” abre a
possibilidade de o verbo concordar com o núcleo sintático “parte” ou com o
adjunto adnominal plural “das pessoas”. Veja:
Grande parte das pessoas não trabalharia...
Grande parte das pessoas não trabalhariam...
Assim, a alternativa (D) é a correta.
Gabarito: D

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Questão 5: TRT 23ªR 2016 Analista Judiciário (banca FCC)
O verbo que pode ser flexionado em uma forma do plural, sem prejuízo da
correção e sem que nenhuma outra modificação seja feita na frase, está em:
(A) ... existe pouco espaço para as velhas bibliotecas...
(B) ... a biblioteca recebe 2.000 usuários por dia...
(C) ... que jamais se pensaria...
(D) A metade de seus usuários tem entre 25 e 35 anos.
(E) ... qualquer bibliotecário que observa como os grandes leitores das
bibliotecas...
Comentário: Pelo pedido da questão, entendemos que se pede a
concordância facultativa (singular ou plural).
Na alternativa (A), a expressão singular “pouco espaço” é o sujeito e
força o verbo “existe” a se manter no singular.
Na alternativa (B), a expressão singular “a biblioteca” é o sujeito e força
o verbo “recebe” a se manter no singular.
Na alternativa (C), o verbo transitivo indireto “pensaria” está precedido
do índice de indeterminação do sujeito “se”, por isso tal verbo deve se manter
no singular.
A alternativa (D) é a correta, pois o sujeito possui a expressão partitiva
“A metade de seus usuários”. Assim, o verbo pode concordar com “metade”
ou com “de seus usuários”. Veja:
A metade de seus usuários tem entre 25 e 35 anos.
A metade de seus usuários têm entre 25 e 35 anos.
A alternativa (E) está errada, pois o pronome relativo “que” ocupa a
função sintática de sujeito e retoma o termo singular “qualquer bibliotecário”,
o que mantém o verbo “observa” no singular.
Gabarito: D

Questão 6: TRT 14ªR 2016 Analista Judiciário (banca FCC)


As exigências quanto à concordância verbal estão plenamente atendidas na
frase:
(A) A muitos poderá parecer um excesso as lutas travadas pelas mulheres
americanas contra a prática de graves atitudes machistas.
(B) Acaba por se constituir numa grande hipocrisia as atitudes de quem se
diz reger por determinada moral e pratica outra, inteiramente diversa.
(C) É comum que aos homens ocorra estar no exercício de um direito
quando, em suas práticas amorosas, impõem às mulheres o que as
humilha e as desonra.
(D) Couberam às mulheres americanas, cansadas de se submeterem aos
machistas, travar duras lutas contra o assédio sexual e outras práticas
que as vitimam.
(E) A maioria dos homens não costuma levar a sério o “não” que, saindo das
bocas das namoradas, ressoam como se fosse tão somente uma fingida
evasiva.
Comentário: A alternativa (A) está errada, pois a locução verbal “poderá
parecer” deverá se flexionar no plural para concordar com o sujeito “as lutas”.

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A ordem natural seria a seguinte: as lutas poderão parecer a muitos um
excesso... Agora, veja a correção:
A muitos poderão parecer um excesso as lutas travadas pelas mulheres
americanas contra a prática de graves atitudes machistas.
A alternativa (B) está errada, pois o sujeito plural “as atitudes” força o
verbo “Acaba” a se flexionar no plural. Veja a correção:
Acabam por se constituir numa grande hipocrisia as atitudes de quem se diz
reger por determinada moral e pratica outra, inteiramente diversa.
A alternativa (C) é a correta. Note que o verbo “ocorra” concorda com o
sujeito oracional “estar no exercício de um direito”. Além disso, o verbo
“impõem” é transitivo direto e indireto, o termo “às mulheres” é o objeto
indireto e o pronome demonstrativo “o” é o objeto direto. Tal verbo se
flexiona no plural porque se refere ao substantivo plural “homens”. Os verbos
“humilha” e “desonra” concorda com o pronome relativo “que”, o qual retoma
o pronome demonstrativo singular “o”, e o pronome “as” concorda com o
referente “mulheres”.

É comum que aos homens ocorra estar no exercício de um direito quando, em


suas práticas amorosas, (eles: os homens) impõem às mulheres o que as
humilha e as desonra.

A alternativa (D) está errada, pois o verbo “Couberam” tem como


sujeito a oração subordinada substantiva subjetiva “travar duras lutas contra
o assédio sexual e outras práticas”. Assim, deve se flexionar no singular.
Resta perceber que o verbo “vitimam” encontra-se no plural porque o
pronome relativo “que” é o sujeito e retoma o substantivo plural “práticas”.

Coube às mulheres americanas, cansadas de se submeterem aos machistas,


travar duras lutas contra o assédio sexual e outras práticas que as vitimam.
A alternativa (E) está errada, pois a locução verbal “costuma levar”
concorda com o núcleo do sujeito “maioria”. O verbo “ressoam” deve se
flexionar no singular, pois seu sujeito é o pronome relativo “que”, o qual
retoma a expressão singular “o „não‟”.
A maioria dos homens não costuma levar a sério o “não” que, saindo das
bocas das namoradas, ressoa como se fosse tão somente uma fingida
evasiva.
Gabarito: C

Questão 7: TCE CE 2015 Analista de Controle Externo (banca FCC)


O verbo indicado entre parênteses deve flexionar-se de modo a concordar com
o elemento sublinhado na seguinte frase:

(A) A rejeição que demonstra Coutinho a preconceitos sociais (distinguir)


sua obra da de outros documentaristas.

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(B) Grupos ou classes sociais, numa visão a distância, não (merecer) desse
cineasta qualquer atenção especial.
(C) Não (dever) satisfazer-se um bom documentarista com os paradigmas já
cristalizados.
(D) Aos tipos sociais já reconhecidos (faltar) a imprescindível singularização
dos indivíduos.
(E) Sertanejos nordestinos e peões de fábrica são designações que não
(derivar) senão de uma mera tipologia.
Comentário: Neste tipo de questão, devemos observar se o termo grifado é o
sujeito do verbo entre parênteses.
A alternativa (A) é a correta, pois, ao excluirmos a oração subordinada
adjetiva restritiva “que demonstra Coutinho a preconceitos sociais”, sobra a
oração principal “A rejeição ... distingue sua obra da de outros
documentaristas”. Assim, fica fácil notarmos que o termo “A rejeição” é o
sujeito do verbo “distinguir”. Veja:
A rejeição que demonstra Coutinho a preconceitos sociais distingue sua obra
da de outros documentaristas.
A alternativa (B) está errada, pois o termo “Grupos ou classes sociais” é
o sujeito do verbo “merecer”. Já o termo “cineasta” é o núcleo do objeto
indireto do verbo “merecer”. Veja:
Grupos ou classes sociais, numa visão a distância, não merecem desse
cineasta qualquer atenção especial.
A alternativa (C) está errada, pois a locução verbal “dever satisfazer-se”
tem como sujeito o termo “um bom documentarista”. Já o substantivo
“paradigmas” é o núcleo do objeto indireto dessa mesma locução verbal, pois
entendemos que alguém não deve se satisfazer com alguma coisa. Veja:
Não deve satisfazer-se um bom documentarista com os paradigmas já
cristalizados.
A alternativa (D) está errada, pois o verbo “faltar” é transitivo indireto, o
sujeito é o termo “a imprescindível singularização dos indivíduos” e o objeto
indireto é o termo “Aos tipos sociais já reconhecidos”. Veja:
Aos tipos sociais já reconhecidos falta a imprescindível singularização dos
indivíduos.
A alternativa (E) está errada, pois o verbo transitivo indireto “derivar”
tem como sujeito o pronome relativo “que”, o qual retoma “designações”.
Além disso, o termo “de uma mera tipologia” é apenas o objeto indireto. Veja:
Sertanejos nordestinos e peões de fábrica são designações que não derivam
senão de uma mera tipologia.
Gabarito: A

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Vimos os tipos de sujeito importantes para a concordância verbal,
reforçamos com algumas questões. Mas você vai notar que a maioria das
questões de concordância se refere ao sujeito determinado simples, o qual
pode aparecer, além das formas vistas anteriormente, também da seguinte
forma:
A concordância utilizando o pronome apassivador “se”:
Vimos que o pronome “se”, com o verbo transitivo indireto (VTI),
intransitivo (VI) e de ligação (VL), tem o nome de índice de indeterminação do
sujeito (IIS). Com isso o verbo fica flexionado obrigatoriamente na terceira
pessoa do singular.
Agora, veremos o pronome “se” com o verbo transitivo direto (VTD) ou
com o verbo transitivo direto e indireto (VTDI). Esse “se” é chamado de
pronome apassivador. Isso força a seguinte estrutura:

VTD + se + sujeito paciente


É natural você fazer a seguinte pergunta: se o verbo é transitivo direto,
onde está o objeto direto?
Bom, como dissemos que esse pronome “se” é o apassivador (P Ap),
então temos voz passiva sintética. Na voz passiva, não existe objeto direto. O
termo que seria o objeto direto passou a ser o sujeito paciente. Isso será visto
adiante na transposição de voz verbal.

Por enquanto, tenha em mente a estrutura anterior. Isso ocorre em


muitas questões de concordância verbal. Veja como:

Aluga-se casa. Alugam-se casas.


VTD +PAp+ sujeito paciente VTD + PAp + sujeito paciente

Veja que “aluga” é verbo transitivo direto. Assim, o pronome “se” é


apassivador e o termo posterior “casa” é o sujeito paciente. Toda vez que
tivermos esta estrutura passiva sintética, troque-a pela analítica (casa é
alugada), para ter certeza de que realmente há voz passiva. Veja no segundo
exemplo. O sujeito ficou no plural (“casas”), por isso o verbo também se
flexionou no plural: “Alugam”. Transpondo para a analítica (casas são
alugadas), confirmamos que temos voz passiva.

Veja uma frase na prova da FCC!!! (TRT 18ªR)


O termo sublinhado está corretamente flexionado?
Observa-se subversões à norma culta diariamente, nos bate-papos pela
internet.
NÃO. O verbo “observa” é transitivo direto (alguém observa algo) e o
vocábulo “se” possivelmente é o pronome apassivador. Para se ter certeza
disso, basta transpormos para a voz passiva analítica: subversões são
observadas...

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Como há coerência, realmente o “se” é pronome apassivador e com isso
“subversões” é o sujeito paciente. Dessa forma, o verbo deve ser flexionado no
plural: Observam-se. Veja a reescrita:
Observam-se subversões à norma culta diariamente, nos bate-papos pela
internet.
O pronome apassivador não ocorre só com o verbo transitivo direto
(VTD). Ele também ocorre com o verbo transitivo direto e indireto (VTDI):

VTDI + se + OI + sujeito paciente


Veja a aplicação:
Enviaram-se ao gerente pedidos de aumento.
VTDI + PAp + OI + sujeito paciente

Para se ter certeza de que há pronome apassivador, basta


transformarmos para a voz passiva analítica:
Pedidos de aumento foram enviados ao gerente.
Essas construções podem ser estruturadas também com locução verbal.
Para isso, basta observar a transitividade do verbo principal (sempre o último).
Veja:

Deve-se alugar casa. Devem-se alugar casas.


P Ap + VTD + sujeito paciente P Ap + VTD + sujeito paciente

Estão-se enviando ao gerente pedidos de aumento.


P Ap + VTDI + OI + sujeito paciente

Veja uma frase na prova da FCC!!! (BACEN)


Na proposta de uma nova redação para uma frase do texto, cometeu-se
um deslize quanto à concordância verbal em:
Devem-se notar, comparando-se as massas do século XVI e os
migrantes da globalização, um quadro de semelhanças que não exclui uma
importante diferença.
Note que a locução verbal “devem-se notar” possui o verbo principal
“notar”, o qual é transitivo direto (alguém nota algo). Assim o pronome “se”
pode ser apassivador, havendo, portanto, a voz passiva sintética. Para se ter
certeza disso, SEMPRE devemos passar para a voz passiva analítica (um
quadro deve ser notado). Dessa forma, o termo “quadro” é realmente o
núcleo do sujeito paciente. Se este termo está no singular, a locução verbal
deve se flexionar no singular. A banca afastou o sujeito do seu verbo por meio
de uma estrutura adverbial entre vírgulas. Fez isso apenas para nos confundir,
mas você não vai cair nesta!!!!
Veja a reescrita:

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Deve-se notar, comparando-se as massas do século XVI e os migrantes
da globalização, um quadro de semelhanças que não exclui uma importante
diferença.

Concordância com o pronome relativo “que”:


Este pronome inicia uma oração subordinada adjetiva e serve para
retomar um substantivo anterior. Ele pode cumprir várias funções sintáticas e
a que nos interessa muito para a prova é a função sintática de sujeito:
Conversei com o fundador da instituição que cuida de crianças carentes.
A oração grifada possui o verbo “cuida”, o qual é transitivo indireto. Seu
objeto indireto é “de crianças carentes”. Assim o termo que falta é o sujeito.
Perceba que o pronome relativo “que” retoma o substantivo “instituição”.
Assim, quando lemos “que”, entendemos “instituição” e então teríamos: “a
instituição cuida de crianças carentes”. Veja:
objeto indireto
sujeito VTI
Conversei com o fundador da instituição que cuida de crianças carentes.
objeto indireto
sujeito VTI
Conversei com o fundador da instituição. A instituição cuida de crianças carentes.

É fácil achar o pronome relativo: basta substituí-lo pelos também


pronomes relativos “o qual, a qual, os quais, as quais”.
Concordância com o pronome relativo “o qual” e suas variações (a
qual, os quais, as quais):
Este pronome também inicia uma oração subordinada adjetiva.

Algumas leis que estão em vigor no país deverão ser revistas.

Algumas leis as quais estão em vigor no país deverão ser revistas.

Note que “Algumas leis” é o sujeito da locução verbal “deverão ser


revistas”, e o pronome relativo “que” (ou “as quais”) é o sujeito do verbo
“estão”. Quando se lê “que” ou “os quais”, devemos entender o substantivo
“leis”: leis estão em vigor no país.
Veja uma frase na prova da FCC!!! (TRT MG)
O verbo indicado entre parênteses deverá adotar uma forma do plural
para preencher corretamente a lacuna da frase?
No que ...... (dizer) respeito aos desmandos nos gastos, as normas e as
sanções da LRF são inflexíveis.
NÃO. Note que a oração “que diz respeito aos desmandos nos gastos”
possui o verbo “diz”, o qual é transitivo direto. O objeto direto é “respeito”. O
substantivo “respeito” pede o complemento nominal “aos desmandos nos
gastos”. Assim, falta o sujeito “que”. Esse pronome relativo retoma o pronome

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demonstrativo “o” (= aquilo). No lugar do “que” podemos entender o vocábulo
anterior (“o”=“aquilo”):

...aquilo diz respeito aos desmandos nos gastos...


No que diz respeito aos desmandos nos gastos, as normas e as sanções da
LRF são inflexíveis.
Assim, o pronome relativo na função de sujeito, ao retomar nome
singular anterior, leva o verbo para o singular.

