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ANÁLISE LA HAINE

Gabriel Moro Sabedotti Chemim

“É a história de uma sociedade que cai e que repete, durante a queda, como
que para se reconfortar: ‘Até aqui, está tudo bem. Até aqui, está tudo bem. Até aqui,
está tudo bem.’ O importante não é a queda, é a aterrisagem.”

La Haine é um filme francês de 1995, o filme aborda os eventos ocorridos na


vida de três jovens moradores da periferia de Paris durante um dia. Os três
protagonistas, Vinz, Said e Hubert, são descendentes de imigrantes e vivem à
margem da sociedade. Sua etnicidade, baixo nível de educação e baixa condição
econômica os colocam nessa posição. Eles não possuem o respeito das pessoas de
fora do projeto de moradias que habitam e são tratados de forma racista. Isso gera
um sentimento de ódio pelas autoridades e por pessoas de melhores condições
financeiras. A violência então se torna a única maneira com que eles acreditam que
podem ganhar respeito.
A marginalização dos personagens é bem representada pelo local onde
vivem. O projeto de moradias é habitado por muitos desempregados. Vinz divide seu
quarto com a irmã e a mãe de Hubert precisa costurar para ganhar dinheiro. Alguns
acabam em negócios ilegais, como Hubert que vende drogas. Os três protagonistas
estão sempre em busca de entretenimento. Suas dificuldades econômicas os
impedem de buscar educação, Vinz não foi a escola e Hubert não consegue ajudar
sua irmã com a lição de casa. Sem empregos e oportunidades, a maior parte dos
jovens passam o tempo vagando pelas moradias. Eles danificam carros e
propriedades públicas. Tudo isso representa a extensão da marginalização sofrida,
eles estão presos a essa vida e não a suportam. Ela é passada de geração em
geração. Hubert quer se mudar e buscar uma nova vida, mas acaba morrendo antes
de conseguir.
A forma como os protagonistas se comportam marca suas identidades
marginais. Suas vidas isoladas na periferia os tornaram infantis e idealistas. Isso é
bem visto quando o carro de Walmart é queimado e eles acham engraçado e dizem
“é apenas um carro”. Quando Vinz encontra uma arma após um tumulto, ele acredita
que será fácil matar um policial, mas ele fica chocado quando vê um homem ser
morto em sua frente e quando tem a oportunidade de matar um Skinhead, desiste e
vê que matar é muito mais difícil do que ele imaginava. Em Paris, os protagonistas
são forçados a encarar a vida fora da periferia. Eles são incapazes de participar de
relações normais da sociedade. Como quando estão conversando com duas
mulheres e se tornam agressivos, uma delas diz “Como podemos te respeitar coma
sua atitude?”. O fato de sempre estarem sendo marginalizados acaba tornando suas
respostas a ocasiões normais como se estivessem sendo desrespeitados.
Suas tentativas de buscarem respeito através da violência faz eles se
tornarem mais marginalizados ainda. Entretanto o respeito que buscam faz com que
as pessoas fiquem mais assustadas. Os jovens organizam tumultos, saques e põe
fogo em carros. São vistos como violentos e não civilizados. Em uma cena, uma
repórter procura entrevistar jovens que participam de tumultos, mas ela o faz em seu
carro e protegida por uma cerca, projetando uma fronteira entre ela e os jovens, os
quais comparam a situação com um zoológico o qual você visita em um carro.
Quando chegam a estação central de polícia, os protagonistas são imediatamente
julgados pelos policias como os responsáveis por aquela destruição.
O filme também destaca o racismo como um grande fator que afeta as ações
das pessoas. Said é árabe e Hubert é negro. Na cena em que são interrogados por
policiais, eles são abusados não pelo propósito da investigação, mas para
entretenimento dos policiais. Mostra a exclusão presente na sociedade francesa em
frases como “Said é um nome francês?”. O racismo se torna mais um fator que
divide a sociedade, o marginal acaba mais marginalizado.
Algumas frases irônicas e metáforas refletem a identidade marginalizada
presente no filme. Frases como “Nós somos o futuro” e “O mundo é seu” são
irônicas já que eles não possuem nem dinheiro nem emprego. Eles permanecem
presos na periferia, seu futuro é desesperançoso e a sociedade não reserva um
espaço para eles. A história do homem que cai do arranha-céu reflete as suas vidas,
o crime e a violência não são levados a sério, até que destroem a vida das pessoas
do grupo.

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