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DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DA LEUCEMIA LINFÓIDE

AGUDA EM PACIENTES INFANTO-JUVENIS

Giselly Karitta Santana DANTAS1

Lailanne Toledo Alves SILVA1

Xisto Sena PASSOS2

Cristiene Costa CARNEIRO3

1
Alunas do curso de Graduação em Biomedicina da Universidade Paulista, Campus Flamboyant,
2
Professor Doutor em Medicina Tropical pela Universidade Federal de Goiás. Professor Titular do Curso
de graduação em Biomedicina da Universidade Paulista – UNIP, Campus Goiânia Flamboyant,
3
Professora Mestre em Biologia pela Universidade Federal de Goiás.

Endereço para correspondência do autor: Rua Borba Gato, quadra 32 lote 17, casa 02, Jardim Buriti
Sereno III, Aparecida de Goiânia - GO, CEP. 74944-240. Cel. (62) 9289-2475. Email:
profacristiene@gmail.com

Recebido em: 221/2014 - Aprovado em: 03/05/2015 - Disponibilizado em: 30/10/2015

Resumo
A leucemia linfóide aguda (LLA) é uma neoplasia hematológica heterogênea,
caracterizada por uma disfunção das células tronco da medula óssea, que leva a uma
proliferação clonal desordenada das células precursoras de origem linfóide. Ocorre
principalmente na infância em crianças entre 2 e 5 anos de idade. Embora a causa da
LLA seja desconhecida, é improvável que a transformação leucêmica seja resultante de
um fato isolado, mas sim do acúmulo de múltiplos processos envolvendo interações
complexas quanto à susceptibilidade do hospedeiro. Apesar de apresentar um alto
percentual de cura, trata-se de uma doença rapidamente progressiva, que carece de
urgência no tratamento para um melhor prognóstico e sobrevida dos pacientes, deve-se
sempre obter um diagnostico precoce e diferencial, que deve conter características
específicas da LLA, podendo assim, distingui-la das demais patologias que contém os
sinais e sintomas compatíveis com os da LLA, como a mononucleose infecciosa e
anemia aplásica. Isso só é possível com uma investigação clínica e laboratorial
adequada, e com exames específicos, tais como, mielograma, imunofenotipagem,
exames citoquímicos e citogenéticos. Estes exames permitem a classificação
morfológica da LLA, além de diferenciar os diversos estágios de maturação das células
e as anormalidades cromossômicas, possibilitando assim a qualificação dos pacientes
em diferentes grupos de risco, sendo fundamental para determinar o tratamento
adequado para cada caso. A demora do diagnóstico acarreta atraso no tratamento, o que
diminui significantemente a sobrevida e/ou cura dos pacientes infanto-juvenis. Por este
e outros pontos, o diagnostico diferencial tem seu lugar de destaque no prognostico da
LLA.
Descritores: Diagnóstico, leucemia linfocítica aguda, câncer infantil, mielograma.

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Revista da Universidade Vale do Rio Verde, Três Corações, v. 13, n. 2, p. 3-18, 2015
DIFFERENTIAL DIAGNOSIS OF ACUTE LYMPHOID
LEUKEMIA IN CHILDREN JUVENILE PATIENTS