Veja outra frase na prova da FCC!!! (TRT MG)


O verbo indicado entre parênteses deverá adotar uma forma do plural
para preencher corretamente a lacuna da seguinte frase?
As operações de que ...... (cuidar) a LRF trarão maior disciplina e
seriedade na gestão das verbas públicas.
NÃO. O sujeito de “cuidar” é a expressão “a LRF”. Neste caso, devemos
analisar apenas a oração com base no verbo em negrito:
... de que cuida a LRF...”
Agora fica mais clara a interpretação de que a LRF cuida de algo. Dentre
os termos desta oração,OI o único que não possui preposição é “a LRF”, por isso

esta expressão leva o verbo para o singular. Agora o pronome relativo tem a
função de objeto indireto. Veja:

As operações de que cuida a LRF trarão maior disciplina e seriedade na


gestão das verbas públicas.
Obs.: As várias funções sintáticas do pronome relativo serão vistas na
aula de regência.
Concordância verbal com o sujeito oracional:
Quando o sujeito recebe um verbo, passa a ser uma oração. Essa oração
força o verbo para o singular. Veja a frase abaixo, com sujeito determinado
simples:
É fundamental o estudo organizado.
VL + predicativo (sujeito simples)
Período simples

Chamamos de período simples o enunciado que possua apenas uma


oração (um verbo). Neste caso, o verbo “É” (de ligação) serve para ligar o
predicativo “fundamental” ao sujeito determinado simples “o estudo
organizado”, por isso se flexiona no singular.
Note agora que este sujeito pode receber um verbo, passando a ser
considerado um sujeito oracional. Veja:
É fundamental que você estude organizadamente.
VL + predicativo Suj + VI + adjunto adverbial de modo
oração principal oração subordinada substantiva subjetiva
período composto

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Agora passamos a ter duas orações (dois verbos: “É” e “estude”), por
isso temos um período composto. Veja que antes tínhamos o sujeito “o estudo
organizado”, agora temos o sujeito oracional “que você estude
organizadamente”.
Note na estrutura acima que este sujeito oracional possui um verbo
intransitivo. Este verbo tem seu sujeito (“você”) e um adjunto adverbial de
modo (“organizadamente”). Assim, sempre que tivermos um verbo, é natural
que haja um tipo de sujeito relacionado a ele e também um complemento
verbal, quando possível.
Neste sujeito oracional, perceba a conjunção integrante “que”, ela faz
com que o verbo nesta oração seja conjugado em tempo e modo verbal
(“estude”: presente do subjuntivo).
Agora veja o período abaixo. Retiramos a conjunção integrante “que”.
Naturalmente reduzimos o número de palavras da oração, por isso a
chamamos de oração reduzida. Isso faz com que o verbo deixe de ser
conjugado em modo e tempo verbal (“estude”) e passe para a forma nominal
infinitiva: “estudar”. Veja:
É fundamental você estudar organizadamente.
VL + predicativo Suj + VI + adjunto adverbial de modo
oração principal oração subordinada substantiva subjetiva (reduzida de infinitivo)
período composto

O sujeito oracional é chamado de oração subordinada substantiva


subjetiva. A oração substantiva possui várias funções sintáticas, mas cabe
agora trabalharmos apenas o valor de sujeito.

Tudo isso foi visto com a única e exclusiva intenção de você perceber
que toda vez que tivermos um verbo referindo-se ao sujeito oracional,
obrigatoriamente deverá permanecer na terceira pessoa do singular.
Para ficar bem claro. Quando tivermos um sujeito oracional, troquemos
pela palavra ISSO. Como este vocábulo está no singular, o verbo também
estará. Vamos fazer um teste:
Veja alguns exemplos com orações desenvolvidas:

É preciso que se adotem providências eficazes.


VL + predicativo + sujeito oracional

Parece estar comprovado que soluções mágicas não funcionam.


Locução verbal de ligação + predicativo + sujeito oracional

Isso é preciso.
Isso parece estar comprovado.
Convém que você fique. Isso convém.
VI + sujeito oracional

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Veja alguns exemplos com orações reduzidas:

É preciso adotarem-se providências eficazes.


VL + predicativo + sujeito oracional (oração reduzida de infinitivo)

Parece estar comprovado não funcionarem soluções mágicas.


Locução verbal de ligação + predicativo + sujeito oracional (oração reduzida de infinitivo)

Isso é preciso.
Parece ser ela a pessoa indicada.
VI + sujeito oracional (oração reduzida de infinitivo)
Isso parece estar comprovado.
Isso parece.
Coube-nos sustentar aquela informação. Isso nos coube.
VTI + OI + sujeito oracional (oração reduzida de infinitivo)

Veja uma frase na prova da FCC!!! (TRE MG)


Muitos prefeitos entendem que não ...... (dever) caber a eles empenhar
verbas para o ensino fundamental e o atendimento básico de saúde.

A banca pedia para verificar se o verbo entre parênteses deveria se


flexionar no plural. Neste caso não, pois o sujeito da locução verbal “dever
caber” é toda a oração “empenhar verbas para o ensino fundamental e o
atendimento básico de saúde”; por isso a locução verbal deve ficar
obrigatoriamente no singular (Isso deve caber a eles):

Muitos prefeitos entendem que não deve caber a eles empenhar verbas
para o ensino fundamental e o atendimento básico de saúde.

Questão 8: TRT 24ªR 2017 Analista Judiciário (banca FCC)


Quanto à concordância padrão, está escrita corretamente a frase:
(A) O homem sempre buscou capturar o instante em imagens, e isso nunca
foi tão fácil quanto hoje, quando o ato de registrar se tornou mais
importante que o próprio registro.
(B) Atualmente, constata-se muitas maneiras de compartilhar informação,
mas nenhum meio de comunicação vem se mostrando tão poderoso
quanto as redes sociais.
(C) Em meados da década passada, fotografar alimentos envolviam uma
série de questionamentos que parecem não fazer mais sentido na
sociedade dos dias de hoje.
(D) Em 2016, uma pesquisa com usuários da internet concluiu que algumas
pessoas que postam excessivamente nas redes sociais o faz por
necessidade de aprovação.
(E) Decidir entre devorar ou clicar têm perturbado aqueles que oscilam entre
desfrutar o momento da refeição e partilhá-lo, ainda que a distância, com
amigos e familiares.
Comentário: A alternativa (A) é a correta, pois todos os referentes se
encontram no singular, por isso os verbos estão no singular. Confirme:
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O homem sempre buscou capturar o instante em imagens, e isso nunca foi tão
fácil quanto hoje, quando o ato de registrar se tornou mais importante que o
próprio registro.
A alternativa (B) está errada, pois o verbo “constata” é transitivo direto,
o pronome “se” é apassivador e “muitas maneiras” é o sujeito paciente, o qual
força o verbo ao plural. Veja a correção:
Atualmente, constatam-se muitas maneiras de compartilhar informação, mas
nenhum meio de comunicação vem se mostrando tão poderoso quanto as
redes sociais.
A alternativa (C) está errada, pois o sujeito oracional “fotografar
alimentos” força o verbo da oração principal “envolviam” ao singular. O verbo
“parecem” encontra-se no plural, porque o sujeito é o pronome relativo “que”,
o qual pode retomar “questionamentos”. Veja a correção:
Em meados da década passada, fotografar alimentos envolvia uma série de
questionamentos que parecem não fazer mais sentido na sociedade dos dias
de hoje.
A alternativa (D) está errada, pois o verbo “faz” tem como sujeito a
expressão plural “algumas pessoas”. Assim, deve se flexionar no plural. Veja a
correção:
Em 2016, uma pesquisa com usuários da internet concluiu que algumas
pessoas que postam excessivamente nas redes sociais o fazem por
necessidade de aprovação.
A alternativa (E) está errada, pois o sujeito oracional “Decidir” força a
locução verbal da oração principal “têm perturbado” ao singular.
Decidir entre devorar ou clicar tem perturbado aqueles que oscilam entre
desfrutar o momento da refeição e partilhá-lo, ainda que a distância, com
amigos e familiares.
Gabarito: A

Questão 9: TRT 24ªR 2017 Analista Judiciário (banca FCC)


Observam-se plenamente as normas de concordância verbal e a adequada
articulação entre os tempos e os modos na frase:
(A) Caso atinássemos com o fato de que é pela perspectiva autoral que se
produz as notícias, não seremos tentados a confundir uma reportagem
com a realidade mesma.
(B) Quando passarmos a analisar não apenas os fatos noticiados, mas o
ponto de vista que neles se incutiram, estamos interpretando também a
perspectiva pela qual se enunciaram.
(C) Fará parte do processo de leitura das notícias de um jornal, se não
quisermos ser manipulados pela interpretação já inclusa, o
reconhecimento do ponto de vista de quem as redigiu.

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(D) Se houvéssemos acreditado que a responsabilidade dos fatos noticiados
cabiam aos indivíduos nomeados, teremos de inculpar os inocentes e
inocentar os culpados.
(E) O que costumamos chamar de “compreensão do mundo” não seria senão
confundir o que se traduzem nas palavras com os fatos que efetivamente
ocorreriam.
Comentário: A alternativa (A) está errada, pois o verbo “produz” é transitivo
direto, o pronome “se” é apassivador e o sujeito paciente “as notícias” força o
verbo ao plural. Além disso, a condição no passado “Caso atinássemos” gera a
oração principal no futuro do pretérito do indicativo “seríamos”. Neste
contexto, uma das possíveis combinações entre os tempos verbais é a
condição no futuro do subjuntivo. Veja a correção:
Se atinarmos com o fato de que é pela perspectiva autoral que se
produzem as notícias, não seremos tentados a confundir uma reportagem
com a realidade mesma.
A alternativa (B) está errada, pois o verbo “incutiram” é transitivo direto
e indireto, “neles” é o objeto indireto, o pronome “se” é apassivador e o
pronome relativo “que” é o sujeito paciente, o qual retoma uma expressão
singular (“ponto de vista”). Assim, tal verbo deve se flexionar no singular.
Quanto ao verbo “enunciaram”, pode-se entender a referência ao termo
plural “fatos”. Veja:
Quando passarmos a analisar não apenas os fatos noticiados, mas o ponto de
vista que neles se incutiu, estamos interpretando também a perspectiva pela
qual se enunciaram.
A alternativa (C) é a correta, pois o verbo “Fará” tem como sujeito o
termo singular “o reconhecimento”. O verbo “redigiu” concorda com “quem”.
Fará parte do processo de leitura das notícias de um jornal, se não quisermos
ser manipulados pela interpretação já inclusa, o reconhecimento do ponto de
vista de quem as redigiu.
A alternativa (D) está errada, pois o verbo “cabiam” deve concordar com
o núcleo do sujeito “responsabilidade”. Além disso, a condição no passado
(“Se houvéssemos acreditado”) gera o resultado de hipótese na oração
principal (“teríamos de inculpar”).
Se houvéssemos acreditado que a responsabilidade dos fatos noticiados cabia
aos indivíduos nomeados, teríamos de inculpar os inocentes e inocentar os
culpados.
A alternativa (E) está errada, pois o verbo “traduzem” deve ser
flexionado no singular, haja vista que seu sujeito paciente é o pronome
relativo “que”, o qual retoma o pronome demonstrativo singular “o”. Note que
o pronome “se” é apassivador.
O que costumamos chamar de “compreensão do mundo” não seria senão
confundir o que se traduz nas palavras com os fatos que efetivamente
ocorreriam.
Gabarito: C

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Questão 10: TRE SP 2017 Técnico Judiciário (banca FCC)


A forma verbal empregada corretamente está na frase:
(A) Notam-se a probabilidade de problemas emocionais e de déficits de
habilidades sociais.
(B) Dedica-se ao manejo de aparelhos eletrônicos, desde a mais tenra idade,
as crianças de hoje.
(C) Cercam-se de solidão e isolamento uma vida reclusa ao mundo virtual de
atualizações de status.
(D) Findaram as discussões profundas, com as quais poderia se enriquecer os
anos de universidade.
(E) Interpretam-se, com dificuldade, comportamentos alheios frente a frente,
em tempo real.
Comentário: A alternativa (A) está errada, pois o verbo “Notam” é transitivo
direto, o pronome “se” é apassivador e o sujeito paciente é determinado
simples, isto é, tem apenas um núcleo, que é o substantivo singular
“probabilidade”. Veja que apenas o adjunto adnominal é composto.
Nota-se a probabilidade de problemas emocionais e de déficits de habilidades
sociais.
A alternativa (B) está errada, pois o verbo “Dedica-se” deve concordar
com o seu sujeito “as crianças de hoje”.
Dedicam-se ao manejo de aparelhos eletrônicos, desde a mais tenra idade,
as crianças de hoje.
A alternativa (C) está errada, pois o verbo “Cercam” tem como sujeito a
expressão singular “uma vida reclusa”.
Cerca-se de solidão e isolamento uma vida reclusa ao mundo virtual de
atualizações de status.
A alternativa (D) está errada, pois a locução verbal “poderia se
enriquecer” apresenta o verbo principal e transitivo direto “enriquecer”, o
pronome “se” é apassivador e o termo plural “os anos de universidade” é o
sujeito paciente. Note que o verbo intransitivo “Findaram” está concordando
corretamente com o sujeito “as discussões profundas”.
Findaram as discussões profundas, com as quais poderiam se enriquecer os
anos de universidade.
A alternativa (E) é a correta, pois o verbo “Interpretaram” é transitivo
direto, o pronome “se” é apassivador e o termo plural “comportamentos
alheios” é o sujeito paciente.
Interpretam-se, com dificuldade, comportamentos alheios frente a frente, em
tempo real.
Gabarito: E

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Questão 11: TRT 14ªR 2016 Analista Judiciário (banca FCC)
O verbo indicado entre parênteses deverá flexionar-se em uma forma do
plural para preencher corretamente a lacuna da frase:
(A) Nem se ...... (pensar) em dar ouvidos às pessoas que não acreditam no
poder da arte de contar histórias.
(B) Aos meninos do bairro ...... (parecer) melhor ouvir histórias do que se
entreter com jogos eletrônicos.
(C) Das histórias que ouviram nada os ...... (encantar) mais do que as
inflexões do narrador.
(D) É improvável que nos anos futuros ...... (deixar) de haver gratas
recordações dessas histórias que ouvimos.
(E) Para a maioria dos alunos ainda se ...... (conservar) os momentos
mágicos daquela antiga sessão.
Comentário: Na alternativa (A), o verbo “pensar” é transitivo indireto e o
pronome “se” é o índice de indeterminação do sujeito, por isso tal verbo deve
permanecer no singular.
Nem se pensa em dar ouvidos às pessoas que não acreditam no poder da
arte de contar histórias.
Na alternativa (B), o verbo “parecer” tem como sujeito a oração
subordinada substantiva subjetiva reduzida de infinitivo “ouvir histórias”, o
que força tal verbo ao singular (Isso parece melhor a eles).

Aos meninos do bairro parece melhor ouvir histórias do que se entreter com
jogos eletrônicos.
Na alternativa (C), o sujeito “nada” mantém o verbo “encantar” no
singular. Veja:
Das histórias que ouviram nada os encanta mais do que as inflexões do
narrador.
Na alternativa (D), a locução verbal “deixar de haver” apresenta o verbo
principal “haver”, que é transitivo direto e impessoal, isto é, não tem sujeito,
pois se encontra no sentido de existir. Assim, o verbo auxiliar “deixar” deve
permanecer no singular. O termo plural “gratas recordações dessas histórias”
é apenas o objeto direto e não interfere na concordância.
É improvável que nos anos futuros deixar de haver gratas recordações dessas
histórias que ouvimos.
A alternativa (E) é a correta, pois o verbo “conservar” é transitivo direto,
o pronome “se” é apassivador e o termo plural “os momentos mágicos
daquela antiga sessão” é o sujeito paciente, o qual força tal verbo ao plural.
Sempre que se suspeitar que o pronome seja apassivador, devemos transpor
da voz passiva sintética para a analítica. Veja:
Para a maioria dos alunos ainda se conservam os momentos mágicos
daquela antiga sessão.
Para a maioria dos alunos ainda são conservados os momentos mágicos
daquela antiga sessão.

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Gabarito: E

Questão 12: TRF 3ªR 2016 Analista Judiciário (banca FCC)


Fragmento do texto: Enquanto o carro geme em curvas que já nem
poderíamos qualificar como “cabeças de alfinete”, de tal modo se sucedem em
espiral, por entre um nevoeiro que imita a alta montanha de outros climas,
posso examinar à vontade as árvores e as plantas estendendo-se perante o
meu olhar como espécimes de museu.
A alteração da voz do verbo poder, nas duas vezes em que ocorre no último
parágrafo, deverá resultar nas seguintes formas, respectivamente:
(A) se poderia − se pode
(B) poder-se-ia − podem-se
(C) poderiam-se − pode-se
(D) se poderiam − podem-se
(E) se poderiam − se pode
Comentário: Nas locuções verbais “poderíamos qualificar” e “posso
examinar”, os verbos principais “qualificar” e “examinar” são transitivos
diretos. Assim, o pronome relativo “que”, o qual retoma o substantivo plural
“curvas”, é o primeiro objeto direto e o termo “as árvores e as plantas” é o
objeto direto composto:

...curvas que já nem poderíamos qualificar...


