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HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO

PROFISSIONAL NO BRASIL:
ELEMENTOS PRA UMA REFLEXÃO
SOBRE TRABALHO E EDUCAÇÃO

PROF. RODRIGO DE FREITAS AMORIM


INTRODUÇÃO
Objetivos da aula:
• Compreender a evolução histórica do trabalho na sociedade
brasileira e seu alinhamento com as necessidades de
escolarização e formação profissional dos trabalhadores;
• Destacar os principais marcos históricos da educação
profissional no Brasil;
• Explicitar o dualismo educacional constitutivo da educação
brasileira e dos projetos de educação profissional;
• Relacionar a trajetória da educação profissional no Brasil com as
atuais políticas públicas de educação profissional.
PERÍODO COLONIAL
(1549 – 1821)
• Brasil de colonização portuguesa;
• O que significava a colonização portuguesa sobre o
Brasil?
• Exploração das riquezas naturais;
• Exportação para a Coroa;
• Exploração dos nativos;
• Emprego de mão de obra escrava (índios e negros);
• Escolarização = catequização => submissão.
• Divisão de trabalho manual x trabalho intelectual;
• Não há um projeto de escola para o trabalho produtivo.
• Consolida-se uma discriminação do trabalho
manual, pelo fato de ser realizado pelos escravos;
• O trabalho intelectual é aspirado pelos livres e por
aqueles que desejam ocupar cargos burocráticos
dentre as elites brasileiras;
• O projeto educativo jesuíta não considerava a
formação para o trabalho;
• A formação para o trabalho ocorria de modo informal
(Oficina, mestres e discípulos);
• Na Europa, tem-se as Corporações de Ofícios;
• No Brasil, a primeira Corporação de Ofícios de que se
tem registro é a Irmandade São José, em 1752.
CORPORAÇÃO DE OFÍCIOS

Forjador de
espadas, Padeiro
armaduras etc.

Sapateiro
• Motivos da ausência de uma educação profissional
no período colonial:
•Trabalho escravo;
•Discriminação com o trabalho manual;
•Modo de produção artesanal;
•Modelo econômico agroexportador;
•Política de fechamento de fábricas por ordens
régias (XVIII);
• Mudanças a partir de 1808:
• Vinda da família real portuguesa para o Brasil;
• Criação do Colégio das Fábricas:
• Caráter assistencial;
• Suprimento de trabalhadores para certos setores;
• Início de uma política para educação profissional.
PERÍODO IMPERIAL
(1822-1888)
• Mudanças políticas: ruptura com a colonização;
organização de um estado imperial nacional; o foco
passa a ser o Brasil e não mais Portugal;
• Aumento das forças produtivas e progresso material: o
que exigia formação dos quadros técnicos e
profissionais para o desenvolvimento do Império;
• Influência do liberalismo francês – liberdade, igualdade
e fraternidade – e apelo pela construção da instrução
pública brasileira;
• Condições dadas para a necessidade da educação
profissional.
• O fator discriminatório do trabalho manual advindo do
período colonial permanece, o que dará a tônica
assistencialista da educação profissional;
• O projeto da Constituição, em 1823, preconizava a
educação profissional:
• Art. 234: Terá igualmente o cuidado de criar estabelecimentos
para catequese e a civilização dos índios, emancipação lenta
dos negros e sua educação religiosa e industrial.
• Desativam-se as Corporações de Ofícios;
• Lei da Instrução Pública (15-10-1827): pretende
organizar a educação em todos os níveis, inclusive
profissional;
• Mas na prática…
• O Estado Imperial legou a educação profissional à
iniciativa privada;
• Organizaram-se várias sociedades civis para atender à
demanda de formação de profissionais para atender ao
crescimento produtivo;
• As sociedades civis atendiam pobres e órfãos;
• Eram dirigidas pelas elites (nobres, fazendeiros,
comerciantes e funcionários do estado);
• Os recursos advinham de doações, quotas dos
sócios e recursos do poder público;
• Criaram-se os Liceus.
• Em 1857, Sociedade Propagadora de Belas Artes, RJ
(veja figura abaixo);
• Em 1858, Liceu de Artes e Ofícios do Rio de Janeiro
(veja figura abaixo):
• Propagar e desenvolver a instrução racional da
parte artística e técnica das artes e ofícios
industriais;
• Cursos gratuitos para os cidadãos livres;
• Vedado o acesso aos escravos;
• Não dispôs de oficinas para aulas práticas até à
República.
• Em 1873, Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo:
• Ministrava aulas gratuitas da instrução primária;
• Turno diurno e noturno;
• Artes e ofícios em comércio, lavoura e indústria;
• Entre 1885 e 1888, passaram 2.523 alunos.
PERÍODO REPUBLICANO
(1889-1929)
Bases contextuais para uma nova educação
profissional no Brasil:
• Novo elemento ideológico com a chegada dos
padres salesianos ao Brasil: “o ensino profissional
como antítese do pecado”;
• Fortes apelos para mudança do modelo
agroexportador para um modelo industrial;
• Ideologia do desenvolvimento baseado na
industrialização do país;
• Necessidade de mão de obra.
MEDIDAS TOMADAS:
• Em 1909, Nilo Peçanha, baixou o Decreto n. 7.566,
criando 19 Escolas de Aprendizes e Artífices, para as
capitais brasileiras (figura 1);
• As escolas eram mantidas pelo Ministério da
Agricultura, Comércio e Indústria;
• Finalidade: ensino profissional primário e gratuito à
população;
• Critérios de admissão: ter entre 10 e 13 anos e ser,
preferencialmente, pobre;
• Aulas e currículo: noturno e dividido em dois cursos
(primário e desenho);
• Recursos: União, Estados, municípios e associações
particulares mantinham as Escolas.
Figura 1 – Escolas de Aprendizes e Artífices segundo a divisão geopolítica em 1909

