Anda di halaman 1dari 45

UNIC RONDONÓPOLIS

FAIESP – Faculdade de Ciências Sociais e Humanas Sobral Pinto


Portaria de Recredenciamento nº 707 de 08/08/2013
Curso de Farmácia

MECANISMOS FISIOPATOLÓGICOS
DAS IMUNODEFICIÊNCIAS

Profª. Amanda Gabriela de Carvalho

Rondonópolis - MT
2018/2
Imunodeficiência
Deficiência no desenvolvimento e nas funções do sistema imune.

Doenças de imunodeficiência

Imunodeficiências congênitas
(primárias) X Imunodeficiências adquiridas
(secundárias)
Imunodeficiências Congênitas

São causadas por defeitos genéticos que levam ao bloqueio na maturação


ou nas funções de diferentes componentes do sistema imune.

Indivíduo mais susceptível a complicações


infecciosas

Infância, adolescência, adulto

Três tipos:

 Deficiência da Célula B
 Deficiência da Célula T
 Deficiências imunológicas inatas
Defeitos na Maturação do Linfócito
Anormalidades genéticas que causam o bloqueio na maturação dos
linfócitos B, linfócitos T ou ambos.

Imunodeficiência Combinada Severa (SCID)

 X-SCID causada por mutações na subunidade da cadeia comum gama


Cerca da metade dos casos é ligada ao X, afetando somente indivíduos do sexo masculino.

Mutações no gene da cadeia comum gama

Componente dos receptores para diversas citocinas


(IL-2, IL-4, IL-7, IL-9, IL-15, IL-21)

IL-7: Principal fator de crescimento para linfócitos B e T

Reduzida sobrevivência e maturação dos linfócitos T


Deficiência da imunidade celular e humoral (ausência de células T CD4+)
Defeitos na Maturação do Linfócito

Imunodeficiência Combinada Severa (SCID)

 Deficiência na enzima Adenosina deaminase (ADA)

Função da ADA: quebra da adenosina

A deficiência leva ao acúmulo de metabólitos


tóxicos de purina nas células em proliferação

Acarreta perda da função do linfócito T auxiliar


Defeitos na Maturação do Linfócito

Defeitos na Maturação dos Linfócitos B

 Agamaglobulinemia ligada ao X

Mutações no gene que codifica a enzima tirosina quinase de Bruton

Essa enzima dispara sinais que promovem a sobrevivência,


proliferação e maturação da células B

Bloqueio da maturação da célula B


Defeitos na Maturação do Linfócito

Defeitos na Maturação dos Linfócitos T

 Síndrome de DiGeorge

Desenvolvimento incompleto do timo

Falhas no desenvolvimento de células T maduras


Defeitos na Ativação e na Função do Linfócito

Respostas Defeituosas na Célula B

 Síndrome da hiper-IgM ligada ao X

Mutações no gene do cromossoma X que codificam o ligante CD40L

Ativação das células B


dependente de células T

Respostas defeituosas:
Troca de isotipo
Ativação de macrófagos dependentes de linfócito T
Tipos de ativação dos linfócitos B
T - independente: antígeno não proteico
2º sinal: ligação de outro epítopo do
antígeno a outro receptor

1º sinal:
Ligação cruzada

2º sinal:
Ativação da
T - dependente: antígeno proteico ligação entre o
CD40 e CD40
1º sinal:
ligante e
Apresentação do
produção de
antígeno ao
citocinas
linfócito T auxiliar
Defeitos na Ativação e na Função do Linfócito

Ativação Defeituosa dos Linfócitos T

 Síndrome do linfócito desnudo

Mutações nos genes que codificam


MHC de classe II

Falha na expressão de
moléculas MHC de classe II

Imunidade mediada por célula e


imunidade humoral dependente de
célula T prejudicada
Defeito na imunidade inata

 Doença granulomatosa crônica

Mutações nos genes que codificam a enzima fagócito oxidase

Fagócito oxidase:
espécies reativas de
oxigênio (ROS)
Incapacidade dos fagócitos em
Óxido nítrico sintase matar os microrganismos
induzida: óxido
nítrico (NO)

Acúmulo de fagócitos

Granulomas
Tratamento

 Antibióticos / antifúngicos / antivirais;

 Transplante de células hematopoiéticas;

 Medidas de higiene.
Imunodeficiências Adquiridas

Anormalidades adquiridas durante a vida.


Infecção por HIV

O vírus da imunodeficiência humana (HIV) é o agente etiológico da síndrome da


imunodeficiência adquirida (AIDS).

O HIV infecta células do sistema imune, principalmente os linfócitos TCD4+, e


causa destruição progressiva dessas células.

O HIV é um retrovírus que pertence a família Retroviridae e ao gênero Lentivirus.

