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RIZOBACTÉRIAS VERSUS NEMATÓIDES

Leandro G. Freitas
Departamento de Fitopatologia
Universidade Federal de Viçosa
Viçosa, MG – 36571-000

INTRODUÇÃO

Os nematóides fitoparasitas causam perdas de aproximadamente 12% na produção


agrícola, que resultam em prejuízos para o produtor e elevação dos preços para o consumidor. Em
termos mundiais, considera-se que essas perdas sejam de aproximadamente 100 bilhões de
dólares por ano (SASSER & FRECKMAN, 1987).
A utilização de cultivares resistentes à nematóides nem sempre é possível por falta de
fontes de resistência para o melhoramento genético, pela falta de adaptabilidade dos cultivares
resistentes a determinadas regiões ou épocas de plantio, ou pela quebra resistência em condições
de campo, como a resistência de tomateiros à Meloidogyne incognita, quebrada em temperaturas
de solo superiores à 28°C, fato não muito raro de acontecer em nosso clima tropical. A rotação de
culturas é muito útil para o manejo de algumas espécies de nematóides, como Heterodera
glycines, mas é complicada para outros, como Meloidogyne spp., que possuem ampla gama de
hospedeiros. O controle químico de nematóides geralmente não é recomendado por não ser muito
efetivo, por ser caro, pelos resíduos que deixa nos alimentos e pela contaminação do ambiente.
Devido a estas desvantagens, existem pressões por parte da sociedade para que seu uso seja
cada vez mais restrito e uma demanda, por parte dos agricultores, por produtos que sejam ao
mesmo tempo atóxicos ao homem e animais, baratos e bastante efetivos no controle de
nematóides fitoparasitas.
Neste contexto insere-se o controle biológico como opção ecológica aos métodos
tradicionais de controle. Exemplos de controle biológico de fitonematóides em campo são
escassos, apesar dos estudos com vários microrganismos durante anos. Um novo campo de
pesquisa em controle biológico está emergindo no Brasil. Trata-se do uso de bactérias
colonizadoras de raízes de plantas, denominadas rizobactérias (KLOEPPER et al., 1990). Nos
Estados Unidos esse método já vem apresentando bons resultados há 20 anos e na China desde
os anos 60 (CHEN et al., 1996).
As rizobactérias benéficas às plantas por promoverem seu crescimento e/ou atuarem no
controle biológico de fitopatógenos são chamadas de bactérias promotoras de crescimento de
plantas ou PGPR, abreviatura de seu nome em inglês (KLOEPPER & SCHROTH, 1981). As PGPR
aumentam a disponibilidade de nutrientes para a planta e podem produzir combinações e
concentrações de substâncias promotoras de crescimento. Entretanto, o maior efeito destas
rizobactérias é o de suprimir patógenos de plantas e rizobactérias deletérias ao crescimento de
plantas. A inibição destas bactérias deletérias se dá através da produção de sideróforos,
substâncias que agem sob condições de pouca disponibilidade de fósforo por reduzir ainda mais o
fósforo disponível para outros microrganismos da rizosfera ou pela produção de antibióticos
(LEONG, 1986; SCHIPPERS et al., 1987).

O AMBIENTE RIZOSFÉRICO

As bactérias não estão distribuídas aleatoriamente na rizosfera, mas sim agregadas,


