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PORTUGUÊS

CAPÍTULO 1 – FONOLOGIA .................................................................................................................................................... 3


CAPÍTULO 2– ORTOGRAFIA .................................................................................................................................................. 8
CAPÍTULO 3– ACENTUAÇÃO GRÁFICA ............................................................................................................................ 11
CAPÍTULO 4– ESTRUTURA E FORMAÇÃO DE PALAVRAS .......................................................................................... 15
CAPÍTULO 5– MORFOLOGIA ................................................................................................................................................ 31
CAPÍTULO 6 –FLEXÃO NOMINAL ........................................................................................................................................ 67
CAPÍTULO 7 – VOZES VERBAIS .......................................................................................................................................... 78
CAPÍTULO 8 –FRASE, ORAÇÃO E PERÍODO ................................................................................................................... 80
CAPÍTULO 9 –TERMOS DA ORAÇÃO E DO PERÍODO ................................................................................................... 82
CAPÍTULO 10–PERÍODO COMPOSTO POR COORDENAÇÃO E SUBORDINAÇÃO ................................................ 88
CAPÍTULO 11–REGÊNCIA VERBAL..................................................................................................................................... 98
CAPÍTULO 12–REGÊNCIA NOMINAL ................................................................................................................................ 102
CAPÍTULO 13–COLOCAÇÃO PRONOMINAL ................................................................................................................... 103
CAPÍTULO 14–CONCORDÂNCIA NOMINAL .................................................................................................................... 108
CAPÍTULO 15–CONCORDÂNCIA VERBAL ....................................................................................................................... 108
CAPÍTULO 16–CRASE .......................................................................................................................................................... 113
CAPÍTULO 17–PONTUAÇÃO ............................................................................................................................................... 116
CAPÍTULO 18–USO DOS PORQUÊS ................................................................................................................................. 119
CAPÍTULO 19 - SIGNIFICAÇÃO DE PALAVRAS .............................................................................................................. 120

MATEMÁTICA

1 - NÚMEROS RELATIVOS INTEIROS E FRACIONÁRIOS, OPERAÇÕES E PROPRIEDADES. ............................................................ 124


2 - MÚLTIPLOS E DIVISORES, MÁXIMO DIVISOR COMUM E MÍNIMO MÚLTIPLO COMUM. COMUM. ...................................... 125
3 - NÚMEROS REAIS: .................................................................................................................................................................. 127
4 - EXPRESSÕES NUMÉRICAS. ..................................................................................................................................................... 127
5 - EQUAÇÕES E SISTEMAS DE EQUAÇÕES DE 1º GRAU............................................................................................................. 136
6 - SISTEMAS DE MEDIDA DE TEMPO. ........................................................................................................................................ 143
7 - SISTEMA MÉTRICO DECIMAL................................................................................................................................................. 144
8 - NÚMEROS E GRANDEZAS DIRETAMENTE E INVERSAMENTE PROPORCIONAIS. ................................................................... 147
9 - REGRA DE TRÊS SIMPLES ....................................................................................................................................................... 150
10. REGRA DE TRÊS COMPOSTA ................................................................................................................................................. 153
11 - PORCENTAGEM ................................................................................................................................................................... 156
12. EQUAÇÕES E SISTEMAS DO 2º GRAU ..................................................................................................................... 168
FUNÇÃO LINEAR E AFIM: .......................................................................................................................................................176
INEQUAÇÕES DO 1º GRAU .....................................................................................................................................................179
FUNÇÃO QUADRÁTICA:..........................................................................................................................................................179
Apostila PRF

INEQUAÇÕES DO 2º GRAU .....................................................................................................................................................182


FUNÇÃO EXPONENCIAL: ........................................................................................................................................................183
LOGARITMOS: ........................................................................................................................................................................184
FUNÇÃO LOGARÍTMICA: ........................................................................................................................................................185
SEQÜÊNCIAS NUMÉRICAS: ......................................................................................................................................................... 188
SEQÜÊNCIAS NUMÉRICAS: .....................................................................................................................................................188
PROGRESSÃO ARITMÉTICA (PA) .............................................................................................................................................189
PROGRESSÃO GEOMÉTRICA (PG) ...........................................................................................................................................194
ESTATÍSTICA................................................................................................................................................................................ 199
CONCEITOS BÁSICOS ..............................................................................................................................................................199
ORGANIZAÇÃO DE DADOS .....................................................................................................................................................199
MEDIDAS DE TENDÊNCIA CENTRAL .......................................................................................................................................200
DISTRIBUIÇÃO DE FREQUÊNCIA .............................................................................................................................................202
MEDIDAS DE DISPERSÃO ........................................................................................................................................................203
DIREITO CONSTITUCIONAL

CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988 ............................................................................................. 205


TÍTULO I DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS ............................................................................................................................... 205
TÍTULO II DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS ........................................................................................................... 205
TÍTULO III DA ORGANIZAÇÃO DO ESTADO ................................................................................................................................. 211
TÍTULO IV DA ORGANIZAÇÃO DOS PODERES ............................................................................................................................. 221
TÍTULO V DA DEFESA DO ESTADO E DAS INSTITUIÇÕES DEMOCRÁTICAS ................................................................................. 243
INFORMÁTICA

HARDWARE E SOFTWARE .......................................................................................................................................................... 254


SOFTWARE ................................................................................................................................................................................. 266
INTERNET E INTRANET ....................................................................................................................................................... 269
CONCEITOS SOBRE SEGURANÇA. .................................................................................................................................. 277
BACKUP ................................................................................................................................................................................... 281
VÍRUS DE COMPUTADOR E OUTROS MALWARES: .................................................................................................... 282
WINDOWS 7 ............................................................................................................................................................................ 286
APLICATIVO OFFICE: ........................................................................................................................................................... 295
PLANILHAS ELETRÔNICAS:................................................................................................................................................ 297
EDITORES DE TEXTO .......................................................................................................................................................... 310
NAVEGADORES – WEB BROWSER – BROWSER ......................................................................................................... 334
CLOUD COMPUTING ............................................................................................................................................................ 346
Apostila PRF
CAPÍTULO 1 – FONOLOGIA 3) Em alguns casos, a mesma letra pode repre-
sentar mais de um fonema. A letra x, por exemplo,
pode representar:
DEFINIÇÃO
- o fonema sê: texto
Fonologia é o ramo da Linguística que estuda o
sistema sonoro de um idioma. Ao estudar a maneira - o fonema zê: exibir
como os fones (sons) se organizam dentro de uma lín-
- o fonema chê: enxame
gua, classifica-os em unidades capazes de distinguir
significados, chamadas fonemas. - o grupo de sons ks: táxi
FONEMA 4) O número de letras nem sempre coincide
com o número de fonemas.
A palavra fonologia é formada pelos elemen-
tos gregos fono ( "som, voz") e log, logia ( "estudo", Exemplos:
"conhecimento") . Significa literalmente " estudo dos
sons" ou "estudo dos sons da voz". O homem, ao fa-
lar, emite sons. Cada indivíduo tem uma maneira pró- Tóxico fonemas: /t/ó/k/s/i/c/o/ letras: t ó x i c o
pria de realizar esses sons no ato da fala. Essas par-
ticularidades na pronúncia de cada falante são estu- 1234567 123456
dadas pela Fonética.
Dá-se o nome de fonema ao menor elemento
galho fonemas: /g/a/lh/o/ letras: g al h o
sonoro capaz de estabelecer uma distinção de signifi-
cado entre as palavras. Observe, nos exemplos a se-
guir, os fonemas que marcam a distinção entre os pa- 12 3 4 12345
res de palavras:

amor - ator 5) As letras m e n, em determinadas palavras,


não representam fonemas. Observe os exemplos:
morro - corro compra
conta
vento - cento Nessas palavras,menindicam anasalização-
das vogais que as antecedem.
Cada segmento sonoro se refere a um dado
da língua portuguesa que está em sua memória: a Veja ainda:
imagem acústica que você, como falante de portu- nave: o /n/ é um fonema;
guês, guarda de cada um deles. É essa imagem acús-
tica, esse referencial de padrão sonoro, que constitui dança: o n não é um fonema; o fonema é /ã/,
o fonema. Os fonemas formam os significantes dos
signos linguísticos. Geralmente, aparecem represen- representado na escrita pelas letras a e n.
tados entre barras. Assim: /m/, /b/, /a/, /v/, etc.
Fonema e Letra 6) A letra h, ao iniciar uma palavra, não repre-
senta fonema.
1) O fonema não deve ser confundido com a le-
tra. Na língua escrita, representamos os fonemas por Exemplos:
meio de sinais chamados letras. Portanto, letra é a re-
presentação gráfica do fonema. Na palavra sapo, por hoje fonemas: ho / j / e / letras: hoje
exemplo, a letra s representa o fonema /s/ (lê-se sê);
já na palavra brasa, a letra s representa o fonema /z/
(lê-se zê). 1 2 3 1234
2) Às vezes, o mesmo fonema pode ser repre-
sentado por mais de uma letra do alfabeto. É o caso Classificação dos Fonemas
do fonema /z/, que pode ser representado pelas le- Os fonemas da língua portuguesa são classifi-
tras z, s, x: cados em:
Exemplos: 1) Vogais
zebra As vogais são os fonemas sonoros produzi-
casamento dos por uma corrente de ar que passa livremente pela
exílio

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Apostila PRF

boca. Em nossa língua, desempenham o papel de nú- Posteriores ou Velares - A língua


cleo das sílabas. Assim, isso significa que em toda sí- eleva-se em direção ao palato mole (véu pa-
laba há necessariamente uma única vogal. latino).
Na produção de vogais, a boca fica aberta ou Exemplos:
entreaberta. As vogais podem ser:
ó, ô, u
a) Orais: quando o ar sai apenas pela
Médias - A língua fica baixa, quase em
boca.
repouso.
Por Exemplo:
Por Exemplo:
/a/, /e/, /i/, /o/, /u/.
a
b) Nasais: quando o ar sai pela boca e
2) Semivogais
pelas fossas nasais.
Os fonemas /i/ e /u/, algumas vezes, não são
Por Exemplo:
vogais. Aparecem apoiados em uma vogal, formando
/ã/: fã, canto, tampa com ela uma só emissão de voz (uma sílaba). Nesse
caso, esses fonemas são chamados de semivogais. A
/ /: dente, tempero
diferença fundamental entre vogais e semivogais está
/ /: lindo, mim no fato de que estas últimas não desempenham o pa-
pel de núcleo silábico.
/õ/ bonde, tombo
Observe a palavra papai. Ela é formada de
/ / nunca, algum duas sílabas: pa-pai. Na última sílaba, o fonema vo-
c) Átonas: pronunciadas commenorin- cálico que se destaca é o a. Ele é a vogal. O outro fo-
tensidade. nema vocálico i não é tão forte quanto ele. É a semi-
vogal.
Por Exemplo:
Outros exemplos:
até, bola
saudade, história, série.
d)Tônicas: pronunciadas commaiorin-
tensidade.
Por Exemplo: Obs.: os fonemas /i/ e /u/ podem apare-
cer representados na escrita por" e", "o" ou
até, bola
"m".
Quanto ao timbre, as vogais podem ser:
Abertas Veja:
Exemplos:
pé, lata, pó pães / pãis mão / mãu/ cem /c i/
Fechadas
3) Consoantes
Exemplos:
Para a produção das consoantes, a corrente
mês, luta, amor de ar expirada pelos pulmões encontra obstáculos ao
Reduzidas - Aparecem quase sem- passar pela cavidade bucal. Isso faz com que as con-
pre no final das palavras. soantes sejam verdadeiros "ruídos", incapazes de
atuar como núcleos silábicos. Seu nome provém jus-
Exemplos: tamente desse fato, pois, em português, sempre con-
dedo, ave, gente soam ("soam com") as vogais.

Quanto à zona de articulação: Exemplos:

Anteriores ou Palatais - A língua /b/, /t/, /d/, /v/, /l/, /m/, etc.
eleva-se em direção ao palato duro (céu da Encontros Vocálicos
boca).
Os encontros vocálicos são agrupamentos de
Exemplos: vogais e semivogais, sem consoantes intermediárias.
é, ê, i É importante reconhecê-los para dividir corretamente
os vocábulos em sílabas. Existem três tipos de encon-
tros: o ditongo, otritongo e o hiato.

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Apostila PRF

1) Ditongo O agrupamento de duas ou mais consoantes,


sem vogal intermediária, recebe o nome de encontro
É o encontro de uma vogal e uma semivogal (ou
consonantal.Existem basicamente dois tipos:
vice-versa) numa mesma sílaba. Pode ser:
- os que resultam do contato consoante
a) Crescente: quando a semivo-
+ l ou r e ocorrem numa mesma sílaba, como
gal vem antes da vogal.Por Exemplo:
em: pe-dra, pla-no, a-tle-ta, cri-se...
sé-rie (i = semivogal, e = vo-
- os que resultam do contato de duas
gal)
consoantes pertencentes a sílabas diferentes:
b) Decrescente: quando a vogal vem por-ta, rit-mo, lis-ta...
antes da semivogal.Por Exemplo:
Há ainda grupos consonantais que surgem no
pai (a = vogal, i = semivogal) início dos vocábulos; são, por isso, insepará-
veis:pneu,gno-mo,psi-có-lo-go...
c) Oral: quando o ar sai apenas pela
boca.Exemplos: Dígrafos
pai, série De maneira geral, cada fonema é representado,
na escrita, por apenas uma letra. Por Exemplo:
d) Nasal: quando o ar sai pela boca e
pelas fossas nasais.Por Exemplo: lixo - Possui quatro fonemas equatroletras.
mãe Há, no entanto, fonemas que são representa-
dos, na escrita, por duas letras.
2) Tritongo
Por Exemplo:
É a sequência formada por uma semivogal,
uma vogal e uma semivogal, sempre nessa ordem, bicho - Possui quatro fonemas e cincoletras.
numa só sílaba. Pode ser oral ou nasal.
Na palavra acima, para representar o fonema |
Exemplos:
xe| foram utilizadas duas letras: o c e o h.
Paraguai - Tritongo oralquão- Tritongo nasal
Assim, o dígrafo ocorre quando duas letras são
3) Hiato usadas para representar um único fonema (di = dois
+ grafo = letra). Em nossa língua, há um número ra-
É a sequência de duas vogais numa mesma pa-
zoável de dígrafos que convém conhecer. Podemos
lavra que pertencem a sílabas diferentes, uma vez
agrupá-los em dois tipos: consonantais e vocálicos.
que nunca há mais de uma vogal numa sílaba.
Dígrafos Consonantais
Por Exemplo:
saída (sa-í-da) Letras Fonemas Exemplos
poesia (po-e-si-a)
lh lhe telhado

nh nhe marinheiro
Saiba que:
- Na terminação -em em palavras ch xe chave
como ninguém, também, porém e na
terminação -am em palavras como Re (no interior da pa-
amaram, falaram ocorrem ditongos na- rr carro
lavra)
sais decrescentes.
- É tradicional considerar hiato o en- se (no interior da pa-
ss passo
contro entre uma semivogal e uma vo- lavra)
gal ou entre uma vogal e uma semivo-
gal que pertencem a sílabas diferen- que (seguido
qu queijo, quiabo
tes, como em ge-lei-a, io-iô. de e e i)

gue (seguido
gu guerra, guia
de e e i)
Encontros Consonantais
sc se crescer

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Apostila PRF

sç se desço A - MOR

xc se exceção A palavra amor está dividida em grupos de fo-


nemas pronunciados separadamente: a - mor. A cada
Dígrafos Vocálicos: registram-se na repre- um desses grupos pronunciados numa só emissão de
voz dá-se o nome de sílaba. Em nossa língua, o nú-
sentaçãodas vogais nasais.
cleo da sílaba é sempre uma vogal: não existe sílaba
sem vogal e nunca há mais do que uma vogal
Exem- em cada sílaba. Dessa forma, para sabermos o nú-
Fonemas Letras
plos mero de sílabas de uma palavra, devemos perceber
quantas vogais tem essa palavra. Atenção: as le-
ã am tampa tras i e u (mais raramente com as letras e e o) podem
representar semivogais.
an canto Classificação das Palavras quanto ao Nú-
mero de Sílabas
em templo 1) Monossílabas: possuem apenas
uma sílaba.Exemplos: mãe, flor, lá, meu
en lenda 2) Dissílabas: possuem duas sílabas.
Exemplos: ca-fé, i-ra, a-í, trans-por
im limpo 3) Trissílabas: possuem três sílabas.
Exemplos: ci-ne-ma, pró-xi-mo, pers-pi-caz,
in lindo O-da-ir
4) Polissílabas: possuem quatro ou
õ om tombo mais sílabas.Exemplos: a-ve-ni-da, li-te-ra-
tu-ra, a-mi-ga-vel-men-te, o-tor-ri-no-la-rin-
go-lo-gis-ta
on tonto

um chumbo Divisão Silábica


Na divisão silábica das palavras, cumpre obser-
un corcunda var as seguintes normas:
a) Não se separam osditongos etriton-
gos. Exemplos: foi-ce, a-ve-ri-guou
b) Não se separam os dígrafos ch, lh,
nh, gu, qu. Exemplos: cha-ve, ba-ra-lho, ba-
Observação: nha, fre-guês, quei-xa
"Gu" e "qu" são dígrafos so- c) Não se separam os encontros con-
mente quando, seguidos sonantais que iniciam sílaba. Exemplos: psi-
de "e" ou "i", representam os fone- có-lo-go, re-fres-co
mas /g/ e /k/:guitarra, aquilo. Nes-
ses casos, a letra "u" não corres- d) Separam-se as vogais dos hia-
ponde a nenhum fonema. Em algu- tos. Exemplos: ca-a-tin-ga, fi-el, sa-ú-de
mas palavras, no entanto, o "u" re- e) Separam-se as letras dos dígra-
presenta um fonema semivogal ou fos rr, ss, sc, sçxc. Exemplos: car-ro, pas-
vogal (aguentar, linguiça, aquí- sa-re-la, des-cer, nas-ço, ex-ce-len-te
fero...) Nesse caso, "gu" e"qu" não
são dígrafos. Também não há dí- f) Separam-se os encontros consonan-
grafos quando são seguidos tais das sílabas internas, excetuando-se
de "a" ou "o" (quase, averiguo). aqueles em que a segunda consoante
é l ou r. Exemplos: ap-to, bis-ne-to, con-vic-
ção, a-brir, a-pli-car
Acento Tônico

Sílaba: Observe:

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Apostila PRF

Na emissão de uma palavra de duas ou mais Paroxítonos: são aqueles cuja sílaba
sílabas, percebe-se que há uma sílaba de maior inten- tônica é a penúltima.Exemplos:dócil, suave-
sidade sonora do que as demais. mente, banana
calor - a sílaba lor é a de maior intensidade. Proparoxítonos: são aqueles cuja sí-
laba tônica é a antepenúltima. Exemplos:
faceiro - a sílaba cei é a de maior intensidade.
máximo, parábola, íntimo
sólido - a sílaba só é a de maior intensidade.
Saiba que:
 São palavras oxítonas, entre ou-
tras: cateter, mister, Nobel, no-
vel, ruim, sutil, transistor, ureter.

Obs.: a presença da sílaba de  São palavras paroxítonas, entre


maior intensidade nas palavras, em outras: avaro, aziago, boêmia, caracteres,
meio a sílabas de menor intensidade, cartomancia, celtibero, circuito, decano, fi-
é um dos elementos que dão melodia lantropo, fluido, fortuito, gratuito, Hungria,
à frase. ibero, impudico, inaudito, intuito, maquina-
ria, meteorito, misantropo, necropsia (al-
guns dicionários admitem também necróp-
sia), Normandia, pegada, policromo, pudico,
quiromancia, rubrica, subido(a).
Classificação da Sílaba quanto à Intensi-
dade  São palavras proparoxítonas, en-
Tônica: é a sílaba pronunciada com tre outras:aerólito, bávaro, bímano, crisân-
maior intensidade. temo, ímprobo, ínterim, lêvedo, ômega, pân-
tano, trânsfuga.
Átona: é a sílaba pronunciada com
menor intensidade.  As seguintes palavras, entre ou-
tras, admitem dupla tonicidade: acrobata /
Subtônica: é a sílaba de intensidade acrobata, hieróglifo / hieroglifo, Oceânia /
intermediária. Ocorre, principalmente, nas pa- Oceania, ortoépia/ortoepia, projétil / projetil,
lavras derivadas, correspondendo à tônica da réptil / reptil, zângão / zangão
palavra primitiva. Veja o exemplo abaixo:
Monossílabos
Leia em voz alta a frase abaixo:
Palavra
be - bê
primitiva: O sol já se pôs.

átona tônica Essa frase é formada apenas por monossí-


labos. É possível verificar que os monossíla-
Palavra bos sol, já e pôs são pronunciados com
be - be - zi - nho maior intensidade que os outros. São tônicos.
derivada: Possuem acento próprio e, por isso, não preci-
sam apoiar-se nas palavras que os antecedem ou
átona subtônica tônica átona que os seguem. Já os monossíla-
bos o e se são átonos, pois são pronuncia-
dos fracamente. Por não terem acento próprio,
apoiam-se nas palavras que os antecedem ou
Classificação das Palavras quanto à Posi- que os seguem.
ção da Sílaba Tônica Critérios de Distinção
De acordo com a posição da sílaba tônica, os Muitas vezes, fazer a distinção entre um
vocábulos da língua portuguesa que contêm duas ou monossílabo átono e um tônico pode ser compli-
mais sílabas são classificados em: cado. Por isso, observe os critérios a seguir.
Oxítonos: são aqueles cuja sílaba tô- 1- Modificação da pronúncia da vogal final.
nica é a última.Exemplos:
Nos monossílabos átonos a vogal final se
avó, urubu, parabéns modifica ou pode modificar-se na pronúncia.

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Apostila PRF

Com os tônicos, não ocorre tal possibilidade. são chamadas de homônimas (canto, do grego, sig-
nifica ângulo / canto, do latim, significa música vocal).
Exemplos:
Vou de carro para o meu trabalho. (de = monos- As palavras homônimas dividem-se em homógrafas,
sílabo átono - é possível a pronúncia di ônibus.)
Dê um auxílio às pessoas que necessitam. (dê = quando tem a mesma grafia (gosto, substantivo e
monossílabo tônico - é impossível a pronúncia di gosto, 1ª pessoa do singular do verbo gostar) e ho-
um auxílio.)
mófonas, quando tem o mesmo som (paço, palácio
2- Significado isolado do monossílabo
ou passo, movimento durante o andar).
O monossílabo átono não tem sentido
quando isolado na frase.
Quanto à grafia correta em língua portuguesa,
Veja:
Meus amigos já compraram os convi- devem-se observar as seguintes regras:
tes, mas eu não.
O fonema s:
O monossílabo tônico, mesmo isolado,
possui significado.
Escreve-se com S e não com C/Ç:
Observe:
Existem pessoas muito más.  as palavras substantivadas derivadas
Nessa frase, o monossílabo possui sen- de verbos com radicais em nd, rg, rt, pel, corr
tido: más = ruins.
e sent.
São monossílabos átonos:
artigos: o, a, os, as, um, uns Exemplos: pretender - pretensão / expandir
pronomes pessoais oblíquos: me, te, se, o, - expansão / ascender - ascensão / inverter - inver-
a, os, as, lhe, nos, vos
são / aspergir aspersão / submergir - submersão /
preposições: a, com, de, em, por, sem, sob
divertir - diversão / impelir - impulsivo / compelir -
pronome relativo: que
compulsório / repelir - repulsa / recorrer - recurso
conjunções: e, ou, que, se
São monossílabos tônicos: todos aqueles / discorrer - discurso / sentir - sensível / consentir
que possuem autonomia na frase. - consensual
Exemplos:
mim, há, seu, lar, etc.
Escreve-se com SS e não com C e Ç:
Obs.: pode ocorrer que, de acordo com a autono-
mia fonética, um mesmo monossílabo seja átono  os nomes derivados dos verbos cujos
numa frase, porém tônico em outra. radicais terminem em gred, ced, prim ou com
Exemplos:
verbos terminados por tir ou meter
Que foi? (átono)
Você fez isso por quê? (tônico) Exemplos: agredir - agressivo / imprimir -
impressão / admitir - admissão / ceder - cessão /
CAPÍTULO 2– ORTOGRAFIA exceder - excesso / percutir - percussão / regredir

A ortografia é a parte da língua responsável - regressão / oprimir - opressão / comprometer -

pela grafia correta das palavras. Essa grafia baseia- compromisso / submeter - submissão

se no padrão culto da língua.  quando o prefixo termina com vogal

As palavras podem apresentar igualdade total que se junta com a palavra iniciada por s

ou parcial no que se refere a sua grafia e pronúncia, Exemplos: a + simétrico - assimétrico / re +


mesmo tendo significados diferentes. Essas palavras surgir - ressurgir

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Apostila PRF

 no pretérito imperfeito simples do  os sufixos gregos: ase, ese, ise e ose.


subjuntivo
Exemplos: catequese, metamorfose.
Exemplos: ficasse, falasse
 as formas verbais pôr e querer.
Escreve-se com C ou Ç e não com S e SS:
Exemplos: pôs, pus, quisera, quis, quiseste.
 os vocábulos de origem árabe:
 nomes derivados de verbos com radi-
Exemplos: cetim, açucena, açúcar cais terminados em d.

 os vocábulos de origem tupi, africana Exemplos: aludir - alusão / decidir - decisão


ou exótica / empreender - empresa / difundir - difusão

Exemplos: cipó, Juçara, caçula, cachaça,  os diminutivos cujos radicais termi-


cacique nam com s

 os sufixos aça, aço, ação, çar, ecer, Exemplos: Luís - Luisinho / Rosa - Rosinha
iça, nça, uça, uçu. / lápis - lapisinho

Exemplos: barcaça, ricaço, aguçar, empali-  após ditongos


decer, carniça, caniço, esperança, carapuça, den-
Exemplos: coisa, pausa, pouso
tuço
 em verbos derivados de nomes cujo
 nomes derivados do verbo ter.
radical termina com s.
Exemplos: abster - abstenção / deter - deten-
Exemplos: anális(e) + ar - analisar / pes-
ção / ater - atenção / reter - retenção
quis(a) + ar - pesquisar
 após ditongos
Escreve-se com Z e não com S:
Exemplos: foice, coice, traição
 os sufixos ez e eza das palavras deri-
 palavras derivadas de outras termina- vadas de adjetivo
das em te, to(r)
Exemplos: macio - maciez / rico - riqueza
Exemplos: marte - marciano / infrator - infra-
 os sufixos izar (desde que o radical da
ção / absorto - absorção
palavra de origem não termine com s)
O fonema z:
Exemplos: final - finalizar / concreto - con-
Escreve-se com S e não com Z: cretizar

 os sufixos: ês, esa, esia, e isa,  como consoante de ligação se o radi-


quando o radical é substantivo, ou em gentíli- cal não terminar com s.
cos e títulos nobiliárquicos.
Exemplos: pé + inho - pezinho / café + al -
Exemplos: freguês, freguesa, freguesia, po- cafezal ≠ lápis + inho - lapisinho
etisa, baronesa, princesa, etc.
O fonema j:

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Apostila PRF

Escreve-se com G e não com J:  as palavras terminada com aje.

 as palavras de origem grega ou árabe Exemplos: laje, ultraje

Exemplos: tigela, girafa, gesso. O fonema ch:

 estrangeirismo, cuja letra G é originá- Escreve-se com X e não com CH:


ria.
 as palavras de origem tupi, africana
Exemplos: sargento, gim. ou exótica.

 as terminações: agem, igem, ugem, Exemplo: abacaxi, muxoxo, xucro.


ege, oge (com poucas exceções)
 as palavras de origem inglesa (sh) e
Exemplos: imagem, vertigem, penugem, espanhola (J).
bege, foge.
Exemplos: xampu, lagartixa.
Observação
 depois de ditongo.
Exceção: pajem
Exemplos: frouxo, feixe.
 as terminações: ágio, égio, ígio, ógio,
 depois de en.
ugio.
Exemplos: enxurrada, enxoval
Exemplos: sufrágio, sortilégio, litígio, reló-
Observação:
gio, refúgio.
Exceção: quando a palavra de origem não de-
 os verbos terminados em ger e gir.
rive de outra iniciada com ch - Cheio - (enchente)
Exemplos: eleger, mugir.
Escreve-se com CH e não com X:
 depois da letra "r" com poucas exce-
 as palavras de origem estrangeira
ções.
Exemplos: chave, chumbo, chassi, mochila, es-
Exemplos: emergir, surgir.
padachim, chope, sanduíche, salsicha.
 depois da letra a, desde que não seja
As letras e e i:
radical terminado com j.
 os ditongos nasais são escritos com
Exemplos: ágil, agente.
e: mãe, põem. Com i, só o ditongo interno cãi-
Escreve-se com J e não com G:
bra.
 as palavras de origem latinas
 os verbos que apresentam infinitivo
Exemplos: jeito, majestade, hoje. em -oar, -uar são escritos com e: caçoe, tumul-
tue. Escrevemos com i, os verbos com infini-
 as palavras de origem árabe, africana
tivo em -air, -oer e -uir: trai, dói, possui.
ou exótica.