Dois tipos antigênicos

Mais virulento e mais


disseminado pelo HIV - 1 HIV - 2 Menos patogênico
mundo
Vírus HIV - Estrutura

Envelopado
Ciclo de vida do HIV
Como ocorre a doença?

A patogenia e evolução da infecção ocorrem em função da contagem de


células TCD4+ e da carga viral.

Figura 1: Curso clínico da doença pelo HIV.


Fisiopatologia da AIDS

Infecção primária ou aguda

 Viremia elevada e
resposta imune
intensa.

 Ocorrência de sintomas
semelhantes a outras
infecções virais em
70% dos infectados.
Fisiopatologia da AIDS

Fase assintomática ou crônica

 Após a infecção, no período


de soroconversão, a
quantidade de vírus diminui.

 Na fase assintomática, existe um


ponto de equilíbrio entre replicação
viral, destruição de LTCD4+ e
capacidade imunológica de
renovação de LTCD4+.

 Níveis de vírus no sangue


diminuem, mas a replicação viral
nos linfonodos continua.
Fisiopatologia da AIDS

Fase sintomática ou fase de AIDS

 Quando o ponto de equilíbrio


é superado os sintomas
constitucionais aparecem.

 Redução da contagem de células


TCD4+ e aumento da carga viral.
TCD4 < 200 células/mm3

 A partir desse momento, o indivíduo


pode evoluir para a AIDS através de
doenças oportunistas, devido a
imunodeficiência progressiva.
Resposta imune contra o HIV
A imunidade celular é essencial para limitar a replicação viral.
Resposta imune contra o HIV

Ao mesmo tempo que a resposta imune tenta restringir a infecção viral,


contribui para a patogenia.

 Redução da resposta imune


celular.

 Indivíduo susceptível às
infecções oportunistas
associadas a AIDS.

As células TCD4+ são alvo da infecção


Infecções Oportunistas
Tuberculose e Pneumonia Herpes Zóster

Susceptibilidade aumentada às infecções e alguns cânceres como


consequência da imunodeficiência.

Candidíase Linfoma Sarcoma de Kaposi


Epidemiologia - Origem do HIV

 Surgiu a partir do vírus da


imunodeficiência de símios (SIV),
encontrado em chipanzés, na África.

 Transmissão do retrovírus,
altamente mutante, de
símios para o homem.

 Disseminação
mundial do vírus HIV.
Epidemiologia - Primeiros casos da doença

 Primeiros casos de AIDS: início


da década de 80, nos EUA.

 África Subsaariana é a região


de maior prevalência mundial
(25 milhões em 2015 - OMS).
HIV no Mundo

 1,8 milhão de novas infecções


 36,9 milhões de pessoas em todo o
pelo HIV em 2017.
mundo viviam com HIV em 2017 .

 940.000 pessoas morreram por


causas relacionadas à AIDS em 2017.

DESDE O INÍCIO DA EPIDEMIA

 77,3 milhões de pessoas foram


infectadas pelo HIV.

 35,4 milhões de pessoas morreram


por causas relacionadas à AIDS.
HIV no Brasil

Figura 2: Taxa de detecção de AIDS (/100 mil hab.) e percentual de declínio e incremento, segundo UF de
residência, por ano de diagnóstico. Brasil, 2006 e 2016.
Perfil da epidemia no decorrer do tempo
INÍCIO DA DÉCADA DE 80

FIM DA DÉCADA DE 80 E INÍCIO DA DÉCADA DE 90


Principal Estratégia de Prevenção

Uma das principais vias de


transmissão

Uso de preservativos!
Demais estratégias de Prevenção e Controle

PEP (Profilaxia
Pós-exposição)

Tratamento com
antiretrovirais
Demais estratégias de Prevenção e Controle

Estratégia de uso de antirretroviral por


indivíduo não infectado pelo HIV, mas
sob risco de adquirir a infecção pelo HIV.

Critérios de indicação:

 Gays e HSH;
 Pessoas trans;
 Trabalhadores do sexo;
 Parcerias sorodiferentes.
Tenofovir Disoproxil Fumarato (TDF)
+
Emtricitabina (FTC)
Diagnóstico da infecção pelo HIV

É empregado pelo menos dois testes combinados

 Primeiro teste deve ser mais sensível;

 Segundo teste deve ser mais específico.


Marcadores da infecção pelo HIV

Figura 3: Marcadores da infecção pelo HIV na corrente sanguínea de acordo com o período
em que surgem após a infecção, seu desaparecimento ou manutenção ao longo do tempo.
.
Janela de Soroconversão

Janela de soroconversão ou janela imunológica


ou janela sorológica

Duração do período entre a infecção pelo HIV até a


primeira detecção de anticorpos anti-HIV.