Abstract
Acute lymphoid leukemia (ALL) is a heterogeneous hematological neoplasia,
characterized by dysfunction of stem cells from the red bone marrow, leading to an
uncontrolled clonal proliferation of the lymphoid precursor cells. Mainly occurs during
childhood, between the ages of 2 thru 5 years old. Although the cause of ALL is
unknown, it is unlikely that the leukemic transformation arises from an unusual fact, but
rather the accumulation of multiple processes involving complex interactions between
host susceptibility. Although presenting a high percentage of cure, it is a rapidly
progressive disease that requires urgent treatment. For better prognosis and survival of
patients, it should always be obtained an early and differential diagnosis, which must
contain specific features of ALL and can thus distinguish it from other diseases that
presents signs and symptoms compatible to ALL. This is only possible with an adequate
clinical and laboratory research and specific tests such as complete, myelogram,
immunophenotyping, cytochemical and cytogenetic tests. This tests allows the
morphological classification of ALL, in addition to differentiate the various stages of
cell maturation and chromosome abnormalities, thus enabling the qualification of
patients in different risk groups which is fundamental to determine the appropriate
treatment for each case. The delay in diagnosis leads to delayed treatment, which
significantly decreases the survival and/or cure of children and young patients. For this
and other points, the differential diagnosis has its place in the prognosis of ALL.
Descriptors: Diagnosis, acute lymphocytic leukemia, childhood cancer, myelogram.

Introdução plaquetas, levando a substituição dos


elementos da medula óssea vermelha
A leucemia linfóide aguda (LLA) pelas células leucêmicas (3).
é uma neoplasia hematológica A LLA é uma doença de início
heterogênea, caracterizada por uma abrupto e evolução rápida, porém,
disfunção das células tronco da medula potencialmente curável, apresentando
óssea vermelha que leva a proliferação ampla diversidade de aspectos clínicos e
clonal desordenada de células biológicos (4). Existem subtipos
precursoras de origem linfóide que diferentes de linfócitos, e, portanto tipos
passam a circular no sangue na sua diferentes de leucemia, que são
forma imatura (1,2). Esse classificados de acordo com a célula
comprometimento dos linfoblastos na envolvida, a duração e o caráter da
medula óssea vermelha, também doença. Dentro dessa enfermidade, as
dificulta a produção normal de outros células de LLA pré-B são responsáveis
glóbulos brancos, vermelhos e por mais ou menos 85% dos casos,
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enquanto 15% são representados por na metade do século passado para uma
células pré-T (2). doença bem relatada na literatura e com
Na população infantil, estima-se resultados relevantes de cura no início
uma incidência anual de cerca de 200 deste século (7).
mil novos casos de câncer em todo o O diagnóstico feito por testes que
mundo, sendo a leucemia o tipo mais apresentam eficácia relevante, isto é,
comum. No Brasil, de 10 – 15 novos testes com especificidade e
casos de câncer abaixo de 15 anos, 4 sensibilidade de aproximadamente
são LLA (27% à 40%). Tal leucemia 100%, evitam resultados falso-negativos
pode atingir tanto adultos jovens como e garantem um bom prognóstico ao
crianças, sendo o câncer infantil mais paciente (8). Decorrente da preocupação
frequente, com pico de incidência entre em assegurar os resultados emitidos
os 2 e 5 anos de idade. A LLA é mais realiza-se uma série de exames
comum em pacientes do sexo masculino confirmatórios e comprobatórios dessa
e raça branca. O percentual de cura da patologia.
LLA é em torno de 80%, avanço esse Os sintomas observados quando
decorrente da melhora no diagnóstico, há acometimento por LLA, são pouco
identificação de fatores prognósticos e específicos e podem ser confundidos
utilização de tratamentos adaptados ao com várias patologias comuns da
grupo de risco de cada paciente (5). infância, como a mononucleose
Já nos adultos, a LLA representa infecciosa, coqueluche, doenças virais,
20% das leucemias agudas com processos inflamatórios, artrite
sobrevida global (tempo decorrido entre reumatóide juvenil, artralgia, fadiga e
o diagnóstico e o óbito), prolongada em fraqueza decorrentes de anemia, febre
torno de 30% à 40%. A incidência volta e/ou outros sintomas de infecção, perda
a aumentar após os 60 anos, com um de peso e/ou de apetite, sangramentos,
pior prognóstico clínico (6). dores nas articulações e ossos,
A etiologia da leucemia ainda é linfonodomegalia, esplenomegalia e
considerada incerta, mas muitos estudos hepatomegalia. O diagnóstico da LLA é
apontam para fatores causais como feito basicamente por exame físico e
infecção viral, exposição à radiação e exames laboratoriais. Os principais
exposição química. A LLA evoluiu de exames utilizados para diagnosticar a
uma neoplasia mal definida e intratável LLA são, primeiramente o Hemograma