Exemplos: alforje, jibóia, manjerona.

10
Apostila PRF

 atenção para as palavras que mudam 3) ACENTO GRÁFICO


de sentido quando substituímos a grafia e pela a) Não serão acentuadas graficamente os di-
grafia i: área (superfície), ária (melodia) / dela- tongos orais abertos ei, e oi tônico quando forem pa-
roxítonas.
tar (denunciar), dilatar (expandir) / emergir (vir
à tona), imergir (mergulhar) / peão (de estân- ANTES DO NOVO DEPOIS DO NOVO
ACORDO ACORDO
cia, que anda a pé), pião (brinquedo).
Alcatéia Alcateia
Andróide Androide
Assembléia Assembleia
Bóia Boia
CAPÍTULO 3– ACENTUAÇÃO GRÁFICA
Coréia Coreia
INFLUÊNCIA DO NOVO ACORDO ORTO- Debilóide Debiloide
GRÁFICO Européia Europeia
Estréia Estreia
1) ALFABETO Geléia Geleia
Heróico Heroico
Com o advento do novo ortográfico, acrescen-
Idéia Ideia
tam-se as consoantes k, w e y no alfabeto que passa
Jibóia Jibóia
a ter 26 letras:
Odisséia Odisseia
ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUV Paranóico Paranoico
W X Y Z. Platéia Plateia

As consoantes k, w e y serão usadas nas se-


guintes situações: O acento continuará nas oxítonas terminadas
em éis, éu, éus, ói, óis.
a) Em escrita de símbolos de unidades de me-
dida: Kg (quilograma), Km (quilômetro), W (watt); Exemplos: anéis, céu, troféu, troféus, herói,
heróis.
b) Em escrita de palavras e nomes estrangei-
ros: workshop, playground, show, Welliton. b) Quando os vocábulos forem paroxítonos,
não receberão acento gráfico o i e o u tônicos após
2) TREMA ditongo decrescente.

O trema desaparece do u nas formas gue, gui, ANTES DO NOVO DEPOIS DO NOVO
que, qui. No entanto, a pronúncia permanece inalte- ACORDO ACORDO
rada. Baiúca Baiuca
Bocaiúva Bocaiuva
ANTES DO NOVO DEPOIS DO NOVO Feiúra Feiura
ACORDO ACORDO
Sauípe Sauipe
Argüir Arguir
Cinqüenta Cinquenta
O acento continuará caso a palavra seja oxí-
Delinqüente Delinquente tona e o i ou o u estejam no final da palavra ou caso a
Freqüente Frequente palavra seja proparoxítona.
Lingüiça Linguiça
Qüinqüênio Quinquênio Exemplo: tuiuiú, Piauí, maiúscula.

c) Palavras com vogais repetidas perdem o


O trema ainda continuará em palavras estran- acento.
geiras e em suas derivadas.
ANTES DO NOVO DEPOIS DO NOVO
Exemplos: Müller, mülleriano, Bündchen. ACORDO ACORDO
Crêem (verbo crer) Creem

11
Apostila PRF

Dêem (verbo dar) Deem 1) Sílaba tônica (sílaba mais forte) dos vocábu-
Lêem (verbo ler) Leem los;
Vêem (verbo ver) Veem
2) Abertura ou não da vogal;
Vôo Voo
Zôo Zoo 3) Flexão de número (singular/plural) do verbo;

4) Diferença entre palavras homônimas.


d) Perde-se o acento para diferenciar os se-
guintes pares: para/ para; péla/ pela(s); pelo(s)/ O acento grave irá indicar a fusão entre duas
pelo(s); pólo(s)/ polo(s); e pêra/ pera. vogais idênticas (crase).

ANTES DO NOVO DEPOIS DO NOVO


ACORDO ACORDO
REGRAS DE ACENTUAÇÃO
O rapaz pára o trânsito O rapaz para o trânsito
A jovem irá ao pólo Norte A jovem irá ao polo 1) OXÍTONAS:são aquelas palavras cuja última
Norte
sílaba é a mais forte.
O urso polar tem pêlos O urso polar tem pelos
a) Oxítonas monossilábicas tônicas: acen-
brancos brancos
tuam-se aquelas finalizadas em -a, -e ou -o (seguidas
Compramos pêra no início Compramos pera no iní-
ou não de -s).
de ano cio de ano
(IBAMA/ TÉCNICO/ CESPE) As palavras “pó”, “só” e
“céu” são acentuadas de acordo com a mesma regra
OBSERVAÇÃO de acentuação gráfica.

a) Em pôr/por, permanece o acento diferencial. Comentário: as palavras “pó” e “só” são


A forma pôr é um verbo, já a forma por é uma prepo- acentuadas por ser oxítonas monossilábicas fi-
sição. nalizadas em -o. Já o vocábulo “céu” é acentu-
ada por ser uma oxítona terminada em ditongo
Exemplo: Pretendo pôr um funcionário na aberto “éu”. Sendo assim, o item está errado.
empresa inaugurada por mim.

b) Nas formas verbais pôde/pode, permanece o


acento diferencial. O sintagma verbal pôde é o verbo b) Oxítonas com mais de uma sílaba: quando
poder no pretérito perfeito do indicativo, na 3ª pessoa finalizadas em -a, -e ou -o (seguidas ou não de -s),-
do singular. Enquanto pode é a forma do presente do em e -ens, devem ser acentuadas graficamente.
indicativo, na 3ª pessoa do singular. (IBAMA/ TÉCNICO/ ADAPTADA/ FGV)As pa-
lavras a seguir são acentuadas em decorrência de
Exemplo: Antes, ele não pôde comprar o mesma regra de acentuação gráfica:“até”,“está”,“bio-
carro, mas hoje ele pode. gás”,“contará”.
c) Será opcional o uso do acento circunflexo Comentário: as palavras “a-té”, “es-tá”,
para diferenciar as palavras fôrma (substantivo) de “bio-gás”, “con-ta-rá” recebem acento gráfico
forma (verbo); dêmos (verbo no subjuntivo) de de- porque são oxítonas finalizadas em a, -e ou -o
mos (verbo no pretérito). (seguidas ou não de -s). Por isso a assertiva
está correta.
Os acentos gráficos são:

( ´ )  agudo;
c) Oxítonas terminadas em ditongos abertos
( ^ )  circunflexo; ei, oi, eu: todas devem receber acento agudo.
(LIQUIGAS/ MÉDIO/ ADAPTADA/ CESGRAN-
( ` )  grave. RIO)De acordo com as regras de acentuação, o grupo
de palavras que foi acentuado pela mesma razão:
Os acentos agudo e circunflexo indicam: céu, já, troféu, baú.

12
Apostila PRF

a pensar e a se adequar a novas realidades”, diz Ra-


Comentário: as palavras “céu” e “troféu” mos.
recebem acento agudo por finalizar em di-
tongo oral aberto “éu”, enquanto o vocábulo Comentário: o acento gráfico, nos vocábu-
“já” será acentuada por oxítona monossilábica los “é”, “e”,assim como, nas palavras “por” e
terminada em “a”. Por último, a palavra “baú” “pôr”, diferencia-se em três níveis: morfológico,
acentua-se por haver um hiato da vogal “u”. gráfico e fonético. Atente-se aos três planos:
Morfológico: “e” é uma conjunção, en-
quanto “é” trata-se de emum verbo. O vocábulo
“por” é uma preposição, já “pôr” é um verbo.
d) Oxítonas seguidas de pronomes oblíquos -lo, -
Neste caso,de fato o acento gráfico estabelece
la, -los, -las: acentuam-se as terminadas em -a, -e, -
diferença morfológica.
o.
Gráfico: ocorre mudança também, visto
(MPE-PI/ ANALISTA/ CESPE) Os verbos “co-
que os vocábulos recebem o acento gráfico.
municar”, “ensinar” e “comandar”, quando comple- Logo, as palavras mudam a grafia. Compare:
mentados pelo pronome “a”, acentuam-se da mesma e→é;por→pôr.
Fonético: o som pronunciado em “é” (com
forma que “constatá-las”, “designá-las” e “elevá-las”.
acento) éaberto, enquanto o som pronunciado (o
timbre) em “e” (sem acento) éfechado. Assim,
Comentário: caso os verbos sejam com-
por interferência do acento, houve, sim, mu-
pletados pelo pronome oblíquo “a”, as formas
dança fonética(pronúncia da palavra). No en-
equivalentes resultantes serão comunicá-la, en-
tanto, não haverá mudança na fonética entre as
siná-la, comandá-la assim como os verbos apre-
palavras “por” e “pôr”. Devido a este último
sentados. Note-se, ainda, que é necessário
caso, o item está incorreto.
acentuar se forem terminadas em -a, -e, -o. Por-
tanto, o item está correto.

e) Pôr ≠ por: deve-se acentuaro sintagma ver-


bal “pôr”, para diferenciá-la da preposição “por”.
(CEF/ MÉDIO/ CESPE) O acento que distingue a
forma verbal ‘é’ da conjunção ‘e’ estabelece diferença f) Tem ≠ têm; vem ≠ vêm: acentuam-se as for-
morfológica, gráfica e fonética, tal como ocorre com mas verbais têm e vêm, que representam a terceira
pôr e por. TEXTO:O despreparo dos jovens, portanto, pessoa do plural do presente do modo indicativo dos
é patente. “Desde cedo, é preciso ensinar as crianças verbos ter e vir, para diferenciar das formas no singu-
lar tem e vem.

(TJ-RR/ MÉDIO/ CESPE)A forma verbal “têm” em


“têm esse originário poder” estáempregada no plural
porque faz parte de uma cadeia coesivacujos elemen-
tos se referem a “magistrados”. TEXTO:Os magistra-
dos não governam. O que eles fazem é evitar o des-
governo, quando para tanto são provocados. Não
mandam propriamente na massa dos governados e
administrados, mas impedem os eventuais desman-
dos dos que têm esse originário poder.

13
Apostila PRF

Comentário: o item está errado, porque


Comentário: o item está incorreto, a forma verbal “mantêm” concorda com a ex-
pois a forma verbal “têm” permanece no plu- pressão “as sociedades ocidentais”. Dessa
ral para concordar com o pronome demons- forma, mesmo que fosse reescrito no singular
trativo “os” presente no termo “dos”, em o trecho “As relações”, o verbo manter perma-
que ocorre contração da preposição “de” neceria inalterado.
com pronome demonstrativo “os”. Note-se,
ainda, que poderia substituir o pronome
“os” por “aqueles”. Portanto, a forma verbal
“têm” não concorda com “magistrados”. 2)PAROXÍTONAS:são aquelas palavras cuja
penúltima é a mais forte.
a) Quando finalizadas em -a, -e ou -o (seguidas
ou não de -s), -em e -ens, não podem ser acentuadas
graficamente. Então, devem ser acentuadas caso ter-
(ANATEL/ MÉDIO/ CESPE) Nas formas ver- minadas em: -r, -x, -n, -l, -i, -is, -um, -uns, -us, -ps, -
bais “vêm” e “têm”, ambas na linha, foi aplicada a ã, -ãs, -ão, -ãos;ditongo oral, seguido ou não de -s.
mesma regra de acentuação gráfica. TEXTO: Em ter- (TJRR/ ANALISTA DE SISTEMAS/ CESPE)
ceiro lugar, vêm os adúlteros. Só agora eles têm a As palavras “área”, “deságua”, “índios” e “planí-
possibilidade de receber ligações de seu parceiro se- cies” são acentuadas graficamente devido à mesma
creto sem que membros da família, secretárias ou co- regra de acentuação.
legas mal intencionados possam interceptar o telefo-
nema. Comentário: as palavras “á-rea”, “de-sá-
gua”, “ín-dios” e “pla-ní-cies” são acentuadas
por serem paroxítonas terminadas em ditongo
Comentário: o item está correto, pois as
crescente. Portanto, o item está correto.
formas verbais vem e tem recebem acento cir-
cunflexo quando concordam com um sujeito no
plural para diferenciá-los do singular. Contextu-
almente, os verbos citados concordam, respec- (TJ-AC/ ANALISTA JUDICIÁRIO/ CESPE) As
tivamente, com “adúlteros” e “eles”. palavras “negligência”, “reservatórios”, “espécie” e
“equilíbrio” apresentam acentuação gráfica em decor-
rência da mesma regra gramatical.

Comentário: as palavras “ne-gli-gên-


cia”, “re-ser-va-tó-rios”, “es-pé-cie”, “e-qui-lí-
brio” serão acentuadas devido à mesma regra
de acentuação, pois todas são paroxítonas fi-
nalizadas em ditongo crescente.

IMPORTANTE
(ANAC/ TÉCNICO/ CESPE) As palavras “iní-
Os verbos derivados possuem acento agudo cio” e “série” recebem acento gráfico com base em re-
quando no singular e acento circunflexo quando no gras gramaticais distintas.
plural.
Comentário: o vocábulo “i-ní-cio” e “sé-rie”
(INPI/ INTERMEDIÁRIO/ CESPE) Se a ex-
são paroxítonas finalizadas em ditongo cres-
pressão “As relações” passasse para o singular,a
cente; portanto, devem ser acentuadas.
forma verbal “mantêm”deveria, em concordância a
esse termo, ser substituída por mantém. TEXTO:As
relações que as sociedades ocidentais industriais
mantêm com os temas da ciência e da tecnologia não 3) PROPAROXÍTONAS: São aquelas palavras
se constituem numa constante. cuja antepenúltima é a mais forte. Todas devem ser
acentuadas.

14
Apostila PRF

(ANATEL/ TÉCNICO/ CESPE) Nas palavras Comentário: a palavra “cons-tru-í-da” recebe


“análise” e “mínimos”, o emprego do acento gráfico acento gráfico por constituir hiato da vogal -i. En-
tem justificativas gramaticais diferentes. quanto isso, o vocábulo “pos-sí-veis” será acentuado
por ser paroxítono finalizado em ditongo seguindo de
Comentário:as palavras “a-ná-li-se”, -s.
“mí-ni-mos” são acentuadas por ser proparo-
xítonas; portanto o item está correto. CAPÍTULO 4– ESTRUTURA E FORMAÇÃO DE PA-
LAVRAS

(MPE-PI/ ANALISTA/ CESPE) De acordo com ESTRUTURA DAS PALAVRAS


a ortografia oficial vigente, o vocábulo “órgãos” segue Estudar a estrutura é conhecer os elemen-
a mesma regra de acentuação que o vocábulo “últi- tos formadores das palavras. Assim, compreende-
mos”. mos melhor o significado de cada uma delas. Observe
os exemplos abaixo:
Comentário: o vocábulo “ór-gãos” é
acentuado por ser uma paroxítona finalizada brinc-a- cha-l-
art-ista cachorr-inh-a-s
em (TJ-RR/
ditongo TÉCNICO/
decrescente, já aOspalavra “úl-ti- mos eira
CESPE) vocábulos “ju-
mos” é acentuada por ser uma proparoxítona.
rídicas”, “econômicas” e “físico” recebem acento grá-
ficoLogo
com abase
alternativa está
em regras incorreta.diferentes.
gramaticais A análise destes exemplos mostra-nos que as
palavras podem ser divididas em unidades menores,
a que damos o nome de elementos mórfi-
cos ou morfemas.
Comentário: as palavras “ju-rí-di-cas”, “e-co-nô-
mi-cas” e “fí-si-co” são acentuadas por ser proparoxí- Vamos analisar a palavra "cachorrinhas":
tonas; portanto o item está correto. Nessa palavra observamos facilmente a exis-
REGRA DO HIATO tência de quatro elementos. São eles:
cachorr - este é o elemento base da palavra,
Deve-se acentuar o -i ou o -u, quando:
ou seja, aquele que contém o significado.
1) Formar um hiato com uma vogal diferente an- inh - indica que a palavra é um diminutivo
terior;
a - indica que a palavra é feminina
2) Não houver consoante na mesma sílaba, ex-
s - indica que a palavra se encontra no plural
ceto -s;
Morfemas: unidades mínimas de caráter signi-
3) Não aparecer semivogal na mesma sílaba; ficativo.
4) Não surgir -nh na sílaba posterior.
(MMA/ AGENTE ADM/ CESPE) O emprego do
Obs.: existem palavras que não com-
acento agudo nos vocábulos “país” e “aí” justifica-se portam divisão em unidades menores, tais
pela mesma regra de acentuação gráfica. como: mar, sol, lua, etc.
Comentário: os vocábulos “pa-ís” e “a-í” acen-
tuam-se por ser oxítonas com vogal tônica i antecedi-
das de uma vogal a com que não formam ditongo nem
constitui sílaba com a eventual consoante seguinte. São elementos mórficos:
Observe-se alguns exemplos dessa última regra: con- 1) Raiz, radical, tema: elementos básicos e
teúdo, miúdo, recaída, juíza, cafeína, saída e paraíso. significativos
Tem-se um caso especial de acentuação de hiatos 2) Afixos (prefixos, sufixos), desinência, vo-
com as vogais -i e -u. gal temática: elementos modificadores da significa-
(CNJ / ANALISTA/ CESPE)A mesma regra de ção dos primeiros
acentuação gráfica, justifica o emprego de acento grá- 3) Vogal de ligação, consoante de liga-
ficonas palavras “construída” e “possíveis”. ção: elementos de ligação ou eufônicos.
Raiz

15
Apostila PRF

É o elemento originário e irredutível em que se que a- e -ar são morfemas capazes de operar mu-
concentra a significação das palavras, consideradas dança de classe gramatical na palavra a que são ane-
do ângulohistórico. É a raiz que encerra o sentido ge- xados.
ral, comum às palavras da mesma família etimológica.
Observe o exemplo:
Quando são colocados antes do radical, como acon-
Raiz noc [Latim nocere = prejudicar] tem a sig- tece com "a-", os afixos recebem o nome de prefi-
nificação geral de causar dano, e a ela se prendem, xos. Quando, como "-ar", surgem depois do radical,
pela origem comum, as palavras nocivo, nocividade, os afixos são chamados de sufixos. Veja os exem-
inocente, inocentar, inócuo, etc. plos:
Obs.: uma raiz pode sofrer alterações. Veja
o exemplo: Prefixo Radical Sufixo

at-o at-or in at ivo

at-ivo aç-ão
em pobr ecer

ac-ionar
inter nacion al
Radical
Desinências
Observe o seguinte grupo de palavras:
Desinências são os elementos terminais indi-
cativos das flexões das palavras. Existem dois tipos:
livr- o
Desinências Nominais: indicam as flexões
de gênero (masculino e feminino) e denúmero(singu-
livr- inho
lar e plural) dos nomes.

livr- eiro Exemplos:

livr- eco alun-o aluno-s

Você reparou que há um elementoco- alun-a aluna-s


mumnesse grupo?
Você reparou que o elemento livr serve de
base para o significado? Esse elemento é chamado
de radical (ou semantema).
Observação: só podemos falar
Radical: elemento básico e significativo das pa- em desinências nominais de gêneros e
lavras, consideradas sob o aspecto gramatical e prá- de números em palavras que admitem
tico. É encontrado através do despojo dos elementos tais flexões, como nos exemplos
secundários (quando houver) da palavra. acima. Em palavras
Por Exemplo: como mesa, tribo, telefonema, por
exemplo, não temos desinência nomi-
cert-o nal de gênero. Já em pires, lápis, ôni-
cert-eza bus não temos desinência nominal de
in-cert-eza número.
Afixos
Afixos são elementos secundários (geral-
mente sem vida autônoma) que se agregam a um ra- Desinências Verbais: indicam as flexões
dical ou tema para formar palavras derivadas. Sabe- de número e pessoa e de modo e tempo dos ver-
mos que o acréscimo do morfema "-mente", por bos.
exemplo, cria uma nova palavra a partir
de "certo": certamente, advérbio de modo. De ma- Exemplos:
neira semelhante, o acréscimo dos morfemas "a-" e"-
ar" à forma "cert-" cria o verbo acertar. Observe

16
Apostila PRF

Formação das Palavras


compr- compra- com-
compra-s compra-m Existem dois processos básicos pelos quais se
o mos pra-is
formam as palavras: a derivação e a composição. A
diferença entre ambos consiste basicamente em que,
com- compra- no processo de derivação, partimos sempre de um
pra-va va-s único radical, enquanto no processo de composição
sempre haverá mais de um radical.
A desinência "-o", presente em "am-o", é uma Derivação
desinência número-pessoal, pois indica que o verbo
Derivação é o processo pelo qual se obtém
está na primeira pessoa do singular; "-va", de "ama-
uma palavra nova, chamada derivada, a partir de ou-
va", é desinência modo-temporal: caracteriza uma
tra já existente, chamada primitiva. Observe o qua-
forma verbal do pretérito imperfeito do indicativo, na
dro abaixo:
1ª conjugação.
Vogal Temática
Primitiva Derivada
Vogal Temática é a vogal que se junta ao radi-
cal, preparando-o para receber as desinências. Nos
mar marítimo, marinheiro, marujo
verbos, distinguem-se três vogais temáticas:

terra enterrar, terreiro, aterrar

Caracteriza os verbos da 1ª conjugação. Observamos que "mar" e "terra" não se formam


de nenhuma outra palavra, mas, ao contrário, possibi-
Exemplos: litam a formação de outras, por meio do acréscimo de
buscar, buscavas, etc um sufixo ou prefixo. Logo, mar e terra são palavras
primitivas, e as demais, derivadas.
Caracteriza os verbos da 2ª conjugação.
Tipos de Derivação
Exemplos:
Derivação Prefixal ou Prefixação
romper, rompemos, etc.
Resulta do acréscimo de prefixo à palavra pri-
mitiva, que tem o seu significado alterado. Veja os
exemplos:

Caracteriza os verbos da 3ª conjugação. crer- descrer


ler- reler
Exemplos: capaz- incapaz
proibir, proibirá, etc. Derivação Sufixal ou Sufixação
Tema Resulta de acréscimo de sufixo à palavra pri-
Tema é o grupo formado pelo radical mais vo- mitiva, que pode sofrer alteração de significado ou
mudança de classe gramatical.
gal temática. Nos verbos citados acima, os temas são:
Por Exemplo:
busca-, rompe-, proibi-
alfabetização
Vogais e Consoantes de Ligação
No exemplo acima, o sufixo -ção transforma
As vogais e consoantes de ligação são morfe-
em substantivo o verbo alfabetizar. Este, por sua
mas que surgem por motivos eufônicos, ou seja, para
vez, já é derivado do substantivo alfabeto pelo acrés-
facilitar ou mesmo possibilitar a pronúncia de uma de-
cimo do sufixo -izar.
terminada palavra.
Exemplo: A derivação sufixal pode ser:
a) Nominal, formando substantivos e adjetivos.
parisiense (paris= radical, ense=sufixo,
vogal de ligação=i) Por Exemplo:
Outros exemplos: papel – papelaria
gas-ô-metro, alv-i-negro, tecn-o-cra- riso - risonho
cia, pau-l-ada, cafe-t-eira, cha-l-eira, inset-i-
cida, pe-z-inho, pobr-e-tão, etc. b) Verbal, formando verbos.
Por Exemplo:

17
Apostila PRF

atual - atualizar Ocorre derivação regressiva quando uma pala-


vra é formada não por acréscimo, mas por redução.
c) Adverbial, formando advérbios de modo.
Exemplos:
Por Exemplo:
feliz - felizmente comprar beijar
Derivação Parassintética ou Parassíntese (verbo) (verbo)
Ocorre quando a palavra derivada resulta do
acréscimo simultâneo de prefixo e sufixo à palavra com-
beijo (subs-
primitiva. Por meio da parassíntese formam-se nomes pra (subs-
tantivo)
(substantivos e adjetivos) e verbos. tantivo)

Considere o adjetivo " triste". Do radical "trist-


" formamos o verbo entristecer através da junção si-
multânea do prefixo "en-" e do sufixo "-ecer". A pre-
sença de apenas um desses afixos não é suficiente
para formar uma nova palavra, pois em nossa língua
Saiba que:
não existem as palavras "entriste", nem "tristecer".
Para descobrirmos se um substantivo deriva
Exemplos:
de um verbo ou se ocorre o contrário, podemos se-
guir a seguinte orientação:
Palavra Pre- Radi- Palavra For-
Sufixo - Se o substantivo denota ação, será pala-
Inicial fixo cal mada vra derivada, e o verbo palavra primitiva.
- Se o nome denota algum objeto ou subs-
mudo e mud ecer emudecer tância, verifica-se o contrário.
Vamos observar os exemplos acima: com-
alma des alm ado desalmado pra e beijo indicam ações, logo, são palavras de-
rivadas. O mesmo não ocorre, porém, com a pala-
vra âncora, que é um objeto. Neste caso, um subs-
tantivo primitivo que dá origem ao verbo ancorar.

Atenção! Por derivação regressiva, formam-se basica-


mente substantivos a partir de verbos. Por isso, rece-
Não devemos confundir deriva- bem o nome de substantivos deverbais. Note que
ção parassintética, em que o acrés- na linguagem popular, são frequentes os exemplos de
cimo de sufixo e de prefixo é obriga- palavras formadas por derivação regressiva. Veja:
toriamente simultâneo, com casos
como os das palavras desvaloriza- o portuga (de português)
ção e desigualdade. Nessas palavras, o boteco (de botequim)
os afixos são acoplados em seqüên-
cia: desvalorização provém de des- o comuna (de comunista)
valorizar, que provém desvalorizar, Ou ainda:
que por sua vez provém de valor.
agito (de agitar)
É impossível fazer o mesmo com pa-
lavras formadas por parassíntese: amasso (de amassar)
não se pode dizer que expropriar pro- chego (de chegar)
vém de "propriar" ou de "expróprio",
pois tais palavras não existem.
Logo, expropriar provém diretamente Obs.: o processo normal é criar
de próprio, pelo acréscimo concomi- um verbo a partir de um substantivo. Na deri-
tante de prefixo e sufixo. vação regressiva, a língua procede em sen-
tido inverso: forma o substantivo a partir
do verbo.