principalmente nas regiões intercelulares da epiderme por serem áreas de ativa exsudação
(BOWEN & ROVIRA, 1976; BOWEN & FOSTER, 1978). A colonização de raízes recém formadas é
mínima, mas após alguns dias, microcolônias aparecem em associação com a matéria orgânica
que as pontas das raízes encontram à medida que crescem (STIRLING, 1991). Outro grupo de
bactérias que causam benefícios às plantas são as endofíticas (ou endófitas), isto é, as que se
encontram no interior das raízes sem causar danos às plantas (KLOEPPER et al., 1999). Um
grande número de espécies de bactérias podem viver no interior das plantas. McINROY &
KLOEPPER (1995) isolaram 47 espécies diferentes de bactérias do interior de plantas de algodão.
HALLMANN et al . (1995) conseguiram, com sete espécies de bactérias endofíticas, a redução de
até 50% da infecção de M. incognita em pepino.
Um dos métodos mais convenientes de introduzir uma rizobactéria no ambiente da raiz é
através da aplicação desta nas sementes antes do semeio. O processo de germinação de
sementes libera carboidratos e aminoácidos em abundância na forma de exsudatos de sementes
(LYNCH, 1978; SUBRAHMANYAM et al., 1983). Desta forma, estes organismos introduzidos com
as sementes no solo utilizam os exsudatos como fonte nutricional e colonizam as raízes assim que
elas emergem. De acordo com KLOEPPER et al. (1985), os isolados de rizobactérias que
possuem maior habilidade de utilizar exsudatos de sementes possuem vantagem seletiva na
colonização de raízes.
Estudos mostram que a densidade de bactérias que colonizam a rizosfera é independente
da densidade do inóculo inicial aplicado à semente, mas depende da fonte de substrato
proveniente das raízes (BENNETT & LYNCH, 1981; SCHER et al., 1984; KLOEPPER et al., 1985;
JUHNKE et al., 1989). A capacidade da bactéria de crescer e se multiplicar na rizosfera tem sido
chamada de “competência de rizosfera” e este atributo é influenciado por uma série de fatores, tais
como a textura do solo, a percolação de células bacterianas com água de chuva ou irrigação, e a
influência de fungos ou bactérias que venham a apresentar antibiose. Alguns gêneros de
microrganismos que conhecidamente produzem antibióticos são Streptomyces, Bacillus,
Pseudomonas, Penicillium, Trichoderma e Aspergillus. Estes organismos são abundantes na
rizosfera da maioria das plantas cultivadas, o que indica que antibiose é um pré-requisito
importante para a “competência de rizosfera”.
As rizobactérias são altamente influenciadas pelas condições do solo. GAMLIEL & KATAN
(1991) observaram que o crescimento de plantas de tomate tinha uma relação direta com a
população de Pseudomonas fluorescens e uma relação inversa com o pH do solo, entre 6,5 e 8,5.