Fonte: (BRASIL, 2009)


… EM GOIÁS
PROBLEMA INICIAIS DAS ESCOLAS:
• Edifícios inadequados;
• Oficinas precárias;
• Escassez de mestres de ofícios especializados;
• Falta de professores qualificados;
• Baixa eficiência do ensino;
MEDIDAS:
• Contratação de professores primários (problema: falta
de habilitação profissional técnica);
• Contratação de mestres de fábricas (problema: falta de
formação básica geral).
RESULTADO:
• Prevalência de aprendizagem empírica.
Apesar dos pesares…
• As escolas constituíram-se o gérmen da educação
profissional no Brasil;
• Esforços para sua melhoria se seguiram nos anos
seguintes;
• Veja depoimento do presidente Marechal Hermes
da Fonseca, em 1910:
• Particular atenção dedicarei ao ensino técnico-profissional,
artístico, industrial e agrícola que a par da parte
propriamente prática e imediatamente utilitária,
proporcione também, instrução de ordem ou cultura
secundária, capaz de formar o espírito e o coração
daqueles que amanhã serão homens e cidadãos. (apud
SANTOS, 2011, p.214)
DE 1930 ATÉ OS DIAS ATUAIS
• Revolução de 30, ascensão de Getúlio Vargas ao poder e
rompimento com as antigas oligarquias mineira e paulista;
• Ideologia da industrialização em larga escala;
• Substituição das importações pela produção nacional;
• Início do processo de urbanização relacionado ao êxodo
rural;
• De 1929 à 1957, a indústria brasileira cresceu 475%;
• Efeitos sobre as políticas de educação:
• 1923, Criação da Inspetoria do Ensino Profissional Técnico;
• 1930, Criação do Ministério da Educação e Saúde Pública;
• 1942, Lei Orgânica do Ensino Industrial;
• 1942, criação do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial
(Senai);
• Em 1945, há uma luta dos pioneiros da educação nova pela
equivalência do ensino técnico ao ensino secundário;
• Em 1950, a Lei 1.076 permite que os estudantes do ensino técnico
do primeiro ciclo do ensino industrial ascendam, por meio de
exames, ao ensino clássico ou científico;
• Em 1953, a Lei 1.821 permite que os estudantes do ensino técnico,
concluinte de todos os ciclos, ascenda ao ensino superior da área
específica, mediante exames de adaptação;
• Em 1961, a 1ª LDB, Lei. 4.024, iguala o ensino técnico ao ensino
secundário, permitindo qualquer estudante ascender a qualquer
curso superior;
• Em 1971, o Governo Militar instituiu o ensino profissionalizante
compulsório através da Lei n. 5.692, que tornou o 2º grau
profissionalizante;
• A partir de 1971, transformam-se as Escolas Técnicas Federais em
Centros Federais de Educação Tecnológica (CEFETs), que passam a
oferecer cursos superiores na área de tecnologia.
ENSINO PRIMÁRIO
•Escola isolada Fundamental (4 anos) Supletivo (2 anos) •Escolasupletiva
•Escolas reunidas Qualquer nº turmas
Adolescentes e adultos
•Grupo escolar Complementar (1 ano)