Derivação Regressiva

18
Apostila PRF

Derivação Imprópria
A derivação imprópria ocorre quando determi-
nada palavra, sem sofrer qualquer acréscimo ou su- Observação: os processos de
pressão em sua forma, muda de classe gramatical. derivação vistos anteriormente fazem
Neste processo: parte da Morfologia porque implicam
1) Os adjetivos passam a substantivos alterações na forma das palavras. No
entanto, a derivação imprópria lida ba-
Por Exemplo: sicamente com seu significado, o que
Os bons serão contemplados. acaba caracterizando um processo se-
mântico. Por essa razão, entendemos
2) Os particípios passam a substanti- o motivo pelo qual é denominada "im-
vos ou adjetivos própria".
Por Exemplo:
Aquele garoto alcançou umfeitopas-
sandono concurso. Composição
3) Os infinitivos passam a substantivos Composição é o processo que forma palavras
Por Exemplo: compostas, a partir da junção de dois ou mais radi-
cais. Existem dois tipos:
O andar de Roberta era fascinante.
Composição por Justaposição
O badalar dos sinos soou na cidadezinha.
Ao juntarmos duas ou mais palavras ou radi-
4) Os substantivos passam a adjetivos cais, não ocorre alteração fonética.
Por Exemplo: Exemplos:
O funcionário fantasma foi despedido. passatempo, quinta-feira, girassol, couve-flor
O menino prodígio resolveu o problema.
5) Os adjetivos passam a advérbios
Obs.: em "girassol" houve uma altera-
Por Exemplo: ção na grafia (acréscimo de um "s") justa-
mente para manter inalterada a sonoridade
Falei baixo para que ninguém escutasse.
da palavra.
6) Palavras invariáveis passam a substanti-
vos
Por Exemplo:
Não entendo o porquê disso tudo. Composição por Aglutinação
7) Substantivos próprios tornam-se comuns. Ao unirmos dois ou mais vocábulos ou radicais,
Por Exemplo: ocorre supressão de um ou mais de seus elementos
fonéticos.
Aquele coordenador é um caxias!
Exemplos:
(chefe severo e exigente)
embora (em boa hora)
fidalgo (filho de algo - referindo-se à família
nobre)
hidrelétrico (hidro + elétrico)
planalto (plano alto)

Obs.: ao aglutinarem-se, os componen-


tes subordinam-se a um só acento tônico, o
do último componente.

Redução

19
Apostila PRF

Algumas palavras apresentam, ao lado de sua analogia, análise, anagrama, anacrônico


forma plena, uma forma reduzida. Observe:
anfi- : Em redor, em torno, de um e outro lado,
auto - por automóvel
duplicidade. Exemplos:
cine - por cinema
anfiteatro, anfíbio, anfibologia
micro - por microcomputador
anti- : Oposição, ação contrária. Exemplos:
Zé - por José
antídoto, antipatia, antagonista, antítese
Como exemplo de redução ou simplificação de
palavras, podem ser citadas também as siglas, muito apo- : Afastamento, separação. Exemplos:
frequentes na comunicação atual. (Se desejar, veja apoteose, apóstolo, apocalipse, apologia
mais sobre siglas na seção "Extras" -> Abreviaturas
e Siglas) arqui-, arce- : Superioridade hierárquica, pri-
mazia, excesso. Exemplos:
Hibridismo
arquiduque,arquétipo, arcebispo, arqui-
Ocorre hibridismo na palavra em cuja forma-
ção entram elementos de línguas diferentes. milionário

Por Exemplo: cata- : Movimento de cima para baixo. Exem-


plos:
auto (grego) + móvel (latim)
cataplasma, catálogo, catarata
Onomatopeia
di-: Duplicidade. Exemplos:
Numerosas palavras devem sua origem a uma
tendência constante da fala humana para imitar as vo- dissílabo, ditongo, dilema
zes e os ruídos da natureza. As onomatopeias são
dia- : Movimento através de, afastamento.
vocábulos que reproduzem aproximadamente os sons
e as vozes dos seres. Exemplos:
Exemplos: diálogo, diagonal, diafragma, diagrama
miau, zum-zum, piar, tinir, urrar, chocalhar, dis- : Dificuldade, privação. Exemplos :
cocoricar, etc.
dispneia, disenteria, dispepsia, disfasia
Prefixos
ec-, ex-, exo-, ecto- : Movimento para fora.
Os prefixos são morfemas que se colocam an-
tes dos radicais basicamente a fim de modificar-lhes Exemplos:
o sentido; raramente esses morfemas produzem mu-
eclipse, êxodo, ectoderma, exorcismo
dança de classe gramatical.
Os prefixos ocorrentes em palavras portugue- en-, em-, e-: Posição interior, movimento para
sas se originam do latim e do grego, línguas em que dentro.
funcionavam como preposições ou advérbios, logo, Exemplos:
como vocábulos autônomos. Alguns prefixos foram
pouco ou nada produtivos em português. Outros, por encéfalo, embrião, elipse, entusiasmo
sua vez, tiveram grande utilidade na formação de no- endo- : Movimento para dentro. Exemplos:
vas palavras. Veja os exemplos:
endovenoso, endocarpo, endosmose
a- , contra- , des- , em- (ou en-) , es- , entre- epi- : Posição superior, movimento para.
re- , sub- , super- , anti-
Exemplos:
Prefixos de Origem Grega epiderme, epílogo, epidemia, epitáfio
eu- : Excelência, perfeição, bondade.
a-, an-: Afastamento, privação, negação, insu-
ficiência, carência. Exemplos: Exemplos:

anônimo, amoral, ateu, afônico eufemismo, euforia, eucaristia, eufonia

ana- : Inversão, mudança, repetição. Exem- hemi- : Metade, meio. Exemplos:


plos: hemisfério, hemistíquio, hemiplégico

20
Apostila PRF

hiper- : Posição superior, excesso. Exem- adjunto,advogado, advir, aposto


plos:
ante- : Anterioridade, procedência.
hipertensão, hipérbole, hipertrofia
Exemplos:
hipo- : Posição inferior, escassez. Exemplos:
antebraço, antessala, anteontem, antever
hipocrisia, hipótese, hipodérmico
ambi- : Duplicidade.
meta- : Mudança, sucessão. Exemplos:
Exemplos:
metamorfose, metáfora, metacarpo
ambidestro, ambiente, ambiguidade,
para- : Proximidade, semelhança, intensi- ambivalente
dade.
ben(e)-, bem- : Bem, excelência de fato ou
Exemplos: ação.
paralelo, parasita, paradoxo, paradigma Exemplos: benefício, bendito
peri- : Movimento ou posição em torno de. bis-, bi-: Repetição, duas vezes.
Exemplos: Exemplos: bisneto, bimestral, bisavô, bis-
coito
periferia, peripécia, período, periscópio
circu(m) - : Movimento em torno.
pro- : Posição em frente, anterioridade.
Exemplos: circunferência, circunscrito, cir-
Exemplos: culação
prólogo, prognóstico, profeta, programa cis- : Posição aquém.
pros- : Adjunção, em adição a. Exemplos: cisalpino, cisplatino, cisandino
Exemplos: co-, con-, com- : Companhia, concomitân-
prosélito, prosódia cia.
Exemplos: colégio, cooperativa, condutor
proto- : Início, começo, anterioridade.
contra- : Oposição.
Exemplos:
Exemplos: contrapeso, contrapor, contra-
proto-história, protótipo, protomártir
dizer
poli- : Multiplicidade. de- : Movimento de cima para baixo, separa-
Exemplos: ção, negação.
polissílabo, polissíndeto, politeísmo Exemplos: decapitar, decair, depor

sin-, sim- : Simultaneidade, companhia. de(s)-, di(s)- : Negação, ação contrária, sepa-
ração.
Exemplos:
Exemplos: desventura, discórdia, discus-
síntese, sinfonia, simpatia, sinopse são
tele- : Distância, afastamento. e-, es-, ex- : Movimento para fora.
Exemplos: Exemplos: excêntrico, evasão, exportação,
expelir
televisão, telepatia, telégrafo
en-, em-, in- : Movimento para dentro, passa-
gem para um estado ou forma, revestimento.
Prefixos de Origem Latina
Exemplos: imergir, enterrar, embeber, in-
a-, ab-, abs- : Afastamento, separação. jetar, importar

Exemplos: extra- : Posição exterior, excesso.

aversão, abuso, abstinência, abstração Exemplos: extradição, extraordinário, ex-


traviar
a-, ad- : Aproximação, movimento para junto.
i-, in-, im- : Sentido contrário, privação, nega-
Exemplos: ção.

21
Apostila PRF

Exemplos: ilegal, impossível, improdutivo ultra- : Posição além do limite, excesso.


inter-, entre- : Posição intermediária. Exemplos: ultrapassar, ultrarromantismo,
ultrassom, ultraleve, ultravioleta
Exemplos: internacional, interplanetário
vice-, vis- : Em lugar de.
intra- : Posição interior.
Exemplos: vice-presidente, visconde, vice-
Exemplos: - intramuscular, intravenoso, in-
almirante
traverbal
intro- : Movimento para dentro. Quadro de Correspondência entre Prefixos
Exemplos: introduzir, introvertido, intros- Gregos e Latinos
pectivo
justa- : Posição ao lado. PREFIXOS PREFI-
Exemplos: justapor, justalinear XOS LA- SIGNIFICADO EXEMPLOS
GREGOS TINOS
ob-, o- : Posição em frente, oposição.
Exemplos: obstruir, ofuscar, ocupar, obs- a, an des, privação, anarquia, de-
táculo sigual, ina-
in negação
per- : Movimento através. tivo
Exemplos: percorrer, perplexo, perfurar,
perverter anti contra oposição, antibiótico,
pos- : Posterioridade. contraditório
ação contrária
Exemplos: pospor, posterior, pós-gradu-
ado anfi ambi duplicidade, de um anfiteatro,
pre- : Anterioridade . e outro lado, em ambivalente
torno
Exemplos: prefácio, prever, prefixo, preli-
minar
apo ab afastamento, se- apo-
pro- : Movimento para frente.
paração geu, abstrair
Exemplos: progresso, promover, prosse-
guir, projeção
di bi(s) duplicidade dissílabo, bi-
re- : Repetição, reciprocidade. campeão
Exemplos: rever, reduzir, rebater, reatar
retro- : Movimento para trás. dia, trans movimento através diálogo,
transmitir
Exemplos: retrospectiva, retrocesso, retro- meta
agir, retrógrado
so-, sob-, sub-, su- : Movimento de baixo e(n)(m) i(n)(m)(r) movimento para encéfalo, in-
para cima, inferioridade. dentro gerir, irrom-
Exemplos: soterrar, sobpor, subestimar per

super-, supra-, sobre- : Posição superior, ex-


cesso. endo intra movimento para endovenoso,
dentro, posição in- intramuscu-
Exemplos: supercílio, supérfluo
terior lar
soto-, sota- : Posição inferior.
Exemplos: soto-mestre, sota-voga, soto- e(c)(x) e(s)(x) movimento para êxodo, ex-
pôr fora, mudança de cêntrico, es-
trans-, tras-, tres-, tra- : Movimento para estado tender
além, movimento através.
Exemplos: transatlântico, tresnoitar, tradi-
ção

22
Apostila PRF

epi, supra posição superior, epílogo, su- -ância - abundância -mento - casamento
excesso pervisão, hi-
super, hi-
pérbole, su- -ção - emoção -são - compreensão
per
pradito
-dão - solidão -tude - amplitude
eu bene excelência, perfei- eufemismo,
ção, bondade benéfico -ença - presença -ura - formatura

hemi semi divisão em hemis- Sufixos que formam nomes de agente


duas partes fério, semi-
círculo
-ário(a) -secretário -or - lutador

hipo sub posição inferior hipodér- -eiro(a) - ferreiro -nte - feirante


mico, sub-
marino -ista - manobrista

para ad proximidade, ad- paralelo, ad-


Além dos sufixos acima, tem-se:
junção jacência
Sufixos que formam nomes de lugar, depo-
peri circum em torno de periferia, cir- sitório
cunferência
-aria - churrascaria -or - corredor
cata de movimento para catavento,
baixo derrubar -ário - herbanário -tério - cemitério

si(n)(m) cum sinfonia, si- -eiro - açucareiro -tório - dormitório


simultaneidade,
companhia logeu, cúm-
plice -il - covil

Sufixos
Sufixos que formam nomes indicadores de
Sufixos são elementos (isoladamente insignifi- abundância, aglomeração, coleção
cativos) que, acrescentados a um radical, formam
nova palavra. Sua principal característica é a mu-
dança de classe gramatical que geralmente opera. -ario(a) - casario, infan-
-aço - ricaço
Dessa forma, podemos utilizar o significado de taria
um verbo num contexto em que se deve usar
um substantivo, por exemplo. -ada - papelada -edo - arvoredo
Como o sufixo é colocado depois do radical, a
ele são incorporadas as desinências que indicam as -agem - folhagem -eria - correria
flexões das palavras variáveis. Existem dois grupos
de sufixos formadores de substantivos extremamente -al - capinzal -io - mulherio
importantes para o funcionamento da língua. São os
que formam nomes de ação e os que formam nomes -ame - gentame -ume - negrume
de agente.
Sufixos que formam nomes de ação Sufixos que formam nomes técnicos usa-
dos na ciência
-ada - caminhada -ez(a) - sensatez, beleza
bronquite, hepatite (infla-
-ite
-ança - mudança -ismo - civismo mação)

23
Apostila PRF

mioma, epitelioma, carci- -ário - diário, ordinário -ico - geométrico


-oma
noma (tumores)
-ático - problemático -il - febril
sulfato, cloreto, sul-
-ato, eto, ito
fito (sais)
-az - mordaz -ino - cristalino
cafeína, codeína (alcaloi-
-ina -engo - mulherengo -ivo - lucrativo
des, álcalis artificiais)

fenol, naftol (derivado de -enho - ferrenho -onho - tristonho


-ol
hidrocarboneto)
-eno - terreno -oso - bondoso
-ite amotite (fósseis)
-udo - barrigudo
-ito granito (pedra)

morfema, fonema, se- b) de verbos


-ema mema, semantema (ci-
ência linguística) SUFIXO SENTIDO EXEMPLIFI-
CAÇÃO
-io - sódio, potás-
sio, selênio (corpos sim- -a)(e)(i)nte ação, qualidade, es- semelhante,
ples) tado doente, se-
guinte
Sufixo que forma nomes de religião, doutri-
nas filosóficas, sistemas políticos -(á)(í)vel possibilidade de prati- louvável, pere-
car ou sofrer uma cível, punível
ação
budismo
-ismo kantismo
comunismo -io, -(t)ivo ação referência, modo tardio, afirma-
de ser tivo, pensativo

-(d)iço, - possibilidade de prati- movediço,


SUFIXOS FORMADORES DE ADJETIVOS (t)ício car ou sofrer uma quebradiço,
ação, referência factício
a) de substantivos

-(d)ouro, ação, pertinência casadouro,


-ento - cruento preparatório
-(t)ório

-ado - barbado -eo - róseo


SUFIXOS ADVERBIAIS
-áceo(a) - herbáceo, lilá- Na Língua Portuguesa, existe apenas um único
-esco - pitoresco sufixo adverbial: É o sufixo "-mente", derivado do
ceas
substantivo feminino latino mens, mentis que pode
significar "a mente, o espírito, o intento".Este sufixo
-aico - prosaico -este - agreste juntou-se a adjetivos, na forma feminina, para indicar
circunstâncias, especialmente a de modo.
-al - anual -estre - terrestre Exemplos:
altiva-mente, brava-mente, bondosa-
-ar - escolar -ício - alimentício mente, nervosa-mente, fraca-mente, pia-
mente

24
Apostila PRF

Já os advérbios que se derivam de adjetivos Observe este quadro de sufixos verbais:


terminados em –ês (burgues-mente, portugues-
mente, etc.) não seguem esta regra, pois esses adje-
tivos eram outrora uniformes. SUFI- SENTIDO EXEMPLOS
XOS
Exemplos:
cabrito montês / cabrita montês. -ear Freqüentativo cabecear,
SUFIXOS VERBAIS durativo folhear
Os sufixos verbais agregam-se, via de regra, ao
radical de substantivos e adjetivos para formar novos -ejar frequentativo, gotejar,
verbos. durativo velejar
Em geral, os verbos novos da língua formam-
se pelo acréscimo da terminação-ar. -entar factitivo aformosentar,
Exemplos: amolentar

esqui-ar; radiograf-ar; (a)doç-ar; nivel-


-(i)ficar factitivo clarificar, dignifi-
ar; (a)fin-ar; telefon-ar; (a)portugues-ar. car
Os verbos exprimem, entre outras ideias, a prá-
tica de ação. Veja: -icar frequentativo-diminu- bebericar, depe-
tivo nicar
-ar: cruzar, analisar, limpar
-ear: guerrear, golear -ilhar frequentativo-diminu- dedilhar, fervi-
tivo lhar
-entar: afugentar, amamentar
-ficar: dignificar, liquidificar -inhar frequentativo-diminu- escrevinhar, cus-
-izar: finalizar, organizar tivo-pejorativo pinhar

-iscar frequentativo-diminu- chuviscar, lam-


tivo biscar
Observações:
-itar frequentativo-diminu- dormitar, saltitar
Verbo Frequentativo: é aquele que tivo
traduz ação repetida.
Verbo Factitivo: é aquele que en- -izar factitivo civilizar, utilizar
volve idéia de fazer ou causar.
Verbo Diminutivo: é aquele que
exprime ação pouco intensa.

Radicais Gregos
Radicais Gregos
O conhecimento dos radicais gregos é de indiscutível importância para a exata compreensão e fácil
memorização de inúmeras palavras. Apresentamos a seguir duas relações de radicais gregos. A primeira
agrupa os elementos formadores que normalmente são colocados no início dos compostos, a segunda
agrupa aqueles que costumam surgir na parte final.
Radicais que atuam como primeiro elemento

Forma Sentido Exemplos

25
Apostila PRF

Aéros- ar Aeronave

Ánthropos- homem Antropófago

Autós- de si mesmo Autobiografia

Bíblion- livro Biblioteca

Bíos- vida Biologia

Chróma- cor Cromático

Chrónos- tempo Cronômetro

Dáktyilos- dedo Dactilografia

Déka- dez Decassílabo

Démos- povo Democracia

Eléktron- (âmbar) Eletricidade Eletroímã

Ethnos- raça Etnia

Géo- terra Geografia

Héteros- outro Heterogêneo

Hexa- seis Hexágono

Híppos- cavalo Hipopótamo

Ichthýs- peixe Ictiografia

Ísos- igual Isósceles

Makrós- grande, longo Macróbio

Mégas- grande Megalomaníaco

Mikrós- pequeno Micróbio

Mónos- um só Monocultura

Nekrós- morto Necrotério

26
Apostila PRF

Néos- novo Neolatino

Odóntos- dente Odontologia

Ophthalmós- olho Oftalmologia

Ónoma- nome Onomatopeia

Orthós- reto, justo Ortografia

Pan- todos, tudo Pan-americano

Páthos- doença Patologia

Penta- cinco Pentágono

Polýs- muito Poliglota

Pótamos- rio Potamologia

Pséudos- falso Pseudônimo

Psiché- mente Psicologia

Riza- raiz Rizotônico

Techné- arte Tecnografia

Thermós- quente Térmico

Tetra- quatro Tetraedro

Týpos- figura, marca Tipografia

Tópos- lugar Topografia

Zóon- Animal Zoologia

Radicais que atuam como segundo elemento:

Forma Sentido Exemplos

-agogós Que conduz Pedagogo

27
Apostila PRF

álgos Dor Analgésico

-arché Comando, governo Monarquia

-dóxa Que opina Ortodoxo

-drómos Lugar para correr Hipódromo

-gámos Casamento Poligamia

-glótta; -glóssa Língua Poliglota, glossário

-gonía Ângulo Pentágono

-grápho Escrita Ortografia

-grafo Que escreve Calígrafo

-grámma Escrito, peso Telegrama, quilograma

-krátos Poder Democracia

-lógos Palavra, estudo Diálogo

-mancia Adivinhação Cartomancia

-métron Que mede Quilômetro

-nómos Que regula Autônomo

-pólis; Cidade Petrópolis

-pterón Asa Helicóptero

-skopéo Instrumento para ver Microscópio

-sophós Sabedoria Filosofia

-théke Lugar onde se guarda Biblioteca

Radicais Latinos
Radicais que atuam como primeiro elemento:

28
Apostila PRF

Forma Sentido Exemplo

Agri Campo Agricultura

Ambi Ambos Ambidestro

Arbori- Árvore Arborícola

Bis-, bi- Duas vezes Bípede, bisavô

Calori- Calor Calorífero

Cruci- cruz Crucifixo

Curvi- curvo Curvilíneo

Equi- igual Equilátero, equidistante

Ferri-, ferro- ferro Ferrífero, ferrovia

Loco- lugar Locomotiva

Morti- morte Mortífero

Multi- muito Multiforme

Olei-, oleo- Azeite, óleo Oleígeno, oleoduto

Oni- todo Onipotente

Pedi- pé Pedilúvio

Pisci- peixe Piscicultor

Pluri- Muitos, vários Pluriforme

Quadri-, quadru- quatro Quadrúpede

Reti- reto Retilíneo

Semi- metade Semimorto

Tri- Três Tricolor

29
Apostila PRF

Radicais que atuam como segundo elemento:

Forma Sentido Exemplos

-cida Que mata Suicida, homicida

-cola Que cultiva, ou habita Arborícola, vinícola, silvícola

-cultura Ato de cultivar Piscicultura, apicultura

-fero Que contém, ou produz Aurífero, carbonífero

-fico Que faz, ou produz Benefício, frigorífico

-forme Que tem forma de Uniforme, cuneiforme

-fugo Que foge, ou faz fugir Centrífugo, febrífugo

-gero Que contém, ou produz Belígero, armígero

-paro Que produz Ovíparo, multíparo

-pede Pé Velocípede, palmípede

-sono Que soa Uníssono, horríssono

-vomo Que expele Ignívomo, fumívomo

-voro Que come Carnívoro, herbívoro

30
Apostila PRF
CAPÍTULO 5– MORFOLOGIA 4- que equivale a um substantivo, ou que o traz
implícito: onde é que está a ideia substantiva no meio
desses adjetivos?(CNT) . Nm
EMPREGO DAS CLASSES GRAMATICAIS
5- palavra que por si só designa a substância,
1- SUBSTANTIVO ou seja, um ser real ou metafísico; palavra com que
se nomeiam os seres, atos ou conceitos; nome: Há-
Tudo o que existe é ser e cada ser tem um kodesh é na origem um substantivo feminino
nome. Substantivo é a classe gramatical de palavras (VEJ); Planctus era um particípio passado e não um
variáveis, as quais denominam os seres. Além de ob- substantivo (ACM)
jetos, pessoas e fenômenos, os substantivos também
nomeiam: Classificação dos Substantivos
-lugares: Alemanha, Porto Alegre... 1- Substantivos Comuns e Próprios
-sentimentos: raiva, amor... Observe a definição:
-estados: alegria, tristeza...
s.f. 1: Povoação maior que vila, com mui-
-qualidades: honestidade, sinceridade... tas casas e edifícios, dispostos em ruas e aveni-
-ações: corrida, pescaria... das (no Brasil, toda a sede de município é ci-
dade). 2. O centro de uma cidade (em oposição
aos bairros).
Morfossintaxe do substantivo
Nas orações de língua portuguesa, o subs- Qualquer "povoação maior que vila, com muitas
tantivo em geral exerce funções diretamente re- casas e edifícios, dispostos em ruas e avenidas" será
lacionadas com o verbo: atua como núcleo do chamadacidade. Isso significa que a palavra ci-
sujeito, dos complementos verbais (objeto direto dade é um substantivo comum.
ou indireto) e do agente da passiva. Pode ainda
funcionar como núcleo do complemento nominal Substantivo Comum: é aquele que designa os
ou do aposto, como núcleo do predicativo do su- seres de uma mesma espécie de forma genérica.
jeito ou do objeto ou como núcleo do vocativo. Por exemplo:
Também encontramos substantivos como nú-
cleos de adjuntos adnominais e de adjuntos ad- cidade, menino, homem, mulher, país,
verbiais - quando essas funções são desempe- cachorro.
nhadas por grupos de palavras.
Estamos voando para Barcelona.
Você sabia que a palavra substantivo também
pode ser um adjetivo? O substantivo Barcelona designa apenas um
Reproduzimos a seguir o verbete substantivo, ser da espécie cidade. Esse substantivo é próprio.
do Dicionário de usos do português do Brasil, de Fran- Substantivo Próprio: é aquele que designa os
cisco S. Borba. Observe que as quatro primeiras seres de uma mesma espécie de forma particular.
acepções se referem à palavra em sua atuação como
adjetivo. Por exemplo:
Substantivo Adj [Qualificador de nome não Londres, Paulinho, Pedro, Tietê, Brasil.
animado]
2 - Substantivos Concretos e Abstratos
1- que tem substância ou essência: destacava-
se entre os homens hábeis daquele país o hábito de Os substantivos lâmpada e mala designam
fazer uma conversa prosseguir horas a fio, sem que a seres com existência própria, que são independentes
proposta substantiva ganhasse clara configuração de outros seres. São assim, substantivos concretos.
(REP); se olham as coisas não pelos resultados subs- Substantivo Concreto: é aquele que designa o
tantivos(VEJ); ser que existe, independentemente de outros seres.
2- essencial; profundo: eu te amo por você
mesma, de um modo substantivo e positivo(LC) Obs.: os substantivos concretos designam
seres do mundo real e do mundo imaginário.
3- fundamental; essencial: o submarino foi um
elemento adjetivo na I Guerra Mundial e substantivo Seres do mundo real: homem, mulher,
na II Guerra (VEJ) cadeira, cobra, Brasília, etc.
Seres do mundo imaginário: saci, mãe-
d'água, fantasma, etc.