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e Mielograma, seguido de exames o maior número de dados, atualizados e
confirmatórios como fidedignos.
Imunofenotipagem, Cariótipo e Análise A revisão da literatura foi dividida
da presença de Translocações (3). nos seguintes subtítulos: Sinais e
O diagnóstico precoce e o pronto Sintomas Clínicos; Hemograma,
início do tratamento têm importante Mielograma e Morfologia Celular;
papel na redução da mortalidade e Citoquímica; Citogenética; e
morbidade em relação à doença. Imunofenotipagem.
Percebendo a importância desse
assunto, o presente trabalho foi Sinais e Sintomas Clínicos
desenvolvido tendo como objetivo
apontar os avanços e perspectivas no O diagnóstico da LLA é um
diagnóstico diferencial da LLA em processo complexo, e muitas são as
pacientes infanto-juvenis. variáveis que parecem influenciá-lo, por
possuir sinais e sintomas muito
inespecíficos semelhantes ao de outras
Revisão da Literatura
patologias benignas comuns da idade,
como mononucleose infecciosa,
Trata-se de estudo de revisão
coqueluche, determinadas doenças
narrativa de literatura. A busca
virais, processos inflamatórios, variados
bibliográfica foi realizada na base
graus de anemia, artrite reumatóide
eletrônica de dados disponível na
juvenil, artralgia, entre outras (5). Por
SciELO, LILACS, PubMed, Google
consequência desta vasta lista, é
acadêmico e NCBI, utilizando como
possível não se detectar precocemente a
descritores os termos, leucemia
LLA ao exame físico, portanto, são
linfocítica aguda, diagnóstico, câncer
necessários exames laboratoriais
infantil, mielograma e outros. Foram
confirmatórios (9).
utilizados artigos publicados no período
O diagnóstico da LLA é
de 2010 a 2014, nos idiomas português,
estabelecido pelos sinais e sintomas
inglês e espanhol. O presente estudo
apresentados pelo paciente em conjunto
implicou-se no levantamento de dados
com os achados laboratoriais (10). Os
de várias fontes de pesquisa, seguindo
sinais e sintomas apresentados em
métodos rigorosos, a partir da leitura
decorrência da baixa produção de
atenta e interpretativa, a fim de levantar

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células sanguíneas são: anemia, palidez Hemograma, Mielograma e Morfologia
progressiva, cansaço a mínimos Celular
esforços e sonolência ocorrem pela
diminuição de hemoglobina no sangue. O diagnóstico e a classificação
Hematomas, petéquias e sangramentos das leucemias agudas baseiam-se, em
prolongados das mucosas, ocorrem pela grande parte, na análise morfológica das
diminuição das plaquetas. Infecções e células neoplásicas. O diagnóstico é
hipertermia frequentes ocorrem pela feito primeiramente por hemograma
diminuição dos leucócitos funcionais (sangue periférico) e mielograma
(11). (medula óssea), além das técnicas de
Aumento dos gânglios linfáticos citomorfologia, imunofenotipagem e
pelo acúmulo de linfoblastos citogenética realizadas para
leucêmicos no sistema linfático. complementação (13).
Cefaléia e vômitos, causados pelo O hemograma é o exame inicial,
acúmulo de células leucêmicas no que avalia a quantidade a e qualidade
líquido céfalo raquidiano. Com a das células sanguíneas. Normalmente é
evolução da doença, podem ocorrer, requerido para diagnosticar ou controlar
ainda, acometimento ocular, testicular, a evolução de uma doença. O
nódulos subcutâneos, aumento das hemograma completo é constituído por
glândulas salivares, priapismo e contagem de plaquetas, leucograma e
síndromes compressivas medulares (6). eritrograma (5).
Pacientes com estas manifestações, O hemograma pode revelar
frequentemente têm hemogramas anemia normocítica e normocrômica e
iniciais normais, o que pode contribuir trombocitopenia. A contagem de
para o atraso do diagnóstico (9). leucócitos está ocasionalmente muito
A confirmação do diagnóstico é alta, mas frequentemente normal ou
feita pela realização do hemograma e diminuída. Os blastos são raros ou
mielograma, sendo complementados ausentes em pacientes leucopênicos,
pelos exames de imunofenotipagem, mas em casos de leucocitose podem ser
citogenética e biologia molecular, estes numerosos, chegando a constituir
últimos fundamentais para a escolha do maioria (8).
esquema terapêutico (12). O Mielograma é o exame que
analisa e quantifica os componentes da