...já nem poderíamos qualificar curvas...
...posso examinar à vontade as árvores e as plantas...
Assim, os objetos diretos “curvas” e “as árvores e as plantas” passam a
sujeitos pacientes, levando o verbo auxiliar “poder” para o plural,
obrigatoriamente.
Assim, já eliminamos as alternativas (A), (B), (C) e (E), por
apresentarem pelo menos um dos verbos no singular, restando a alternativa
(D) como a correta. Veja as possibilidades abaixo. Um detalhe: coloquei
também as possibilidades quanto à colocação pronominal para evitar dúvidas.
...curvas que já nem poderíamos qualificar... (voz ativa)
curvas que já nem poderiam ser qualificadas... (voz passiva analítica)
curvas que já nem poderiam se qualificar... (voz passiva sintética)
curvas que já nem se poderiam qualificar... (voz passiva sintética)

...posso examinar à vontade as árvores e as plantas... (voz ativa)


...podem ser examinadas à vontade as árvores e as plantas... (voz passiva analítica)
...podem-se examinar à vontade as árvores e as plantas... (voz passiva sintética)
...podem se examinar à vontade as árvores e as plantas... (voz passiva sintética)
...podem examinar-se à vontade as árvores e as plantas... (voz passiva sintética)
Gabarito: D

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Questão 13: TCM GO 2015 Auditor de Controle Externo (banca FCC)
As normas de concordância verbal encontram-se plenamente observadas na
frase:
(A) Não deve representar uma humilhação para nós as eventuais falhas de
redação, que pode e precisa ser sanada.
(B) Difunde-se, já há muito tempo, preconceitos contra a grande arte, sob a
alegação de que ela é produzida para uma pequena elite.
(C) Caso não hajam opções reais, o público acabará tendo acesso não a obras
de arte, mas a mercadorias em oferta.
(D) Traumatizados pelos decibéis do som que os atormenta, ocorre a alguns
motoristas reagir com violência a esses abusos.
(E) Ao autor do texto não incomodam as pessoas ouvirem qualquer coisa,
mas sim o que a elas não é facultado conhecerem.
Comentário: A alternativa (A) está errada, pois, se o sujeito é plural, o verbo
também deve se flexionar no plural. Veja
Não devem representar uma humilhação para nós as eventuais falhas de
redação, que podem e precisam ser sanadas.
A alternativa (B) está errada, pois o verbo “difunde” é transitivo direto,
o pronome “se” é apassivador e termo plural “preconceitos” é o sujeito
paciente, o qual força o verbo ao plural. Veja:
Difundem-se, já há muito tempo, preconceitos contra a grande arte, sob a
alegação de que ela é produzida para uma pequena elite.
A alternativa (C) está errada, pois o verbo “haver”, no sentido de existir,
não tem sujeito e não se flexiona. O termo “opções reais” é apenas o objeto
direto.
Caso não haja opções reais, o público acabará tendo acesso não a obras de
arte, mas a mercadorias em oferta.
A alternativa (D) é a correta. O particípio “Traumatizados” concorda com
“motoristas”. Na segunda oração, o termo “a alguns motoristas” é apenas o
objeto indireto, o qual não força o verbo a se flexionar. O verbo “ocorre” é
transitivo indireto, o sujeito é a oração subordinada substantiva subjetiva
“reagir com violência a esses abusos”, o que força esse verbo a se flexionar no
singular. Vale lembrar que o verbo “atormenta” tem como sujeito o pronome
relativo “que”, o qual retoma o substantivo “som”.
Traumatizados pelos decibéis do som que os atormenta, ocorre a alguns
motoristas reagir com violência a esses abusos.
A alternativa (E) está errada, pois o verbo “incomodam” tem como
sujeito a oração subordinada substantiva subjetiva “ouvirem qualquer coisa”.
Assim, tal verbo deve se flexionar no singular. O termo plural “as pessoas” é
apenas o objeto direto. A expressão “Ao autor do texto” é apenas uma
expressão chamada dativo de opinião. Assim, entendemos que, na opinião do
autor do texto, as pessoas ouvirem qualquer coisa não o incomoda.
Veja:

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Ao autor do texto não incomoda as pessoas ouvirem qualquer coisa, mas sim
o que a elas não é facultado conhecerem.
Gabarito: D

Questão 14: CNMP 2015 Arquivologia (banca FCC)


O verbo indicado entre parênteses deverá flexionar-se concordando com o
termo sublinhado na frase:
(A) O autor do texto acha que (ser) de se lamentar que tantas pessoas
sejam enganadas pelos falsários da internet.
(B) Seria preciso que se (aplicar) a esses falsários alguma sanção, para que
não houvesse tantos abusos.
(C) Quem jamais leu Shakespeare nem (imaginar) as lições literárias e as
discussões éticas que está perdendo.
(D) Não (dever) caber aos usuários da internet o direito de publicar o que
quer que seja com assinatura falsa.
(E) Infelizmente não se (punir) esses falsos gênios da internet com medidas
rigorosas e exemplares.
Comentário: A alternativa (A) está errada, por ser fácil perceber que o termo
sublinhado “pessoas” é o sujeito da locução verbal da voz passiva “sejam
enganadas”. Vale observar que o verbo “é” tem como sujeito a oração
subordinada substantiva subjetiva “que tantas pessoas sejam enganadas
pelos falsários da internet”. Como sabemos que podemos substituir a oração
substantiva por “isso”, entendemos “isso é de se lamentar”.
A alternativa (B) está errada, pois “a esses falsários” é um termo
preposicionado. Assim, não poderá ser o sujeito. Tal termo é o objeto indireto
do verbo transitivo direto e indireto “aplicar”. O pronome “se” é o apassivador,
por isso não existe objeto direto e o termo “alguma sanção” é o sujeito
paciente. Sempre que nos depararmos com um possível pronome apassivador,
devemos confirmá-lo com a transposição da voz passiva sintética em passiva
analítica: alguma sanção seja aplicada a esses falsários.
A alternativa (C) está errada, pois “as lições literárias e as discussões
éticas” é o objeto direto composto do verbo “imaginar”, o qual tem como
sujeito o pronome indefinido “quem”.
A alternativa (D) está errada, pois “aos usuários da internet” é um
termo preposicionado. Assim, não poderá ser o sujeito. Tal termo é o objeto
indireto do verbo transitivo indireto “caber”, o qual tem como sujeito o termo
“o direito”.
A alternativa (E) é a correta, pois o verbo “punir” é transitivo direto, o
pronome “se” é apassivador e “esses falsos gênios da internet” é o sujeito
paciente. Sempre que nos depararmos com um possível pronome apassivador,
devemos confirmá-lo com a transposição da voz passiva sintética em passiva
analítica. Veja:
Voz passiva sintética:
Infelizmente não se punem esses falsos gênios da internet com medidas
rigorosas e exemplares.

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Voz passiva analítica:


Infelizmente não são punidos esses falsos gênios da internet com medidas
rigorosas e exemplares.
Gabarito: E

Questão 15: TRT MG 2015 Técnico Judiciário (banca FCC)


As normas de concordância verbal estão plenamente respeitadas na seguinte
frase:
(A) A todas as pessoas deveriam caber, em respeito aos que as antecederam,
conservar as imagens de outro tempo, de outros hábitos.
(B) Já quase não se coleciona em álbum, em função das técnicas digitais, as
fotografias familiares que tanto contavam de nossa história.
(C) Para muita gente já não são mais necessários conservar os velhos álbuns
de fotografias, substituídos que foram pelos arquivos digitais.
(D) Aquelas velhas fotos não convêm ninguém desprezar, estão sendo cada
vez mais raras, e algum dia acabará por converter-se num precioso
documento.
(E) Uma sucessão de fotos pode ilustrar um segmento importante de uma
história familiar, à qual pertenceram aqueles velhos rostos e expressões.
Comentário: A alternativa (A) está errada, porque a locução verbal
“deveriam caber” é transitiva indireta, o objeto indireto é o termo “A todas as
pessoas” e o sujeito é a oração subordinada substantiva subjetiva reduzida de
infinitivo “conservar as imagens de outro tempo, de outros hábitos”. Tal
oração força a locução verbal ao singular. Veja a correção:
A todas as pessoas deveria caber, em respeito aos que as antecederam,
conservar as imagens de outro tempo, de outros hábitos.
A alternativa (B) está errada, pois o verbo “coleciona” é transitivo
direto, o pronome “se” é apassivador e o sujeito paciente plural “as fotografias
familiares” força o verbo ao plural. Resta perceber que o verbo “contavam”
está flexionado corretamente, porque o seu sujeito é o pronome relativo
“que”, o qual retoma a expressão plural “as fotografias familiares”. Veja a
correção:
Já quase não se colecionam em álbum, em função das técnicas digitais, as
fotografias familiares que tanto contavam de nossa história.
A alternativa (C) está errada, porque “são” é o verbo de ligação
“necessários” é o predicativo e “conservar os velhos álbuns de fotografias” é a
oração subordinada substantiva subjetiva reduzida de infinitivo. Ela força o
predicado nominal ao singular. Veja a correção:
Para muita gente já não é mais necessário conservar os velhos álbuns de
fotografias, substituídos que foram pelos arquivos digitais.
A alternativa (D) está errada, pois o verbo “convêm” é, neste contexto,
intransitivo e a oração “desprezar aquelas velhas fotos” é subordinada

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substantiva subjetiva reduzida de infinitivo. Pelo posicionamento dos termos,
parece que a expressão “Aquelas velhas fotos” é o sujeito do verbo “convêm”,
mas tal expressão é apenas o objeto direto do verbo “desprezar”. Veja a
correção na ordem natural da oração:
Não convém ninguém desprezar aquelas velhas fotos, estão sendo cada
vez mais raras, e algum dia acabará por converter-se num precioso
documento.
Um detalhe interessante é que a oração “estão sendo cada vez mais raras”
tem valor explicativo. Assim, para ficar ainda mais clara a informação,
poderíamos inserir a conjunção “pois”. Veja:
Não convém ninguém desprezar aquelas velhas fotos, pois estão sendo
cada vez mais raras, e algum dia acabará por converter-se num precioso
documento.
A alternativa (E) é a correta. Note que a locução verbal “pode ilustrar”
se flexiona no singular por concordar com o sujeito “Uma sucessão de fotos”,
cujo núcleo é “sucessão”. O verbo “pertenceram” é transitivo indireto, seu
objeto indireto é “à qual” e seu sujeito é o termo plural “aqueles velhos rostos
e expressões”. Veja:
Uma sucessão de fotos pode ilustrar um segmento importante de uma história
familiar, à qual pertenceram aqueles velhos rostos e expressões.
Gabarito: E

Questão 16: TCE AM 2015 Auditor (banca FCC)


As regras de concordância prescritas pela gramática normativa estão
respeitadas em:
(A) É sabido que o desconhecimento e a quase ausência de conteúdos
curriculares sobre a África e as culturas africanas no Brasil contribui para
a disseminação da intolerância e dos conflitos raciais.
(B) Tratam-se de regiões praticamente inexploradas pelas pesquisas
acadêmicas recentes, apesar de ali haverem ocorrido alguns dos
principais episódios para o desenvolvimento econômico da Angola
contemporânea.
(C) O intuito era podermos, no contexto brasileiro, construirmos novas
narrativas para extrapolarmos categorias arcaicas de se pensarem a
África, fundando, assim, diferentes modos de ver.
(D) Embalados por razões ainda não bem explicadas, os colonizadores
detiveram o controle sobre as línguas, os indivíduos e os territórios
africanos, segundo o têm comprovado inúmeras pesquisas.
(E) É de conhecimento geral que Angola detêm laços históricos e culturais
profundos com o Brasil, que, se levado em conta, trará impactos sobre
nossa brasilidade e maturidade para lidarmos com a nossa própria
diversidade cultural.
Comentário: A alternativa (A) está errada, pois o sujeito composto força o
verbo ao plural.
Veja:

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É sabido que o desconhecimento e a quase ausência de conteúdos curriculares
sobre a África e as culturas africanas no Brasil contribuem para a
disseminação da intolerância e dos conflitos raciais.
A alternativa (B) está errada, pois o índice de indeterminação do sujeito
“se” força o verbo transitivo indireto “Tratam” ao singular. Note que o verbo
“haverem” está corretamente flexionado haja vista não estar no sentido de
existir, mas simplesmente é o verbo auxiliar da locução verbal “haverem
ocorrido”. Assim, o núcleo do sujeito “alguns” força o verbo auxiliar ao plural.
Trata-se de regiões praticamente inexploradas pelas pesquisas acadêmicas
recentes, apesar de ali haverem ocorrido alguns dos principais episódios para
o desenvolvimento econômico da Angola contemporânea.
A alternativa (C) está errada, pois, numa locução verbal da voz ativa
(podermos construir), somente o verbo auxiliar (“podermos”) se flexiona, o
verbo principal (“construir”) não pode se flexionar. Além disso, o índice de
indeterminação do sujeito “se” força o verbo transitivo indireto “pensarem” ao
singular. Veja:
O intuito era podermos, no contexto brasileiro, construir novas narrativas
para extrapolarmos categorias arcaicas de se pensar a África, fundando,
assim, diferentes modos de ver.
A alternativa (D) é a correta. Note que o particípio “Embalados”
concorda com o sujeito subentendido “os colonizadores”. Além disso, a
locução verbal “têm comprovado” encontra-se no plural, porque seu sujeito
“inúmeras pesquisas” também se encontra no plural.
Embalados por razões ainda não bem explicadas, os colonizadores detiveram
o controle sobre as línguas, os indivíduos e os territórios africanos, segundo o
têm comprovado inúmeras pesquisas.
A alternativa (E) está errada, pois o sujeito singular “Angola” força o
verbo “detêm” ao singular: detém. Além disso, o verbo “trará” tem como
sujeito o pronome relativo “que”, o qual retoma a expressão plural “laços
históricos e culturais profundos”. Assim, deve se flexionar no plural.
É de conhecimento geral que Angola detém laços históricos e culturais
profundos com o Brasil, que, se levado em conta, trarão impactos sobre
nossa brasilidade e maturidade para lidarmos com a nossa própria diversidade
cultural.
Gabarito: D

Você se lembra de termos trabalhado na aula 2 as funções sintáticas


predicativo e adjunto adnominal? Elas são muito importantes agora, pois
trabalham a concordância nominal.
Primeiro, vamos trabalhar a concordância nominal do adjunto adnominal

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a) O adjunto adnominal anteposto concorda com o núcleo mais próximo.

Fotografei robustas mangueiras e abacateiros.


VTD adjunto adnominal núcleo 1 e núcleo 2
objeto direto

Fotografei robustos abacateiros e mangueiras.


VTD adjunto adnominal núcleo 1 e núcleo 2
objeto direto

Mas, se o adjunto adnominal estiver depois do núcleo, além da


possibilidade de concordar com o mais próximo, ele pode concordar com os
dois termos, ficando no plural, indo para o masculino se um dos substantivos
for masculino.

Fotografei abacateiros e mangueiras robustos.


VTD núcleo 1 e núcleo 2 adjunto adnominal
objeto direto

Fotografei abacateiros e mangueiras robustas.


VTD núcleo 1 e núcleo 2 adjunto adnominal
objeto direto

Observação: Um adjetivo anteposto em referência a nomes de pessoas deve


estar sempre no plural (As simpáticas Joana e Marta agradaram a todos.).

b) Quando um núcleo determinado por artigo é modificado por adjunto


adnominal composto, podem ser usadas as seguintes construções:
Estudo a cultura brasileira e a portuguesa.
Estudo as culturas brasileira e portuguesa.
Os dedos indicador e médio estavam feridos.
O dedo indicador e o médio estavam feridos.
A construção “Estudo a cultura brasileira e portuguesa”, embora
provoque incerteza, é aceita por alguns gramáticos.

c) Numerais ordinais também possuem valor adjetivo; por isso, quando


eles estão na função de ajunto adnominal composto e se referem a um único
núcleo, podem ser usadas as seguintes construções:
Falei com os moradores do primeiro e segundo andar.
Falei com os moradores do primeiro e segundo andares.