31
Apostila PRF

acompanhante - comitiva, cortejo, séquito;


Observe agora: alho - (quando entrelaçados) réstia, enfiada,
cambada;
Beleza exposta aluno - classe;
Jovens atrizes veteranas destacam-se pelo vi- amigo - (quando em assembleia) tertúlia;
sual.
animal - (em geral) piara, pandilha, (todos de
uma região) fauna, (manada de cavalgaduras) récua,
O substantivo beleza designa uma qualidade. récova, (de carga) tropa, (de carga, menos de 10) lote,
Substantivo Abstrato: é aquele que designa se- (de raça, para reprodução) plantel, (ferozes ou selva-
res que dependem de outros para se manifestar ou gens) alcateia;
existir. anjo - chusma, coro, falange, legião, teoria;
Pense bem: a beleza não existe por si só, não apetrecho - (quando de profissionais) ferra-
pode ser observada. Só podemos observar a beleza menta, instrumental;
numa pessoa ou coisa que seja bela. A beleza de-
pende de outro ser para se manifestar. Portanto, a pa- aplaudidor - (quando pagos) claque;
lavra beleza é um substantivo abstrato. arcabuzeiro - batalhão, manga, regimento;
Os substantivos abstratos designam estados, argumento - carrada, monte, montão, multi-
qualidades, ações e sentimentos dos seres, dos quais dão;
podem ser abstraídos, e sem os quais não podem
existir. arma - (quando tomadas dos inimigos) troféu;

Por exemplo: vida (estado), rapidez (quali- arroz - batelada;


dade), viagem (ação), saudade (sentimento). artista - (quando trabalham juntos) companhia,
3 - Substantivos Coletivos elenco;
árvore - (quando em linha) alameda, carreira,
Ele vinha pela estrada e foi picado por rua, souto, (quando constituem maciço) arvoredo,
uma abelha, outra abelha, mais outra abelha. bosque, (quando altas, de troncos retos a aparentar
parque artificial) malhada;
Ele vinha pela estrada e foi picado por asneira - acervo, chorrilho, enfiada, monte;
várias abelhas.
asno - manada, récova, récua;
assassino - choldra, choldraboldra;
Ele vinha pela estrada e foi picado por um
enxame. assistente - assistência;
astro - (quando reunidos a outros do mesmo
Note que, no primeiro caso, para indicar plural, grupo) constelação;
foi necessário repetir o substantivo: uma abelha, outra
abelha, mais outra abelha... ator - elenco;

No segundo caso, utilizaram-se duas palavras autógrafo - (quando em lista especial de cole-
no plural. ção) álbum;

No terceiro caso, empregou-se um substantivo ave - (quando em grande quantidade) bando,


no singular (enxame) para designar um conjunto de nuvem;
seres da mesma espécie (abelhas). avião - esquadrão, esquadra, esquadrilha;
O substantivo enxame é um substantivo co- bala - saraiva, saraivada;
letivo.
bandoleiro - caterva, corja, horda, malta, sú-
Substantivo Coletivo: é o substantivo comum cia, turba;
que, mesmo estando no singular, designa um con-
junto de seres da mesma espécie. bêbado - corja, súcia, farândola;

Principais Substantivos e Suas Formas Co- boi - boiada, abesana, armento, cingel, jugada,
letivas: jugo, junta, manada, rebanho, tropa;

abelha - enxame, cortiço, colmeia; bomba - bateria;

abutre - bando; borboleta - boana, panapaná;

32
Apostila PRF

botão - (de qualquer peça de vestuário) aboto- célula - (quando diferenciadas igualmente) te-
adura, (quando em fileira) carreira; cido;
burro - (em geral) lote, manada, récua, tropa, cereal - (em geral) fartadela, fartão, fartura,
(quando carregado) comboio; (quando em feixes) meda, moreia;
busto - (quando em coleção) galeria; cigano - bando, cabilda, pandilha;
cabelo - (em geral) chumaço, guedelha, ma- cliente - clientela, freguesia;
deixa, (conforme a separação) marrafa, trança;
coisa - (em geral) coisada, coisarada, ajunta-
cabo - cordame, cordoalha, enxárcia; mento, chusma, coleção, cópia, enfiada, (quando an-
tigas e em coleção ordenada) museu, (quando em
cabra - fato, malhada, rebanho;
lista de anotação) rol, relação, (em quantidade que se
cadeira - (quando dispostas em linha) carreira, pode abranger com os braços) braçada, (quando em
fileira, linha, renque; série) sequência, série, sequela, coleção, (quando
reunidas e sobrepostas) monte, montão, cúmulo;
cálice - baixela;
coluna - colunata, renque;
cameleiro - caravana;
cônego - cabido;
camelo - (quando em comboio) cáfila;
copo - baixela;
caminhão - frota;
corda - (em geral) cordoalha, (quando no
canção - (quando reunidas em livro) cancio-
mesmo liame) maço, (de navio) enxárcia, cordame,
neiro, (quando populares de uma região) folclore;
massame, cordagem;
canhão - bateria;
correia - (em geral) correame, (de montaria)
cantilena - salsada; apeiragem;
cão - adua, cainçalha, canzoada, chusma, ma- credor - junta, assembleia;
tilha; crença - (quando populares) folclore;
capim - feixe, braçada, paveia; crente - grei, rebanho;
cardeal - (em geral) sacro colégio, (quando
depredador - horda;
reunidos para a eleição do papa) conclave, (quando
reunidos sob a direção do papa) consistório; deputado - (quando oficialmente reunidos) câ-
mara, assembleia;
carneiro - chafardel, grei, malhada, oviário, re-
banho; desordeiro - caterva, corja, malta, pandilha,
súcia, troça, turba;
carro - (quando unidos para o mesmo destino)
comboio, composição, (quando em desfile) corso; diabo - legião;
carta - (em geral) correspondência; dinheiro - bolada, bolaço, disparate;
casa - (quando unidas em forma de quadrados) disco - discoteca;
quarteirão, quadra;
doze - (coisas ou animais) dúzia;
castanha - (quando assadas em fogueira) ma-
ébrio - Ver bêbado;
gusto;
égua - Ver cavalo;
cavalariano - (de cavalaria militar) piquete;
elefante - manada;
cavaleiro - cavalgada, cavalhada, tropel;
erro - barda;
cavalgadura - cáfila, manada, piara, récova,
récua, tropa, tropilha; escravo - (quando da mesma morada) sen-
zala, (quando para o mesmo destino) comboio,
cavalo - manada, tropa;
(quando aglomerados) bando;
cebola - (quando entrelaçadas pelas hastes)
escrito - (quando em homenagem a homem
cambada, enfiada, réstia;
ilustre) polianteia, (quando literários) analectos, anto-
cédula - bolada, bolaço; logia, coletânea, crestomatia, espicilégio, florilégio,
seleta;
chave - (quando num cordel ou argola) molho,
penca; espectador - (em geral) assistência, auditório,
plateia, (quando contratados para aplaudir) claque;

33
Apostila PRF

espiga - (quando atadas) amarrilho, arrega- gente - (em geral) chusma, grupo, multidão,
çada, atado, atilho, braçada, fascal, feixe, gavela, lio, (quando indivíduos reles) magote, patuleia, poviléu;
molho, paveia;
grão - manípulo, manelo, manhuço, manojo,
estaca - (quando fincadas em forma de cerca) manolho, maunça, mão, punhado;
paliçada;
graveto - (quando amarrados) feixe;
estado - (quando unidos em nação) federação,
gravura - (quando selecionadas) iconoteca;
confederação, república;
estampa - (quando selecionadas) iconoteca,
(quando explicativas) atlas; habitante - (em geral) povo, população,
(quando de aldeia, de lugarejo) povoação;
estátua - (quando selecionadas) galeria;
herói - falange;
estrela - (quando cientificamente agrupadas)
constelação, (quando em quantidade) acervo, hiena - alcateia;
(quando em grande quantidade) miríade;
hino - hinário;
estudante - (quando da mesma escola) classe,
ilha - arquipélago;
turma, (quando em grupo cantam ou tocam) estudan-
tina, (quando em excursão dão concertos) tuna, imigrante - (quando em trânsito) leva, (quando
(quando vivem na mesma casa) república; radicados) colônia;
fazenda - (quando comerciáveis) sortimento; índio - (quando formam bando) maloca,
feiticeiro - (quando em assembleia secreta) (quando em nação) tribo;
conciliábulo; instrumento - (quando em coleção ou série)
feno - braçada, braçado; jogo, ( quando cirúrgicos) aparelho, (quando de artes
e ofícios) ferramenta, (quando de trabalho grosseiro,
filme - filmoteca, cinemoteca; modesto) tralha;
fio - (quando dobrado) meada, mecha, (quando inseto - (quando nocivos) praga, (quando em
metálicos e reunidos em feixe) cabo; grande quantidade) miríade, nuvem, (quando se des-
locam em sucessão) correição;
flecha - (quando caem do ar, em porção) sa-
raiva, saraivada; javali - alcateia, malhada, vara;
flor - (quando atadas) antologia, arregaçada, jornal - hemeroteca;
braçada, fascículo, feixe, festão, capela, grinalda, ra-
jumento - récova, récua;
malhete, buquê, (quando no mesmo pedúnculo) ca-
cho; jurado - júri, conselho de sentença, corpo de
foguete - (quando agrupados em roda ou num jurados;
travessão) girândola; ladrão - bando, cáfila, malta, quadrilha, tropa,
força naval - armada; pandilha;
lâmpada - (quando em fileira) carreira, (quando
força terrestre - exército;
dispostas numa espécie de lustre) lampadário;
formiga - cordão, correição, formigueiro;
leão - alcateia;
frade - (quanto ao local em que moram) comu-
lei - (quando reunidas cientificamente) código,
nidade, convento;
consolidação, corpo, (quando colhidas aqui e ali) com-
frase - (quando desconexas) apontoado; pilação;
freguês - clientela, freguesia; leitão - (quando nascidos de um só parto) leite-
gada;
fruta - (quando ligadas ao mesmo pedúnculo)
cacho, (quanto à totalidade das colhidas num ano) co- livro - (quando amontoados) chusma, pilha,
lheita, safra; ruma, (quando heterogêneos) choldraboldra, salga-
lhada, (quando reunidos para consulta) biblioteca,
fumo - malhada;
(quando reunidos para venda) livraria, (quando em
gafanhoto - nuvem, praga; lista metódica) catálogo;
garoto - cambada, bando, chusma; lobo - alcateia, caterva;
gato - cambada, gatarrada, gataria; macaco - bando, capela;

34
Apostila PRF

malfeitor - (em geral) bando, canalha, choldra, osso - (em geral) ossada, ossaria, ossama,
corja, hoste, joldra, malta, matilha, matula, pandilha, (quando de um cadáver) esqueleto;
(quando organizados) quadrilha, sequela, súcia,
ouvinte - auditório;
tropa;
ovelha - (em geral) rebanho, grei, chafardel,
maltrapilho - farândola, grupo;
malhada, oviário;
mantimento - (em geral) sortimento, provisão,
ovo - (os postos por uma ave durante certo
(quando em saco, em alforge) matula, farnel, (quando
tempo) postura, (quando no ninho) ninhada;
em cômodo especial) despensa;
padre - clero, clerezia;
mapa - (quando ordenados num volume) atlas,
(quando selecionados) mapoteca; palavra - (em geral) vocabulário, (quando em
ordem alfabética e seguida de significação) dicionário,
máquina - maquinaria, maquinismo;
léxico, (quando proferidas sem nexo) palavrório;
marinheiro - marujada, marinhagem, compa-
pancada - pancadaria;
nha, equipagem, tripulação;
pantera - alcateia;
médico - (quando em conferência sobre o es-
tado de um enfermo) junta; papel - (quando no mesmo liame) bloco, maço,
(em sentido lato, de folhas ligadas e em sentido es-
menino - (em geral) grupo, bando, (depreciati-
trito, de 5 folhas) caderno, (5 cadernos) mão, (20
vamente) chusma, cambada;
mãos) resma, (10 resmas) bala;
mentira - (quando em sequência) enfiada;
parente - (em geral) família, parentela, paren-
mercadoria - sortimento, provisão; talha, (em reunião) tertúlia;
mercenário - mesnada; partidário - facção, partido, torcida;
metal - (quando entra na construção de uma partido político - (quando unidos para um
obra ou artefato) ferragem; mesmo fim) coligação, aliança, coalizão, liga;
ministro - (quando de um mesmo governo) mi- pássaro - passaredo, passarada;
nistério, (quando reunidos oficialmente) conselho;
passarinho - nuvem, bando;
montanha - cordilheira, serra, serrania;
pau - (quando amarrados) feixe, (quando
mosca - moscaria, mosquedo; amontoados) pilha, (quando fincados ou unidos em
cerca) bastida, paliçada;
móvel - mobília, aparelho, trem;
peça - (quando devem aparecer juntas na
música - (quanto a quem a conhece) repertó-
mesa) baixela, serviço, (quando artigos comerciáveis,
rio;
em volume para transporte) fardo, (em grande quanti-
músico - (quando com instrumento) banda, dade) magote, (quando pertencentes à artilharia) ba-
charanga, filarmônica, orquestra; teria, (de roupas, quando enroladas) trouxa, (quando
pequenas e cosidas umas às outras para não se ex-
nação - (quando unidas para o mesmo fim) ali-
traviarem na lavagem) apontoado, (quando literárias)
ança, coligação, confederação, federação, liga, união; antologia, florilégio, seleta, silva, crestomatia, coletâ-
navio - (em geral) frota, (quando de guerra) nea, miscelânea;
frota, flotilha, esquadra, armada, marinha, (quando peixe - (em geral e quando na água) cardume,
reunidos para o mesmo destino) comboio;
(quando miúdos) boana, (quando em viveiro) aquário,
nome - lista, rol; (quando em fileira) cambada, espicha, enfiada,
(quando à tona) banco, manta;
nota - (na acepção de dinheiro) bolada, bolaço,
maço, pacote, (na acepção de produção literária, ci- pena - (quando de ave) plumagem;
entífica) comentário; pessoa - (em geral) aglomeração, banda,
objeto - Ver coisa; bando, chusma, colmeia, gente, legião, leva, maré,
massa, mó, mole, multidão, pessoal, roda, rolo, troço,
onda - (quando grandes e encapeladas) ma- tropel, turba, turma, (quando reles) corja, caterva,
rouço; choldra, farândola, récua, súcia, (quando em serviço,
órgão - (quando concorrem para uma mesma em navio ou avião) tripulação, (quando em acompa-
função) aparelho, sistema; nhamento solene) comitiva, cortejo, préstito, procis-
são, séquito, teoria, (quando ilustres) plêiade, pugilo,
orquídea - (quando em viveiro) orquidário; punhado, (quando em promiscuidade) cortiço,

35
Apostila PRF

(quando em passeio) caravana, (quando em assem-


bleia popular) comício, (quando reunidas para tratar
de um assunto) comissão, conselho, congresso, con- Obs.: na maioria dos casos, a forma
clave, convênio, corporação, seminário, (quando su- coletiva se constrói mediante a adaptação
jeitas ao mesmo estatuto) agremiação, associação, do sufixo conveniente: arvoredo (de árvo-
centro, clube, grêmio, liga, sindicato, sociedade; res), cabeleira (de cabelos), freguesia (de
pilha - (quando elétricas) bateria; fregueses), palavratório (de palavras), pro-
fessorado (de professores), tapeçaria (de
planta - (quando frutíferas) pomar, (quando tapetes), etc.
hortaliças, legumes) horta, (quando novas, para re-
planta) viveiro, alfobre, tabuleiro, (quando de uma re-
gião) flora, (quando secas, para classificação) herbá-
rio; Nota: o coletivo é um substantivo singular,
ponto - (de costura) apontoado; mas com ideia de plural.

porco - (em geral) manada, persigal, piara, Formação dos Substantivos


vara, (quando do pasto) vezeira; 4 - Substantivos Simples e Compostos
povo - (nação) aliança, coligação, confedera-
ção, liga; Chuva subst. Fem. 1 - água caindo em gotas so-
prato - baixela, serviço, prataria; bre a terra.

prelado - (quando em reunião oficial) sínodo;


O substantivo chuva é formado por um único
prisioneiro - (quando em conjunto) leva, elemento ou radical. É um substantivo simples.
(quando a caminho para o mesmo destino) comboio;
Substantivo Simples: é aquele formado por
professor - corpo docente, professorado, con- um único elemento.
gregação;
Outros substantivos simples: tempo, sol, sofá,
quadro - (quando em exposição) pinacoteca, etc.
galeria;
Veja agora:
querubim - coro, falange, legião;
O substantivo guarda-chuva é formado por
recruta - leva, magote; dois elementos (guarda + chuva). Esse substantivo
é composto.
religioso - clero regular;
Substantivo Composto: é aquele formado por
roupa - (quando de cama, mesa e uso pessoal)
dois ou mais elementos.
enxoval, (quando envoltas para lavagem) trouxa;
Outros exemplos: beija-flor, passatempo.
salteador - caterva, corja, horda, quadrilha;
5-Substantivos Primitivos e Derivados
selo - coleção;
Veja:
serra - (acidente geográfico) cordilheira;
Meu limão meu limoeiro,
soldado - tropa, legião;
meu pé de jacarandá...
trabalhador - (quando reunidos para um traba-
lho braçal) rancho, (quando em trânsito) leva; O substantivo limão é primitivo, pois não se
originou de nenhum outro dentro de língua portu-
tripulante - equipagem, guarnição, tripulação;
guesa.
utensílio - (quando de cozinha) bateria, trem,
Substantivo Primitivo: é aquele que não de-
(quando de mesa) aparelho, baixela;
riva de nenhuma outra palavra da própria língua por-
vadio - cambada, caterva, corja, mamparra, tuguesa.
matula, súcia;
O substantivo limoeiro é derivado, pois se ori-
vara - (quando amarradas) feixe, ruma; ginou a partir da palavra limão.
velhaco - súcia, velhacada. Substantivo Derivado: é aquele que se ori-
gina de outra palavra.
2- ARTIGO
Artigo é a palavra que, vindo antes de um
substantivo, indica se ele está sendo empregado de

36
Apostila PRF

maneira definida ou indefinida. Além disso, o artigo in- por pronomes indefinidos e, posteriormente, re-
dica, ao mesmo tempo, o gênero e o número dos tomadas pelos definidos. Assim, o referente de-
substantivos. terminado pelo artigo definido passa a fazer
Classificação dos Artigos parte de um conjunto argumentativo que man-
tém a coesão dos textos. Além disso, a sutileza
Artigos Definidos: determinam os substanti- de muitas modificações de significados transmi-
vos de maneira precisa: o, a, os, as. tidas pelos artigos faz com que sejam frequente-
Por exemplo: mente usados pelos escritores em seus textos li-
terários.
Eu matei o animal.
Artigos Indefinidos: determinam os substan- 3- ADJETIVO
tivos de maneira vaga: um, uma, uns, umas.
Adjetivo é a palavra que expressa uma quali-
Por exemplo: dade ou característica do ser e se "encaixa" direta-
Eu matei um animal. mente ao lado de um substantivo.

Combinação dos Artigos Ao analisarmos a palavra bondoso, por exem-


plo, percebemos que além de expressar uma quali-
É muito presente a combinação dos artigos de- dade, ela pode ser "encaixada diretamente" ao lado
finidos e indefinidos com preposições. Este quadro de um substantivo: homem bondoso, moça bon-
apresenta a forma assumida por essas combinações: dosa, pessoa bondosa.
Já com a palavra bondade, embora expresse
Preposi- uma qualidade, não acontece o mesmo; não faz sen-
Artigos
ções tido dizer: homem bondade, moça bondade, pessoa
bondade.
Bondade, portanto, não é adjetivo, mas substantivo.
um, uma,
o, os a, as
uns umas
Morfossintaxe do Adjetivo:

a ao, aos à, às - - O adjetivo exerce sempre funções sintáti-


cas relativas aos substantivos, atuando
como adjunto adnominal ou como predica-
dum, duma, tivo (do sujeito ou do objeto).
de do, dos da, das
duns dumas
Classificação do Adjetivo
num, numa, Explicativo: exprime qualidade própria do ser.
em no, nos na, nas
nuns numas
Por exemplo: neve fria.
Restritivo: exprime qualidade que não é pró-
pelo, pela,
por (per) - - pria do ser. Por exemplo: fruta madura.
pelos pelas
Formação do Adjetivo
- As formas à e às indicam a fusão da preposi- Quanto à formação, o adjetivo pode ser:
ção a com o artigo definido a. Essa fusão de vogais
idênticas é conhecida por crase.
Formado por Por exemplo: brasi-
ADJETIVO
- As formas pelo(s)/pela(s) resultam da combi- um só radical. leiro, escuro, magro,
SIMPLES
nação dos artigos definidos com a forma per, equiva- cômico.
lente a por.

Formado por Por exemplo: luso-


Artigos, leitura e produção de textos ADJETIVO
mais de um ra- brasileiro, castanho-
COM-
O uso apropriado dos artigos definidos e dical. escuro, amarelo-ca-
POSTO
indefinidos permite não apenas evitar problemas nário.
com o gênero e o número de determinados subs-
tantivos, mas principalmente explorar detalhes
ADJETIVO É aquele que Por exemplo: belo,
de significação bastante expressivos. Em geral,
PRIMI- dá origem a ou- bom, feliz, puro.
informações novas, nos textos, são introduzidas
TIVO tros adjetivos.

37
Apostila PRF

É aquele que Por exemplo: belís- Moçambique moçambicano


ADJETIVO
deriva de subs- simo, bondoso, ma-
DERI-
tantivos ou ver- grelo.
VADO Mongólia mongol ou mongólico
bos.

Panamá panamenho
Adjetivo Pátrio
Indica a nacionalidade ou o lugar de origem do Porto Rico porto-riquenho
ser. Observe alguns deles:
Estados e cidades brasileiros:
Somália somali

Acre acreano
Adjetivo Pátrio Composto
Alagoas alagoano Na formação do adjetivo pátrio composto, o pri-
meiro elemento aparece na forma reduzida e, normal-
Amapá amapaense mente, erudita. Observe alguns exemplos:

Aracaju aracajuano ou aracajuense afro- / Por exemplo: Cultura afro-ame-


África
ricana

Amazonas amazonense ou baré


germano- ou teuto- / Por exemplo:
Alemanha
Competições teuto-inglesas
Belém (PA) belenense

américo- / Por exemplo: Companhia


Belo Horizonte belo-horizontino América
américo-africana

Boa Vista boa-vistense ásio- / Por exemplo: Encontros ásio-


Ásia
europeus
Brasília brasiliense
austro- / Por exemplo: Peças austro-
Áustria
Cabo Frio cabo-friense búlgaras

Campinas campineiro ou campinense belgo- / Por exemplo: Acampamentos


Bélgica
belgo-franceses

Curitiba curitibano
sino- / Por exemplo: Acordos sino-ja-
China
poneses
Estados Uni- estadunidense, norte-americano ou
dos ianque
Espa- hispano- / Por exemplo: Mercado his-
nha pano-português
El Salvador salvadorenho
euro- / Por exemplo: Negociações
Guatemala guatemalteco Europa
euro-americanas

indiano ou hindu (os que professam o franco- ou galo- / Por exemplo: Reu-
Índia França
hinduísmo) niões franco-italianas

Irã iraniano greco- / Por exemplo: Filmes greco-


Grécia
romanos
Israel israelense ou israelita

38
Apostila PRF

indo- / Por exemplo: Guerras indo-pa- de ovelha ovino


Índia
quistanesas
de paixão passional
anglo- / Por exemplo: Letras anglo-
Inglaterra
portuguesas
de pâncreas pancreático

ítalo- / Por exemplo: Sociedade ítalo-


Itália de pato anserino
portuguesa

de peixe písceo ou ictíaco


nipo- / Por exemplo: Associações
Japão
nipo-brasileiras
de pombo columbino
luso- / Por exemplo: Acordos luso-
Portugal
brasileiros de porco suíno ou porcino

de prata argênteo ou argírico

de lago lacustre dos quadris ciático

de laringe laríngeo de raposa vulpino

de leão leonino de rio fluvial

de lebre leporino de serpente viperino

de lobo lupino de sonho onírico

de lua lunar ou selênico de terra telúrico, terrestre ou terreno

de macaco simiesco, símio ou macacal de trigo tritício

de madeira lígneo de urso ursino

de marfim ebúrneo ou ebóreo de vaca vacum

de mestre magistral de velho senil

de monge monacal de vento eólico

de neve níveo ou nival de verão estival

de nuca occipital de vidro vítreo ou hialino

de orelha auricular de virilha inguinal

de ouro áureo de visão óptico ou ótico

39
Apostila PRF

...[primeira: numeral = situa o ser "pes-


soa" na sequência de "fila"]
Obs.: nem toda locução adjetiva pos- Note bem: os numerais traduzem, em pala-
sui um adjetivo correspondente, com o vras, o que os números indicam em relação aos seres.
mesmo significado. Assim, quando a expressão é colocada em números
(1, 1°, 1/3, etc.) não se trata de numerais, mas sim de
algarismos.
Por exemplo:
Além dos numerais mais conhecidos, já que re-
Vi as alunas da 5ª série. fletem a ideia expressa pelos números, existem mais
O muro de tijolos caiu. algumas palavras consideradas numerais porque de-
notam quantidade, proporção ou ordenação. São al-
guns exemplos:década, dúzia, par, ambos(as), no-
É necessário critério! vena.
Há muitos adjetivos que mantêm certa Classificação dos Numerais
correspondência de significado com locuções
adjetivas, e vice-versa. No entanto, isso não sig- Cardinais: indicam contagem, medida. É o nú-
nifica que a substituição da locução pelo adje- mero básico. Por exemplo: um, dois, cem mil, etc.
tivo seja sempre possível. Tampouco o contrário Ordinais: indicam a ordem ou lugar do ser numa série
é sempre admissível. Colar de marfim é uma ex- dada. Por exemplo: primeiro, segundo, centésimo,
pressão cotidiana; seria pouco recomendável etc.
passar a dizer colar ebúrneo ou ebóreo, pois es- Fracionários: indicam parte de um inteiro, ou seja, a
ses adjetivos têm uso restrito à linguagem literá- divisão dos seres. Por exemplo: meio, terço, dois quin-
ria. Contrato leonino é uma expressão usada na tos, etc.
linguagem jurídica; é muito pouco provável que Multiplicativos: expressam ideia de multiplica-
os advogados passem a dizer contrato de leão. ção dos seres, indicando quantas vezes a quantidade
Em outros casos, a substituição é perfeitamente foi aumentada. Por exemplo: dobro, triplo, quíntuplo,
possível, transformando a equivalência entre ad- etc.
jetivos e locuções adjetivas em mais uma ferra-
menta para o aprimoramento dos textos, pois Leitura dos Numerais
oferece possibilidades de variação vocabular. Separando os números em centenas, de trás
Por exemplo: A população das cida- para frente, obtêm-se conjuntos numéricos, em forma
des tem aumentado. A falta de planejamento ur- de centenas e, no início, também de dezenas ou uni-
bano faz com que isso se torne um imenso pro- dades. Entre esses conjuntos usa-se vírgula; as uni-
blema. dades ligam-se pela conjunção e.
Por exemplo:
1.203.726 = um milhão, duzentos e três mil, setecen-
tos e vinte e seis.
45.520 = quarenta e cinco mil, quinhentos e vinte.
FLEXÃO DOS NUMERAIS
4- NUMERAL Os numerais cardinais que variam em gênero
Numeral é a palavra que indica os seres em são um/uma, dois/duas e os que indicam centenas
termos numéricos, isto é, que atribui quantidade aos deduzentos/duzentas em diante:trezentos/trezen-
seres ou os situa em determinada sequência. tas; quatrocentos/quatrocentas, etc. Cardinais
como milhão, bilhão, trilhão, etc. variam em nú-
Exemplos: mero: milhões, bilhões, trilhões, etc. Os demais car-
1. Os quatro últimos ingressos dinais são invariáveis.
foramvendidos há pouco. Os numerais ordinais variam em gênero e nú-
[quatro: numeral = atributo numérico mero:
de "ingresso"]
2. Eu quero café duplo, e você? primeiro segundo milésimo
...[duplo: numeral = atributo numérico
de "café"] primeira segunda milésima
3. A primeira pessoa da fila
pode entrar, por favor!