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medula óssea. É realizado através de de tamanho e basofilia, podendo
uma punção feita no esterno, ossos do apresentar nucléolos e irregularidades
quadril e na tíbia (13). de contorno. Por último no subtipo L3,
O diagnóstico de LLA é os pacientes apresentam células grandes
estabelecido quando 25% ou mais das com nucléolos, basofilia citoplasmática
células nucleadas da medula óssea são e vacúolos, com o imunofenótipo B,
linfoblastos. Em quase todos os sendo considerada a forma leucêmica
pacientes com LLA, as descrições do do linfócito de Burkitt, com blastos
mielograma incluem medula óssea mais raros, compreendendo de 1 a 2%
hipercelular com intensa infiltração por das LLA (2,4).
linfoblastos com substituição dos
espaços adiposos e elementos medulares Citoquímica
normais por células leucêmicas, com
precursores mielóides e eritróides
As reações citoquímicas auxiliam
residuais de aspecto normal e
na diferenciação entre LLA e LMA. Os
megacariócitos diminuídos ou ausentes
linfoblastos revelam atividade nuclear
(14).
inespecífica, coloração alterada e forma
A classificação morfológica foi
de anéis concêntricos e vacúolos. Uma
desenvolvida nos anos 70, para as
reação negativa diante da aplicação
leucemias agudas pelo grupo Francês-
citoquímica é sugestiva de LLA,
Americano-Britânico (FAB), com base
enquanto a positiva caracteriza uma
no diâmetro das células, protuberância
LMA. As reações citoquímicas mais
dos nucléolos e quantidade de
utilizadas incluem Sudan-Black B
citoplasma. O grupo dividiu a LLA em
(SBB), mieloperoxidase (MPO), reação
três subtipos morfológicos (L1, L2 e
de Ácido Periódico de Schiff (PAS) e
L3), sendo o subtipo L1 o mais comum
esterases não-específicas (NSE) (11).
em crianças. Nesse subtipo, os
O SBB cora lipídios, gorduras
linfoblastos apresentam-se pequenos,
neutras, fosfolipídios e ésteres. É
com contorno nuclear regular, sem
específico para células mielóides,
nucléolos, com pouco citoplasma, sem
geralmente acompanha a MPO. A partir
basofilia. No subtipo L2 os blastos
dos promielócitos a coloração é
(10% dos casos), apresentam células de
fortemente positiva, aumentando com a
tamanhos diversos cujo citoplasma varia
maturação (2,7).

