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Biografia de Bocage

É considerado como um dos nossos melhores poetas, e depois de


Camões o mais popular e celebrado de todos.

Nasceu em Setúbal a 15 de setembro de 1765 e faleceu em Lisboa a


21 de dezembro de 1805. Era filho do bacharel José Luís Soares de
Barbosa, antigo juiz de fora, ouvidor, e depois advogado, e de D. Mariana
Joaquina Xavier Lestof du Bocage. A ascendência da sua família é a mesma
do Dr. José Vicente Barbosa du Bocage.

Passados os anos da infância nos primeiros estudos, com um mestre


que o maltratava, entrou na aula régia de gramática do padre espanhol D.
João de Medina, e ali aprendeu a língua latina. Era então moda a educação
humanista, ainda pouco acompanhada pelo estudo das ciências naturais.

No ano de 1779 assentou praça de cadete no Regimento de Infantaria


n.º 7 de Setúbal, vindo estudar para Lisboa aos 14 anos de idade. O
desprezo constante pelos actos do ex-ministro de D. José, levara os
conselheiros da rainha D. Maria I a criar em Lisboa, em 5 de agosto de
1779, uma instituição, a que chamaram Academia real de marinha, dando aos
que a frequentavam as mesmas regalias que tinham os estudantes da
Universidade. Foi nesse instituto que Bocage recebeu a sua educação
científica, indo talvez mais tarde aperfeiçoá-la na Academia dos guardas
marinhas, criada em 14 de agosto de 1782. Bocage passou sete anos em
Lisboa a estudar ciência e a compor versos.

Em 1786 esteve no Brasil. Nesse mesmo ano viajou para o Oriente,


permanecendo na Índia como guarda-marinha. Desertou da Marinha e passou
a viver uma vida errante e boémia.

Em 1790, voltou a Lisboa. Iniciou a sua atividade literária, seguindo a


moda do Arcadismo, escrevendo poesias que falam de pastores, pastoras e
ovelhas, observa-se também a utilização da mitologia clássica.

Bocage chegou a participar de uma espécie de associação de poetas


chamada Nova Arcádia, com o pseudónimo de Elmano Sadino. Com o tempo
abandonou a poesia artificial e começou a falar do seu mundo interior, dos
seus dramas amorosos e existenciais, numa linguagem que encontrou grande
receptividade entre os leitores daquela época e dos séculos seguintes,
sendo o poeta mais lido em Portugal.

Bocage é um dos maiores sonetistas líricos da literatura portuguesa,


junto com Camões e Antero de Quental. Escreveu todos os géneros
literários de seu tempo: idílios, odes, canções, epístolas e fábulas.

Acusado de satirizar o clero e a nobreza, foi processado e preso pela


inquisição. Deixou fama de poeta satírico e, com o tempo, seu nome tornou-
se sinónimo de contador de histórias picantes e obscenas. Durante o período
que esteve preso, passou traduzindo autores franceses e latinos.

Duarte Assunção

Nº9, 8ºF

Maio de 2018

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