Teste diagnóstico: possibilidade de resultado falso-negativo

Janela diagnóstica

É o tempo decorrido entre a infecção e o aparecimento


ou detecção de um marcador da infecção, seja ele RNA
viral, antígeno p24 ou anticorpo.
Principais testes utilizados para o diagnóstico

Imunoensaios - ELISA

1985 1987 1994 1997

1ª Geração
3ª Geração
4ª Geração
2ª Geração  Detecta anticorpos específicos
 Utiliza antígenos recombinantes e e o antígeno p24;
peptídeos sintéticos;  Janela de soroconversão de
 São mais sensíveis e específicos; aproximadamente 15 dias.
 Janela de soroconversão de 25 a 35 dias.

 Detecta apenas IgG;  Detecta IgM e IgG;


 Pouco específico;  São mais sensíveis e específicos;
 Janela de soroconversão de 35 a 45 dias.  Janela de soroconversão de 20 a 30 dias.
Principais testes utilizados para o diagnóstico

Testes Rápidos
 São imunoensaios simples;
 Resultados em até 30 minutos;
 Realizados preferencialmente de forma presencial;
 Ambiente não laboratorial;
 Detecção de anticorpos.

Imunocromatografia de
fluxo lateral Imunoconcentração
Imunocromatografia de duplo
percurso - DPP
Principais testes utilizados para o diagnóstico

Testes Complementares - Convencionais

CONFIRMAÇÃO
 Western blot Detectam apenas IgG;
 Imunoblot Baixa sensibilidade: Falso-negativos;
 Imunoblot rápido Custo elevado.

Testes Complementares - Moleculares

 Detectam RNA viral

Diagnóstico em crianças menores de 18 anos;


Infecção aguda em adultos;
Contra indicado para os Controladores de Elite.
Combinação de testes

Dois testes rápidos (TR1 e TR2) realizados em sequência com amostras


de sangue.

Um teste rápido utilizando fluido oral (TR1-FO) seguido por um teste


rápido utilizando sangue (TR2)

Todos os indivíduos que apresentarem resultados


reagentes em dois testes rápidos devem realizar
imediatamente o exame de quantificação da carga viral,
cujo resultado confirma a presença do vírus, e a contagem
de linfócitos T CD4+.
Combinação de testes

Imunoensaio de 4ª geração seguido de teste molecular como


teste complementar – Exemplo: Infecção recente.

Infecção crônica
Imunoensaio de 3ª geração seguido de teste molecular como
teste complementar

Imunoensaio de 3ª geração seguido de western blot, imunoblot


ou imunoblot rápido como teste complementar – Exemplo:
Controladores de Elite.
Imunoensaio de 4ª geração seguido de western blot, imunoblot
ou imunoblot rápido como teste complementar – Exemplo:
Controladores de Elite.
Linfomas
 Constituem um grupo heterogêneo de doenças neoplásicas que se originam
de células do sistema imunológico;

 Podem se originar de células B (maioria) ou células T (minoria).

Linfoma de Hodgkin
X Linfoma não-Hodgkin

 20% dos casos;  80% dos casos;


 1% de todas as neoplasias  4% de todas as neoplasias
humanas; humanas;
 Incidência estável;  Incidência vem aumentando;
 Acometem predominantemente  Podem apresentar
linfonodos, baço e medula óssea. manifestações extra-nodais
(estômago, pele, cavidade
oral, intestino delgado, SNC).
Linfoma não-Hodgkin

 Maior incidência no sexo masculino;


 Idade média de 50 anos;
 Maior incidência em brancos;
 Maior incidência em trabalhadores que manipulam substâncias
químicas;
 Maior incidência em indivíduos submetidos a
quimioterapia/radioterapia;
 Agentes infecciosos (Vírus Epstein-Baar, Herpes vírus, hepatite C, etc)
apresentam papel importante na patogênese.
Linfomas Não-Hodgkin

Indolentes
X Agressivos

 Evolução lenta;  Evolução rapidamente progressiva;

 Linfadenomegalia não-dolorosa  Linfadenomegalia ou tumoração


de crescimento progressivo; extra-nodal.

 Esplenomegalia;  Pode levar ao óbito em semanas ou


meses se não tratados.
 Comprometimento da medula
óssea;

 Sobrevida de vários anos mesmo


sem tratamento.
Principais sintomas dos linfomas

 Presença de massas tumorais afetando estruturas nodais (60 a 75%


dos casos);

 Presença de estruturas extra-nodais (25 a 40% dos casos);

 Fadiga;

 Prurido cutâneo;

 Febre;

 Emagrecimento;

 Sudorese noturna.
Diagnóstico do Linfoma não-Hodgkin

 Biópsia do linfonodo ou da massa tumoral extra-nodal;

 Patologista experiente;

 Classificação da doença de acordo com critérios morfológicos e


imunohistoquímicos;

 Definição do tipo de tumor;

 Definição do tipo de linfoma;

 Definição do tipo celular do linfoma não-Hodgkin;

 Definição do subtipo do linfoma não-Hodgkin.


Bons estudos!

Anda mungkin juga menyukai