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A MPO é específica da linhagem unipolar ou blocos (13).
mielóide, localiza-se em grânulos As NSE são enzimas que
azurófilos primários de neutrófilos e hidrolisam ligações éster de alcoóis,
monócitos. As células granulocíticas fenóis e naftóis. As reações positivas
expressam positividade crescente podem ser encontradas na linhagem
conforme maturação, enquanto as granulocítica, nos promonócitos e nos
monocíticas expressam granulações monócitos maduros. As esterases não
menos intensas, apresentando grânulos específicas são usadas para identificar
finos, dispersos por toda célula. Pode células de origem monocítica, sendo
também ser positiva em grânulos inibida pelo fluoreto de sódio. A reação
específicos de eosinófilos e basófilos. é fortemente positiva nos monócitos,
Os blastos da linhagem mielóide negativa em monoblastos e fracamente
demonstram atividade em áreas como positiva ou negativa nos granulócitos
retículo endoplasmático e região de (15).
Golgi. A MPO promove então a
clivagem do peróxido de hidrogênio, Citogenética
liberando oxigênio, que reage com a
benzidina, formando um composto de
Dentre os casos de LLA, apenas
cor castanho esverdeado. Esta reação é
5% estão relacionados com
útil na diferenciação entre leucemias
predisposições genéticas, como
mielóide e linfóide aguda (4).
Síndrome de Down, Síndrome de
O PAS é importante na
Bloom, Ataxia-telangiectasia, Síndrome
citoquímica de carboidratos, pois oxida
de quebra de Nijmegen ou radiação
compostos com grupos hidroxilas livres,
ionizante (14).
que combinam com o reativo de Schiff
A análise cromossômica
obtendo a coloração rósea. Os
(cariótipo) das doenças hematológicas é
mieloblastos possuem pouco glicogênio,
de extrema relevância para que seja
aumentando seu teor a partir do
feito um diagnóstico mais refinado da
promielócito e consequentemente sua
malignidade das LLAs e do mecanismo
positividade, evidenciando um padrão
de ação da patologia assim como a
difuso em todo o citoplasma. Esta
importância biológica (16).
reação é intensamente positiva em 40 –
Um dos mecanismos envolvidos
70% das LLAs, com formação de anéis,
na leucemogênese consiste na alteração

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de genes envolvidos com o controle do bom prognóstico. Enquanto maus
ciclo celular. Dentre esses estão os prognósticos estão associados à
oncogênes, que codificam, em geral, presença da translocação t(9;22),
proteínas envolvidas com a reprodução conhecida como Cromossomo Filadélfia
desordenada de células e com a (Ph), com fusão gênica BCR-ABL, que
resistência a apoptose (16). Mutações codifica uma proteína quimérica com
em sequências de DNA podem causar atividade tirosina quinase muito
grandes variações estruturais no elevada, resultando em proliferação
genoma, promovendo a ativação de celular e leucemogênese, porém está
oncogênes ou a inativação de genes com presente em apenas 2% à 4% dos casos
atividade supressora de tumor (2). pediátricos e diminui em 20% a
A presença de alterações sobrevida em cinco anos, e a
cromossômicas tem grande importância translocação t(4;11) com fusão do gene
no prognóstico. Dentre elas, as MLL-AF4 (16).
translocações apresentam grande efeito, A combinação de citogenética
pois permitem que oncogênes, antes não com outros métodos moleculares tem
ativos, possam ser ativados por como principal objetivo identificar
promotores depois da fusão com outros anomalias cromossômicas em casos de
genes. Além disso, variações em leucemia aguda em criança (6).
sequência podem alterar genes que
codificam enzimas metabolizadoras de Imunofenotipagem
drogas, transportadores, receptores e
alvo de fármacos, resultando em
A imunofenotipagem das doenças
diferenças farmacológicas durante o
malignas do sistema hematopoiético
tratamento quimioterápico (4,11).
fundamenta-se na investigação da
As alterações cromossômicas
presença ou ausência de antígenos
mais comuns, como hiperdiploidia com
encontrados na superfície ou no
mais de 50 cromossomos nos blastos
citoplasma celular. Cabe ressaltar que o
leucêmicos e a translocação dos
diagnóstico de uma doença maligna
cromossomos 12 e 21 com a fusão do
hematopoiética não se baseia em um
gene TEL-AML1, correspondem a
único marcador específico, mas essa
aproximadamente 50% dos casos de
análise deve ser realizada utilizando-se
LLA em crianças e representam um
um painel de Anticorpos Monoclonais,

