COMPADECIDA
RESUMO
O presente trabalho tem como finalidade fazer uma comparação entre a peça
teatral Auto da compadecida, produzida por Ariano Suassuna, e o filme baseado
nesta obra, dirigido por Guel Arraes. Assim, o foco de análise foi o das
personagens, levando em consideração a representação social dos mesmos,
como a questão da mulher, do negro e da igreja, sendo estes abordados com
uma verossimilhança incrível. Por fim, foi percebido que embora as obras tenham
o mesmo título, pode-se perceber uma diferença entre as mesmas por meio da
adição ou subtração de personagens.
1. INTRODUÇÃO
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com o que foi visto até aqui, acredita-se ter sido possível compreender
com mais profundidade as personagens retratadas tanto na peça quanto no
filme: a mulher do Padeiro (Dora) Manuel, os avarentos representantes da igreja
(sacristão, padre e bispo) e também, Nossa Senhora, mãe de Manuel. Cada uma
dessas personagens analisadas mostra uma representação social especifica e
que está presente no dia a dia de grande parte dos indivíduos.
Possibilitou-se observar através dessas análises, assuntos que mesmo
com o passar do tempo ainda estão presentes na sociedade, como a antiga, e
infelizmente atual, diabolização e desvalorização da mulher e o racismo, até
mesmo aquele que é acobertado pelo silêncio, mas desvelado pelo olhar, por
haver medo das leis que o pune.
Também neste trabalho foi abordado a Igreja, representada pelo
sacristão, padre, bispo e frei, mostrando que Suassuna não a descreveu como
pura ou cheia de moral e ética, mas sim, colocando seus representantes sujeitos
aos desejos e tentações humanas.
E finalmente observou-se as diferenças dos personagens e suas
representações entre a obra literária e o filme, mostrando os personagens que
existem somente na obra original, como o Frei, aqueles que estão presentes
tanto na peça quanto no filme ou aqueles personagens que só se encontram na
produção de Arraes, como Rosinha. Sendo dessa forma possível notar que as
adaptações feitas para o cinema não desmereceram a obra literária, deixando
ainda em evidência as críticas de Ariano Suassuna à sociedade.
5 . BIBLIOGRAFIA
COTRIM, Gilberto. História Global: Brasil e Geral. 6 ed. São Paulo: Saraiva,
2002.