O CONTROLE DE FITONEMATÓIDES POR RIZOBACTÉRIAS

As bactérias são os organismos mais abundantes na rizosfera das plantas e podem


apresentar efeito antagônico a vários patógenos, inclusive aos nematóides (ZAVALETA-MEJIA &
VAN GUNDY, 1982; BECKER et al., 1988). Dentre as rizobactérias, o grupo das Pseudomonas
fluorescentes é o mais consistentemente isolado, principalmente durante períodos de grande
produção de exsudatos radiculares (STIRLING, 1991), talvez porque seja melhor colonizadora de
raízes do que as rizobactérias de outros gêneros. OOSTENDORP & SIKORA (1989) isolaram 290
culturas de bactérias da rizosfera de beterraba açucareira e trataram sementes com os isolados
bacterianos para conferir proteção às plantas contra o ataque de Heterodera schachtii, o
nematóide do cisto da beterraba açucareira. Oito dos isolados testados mostraram-se ativos
contra o nematóide, destes, três eram Pseudomonas fluorescens. As Pseudomonas não
fluorescentes e Bacillus spp. também são frequentemente associadas ao controle de nematóides.
Uma rizobactéria do grupo das Pseudomonas fluorescentes, três Pseudomonas não fluorescentes
e uma Bacillus spp. reduziram em até 53% o número de galhas de M. incognita em tomateiros,
sendo as mais eficientes entre as 156 testadas por HABE (1997). Rizobactérias do gênero Bacillus
também estão frequentemente associadas ao controle de nematóides, mas outros gêneros
também mostram-se promissores. SIKORA (1988) observou reduções de infecção de Meloidogyne
arenaria, M. incognita e Rotylenchulus reniformis em torno de 60 a 65% com o tratamento de
sementes de várias culturas com um isodado de Bacillus subtilis. RACKE & SIKORA (1992a)
observaram que 16 das 179 rizobactérias testadas reduziram a penetração de Globodera pallida
em batata, sendo que A. radiobacter e Bacillus sphaericus resultaram em 24 a 41% de redução na
infecção de raízes. Em outro estudo, RACKE & SIKORA (1992b) comprovaram a eficiência destas
rizobactérias em condições de campo, quando inoculadas juntas ou isoladamente.
Os nematóides Rotylenchulus reniformis e Tylenchorhynchus latus tiveram suas
populações reduzidas no campo pela adição de Bacillus sp. na cultura do algodoeiro ao nível
alcançado pelo uso do nematicida fenamifós. Já canteiros tratados com o actinomicete
Streptomyces sp. apresentaram produção e controle dos nematóides maiores do que o controle
não tratado, porém menores do que o tratamento com Bacillus sp. (ANTER et al., 1995).
O tratamento de tubérculos de batata com a PGPR Agrobacterium radiobacter resultou em
significante redução (25%) na penetração de juvenis de Globodera pallida em estudos de casa de
vegetação, conduzido com solo não esterilizado. Além da penetração, A. radiobacter também
reduziu a eclosão de juvenis in vitro em até 70% (HACKENBERG & SIKORA, 1994).
McINNIS et al. (1990) isolaram Pseudomonas aureofasciens da rizosfera de árvores de
pêssego em solo supressivo à Criconemella xenoplax e quando as raízes das mudas de
pessegueiro foram imersas em suspensão desta bactéria antes do plantio, muito menos C.
xenoplax se desenvolveram nas raízes das plantas tratadas do que das plantas não tratadas.
KLUEPFEL e colaboradores (1993) também isolaram bactérias da rizosfera de pessegueiro em
solo supressivo ao declínio precoce do pessegueiro e a C. xenoplax. Dos 290 isolados de
Pseudomonas fluorescentes deste solo, 2,4% suprimiram o nematóide em mudas de pessegueiro
tratadas. Segundo os autores, as rizobactérias provavelmente contribuiram para o antagonismo de
C. xenoplax no solo supressivo.
Em outro estudo com C. xenoplax, WESTCOTT & KLUEPFEL (1993) testaram nove
isolados de Pseudomonas sp., um isolado de Escherichia coli e um isolado de Rhizobium fredi
quanto à capacidade de inibir a eclosão de juvenis do nematóide. Um isolado de P. aeurofaciens
inibiu a eclosão em 95% quando presente na concentração de 2,4 x 108 unidades formadoras de
colônias/mL. Os autores atribuiram o efeito sobre a eclosão como o responsável pelo declínio da
população do nematóide em experimento de casa-de-vegetação.
Rizobactérias podem controlar mais de um grupo de patógenos. Dez isolados com
constatado efeito de indução de resistência à Pseudomonas syringae pv. tomato foram testados
contra M. javanica e M. incognita em tomate. Observou-se reduções de até 77,4 % no número de
ovos e 66,4% no número de galhas em relação ao controle não tratado, mas isolados que
apresentaram maior controle de M. javanica não foram os mais eficientes para M. incognita e vice-
versa, indicando especificidade para as espécies do nematóide (NEVES et al., 2000).

MODO DE AÇÃO DAS RIZOBACTÉRIAS CONTRA OS NEMATÓIDES

O controle biológico de nematóides não é restrito apenas às interações entre estes