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adequadamente selecionado para a A imunofenotipagem, realizada
determinação das linhagens celulares B, com a técnica de citometria de fluxo
T, NK e de células mielomonocíticas. (CMF), é útil tanto no diagnóstico,
Ainda, a imunofenotipagem visa à classificação, prognóstico,
determinação do grau de diferenciação estadiamento, monitoramento, como na
celular (imatura ou madura), a caracterização fenotípica das células
expressão antigênica aberrante nas hematopoiéticas patológicas (2).
populações celulares malignas e a
presença ou não de clonalidade (apenas Tratamento
nas células da linhagem linfóide B)
(2,3).
A quimioterapia é uma técnica de
A classificação por
tratamento onde se utilizam compostos
imunofenotipagem utiliza um painel de
químicos isoladamente ou em
associações lineares monoclonais pelo
combinações (poliquimioterapia) a fim
qual a maioria dos casos de LLA pode
de tratar tumores malignos. Constitui
ser subdividida em subgrupos de
uma maneira de se combater o câncer
precursores de célula B e subgrupos de
por apresentar uma abordagem
precursores de célula T. Os precursores
sistêmica, tornando possível a cura de
de célula B são ainda subdivididos em
leucemias. O tratamento por
BI ou LLA pró-B, BII ou LLA comum,
quimioterápicos na leucemia é realizado
BIII ou LLA pré-B e BIV ou LLA-B
em 4 fases visando a se alcançar a
madura, e as células T são divididas,
remissão completa. São estas: indução
atualmente, dentro de quatro subtipos:
da remissão, que requer a hospitalização
pró-T, pré-T, cortical e maduro (3).
do indivíduo; consolidação, em que
A técnica da imunofenotipagem
substâncias não utilizadas anteriormente
possibilita a classificação das LLAs
são empregadas; reindução, na qual são
fazendo a análise das características
repetidas as drogas utilizadas na fase de
imunofenotípicas dos linfoblastos, além
indução da remissão e, por fim, a fase
da detecção da leucemia através deste
de manutenção, utilizando um
método é possível classificar o grau de
tratamento mais leve e contínuo por
diferenciação das células leucêmicas
vários meses podendo chegar a 1 ou 2
possibilitando um diagnóstico com
anos dependendo do tipo de leucemia
maior especificidade (11).
(17).

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A utilização da estratégia alto a baixo, de acordo com a dose
terapêutica denominada de transplante administrada. Indubitavelmente, o
de medula óssea (TMO) tem crescido progresso extraordinário obtido nos
muito nos últimos anos. Como parte do últimos 30 anos no tratamento da LLA
procedimento de TMO, seja ele infantil está associado ao trabalho
utilizando células do próprio paciente desenvolvido pelos diferentes grupos
(autólogo) ou de um doador cooperativos envolvidos na
previamente selecionado por testes de sistematização dos protocolos
compatibilidade (alogênico). A medula terapêuticos, permitindo que se
óssea ou o sangue periférico são obtenham conclusões estatisticamente
utilizados como fonte de células-tronco significativas em um menor período de
hematopoiéticas que irão promover a tempo (19).
recuperação hematológica após o
tratamento com quimioterapia em altas Discussão
doses (18).
Os progressos no tratamento se
As LLAs compreendem um
devem a vários fatores, entre eles a
grupo de neoplasias heterogêneas, essa
disponibilidade cada vez maior de
heterogeniedade é resultante do fato da
medidas de suporte e o aparecimento de
LLA se desenvolver em qualquer etapa
antineoplásicos efetivos e suas
da diferenciação linfóide normal,
combinações em muitos ciclos, como a
caracterizadas pela proliferação clonal e
combinação de Ciclofosfamida (agente
acúmulo na medula óssea de células
citotóxico alquilante, que impede a
hematopoiéticas imaturas denominadas
divisao celular), Vincristina (alcalóide
linfoblastos, os quais ocupam o
citotóxico natural e antimitótico
ambiente medular inibindo o
específico para as fases M e S do ciclo
crescimento e maturação normal dos
celular) e Doxorrubicina (antibiótico
precursores eritróides, mielóides e
citotóxico antraciclínico que intercala a
megacariocitários. Embora a LLA possa
dupla hélice do DNA, formando
ocorrer em qualquer idade, sua
complexo ternário com topoisomerase II
incidência é maior entre crianças de 2 a
e DNA, desencadeando a apoptose
5 anos de idade (20). Perez-Vera et al.,
celular), são medicamentos com poder
em 2001, encontraram 78% dos
emetogênico considerável, variando de
pacientes nessa faixa etária (22),