40
Apostila PRF

primei- segun- milési- Ato II (segundo) Capítulo XX (vinte)


ros dos mos
Século VIII (oitavo) Século XX (vinte)
primei- segun- milési-
ras das mas
Canto IX (nono) João XXIII ( vinte e três)

Os numerais multiplicativos são invariáveis


quando atuam em funções substantivas: Para designar leis, decretos e portarias, utiliza-
se o ordinal até nono e o cardinal de dez em diante:
Por exemplo:
Artigo 1.° (primeiro) Artigo 10 (dez)
Fizeram o dobro do esforço e conse-
guiram o triplo de produção. Artigo 9.° (nono) Artigo 21 (vinte e um)

Quando atuam em funções adjetivas, esses Ambos/ambas são considerados numerais.


numerais flexionam-se em gênero e número: Significam "um e outro", "os dois" (ou "uma e outra",
"as duas") e são largamente empregados para reto-
Por exemplo: mar pares de seres aos quais já se fez referência.
Teve de tomar doses triplas do medi- Por exemplo:
camento.
Pedro e João parecem ter finalmente
Os numerais fracionários flexionam-se em percebido a importância da solidarie-
gênero e número. Observe: dade. Ambos agora participam das ativida-
um terço/dois terços des comunitárias de seu bairro.

uma terça parte Obs.: a forma "ambos os dois" é conside-


rada enfática. Atualmente, seu uso indica afeta-
duas terças partes ção, artificialismo.
Os numerais coletivos flexionam-se em nú- 5- PRONOME
mero. Veja:
Pronome é a palavra que se usa em lugar do
uma dúzia nome, ou a ele se refere, ou ainda, que acompanha o
um milheiro nome qualificando-o de alguma forma.

duas dúzias Exemplos:

dois milheiros 1. A moça era mesmo bo-


nita. Ela morava nos meus sonhos!
É comum na linguagem coloquial a indicação
de grau nos numerais, traduzindo afetividade ou es- [substituição do nome]
pecialização de sentido. É o que ocorre em frases 2. A moça que morava nos
como: meus sonhos era mesmo bonita!
Me empresta duzentinho... [referência ao nome]
É artigo de primeiríssima qualidade! 3. Essa moça morava nos meus
O time está arriscado por ter caído na segun- sonhos!
dona. (= segunda divisão de futebol) [qualificação do nome]
Emprego dos Numerais Grande parte dos pronomes não possuem sig-
Para designar papas, reis, imperadores, sécu- nificados fixos, isto é, essas palavras só adquirem sig-
los e partes em que se divide uma obra, utilizam-se os nificação dentro de um contexto, o qual nos permite
ordinais até décimo e a partir daí os cardinais, desde recuperar a referência exata daquilo que está sendo
que o numeral venha depois do substantivo: colocado por meio dos pronomes no ato da comuni-
cação. Com exceção dos pronomes interrogativos e
Ordinais Cardinais indefinidos, os demais pronomes têm por função prin-
cipal apontar para as pessoas do discurso ou a elas
se relacionar, indicando-lhes sua situação no tempo
João Paulo II (segundo) Tomo XV (quinze)
ou no espaço. Em virtude dessa característica, os pro-
nomes apresentam uma forma específica para cada
D. Pedro II (segundo) Luís XVI (dezesseis) pessoa do discurso.
Exemplos:

41
Apostila PRF

1. Minha carteira estava vazia Os pronomes retos apresentam flexão de nú-


quando eu fui assaltada. mero, gênero (apenas na 3ª pessoa) e pessoa, sendo
essa última a principal flexão, uma vez que marca a
[minha/eu: pronomes de 1ª pessoa = aquele
pessoa do discurso. Dessa forma, o quadro dos pro-
que fala]
nomes retos é assim configurado:
2. Tua carteira estava vazia
- 1ª pessoa do singular: eu
quando tu foste assaltada?
- 2ª pessoa do singular: tu
[tua/tu: pronomes de 2ª pessoa = aquele a
quem se fala] - 3ª pessoa do singular: ele, ela
3. A carteira dela estava vazia - 1ª pessoa do plural: nós
quando ela foi assaltada.
- 2ª pessoa do plural: vós
[dela/ela: pronomes de 3ª pessoa = aquele de
- 3ª pessoa do plural: eles, elas
quem se fala]
Em termos morfológicos, os pronomes são pa-
lavras variáveis em gênero (masculino ou feminino)
e em número (singular ou plural). Assim, espera-se
que a referência através do pronome seja coerente Atenção: esses pronomes não cos-
em termos de gênero e número (fenômeno da concor- tumam ser usados como complementos
dância) com o seu objeto, mesmo quando este se verbais na língua-padrão. Frases como
apresenta ausente no enunciado. "Vi ele na rua" , "Encontrei ela na praça",
"Trouxeram eu até aqui", comuns na lín-
Exemplos: gua oral cotidiana, devem ser evitadas na
1. [Fala-se de Roberta] língua formal escrita ou falada. Na língua
formal, devem ser usados os pronomes
2. Ele quer participar do desfile oblíquos correspondentes: "Vi-o na rua",
da nossa escola neste ano. "Encontrei-a na praça", "Trouxeram-me
até aqui".
[nossa: pronome que qualifica "escola" = con-
cordância adequada]
[neste: pronome que determina "ano" = concor-
dância adequada]
Obs.: frequentemente observamos a omis-
[ele: pronome que faz referência à "Roberta" = são do pronome reto em Língua Portuguesa. Isso
concordância inadequada] se dá porque as próprias formas verbais marcam,
Existem seis tipos de pronomes: pessoais, através de suas desinências, as pessoas do verbo
possessivos, demonstrativos, indefinidos, relati- indicadas pelo pronome reto.
vos e interrogativos. Por exemplo:
Pronomes Pessoais Fizemos boa viagem. (Nós)

São aqueles que substituem os substantivos, Pronome Oblíquo


indicando diretamente as pessoas do discurso. Quem
Pronome pessoal do caso oblíquo é aquele
fala ou escreve assume os pronomes eu ou nós, usa
que, na sentença, exerce a função de complemento
os pronomes tu, vós, você ou vocês para designar a
verbal (objeto direto ou indireto) ou complemento no-
quem se dirige e ele, ela, eles ou elas para fazer re-
minal.
ferência à pessoa ou às pessoas de quem fala.
Por exemplo:
Os pronomes pessoais variam de acordo com
as funções que exercem nas orações, podendo ser do Ofertaram-nos flores. (objeto indireto)
caso reto ou do caso oblíquo.
Obs.: em verdade, o pronome oblíquo é uma
Pronome Reto forma variante do pronome pessoal do caso reto.
Essa variação indica a função diversa que eles de-
Pronome pessoal do caso reto é aquele que, na sempenham na oração: pronome reto marca o su-
sentença, exerce a função de sujeito ou predicativo jeito da oração; pronome oblíquo marca o comple-
do sujeito. mento da oração.
Por exemplo: Os pronomes oblíquos sofrem variação de
acordo com a acentuação tônica que possuem, po-
Nós lhe ofertamos flores.
dendo ser átonosou tônicos.

42
Apostila PRF

Os pronomes o, os, a, as assumem formas


Pronome Oblíquo Átono especiais depois de certas terminações verbais.
Quando o verbo termina em -z, -s ou -r, o pronome
São chamados átonos os pronomes oblíquos assume a forma lo, los, la ou las, ao mesmo tempo
que não são precedidos de preposição. que a terminação verbal é suprimida.
Possuem acentuação tônica fraca.
Por exemplo:
Por exemplo:
Ele me deu um presente.
fiz + o = fi-lo
O quadro dos pronomes oblíquos átonos é as-
sim configurado: fazeis + o = fazei-lo
- 1ª pessoa do singular (eu): me
- 2ª pessoa do singular (tu): te dizer + a = dizê-la

- 3ª pessoa do singular (ele, ela): o, a, lhe


Quando o verbo termina em som nasal, o pro-
- 1ª pessoa do plural (nós): nos nome assume as formas no, nos, na, nas.
- 2ª pessoa do plural (vós): vos
Por exemplo:
- 3ª pessoa do plural (eles, elas): os, as, lhes
Observações: viram + o: viram-no
O lhe é o único pronome oblíquo átono que já
se apresenta na forma contraída, ou seja, houve a repõe + os = repõe-nos
união entre o pronomeo ou a e preposiçãoa oupara.
Por acompanhar diretamente uma preposição, o pro-
retém + a: retém-na
nome lhe exerce sempre a função de objeto indireto
na oração.
tem + as = tem-nas
Os pronomes me, te, nos e vos podem tanto
ser objetos diretos como objetos indiretos.
Os pronomes o, a, os e as atuam exclusiva-
mente como objetos diretos. Pronome Oblíquo Tônico
Os pronomes oblíquos tônicos são sempre pre-
Saiba que: cedidos por preposições, em geral as preposi-
Os pronomes me, te, lhe, nos, ções a, para, de ecom. Por esse motivo, os prono-
vos e lhes podem combinar-se com os prono- mes tônicos exercem a função de objeto indireto da
mes o, os, a, as, dando origem a formas oração. Possuem acentuação tônica forte.
como mo, mos, ma, mas; to, tos, ta, tas; lho, O quadro dos pronomes oblíquos tônicos é as-
lhos, lha, lhas; no-lo, no-los, no-la, no-las, vo-lo, sim configurado:
vo-los, vo-la, vo-las. Observe o uso dessas for-
mas nos exemplos que seguem: - 1ª pessoa do singular (eu): mim, comigo
- 2ª pessoa do singular (tu): ti, contigo
- Trouxeste o pacote? - Não contaram a novidade a vo-
- 3ª pessoa do singular (ele, ela): ele, ela
cês?
- 1ª pessoa do plural (nós): nós, conosco
- Sim, entreguei-toain- - Não, não no-la contaram. - 2ª pessoa do plural (vós): vós, convosco
dahá pouco. - 3ª pessoa do plural (eles, elas): eles, elas
- Observe que as únicas formas próprias do
No português do Brasil, essas combina- pronome tônico são a primeira pessoa (mim) e se-
ções não são usadas; até mesmo na língua lite- gunda pessoa (ti). As demais repetem a forma do pro-
rária atual, seu emprego é muito raro. nome pessoal do caso reto.
- As preposições essenciais introduzem sempre
Atenção: pronomes pessoais do caso oblíquo e nunca pronome
do caso reto. Nos contextos interlocutivos que exigem

43
Apostila PRF

o uso da língua formal, os pronomes costumam ser


usados desta forma: Ele disse que iria com nós três.
Não há mais nada entre mim e ti.
Pronome Reflexivo
Não se comprovou qualquer ligação en-
tre ti e ela. São pronomes pessoais oblíquos que, embora
funcionem como objetos direto ou indireto, referem-se
Não há nenhuma acusação contra mim.
ao sujeito da oração. Indicam que o sujeito pratica e
Não vá sem mim. recebe a ação expressa pelo verbo.
O quadro dos pronomes reflexivos é assim con-
figurado:

Atenção: - 1ª pessoa do singular (eu): me, mim.

Há construções em que a prepo- Por exemplo:


sição, apesar de surgir anteposta a um
pronome, serve para introduzir uma Eu não me vanglorio disso.
oração cujo verbo está no infinitivo.
Nesses casos, o verbo pode ter sujeito
expresso; se esse sujeito for um pro- Olhei para mim no espelho e não gostei do
nome, deverá ser do caso reto. que vi.

- 2ª pessoa do singular (tu): te, ti.


Por exemplo:

Assimtu te prejudicas.
Por exemplo:
Conhece a ti mesmo.
Trouxeram vários vestidos
para eu experimentar.
- 3ª pessoa do singular (ele, ela): se, si, con-
sigo.
Não vá sem eu mandar.
Por exemplo:

- A combinação da preposição "com" e alguns


Guilherme já se preparou.
pronomes originou as formas especiais comigo, con-
tigo, consigo, conosco e convosco. Tais pronomes
oblíquos tônicos frequentemente exercem a função Ela deu a si um presente.
de adjunto adverbial de companhia.
Por exemplo: Ele carregava o docu- Antônio conversou consigo mesmo.
mento consigo.
- As formas "conosco" e "convosco" são
- 1ª pessoa do plural (nós): nos.
substituídas por "com nós" e "com vós" quando os
pronomes pessoais são reforçados por palavras
como outros, mesmos, próprios, todos, ambos ou Por exemplo:
algum numeral.
Lavamo-nos no rio.
Por exemplo:
- 2ª pessoa do plural (vós): vos.
Você terá de viajar com nós todos.
Por exemplo:

Estávamos com vós outros quando che- Vós vos beneficiastes com a esta
garam as más notícias. conquista.

44
Apostila PRF

Por exemplo: Observações:


- 3ª pessoa do plural (eles, elas): se, si, con- a) Vossa Excelência X Sua Excelência: os
sigo. pronomes de tratamento que possuem "Vossa
(s)" são empregados em relação à pessoa com
Por exemplo: quem falamos.

Eles se conheceram.
Por exemplo:
Elas deram a si um dia de folga.
Espero que V. Ex.ª, Senhor Ministro,
A Segunda Pessoa Indireta compareça a este encontro.
A chamada segunda pessoa indireta se mani-
festa quando utilizamos pronomes que, apesar de in- Emprega-se "Sua (s)" quando se
dicarem nosso interlocutor ( portanto, a segunda pes- fala a respeito da pessoa.
soa), utilizam o verbo na terceira pessoa. É o caso dos
chamados pronomes de tratamento, que podem ser
observados no quadro seguinte: Por Exemplo:
Todos os membros da C.P.I. afirmaram
Pronomes de Tratamento que Sua Excelência, o Senhor Presidente
da República, agiu com propriedade.
Vossa Alteza V. A. príncipes, duques
- Os pronomes de tratamento representam
Vossa Eminência V. Ema.(s) cardeais uma forma indireta de nos dirigirmos aos nossos inter-
locutores. Ao tratarmos um deputado por Vossa Exce-
lência, por exemplo, estamos nos endereçando à ex-
Vossa Reverendís- V. Re- celência que esse deputado supostamente tem para
sacerdotes e bispos
sima vma.(s) poder ocupar o cargo que ocupa.
b) 3ª pessoa: embora os pronomes de trata-
altas autoridades e mento se dirijam à 2ª pessoa, toda a concordância
Vossa Excelência V. Ex.ª (s)
oficiais-generais deve ser feita com a 3ª pessoa. Assim, os verbos, os
pronomes possessivos e os pronomes oblíquos em-
Vossa Magnificên- V. reitores de universi- pregados em relação a eles devem ficar na 3ª pessoa.
cia Mag.ª (s) dades Por exemplo:
Basta que V. Ex.ª cumpra a terça parte
Vossa Majestade V. M. reis e rainhas
das suas promessas, para que seus eleito-
res lhe fiquem reconhecidos.
Vossa Majestade
V. M. I. Imperadores c) Uniformidade de Tratamento: quando es-
Imperial
crevemos ou nos dirigimos a alguém, não é permitido
mudar, ao longo do texto, a pessoa do tratamento es-
Vossa Santidade V. S. Papa colhida inicialmente. Assim, por exemplo, se começa-
mos a chamar alguém de "você", não poderemos usar
tratamento cerimoni- "te" ou "teu". O uso correto exigirá, ainda, verbo na
Vossa Senhoria V. S.ª (s) terceira pessoa.
oso
Por exemplo:
Vossa Onipotência V. O. Deus
Quando você vier, eu te abraçarei e enrolar-
Também são pronomes de tratamento o se- me-ei nos teus cabelos. (errado)
nhor, a senhora e você, vocês. "O senhor" e "a se-
nhora" são empregados no tratamento cerimoni- Quando você vier, eu a abraçarei e enrolar-
oso; "você" e "vocês", no tratamento fami- me-ei nos seus cabelos. (correto)
liar. Você e vocês são largamente empregados no
português do Brasil; em algumas regiões , a Quando tu vieres, eu te abraçarei e enrolar-
forma tu é de uso frequente, em outras, é muito pouco me-ei nos teus cabelos. (correto)
empregada. Já a forma vós tem uso restrito à lingua-
gem litúrgica, ultra formal ou literária.

45
Apostila PRF

Pronomes Possessivos 3- Em frases onde se usam pronomes de trata-


mento, o pronome possessivo fica na 3ª pessoa.
São palavras que, ao indicarem a pessoa gra-
matical (possuidor), acrescentam a ela a ideia de Por exemplo:
posse de algo (coisa possuída).
Vossa Excelência trouxe sua mensa-
Por exemplo: Este caderno é meu. (meu = pos- gem?
suidor: 1ª pessoa do singular)
4- Referindo-se a mais de um substantivo, o
Observe o quadro: possessivo concorda com o mais próximo.
Por exemplo:
NÚMERO PESSOA PRONOME
Trouxe-me seus livros e anotações.
5- Em algumas construções, os pronomes pes-
singular primeira meu(s), minha(s)
soais oblíquos átonos assumem valor de possessivo.
Por exemplo:
singular segunda teu(s), tua(s)
Vou seguir-lhe os passos. (= Vou se-
guir seus passos.)
singular terceira seu(s), sua(s)
Pronomes Demonstrativos
plural primeira nosso(s), nossa(s) Os pronomes demonstrativos são utilizados
para explicitar a posição de uma certa palavra em re-
lação a outras ou ao contexto. Essa relação pode
plural segunda vosso(s), vossa(s) ocorrer em termos de espaço, tempo ou discurso.
No espaço:
plural terceira seu(s), sua(s)
Compro este carro (aqui). O pronome este in-
dica que o carro está perto da pessoa que fala.
Note que:
Compro esse carro (aí). O pronome esse in-
A forma do possessivo depende da pessoa gra- dica que o carro está perto da pessoa com quem falo,
matical a que se refere; o gênero e o número concor- ou afastado da pessoa que fala.
dam com o objeto possuído.
Compro aquele carro (lá). O pro-
Por exemplo: nome aquele diz que o carro está afastado da pessoa
Ele trouxe seu apoio e sua contribui- que fala e daquela com quem falo.
ção naquele momento difícil.
Observações:
Atenção: em situações de fala direta (tanto
1 - A forma seu não é um possessivo quando
ao vivo quanto por meio de correspondência,
resultar da alteração fonética da palavra senhor.
que é uma modalidade escrita de fala), são
Por exemplo: particularmente importantes o este e
- Muito obrigado, seu José. o esse - o primeiro localiza os seres em rela-
ção ao emissor; o segundo, em relação ao
2 - Os pronomes possessivos nem sempre in-
dicam posse. Podem ter outros empregos, como: destinatário. Trocá-los pode causar ambigui-
dade.
a) indicar afetividade.
Por exemplo:
- Não faça isso, minha filha.
Exemplos:
b) indicar cálculo aproximado.
Por exemplo: Dirijo-me a essa universidade com o objetivo de soli-
citar informações sobre o concurso vestibular. (trata-
Ele já deve ter seus 40 anos. se da universidade destinatária).
c) atribuir valor indefinido ao substantivo. Reafirmamos a disposição desta universidade
Por exemplo: em participar no próximo Encontro de Jovens. (trata-
se da universidade que envia a mensagem).
Marisa tem lá seus defeitos, mas eu
gosto muito dela. No tempo:

46
Apostila PRF

Este ano está sendo bom para nós. O pro- expressiva, para salientar algum termo anterior. Por
nome este refere-se ao ano presente. exemplo:
Esse ano que passou foi razoável. O pro- Manuela, essa é que dera em cheio
nome esse refere-se a um passado próximo. casando com o José Afonso. Desfrutar das
belezas brasileiras, issoé que é sorte!
Aquele ano foi terrível para todos. O pro-
nome aquele está se referindo a um passado dis- b) O pronome demonstrativo neutro o pode re-
tante. presentar um termo ou o conteúdo de uma oração in-
teira, caso em que aparece, geralmente, como objeto
direto, predicativo ou aposto.
- Os pronomes demonstrativos podem ser vari-
Por exemplo:
áveis ou invariáveis, observe:
O casamento seria um desastre. To-
Variáveis: este(s), esta(s), esse(s), essa(s),
dos o pressentiam.
aquele(s), aquela(s).
c) Para evitar a repetição de um verbo anteri-
Invariáveis: isto, isso, aquilo.
ormente expresso, é comum empregar-se, em tais ca-
- Também aparecem como pronomes demons- sos, o verbofazer, chamado, então, verbo vicário (=
trativos: que substitui, que faz as vezes de).
o (s), a (s): quando estiverem antecedendo Por exemplo:
o que e puderem ser substituídos por aquele(s),
Ninguém teve coragem de falar antes
aquela(s), aquilo.
que ela o fizesse.
Por exemplo:
Diz-se corretamente:
Não ouvi o que disseste. (Não
Não sei que fazer. Ou: Não sei o que fazer.
ouvi aquilo que disseste.)
Mas:
Essa rua não é a que te indiquei. (Esta
rua não é aquela que te indiquei.) Tenho muito que fazer. (E não: Tenho muito o
que fazer.)
mesmo (s), mesma (s):
d) Em frases como a seguinte, este refere-se à
Por exemplo:
pessoa mencionada em último lugar, aquele à menci-
onada em primeiro lugar.
Estas são as mesmas pessoas que o procu-
Por exemplo:
raram ontem.
O referido deputado e o Dr. Alcides
próprio (s), própria (s):
eram amigos íntimos: aquele casado, sol-
Por exemplo: teiro este. [ou então: estesolteiro, aquele ca-
sado.]
Os próprios alunos resolveram o pro-
blema. e) O pronome demonstrativo tal pode ter cono-
tação irônica.
semelhante (s):
Por exemplo:
Por exemplo:
A menina foi a tal que ameaçou o pro-
Não compre semelhante livro.
fessor?
tal, tais:
f) Pode ocorrer a contração das preposições a,
Por exemplo: de, em com pronome demonstrativo: àquele, àquela,
deste, desta, disso, nisso, no, etc.
Tal era a solução para o problema.
Por exemplo:
Note que:
Não acreditei no que estava vendo. (no
a) Não raro os demonstrativos aparecem na = naquilo)
frase, em construções redundantes, com finalidade

Pronomes Indefinidos

47
Apostila PRF

São palavras que se referem à terceira pessoa do discurso, dando-lhe sentido vago (impreciso)
ou expressando quantidade indeterminada.
Por exemplo: Alguém entrou no jardim e destruiu as mudas recém-plantadas.
Não é difícil perceber que "alguém" indica uma pessoa de quem se fala (uma terceira pessoa,
portanto) de forma imprecisa, vaga. É uma palavra capaz de indicar um ser humano que seguramente
existe, mas cuja identidade é desconhecida ou não se quer revelar.
Classificam-se em:
Pronomes Indefinidos Substantivos: assumem o lugar do ser ou da quantidade aproximada de
seres na frase.
São eles: algo, alguém, fulano, sicrano, beltrano, nada, ninguém, outrem, quem, tudo.

Por exemplo:

Algo o incomoda?

Quem avisa amigo é.

Pronomes Indefinidos Adjetivos: qualificam um ser expresso na frase, conferindo-lhe a noção


de quantidade aproximada.
São eles: cada, certo(s), certa(s).

Por exemplo:

Cada povo tem seus costumes.

Certas pessoas exercem várias profissões.

Note que:
Ora são pronomes indefinidos substantivos, ora pronomes indefinidos adjetivos:
algum, alguns, alguma(s), bastante(s) (= muito, muitos), demais, mais, menos, muito(s),
muita(s), nenhum, nenhuns, nenhuma(s), outro(s), outra(s), pouco(s), pouca(s), qualquer, quais-
quer, qual, que, quanto(s), quanta(s), tal, tais, tanto(s), tanta(s), todo(s), toda(s), um, uns, uma(s),
vários, várias.

Por exemplo:

Menos palavras e mais ações.

Alguns contentam-se pouco.

Os pronomes indefinidos podem ser divididos em variáveis e invariáveis. Observe o quadro:

Variáveis

Singular Plural Invariáveis

Masculino Feminino Masculino Feminino

algum alguma alguns algumas alguém


nenhum nenhuma nenhuns nenhumas ninguém

48
Apostila PRF

todo toda todos todas outrem


muito muita muitos muitas tudo
pouco pouca poucos poucas nada
vário vária vários várias algo
tanto tanta tantos tantas cada
outro outra outros outras
quanto quanta quantos quantas

qualquer quaisquer

São locuções pronominais indefinidas:


cada qual, cada um, qualquer um, quantos quer (que), quem quer (que), seja quem for, seja
qual for, todo aquele (que), tal qual (= certo), tal e qual, tal ou qual, um ou outro, uma ou outra,
etc.
Por exemplo:
Cada um escolheu o vinho desejado.

Indefinidos Sistemáticos
Ao observar atentamente os pronomes indefinidos, percebemos que existem alguns gru-
pos que criamoposição de sentido. É o caso de:
algum/alguém/algo, que têm sentido afirmativo, e nenhum/ninguém/nada, que têm sen-
tido negativo;
todo/tudo, que indicam uma totalidade afirmativa, e nenhum/nada, que indicam uma tota-
lidade negativa;
alguém/ninguém, que se referem a pessoa, e algo/nada, que se referem a coisa;
certo, que particulariza, e qualquer, que generaliza.
Essas oposições de sentido são muito importantes na construção de frases e textos co-
erentes, pois delas muitas vezes dependem a solidez e a consistência dos argumentos expos-
tos. Observe nas frases seguintes a força que os pronomes indefinidos destacados imprimem
às afirmações de que fazem parte:
Nada do que tem sido feito produziu qualquer resultado prático.
Certas pessoas conseguem perceber sutilezas: não são pessoas quaisquer.

Pronomes Relativos
São pronomes relativos aqueles que representam nomes já mencionados anteriormente e com os quais se
relacionam. Introduzem as orações subordinadas adjetivas.
Por exemplo:
O racismo é um sistema que afirma a superioridade de um grupo racial sobre outros.
(afirma a superioridade de um grupo racial sobre outros = oração subordinada adjetiva).
O pronome relativo "que" refere-se à palavra "sistema" e introduz uma oração subordinada. Diz-se que a
palavra "sistema" é antecedente do pronome relativo que.
O antecedente do pronome relativo pode ser o pronome demonstrativo o, a, os, as.
Por exemplo:
Não sei o que você está querendo dizer.
Às vezes, o antecedente do pronome relativo não vem expresso.
Por exemplo:

49
Apostila PRF

Quem casa, quer casa.


Observe o quadro abaixo:

Quadro dos Pronomes Relativos

Variáveis
Invariáveis
Masculino Feminino

o qual os quais a qual as quais quem


que
cujo cujos cuja cujas
onde
quanto quantos quanta quantas

Note que:
a) O pronome que é o relativo de mais largo emprego, sendo por isso chamado relativo universal. Pode ser
substituído por o qual, a qual, os quais, as quais, quando seu antecedente for um substantivo.

Por exemplo:

O trabalho que eu fiz refere-se à corrupção. (= o qual)

A cantora que acabou de se apresentar é péssima. (= a qual)

Os trabalhos que eu fiz referem-se à corrupção. (= os quais)

As cantoras que se apresentaram eram péssimas. (= as quais)

b) O qual, os quais, a qual e as quais são exclusivamente pronomes relativos: por isso, são utilizados dida-
ticamente para verificar se palavras como "que", "quem", "onde" (que podem ter várias classificações) são pronomes
relativos. Todos eles são usados com referência à pessoa ou coisa por motivo de clareza ou depois de determinadas
preposições:

Por exemplo:

Regressando de São Paulo, visitei o sítio de minha tia, o qual me deixou encantado. (O uso de que-
neste caso geraria ambiguidade.)

Essas são as conclusões sobre as quais pairam muitas dúvidas? (Não se poderia usar que depois
desobre.)

c) O relativo "que" às vezes equivale a o que, coisa que, e se refere a uma oração.

Por exemplo:

Não chegou a ser padre, mas deixou de ser poeta, que era a sua vocação natural.

d) O pronome "cujo" não concorda com o seu antecedente, mas com o consequente. Equivale a do qual, da
qual, dos quais, das quais.
Por exemplo:

50
Apostila PRF

estão rasga-
Este é o caderno cujas folhas
das.

(conse-
(antecedente)
quente)

e) "Quanto" é pronome relativo quando tem por antecedente um pronome indefinido: tanto (ou variações)
etudo:
Por exemplo:

Emprestei tantos quantos foram necessários.

(antecedente)

Ele fez tudo quanto havia falado.

(antecedente)

f) O pronome "quem" refere-se a pessoas e vem sempre precedido de preposição.


Por exemplo:

É um professor a quem muito devemos.