fitopatógenos e seus antagonistas, mas ambos são influenciados pela planta, pelo ambiente físico
e pelas microflora e microfauna do solo (STIRLING, 1991). Algumas rizobactérias produzem
metabólitos tóxicos que afetam o movimento de nematóides in vitro, enquanto outras inibem a
eclosão de juvenis e o processo pelo qual eles penetram as raízes (STIRLING, 1991).
As avermectinas (AVM), um grupo de lactonas macrocíclicas com potente atividade
nematicida, são produzidas por um actinomycete (BURG et al., 1979; STRETTON et al., 1987).
CAYROL e colaboradores (1993) estudaram os efeitos da abamectina B1, um tipo de avermectina
comercializada com o nome de Vertimec, sobre o nematóide Meloidogyne arenaria em tomate.
Estudos preliminares mostraram que 1mg/L de AVM B1 inibiu a eclosão de juvenis mesmo depois
de 12 dias de incubação. Juvenis expostos à baixas concentrações de AVM B1 (0,3 mg/L) ficaram
paralizados depois de 24 h. A aplicação de AVM B1 no solo induziu significante redução da
penetração de juvenis nas raízes (CAYROL et al., 1993).
Apesar de muito poucos estudos específicos terem sido feitos para comprovar o(s) modo(s)
de ação de rizobactérias sobre os nematóides, alguns mecanismos, atuando sobre determinadas
etapas da vida do nematóide, podem ser sugeridos:
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1. Ovo: Antibióticos e toxinas produzidos pelas bactérias da rizosfera difundem-se pelo solo e
podem ser absorvidos pelos ovos dos nematóides, matar suas células e impedir o
desenvolvimento embrionário e formação do juvenil.

2. Eclosão: A hipótese para explicar a inibição da eclosão é a de que rizobactérias degradam


os exsudatos radiculares que funcionam como fator de eclosão para muitas espécies de
nematóides. OOSTENDORP & SIKORA (1990) observaram efeitos de redução de eclosão de
juvenis de Heterodera schachtii tanto ao tratar as plantas de beterraba açucareira antes de
coletar os exsudatos como ao tratar soluções de exsudatos radiculares contendo fatores de
eclosão com rizobactérias. Ainda existe a possibilidade de que compostos absorvidos pelo
ovo inativem o nematóide ou causem deformações durante seu desenvolvimento que o
impeçam de sair do ovo.

3. Direcionamento e mobilidade: O nematóide apresenta movimento aleatório no solo até


detectar, por meio de seus órgãos sensoriais, baixas concentrações de exsudatos radiculares
de seu hospedeiro. Isto o direciona e estimula sua locomoção em direção à maior
concentração destes exsudatos até que ele encontre a raiz. A transformação do exsudato
radicular em subprodutos pelo metabolismo de rizobactérias pode fazer com que o nematóide
simplesmente não reconheça o estímulo quimiotrópico, assim ele continuaria a se movimentar
aleatoriamente até esgotar suas reservas de energia e morrer sem penetrar a raiz. Caso o
nematóide reconheça os exsudatos radiculares e se direcione para as raízes, alguns produtos
bacterianos podem apresentar características nematostáticas e reduzir a mobilidade do
nematóide a ponto de impedir que ele atinja a raíz. BECKER et al. (1988) encontraram cerca
de 50 rizobactérias que causaram inibição parcial ou total do movimento de M. incognita em
testes in vitro. Destas bactérias, 20% reduziram significantemente o número de galhas em
plantas de pepino, demonstrando a importância deste modo de ação.

4. Reconhecimento do hospedeiro: Alguns gêneros de fitonematóides possuem gama de


hospedeiros restrita, portanto o reconhecimento do hospedeiro correto é fator primordial para
sua sobrevivência. Ao encontrar a raiz, o nematóide punciona a epiderme radicular com seu
estilete e prova o conteúdo das células das raízes. Substâncias produzidas pelas rizobactérias
são absorvidas pelas raízes e podem alterar sua composição química, fazendo com que os
nematóides não reconheçam seu hospedeiro. Acredita-se também que as rizobactérias se
ligam à lectinas na superfície das raízes e, segundo ZUCKERMAN (1983), o processo de
reconhecimento é controlado por interações entre lectinas na superfície da raiz e os
carboidratos na cutícula do nematóide. Desta forma, a rizobactérias interferem no processo de
reconhecimento da planta hospedeira pelo nematóide fitoparasita (STIRLING, 1991).