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d) Adjetivos regidos pela preposição “de”, que se referem a pronomes


indefinidos, ficam normalmente no masculino singular, podendo surgir
concordância atrativa:
Sua vida não tem nada de sedutor. (ou de sedutora)
Os edifícios da cidade nada têm de elegante (ou de elegantes).

e) Os vocábulos mesmo, próprio são adjetivos ou pronomes adjetivos.


Por serem adjuntos adnominais, devem concordar com o substantivo a que se
referem:
As alunas mesmas resolveram a questão.
Os próprios alunos resolveram a questão.
Cuidado: mesmo, quando equivale a “até”, “inclusive”, é palavra denotativa;
sendo, então, invariável.
Mesmo eles ficaram chateados. (Até eles ficaram chateados.)
f) Os vocábulos meio, bastante, quando se referem a um substantivo,
são numeral e pronome indefinido (todos de valor adjetivo), respectivamente,
devendo concordar com o núcleo por serem adjuntos adnominais.
Tomou meia garrafa de vinho. (metade – numeral – flexiona-se)
Ela estava meio aborrecida. (um pouco – advérbio – não se flexiona)
Bastantes alunos foram à reunião. (muitos – pronome indefinido adjetivo – flexiona-se)
Portanto, na frase “A prova será meio-dia e meia.”, nada de falar “meio-
dia e meio”, porque os vocábulos “meio” e “meia” são numerais de valores
adjetivos. O primeiro concorda com “dia” (meio-dia) e o segundo concorda
com o substantivo “hora”, que se encontra subentendido (meia hora).
Quando funcionarem como advérbios, permanecerão invariáveis. O
vocábulo "menos" é sempre invariável. Portanto, não existe a palavra “menas”.
Eles falaram bastante. (muito – advérbio – não se flexiona)
Eram alunas bastante simpáticas. (muito – advérbio – não se flexiona)
Havia menos pessoas vindo de casa. (pronome indefinido invariável)

g) Os vocábulos muito, pouco, longe, caro, barato podem ser


palavras adjetivas (adjunto adnominal) ou advérbios, mantendo concordância
se fizerem referência a substantivos.
Compraram livros caros. (adjetivo caracterizando substantivo)
Os livros custaram caro. (advérbio modificando verbo)
Poucas pessoas tinham muitos livros. (pronome indefinido determinando substantivo)
Leram pouco as moças muito vivas. (advérbios modificando verbo e adjetivo,
respectivamente)
Andavam por longes terras. (adjetivo caracterizando substantivo)
Eles moram longe da cidade. (advérbio modificando verbo)
Eram mercadorias baratas. (adjetivo caracterizando substantivo)
Pagaram barato aqueles livros. (advérbio modificando verbo)

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Agora, vamos à concordância nominal do predicativo
a) Foi visto na concordância verbal que, se o verbo estiver anteposto ao
sujeito composto, pode ele concordar com o núcleo mais próximo ou com a
totalidade. Se houver verbo de ligação, o predicativo seguirá a mesma
concordância:

São calamitosos a pobreza e o desamparo.


VL predicativo
predicado nominal sujeito composto

É calamitosa a pobreza e o desamparo.


VL predicativo
predicado nominal sujeito composto

b) A concordância do predicativo do objeto não depende exclusivamente


do verbo, mas da ênfase no texto.

Julguei insensatas sua atitude e suas palavras.


VTD Predicativo do OD
predicado verbo-nominal objeto direto composto

Julguei insensata sua atitude e suas palavras.


VTD Predicativo do OD
predicado verbo-nominal objeto direto composto

c) Os vocábulos anexo, incluso são adjetivos, devendo concordar com o


núcleo do sujeito:
A sindicância segue anexa ao ofício.
VI predicativo do sujeito complemento nominal
sujeito predicado verbo-nominal

Seguem inclusos às caixas os documentos.


VI predicativo do sujeito complemento nominal
predicado verbo-nominal sujeito

d) O vocábulo obrigado também é adjetivo e concorda com o termo a


que se refere:
Muito obrigada, disse a moça!
e) As expressões é bom, é proibido, é necessário, formadas do verbo
“ser” seguido de adjetivo, não variam se o sujeito não vier determinado; caso
contrário, a concordância será obrigatória.
Água é bom. A água é boa.
Bebida é proibido para menores. As bebidas são proibidas para menores.
Chuva é necessário. Aquela chuva foi necessária.

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f) O vocábulo “só”, no sentido de sozinho, é adjetivo e se flexiona. O
mesmo vocábulo, no sentido de somente (apenas), possui valor adverbial, por
isso não se flexiona.
Os rapazes ficaram sós na festa. Vieram só os rapazes.
Elas estavam a sós na imensidão do mar. Só elas não vieram.
A expressão "a sós" tem o sentido de sozinhos.
g) O vocábulo “conforme” pode ser adjetivo, no sentido de
conformado. Neste sentido é adjunto adnominal e se flexiona. Pode também
ser uma conjunção ou preposição acidental “conforme” (= como), por isso
não se flexiona.
Eles ficaram conformes com a decisão. Dançam conforme a música.
h) Na expressão o(a) mais possível, a flexão do adjetivo depende do
artigo:
É uma moça a mais bela possível. São moças as mais belas possíveis.
i) Em concordância em gênero com expressões de tratamento, pode-se
usar adjetivo masculino em concordância ideológica com um homem ao qual
se relaciona a forma de tratamento, que é feminina. Isso é chamado de
concordância siléptica:
Vossa Majestade, o rei, mostrou-se generoso. Vossa Excelência é injusto.
Mas também pode haver a concordância literal:
Vossa Majestade, o rei, mostrou-se generosa. Vossa Excelência é injusta.
Vale ressaltar que as provas da FCC cobram muito pouco a concordância
nominal. Vamos às questões!!!!
Questão 17: TRF 3ªR 2016 Técnico Judiciário (banca FCC)
A alternativa em que a expressão sublinhada pode ser substituída pelo que se
apresenta entre colchetes, respeitando-se a concordância, e sem quaisquer
outras alterações no enunciado, é:
(A) A maioria das tecnologias necessárias para as cidades inteligentes já são
viáveis economicamente em todo o mundo...[viável]
(B) A ideia de cidade inteligente sempre aparece relacionada à abertura de
bases de dados por parte dos órgãos públicos.[relacionado]
(C) Em nome da eficiência administrativa, podem-se armazenar, por
exemplo, enormes massas de dados de mobilidade urbana... [são
possíveis]
(D) ...desde bases de dados de saúde e educação públicas, por exemplo, até
os dados pessoais... [pública]
(E) Contudo, existem estudos que apontam que bastariam meros quatro
pontos de dados... [bastaria]
Comentário: Na alternativa (A), não cabe a substituição do predicativo
“viáveis” por “viável”, haja vista que o verbo de ligação “são” encontra-se
também no plural, o qual concorda com a expressão “das tecnologias
necessárias”, e isso é possível porque o sujeito apresenta a expressão
partitiva “A maioria das”.

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Na alternativa (B), não cabe a substituição do predicativo “relacionada”
por “relacionado”, porque o núcleo do sujeito é o substantivo feminino “ideia”.
Na alternativa (C), não cabe a substituição da estrutura “podem-se” por
“são viáveis”, pois com a nova estrutura a oração “armazenar, por exemplo,
enormes massas de dados de mobilidade urbana” passa a ser o sujeito
oracional, que força o verbo de ligação e o predicativo ao singular. Veja:
Em nome da eficiência administrativa, é viável armazenar, por exemplo,
enormes massas de dados de mobilidade urbana...
A alternativa (D) é a correta, pois o adjunto adnominal (“públicas”)
posposto concorda com os núcleos compostos “saúde” e “educação”; porém
tal caracterizador pode se referir também somente ao último núcleo:
“educação”. Veja a dupla possibilidade e seus referentes:

...desde bases de dados de saúde e educação públicas, por exemplo, até os


dados pessoais...
...desde bases de dados de saúde e educação pública, por exemplo, até os
dados pessoais...

Na alternativa (E), o verbo intransitivo “bastariam” concorda com o


sujeito plural “meros quatro pontos de dados”. Por isso, não pode se flexionar
no singular.
Gabarito: D

Questão 18: TRT 12ªR 2010 Técnico (banca FCC)


O emprego dos pronomes de tratamento está inteiramente correto em:
(A) Senhor João das Neves, respeitável representante da Sociedade Amigos e
Amigos, queremos cumprimentar-vos pela gestão que V. Exa. tão bem
tem conduzido neste último ano.
(B) Estamos à disposição de V. Exa. para dar continuidade aos trabalhos que
vós encetaram neste setor, e esperamos fazê-lo tão bem quanto vós
mesmos o fizestes.
(C) É notório que V. Sa. deveis estar sabendo dos progressos conseguidos por
estas pessoas, e por isso vimos solicitar-vos vossa atenção para uma
situação surgida recentemente.
(D) Pedimos encarecidamente a Vossa Senhoria que não abandoneis a
organização de nossos programas culturais, em nome daqueles que
dependem de vosso conhecimento nessa área.
(E) A Vossa Excelência, nossa prestigiada Embaixadora, dirigimos os votos de
que possa cumprir com êxito sua missão diplomática em região tão
conturbada por conflitos entre nações vizinhas.
Comentário: As frases abaixo transcritas já estão corrigidas em negrito.
Deve-se lembrar que os pronomes e verbos que se referem ao pronome de
tratamento devem se flexionar na terceira pessoa do singular.
(A) Senhor João das Neves, respeitável representante da Sociedade Amigos e
Amigos, queremos cumprimentá-lo pela gestão que V. Sa. tão bem tem
conduzido neste último ano.

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(B) Estamos à disposição de V. Exa. para dar continuidade aos trabalhos que
se encetaram neste setor, e esperamos fazê-lo tão bem quanto V. Exa.
mesma o fez.
(C) É notório que V. Sa. deve estar sabendo dos progressos conseguidos por
estas pessoas, e por isso vimos solicitar-lhe sua atenção para uma situação
surgida recentemente.
(D) Pedimos encarecidamente a Vossa Senhoria que não abandone a
organização de nossos programas culturais, em nome daqueles que dependem
de seu conhecimento nessa área.
(E) A Vossa Excelência, nossa prestigiada Embaixadora, dirigimos os votos de
que possa cumprir com êxito sua missão diplomática em região tão
conturbada por conflitos entre nações vizinhas.
Gabarito: E

As vozes verbais ativa e passiva

Vimos anteriormente os tipos de sujeito, para entendermos a


concordância.
A partir de agora, precisamos entender os tipos básicos de vozes verbais
(ativa e passiva) para aprofundarmos na transposição das vozes verbais.

As vozes verbais ativa e passiva


A voz verbal baseia-se no sujeito. Quando o sujeito é agente, a voz é
chamada de ATIVA. Quando o sujeito sofre a ação, ou seja, é paciente; a voz
é chamada de PASSIVA.

A estrutura da voz ativa é basicamente a das seis frases inseridas no


início da aula de sintaxe da oração, quando falamos sobre os tipos básicos de
predicação (verbal e nominal):
VTD + OD; VTI + OI; VTDI + OD + OI; VI; VL + predicativo.

Predicado verbal Predicado nominal

Admite-se a transposição para voz passiva quando há VTD ou VTDI:


Veja o esquema a seguir:
Voz ativa (sujeito agente)
O candidato realizou a prova.
VTD
sujeito agente OD (paciente)

Voz passiva (sujeito paciente)


A prova foi realizada pelo candidato.
VTD
sujeito paciente agente da passiva
Você percebeu que o sujeito da voz ativa é agente (“O candidato”).
Quando este termo agente passa para a voz passiva, automaticamente, muda
o nome para agente da passiva (“pelo candidato”).

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Quando temos a voz ativa, o objeto direto (“a prova”) é o termo paciente
(sofre a ação que o sujeito realiza). Ao passarmos para a voz passiva, este
termo paciente passa a ter a função de sujeito paciente (“A prova”).
Para transpormos da voz ativa para a passiva, devemos inserir o verbo
“ser”, no mesmo tempo que o verbo original. Por isso “realizou” transformou-
se em “foi realizada”.
Veja agora a transposição com outros tempos verbais. Perceba a
inserção do verbo “ser” no mesmo tempo do verbo original:

O candidato realiza a prova. O candidato realizava a prova.

A prova é realizada pelo candidato. A prova era realizada pelo candidato.


O candidato realizará a prova. O candidato realizaria a prova.

A prova será realizada pelo candidato. A prova seria realizada pelo candidato.

Simples, não é?
Bom, e quando temos o sujeito indeterminado? Naturalmente o agente da
passiva também será indeterminado.

Veja:

Voz ativa (sujeito agente)


Realizaram a prova.
VTD
sujeito indeterminado OD (paciente)
agente
Voz passiva (sujeito paciente)
A prova foi realizada.
VTD
sujeito paciente agente da passiva indeterminado

Mudando os tempos, teremos:


O candidato Realizam a prova. O candidato Realizavam a prova.

A prova é realizada. A prova era realizada.

O candidato Realizarão a prova. O candidato Realizaria a prova.

A prova será realizada. A prova seria realizada.


Quando houver uma locução verbal na voz ativa, basta inserir o verbo
“ser” na mesma forma nominal do verbo principal, para que este verbo
principal fique no particípio. Veja:
O candidato tem realizado a prova.

A prova tem sido realizada pelo candidato.


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O candidato está realizando a prova.

A prova está sendo realizada pelo candidato.

O candidato vai realizar a prova.

A prova vai ser realizada pelo candidato.

Indeterminado o sujeito agente, teremos:


O candidato Têm realizado a prova.

A prova tem sido realizada.

O candidato Estão realizando a prova.

A prova está sendo realizada.

O candidato Vão realizar a prova.

A prova vai ser realizada.

Nós conhecemos anteriormente o pronome apassivador “se”. Ele ocorre


quando há os esquemas : VTD + se + sujeito paciente
VTDI + se + OI + sujeito paciente
Agora vamos juntar essas vozes verbais para ficar mais claro. Veja:
Voz ativa
(sujeito agente) Realizaram a prova.
VTD
sujeito indeterminado OD (paciente)
agente
Voz passiva analítica
(sujeito paciente) A prova foi realizada.
VTD
sujeito paciente agente da passiva indeterminado

Voz passiva sintética:


(sujeito paciente) Realizou-se a prova.
VTD P Ap sujeito
paciente

Questão 19: TRT 24ªR 2017 Analista Judiciário (banca FCC)


A construção que pode ser reescrita com o verbo na voz passiva é:
(A) ... a foto chega tinindo aos amigos... (4º parágrafo)
(B) A criação saía da cozinha... (3º parágrafo)
(C) ... interajo com muita gente... (2º parágrafo)
(D) ... publico ativamente fotos de minhas fornadas... (2º parágrafo)
(E) Não está na rede? (1º parágrafo)

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Comentário: Só pode ser reescrita na voz passiva a oração cujo verbo seja
transitivo direto ou transitivo direto e indireto. Assim, a alternativa correta é a
(D), pois o verbo “publico” é transitivo direto e “fotos de minhas fornadas” é o
objeto direto.
Dessa forma, podemos transpor para a voz passiva da seguinte forma:
...fotos de minhas fornadas são publicadas por mim...
Na alternativa (A), o verbo “chega” é transitivo indireto e “aos amigos” é
o objeto indireto.
Na alternativa (B), o verbo “saía” é intransitivo e “da cozinha” é o
adjunto adverbial de lugar.
Na alternativa (C), o verbo “interajo” é transitivo indireto e “com muita
gente” é o objeto indireto.
Na alternativa (E), o verbo “está” é intransitivo e “na rede” é o adjunto
adverbial de lugar.
Gabarito: D

Questão 20: TRE SP 2017 Analista Judiciário (banca FCC)


A frase em que há emprego da voz passiva e em que todas as formas verbais
estão adequadamente correlacionadas é:
(A) Um amigo de verdade seria sempre necessário para que fôssemos
impelidos a acreditar mais em nós mesmos.
(B) A ausência do amigo seria uma lacuna insanável caso não venhamos a
contar com nossa memória, que nos povoa com imagens.
(C) Ao passarmos a olhar as coisas com os olhos do amigo que perdemos,
estaríamos convencidos do valor que déramos à sua perspectiva.
(D) São falsos amigos aqueles que, em qualquer ocasião, passassem a
desfiar elogios quando, de fato, merecermos recriminações.
(E) Teríamos tido decepções com alguns amigos se esperarmos que eles
possam nos oferecer todo o afeto de que precisássemos.
Comentário: A alternativa (A) é a correta, pois a locução verbal “fôssemos
impelidos” apresenta-se na voz passiva analítica e o pretérito imperfeito do
subjuntivo “fôssemos” correlaciona-se com o futuro do pretérito do indicativo
“seria”, conforme a correlação número 2, vista na aula demonstrativa. Veja:
Um amigo de verdade seria sempre necessário para que fôssemos impelidos a
acreditar mais em nós mesmos.
A alternativa (B) está errada, pois não há voz passiva e o futuro do
pretérito do indicativo “seria” força a combinação com o pretérito imperfeito
do subjuntivo (“viéssemos”), e não com o presente do subjuntivo
“venhamos”. Note que o presente do indicativo em “povoa” não está errado,
pois, mesmo havendo a combinação entre os verbos das orações anteriores,
mostra-se que a memória atualmente nos povoa com imagens. Assim, houve
anteriormente uma suposição e na sequência houve uma caracterização com
dados atuais.
A ausência do amigo seria uma lacuna insanável caso não viéssemos a
contar com nossa memória, que nos povoa com imagens.