(preposição)

g) "Onde", como pronome relativo, sempre possui antecedente e só pode ser utilizado na indicação de lugar.
Por exemplo:
A casa onde morava foi assaltada.
h) Na indicação de tempo, deve-se empregar quando ou em que.
Por exemplo:
Sinto saudades da época em que (quando) morávamos no exterior.
i) Podem ser utilizadas como pronomes relativos as palavras:
- como (= pelo qual)
Por exemplo:
Não me parece correto o modo como você agiu semana passada.
- quando (= em que)
Por exemplo: Bons eram os tempos quando podíamos jogar videogame.
j) Os pronomes relativos permitem reunir duas orações numa só frase.
Por exemplo:
O futebol é um esporte.
O povo gosta muito deste esporte.O futebol é um esporte de que o povo gosta muito.
k) Numa série de orações adjetivas coordenadas, pode ocorrer a elipse do relativo que.
Por exemplo: A sala estava cheia de gente que conversava, (que) ria, (que) fumava.

51
Apostila PRF

Importância nada relativa


Não é difícil perceber que os pronomes relativos são peças fundamentais à boa articulação de frases
e textos: sua capacidade de atuar como pronomes e conectivos simultaneamente favorece a síntese e
evita a repetição de termos.

Pronomes Interrogativos
São usados na formulação de perguntas, sejam elas diretas ou indiretas. Assim como os pronomes indefini-
dos, referem-se à 3ª pessoa do discurso de modo impreciso. São pronomes interrogativos: que, quem, qual (e
variações), quanto (e variações).

Por exemplo:

Quem fez o almoço?/ Diga-me quem fez o almoço.

Qual das bonecas preferes? / Não sei qual das bonecas preferes.

Quantos passageiros desembarcaram? / Pergunte quantos passageiros desembarcaram.

Pronomes Substantivos e Pronomes Adjetivos


Pronomes Substantivos são aqueles que substituem um substantivo ao qual se referem.

Por exemplo:

Nem tudo está perdido. (Nem todos os bens estão perdidos.)

Aquilo me deixou alegre.

Obs.: ao assumir para si as características do nome que substitui, o pronome seguirá todas as demais
concordâncias (gênero - número - pessoa do discurso - marca de sujeito inanimado - marca de situação no
espaço).
Pronomes Adjetivos são aqueles que acompanham o substantivo com o qual se relacionam, juntando-lhe
uma característica.

Por exemplo:

Este moço é meu irmão.

Alguma coisa me deixou alegre.

Observação: a classificação dos pronomes em substantivos ou adjetivos não exclui sua classificação
específica.

Por exemplo:

Muita gente não me entende. (muita = pronome adjetivo indefinido).

52
Apostila PRF

Trouxe o meu ingresso e o teu. (meu = pronome adjetivo possessivo / teu = pronome substantivo
possessivo).

53
Apostila PRF

6- VERBO  auxiliares: juntam-se ao verbo princi-


pal ampliando sua significação. Presentes nos
Conceito: É uma classe gramatical que atribui tempos compostos e locuções verbais;
ação ou estado ao sujeito.
 certos verbos possuem pronomes
Os verbos apresentam três conjugações. Em pessoais átonos que se tornam partes inte-
função da vogal temática, podem-se criar três para- grantes deles. Nesses casos, o pronome não
digmas verbais. De acordo com a relação dos verbos tem função sintática (suicidar-se, apiedar-se,
com esses paradigmas, obtém-se a seguinte classifi- queixar-se etc.);
cação:  formas rizotônicas (tonicidade no ra-
dical - eu canto) e formas arrizotônicas (tonici-
 regulares: seguem o paradigma ver-
dade fora do radical - nós cantaríamos).
bal de sua conjugação;
 irregulares: não seguem o para- Quanto à flexão verbal, temos:
digma verbal da conjugação a que pertencem.
As irregularidades podem aparecer no radical  número: singular ou plural;

ou nas desinências (ouvir - ouço/ouve, estar -  pessoa gramatical: 1ª, 2ª ou 3ª;

estou/estão);  tempo: referência ao momento em


que se fala (pretérito, presente ou futuro). O
Entre os verbos irregulares, destacam-se os modo imperativo só tem um tempo, o pre-
anômalos que apresentam profundas irregularidades. sente;
São classificados como anômalos em todas as gra-  voz: ativa, passiva e reflexiva;
máticas os verbos ser e ir.  modo: indicativo (certeza de um fato
ou estado), subjuntivo (possibilidade ou de-
 defectivos: não são conjugados em
sejo de realização de um fato ou incerteza do
determinadas pessoas, tempo ou modo (falir -
estado) e imperativo (expressa ordem, adver-
no presente do indicativo só apresenta a 1ª e
tência ou pedido).
a 2ª pessoa do plural). Os defectivos distri-
buem-se em três grupos: impessoais, unipes- As três formas nominais do verbo (infinitivo, ge-
soais (vozes ou ruídos de animais, só conju- rúndio e particípio) não possuem função exclusiva-
gados nas 3ª pessoas) por eufonia ou possibi- mente verbal. Infinitivo é antes substantivo, o particí-
lidade de confusão com outros verbos; pio tem valor e forma de adjetivo, enquanto o gerúndio
 abundantes - apresentam mais de equipara-se ao adjetivo ou advérbio pelas circunstân-
uma forma para uma mesma flexão. Mais fre- cias que exprime.
qüente no particípio, devendo-se usar o parti-
cípio regular com ter e haver; já o irregular com Quanto ao tempo verbal, eles apresentam os

ser e estar (aceito/aceitado, acendido/aceso - seguintes valores:

tenho/hei aceitado ≠ é/está aceito);

54
Apostila PRF

 presente do indicativo: indica um  Abolir (defectivo) - não possui a 1ª


fato real situado no momento ou época em que pessoa do singular do presente do indicativo,
se fala; por isso não possui presente do subjuntivo e o
 presente do subjuntivo: indica um imperativo negativo. (= banir, carpir, colorir,
fato provável, duvidoso ou hipotético situado delinqüir, demolir, descomedir-se, emergir,
no momento ou época em que se fala; exaurir, fremir, fulgir, haurir, retorquir, urgir)

 pretérito perfeito do indicativo: in-  Acudir (alternância vocálica o/u) -


dica um fato real cuja ação foi iniciada e con- presente do indicativo - acudo, acodes... e pre-
cluída no passado; térito perfeito do indicativo - com u (= bulir,

 pretérito imperfeito do indicativo: consumir, cuspir, engolir, fugir) / Adequar (de-

indica um fato real cuja ação foi iniciada no fectivo) - só possui a 1ª e a 2ª pessoa do plural

passado, mas não foi concluída ou era uma no presente do indicativo

ação costumeira no passado;  Aderir (alternância vocálica e/i) - pre-

 pretérito imperfeito do subjuntivo: sente do indicativo - adiro, adere... (= advertir,

indica um fato provável, duvidoso ou hipotético cerzir, despir, diferir, digerir, divergir, ferir, su-

cuja ação foi iniciada mas não concluída no gerir)

passado;  Agir (acomodação gráfica g/j) - pre-

 pretérito mais-que-perfeito do indi- sente do indicativo - ajo, ages... (= afligir, coa-

cativo: indica um fato real cuja ação é anterior gir, erigir, espargir, refulgir, restringir, transigir,

a outra ação já passada; urgir)

 futuro do presente do indicativo: in-  Agredir (alternância vocálica e/i) -

dica um fato real situado em momento ou presente do indicativo - agrido, agrides, agride,

época vindoura; agredimos, agredis, agridem (= prevenir, pro-

 futuro do pretérito do indicativo: in- gredir, regredir, transgredir) / Aguar (regular) -

dica um fato possível, hipotético, situado num presente do indicativo - águo, águas..., - pre-

momento futuro, mas ligado a um momento térito perfeito do indicativo - agüei, aguaste,

passado; aguou, aguamos, aguastes, aguaram (= desa-

 futuro do subjuntivo: indica um fato guar, enxaguar, minguar)

provável, duvidoso, hipotético, situado num  Aprazer (irregular) - presente do indi-

momento ou época futura; cativo - aprazo, aprazes, apraz... / pretérito


perfeito do indicativo - aprouve, aprouveste,
Alguns verbos da língua portuguesa apresen- aprouve, aprouvemos, aprouvestes, aprouve-
tam problemas de conjugação. A seguir temos uma ram
lista, seguida de comentários sobre essas dificulda-  Argüir (irregular com alternância vo-
des de conjugação. cálica o/u) - presente do indicativo - arguo (ú),
argúis, argúi, argüimos, argüis, argúem - pre-
térito perfeito - argüi, argüiste... (com trema)

55
Apostila PRF

 Atrair (irregular) - presente do indica-  Construir (irregular e abundante) -


tivo - atraio, atrais... / pretérito perfeito - atraí, presente do indicativo - construo, constróis (ou
atraíste... (= abstrair, cair, distrair, sair, sub- construis), constrói (ou construi), construímos,
trair) construís, constroem (ou construem) - preté-
 Atribuir (irregular) - presente do indi- rito perfeito indicativo - construí, construíste...
cativo - atribuo, atribuis, atribui, atribuímos,  Crer (irregular) - presente do indica-
atribuís, atribuem - pretérito perfeito - atribuí, tivo - creio, crês, crê, cremos, credes, crêem -
atribuíste, atribuiu... (= afluir, concluir, destituir, pretérito perfeito indicativo - cri, creste, creu,
excluir, instruir, possuir, usufruir) cremos, crestes, creram - imperfeito indicativo
 Averiguar (alternância vocálica o/u) - - cria, crias, cria, críamos, críeis, criam
presente do indicativo - averiguo (ú), averiguas  Falir (defectivo) - presente do indica-
(ú), averigua (ú), averiguamos, averiguais, tivo - falimos, falis - pretérito perfeito indicativo
averiguam (ú) - pretérito perfeito - averigüei, - fali, faliste... (= aguerrir, combalir, foragir-se,
averiguaste... - presente do subjuntivo - averi- remir, renhir)
gúe, averigúes, averigúe... (= apaziguar)  Frigir (acomodação gráfica g/j e alter-
 Cear (irregular) - presente do indica- nância vocálica e/i) - presente do indicativo -
tivo - ceio, ceias, ceia, ceamos, ceais, ceiam - frijo, freges, frege, frigimos, frigis, fregem - pre-
pretérito perfeito indicativo - ceei, ceaste, térito perfeito indicativo - frigi, frigiste...
ceou, ceamos, ceastes, cearam (= verbos ter-  Ir (irregular) - presente do indicativo -
minados em -ear: falsear, passear... - alguns vou, vais, vai, vamos, ides, vão - pretérito per-
apresentam pronúncia aberta: estréio, es- feito indicativo - fui, foste... - presente subjun-
tréia...) tivo - vá, vás, vá, vamos, vades, vão
 Coar (irregular) - presente do indica-  Jazer (irregular) - presente do indica-
tivo - côo, côas, côa, coamos, coais, coam - tivo - jazo, jazes... - pretérito perfeito indicativo
pretérito perfeito - coei, coaste, coou... (= - jazi, jazeste, jazeu...
abençoar, magoar, perdoar) / Comerciar (re-  Mobiliar (irregular) - presente do indi-
gular) - presente do indicativo - comercio, co- cativo - mobílio, mobílias, mobília, mobiliamos,
mercias... - pretérito perfeito - comerciei... (= mobiliais, mobíliam - pretérito perfeito indica-
verbos em -iar , exceto os seguintes verbos: tivo - mobiliei, mobiliaste... / Obstar (regular) -
mediar, ansiar, remediar, incendiar, odiar) presente do indicativo - obsto, obstas... - pre-
 Compelir (alternância vocálica e/i) - térito perfeito indicativo - obstei, obstaste...
presente do indicativo - compilo, compeles... -  Pedir (irregular) - presente do indica-
pretérito perfeito indicativo - compeli, compe- tivo - peço, pedes, pede, pedimos, pedis, pe-
liste... dem - pretérito perfeito indicativo - pedi, pe-
 Compilar (regular) - presente do indi- diste... (= despedir, expedir, medir) / Polir (al-
cativo - compilo, compilas, compila... - pretérito ternância vocálica e/i) - presente do indicativo
perfeito indicativo - compilei, compilaste...

56
Apostila PRF

- pulo, pules, pule, polimos, polis, pulem - pre- Também merecem atenção os seguintes ver-
térito perfeito indicativo - poli, poliste... bos irregulares:
 Precaver-se (defectivo e pronominal)
- presente do indicativo - precavemo-nos, pre-  Pronominais: Apiedar-se, dignar-se,

caveis-vos - pretérito perfeito indicativo - pre- persignar-se, precaver-se

cavi-me, precaveste-te... / Prover (irregular) -


Caber
presente do indicativo - provejo, provês, provê,
provemos, provedes, provêem - pretérito per-  presente do indicativo: caibo, ca-
feito indicativo - provi, proveste, proveu... / Re-
bes, cabe, cabemos, cabeis, cabem;
aver (defectivo) - presente do indicativo - rea-
 presente do subjuntivo: caiba, cai-
vemos, reaveis - pretérito perfeito indicativo -
bas, caiba, caibamos, caibais, caibam;
reouve, reouveste, reouve... (verbo derivado
 pretérito perfeito do indicativo:
do haver, mas só é conjugado nas formas ver-
coube, coubeste, coube, coubemos, coubes-
bais com a letra v)
tes, couberam;
 Remir (defectivo) - presente do indi-
 pretérito mais-que-perfeito do indi-
cativo - remimos, remis - pretérito perfeito indi-
cativo: coubera, couberas, coubera, coubéra-
cativo - remi, remiste...
mos, coubéreis, couberam;
 Requerer (irregular) - presente do in-
 pretérito imperfeito do subjuntivo:
dicativo - requeiro, requeres... - pretérito per-
coubesse, coubesses, coubesse, coubésse-
feito indicativo - requeri, requereste, reque-
mos, coubésseis, coubessem;
reu... (derivado do querer, diferindo dele na 1ª
 futuro do subjuntivo: couber, cou-
pessoa do singular do presente do indicativo e
beres, couber, coubermos, couberdes, coube-
no pretérito perfeito do indicativo e derivados,
rem.
sendo regular)
 Rir (irregular) - presente do indicativo
- rio, rir, ri, rimos, rides, riem - pretérito perfeito
indicativo - ri, riste... (= sorrir) Dar

 Saudar (alternância vocálica) - pre-


 presente do indicativo: dou, dás,
sente do indicativo - saúdo, saúdas... - preté-
dá, damos, dais, dão;
rito perfeito indicativo - saudei, saudaste...
 presente do subjuntivo: dê, dês, dê,
 Suar (regular) - presente do indicativo
demos, deis, dêem;
- suo, suas, sua... - pretérito perfeito indicativo
 pretérito perfeito do indicativo: dei,
- suei, suaste, sou... (= atuar, continuar, habi-
deste, deu, demos, destes, deram;
tuar, individuar, recuar, situar)
 pretérito mais-que-perfeito do indi-
 Valer (irregular) - presente do indica-
cativo: dera, deras, dera, déramos, déreis, de-
tivo - valho, vales, vale... - pretérito perfeito in-
ram;
dicativo - vali, valeste, valeu...

57
Apostila PRF

 pretérito imperfeito do subjuntivo:  presente do subjuntivo: esteja, es-


desse, desses, desse, déssemos, désseis, tejas, esteja, estejamos, estejais, estejam;
dessem;  pretérito perfeito do indicativo: es-
 futuro do subjuntivo: der, deres, tive, estiveste, esteve, estivemos, estivestes,
der, dermos, derdes, derem. estiveram;
 pretérito mais-que-perfeito do indi-
Dizer
cativo: estivera, estiveras, estivera, estivéra-
mos, estivéreis, estiveram;
 presente do indicativo: digo, dizes,
 pretérito imperfeito do subjuntivo:
diz, dizemos, dizeis, dizem;
estivesse, estivesses, estivesse, estivésse-
 presente do subjuntivo: diga, digas,
mos, estivésseis, estivessem;
diga, digamos, digais, digam;
 futuro do subjuntivo: estiver, estive-
 pretérito perfeito do indicativo:
res, estiver, estivermos, estiverdes, estiverem;
disse, disseste, disse, dissemos, dissestes,
disseram; Fazer
 pretérito mais-que-perfeito do indi-
cativo: dissera, disseras, dissera, disséra-  presente do indicativo: faço, fazes,
mos, disséreis, disseram; faz, fazemos, fazeis, fazem;
 futuro do presente: direi, dirás, dirá,  presente do subjuntivo: faça, faças,
etc.; faça, façamos, façais, façam;
 futuro do pretérito: diria, dirias, diria,  pretérito perfeito do indicativo: fiz,
etc.; fizeste, fez, fizemos, fizestes, fizeram;
 pretérito imperfeito do subjuntivo:  pretérito mais-que-perfeito do indi-
dissesse, dissesses, dissesse, disséssemos, cativo: fizera, fizeras, fizera, fizéramos, fizé-
dissésseis, dissessem; reis, fizeram;
 futuro do subjuntivo: disser, disse-  pretérito imperfeito do subjuntivo:
res, disser, dissermos, disserdes, disserem; fizesse, fizesses, fizesse, fizéssemos, fizés-
seis, fizessem;
Seguem esse modelo os derivados bendizer,
 futuro do subjuntivo: fizer, fizeres,
condizer, contradizer, desdizer, maldizer, predizer.
fizer, fizermos, fizerdes, fizerem.

Os particípios desse verbo e seus derivados


Seguem esse modelo desfazer, liquefazer e sa-
são irregulares: dito, bendito, contradito, etc.
tisfazer.

Estar
Os particípios desse verbo e seus derivados
são irregulares: feito, desfeito, liquefeito, satisfeito,
 presente do indicativo: estou, estás,
etc.
está, estamos, estais, estão;

58
Apostila PRF

Haver  presente do indicativo: posso, po-


des, pode, podemos, podeis, podem;
 presente do indicativo: hei, hás, há,
 presente do subjuntivo: possa, pos-
havemos, haveis, hão;
sas, possa, possamos, possais, possam;
 presente do subjuntivo: haja, hajas,
 pretérito perfeito do indicativo:
haja, hajamos, hajais, hajam;
pude, pudeste, pôde, pudemos, pudestes, pu-
 pretérito perfeito do indicativo: deram;
houve, houveste, houve, houvemos, houves-
 pretérito mais-que-perfeito do indi-
tes, houveram;
cativo: pudera, puderas, pudera, pudéramos,
 pretérito mais-que-perfeito do indi- pudéreis, puderam;
cativo: houvera, houveras, houvera, houvéra-
 pretérito imperfeito do subjuntivo:
mos, houvéreis, houveram;
pudesse, pudesses, pudesse, pudéssemos,
 pretérito imperfeito do subjuntivo: pudésseis, pudessem;
houvesse, houvesses, houvesse, houvésse-
 futuro do subjuntivo: puder, pude-
mos, houvésseis, houvessem;
res, puder, pudermos, puderdes, puderem.
 futuro do subjuntivo: houver, hou-
veres, houver, houvermos, houverdes, houve- Pôr
rem.
 presente do indicativo: ponho,
Ir pões, põe, pomos, pondes, põem;
 presente do subjuntivo: ponha, po-
 presente do indicativo: vou, vais,
nhas, ponha, ponhamos, ponhais, ponham;
vai, vamos, ides, vão;
 pretérito imperfeito do indicativo:
 presente do subjuntivo: vá, vás, vá,
punha, punhas, punha, púnhamos, púnheis,
vamos, vades, vão;
punham;
 pretérito imperfeito do indicativo:
 pretérito perfeito do indicativo:
ia, ias, ia, íamos, íeis, iam;
pus, puseste, pôs, pusemos, pusestes, puse-
 pretérito perfeito do indicativo: fui, ram;
foste, foi, fomos, fostes, foram;
 pretérito mais-que-perfeito do indi-
 pretérito mais-que-perfeito do indi- cativo: pusera, puseras, pusera, puséramos,
cativo: fora, foras, fora, fôramos, fôreis, foram; puséreis, puseram;
 pretérito imperfeito do subjuntivo:  pretérito imperfeito do subjuntivo:
fosse, fosses, fosse, fôssemos, fôsseis, fos- pusesse, pusesses, pusesse, puséssemos,
sem; pusésseis, pusessem;
 futuro do subjuntivo: for, fores, for,  futuro do subjuntivo: puser, puse-
formos, fordes, forem. res, puser, pusermos, puserdes, puserem.

Poder

59
Apostila PRF

Todos os derivados do verbo pôr seguem exa-  pretérito imperfeito do subjuntivo:


tamente esse modelo: antepor, compor, contrapor, soubesse, soubesses, soubesse, soubésse-
decompor, depor, descompor, dispor, expor, impor, in- mos, soubésseis, soubessem;
dispor, interpor, opor, pospor, predispor, pressupor,  futuro do subjuntivo: souber, sou-
propor, recompor, repor, sobrepor, supor, transpor beres, souber, soubermos, souberdes, soube-
são alguns deles. rem.

Querer Ser

 presente do indicativo: quero, que-  presente do indicativo: sou, és, é,


res, quer, queremos, quereis, querem; somos, sois, são;
 presente do subjuntivo: queira,  presente do subjuntivo: seja, sejas,
queiras, queira, queiramos, queirais, queiram; seja, sejamos, sejais, sejam;
 pretérito perfeito do indicativo:  pretérito imperfeito do indicativo:
quis, quiseste, quis, quisemos, quisestes, qui- era, eras, era, éramos, éreis, eram;
seram;  pretérito perfeito do indicativo: fui,
 pretérito mais-que-perfeito do indi- foste, foi, fomos, fostes, foram;
cativo: quisera, quiseras, quisera, quiséra-  pretérito mais-que-perfeito do indi-
mos, quiséreis, quiseram; cativo: fora, foras, fora, fôramos, fôreis, foram;
 pretérito imperfeito do subjuntivo:  pretérito imperfeito do subjuntivo:
quisesse, quisesses, quisesse, quiséssemos, fosse, fosses, fosse, fôssemos, fôsseis, fos-
quisésseis, quisessem; sem;
 futuro do subjuntivo: quiser, quise-  futuro do subjuntivo: for, fores, for,
res, quiser, quisermos, quiserdes, quiserem; formos, fordes, forem.

Saber As segundas pessoas do imperativo afirmativo


são: sê (tu) e sede (vós).
 presente do indicativo: sei, sabes,
sabe, sabemos, sabeis, sabem; Ter
 presente do subjuntivo: saiba, sai-
bas, saiba, saibamos, saibais, saibam;  presente do indicativo: tenho, tens,

 pretérito perfeito do indicativo: tem, temos, tendes, têm;

soube, soubeste, soube, soubemos, soubes-  presente do subjuntivo: tenha, te-

tes, souberam; nhas, tenha, tenhamos, tenhais, tenham;

 pretérito mais-que-perfeito do indi-  pretérito imperfeito do indicativo:

cativo: soubera, souberas, soubera, soubéra- tinha, tinhas, tinha, tínhamos, tínheis, tinham;

mos, soubéreis, souberam;  pretérito perfeito do indicativo: tive,


tiveste, teve, tivemos, tivestes, tiveram;

60
Apostila PRF

 pretérito mais-que-perfeito do indi-  presente do indicativo: vejo, vês,


cativo: tivera, tiveras, tivera, tivéramos, tivé- vê, vemos, vedes, vêem;
reis, tiveram;  presente do subjuntivo: veja, vejas,
 pretérito imperfeito do subjuntivo: veja, vejamos, vejais, vejam;
tivesse, tivesses, tivesse, tivéssemos, tivés-  pretérito perfeito do indicativo: vi,
seis, tivessem; viste, viu, vimos, vistes, viram;
 futuro do subjuntivo: tiver, tiveres,  pretérito mais-que-perfeito do indi-
tiver, tivermos, tiverdes, tiverem. cativo: vira, viras, vira, víramos, víreis, viram;
 pretérito imperfeito do subjuntivo:
Seguem esse modelo os verbos ater, conter,
visse, visses, visse, víssemos, vísseis, vissem;
deter, entreter, manter, reter.
 futuro do subjuntivo: vir, vires, vir,
virmos, virdes, virem.
Trazer

Seguem esse modelo os derivados antever, en-


 presente do indicativo: trago, tra-
trever, prever, rever. Prover segue o modelo acima
zes, traz, trazemos, trazeis, trazem;
apenas no presente do indicativo e seus tempos deri-
 presente do subjuntivo: traga, tra-
vados; nos demais tempos, comporta-se como um
gas, traga, tragamos, tragais, tragam;
verbo regular da segunda conjugação.
 pretérito perfeito do indicativo:
trouxe, trouxeste, trouxe, trouxemos, trouxes- Vir
tes, trouxeram;
 pretérito mais-que-perfeito do indi-  presente do indicativo: venho, vens,
cativo: trouxera, trouxeras, trouxera, trouxéra- vem, vimos, vindes, vêm;
mos, trouxéreis, trouxeram;  presente do subjuntivo: venha, ve-
 futuro do presente: trarei, trarás, nhas, venha, venhamos, venhais, venham;
trará, etc.;  pretérito imperfeito do indicativo:
 futuro do pretérito: traria, trarias, tra- vinha, vinhas, vinha, vínhamos, vínheis, vi-
ria, etc.; nham;
 pretérito imperfeito do subjuntivo:  pretérito perfeito do indicativo: vim,
trouxesse, trouxesses, trouxesse, trouxésse- vieste, veio, viemos, viestes, vieram;
mos, trouxésseis, trouxessem;  pretérito mais-que-perfeito do indi-
 futuro do subjuntivo: trouxer, trou- cativo: viera, vieras, viera, viéramos, viéreis,
xeres, trouxer, trouxermos, trouxerdes, trouxe- vieram;
rem.  pretérito imperfeito do subjuntivo:
viesse, viesses, viesse, viéssemos, viésseis,
Ver
viessem;
 futuro do subjuntivo: vier, vieres,
vier, viermos, vierdes, vierem;

61
Apostila PRF

 particípio e gerúndio: vindo. 7- ADVÉRBIO


Compare estes exemplos:
Seguem esse modelo os verbos advir, convir, O ônibus chegou.
desavir-se, intervir, provir, sobrevir. O ônibus chegou ontem.
A palavra ontem acrescentou ao verbo che-
O emprego do infinitivo não obedece a regras gou uma circunstância de tempo: ontem é um advér-
bio.
bem definidas.
Marcos jogou bem.
Marcos jogou muito bem.
O impessoal é usado em sentido genérico ou
A palavra muito intensificou o sentido do ad-
indefinido, não relacionado a nenhuma pessoa, o pes- vérbio bem: muito, aqui, é um advérbio.
soal refere-se às pessoas do discurso, dependendo A criança é linda.
do contexto. Recomenda-se sempre o uso da forma A criança é muito linda.

pessoal se for necessário dar à frase maior clareza e A palavra muito intensificou a qualidade con-
tida no adjetivo linda: muito, nessa frase, é um ad-
ênfase. vérbio.

Usa-se o impessoal: Advérbio é uma palavra invariável que mo-


difica o sentido do verbo, do adjetivo e do pró-
prio advérbio.
 sem referência a nenhum sujeito: É
proibido fumar na sala;
Às vezes, um advérbio pode se referir a uma
 nas locuções verbais: Devemos ava-
oração inteira; nessa situação, normalmente transmi-
liar a sua situação; tem a avaliação de quem fala ou escreve sobre o con-
teúdo da oração.
 quando o infinitivo exerce função de
Por exemplo:
complemento de adjetivos: É um problema fá-
As providências tomadas foram infrutí-
cil de solucionar; feras, lamentavelmente.
 quando o infinitivo possui valor de im- Quando modifica um verbo, o advérbio pode
acrescentar várias ideias, tais como:
perativo - Ele respondeu: "Marchar!"
Tempo: Ela chegou tarde.
Lugar: Ele mora aqui.
Usa-se o pessoal:
Modo: Eles agiram mal.
Negação: Ela não saiu de casa.
 quando o sujeito do infinitivo é dife-
Dúvida: Talvez ele volte.
rente do sujeito da oração principal: Eu não te
culpo por saíres daqui;
 quando, por meio de flexão, se quer Observações:
realçar ou identificar a pessoa do sujeito: Foi - Os advérbios que se relacionam
ao verbo são palavras que expres-
um erro responderes dessa maneira; sam circunstâncias do processo ver-
 quando queremos determinar o su- bal, podendo assim, ser classificados
como determinantes.
jeito (usa-se a 3ª pessoa do plural): - Escutei
baterem à porta.