5. Penetração na raiz: substâncias tóxicas ou repelentes, em alta concentração na região do


rizoplano ou no conteúdo celular da epiderme das raízes, podem desestimular a penetração
de nematóides endoparasitas na planta hospedeira, ou mesmo a alimentação de nematóides
ectoparasitas.

6. Alimentação: nematóides endoparasitas como os dos gêneros Meloidogyne, Heterodera e


Globodera, se alimentam em células especiais conhecidas como células gigantes e síncitos.
Sem estas células o nematóide não atinge a fase adulta. As rizobactérias, ou seus produtos
metabólicos, podem ser absorvidos pela planta e desencadear reação de hipersensibilidade
nas células gigantes, que é o principal mecanismo de resistência varietal a nematóides do
gênero Meloidogyne. A resistência sistêmica induzida por rizobactérias é um fenômeno
comprovado para vários microrganismos patogênicos, tais como fungos, bactérias e
nematóides, onde ocorre a síntese pela planta de algum metabólito deletério ao patógeno e
não a ação direta de toxinas PGPR sobre este (VAN PEER et al., 1991; WEI et al., 1991;
GLICK, 1995). Alguns exemplos de patógenos controlados pela indução de resistência
sistêmica são Fusarium oxysporum f. sp. cucumeris e Pseudomonas syringae pv. lachrymans
em pepino (LIU et al., 1995a, 1995b). A resistência sistêmica em batata induzida pelo
nematóide do cisto da batata, Globodera pallida, foi comprovada por HALLMANN et al. (1998).
Os autores acreditam que a morte do juvenil devido à não formação do síncito é possível, mas
também conjecturam que a resistência sistêmica pode atuar na alteração dos exsudatos
radiculares, impedindo a eclosão, atração ou penetração do nematóide.

7. Reprodução: Quando células gigantes e síncitos são anormais em forma, tamanho e


conteúdo, o que ocorre em plantas más hospedeiras, as fêmeas do nematóide não
conseguem obter reservas suficientes para produzir ovos. Como algumas rizobactérias têm
maior efeito na redução de ovos do que na redução do número de galhas, este pode ser um
dos mecanismos atuantes. Apesar de não ser um mecanismo ideal de resistência pois permite
danos na cultura parasitada, a interrupção da reprodução do nematóide implica em menores
danos durante a vida da planta hospedeira, pois mesmo nas culturas anuais o nematóide das
galhas ou dos cistos apresentam mais de um ciclo de vida.