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A alternativa (C) está errada, pois, mesmo apresentando a locução
verbal de voz passiva “estamos convencidos”, a estrutura “Ao passarmos”
supõe ação futura, o que resulta no emprego do futuro do presente do
indicativo “estaremos”. Além disso, o pretérito mais-que-perfeito do indicativo
“déramos” deve se articular, de acordo com o contexto, no presente. Veja:
Ao passarmos a olhar as coisas com os olhos do amigo que perdemos,
estaremos convencidos do valor que damos à sua perspectiva.
A alternativa (D) está errada, pois não há voz passiva. Além disso, o
presente do indicativo “São” força o emprego do presente nos demais verbos.
São falsos amigos aqueles que, em qualquer ocasião, passam a desfiar
elogios quando, de fato, merecemos recriminações.
A alternativa (E) está errada, pois não há voz passiva. Além disso, o
futuro do pretérito do indicativo “Teríamos” força o emprego do pretérito
imperfeito do subjuntivo.
Teríamos tido decepções com alguns amigos se esperássemos que eles
pudessem nos oferecer todo o afeto de que precisássemos.
Gabarito: A

Questão 21: TRT 24ªR 2017 Técnico Judiciário (banca FCC)


Está na voz passiva o verbo do seguinte fragmento do texto:
(A) É produzido com matérias primas da própria região... (2º parágrafo)
(B) Essa cultura estadual retrata, também, uma mistura de várias outras
contribuições das muitas migrações... (1º parágrafo)
(C) A cultura de Mato Grosso do Sul é o conjunto de manifestações artístico-
culturais... (1º parágrafo)
(D) O artesanato, uma das mais ricas expressões culturais de um povo, no
Mato Grosso do Sul, evidencia crenças, hábitos, tradições e demais
referências culturais do Estado. (2º parágrafo)
(E) As peças em geral trazem à tona temas referentes ao Pantanal e às
populações indígenas... (3º parágrafo)
Comentário: A alternativa (A) é a correta, pois a locução verbal “É
produzido” é da voz passiva analítica (algo é produzido por alguém).
Na alternativa (B), há voz ativa, pois “Essa cultura estadual” é sujeito
agente do verbo “retrata”.
Na alternativa (C), há voz ativa, pois o verbo é de ligação e seguido de
predicativo: “é o conjunto de manifestações artístico-culturais”.
Na alternativa (D), há voz ativa, pois “O artesanato” é sujeito agente do
verbo “evidencia”.
Na alternativa (E), há voz ativa, pois “As peças em geral” é sujeito
agente do verbo “trazem”.
Gabarito: A

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Questão 22: TRT 23ªR 2016 Técnico Judiciário (banca FCC)
O modelo ainda dominante nas discussões ecológicas privilegia, em escala, o
Estado e o mundo...
Transpondo-se a frase acima para a voz passiva, a forma verbal resultante
será:
(A) são privilegiadas.
(B) é privilegiado.
(C) sendo privilegiadas.
(D) são privilegiados.
(E) foi privilegiado.
Comentário: O verbo “privilegia” é transitivo direto. Seu objeto direto é o “o
Estado e o mundo”. Na passagem para a voz passiva analítica, transforma-se
este objeto direto (termo paciente) em sujeito paciente, levando o verbo a
concordar com ele (o Estado e o mundo são privilegiados...). O que antes
era sujeito agente (“O modelo ainda dominante nas discussões ecológicas”)
passa a agente da passiva (pelo modelo ainda dominante nas discussões
ecológicas).
Note que o verbo “privilegia”, na voz ativa, encontra-se no presente do
indicativo. Devemos inserir o verbo “ser” neste mesmo tempo verbal (“são”)
para liberar o verbo “privilegia” a assumir a forma nominal particípio
“privilegiados”. Veja:
Voz ativa: O modelo(...) privilegia o Estado e o mundo
(sujeito agente) VTD (OD)

Voz passiva: o Estado e o mundo são privilegiados pelo modelo (...).


(sujeito paciente) (agente da passiva)

Assim, a única alternativa correta é a (D).


Gabarito: D

Questão 23: TRT 14ªR 2016 Técnico Judiciário (banca FCC)


O marechal organizou o acervo...
A forma verbal está corretamente transposta para a voz passiva em:
(A) estava organizando
(B) tinha organizado
(C) organizando-se
(D) foi organizado
(E) está organizado
Comentário: O verbo “organizou” é transitivo direto. Seu objeto direto é o “o
acervo”. Na passagem para a voz passiva analítica, transforma-se este objeto
direto (termo paciente) em sujeito paciente, levando o verbo a concordar com
ele (o acervo foi organizado...). O que antes era sujeito agente (“O
marechal”) passa a agente da passiva (pelo marechal).
Note que o verbo “organizou”, na voz ativa, encontra-se no pretérito
perfeito do indicativo. Devemos inserir o verbo “ser” neste mesmo tempo
verbal (“foi”) para liberar o verbo “organizou” a assumir a forma nominal

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particípio “organizado”. Veja:
Voz ativa: O marechal organizou o acervo
(sujeito agente) VTD (OD)

Voz passiva: O acervo foi organizado pelo marechal


(sujeito paciente) (agente da passiva)

Assim, a única alternativa correta é a (D).


Gabarito: D

Questão 24: TRT 14ªR 2016 Analista Judiciário (banca FCC)


A transposição de uma frase na voz ativa para sua exata correspondente na
voz passiva ocorre em:
(A) As mulheres passaram a reagir contra a prática do assédio sexual = A
prática do assédio sexual passou a ser objeto de reação das mulheres.
(B) A reação das mulheres traduz a intensidade de sua revolta = A reação
das mulheres será traduzida pela intensidade de sua revolta.
(C) São históricos os preconceitos que vêm vitimando as mulheres = As
mulheres teriam sido vitimadas por preconceitos históricos.
(D) Os machistas vêm seduzindo as mulheres com a complacência da
sociedade = As mulheres vêm sendo seduzidas pelos machistas com a
complacência da sociedade.
(E) Promessas e chantagens empregam os machistas em seu processo de
sedução = Os machistas têm empregado promessas e chantagens em seu
processo de sedução.
Comentário: A alternativa (A) não possui verbo transitivo direto, por isso não
há condições de transpor a oração para a voz passiva.
A alternativa (B) está errada, pois, na voz ativa, o sujeito agente “A
reação das mulheres” deve passar a agente da passiva na voz passiva. Já o
objeto direto “a intensidade de sua revolta” é paciente, por isso passa a
sujeito paciente. Veja a correção:
A reação das mulheres traduz a intensidade de sua revolta.
A intensidade de sua revolta é traduzida pela reação das mulheres.
A alternativa (C) está errada. Veja a correta transposição:
São históricos os preconceitos que vêm vitimando as mulheres.
As mulheres vêm sendo vitimadas por preconceitos que são históricos.
A alternativa (D) é a correta, pois a locução verbal da voz ativa “vêm
seduzindo” transforma-se em “vêm sendo reduzidas”. Note que o sujeito
agente “Os machistas” passou a agente da passiva “pelos machistas”. O
objeto direto “as mulheres” passa a sujeito paciente. Veja:
Os machistas vêm seduzindo as mulheres ....
As mulheres vêm sendo seduzidas pelos machistas ....
A alternativa (E) está errada, primeiramente porque o sujeito do verbo
“empregam” é “os machistas”, o qual passa a agente da passiva. O objeto
direto “Promessas e chantagens” passa a sujeito paciente. Veja a correta

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transposição:
Promessas e chantagens empregam os machistas...
Promessas e chantagens são empregadas pelos machistas...
Gabarito: D

Questão 25: TRF 3ªR 2016 Técnico Judiciário (banca FCC)


Foram dois segundos de desespero durante os quais contemplei o distrato do
livro, a infâmia pública, o alcoolismo e a mendicância...
Transpondo-se para a voz passiva o verbo sublinhado, a forma resultante
será:
(A) contemplavam-se.
(B) foram contemplados.
(C) contemplam-se.
(D) eram contemplados.
(E) tinham sido contemplados.
Comentário: O verbo “contemplei” é transitivo direto. Seu objeto direto é o
“o distrato do livro, a infâmia pública, o alcoolismo e a mendicância”. Na
passagem para a voz passiva analítica, transforma-se este objeto direto
(termo paciente) em sujeito paciente, levando o verbo a concordar com ele (o
distrato do livro, a infâmia pública, o alcoolismo e a mendicância foram
contemplados...). O que antes era sujeito agente (“eu”) passa a agente da
passiva (por mim).
Note que o verbo “contemplei”, na voz ativa, encontra-se no pretérito
perfeito do indicativo. Devemos inserir o verbo “ser” neste mesmo tempo
verbal (“foram”) para liberar o verbo “contemplei” a assumir a forma nominal
particípio “contemplados”. Veja:
Voz ativa: (eu) contemplei o distrato, a infâmia...
(sujeito agente) VTD (OD)

Voz passiva: o distrato, a infâmia... foram contemplados por mim


(sujeito paciente) (agente da passiva)

Assim, a única alternativa correta é a (B).


Gabarito: B

Questão 26: CNMP 2015 Arquivologia (banca FCC)


Muita gente nos engana valendo-se das páginas da internet.
A transposição da frase acima para a voz passiva implicará
(A) a utilização da forma verbal enganam-nos.
(B) em que o sujeito de valendo-se passe a ser internet.
(C) em que o sujeito de enganar passe a ser nós.
(D) a utilização de muita gente como sujeito.
(E) a utilização de páginas da internet como sujeito
Comentário: O verbo “engana” é transitivo direto. Seu objeto direto é o
pronome pessoal oblíquo átono “nos”. Na passagem para a voz passiva
analítica, transforma-se este objeto direto (termo paciente) em sujeito

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paciente, levando o verbo a concordar com ele (Nós somos enganados...). O
que antes era sujeito agente (“Muita gente”) passa a agente da passiva (por
muita gente).
Note que o verbo “engana”, na voz ativa, encontra-se no presente do
indicativo. Devemos inserir o verbo “ser” neste mesmo tempo verbal
(“somos”) para liberar o verbo “engana” a assumir a forma nominal particípio
“enganados”.
Veja:
Voz ativa: Muita gente nos engana
(sujeito agente) (OD) VTD

Voz passiva: Nós somos enganados por muita gente.


(sujeito paciente) (agente da passiva)

Assim, tendo em vista a explicação acima, a única alternativa correta é


a (C), pois o objeto direto “nos” passou a sujeito paciente da locução verbal
da voz passiva “somos enganados”.
Gabarito: C

Questão 27: TRT MG 2015 Técnico Judiciário (banca FCC)


Transpondo-se para a voz passiva a forma verbal sublinhada na frase Dentro
deles surpreendo a vida que já foi, obtém-se a expressão
(A) será surpreendida.
(B) é surpreendida.
(C) tenho surpreendido.
(D) fora surpreendida.
(E) estou surpreendendo.
Comentário: O verbo “surpreendo” é transitivo direto. Seu objeto direto é “a
vida”. Na passagem para a voz passiva analítica, transforma-se este objeto
direto (termo paciente) em sujeito paciente, levando o verbo a concordar com
ele (A vida é surpreendida...). O que antes era sujeito agente oculto (“Eu”)
passa a ser subentendido como agente da passiva (por mim).
Note que o verbo “surpreendo”, na voz ativa, encontra-se no presente
do indicativo. Devemos inserir o verbo “ser” neste mesmo tempo verbal (“é”)
para liberar o verbo “surpreendo” a assumir a forma nominal particípio
“surpreendida”. Veja:
Voz ativa: (Eu) surpreendo a vida
(sujeito agente) VTD (OD)

Voz passiva: A vida é surpreendida (por mim).


(sujeito paciente) (agente da passiva)

Assim, a única alternativa correta é a (B).


Gabarito: B

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Questão 28: TCM GO 2015 Auditor de Controle Externo (banca FCC)


Transpondo-se para a voz passiva a frase Eles alardeavam o insuportável
som instalado nos carros, obtém-se a forma verbal
(A) era alardeado.
(B) tinha sido alardeado.
(C) têm alardeado.
(D) eram alardeados.
(E) fora alardeado.
Comentário: O verbo “alardeavam” é transitivo direto. Seu objeto direto é “o
insuportável som”. Na passagem para a voz passiva analítica, transforma-se
este objeto direto (termo paciente) em sujeito paciente, levando o verbo a
concordar com ele (O insuportável som era alardeado...). O que antes era
sujeito agente “Eles” passa a ser agente da passiva (por eles).
Note que o verbo “alardeavam”, na voz ativa, encontra-se no pretérito
imperfeito do indicativo. Devemos inserir o verbo “ser” neste mesmo tempo
verbal (“era”) para liberar o verbo “alardeavam” a assumir a forma nominal
particípio “alardeado”. Veja:
Voz ativa: Eles alardeavam o insuportável som
(sujeito agente) VTD (OD)

Voz passiva: o insuportável som era alardeado por eles.


(sujeito paciente) (agente da passiva)
Assim, a única alternativa correta é a (B).
Gabarito: A

Questão 29: TCE RS 2014 Auditor Público Externo (banca FCC)


Transpondo-se para a voz passiva o segmento sublinhado em É possível
que os tempos modernos tenham começado a desfavorecer a solução
do jeitinho, a forma obtida deverá ser:
(A) tenha começado a ser desfavorecida.
(B) comecem a desfavorecer.
(C) terá começado a ser desfavorecida.
(D) comecem a ser desfavorecidos.
(E) estão começando a se desfavorecer.
Comentário: Devemos ter por base a oração “os tempos modernos tenham
começado a desfavorecer a solução do jeitinho”.
A locução verbal “tenham começado a desfavorecer” é transitiva direta.
Seu objeto direto é “a solução do jeitinho”. Na passagem para a voz passiva
analítica, transforma-se este objeto direto (termo paciente) em sujeito
paciente, levando o verbo a concordar com ele (a solução do jeitinho). O que
antes era sujeito agente “os tempos modernos” passa a ser agente da passiva
(pelos tempos modernos).
Note que a locução verbal “tenham começado a desfavorecer”, na voz
ativa, possui o verbo auxiliar “tenham”, o qual se encontra no presente do
subjuntivo, com o verbo principal no infinitivo: “desfavorecer”. Devemos
manter o verbo auxiliar no mesmo tempo verbal e inserir o verbo “ser” na

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mesma forma nominal (“ser”), para liberar o verbo “desfavorecer” a assumir
a forma nominal particípio “desfavorecida”. Veja:
Voz ativa: os tempos (...) tenham começado a desfavorecer a solução (...)
(sujeito agente) VTD (OD)

Voz passiva: a solução(...) tenha começado a ser desfavorecida por tempos (...)
(sujeito paciente) (agente da passiva)

Assim, a única alternativa correta é a (A).