62
Apostila PRF

Por exemplo: Por exemplo:


Ninguém manda aqui! " Isso é simplesmente futebol" - disse
o jogador.
mandar: verbo
"Orgulhosamente Brasil" é o que diz a nova
aqui: advérbio de lugar = determinante do campanha publicitária ufanista.
verbo
- Quando modifica um adjetivo, o advérbio
IMPORTANTE: Toda estrutura adverbial será
acrescenta a ideia de intensidade.
uma circunstância e toda circunstância sempre será
Por exemplo: uma estrutura adverbial. As circunstâncias mais usu-
ais são:
O filme era muito bom.
- Na linguagem jornalística e publicitária atuais,
têm sido frequentes os advérbios associados a subs-
tantivos:

Lugar Tempo Modo Causa Conseqüência


Condição Proporção Finalidade Negação Afirmação
Companhia Ausência Meio Matéria Comparação
Concessão Conformidade Intensidade Oposição Instrumento

63
Apostila PRF
- Subordinativas - ligam duas orações depen-

Exemplos: dentes, subordinando uma à outra. Apresentam dez


tipos:
Ex: Amanhã iremos de avião com nossos pais
a São Paulopara uma festa anual.
 causais: porque, visto que, já que,
 Amanhã  advérbio de tempo
uma vez que, como, desde que;
 iremos  verbo*
 de avião  locução adverbial de
meio Palavra que liga orações basicamente, estabe-
 Com nossos pais  locução adver- lecendo entre elas alguma relação (subordinação ou
bial de companhia
coordenação). As conjunções classificam-se em:
 a São Paulo  locução adverbial de
lugar (destino)
 para uma festa  locução adverbial  comparativas: como, (tal) qual, as-
de finalidade
sim como, (tanto) quanto, (mais ou menos +)
 anual.  adjetivo
que;
 condicionais: se, caso, contanto
8- CONJUNÇÃO
que, desde que, salvo se, sem que (= se não),
É a palavra que liga orações basicamente, es-
a menos que;
tabelecendo entre elas alguma relação (subordinação
 consecutivas (conseqüência, resul-
ou coordenação). As conjunções classificam-se em:
tado, efeito): que (precedido de tal, tanto, tão
etc. - indicadores de intensidade), de modo
- Coordenativas, aquelas que ligam duas ora-
que, de maneira que, de sorte que, de maneira
ções independentes (coordenadas), ou dois termos
que, sem que;
que exercem a mesma função sintática dentro da ora-
 conformativas (conformidade, ade-
ção. Apresentam cinco tipos:
quação): conforme, segundo, consoante,

 aditivas (adição): e, nem, mas tam- como;

bém, como também, bem como, mas ainda;  concessiva: embora, conquanto,

 adversativas (adversidade, oposi- posto que, por muito que, se bem que, ainda

ção): mas, porém, todavia, contudo, antes (= que, mesmo que;

pelo contrário), não obstante, apesar disso;  temporais: quando, enquanto, logo

 alternativas (alternância, exclusão, que, desde que, assim que, mal (= logo que),

escolha): ou, ou ... ou, ora ... ora, quer ... quer; até que;

 conclusivas (conclusão): logo, por-  finais - a fim de que, para que, que;

tanto, pois (depois do verbo), por conseguinte,  proporcionais: à medida que, à pro-
por isso; porção que, ao passo que, quanto mais (+

 explicativas (justificação): - pois (an- tanto menos);

tes do verbo), porque, que, porquanto.  integrantes - que, se.

64
Apostila PRF

As conjunções integrantes introduzem as ora- presta a ligar palavras entre si num processo de su-
bordinação denominado regência.
ções subordinadas substantivas.
Diz-se regência devido ao fato de que, na rela-
ção estabelecida pelas preposições, o primeiro ele-
Por exemplo: mento – chamado antecedente – é o termo que rege,
que impõe um regime; o segundo elemento, por sua
Espero que você volte. (Espero sua
vez – chamado consequente – é o termo regido,
volta.)
aquele que cumpre o regime estabelecido pelo ante-
Não sei se ele voltará. (Não sei da sua
cedente.
volta.)
Exemplos:
1. A hora das refeições é sa-
Locução Conjuntiva
grada.
Recebem o nome de locução conjuntiva os con-
hora das refeições: elementos ligados por pre-
juntos de palavras que atuam como conjunção. Essas
posição
locuções geralmente terminam em "que". Observe os
exemplos: de + as = das: preposição
hora: termo antecedente = rege a construção
visto que "das refeições"
desde que refeições: termo consequente = é regido pela
construção "hora da"
ainda que
2. Alguém passou por aqui.
por mais que
passou por aqui: elementos ligados por prepo-
à medida que sição
à proporção que por: preposição
logo que passou: termo antecedente = rege a constru-
a fim de que ção "por aqui"
aqui: termo consequente = é regido pela cons-
9- PREPOSIÇÃO trução "passou por"

Preposição é a palavra que estabelece uma As preposições são palavras invariáveis, pois
relação entre dois ou mais termos da oração. Essa re- não sofrem flexão de gênero, número ou variação em
lação é do tipo subordinativa, ou seja, entre os ele- grau como os nomes, nem de pessoa, número, tempo,
mentos ligados pela preposição não há sentido disso- modo, aspecto e voz como os verbos. No entanto, em
ciado, separado, individualizado; ao contrário, o sen- diversas situações as preposições se combinam a ou-
tido da expressão é dependente da união de todos os tras palavras da língua (fenômeno da contração) e,
elementos que a preposição vincula. assim, estabelecem uma relação de concordância em
gênero e número com essas palavras às quais se li-
Exemplos: gam. Mesmo assim, não se trata de uma variação pró-
1. Os amigos de João estra- pria da preposição, mas sim da palavra com a qual ela
nharam o seu modo de vestir. se funde.

amigos de João / modo de vestir: ele- Por exemplo:


mentos ligados por preposição de + o = do
de: preposição por + a = pela
2. Ela esperou com entusi- em + um = num
asmo aquele breve passeio.
esperou com entusiasmo: elementos As preposições podem introduzir:
ligados por preposição a) Complementos Verbais
com: preposição Por exemplo:
Esse tipo de relação é considerada uma cone- Eu obedeço "aos meus pais".
xão, em que os conectivos cumprem a função de ligar
elementos. A preposição é um desses conectivos e se b) Complementos Nominais
Por exemplo:

65
Apostila PRF

Continuo obediente "aos meus pais". Há palavras de outras classes gramaticais que,
em determinadas situações, podem atuar como pre-
c) Locuções Adjetivas posições. São, por isso, chamadas preposições aci-
Por exemplo: dentais:
É uma pessoa "de valor".
d) Locuções Adverbiais
como (= na qualidade de), conforme (= de
Por exemplo: acordo com), segundo (= conforme), conso-
Tive de agir "com cautela". ante (= conforme), durante, salvo, fora, medi-
ante, tirante, exceto, senão, visto (=por).
e) Orações Reduzidas
Por exemplo:
"Ao chegar", comentou sobre o fato ocorrido.
Classificação das Preposições
Saiba que:
As palavras da Língua Portuguesa que
atuam exclusivamente como preposição são chama- As preposições essenciais regem
das preposições essenciais. São elas: sempre a forma oblíqua tônica dos prono-
mes pessoais:
a, ante, após, até, com, contra, de, desde, em, Por exemplo:
entre, para, per, perante, por, sem, sob, sobre,
trás Não vá sem mim à escola.
As preposições acidentais, por sua
Observações: vez, regem a forma reta desses mesmos
pronomes:
1) A preposição após, acidentalmente, pode
ser advérbio, com a significação de atrás, depois. Por exemplo:

Por exemplo: Todos, exceto eu, prefe-


rem sorvete de chocolate.
Os noivos passaram, e os convidados
os seguiram logo após.
2) Dês é o mesmo que desde e ocorre com
pouca frequência em autores modernos.
Por exemplo: Locução Prepositiva
Dês que começaste a me visitar, sinto- É o conjunto de duas ou mais palavras que têm
me melhor. o valor de uma preposição. A última palavra dessas
3) Trás, modernamente, só se usa em locuções locuções é sempre uma preposição.
adverbiais e prepositivas: por trás, para trás, para Principais locuções prepositivas:
trás de.Como preposição simples, aparece, por
exemplo, no antigo ditado:
abaixo de acima de acerca de
Trás mim virá quem bom me fará.
4) Para, na fala popular, apresenta a forma sin-
copada pra. a fim de além de a par de

Por exemplo:
apesar de antes de depois de
Bianca, alcance aqueles li-
vros pra mim.
5) Até pode ser palavra denotativa de inclusão. ao invés de diante de em fase de
Por exemplo:
Os ladrões roubaram-lhe até a roupa em vez de graças a junto a
do corpo.

66
Apostila PRF

A contração da preposição a com os artigos ou


junto com junto de à custa de pronomes demonstrativos a, as ou com o "a" inicial
dos pronomes aquele, aqueles, aquela, aque-
las, aquilo resulta numa fusão de vogais a que se
defronte de através de em via de chama de crase - que deve ser assinalada na escrita
pelo uso do acento grave.

de encontro a em frente de em frente a Por exemplo:


a+a=à
sob pena de a respeito de ao encontro de Exemplos:
às - àquela - àquelas - àquele - àque-
les - àquilo
Combinação e Contração da Preposição Principais Relações estabelecidas pelas
Quando as preposições a, de, em e per unem- Preposições
se a certas palavras, formando um só vocábulo, essa  Autoria - Esta música é de Roberto
união pode ser por: Carlos.
Combinação: ocorre quando a preposição, ao  Lugar - Estou em casa.
unir-se a outra palavra, mantém todos os seus fone-
mas.  Tempo -Eu viajei durante as férias.
Por exemplo: preposição a + artigo mascu-  Modo ou conformidade - Vamos es-
lino o = ao colher por sorteio.
preposição a + artigo masculino os = aos
 Causa - Estou tremendo de frio
Contração: ocorre quando a preposição sofre
modificações na sua estrutura fonológica ao unir-se a  Assunto - Não gosto de falar so-
outra palavra. As preposições de e em, por exemplo, bre política.
formam contrações com os artigos e com diversos  Fim ou finalidade - Eu vim para ficar
pronomes. Veja:
 Instrumento - Paulo feriu- se com a
faca.
do dos da das
 Companhia - Hoje vou
sair com meus amigos.
num nuns numa numas  Meio - Voltarei a andar a cavalo.
 Matéria - Devolva-me meu
disto disso daquilo anel de prata.
 Posse - Este é o carro de João.
naque-  Oposição - O Flamengo jogou con-
naquele naquela naquelas
les tra Fluminense.
 Conteúdo - Tomei um
Observe outros exemplos: copo de (com) vinho.
em + a = na em + aquilo = naquilo  Preço - Vendemos o filhote de nosso
de + aquela = daquela de + onde = donde cachorro a (por) R$ 300,00.

Por exemplo:
per + o = pelo

Obs.: as formas pelo, pela, pelos, pe- CAPÍTULO 6 –FLEXÃO NOMINAL


las resultam da contração da antiga preposi-
ção per com os artigos definidos.
 FLEXÃO DOS SUBSTANTIVOS

Encontros Especiais

67
Apostila PRF

O substantivo é uma classe variável. A palavra Por exemplo: a criança, a testemunha, a ví-
é variável quando sofre flexão (variação). A pala- tima, o cônjuge, o gênio, o ídolo, o indivíduo.
vra menino, por exemplo, pode sofrer variações
Comuns de Dois Gêneros: indicam o sexo das
para indicar:
pessoas por meio do artigo.
 Plural: meninos
Por exemplo: o colega e a colega, o doente e
 Feminino: menina a doente, o artista e a artista.
 Aumentativo: meninão
 Diminutivo: menininho Saiba que: - Substantivos de origem grega ter-
 Flexão de Gênero minados em -ema ou - oma são masculinos.

Gênero é a propriedade que as palavras têm Por exemplo: o axioma, o fonema, o poema, o
de indicar sexo real ou fictício dos seres. Na língua sistema, o sintoma, o teorema.
portuguesa, há dois gêneros: masculino e femi- - Existem certos substantivos que, variando de
nino. gênero, variam em seu significado.
Pertencem ao gênero masculino os substanti- Por exemplo:
vos que podem vir precedidos dos artigos o, os, um,
uns. Veja estes títulos de filmes: o rádio (aparelho receptor) e a rádio (estação
emissora)
o capital (dinheiro) e a capital (cidade)
- O velho e o mar
- Um Natal inesquecível
Formação do Feminino dos Substantivos Bi-
- Os reis da praia formes
a) Regra geral: troca-se a terminação -o por -a.
Pertencem ao gênero feminino os substanti- Por exemplo:
vos que podem vir precedidos dos artigos a, as,
uma, umas: aluno - aluna
b) Substantivos terminados em -ês: acres-
A história sem fim centa-se -a ao masculino.

Uma cidade sem passado Por exemplo:

As tartarugas ninjas freguês - freguesa


c) Substantivos terminados em -ão: fazem o fe-
minino de três formas:
 Substantivos Biformes e Substan-
tivos Uniformes - troca-se -ão por -oa.
Substantivos Biformes (= duas formas): ao in- Por exemplo:
dicar nomes de seres vivos, geralmente o gênero da patrão - patroa
palavra está relacionado ao sexo do ser, havendo,
portanto, duas formas, uma para o masculino e outra - troca-se -ão por -ã.
para o feminino. Observe: Por exemplo:
 gato - gata campeão - campeã
 homem - mulher
 poeta - poetisa -troca-se -ão por ona.
 prefeito - prefeita Por exemplo:
Substantivos Uniformes: são aqueles que apre- solteirão - solteirona
sentam uma única forma, que serve tanto para o mas-
culino quanto para o feminino. Classificam-se em: Exceções:

Epicenos: têm um só gênero e nomeiam bi- barão – baronesa


chos. ladrão- ladra
Por exemplo: a cobra macho e a cobra fêmea, sultão - sultana
o jacaré macho e o jacaré fêmea.
d) Substantivos terminados em -or:
Sobrecomuns: têm um só gênero e nomeiam
pessoas. - acrescenta-se -a ao masculino.
Por exemplo:

68
Apostila PRF

doutor - doutora A cobra macho picou o marinheiro.


- troca-se -or por -triz: A cobra fêmea escondeu-se na bana-
neira.
imperador - imperatriz
Sobrecomuns:
e) Substantivos com feminino em -esa, -essa, -
isa:
Entregue as crianças à natureza.
-esa - -essa- -isa-
A palavra crianças refere-se tanto a
seres do sexo masculino, quanto a se-
cônsul abade res do sexo feminino.
poeta
consu- aba- Nesse caso, nem o artigo nem um pos-
poetisa
lesa dessa sível adjetivo permitem identificar o
sexo dos seres a que se refere a pala-
duque conde profeta vra. Veja:

du- con- profe- A criança chorona chamava-se João.


quesa dessa tisa A criança chorona chamava-se Maria.
Outros substantivos sobrecomuns:
f) Substantivos que formam o feminino tro-
cando o -e final por -a: a criatura João é uma boa criatura.
elefante - elefanta
g) Substantivos que têm radicais diferentes no Maria é uma boa criatura.
masculino e no feminino:
bode – cabra
o cônjuge O cônjuge de João faleceu.
boi - vaca
h) Substantivos que formam o feminino de ma-
neira especial, isto é, não seguem nenhuma das re- O cônjuge de Marcela faleceu.
gras anteriores:
czar – czarina Comuns de Dois Gêneros:
réu - ré Observe a manchete:

Formação do Feminino dos Substantivos Motorista tem acidente idêntico 23 anos


Uniformes depois.

Epicenos:
Quem sofreu o acidente: um homem ou uma
Observe: mulher?
É impossível saber apenas pelo título da notí-
Novo jacaré escapa de policiais no rio Pi- cia, uma vez que a palavra motorista é um subs-
nheiros. tantivo uniforme. O restante da notícia nos informa
que se trata de um homem.
Não é possível saber o sexo do jacaré em ques- A distinção de gênero pode ser feita através
tão. Isso ocorre porque o substantivo jacaré tem ape- da análise do artigo ou adjetivo, quando acompa-
nas uma forma para indicar o masculino e o feminino. nharem o substantivo.
Alguns nomes de animais apresentam uma só Exemplos:
forma para designar os dois sexos. Esses substanti- o colega - a colega
vos são chamados de epicenos. No caso dos epice-
nos, quando houver a necessidade de especificar o o imigrante - a imigrante
sexo, utilizam-se palavras macho e fêmea. um jovem - uma jovem
Por exemplo: a cobra artista famoso - artista famosa

69
Apostila PRF

repórter francês - repórter francesa Note que:


1. A palavra personagem é usada indistinta-
mente nos dois gêneros.
Substantivos de Gênero Incerto
a) Entre os escritores modernos nota-se acen-
Existem numerosos substantivos de gênero in-
tuada preferência pelo masculino:
certo e flutuante, sendo usados com a mesma signifi-
cação, ora como masculinos, ora como femininos. Por exemplo: O menino descobriu nas nu-
vens os personagens dos contos de carochinha.

erro comum, superstição, b) Com referência a mulher, deve-se preferir o


a abusão feminino:
crendice
O problema está nas mulheres de mais idade,
que não aceitam a personagem.
sedimentos deixados pelas
a aluvião águas, inundação, grande Não cheguei assim, nem era minha intenção, a
numero criar uma personagem.
2. Ordenança, praça (soldado) e sentinela (sol-
a cólera ou cólera- dado, atalaia) são sentidos e usados na língua atual,
doença infecciosa como masculinos, por se referirem, ordinariamente, a
morbo
homens.
3. Diz-se: o (ou a) manequim Marcela, o (ou a)
pessoa importante, pessoa modelo fotográfico Ana Belmonte.
a personagem
que figura numa história

intriga, conluio, maquina-


a trama
ção, cilada
Masculinos
cópia xerográfica, xerocó-
a xerox (ou xérox)
pia o tapa o clã
o eclipse o Hosana
refeição que os cristãos fa- o lança-perfume o herpes
o ágape ziam em comum, banquete
de confraternização o dó (pena) o pijama
o sanduíche o suéter
o caudal torrente, rio o clarinete o soprano
o champanha o proclama
o diabetes ou dia- o sósia o pernoite
doença
bete
o maracajá o púbis

o jângal floresta própria da Índia


o grama (peso) o epigrama
o quilograma o telefonema
mamífero ruminante da fa-
o lhama
mília dos camelídeos o plasma o estratagema
o apostema o dilema
soldado às ordens de um o diagrama o teorema
o ordenança
oficial

a dinamite a pane
o praça soldado raso
a áspide a mascote
a derme a gênese
o preá pequeno roedor

70
Apostila PRF

a hélice a entorse
o guia (pessoa que a guia (documento,
a Alcione a libido guia outras) pena grande das asas
a filoxera a cal das aves)

a clâmide a faringe o grama (unidade de a grama (relva)


a omoplata a cólera (doença) peso)

a cataplasma a ubá (canoa) o caixa (funcionário da a caixa (recipiente, se-


caixa) tor de pagamentos)
Exceções: o Rio de Janeiro, o Cairo, o Porto, o
o lente (professor) a lente (vidro de au-
Havre.
mento)

Gênero e Significação: o moral (ânimo) a moral (honestidade,


bons costumes, ética)

Muitos substantivos têm uma significação no o nascente (lado onde a nascente (a fonte)
masculino e outra no feminino. Observe: nasce o Sol)

o maria-fumaça (trem a maria-fumaça (loco-


o baliza (soldado que, a baliza (marco, es- como locomotiva a va- motiva movida a va-
que à frente da tropa, taca; sinal que marca por) por)
indica os movimentos um limite ou proibição
que se deve realizar de trânsito)
o pala (poncho) a pala (parte anterior
em conjunto; o que vai
do boné ou quepe, an-
à frente de um bloco
teparo)
carnavalesco, mane-
jando um bastão)
o rádio (aparelho re- a rádio (estação emis-
ceptor) sora)
o cabeça (chefe) a cabeça (parte do
corpo)
o voga (remador) a voga (moda, popula-
ridade)
o cisma (separação a cisma (ato de cis-
religiosa, dissidência) mar, desconfiança)
Flexão de Número do Substantivo
o cinza (a cor cin- a cinza (resíduos de
zenta) combustão) Em português, há dois números gramaticais:
O singular, que indica um ser ou um grupo de
o capital (dinheiro) a capital (cidade) seres;

o coma (perda dos a coma (cabeleira) O plural, que indica mais de um ser ou grupo
sentidos) de seres.

o coral (pólipo, a cor a coral (cobra vene- A característica do plural é o s final.


vermelha, canto em nosa)
coro)

o crisma (óleo sa- a crisma (sacramento Plural dos Substantivos Simples


grado, usado na admi- da confirmação) a) Os substantivos terminados em vogal, di-
nistração da crisma e tongo oral e n fazem o plural pelo acréscimo de s.
de outros sacramen-
tos) Por exemplo:
pai – pais
o cura (pároco) a cura (ato de curar)
ímã – ímãs
o estepe (pneu so- a estepe (vasta planí- hífen - hifens (sem acento, no plural).
bressalente) cie de vegetação)

71
Apostila PRF

Exceção: cânon - cânones. g) Os substantivos terminados em ão fazem o


plural de três maneiras.
b) Os substantivos terminados em m fazem o
plural em ns. - substituindo o -ão por -ões:
Por exemplo: Por exemplo:
homem - homens. ação - ações
c) Os substantivos terminados em r e z fazem - substituindo o -ão por -ães:
o plural pelo acréscimo de es.
Por exemplo:
Por exemplo:
cão - cães
revólver – revólveres
- substituindo o -ão por -ãos:
raiz - raízes
Por exemplo:
Atenção: O plural de caráter é caracteres.
grão - grãos
d) Os substantivos terminados
h) Os substantivos terminados em x ficam in-
em al, el, ol, ul flexionam-se no plural, trocando
variáveis.
o l por is.
Por exemplo:
Por exemplo:
o látex - os látex.
quintal - quintais
caracol – caracóis
Plural dos Substantivos Compostos
hotel - hotéis
A formação do plural dos substantivos compos-
Exceções: mal e males, cônsul e cônsules. tos depende da forma como são grafados, do tipo de
e) Os substantivos terminados em il fazem o palavras que formam o composto e da relação que
plural de duas maneiras: estabelecem entre si. Aqueles que são grafados
sem hífen comportam-se como os substantivos sim-
- Quando oxítonos, em is. ples:
Por exemplo: aguardente e aguardentes
canil - canis girassol e girassóis
- Quando paroxítonos, em eis. pontapé e pontapés
Por exemplo: malmequer e malmequeres
míssil - mísseis. O plural dos substantivos compostos cujos ele-
Obs.: a palavra réptil pode formar seu plural mentos são ligados por hífen costuma provocar mui-
de duas maneiras: tas dúvidas e discussões. Algumas orientações são
dadas a seguir:
répteis ou reptis (pouco usada).
a) Flexionam-se os dois elementos, quando
f) Os substantivos terminados em s fazem o formados de:
plural de duas maneiras:
substantivo + substantivo = couve-flor e cou-
- Quando monossilábicos ou oxítonos, medi- ves-flores
ante o acréscimo de es.
substantivo + adjetivo = amor-perfeito e amo-
Por exemplo: res-perfeitos
ás – ases adjetivo + substantivo = gentil-homem e gentis-
retrós - retroses homens

- Quando paroxítonos ou proparoxítonos, fi- numeral + substantivo = quinta-feira e quintas-


cam invariáveis. feiras

Por exemplo: b) Flexiona-se somente o segundo elemento,


o lápis - os lápis quando formados de:

o ônibus - os ônibus. verbo + substantivo = guarda-roupa e guarda-


roupas

72
Apostila PRF

palavra invariável + palavra variável = alto-fa-


lante e alto-falantes Plural dos Nomes Próprios Personativos
palavras repetidas ou imitativas = reco-reco e
reco-recos
Devem-se pluralizar os nomes próprios de
c) Flexiona-se somente o primeiro elemento, pessoas sempre que a terminação
quando formados de: se preste à flexão.
substantivo + preposição clara + substantivo =
água-de-colônia e águas-de-colônia
Por exemplo:
substantivo + preposição oculta + substantivo =
Os Napoleões também são derrota-
cavalo-vapor e cavalos-vapor
dos.
substantivo + substantivo que funciona como As Raquéis e Esteres.
determinante do primeiro, ou seja, especifica a fun-
ção ou o tipo do termo anterior.
Exemplos:
Plural dos Substantivos Estrangeiros
palavra-chave - palavras-chave
bomba-relógio - bombas-relógio
notícia-bomba - notícias-bomba Substantivos ainda não aportuguesados de-
homem-rã - homens-rã vem ser escritos como na língua
peixe-espada - peixes-espada original, acrescentando-se s (exceto quando termi-
nam em s ou z).
d) Permanecem invariáveis, quando formados
de:
verbo + advérbio = o bota-fora e os bota-fora Por exemplo:
verbo + substantivo no plural = o saca-rolhas e os os shows
saca-rolhas
os shorts
e) Casos Especiais
os jazz
o louva-a-deus e os louva-a-deus
o bem-te-vi e os bem-te-vis
Substantivos já aportuguesados flexionam-
o bem-me-quer e os bem-me-queres se de acordo com as regras de
nossa língua:
o joão-ninguém e os joões-ninguém.

pãe(s) + zinhos pãezinhos Por exemplo: os clubes os chopes

animai(s) + zinhos animaizinhos


os jipes os esportes
botõe(s) + zinhos botõezinhos
chapéu(s) + zinhos chapeuzinhos as toaletes os bibelôs
farói(s) + zinhos faroizinhos
os garçons os réquiens
tren(s) + zinhos trenzinhos
colhere(s) + zinhas colherezinhas
Observe o exemplo:
flore(s) + zinhas florezinhas
Este jogador faz gols toda vez que joga.
O plural correto seria gois (ô), mas não se usa.

Obs.: são anômalos os plurais pastori-


nhos(as), papelinhos, florzinhas, florinhas, co-
lherzinhas e mulherzinhas, correntes na língua Plural com Mudança de Timbre
popular, e usados até por escritores
de renome.