SELEÇÃO DE ISOLADOS EFICIENTES

Quando os mecanismos de ação das rizobactérias contra os nematóides forem


devidamente identificados, métodos in vitro para o isolamento e seleção de agentes eficientes
poderão ser desenvolvidos. Alguns dos parâmetros de seleção podem ser bem específicos, como
a produção de substâncias repelentes de nematóides ou a inativação de ovos. Entretanto, parece
difícil que determinada rizobactéria exiba apenas um modo de ação sobre o nematóide, mas sim
um conjunto de eventos que resulta na efetividade de um isolado. Portanto, o método mais
indicado de seleção ainda é o trabalhoso e lento método massal em casa de vegetação e posterior
confirmação da eficiência das bactérias mais promissoras em maior volume de solo e com maior
número de repetições. Também ocorre de isolados selecionados em casa de vegetação não serem
eficientes no campo, quando solo esterilizado é utilizado nas seleções massais. Para que uma
rizobactéria seja eficiente em condições reais de cultivo, ela tem que ter competência rizosférica,
isto é, deve colonizar o sistema radicular da planta hospedeira e ser capaz de competir com
bactérias nativas dos mais diversos solos. Como fatores de solo alteram o antagonismo de
bactérias aos nematóides, o ideal é que rizobactérias selecionadas em casa de vegetação fossem
testadas no campo e em várias localidades antes de se desenvolver um produto comercial.
Algumas rizobactérias podem ter um comportamento consistente em vários tipos de solo, como o
observado por HACKENBERG et al. (2000) no controle de Pratylenchus penetrans por
Pseudomonas chlororaphis.
Algo que pode aumentar as chances de obtenção de rizobactérias eficientes é buscá-las em
plantas reconhecidamente antagonistas aos nematóides parasitas de culturas comerciais, pois,
segundo KLOEPPER et al. (1991;1992) isolamentos de raízes destas plantas podem aumentar em
até seis vezes as chances de se encontrar bons candidatos em testes in vivo. Dados preliminares
de seleção massal, com oito repetições em casa de vegetação, de bactérias associadas a raízes
das plantas antagonistas mucuna preta (Mucuna aterrima), crotalária (Crotalaria juncea), tagetes
ou cravo-de-defunto (Tagetes erecta) e de tomate (Lycopersicon esculentum) indicaram que
tagetes tem grande potencial como fonte de rizobactérias para o controle do nematóide M.
javanica, pois alguns de seus isolados chegaram a reduzir galhas em 80% e ovos em 83%, em
raízes de tomateiro, quando comparados com o controle não microbiolizado (FABRY & FREITAS,
2001.não publicado). Bactérias endofíticas de mucuna preta foram testadas para controle biológico
de M. incognita e plantas tratadas com essas bactérias apresentaram um aumento de até 79% na
altura e 43% no peso total em relação ao tratamento controle (sem bactérias). O número de ovos
do nematóide foi de 69 a 92% menor do que no controle e a redução de galhas atingiu 52%
(TOMÉ, et al., 2000).
O aquecimento do solo também pode ser útil em aumentar as chances de isolamento de
rizobactérias eficientes no controle de nematóides. A solarização do solo em campo reduziu
significantemente populações de Pseudomonas fluorescens, entretanto, após o semeio de
tomateiros em solos solarizados a bactéria rapidamente colonizou a rizosfera e as raízes das
plantas. Populações de P. fluorescens aumentaram até 130 vezes mais do que em solo não
solarizado (GAMLIEL & KATAN, 1991). Em outro estudo, GAMLIEL & STAPLETON (1993)
observaram que a população de Bacillus spp. não foi reduzida pela solarização do solo e foi
semelhante nas raízes de alface em solo previamente solarizado e não solarizado. Já o número de
Pseudomonas fluorescentes era de 6 a 10 vezes maior nas raízes de alface em solos solarizados
do que em não solarizado. FREITAS et al. (2001) efetuaram o aquecimento do solo para a
obtenção de bactérias para o controle do nematóide das galhas. Através de uma mistura de solo
de rizosfera com folhas de repolho, secas e picadas, aquecida em microondas por 4 minutos e
incubada por 24 hs a 26°C os autores obtiveram um isolado bacteriano que aplicado em sementes
de tomate reduziram galhas de M. javanica em 58,9%, e a partir da mesma mistura, porém
autoclavada por 60 min a 120°C, e incubada por 24 h a 26°C, obtiveram um isolado que reduziu
galhas deste nematóide em 55%, ambos em comparação com sementes não microbiolizadas.
O meio de cultura utilizado no isolamento de rizobactérias também é um fator importante a
ser considerado. Segundo KLOEPPER et al. (1991), muitas rizobactérias não crescem em meio de
cultura padrão para bactérias, parcialmente porque eles são muito mais ricos em nutrientes do que
o ambiente rizosférico. Estes autores testaram três meios para estimar o número total de bactérias
e o meio trypic soy agar (TSA) a 5%, considerado pobre, possibilitou o isolamento de mais
populações bacterianas.
VANTAGENS DAS RIZOBACTÉRIAS PARA APLICAÇÃO COMERCIAL