Gabarito: A

Questão 30: SABESP 2014 Advogado (banca FCC)


Fragmento do texto: No sistema havia também uma estação que desviava a
água para diversos reservatórios. Assim, os maias supriam a necessidade de
água da população, estimada em 80 mil em Tikal, próximo ao ano 700, além
das estimativas de mais cinco milhões de pessoas que viviam na região das
planícies maias ao sul.
No final do século IX a área foi abandonada e os motivos que levaram ao seu
colapso ainda são questionados e debatidos pelos pesquisadores. Para
Scarborough é muito difícil dizer o que de fato aconteceu. “Minha visão
pessoal é que o colapso envolveu diferentes fatores que convergiram de tal
modo nessa sociedade altamente bem-sucedida que agiram como uma
„perfeita tempestade‟. Nenhum fator isolado nessa coleção poderia tê-los
derrubado tão severamente”, disse o pesquisador à Folha de S. Paulo.
Nenhum fator isolado nessa coleção poderia tê-los derrubado tão
severamente...

A transposição da frase acima para a voz passiva terá como resultado a


forma verbal:

(A) poderiam ter sido derrubados.


(B) poderia terem sido derrubados.
(C) poderiam ter vindo a derrubar.
(D) poderiam ter derrubado.
(E) poderia ter sido derrubado.
Comentário: A locução verbal “poderia tê-los derrubado” é transitiva direta.
Seu objeto direto é o pronome pessoal “os”, o qual retoma o termo plural “os
mais”.

Assim, entendemos que Nenhum fator poderia ter derrubado os maias.


sujeito agente + loc verbal trans dir + OD

Então, para facilitar, vamos entender o termo “os maias” no lugar do


pronome pessoal “os”. Dessa forma, tal termo é o objeto direto e, na
passagem para a voz passiva analítica, transforma-se em sujeito paciente,
levando o verbo a concordar com ele (os maias poderiam...). O que antes
era sujeito agente (“Nenhum fator”) passa a agente da passiva (por nenhum
fator).
Note que a locução verbal “poderia ter derrubado” se encontra no futuro

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do pretérito do indicativo. Com a transposição, este tempo deve ser
preservado no verbo “poderia”. Além disso, devemos inserir o verbo “ser” na
mesma forma nominal do verbo principal “derrubado” (particípio). Veja:
Voz ativa: Nenhum fator poderia ter derrubado os maias
(sujeito agente) VTD (OD)

Voz passiva: os maias não poderiam ter sido derrubados por nenhum fator.
(sujeito paciente) (agente da passiva)

Gabarito: A

Questão 31: CMSP 2014 Procurador Legislativo (banca FCC)


A frase que NÃO admite transposição para a voz passiva é:
(A) A alma frágil fixa seu amor na terra natal.
(B) Percorreu muitos caminhos, no exílio, em busca de si mesmo.
(C) O exílio impõe ao apenado os mais terríveis infortúnios.
(D) Investiguei mais de perto o conceito de exílio.
(E) No artigo de Said dei com uma bela citação de um texto medieval.
Comentário: Os verbos que admitem transposição para a voz passiva é o
transitivo direto, ou transitivo direto e indireto. Assim, para achar a oração
que não pode ser transposta para a voz passiva, basta identificar o verbo que
não possua a transitividade acima referenciada.
Na alternativa (A), a oração pode ser transposta para a voz passiva, pois
o verbo “fixa” é transitivo direto, e o termo “seu amor” é o objeto direto.
Na alternativa (B), a oração pode ser transposta para a voz passiva, pois
o verbo “Percorreu” é transitivo direto, e o termo “muitos caminhos” é o
objeto direto.
Na alternativa (C), a oração pode ser transposta para a voz passiva,
pois o verbo “impõe” é transitivo direto e indireto, o termo “os mais terríveis
infortúnios” é o objeto direto e “ao apenado” é o objeto indireto.
Na alternativa (D), a oração pode ser transposta para a voz passiva,
pois o verbo “Investiguei” é transitivo direto, e o termo “o conceito de exílio” é
o objeto direto.
É a alternativa (E) que deve ser marcada, pois a oração não pode ser
transposta para a voz passiva, já que o verbo “dei”, neste contexto, é
transitivo indireto e o termo “com uma bela citação de um texto medieval” é o
objeto indireto.
Gabarito: E

Questão 32: CMSP 2014 Técnico Administrativo (banca FCC)


Verifica-se transposição correta de uma voz verbal para outra em:

(A) o selo de sua primeira gravação [...] trazia um esclarecimento // um


esclarecimento vinha trazendo o selo de sua primeira gravação
(B) a referida nota [...] ainda soava como grande notícia // como grande
notícia continuava a soar a referida nota

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(C) a Revista do Rádio noticiava uma grande revolução // uma grande
revolução era noticiada pela Revista do Rádio
(D) Adoniran era duas pessoas em uma // Adoniran tinha sido duas pessoas
em uma
(E) se lembrarmos Zé Conversa // se fomos lembrados por Zé Conversa
Comentário: Na alternativa (A), a transposição está errada. Veja que o verbo
“trazia” é transitivo direto. Seu objeto direto é “um esclarecimento”, o qual se
transforma em sujeito paciente, levando o verbo a concordar com ele. O que
antes era sujeito agente (“o selo de sua primeira gravação”) passa a agente
da passiva.
Note que o verbo “trazia” se encontra no pretérito imperfeito do
indicativo. Com a transposição, este tempo deve ser preservado no verbo
“ser”, a fim de que o verbo principal fique na forma nominal particípio
(trazido). Veja:

Voz ativa: o selo de sua primeira gravação trazia um esclarecimento


(sujeito agente) VTD (OD)

Voz passiva: um esclarecimento era trazido pelo selo de sua primeira gravação.
(sujeito paciente) (agente da passiva)
Na alternativa (B), não cabe transposição para a voz passiva, haja vista
que o verbo “soava”, neste contexto, é intransitivo e o termo “como grande
notícia” é o adjunto adverbial de modo.
A alternativa (C) é a correta. Veja que o verbo “noticiava” é transitivo
direto. Seu objeto direto é “uma grande revolução”, o qual se transforma em
sujeito paciente, levando o verbo a concordar com ele. O que antes era sujeito
agente (“a Revista do Rádio”) passa a agente da passiva.
Note que o verbo “noticiava” se encontra no pretérito imperfeito do
indicativo. Com a transposição, este tempo deve ser preservado no verbo
“ser”, a fim de que o verbo principal fique na forma nominal particípio
(noticiada). Veja:
Voz ativa: a Revista do Rádio noticiava uma grande revolução
(sujeito agente) VTD (OD)

Voz passiva: uma grande revolução era noticiada pela Revista do Rádio.
(sujeito paciente) (agente da passiva)

Na alternativa (D), não cabe transposição para a voz passiva, haja vista
que “era” é verbo de ligação e o termo “duas pessoas em uma” é o
predicativo.
Na alternativa (E), a transposição está errada. Veja que o verbo
“lembrarmos” é transitivo direto. Seu objeto direto é “Zé Conversa”, o qual se
transforma em sujeito paciente, levando o verbo a concordar com ele. O que
antes era sujeito agente oculto (“nós”) passa a agente da passiva.
Note que o verbo “lembrarmos” se encontra no futuro do subjuntivo.
Com a transposição, este tempo deve ser preservado no verbo “ser”, a fim de
que o verbo principal fique na forma nominal particípio (lembrados). Veja:

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Voz ativa: Se (nós) lembrarmos Zé Conversa
(suj agente) VTD (OD)

Voz passiva: Se Zé Conversa for lembrado por nós.


(sujeito paciente) (agente da passiva)
Gabarito: C

Questão 33: CMSP 2014 Técnico Administrativo (banca FCC)


Os publicitários descobriram que é possível fazer o inconsciente do
consumidor trabalhar a favor do lucro de seus clientes.
Transpondo-se o segmento acima para a voz passiva, a forma verbal
resultante será:
(A) descobriram-se
(B) foi descoberto
(C) era descoberto
(D) foram descobertos
(E) vinham descobrindo
Comentário: O verbo “descobriram” é transitivo direto. Seu objeto direto é a
oração subordinada substantiva objetiva direta “que é possível”, a qual se
transforma em sujeito paciente, levando o verbo a concordar com ela.
Sabendo-se que a oração subordinada substantiva pode ser substituída pela
palavra “isso”, seria interessante manter esse vocábulo no lugar da oração
para facilitar a transposição de vozes verbais. O que antes era sujeito agente
(“Os publicitários”) passa a agente da passiva.
Note que o verbo “descobriram” se encontra no pretérito perfeito do
indicativo. Com a transposição, este tempo deve ser preservado no verbo
“ser”, a fim de que o verbo principal fique na forma nominal particípio
(descoberto).
Veja:
Voz ativa: Os publicitários descobriram isso
(suj agente) VTD (OD)

Voz passiva: isso foi descoberto pelos publicitários.


(sujeito paciente) (agente da passiva)

Assim, a alternativa correta é a (B).


Gabarito: B

Questão 34: TRT 2ªR 2014 Analista Judiciário (banca FCC)


Na passagem da voz ativa para a passiva, NÃO houve a devida
correspondência quanto ao tempo verbal na seguinte construção:
(A) A questão de gosto dispensaria as razões = As razões teriam sido
dispensadas pela questão de gosto.
(B) O autoritarismo apagava as diferenças reais = As diferenças reais eram
apagadas pelo autoritarismo.
(C) Os acomodados têm proclamado a servidão ao capricho = A servidão ao
capricho tem sido proclamada pelos acomodados.
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(D) Será que ele apreciará tais formas ditatoriais? = Será que tais fórmulas
ditatoriais serão apreciadas por ele?
(E) Haveremos de enfrentar esse e outros desafios = Esse e outros desafios
haverão de ser enfrentados por nós.
Comentário: Neste tipo de questão, basta lembrarmos que, na transposição
da voz ativa para a passiva, o verbo “ser” toma a mesma flexão do verbo
original, para que este fique liberado a ficar na forma nominal particípio.
Cuidado, a questão pede a alternativa errada. Vamos praticar:
Na alternativa (A), a transposição é a errada. Note que o verbo
“dispensaria” se encontra no futuro do pretérito do indicativo. Com a
transposição, este tempo deve ser preservado no verbo “ser”, a fim de que o
verbo principal fique na forma nominal particípio (dispensadas).
Veja:
Voz ativa: A questão de gosto dispensaria as razões
(sujeito agente) VTD (OD)

Voz passiva: As razões seriam dispensadas pela questão de gosto.


(sujeito paciente) (agente da passiva)

Na alternativa (B), a transposição está correta. Note que o verbo


“apagava” se encontra no pretérito imperfeito do indicativo. Com a
transposição, este tempo deve ser preservado no verbo “ser”, a fim de que o
verbo principal fique na forma nominal particípio (apagadas).

Veja:
Voz ativa: O autoritarismo apagava as diferenças reais
(sujeito agente) VTD (OD)

Voz passiva: As diferenças reais eram apagadas pelo autoritarismo.


(sujeito paciente) (agente da passiva)

Na alternativa (C), a transposição está correta. Note que o verbo auxiliar


da locução verbal “têm proclamado” encontra-se no presente do indicativo.
Com a transposição, o verbo auxiliar deve ser preservado, o verbo principal
deve manter-se no particípio e concordar com o sujeito, e o verbo “ser” se
flexionará na mesma forma nominal do verbo principal “proclamado” (sido).
Veja:
Voz ativa: Os acomodados têm proclamado a servidão ao capricho
(sujeito agente) VTD (OD)

Voz passiva: A servidão ao capricho tem sido proclamada pelos acomodados.


(sujeito paciente) (agente da passiva)

Na alternativa (D), a transposição está correta. Note que o verbo


“apreciará” encontra-se no futuro do presente do indicativo. Com a
transposição, este tempo deve ser preservado no verbo “ser”, a fim de que o
verbo principal mantenha-se na forma nominal particípio (apreciadas).

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Veja:
Voz ativa: ele apreciará tais formas ditatoriais?
(sujeito agente) VTD (OD)

Voz passiva: tais formas ditatoriais serão apreciadas por ele?


(sujeito paciente) (agente da passiva)

Na alternativa (E), a transposição está correta. Note que a locução


verbal “haveremos de enfrentar” encontra-se no futuro do presente do
indicativo. Com a transposição, o verbo auxiliar deve ser preservado, o verbo
principal deve flexionar-se no particípio e concordar com o sujeito, e o verbo
“ser” se flexionará na mesma forma nominal do verbo principal “enfrentar”
(ser).

Veja:

Voz ativa: (nós) haveremos de enfrentar esse e outros desafios


(sujeito agente) VTD (OD)

Voz passiva: esse e outros desafios haverão de ser enfrentados por nós
(sujeito paciente) (agente da passiva)
Gabarito: A

Questões cumulativas de revisão

Questão 35: TCE-AL Analista de Sistemas (banca FCC)


Está inteiramente correta a pontuação da seguinte frase:
(A) É realmente muito difícil, cumprir propósitos de Ano Novo, pois não há
como de fato alguém começar algo inteiramente do nada.
(B) É realmente muito difícil: cumprir propósitos de Ano Novo; pois não há
como, de fato, alguém começar algo inteiramente do nada.
(C) É, realmente, muito difícil – cumprir propósitos de Ano Novo: pois não há
como de fato, alguém começar algo inteiramente do nada.
(D) É, realmente, muito difícil cumprir propósitos de Ano Novo, pois não há
como, de fato, alguém começar algo inteiramente do nada.
(E) É realmente muito difícil, cumprir propósitos de Ano Novo; pois não há
como de fato alguém começar algo, inteiramente do nada.
Comentário: Neste tipo de questão, ao comentar a correta, podemos
perceber o erro das demais. Veja:
A alternativa (D) é a correta, pois o advérbio “realmente” e a locução
adverbial “de fato” podem ficar separados por dupla vírgula, tendo em vista
estarem intercalados. Como são considerados de pequena extensão, essa
dupla vírgula é facultativa.