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enquanto Udayakumar et al., em 2007, em 1997, observou que 20% dos
observou em 76%, de 2 a 5 anos de pacientes apresentavam leucometria
idade (23). Um estudo feito por acima de 50.000/µL (28). Outro estudo
Lichtvan em 2007, observou que 78% realizado na Inglaterra por Chessels et
dos pacientes apresentavam entre um e al., em 2003, mostrou que 21% dos
dez anos de idade, sendo 38% entre dois pacientes apresentavam valores acima
e cinco anos (24). de 50.000/µL (29). O que, de acordo
É predominante nas pessoas de com o World Health Organization
cor branca e do sexo masculino. Esse Classification of Tumours (WHO), diz
fato foi observado em estudos feitos por que a leucometria em pacientes com
Swaminathan et al., em 2008 (25). leucemia linfoblástica aguda pode se
Estudos feitos por Ries et al., em 1999 e apresentar diminuída, normal ou
Linet et al., em 2003 nos EUA, bastante elevada (14).
observaram um número crescente de No hemograma podemos avaliar
ocorrências de LLA em crianças da cor variados graus de anemia (normocítica e
branca em comparação com as crianças normocrômica), neutropenia e
de cor negra (26). Concordando com trombocitopenia. A contagem de
esses autores, Linabery e Ross em 2008, leucócitos encontra-se habitualmente
observaram essa mesma tendência em elevada com nítido predomínio de
relação ao sexo e cor (27). blastos (4).
O diagnóstico deve sempre ser Em relato feito por Margolin,
confirmado pelo exame citológico de Pizzo e Poplack em 2005, 80% dos
aspirado da medula óssea, exame pacientes estudados com LLA
obrigatório na suspeita de LLA, pois é o apresentaram valores de hemoglobina
exame que melhor demonstra a menor que 10g/dL (30). Swaminathan et
presença dos blastos nesse órgão. A al., em 2008, observaram que 75% das
organização mundial da saúde (OMS) crianças abaixo de dez anos,
considera uma contagem de células apresentavam hemoglobina abaixo de
blásticas na medula óssea maior que 10 g/dL, mesmo em concentrações
20% o suficiente para o diagnóstico baixas de hemoglobina, a anemia é
dessa doença (9). O grupo FAB, no normocítica e normocrômica, e a
entanto, considera um valor mínimo de contagem de reticulócitos é reduzida. A
30% (2). Um estudo feito por Ma et al., trombocitopenia está presente na