As rizobactérias têm uma série de vantagens sobre os nematicidas ou mesmo sobre outros
agentes de controle biológico, a ver: 1) são fáceis de serem produzidas em massa, 2) são de fácil
armazenamento, 3) são adaptáveis à tecnologia de formulação e 4) não requerem manipulação
genética (SIKORA & HOFFMANN-HERGATEN, 1992).
As rizobactérias podem ser aplicadas via tratamento de substrato, imersão de sistemas
radiculares de mudas em suspensões bacterianas, rega da planta com suspensão bacteriana, por
imersão das sementes em suspensão de rizobactérias ou peletizando as rizobactérias com as
sementes em alginato. As vantagens do tratamento de sementes com rizobactérias para o controle
biológico são: 1) sua característica saprofítica faz a produção massal possível, 2) apenas
pequenas quantidades de inóculo são necessárias, 3) a aplicação é simples, 4) elas não
dependem de fontes de energia para sobrevivência, 5) se espalham sistemicamente na superfície
do sistema radicular à medida que ele cresce, 6) apresentam atividade antagônica aos nematóides
durante a fase mais crítica do desenvolvimento da cultura, e 7) é economicamente e
ecologicamente aceitável (OOSTENDORP & SIKORA, 1989).

CONCLUSÕES E PERSPECTIVAS FUTURAS

Muito pouco se sabe a respeito das rizobactérias, sua variedade de espécies e diferenças
entre isolados de uma mesma espécie, assim como a gama de fatores que afetam sua eficiência
no controle de nematóides, como tipo de solo, espécie de planta hospedeira e de nematóide a ser
controlado, apenas para citar alguns. Isto nos indica que ainda temos um longo caminho a
percorrer, mas em contrapartida, este campo se mostra bem promissor aos pesquisadores
persistentes e criativos. Seria extremamente precipitado tentar alterar geneticamente rizobactérias
para o controle de nematóides para aumentar sua eficiência, ignorando os riscos desconhecidos,
sem antes explorar a vasta gama de opções naturais que se apresentam. PERLAK et al. (1988) e
GRAHAM, (1988) inseriram o gene da endotoxina delta de Bacillus thuringiensis em Pseudomonas
fluorescens, que passou a produzir altos níveis de proteínas tóxicas. Muitos cientistas podem
sentir-se compelidos à realizarem tais estudos, pois há uma tendência atual dos órgãos
fomentadores considerarem mais importantes as pesquisas que envolvem biologia molecular,
levando-os a financiar com certa facilidade este tipo de projetos, e não os que se propõe aumentar
o conhecimento de nosso ecossitema e seu potencial para minimizar os danos dos desequilíbrios
já causados pela humanidade.
Pesquisas recentes com PGPR têm demonstrado a possibilidade de se manipular a
microbiota radicular para se estimular o crescimento das plantas e o controle biológico de
fitopatógenos. Mais estudos são necessários sobre os fatores químicos e físicos que influenciam a
colonização das raízes e a expressão de características fundamentais ao controle dos nematóides.
Ao conhecer tais fatores, estes poderão ser manipulados no campo para permitir maior eficiência
das rizobactérias.
Uma das linhas de pesquisa que deverá ser mais trabalhada é a busca de métodos de
seleção mais eficientes, mas muitos estudos ainda deverão ser realizados até que se entenda
como realmente as rizobactérias atuam no controle de nematóides. Outro grande desafio na
viabilização deste novo método de controle de nematóides é produzir inoculantes de rizobactérias
que não requeiram condições especiais de armazenamento, que sejam de fácil aplicação, baratas
e permaneçam viáveis por longos períodos.
Em uma década, o desenvolvimento de PGPR na China passou de testes preliminares em
campo para o uso comercial difundido em várias culturas por todo o país, com um elaborado
sistema de produção e distribuição de PGPR para os agricultores (CHEN et al., 1996). No ocidente
é comum ouvir pesquisadores dizendo que ainda não se compreende a fundo o modo de ação das
PGPR, daí é prematuro o lançamento de um produto a base destes organismos no mercado. Os
chineses simplesmente os lançaram no mercado quando a sua eficácia foi bem estabelecida em
experimentos regionais e quando a ecologia microbiana foi caracterizada. O modo de ação e a
variabilidade em diferentes estações do ano poderão ser estudados após a sua distribuição para
os agricultores. O Brasil precisa de uma história de sucesso no controle biológico de nematóides,
portanto, por que não seguirmos o exemplo da China?

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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