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A oração “cumprir propósito de Ano Novo” é subordinada substantiva
subjetiva, a qual não pode ser separada por nenhuma pontuação de sua
oração principal “É, realmente, muito difícil”. Note: não pode haver pontuação
entre o sujeito e o seu verbo. (Isso é muito difícil)
A oração coordenada explicativa “pois não há como, de fato, alguém
começar algo inteiramente do nada” pode ser iniciada por vírgula. Como há
vírgulas internas, pode também ser iniciada por ponto e vírgula. Esta oração
pode ser iniciada por dois pontos em substituição à conjunção explicativa; mas
os dois pontos, seguidos da conjunção explicativa, deixam a estrutura errada,
como ocorreu na alternativa (C).
Gabarito: D

Questão 36: TCE-MA Analista de Controle Externo (banca FCC)


Considere as frases do texto:
I. ... “variabilidade decadal do Oceano Pacífico”, que impacta o Atlântico.
... “variabilidade decadal do Oceano Pacífico” que impacta o Atlântico.
II. Nos anos 40, 50 e 60 choveu menos na Amazônia. Nas três décadas
seguintes, as chuvas aumentaram.
Nos anos 40, 50 e 60 choveu menos na Amazônia; nas três décadas
seguintes, as chuvas aumentaram.
III. .... têm um sistema de braços flutuantes – inventado pelos ingleses –, que
sobem e descem...
... têm um sistema de braços flutuantes (inventado pelos ingleses), que
sobem e descem...
Com a alteração dos sinais de pontuação, ocorreu também alteração de
sentido SOMENTE em
(A) I.
(B) II.
(C) III.
(D) I e II.
(E) II e III.
Comentário: No tópico I, a oração “que impacta o Atlântico” é subordinada
adjetiva. Como na primeira ocorrência há vírgula, esta oração é explicativa;
como na segunda não há vírgula, esta oração é restritiva. Assim, muda-se o
sentido com a alteração da pontuação.
Com isso, eliminamos as alternativas (B), (C) e (E).
No tópico II, a substituição do ponto final por ponto e vírgula apenas
enfatiza que as duas orações são coordenadas aditivas; mas não há alteração
de sentido: elas são aditivas com ponto final ou com ponto e vírgula.
Assim, já sabemos que a alternativa correta é a (A).
Para confirmar isso, perceba que a oração “inventado pelos ingleses” é
subordinada adjetiva explicativa reduzida de particípio. Assim, neste contexto
pode ficar separada por duplo travessão ou por parênteses, e isso não faz
mudar o sentido.
Gabarito: A

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Questão 37: TCE-CE Analista de Controle Externo (banca FCC)


Está plenamente adequada a pontuação da seguinte frase:
(A) A rotina, afirmam alguns, é inimiga da criatividade, mas essa tese,
segundo o cronista, é uma falácia: basta ver o que já ocorreu em nossa
literatura.
(B) A rotina, afirmam alguns: é inimiga da criatividade; mas essa tese
segundo o cronista é uma falácia, basta ver o que já ocorreu em nossa
literatura.
(C) A rotina − afirmam alguns − é inimiga da criatividade: mas essa tese,
segundo o cronista, é uma falácia, basta ver o que já ocorreu, em nossa
literatura.
(D) A rotina, afirmam alguns, é inimiga da criatividade; mas essa tese
segundo o cronista, é uma falácia, basta ver, o que já ocorreu em nossa
literatura.
(E) A rotina, afirmam alguns, é inimiga da criatividade mas, essa tese,
segundo o cronista, é uma falácia: basta ver o que já ocorreu, em nossa
literatura.
Comentário: Neste tipo de questão, ao comentar a correta, podemos
perceber o erro das demais. Veja:
A expressão “afirmam alguns” está intercalada e deve ficar separada por
dupla vírgula, duplo travessão ou até mesmo por parênteses; por ser um
comentário do autor, o qual indica uma citação, um discurso direto. Por isso
dizemos que esta expressão é a voz do narrador, e a voz do personagem é a
própria citação da fala de alguém, como ocorreu no trecho “A rotina é inimiga
da criatividade”.
A conjunção “mas” inicia uma oração coordenada adversativa, a qual
deve ser antecipada por vírgula. Como há vírgulas internas às outras orações,
pode também ser antecipada por ponto e vírgula.
A expressão “segundo o cronista” é um adjunto adverbial de
conformidade, e por isso está intercalado por dupla vírgula.
A estrutura “basta ver o que já ocorreu em nossa literatura” tem valor
explicativo, pois poderia ser iniciada com a conjunção coordenativa explicativa
“pois”. Como não há essa conjunção, pode-se entender a oração “basta ver o”
como oração coordenada assindética explicativa, por isso pode ficar separada
por dois pontos; admitindo-se também ser iniciada por vírgula, ponto e vírgula
ou travessão. O pronome demonstrativo “o” (=aquilo) é o objeto direto da
locução verbal “basta ver”, por isso não podem ser separados por vírgula.
A oração “que já ocorreu em nossa literatura” é subordinada adjetiva
restritiva, por isso não pode haver vírgula antes do pronome relativo “que”, o
qual retoma o pronome demonstrativo “o”. Ainda nesta oração, a vírgula antes
do adjunto adverbial de lugar “em nossa literatura” é facultativa, por estar no
final da oração.
Gabarito: A

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O que devo tomar nota como mais importante?

 A estrutura VTD + se + sujeito paciente. Isso é cobrado tanto no


reconhecimento de vozes verbais (voz passiva sintética), quanto na
concordância verbal.
 A transposição das vozes verbais de acordo com o seguinte esquema:
Voz ativa:
(sujeito agente) O candidato realizou a prova.
VTD
sujeito agente OD (paciente)

Voz passiva analítica:


(sujeito paciente) A prova foi realizada pelo candidato.
VTD
sujeito paciente agente da passiva

Voz passiva sintética:


(sujeito paciente) Realizou-se a prova.
VTD P Ap sujeito
paciente

 A concordância com o pronome relativo (que= o qual, a qual, os


quais, as quais) na função de sujeito. Quando este pronome retoma
substantivo plural, o verbo vai para o plural.
 A concordância com sujeito oracional ocorrerá sempre na 3ª
pessoa do singular.
Grande abraço!!!
Até a próxima semana!!!

Questão 1: TRT 24ªR 2017 Analista Judiciário (banca FCC)


O verbo indicado entre parênteses deverá flexionar-se de modo a concordar
com o elemento sublinhado na frase:
(A) À maioria dos homens (parecer) não interessar o prazer dos dias que
estão decorrendo.
(B) Não (convir) a nenhuma criatura antecipar os males que lhe reserva o
futuro.
(C) Aos homens sábios não (atormentar) nos dias do presente a infelicidade
de um futuro tormentoso.

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(D) Sempre há aqueles a quem (caber) sofrer por antecipação o futuro
sombrio que os aguarda.
(E) São numerosas as pessoas cuja obsessão as (aprisionar) em falsas
expectativas de felicidade.

Questão 2: TRE SP 2017 Técnico Judiciário (banca FCC)


A frase em que a concordância se estabelece em conformidade com a norma-
padrão da língua é:
(A) Voltados ao cultivo e à difusão da memória político-eleitoral, foi criado o
CEMEL, em 1999.
(B) Dão-se com regularidade a ocorrência de visitas escolares monitoradas na
sede do tribunal.
(C) Faz parte do acervo títulos eleitorais, urnas de votação, quadros,
fotografias e material audiovisual.
(D) Entre as iniciativas do CEMEL, destaca-se a realização de exposições e o
lançamento de livros.
(E) O acervo do CEMEL contêm, entre outros itens, títulos de eleitor que
remontam à época do Império.

Questão 3: TRT 11ªR 2017 Analista Judiciário (banca FCC)


Palavras utilizadas no texto motivaram as frases que seguem, que,
entretanto, devem ser analisadas independentemente dele. A que se
apresenta em conformidade com as normas de concordância é:
(A) Certamente podem ter havido entre os leitores-pesquisadores muitas
dúvidas sobre a magnitude do citado desaparecimento de nações
indígenas que viviam ao longo do rio Amazonas.
(B) Fenômenos demográficos e culturais, em qualquer época da história da
humanidade, sempre pôde produzir efeitos insuspeitados, e muitas vezes
o fez.
(C) O capítulo evidencia que vários aspectos da história indígena amazonense
devem merecer ainda cuidadosa reflexão, porque, apesar da curiosidade
que suscita, muito dela ainda permanece obscuro.
(D) Grupos indígenas, principalmente inserido no contexto do rio Amazonas,
vem chamando a atenção de pesquisadores de distintas áreas do saber,
estudiosos que os julgam detentores de muitos segredos.
(E) Adepto ou não desse entendimento sobre a formação de um estrato neo-
indígena, especialistas em etnografia muito se dedicam a interpretar os
dados apresentados na pesquisa recém-publicada.

Questão 4: TRT 11ªR 2017 Técnico Judiciário (banca FCC)


O verbo que pode ser corretamente flexionado em uma forma do plural, sem
que nenhuma outra modificação seja feita na frase, está em:
(A) ... que não represente os valores... (3º parágrafo)
(B) ... não se referia às vontades impulsivas... (2º parágrafo)
(C) ... em que se acredita em prazeres instantâneos... (4º parágrafo)

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(D) Grande parte das pessoas não trabalharia... (4º parágrafo)
(E) ... o campo de ideais que a pessoa valoriza. (3º parágrafo)

Questão 5: TRT 23ªR 2016 Analista Judiciário (banca FCC)


O verbo que pode ser flexionado em uma forma do plural, sem prejuízo da
correção e sem que nenhuma outra modificação seja feita na frase, está em:
(A) ... existe pouco espaço para as velhas bibliotecas...
(B) ... a biblioteca recebe 2.000 usuários por dia...
(C) ... que jamais se pensaria...
(D) A metade de seus usuários tem entre 25 e 35 anos.
(E) ... qualquer bibliotecário que observa como os grandes leitores das
bibliotecas...

Questão 6: TRT 14ªR 2016 Analista Judiciário (banca FCC)


As exigências quanto à concordância verbal estão plenamente atendidas na
frase:
(A) A muitos poderá parecer um excesso as lutas travadas pelas mulheres
americanas contra a prática de graves atitudes machistas.
(B) Acaba por se constituir numa grande hipocrisia as atitudes de quem se
diz reger por determinada moral e pratica outra, inteiramente diversa.
(C) É comum que aos homens ocorra estar no exercício de um direito
quando, em suas práticas amorosas, impõem às mulheres o que as
humilha e as desonra.
(D) Couberam às mulheres americanas, cansadas de se submeterem aos
machistas, travar duras lutas contra o assédio sexual e outras práticas
que as vitimam.
(E) A maioria dos homens não costuma levar a sério o “não” que, saindo das
bocas das namoradas, ressoam como se fosse tão somente uma fingida
evasiva.

Questão 7: TCE CE 2015 Analista de Controle Externo (banca FCC)


O verbo indicado entre parênteses deve flexionar-se de modo a concordar com
o elemento sublinhado na seguinte frase:
(A) A rejeição que demonstra Coutinho a preconceitos sociais (distinguir)
sua obra da de outros documentaristas.
(B) Grupos ou classes sociais, numa visão a distância, não (merecer) desse
cineasta qualquer atenção especial.
(C) Não (dever) satisfazer-se um bom documentarista com os paradigmas já
cristalizados.
(D) Aos tipos sociais já reconhecidos (faltar) a imprescindível singularização
dos indivíduos.
(E) Sertanejos nordestinos e peões de fábrica são designações que não
(derivar) senão de uma mera tipologia.

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Questão 8: TRT 24ªR 2017 Analista Judiciário (banca FCC)
Quanto à concordância padrão, está escrita corretamente a frase:
(A) O homem sempre buscou capturar o instante em imagens, e isso nunca
foi tão fácil quanto hoje, quando o ato de registrar se tornou mais
importante que o próprio registro.
(B) Atualmente, constata-se muitas maneiras de compartilhar informação,
mas nenhum meio de comunicação vem se mostrando tão poderoso
quanto as redes sociais.
(C) Em meados da década passada, fotografar alimentos envolviam uma
série de questionamentos que parecem não fazer mais sentido na
sociedade dos dias de hoje.
(D) Em 2016, uma pesquisa com usuários da internet concluiu que algumas
pessoas que postam excessivamente nas redes sociais o faz por
necessidade de aprovação.
(E) Decidir entre devorar ou clicar têm perturbado aqueles que oscilam entre
desfrutar o momento da refeição e partilhá-lo, ainda que a distância, com
amigos e familiares.

Questão 9: TRT 24ªR 2017 Analista Judiciário (banca FCC)


Observam-se plenamente as normas de concordância verbal e a adequada
articulação entre os tempos e os modos na frase:
(A) Caso atinássemos com o fato de que é pela perspectiva autoral que se
produz as notícias, não seremos tentados a confundir uma reportagem
com a realidade mesma.
(B) Quando passarmos a analisar não apenas os fatos noticiados, mas o
ponto de vista que neles se incutiram, estamos interpretando também a
perspectiva pela qual se enunciaram.
(C) Fará parte do processo de leitura das notícias de um jornal, se não
quisermos ser manipulados pela interpretação já inclusa, o
reconhecimento do ponto de vista de quem as redigiu.
(D) Se houvéssemos acreditado que a responsabilidade dos fatos noticiados
cabiam aos indivíduos nomeados, teremos de inculpar os inocentes e
inocentar os culpados.
(E) O que costumamos chamar de “compreensão do mundo” não seria senão
confundir o que se traduzem nas palavras com os fatos que efetivamente
ocorreriam.

Questão 10: TRE SP 2017 Técnico Judiciário (banca FCC)


A forma verbal empregada corretamente está na frase:
(A) Notam-se a probabilidade de problemas emocionais e de déficits de
habilidades sociais.
(B) Dedica-se ao manejo de aparelhos eletrônicos, desde a mais tenra idade,
as crianças de hoje.
(C) Cercam-se de solidão e isolamento uma vida reclusa ao mundo virtual de
atualizações de status.

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(D) Findaram as discussões profundas, com as quais poderia se enriquecer os
anos de universidade.
(E) Interpretam-se, com dificuldade, comportamentos alheios frente a frente,
em tempo real.

Questão 11: TRT 14ªR 2016 Analista Judiciário (banca FCC)


O verbo indicado entre parênteses deverá flexionar-se em uma forma do
plural para preencher corretamente a lacuna da frase:
(A) Nem se ...... (pensar) em dar ouvidos às pessoas que não acreditam no
poder da arte de contar histórias.
(B) Aos meninos do bairro ...... (parecer) melhor ouvir histórias do que se
entreter com jogos eletrônicos.
(C) Das histórias que ouviram nada os ...... (encantar) mais do que as
inflexões do narrador.
(D) É improvável que nos anos futuros ...... (deixar) de haver gratas
recordações dessas histórias que ouvimos.
(E) Para a maioria dos alunos ainda se ...... (conservar) os momentos
mágicos daquela antiga sessão.

Questão 12: TRF 3ªR 2016 Analista Judiciário (banca FCC)


Fragmento do texto: Enquanto o carro geme em curvas que já nem
poderíamos qualificar como “cabeças de alfinete”, de tal modo se sucedem em
espiral, por entre um nevoeiro que imita a alta montanha de outros climas,
posso examinar à vontade as árvores e as plantas estendendo-se perante o
meu olhar como espécimes de museu.
A alteração da voz do verbo poder, nas duas vezes em que ocorre no último
parágrafo, deverá resultar nas seguintes formas, respectivamente:
(A) se poderia − se pode
(B) poder-se-ia − podem-se
(C) poderiam-se − pode-se
(D) se poderiam − podem-se
(E) se poderiam − se pode

Questão 13: TCM GO 2015 Auditor de Controle Externo (banca FCC)


As normas de concordância verbal encontram-se plenamente observadas na
frase:
(A) Não deve representar uma humilhação para nós as eventuais falhas de
redação, que pode e precisa ser sanada.
(B) Difunde-se, já há muito tempo, preconceitos contra a grande arte, sob a
alegação de que ela é produzida para uma pequena elite.
(C) Caso não hajam opções reais, o público acabará tendo acesso não a obras
de arte, mas a mercadorias em oferta.
(D) Traumatizados pelos decibéis do som que os atormenta, ocorre a alguns
motoristas reagir com violência a esses abusos.
(E) Ao autor do texto não incomodam as pessoas ouvirem qualquer coisa,
mas sim o que a elas não é facultado conhecerem.
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Questão 14: CNMP 2015 Arquivologia (banca FCC)


O verbo indicado entre parênteses deverá flexionar-se concordando com o
termo sublinhado na frase:
(A) O autor do texto acha que (ser) de se lamentar que tantas pessoas
sejam enganadas pelos falsários da internet.
(B) Seria preciso que se (aplicar) a esses falsários alguma sanção, para que
não houvesse tantos abusos.
(C) Quem jamais leu Shakespeare nem (imaginar) as lições literárias e as
discussões éticas que está perdendo.
(D) Não (dever) caber aos usuários da internet o direito de publicar o que
quer que seja com assinatura falsa.
(E) Infelizmente não se (punir) esses falsos gênios da internet com medidas
rigorosas e exemplares.

