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ALFREDO BOSI LITERATURA E RESISTENCIA qo " ee. sthos. Antes que a consolidacio da instrugo permitisse consolidar 2 difusio da literatura liverdria (por assim dizer), estes vefculos possibili- ‘aram, gracas&palavra oral, imagem, 20 som (que superam aquilo que rio texto escrito slo limitag6es para quem nfo se enquadrou numa.certa tradiglo), que um ntimero sempre maior de pessoas participassem de ‘maneira maisficil dessa quota desonho edeemogio que garantiao pres- tlgio'tadicional do livre. Osbonscriticos também slo profetas. - 256 _eserta, Objeto comp: 14 AESCRITA E OS EXCLUIDOS Em memiria de Domingos Barbe Hi pelo menos duas manciras de considerar a relagio entrea eseti- tacos exclufdos. 1 He ‘A primeira, em geral praticada pelos historiadores de liceratura, consiste em ver o excluido social ou o marginalizado como objeto da ide temas, personagens, situagées narrativas. ‘Acarefa do estudioso seria, nesse caso, pesquisar os modos defigu- ago das camadas mais pobres na poesia, na prosa narrativa, no teatro, no repertério de uma literatura ou ao longo de um ciclo hist6rico-cul- tural, Creio que os zsultados da sondagem seriam dispares. Algumas amostras. O pobre tpificado pelo romance naturalista (por exemplo, O cortigo de Aluisio Azevedo) no é 0 pobre que'sai de ‘um conto regionalista tocado de profunda simpatia pela cultura popu- las, como acontece no conto gaticho de Simées Lopes Neto ou no conto caipira de Valdomito Silveira. Tampouco certas personagens cheias de pathore poesia que encontramos nos Caboclos de Valdomiro se reduzem ao Jeca estigmatizado na pena do também paulista Mon- teiro Lobato. Euclides da Cunha, porsua ver, nos introduz no univer- 257

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