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maioria dos pacientes, sendo a enquanto que em 24,7% foi observado
contagem de plaquetas menor que cariótipo normal (34). Silva et al., em
100.000/µL em aproximadamente 75% 2002, observaram que 92% dos
dos casos (25). pacientes apresentaram algum tipo de
Quanto à imunofenotipagem, anormalidade cromossômica, 7%
80% dos casos expressam marcadores apresentaram cariótipo normal e 1% das
de células B e 20% de células T. Trata- amostras analisadas apresentaram
se de uma técnica confirmatória para ausência de crescimento celular (35).
leucemias indiferenciadas, com Pérez-Vera et al., em 2001,
morfologia inespecífica e citoquímica encontraram, através da análise
negativa (21). Rego et al., em 1997, em citogenética, 22% dos pacientes com
ribeirão preto, avaliaram 153 crianças, cariótipo normal e 74% com alguma
sendo 82% LLA de linhagem B (31). alteração citogenética (22). Segundo a
Dworzak et al., em 2003, na Áustria, literatura, portadores de LLA com
encontraram LLA de linhagem B em citogenética normal apresentam melhor
87% dos casos (32), e Udayakumar et prognóstico com 90% de sobrevida em
al., em 2007, 83%, sendo 7% de cinco anos, e 70% à 92% dos portadores
linhagem T (23). Leite et al., em 2007, de LLA apresentavam alterações
estudaram 108 pacientes pediátricos, cariotípicas/citogenéticas.
desses, 81% eram de linhagem B e 19% O prognóstico dos pacientes com
LLA-T. Farias e Castro, em 2004, LLA depende de uma série de fatores
observou um percentual de 80% de que incluem o sexo, idade, leucometria
LLA-B e 20 % de LLA –T (33). inicial, anormalidades citogenéticas,
Após a descoberta por imunofenótipo e a resposta ao
Casperson et al., em 1970 (34), e tratamento, os quais permitem separar
Seabright em 1971 (35), das técnicas de os pacientes em diferentes grupos de
bandeamento, os estudos citogenéticos risco (baixo, intermediário e alto risco),
nas LLAs demonstraram que poderiam levando a diferentes estratégias de
ser encontradas cerca de 50% de tratamento, como a quimioterapia,
anomalias cromossômicas. De acordo radioterapia e transplante de medula
com o estudo realizado por Kowalczyk óssea (TMO) (19).
et al., em 2010, 13,5% dos pacientes Na maioria dos centros o
apresentaram índice mitótico nulo, tratamento da LLA envolve a

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quimioterapia intensiva em curto prazo. para o diagnóstico diferencial da LLA,
A radiação pode ser utilizada em possibilitando uma intervenção precoce
pacientes que mostram evidência de no tratamento e proporcionando ao
acometimento do sistema nervoso paciente uma maior qualidade de vida.
central ou leucemia testicular (19).

Referências
Conclusão

Embora a leucemia linfocítica 1. Morais EF De, Lira JADS,


aguda possa ocorrer em qualquer idade, Macedo RADP, Santos KS Dos,
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sua incidência é maior entre crianças de
Oral manifestations resulting
2 a 5 anos. Como sua causa é
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desconhecida, é improvável que seja with acute lymphoblastic
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med/24626896
poucos meses, por isso, necessita de um
diagnóstico e tratamento precoce. Sendo 2. Vasconcelos G, Alves DA.
assim, um diagnóstico seguro da doença Caracterização Hematológica e
só pode ser feito depois de um exame Imunofenotípica em Pacientes
clínico minucioso seguido de exames com Leucemia Linfoblástica
Aguda Caracterização
específicos. Os avanços técnicos no
Hematológica e Imunofenotípica
diagnostico diferencial tem contribuído
em Pacientes com Leucemia
para um melhor prognóstico e Linfoblástica Aguda. 2012.
tratamento, tornando cada vez mais
eficazes para a cura, menos agressivos e 3. I EPN, I HTM, Bárbara E,
Fonseca A, Ii T, Assunção C, et
menos invasivos, baseado nas
al. Immunophenotypic
características individuais de cada
characterization of acute
criança. Portanto, é inquestionável a leukemia at a public oncology
relevância e necessidade da utilização reference center in Maranhão ,
de exames que apresentem um maior northeastern Brazil
grau de sensibilidade e especificidade Caracterização imunofenotípica

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