Heloisa Buarque de Hollanda em seu
livro-ocupação, "Explosão Feminista - 10 problemas de um escritor
05h00
Arte, Cultura, Política e Universidade", o
primeiro sobre o novo feminismo, uma
herança dos protestos de 2013 que
O crime organizado e as ciladas da transição
05h00
explodiram nas ruas em 2015. Ela, Heloisa Buarque de Hollanda, professora
especialista em detectar tendências, a emérita da Escola de Comunicação da Ver todas as notícias
primeira a perceber lá atrás o poder da UFRJ: "As meninas não discutem nada, elas
poesia marginal subvertendo o cala-boca são a política e todos os seus gestos são
imposto pelo AI-5, reconheceu
Videos
políticos"
rapidamente que a força da rua havia migrado para as mulheres e tinha saído
chacoalhando tudo: a política, as artes, a universidade e o próprio feminismo.
Foi uma surpresa. "Até há pouquíssimo tempo, achava que a luta das
mulheres ia morrer com a minha geração. Até que um vozerio, marchas,
protestos, campanhas na rede e meninas na rua se aglomeraram gritando
diante da ameaça de retrocesso representada por uma lei que dificultaria o
acesso de vítimas de estupro ao aborto legal", diz Heloisa.
Era a quarta onda feminista chegando e invadindo tudo. Heloisa Buarque,
típica representante da terceira vaga, foi vendo, ouvindo e se encantando com
a nova geração e suas estratégias políticas. Constatou que ninguém com
CARREIRA EM DESTAQUE: O que significa ter
menos de 18 anos disfarçava o seu feminismo, como era a tônica das uma empresa ágil?
simpatizantes do movimento antes dessa explosão. Reconheceu, nas ruas e 05/11/2018
nas redes, uma cena nova e radical. Se nos já longínquos anos 70 e 80, as
mulheres diziam que o pessoal é político, no pós-2015 a política torna-se
pessoal, baseada em narrativas de si, expostas nas redes e na vida cotidiana.
Experiências pessoais ecoam coletivas, o assédio é denunciado no Facebook,
os direitos estão incorporados e são exigidos aqui e agora. "As meninas não
discutem nada, elas são a política e todos os seus gestos são políticos", diz À mesa com o Valor
Heloisa. Entrevistas
https://www.valor.com.br/cultura/5985219/agora-e-com-elas 1/3
16/11/2018 Agora é com elas | Valor Econômico
SOROCABA
Tubarão
sertanejo
01/11/2018 às 06h00
GUILHERME
BENCHIMO
Foco, o melhor
investimento
26/10/2018 às 06h00
BRUNO SOARES
Jogada decisiva
11/10/2018 às 05h00
Foi inspirada na sua trajetória, que Eliana deu o tom brasileiro ao festival
internacional. Trazida pelos pais pernambucanos para morar na Maré aos 7
anos, ela ainda era a "Eliana do armarinho" quando criou uma chapa rosa, só
de mulheres, para disputar a associação dos moradores de sua comunidade.
https://www.valor.com.br/cultura/5985219/agora-e-com-elas
Ao perceber que só 0,5% dos habitantes da Maré tinham ido à universidade, 2/3
p q 5
16/11/2018 Agora é com elas | Valor Econômico
criou, em 1996, o pré-vestibular comunitário, o mesmo frequentado pela
vereadora Marielle Franco (1978-2018), a recém-eleita deputada estadual
Renata Souza (PSol-RJ) e alguns milhares de outros jovens. Foi impossível
escapar da questão da segurança pública - fez dela tema de seu doutorado -, e
agora, com a sua equipe, denuncia em vídeos a violência contínua contra os
moradores. "Na minha vida, é primeiro a Maré e depois, o mundo", diz.
Globo Notícias
https://www.valor.com.br/cultura/5985219/agora-e-com-elas 3/3