Questão 15: TRT MG 2015 Técnico Judiciário (banca FCC)


As normas de concordância verbal estão plenamente respeitadas na seguinte
frase:
(A) A todas as pessoas deveriam caber, em respeito aos que as antecederam,
conservar as imagens de outro tempo, de outros hábitos.
(B) Já quase não se coleciona em álbum, em função das técnicas digitais, as
fotografias familiares que tanto contavam de nossa história.
(C) Para muita gente já não são mais necessários conservar os velhos álbuns
de fotografias, substituídos que foram pelos arquivos digitais.
(D) Aquelas velhas fotos não convêm ninguém desprezar, estão sendo cada
vez mais raras, e algum dia acabará por converter-se num precioso
documento.
(E) Uma sucessão de fotos pode ilustrar um segmento importante de uma
história familiar, à qual pertenceram aqueles velhos rostos e expressões.

Questão 16: TCE AM 2015 Auditor (banca FCC)


As regras de concordância prescritas pela gramática normativa estão
respeitadas em:
(A) É sabido que o desconhecimento e a quase ausência de conteúdos
curriculares sobre a África e as culturas africanas no Brasil contribui para
a disseminação da intolerância e dos conflitos raciais.
(B) Tratam-se de regiões praticamente inexploradas pelas pesquisas
acadêmicas recentes, apesar de ali haverem ocorrido alguns dos
principais episódios para o desenvolvimento econômico da Angola
contemporânea.
(C) O intuito era podermos, no contexto brasileiro, construirmos novas
narrativas para extrapolarmos categorias arcaicas de se pensarem a
África, fundando, assim, diferentes modos de ver.
(D) Embalados por razões ainda não bem explicadas, os colonizadores
detiveram o controle sobre as línguas, os indivíduos e os territórios
africanos, segundo o têm comprovado inúmeras pesquisas.

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(E) É de conhecimento geral que Angola detêm laços históricos e culturais
profundos com o Brasil, que, se levado em conta, trará impactos sobre
nossa brasilidade e maturidade para lidarmos com a nossa própria
diversidade cultural.

Questão 17: TRF 3ªR 2016 Técnico Judiciário (banca FCC)


A alternativa em que a expressão sublinhada pode ser substituída pelo que se
apresenta entre colchetes, respeitando-se a concordância, e sem quaisquer
outras alterações no enunciado, é:
(A) A maioria das tecnologias necessárias para as cidades inteligentes já são
viáveis economicamente em todo o mundo...[viável]
(B) A ideia de cidade inteligente sempre aparece relacionada à abertura de
bases de dados por parte dos órgãos públicos.[relacionado]
(C) Em nome da eficiência administrativa, podem-se armazenar, por
exemplo, enormes massas de dados de mobilidade urbana... [são
possíveis]
(D) ...desde bases de dados de saúde e educação públicas, por exemplo, até
os dados pessoais... [pública]
(E) Contudo, existem estudos que apontam que bastariam meros quatro
pontos de dados... [bastaria]

Questão 18: TRT 12ªR 2010 Técnico (banca FCC)


O emprego dos pronomes de tratamento está inteiramente correto em:
(A) Senhor João das Neves, respeitável representante da Sociedade Amigos e
Amigos, queremos cumprimentar-vos pela gestão que V. Exa. tão bem
tem conduzido neste último ano.
(B) Estamos à disposição de V. Exa. para dar continuidade aos trabalhos que
vós encetaram neste setor, e esperamos fazê-lo tão bem quanto vós
mesmos o fizestes.
(C) É notório que V. Sa. deveis estar sabendo dos progressos conseguidos por
estas pessoas, e por isso vimos solicitar-vos vossa atenção para uma
situação surgida recentemente.
(D) Pedimos encarecidamente a Vossa Senhoria que não abandoneis a
organização de nossos programas culturais, em nome daqueles que
dependem de vosso conhecimento nessa área.
(E) A Vossa Excelência, nossa prestigiada Embaixadora, dirigimos os votos de
que possa cumprir com êxito sua missão diplomática em região tão
conturbada por conflitos entre nações vizinhas.

Questão 19: TRT 24ªR 2017 Analista Judiciário (banca FCC)


A construção que pode ser reescrita com o verbo na voz passiva é:

(A) ... a foto chega tinindo aos amigos... (4º parágrafo)


(B) A criação saía da cozinha... (3º parágrafo)
(C) ... interajo com muita gente... (2º parágrafo)
(D) ... publico ativamente fotos de minhas fornadas... (2º parágrafo)
(E) Não está na rede? (1º parágrafo)

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Questão 20: TRE SP 2017 Analista Judiciário (banca FCC)


A frase em que há emprego da voz passiva e em que todas as formas verbais
estão adequadamente correlacionadas é:

(A) Um amigo de verdade seria sempre necessário para que fôssemos


impelidos a acreditar mais em nós mesmos.
(B) A ausência do amigo seria uma lacuna insanável caso não venhamos a
contar com nossa memória, que nos povoa com imagens.
(C) Ao passarmos a olhar as coisas com os olhos do amigo que perdemos,
estaríamos convencidos do valor que déramos à sua perspectiva.
(D) São falsos amigos aqueles que, em qualquer ocasião, passassem a
desfiar elogios quando, de fato, merecermos recriminações.
(E) Teríamos tido decepções com alguns amigos se esperarmos que eles
possam nos oferecer todo o afeto de que precisássemos.

Questão 21: TRT 24ªR 2017 Técnico Judiciário (banca FCC)


Está na voz passiva o verbo do seguinte fragmento do texto:
(A) É produzido com matérias primas da própria região... (2º parágrafo)
(B) Essa cultura estadual retrata, também, uma mistura de várias outras
contribuições das muitas migrações... (1º parágrafo)
(C) A cultura de Mato Grosso do Sul é o conjunto de manifestações artístico-
culturais... (1º parágrafo)
(D) O artesanato, uma das mais ricas expressões culturais de um povo, no
Mato Grosso do Sul, evidencia crenças, hábitos, tradições e demais
referências culturais do Estado. (2º parágrafo)
(E) As peças em geral trazem à tona temas referentes ao Pantanal e às
populações indígenas... (3º parágrafo)

Questão 22: TRT 23ªR 2016 Técnico Judiciário (banca FCC)


O modelo ainda dominante nas discussões ecológicas privilegia, em escala, o
Estado e o mundo...
Transpondo-se a frase acima para a voz passiva, a forma verbal resultante
será:
(A) são privilegiadas.
(B) é privilegiado.
(C) sendo privilegiadas.
(D) são privilegiados.
(E) foi privilegiado.

Questão 23: TRT 14ªR 2016 Técnico Judiciário (banca FCC)


O marechal organizou o acervo...
A forma verbal está corretamente transposta para a voz passiva em:
(A) estava organizando
(B) tinha organizado
(C) organizando-se
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(D) foi organizado
(E) está organizado

Questão 24: TRT 14ªR 2016 Analista Judiciário (banca FCC)


A transposição de uma frase na voz ativa para sua exata correspondente na
voz passiva ocorre em:
(A) As mulheres passaram a reagir contra a prática do assédio sexual = A
prática do assédio sexual passou a ser objeto de reação das mulheres.
(B) A reação das mulheres traduz a intensidade de sua revolta = A reação
das mulheres será traduzida pela intensidade de sua revolta.
(C) São históricos os preconceitos que vêm vitimando as mulheres = As
mulheres teriam sido vitimadas por preconceitos históricos.
(D) Os machistas vêm seduzindo as mulheres com a complacência da
sociedade = As mulheres vêm sendo seduzidas pelos machistas com a
complacência da sociedade.
(E) Promessas e chantagens empregam os machistas em seu processo de
sedução = Os machistas têm empregado promessas e chantagens em seu
processo de sedução.

Questão 25: TRF 3ªR 2016 Técnico Judiciário (banca FCC)


Foram dois segundos de desespero durante os quais contemplei o distrato do
livro, a infâmia pública, o alcoolismo e a mendicância...
Transpondo-se para a voz passiva o verbo sublinhado, a forma resultante
será:
(A) contemplavam-se.
(B) foram contemplados.
(C) contemplam-se.
(D) eram contemplados.
(E) tinham sido contemplados.

Questão 26: CNMP 2015 Arquivologia (banca FCC)


Muita gente nos engana valendo-se das páginas da internet.
A transposição da frase acima para a voz passiva implicará
(A) a utilização da forma verbal enganam-nos.
(B) em que o sujeito de valendo-se passe a ser internet.
(C) em que o sujeito de enganar passe a ser nós.
(D) a utilização de muita gente como sujeito.
(E) a utilização de páginas da internet como sujeito

Questão 27: TRT MG 2015 Técnico Judiciário (banca FCC)


Transpondo-se para a voz passiva a forma verbal sublinhada na frase Dentro
deles surpreendo a vida que já foi, obtém-se a expressão
(A) será surpreendida.
(B) é surpreendida.
(C) tenho surpreendido.

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(D) fora surpreendida.
(E) estou surpreendendo.

Questão 28: TCM GO 2015 Auditor de Controle Externo (banca FCC)


Transpondo-se para a voz passiva a frase Eles alardeavam o insuportável
som instalado nos carros, obtém-se a forma verbal
(A) era alardeado.
(B) tinha sido alardeado.
(C) têm alardeado.
(D) eram alardeados.
(E) fora alardeado.

Questão 29: TCE RS 2014 Auditor Público Externo (banca FCC)


Transpondo-se para a voz passiva o segmento sublinhado em É possível
que os tempos modernos tenham começado a desfavorecer a solução
do jeitinho, a forma obtida deverá ser:
(A) tenha começado a ser desfavorecida.
(B) comecem a desfavorecer.
(C) terá começado a ser desfavorecida.
(D) comecem a ser desfavorecidos.
(E) estão começando a se desfavorecer.

Questão 30: SABESP 2014 Advogado (banca FCC)


Fragmento do texto: No sistema havia também uma estação que desviava a
água para diversos reservatórios. Assim, os maias supriam a necessidade de
água da população, estimada em 80 mil em Tikal, próximo ao ano 700, além
das estimativas de mais cinco milhões de pessoas que viviam na região das
planícies maias ao sul.
No final do século IX a área foi abandonada e os motivos que levaram ao seu
colapso ainda são questionados e debatidos pelos pesquisadores. Para
Scarborough é muito difícil dizer o que de fato aconteceu. “Minha visão
pessoal é que o colapso envolveu diferentes fatores que convergiram de tal
modo nessa sociedade altamente bem-sucedida que agiram como uma
„perfeita tempestade‟. Nenhum fator isolado nessa coleção poderia tê-los
derrubado tão severamente”, disse o pesquisador à Folha de S. Paulo.
Nenhum fator isolado nessa coleção poderia tê-los derrubado tão
severamente...
A transposição da frase acima para a voz passiva terá como resultado a
forma verbal:
(A) poderiam ter sido derrubados.
(B) poderia terem sido derrubados.
(C) poderiam ter vindo a derrubar.
(D) poderiam ter derrubado.
(E) poderia ter sido derrubado.

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Questão 31: CMSP 2014 Procurador Legislativo (banca FCC)
A frase que NÃO admite transposição para a voz passiva é:
(A) A alma frágil fixa seu amor na terra natal.
(B) Percorreu muitos caminhos, no exílio, em busca de si mesmo.
(C) O exílio impõe ao apenado os mais terríveis infortúnios.
(D) Investiguei mais de perto o conceito de exílio.
(E) No artigo de Said dei com uma bela citação de um texto medieval.

Questão 32: CMSP 2014 Técnico Administrativo (banca FCC)


Verifica-se transposição correta de uma voz verbal para outra em:
(A) o selo de sua primeira gravação [...] trazia um esclarecimento // um
esclarecimento vinha trazendo o selo de sua primeira gravação
(B) a referida nota [...] ainda soava como grande notícia // como grande
notícia continuava a soar a referida nota
(C) a Revista do Rádio noticiava uma grande revolução // uma grande
revolução era noticiada pela Revista do Rádio
(D) Adoniran era duas pessoas em uma // Adoniran tinha sido duas pessoas
em uma
(E) se lembrarmos Zé Conversa // se fomos lembrados por Zé Conversa

Questão 33: CMSP 2014 Técnico Administrativo (banca FCC)


Os publicitários descobriram que é possível fazer o inconsciente do
consumidor trabalhar a favor do lucro de seus clientes.
Transpondo-se o segmento acima para a voz passiva, a forma verbal
resultante será:
(A) descobriram-se
(B) foi descoberto
(C) era descoberto
(D) foram descobertos
(E) vinham descobrindo

Questão 34: TRT 2ªR 2014 Analista Judiciário (banca FCC)


Na passagem da voz ativa para a passiva, NÃO houve a devida
correspondência quanto ao tempo verbal na seguinte construção:
(A) A questão de gosto dispensaria as razões = As razões teriam sido
dispensadas pela questão de gosto.
(B) O autoritarismo apagava as diferenças reais = As diferenças reais eram
apagadas pelo autoritarismo.
(C) Os acomodados têm proclamado a servidão ao capricho = A servidão ao
capricho tem sido proclamada pelos acomodados.
(D) Será que ele apreciará tais formas ditatoriais? = Será que tais fórmulas
ditatoriais serão apreciadas por ele?
(E) Haveremos de enfrentar esse e outros desafios = Esse e outros desafios
haverão de ser enfrentados por nós.

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Questão 35: TCE-AL Analista de Sistemas (banca FCC)


Está inteiramente correta a pontuação da seguinte frase:
(A) É realmente muito difícil, cumprir propósitos de Ano Novo, pois não há
como de fato alguém começar algo inteiramente do nada.
(B) É realmente muito difícil: cumprir propósitos de Ano Novo; pois não há
como, de fato, alguém começar algo inteiramente do nada.
(C) É, realmente, muito difícil – cumprir propósitos de Ano Novo: pois não há
como de fato, alguém começar algo inteiramente do nada.
(D) É, realmente, muito difícil cumprir propósitos de Ano Novo, pois não há
como, de fato, alguém começar algo inteiramente do nada.
(E) É realmente muito difícil, cumprir propósitos de Ano Novo; pois não há
como de fato alguém começar algo, inteiramente do nada.

Questão 36: TCE-MA Analista de Controle Externo (banca FCC)


Considere as frases do texto:
I. ... “variabilidade decadal do Oceano Pacífico”, que impacta o Atlântico.
... “variabilidade decadal do Oceano Pacífico” que impacta o Atlântico.
II. Nos anos 40, 50 e 60 choveu menos na Amazônia. Nas três décadas
seguintes, as chuvas aumentaram.
Nos anos 40, 50 e 60 choveu menos na Amazônia; nas três décadas
seguintes, as chuvas aumentaram.
III. .... têm um sistema de braços flutuantes – inventado pelos ingleses –, que
sobem e descem...
... têm um sistema de braços flutuantes (inventado pelos ingleses), que
sobem e descem...
Com a alteração dos sinais de pontuação, ocorreu também alteração de
sentido SOMENTE em
(A) I.
(B) II.
(C) III.
(D) I e II.
(E) II e III.

Questão 37: TCE-CE Analista de Controle Externo (banca FCC)


Está plenamente adequada a pontuação da seguinte frase:
(A) A rotina, afirmam alguns, é inimiga da criatividade, mas essa tese,
segundo o cronista, é uma falácia: basta ver o que já ocorreu em nossa
literatura.
(B) A rotina, afirmam alguns: é inimiga da criatividade; mas essa tese
segundo o cronista é uma falácia, basta ver o que já ocorreu em nossa
literatura.
(C) A rotina − afirmam alguns − é inimiga da criatividade: mas essa tese,
segundo o cronista, é uma falácia, basta ver o que já ocorreu, em nossa
literatura.

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(D) A rotina, afirmam alguns, é inimiga da criatividade; mas essa tese
segundo o cronista, é uma falácia, basta ver, o que já ocorreu em nossa
literatura.
(E) A rotina, afirmam alguns, é inimiga da criatividade mas, essa tese,
segundo o cronista, é uma falácia: basta ver o que já ocorreu, em nossa
literatura.

1C 2D 3C 4D 5D 6C 7A 8A 9C 10 E
11 E 12 D 13 D 14 E 15 E 16 D 17 D 18 E 19 D 20 A
21 A 22 D 23 D 24 D 25 B 26 C 27 B 28 A 29 A 30 A
31 E 32 C 33 B 34 A 35 D 36 A 37 A

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