Ensino Secundário Ensino Normal Ensino Industrial Ensino Comercial Ensino Agrícola
Curso
normal Básico
1º 1º Ciclo regional: Inicia-
Ciclo Ginásio (4 anos) forma o 1º Ciclo Básico 1º Ciclo ção
(4 regente (4 anos) (4 anos) agrícola
anos) de 1º Ciclo Mestria (2 a.)
ensino (4 anos)
Ginásio primário
2º Artesa-
Clássico
Ciclo Escola nal
Científico normal: SENAI
(3
forma o 1º Ciclo Técni-
anos) prof. co Mestria
(3 anos) 1º Ciclo
primário agrícola
Técni- (3 anos) (2 a.)
Inst. de co
Ensino superior Educ.: 2º Ciclo
forma o (3 anos)
regente,
2º Ciclo o prof. Pedagó
eo -gico
(3 anos) adm.

Ensino superior Ensino superior


F. Filosofia A. Técnica

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• Entre 1980 e 1990, período de redemocratização da sociedade
brasileira, o tema da educação será discutido como elemento
importante para formação da nova sociedade democrática;
• Em 1996, aprova-se a 2ª LDB (Lei n. 9.394) que dá um caráter
finalista ao Ensino Médio na educação básica;
• A educação profissional não recebe a devida atenção, sendo
regulamentada no ano posterior pelo Decreto n. 2.208/97, que
determina a separação curricular do ensino médio com o ensino
profissional;
• Abre-se um forte debate sobre:
• O sentido do ensino médio;
• A importância da integração da educação profissional ao
ensino médio;
• A necessidade de superação da dualidade educacional
brasileira.
PERÍODO ATUAL
• Revogação do Decreto n. 2.208/97 pelo Decreto n.
5.154/04;
• Retomada da integração entre EB e EP;
• Novos horizontes para a EP no Brasil.
• Surgimento do PROEJA pelo Decreto n. 5.478/05 e
5.840/06;
• EJA integrada à EP nos IF’s;
• EJA integrada à EP nas redes federal, estadual e
municipal;
• Sistema S contemplado.
• Criação dos Institutos Federais de Educação, Ciência
e Tecnologia (IF’s) com a Lei n. 11.892/2008;
• E, agora, como ficaremos com o Novo Ensino Médio
(MP 741/06  Lei 13.415/17) e com o teto dos gastos
públicos (EC 95/2016)?
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Educação. Centenário da rede federal de educação
profissional e tecnológica. 2009. Disponível em:
<http://www.oei.es/pdf2/historico_educacao_profissional.pdf>. Acesso em: 09
out. 2014.
SANTOS, Jailson Alves dos. A trajetória da educação profissional. In: LOPES,
Eliane M. T.; FARIA FILHO, Luciano M.; VEIGA, Cynthia G. 500 anos de
educação no Brasil. 5. ed. Belo Horizonte, MG: Autêntica, 2011. p.205-224.

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