73
Apostila PRF

Por exemplo:
Certos substantivos formam o plural com
mudança de timbre da vogal tônica Aqui morreu muito negro.
(o fechado / o aberto). É um fato fonético cha- Celebraram o sacrifício divino muitas ve-
mado metafonia. zes em capelas improvisadas.
Juntou-se ali uma população de retirantes
que, entre homem, mulher e menino, ia
Singular Plural Singular Plural bem cinquenta mil."

corpo (ô) corpos (ó) osso (ô) ossos (ó) Flexão de Grau do Substantivo
esforço esforços ovo ovos Grau é a propriedade que as palavras têm de
fogo fogos poço poços exprimir as variações de tamanho dos seres. Classi-
forno fornos porto portos fica-se em:
fosso fossos posto postos
imposto impostos rogo rogos Grau Normal - Indica um ser de tamanho con-
olho olhos tijolo tijolos siderado normal. Por exemplo: casa
Grau Aumentativo - Indica o aumento do ta-
manho do ser. Classifica-se em:
Analítico = o substantivo é acompanhado de
Têm a vogal tônica fechada (ô): adornos, al- um adjetivo que indica grandeza.
moços, bolsos, esposos, estojos,
globos, gostos, polvos, rolos, soros, etc. Por exemplo: casa grande.
Sintético = é acrescido ao substantivo um su-
Obs.: distinga-se molho (ô), caldo (molho fixo indicador de aumento.
de carne), de molho (ó), feixe (molho de lenha).
Por exemplo: casarão.
Grau Diminutivo - Indica a diminuição do ta-
Particularidades sobre o Número dos
manho do ser. Pode ser:
Substantivos
Analítico = substantivo acompanhado de um
adjetivo que indica pequenez.
a) Há substantivos que só se usam no singu-
lar: Por exemplo: casa pequena.
Sintético = é acrescido ao substantivo um su-
Por exemplo: fixo indicador de diminuição.
o sul, o norte, o leste, o oeste, a fé, etc. Por exemplo: casinha.

b) Outros só no plural:
FLEXÃO DOS ADJETIVOS
Por exemplo:
as núpcias, os víveres, os pêsames,
as espadas/os paus (naipes de baralho), as O adjetivo varia em gênero, número e grau.
fezes.
Gênero dos Adjetivos

c) Outros, enfim, têm, no plural, sentido dife- Os adjetivos concordam com o substan-
rente do singular: tivo a que se referem (masculino e feminino). De
forma semelhante aos substantivos, classificam-
se em:
Por exemplo:
Biformes - têm duas formas, sendo uma
bem (virtude) e bens (riquezas) para o masculino e outra para o feminino.
honra (probidade, bom nome) e hon- Por exemplo:
ras (homenagem, títulos)
ativo e ativa, mau e má, judeu e judia.
Se o adjetivo é composto e biforme, ele fle-
d) Usamos às vezes, os substantivos no sin-
xiona no feminino somente o último elemento.
gular mas com sentido de plural:

74
Apostila PRF

Por exemplo: Adjetivo composto é aquele formado por dois


ou mais elementos. Normalmente, esses elementos
o moço norte-americano, a moça norte- são ligados por hífen. Apenas o último elemento con-
americana. corda com o substantivo a que se refere; os demais
Exceção: surdo-mudo e surda-muda. ficam na forma masculina, singular. Caso um dos ele-
Uniformes - têm uma só forma tanto para o mentos que formam o adjetivo composto seja um
masculino como para o feminino. substantivo adjetivado, todo o adjetivo composto fi-
cará invariável.
Por exemplo:
Por exemplo: a palavra rosa é originalmente
homem feliz e mulher feliz. um substantivo, porém, se estiver qualificando um ele-
mento, funcionará como adjetivo. Caso se ligue a ou-
Se o adjetivo é composto e uniforme, fica
tra palavra por hífen, formará um adjetivo composto;
invariável no feminino.
como é um substantivo adjetivado, o adjetivo com-
Por exemplo: posto inteiro ficará invariável.
conflito político-social e desavença polí-
tico-social.
Número dos Adjetivos Por exemplo:
Plural dos adjetivos simples
Camisas rosa-claro.
Os adjetivos simples flexionam-se no plu-
ral de acordo com as regras estabelecidas para
Ternos rosa-claro.
a flexão numérica dos substantivos simples.

Por exemplo: Olhos verde-claros.

mau e maus Calças azul-escuras e camisas verde-mar.

feliz e felizes Telhados marrom-café e paredes


verde-claras.
ruim e ruins

boa e boas
Obs.:
Caso o adjetivo seja uma palavra que tam- - Azul-marinho, azul-celeste, ultravio-
bém exerça função de substantivo, ficará invari- leta e qualquer adjetivo composto iniciado
ável, ou seja, se a palavra que estiver qualifi- por cor-de-... são sempre invariáveis.
cando um elemento for, originalmente, um subs- - Os adjetivos compostos surdo-mudo e
tantivo, ela manterá sua forma primitiva. Exem- pele-vermelha têm os dois elementos flexi-
plo: a palavra cinza é originalmente um substan- onados.
tivo, porém, se estiver qualificando um elemento,
funcionará como adjetivo. Ficará, então invariá-
vel. Logo: camisas cinza, ternos cinza.
Por exemplo: camisas cinza, ternos cinza.
Grau do Adjetivo
Veja outros exemplos: Os adjetivos flexionam-se em grau para indicar
a intensidade da qualidade do ser. São dois os graus
Motos vinho (mas: motos verdes) do adjetivo: o comparativo e o superlativo.
Comparativo
Paredes musgo (mas: paredes brancas).
Nesse grau, comparam-se a mesma caracterís-
tica atribuída a dois ou mais seres ou duas ou mais
Comícios monstro (mas: comícios grandio- características atribuídas ao mesmo ser. O compara-
sos). tivo pode ser de igualdade, de superioridade ou
de inferioridade. Observe os exemplos abaixo:
Adjetivo Composto 1) Sou tão alto como você. Comparativo De
Igualdade

75
Apostila PRF

No comparativo de igualdade, o segundo termo O secretário é muito inteligente.


da comparação é introduzido pelas pala-
Sintética: a intensificação se faz por meio do
vras como, quanto ouquão.
acréscimo de sufixos.
2) Sou mais alto (do) que você. Comparativo
Por exemplo:
De Superioridade Analítico
O secretário é inteligentíssimo.
No comparativo de superioridade analítico, en-
tre os dois substantivos comparados, um tem quali- Observe alguns superlativos sintéticos:
dade superior. A forma é analítica porque pedimos au-
xílio a "mais...do que" ou "mais...que".
3) O Sol é maior (do) que a Terra. Compara- benéfico beneficentíssimo
tivo De Superioridade Sintético
Alguns adjetivos possuem, para o comparativo
de superioridade, formas sintéticas, herdadas do la- bom boníssimo ou ótimo
tim. São eles:
célebre celebérrimo
bom-melhor pequeno-menor
comum comuníssimo
mau-pior alto-superior
cruel crudelíssimo
grande-
baixo-inferior
maior
difícil dificílimo

Observe que:
doce dulcíssimo
a) As formas menor e pior são comparativos
de superioridade, pois equivalem a mais pequeno e
mais mau, respectivamente. fácil facílimo
b) Bom, mau, grande e pequeno têm formas
sintéticas (melhor, pior, maior e menor), porém, em fiel fidelíssimo
comparações feitas entre duas qualidades de
um mesmo elemento, deve-se usar as formas analíti-
cas mais bom, mais mau,mais grande e mais pe- frágil fragílimo
queno.
Por exemplo: Pedro é maior do que Paulo frio friíssimo ou frigidíssimo
- Comparação de dois elementos.
Pedro é mais grande que pequeno - compara-
ção de duas qualidades de um mesmo elemento. humilde humílimo

4) Sou menos alto (do) que você. Compara-


tivo De Inferioridade jovem juveníssimo
Sou menos passivo (do) que tolerante.
Superlativo livre libérrimo

O superlativo expressa qualidades num grau


muito elevado ou em grau máximo. O grau superlativo magnífico magnificentíssimo
pode serabsoluto ou relativo e apresenta as seguin-
tes modalidades:
magro macérrimo ou magríssimo
Superlativo Absoluto: ocorre quando a quali-
dade de um ser é intensificada, sem relação com ou-
tros seres. Apresenta-se nas formas: manso mansuetíssimo
Analítica: a intensificação se faz com o auxílio
de palavras que dão ideia de intensidade (advérbios).
Por exemplo:

76
Apostila PRF

Forma-se o comparativo do advérbio do


mau péssimo mesmo modo que o comparativo do adjetivo:
de igualdade: tão + advérbio + quanto (como)
nobre nobilíssimo Por exemplo:
Renato fala tão alto quanto João.
pequeno mínimo de inferioridade: menos + advérbio + que (do
que)
paupérrimo ou pobrís- Por exemplo:
pobre
simo
Renato fala menos alto do que João.
de superioridade:
preguiçoso pigérrimo
Analítico: mais + advérbio + que (do que)
Por exemplo:
próspero prospérrimo
Renato fala mais alto do que João.

sábio sapientíssimo Sintético: melhor ou pior que (do que)


Por exemplo:
sagrado sacratíssimo Renato fala melhor que João.
Grau Superlativo
Superlativo Relativo: ocorre quando a quali- O superlativo pode ser analítico ou sinté-
dade de um ser é intensificada em relação a um con- tico:
junto de seres. Essa relação pode ser:
Analítico: acompanhado de outro advérbio.
De Superioridade: Clara é a mais bela da sala.
Por exemplo:
De Inferioridade: Clara é a menos bela da
sala.Note bem: Renato fala muito alto.

1) O superlativo absoluto analítico é expresso muito = advérbio de intensidade


por meio dos advérbios muito, alto = advérbio de modo
extremamente, excepcionalmente, etc., ante- Sintético: formado com sufixos.
postos ao adjetivo.
Por exemplo:
2) O superlativo absoluto sintético se apresenta
sob duas formas : uma erudita, de origem latina, outra Renato fala altíssimo.
popular, de origem vernácula. A forma erudita é cons-
tituída pelo radical do adjetivo latino + um dos sufi-
xos -íssimo, -imo ou érrimo. Por exemplo: fidelís-
simo, facílimo, paupérrimo. Obs.: as formas diminutivas
A forma popular é constituída do radical do ad- (cedinho, pertinho, etc.) são co-
jetivo português + o sufixo -íssimo: pobríssimo, agi- muns na língua popular.
líssimo. Observe:
3) Em vez dos superlativos normais seriíssimo, Maria mora pertinho daqui.
precariíssimo, necessariíssimo, preferem-se, na lin- (muito perto)
guagem atual, as formas seríssimo, precaríssimo, ne- A criança levantou cedinho.
cessaríssimo, sem o desagradável hiato i-í. (muito cedo)
Flexão do Advérbio
. Os advérbios são palavras invariáveis, isto é,
não apresentam variação em gênero e número. Al-
guns advérbios, porém, admitem a variação em grau.
Observe:
Grau Comparativo

77
Apostila PRF

Obs. : o agente da passiva geralmente é


CAPÍTULO 7 – VOZES VERBAIS
acompanhado da preposição por, mas pode
ocorrer a construção com a preposição de.
Dá-se o nome de voz à forma assumida pelo verbo
para indicar se o sujeito gramatical é agente ou paciente da
ação. São três as vozes verbais: Por exemplo:

a) Ativa: quando o sujeito é agente, isto é, pratica a A casa ficou cercada de soldados.
ação expressa pelo verbo. - Pode acontecer ainda que o agente da passiva não
Por exemplo: esteja explícito na frase.
Por exemplo:
Ele fez o trabalho. A exposição será aberta amanhã.
- A variação temporal é indicada pelo verbo auxiliar
sujeito agente ação objeto (paciente) (SER), pois o particípio é invariável. Observe a transforma-
ção das frases seguintes:

b) Passiva: quando o sujeito é paciente, recebendo a


ação expressa pelo verbo. Ele fez o trabalho. (pretérito perfeito do indicativo)

Por exemplo:
O trabalho foi feito por ele. (pretérito perfeito do in-
dicativo)
O trabalho foi feito por ele.

Ele faz o trabalho. (presente do indicativo)


sujeito paciente ação agente da passiva

O trabalho é feito por ele. (presente do indicativo)


c) Reflexiva: quando o sujeito é ao mesmo tempo
agente e paciente, isto é, pratica e recebe a ação.
Ele fará o trabalho. (futuro do presente)
Por exemplo:
O menino feriu-se.
O trabalho será feito por ele. (futuro do presente)

Obs.: não confundir o emprego reflexivo


- Nas frases com locuções verbais, o verbo SER as-
do verbo com a noção de reciprocidade.
sume o mesmo tempo e modo do verbo principal da voz
ativa. Observe a transformação da frase seguinte:
O vento ia levando as folhas. (gerúndio)
Por exemplo: As folhas iam sendo levadas pelo vento. (gerúndio)
Os lutadores feriram-se. (um ao outro)
Formação da Voz Passiva
Obs.: é menos frequente a construção
A voz passiva pode ser formada por dois proces- da voz passiva analítica com outros verbos
sos: analítico e sintético. que podem eventualmente funcionar como
1- Voz Passiva Analítica auxiliares.

Constrói-se da seguinte maneira: Verbo SER + parti-


cípio do verbo principal.
Por exemplo: Por exemplo:
A escola será pintada A moça ficou marcada pela doença.
O trabalho é feito por ele. 2- Voz Passiva Sintética
A voz passiva sintética ou pronominal constrói-se com
o verbo na 3ª pessoa, seguido do pronome apassivador SE.

78
Apostila PRF

Por exemplo: conservando o mesmo tempo. Observe mais exem-


plos:
Abriram-se as inscrições para o concurso.
Destruiu-se o velho prédio da escola. - Os mestres têm constante-
mente aconselhado os alunos.
Os alunos têm sido constantemente aconse-
lhados pelos mestres.

Obs.: o agente não costuma - Eu o acompanharei.


vir expresso na voz passiva sinté- Ele será acompanhado por mim.
tica.
Curiosidade
Obs.: quando o sujeito da voz ativa for
A palavra passivo possui a mesma indeterminado, não haverá complemento
raiz latina de paixão (latim pas- agente na passiva.
sio, passionis) e ambas se relacio-
nam com o significado sofrimento,
Por exemplo:
padecimento. Daí vem o significado
de voz passiva como sendo a voz - Prejudicaram-me.Fui prejudicado.
que expressa a ação sofrida pelo Saiba que:
sujeito.
1) Aos verbos que não são ativos nem passivos
Na voz passiva temos dois elemen- ou reflexivos, são chamados neutros.
tos que nem sempre aparecem: SU-
JEITO PACIENTE e AGENTE DA Por exemplo:
PASSIVA. O vinho é bom.
Aqui chove muito.
2) Há formas passivas com sentido ativo:
Por exemplo:
Conversão da Voz Ativa na Voz Passiva É chegada a hora. (= Chegou a hora.)Eu
Pode-se mudar a voz ativa na passiva sem al- ainda não
terar substancialmente o sentido da frase. era nascido. (= Eu ainda não tinha nas-
cido.)És um homem
Por exemplo: lido e viajado. (= que leu e viajou)
3) Inversamente, usamos formas ativas com
(Voz Ativa) sentido passivo:
Por exemplo:
Gutenberg inventou a imprensa Há coisas difíceis de entender. (= se-
rem entendidas)Mandou-o lançar na prisão.
(= ser lançado)
Sujeito da
Objeto Direto
Ativa 4) Os verbos chamar-se, batizar-se, operar-
se (no sentido cirúrgico) e vacinar-se são considera-
dos passivos, logo o sujeito é paciente.
(Voz Passiva)
Por exemplo:
Chamo-me Luís.
A imprensa foi inventada por Gutenberg Batizei-me na Igreja do Carmo.
Operou-se de hérnia.
Sujeito da Agente da Pas- Vacinaram-se contra a gripe.
Passiva siva

Observe que o objeto direto será o sujeito da


passiva, o sujeito da ativa passará a agente da
passiva e overbo ativo assumirá a forma passiva,

79
Apostila PRF
Ex.: João e eu visitamos a moça / Jessé ou
CAPÍTULO 8 –FRASE, ORAÇÃO E PERÍODO José casará com ela? / Estão aqui o seu di-
nheiro e sua bolsa!
Frase - todo enunciado de sentido completo, capaz de
estabelecer comunicação. Podem ser nominais ou
Observação
verbais.

nos casos de inversão do suj. a verbos


Oração - enunciado que se estrutura em torno de um
verbo ou locução verbal. intransitivos (aparecer, chegar, correr,
restar, surgir...), pode-se confundi-lo
com objeto. Deve-se sempre examinar
Período - constitui-se de uma ou mais orações. Po- a natureza do verbo, para não se deixar
dem ser simples ou compostos. enganar - apareceu, enfim, o cortejo
real
Observação
 sujeito oculto, elíptico ou desinencial - deter-
haverá num período tantas orações quanto fo- minado, mas implícito na desinência verbal
rem os verbos, considerando locuções verbais (DNP) ou subentendido através de uma frase
e tempos compostos como um só verbo. anterior. Deve-se atentar para a 3ª pessoa do
plural, onde não há sujeito oculto eles ou elas
e sim um caso de sujeito indeterminado.
SUJEITO
Ex.: Vivemos felizes / "Antes de iniciar este li-
vro, imaginei construí-lo pela divisão do traba-
O verbo mantém relação de concordância com seu
lho" - G. Ramos / Beba esse leite, menino!
sujeito. A composição do sujeito explícito pode ser
uma única palavra ou um conjunto de palavras (onde
se deve determinar o núcleo ou núcleos), incluindo  indeterminado - quando não se pode (ou não
também as orações substantivas subjetivas. se quer) precisar que elemento é o sujeito.
Ocorre de duas maneiras: verbo na 3ª pessoa
Podem ser núcleo do sujeito: substantivo ou um equi- do plural, sem sujeito explícito ou 3ª pessoa
valente dele (pronomes substantivos, numerais subs- do singular (exceto VTD) + SE. (Nunca lhe
tantivos ou palavras substantivadas). ofereceram emprego / Precisa-se de empre-
gados)
Tipos de sujeito
Observação
Os tipos de sujeito são basicamente dois, segundo
Pasquale e Ulisses, determinado (simples, composto a oração de suj. indeterminado com a
e oculto) e indeterminado (indeterminado e oração partícula se não pode ser transformada
sem sujeito). em voz pass. analítica. Havendo essa
possibilidade, a palavra se deve ser in-
 simples - possui um núcleo. terpretada como pronome apassivador
- celebrou-se a missa - a missa foi cele-
brada
Ex.: Maria esteve aqui / Alguém me viu / Duas
vieram
 oração sem sujeito - o processo verbal en-
cerra-se em si mesmo, sem atribuição a ne-
Observação
nhum ser. Ocorre sempre com verbos impes-
soais nos seguintes casos: verbos que expri-
o pronome oblíquo átono pode funcio- mem fenômenos da natureza; verbos fazer,
nar como suj. de um verbo no infinitivo. ser, ir e estar indicando tempo cronológico ou
Isso ocorre quando se tem na 1ª oração clima (no caso do ser, também distância);
um verbo causativo (deixar, mandar, fa- verbo haver = existir ou em referência a
zer...) ou sensitivos (ver, ouvir, sentir...) tempo decorrido.
- o chefe mandou-o trabalhar / não o vi-
mos entrar Ex.: Choveu demais / São três anos de soli-
dão / Há cem voluntários / Há muitos anos
 composto - possui mais de um núcleo, inde- não o vejo / Vai para dois meses de espera
pendente de sua ordem na frase.

80
Apostila PRF

Observação É formado por um verbo de ligação acrescido de um


nome (substantivo, adjetivo ou pronome), dito predi-
cativo do sujeito. O núcleo deste predicado é o predi-
os verbos impessoais não apresentam
cativo, uma vez que o verbo somente estabelece liga-
sujeito e devem permanecer na 3ª pes-
ção.
soa do singular (exceto o verbo ser, que
também admite a 3ª pessoa do plural).
Quando um verbo auxiliar se junta a um Ex.: O rapaz estava apreensivo. / Ela caiu de cama. /
verbo impessoal, a impessoalidade é A mãe virou bicho naquele dia.
transmitida a ele.
Predicado verbal

PREDICADO É formado por um verbo transitivo ou intransitivo, isto


é, um verbo que não seja de ligação. Neste caso, o
Apresenta-se em três tipos: verbo será sempre significativo, constituindo o núcleo
do predicado verbal
 verbal - núcleo é um verbo significativo, noci-
onal que traz uma idéia nova ao sujeito (tran- Ex.: Os passageiros desceram. / Comprei flores. /
sitivo ou intransitivo) Comprei-lhe flores.
 nominal - núcleo do predicado é um nome
(predicativo). O verbo não é significativo, fun- Predicado verbo-nominal
cionando apenas como ligação entre o sujeito
e o predicativo Encerra em si mesmo uma união de predicados. Apre-
 verbo-nominal - contém dois núcleos: verbo senta um verbo significativo (núcleo do predicado ver-
significativo e um predicativo bal) e um predicativo (núcleo do predicado nominal),
portanto dois núcleos.
Observação
Ex.: Ela entrou risonha na sala. / João abaixou os
Quando houver verbo de ligação, o predicado olhos pensativo. / Considero inexeqüível o projeto ex-
será necessariamente nominal e quando hou- posto.
ver predicativo do objeto, o predicado será
verbo-nominal sempre. A regência verbal é importante para se compreender
que os verbos devem ser classificados em função do
Para se classificar o predicado, torna-se indispensá- contexto em que se apresentam. Há casos de verbos
vel o estudo dos tipos de verbos (transitivos, intransi- que aparecem com transitividades diferentes se os
tivos e de ligação). contextos foram trocados.

Verbos Ex.: Perdoai sempre. - intransitivo / Perdoai as ofen-


sas - transitivo direto / Perdoai aos inimigos - transitivo
indireto / Perdoai as ofensas aos inimigos. - transitivo
 ligação - expressam estado permanente ou direto e indireto
transitório, mudança ou continuidade de es-
tado, aparência de estado (ser, estar, perma-
necer, ficar, continuar, parecer, andar = es-
tar). Deve-se entender que estes verbos não
serão mais de ligação se não estabelecerem
relação entre sujeito e seu predicativo. (Ando
preocupado / Andei cem metros, Fiquei triste
/ Fiquei na sala, Permaneceu suspensa / Per-
maneceu no cargo)
 intransitivo - quando a significação verbal está
inteiramente contida no verbo, não necessi-
tando de complementação.
 transitivo - pedem complementos verbais
para completarem a sua significação. Podem
ser transitivos diretos, indiretos e diretos e in-
diretos, dependendo do complemento.

Predicado nominal

81
Apostila PRF
CAPÍTULO 9 –TERMOS DA ORAÇÃO E DO PERÍ- Estas serão sintaticamente classifica-
ODO das como “ADJUNTO ADNOMI-
NAL”
Introdução à Sintaxe
Ex1: Os meu dois lindos cachorros / são
Quando vamos estabelecer a comunicação, fazemos idosos.
uma frase, período ou oração. Há várias classes gra-
maticais para estabelecer a comunicação. Cada pa- Os = artigo
lavra vai exercer uma função, podendo uma ser mais Meus = pronome possessivo
importante que as outras. Na Análise Sintática um Dois = numeral
“serve”, o outro é “servido”. Lembre-se que na Análise Lindos = adjetivo
Morfológica há 4 classes gramaticais para servir ao Cachorros = substantivo  Sintaticamente:
substantivo. Não existe adjetivo sem que exista um núcleo do sujeito.
substantivo. O mesmo acontece com o artigo, nume- Sintaticamente: Os/ meus/ dois/ lindos  to-
ral e pronome. dos são adjuntos adnominais.

Sintaxe conceito: caracteriza-se por analisar a fun-


Ex2: Os dois amigos meus/ chegarão ama-
ção de um termo perante outros termos de uma
nhã.
mesma construção gramatical.
. Os = artigo
A análise sintática é fundamentada nos Termos Es- . Dois = numeral
senciais. Preste atenção na classificação de Ma- . Amigos = substantivo  sintaticamente: NÚ-
chado de Assis, são 3 termos essenciais, sem eles CLEO DO SUJEITO, porque todos os outros
não há comunicação em regra. elementos referem-se a este substantivo.
. Meus = pronome
**Sintaticamente, todos os demais elementos
serão ADJUNTOS ADNOMINAIS.
Os “TERMOS ESSENCIAS
É válido saber que as classes gramaticais
o Sujeito o Preposição
o Predicado o Conjunção
o Predicativo, que pode ser do Sujeito o Interjeição
ou do Objeto. Nunca apresentarão funções sintáti-
cas.
**OBS: locução, são 2 ou mais ter-
 SUJEITO mos. Se a preposição não tem classi-
ficação sintática, a locução preposi-
tiva também não pode ter função sin-
 OBS: é um termo essencial e sempre que tal tática.
estrutura sintática possuir mais de um termo, Isso também vale para as respectivas
deverá localizar o “Núcleo do sujeito”. locuções:
 Locução prepositiva
Ex: Cachorros / fazem bem ao emocional de  Locução conjuntiva
todos.  Locução Interjetiva
Classificação: cachorros = substantivo = su-
jeito.
OBJETO DIRETO
 OBS: Dentro daestrutura de sujeito, se antes
ou após o núcleo tivermos as classes grama-
É um complemento verbal solicitado pelo verbo não
ticais:
havendo preposição na pergunta. Para que tenhamos
o ARTIGO,
tal complemento, o verbo só poderá realizar duas pos-
o ADJETIVO,
síveis perguntas:
o NUMERAL
o PRONOME,

82
Apostila PRF

 O que? – para coisa.  Algo, alguma coisa. o COM QUE?


 Quem? - para pessoa.  alguém. o PARA QUEM?
**Note: como não tem preposição na per- o EM
gunta, então não existirá na resposta. Por
isso é O.D.( objeto direto)
**Não se analisa olhando para o comple-
**antes de “Que? Quem?” usam-se as preposi-
mento. Você analisa verbo e complemento
ções (várias preposições)
olhando o verbo!
Importante: verbos que fazem qualquer uma dessas
OBS: verbos que fazem qualquer uma destas pergun-
perguntas serão sintaticamente classificados como
tas serão sintaticamente classificados como: V.T.D.
V.T.I. (verbo transitivo indireto).
(verbo transitivo direto)
VTI  OI
V.T.D.  O.D.
Estrutura sintática com mais de um termo, temos que
OBS: Toda a resposta dada à pergunta do verbo será
localizar o núcleo, porque os outros termos além do
a estrutura de O.D., logo havendo mais de um termo
núcleo terão uma função sintática. Com exceção da
na estrutura de O.D., deveremos localizar o “Núcleo
preposição. Então, na hipótese de que quando há 2
do O.D.”.
termos, e um deles não tem função sintática, não é
Ex: Adoro (o quê?) cães. necessário achar o núcleo. No O.I. há preposição,
que não tem função sintática, então, não é preciso lo-
 Adoro: verbo/ V.T.D. calizar o “núcleo”, aliás, nem existe o núcleo, porque
**Toda a resposta é sintaticamente O.D.:. só 1 elemento tem função sintática..
 Cães: substantivo/ OD
Ex: Gosto / de cães. VTI  OI
OBS: Dentro da estrutura de O.D. , se tivermos antes
ou após o núcleo as classes gramaticais:  Gosto (de que?) = VTI
 De cães = preposição + substantivos.
 Artigo **De = não tem função sintática. Como não
 Numeral há função sintática para a preposição, o
 Pronome Substantivo é OI. Se ao lado do substantivo
houver um adjetivo, ai sim teremos que dife-
Estas serão sintaticamente ADJUNTO ADNOMINAL. renciar as funções sintáticas, bem como loca-
**Note que nessa OBS, ao contrário da OBS de su- lizar o núcleo. E a preposição continua não
jeito, não tem adjetivo (este pode assumir duas fun- tendo função sintática.
ções, veremos depois)
OBS: Dentro da estrutura de O.I., se antes ou após o
Ex: (EU) /Amo / os meus cinco cães.  Sujeito Oculto/ núcleo tivermos as classes gramaticais:
Predicado V.T.D./ O.D.
o Artigo
 Amo = verbo/ (o que?) V.T.D. o Adjetivo
 Os = artigo/ adj. adnominal. o Numeral
 Meus = pronome possessivo/ adj. adnominal. o Pronome
 Cinco = numeral cardinal/ adj. adnominal.
 Cães = substantivo/ núcleo do O.D. Estas serão sintaticamente “ADJUNTO ADNOMINAL”

OBJETO INDIRETO Ex: Assistimos / a uns três ótimos filmes/ nesse fim
de semana. VTI/ OI / estrutura adverbial
É um complemento verbal solicitado pelo verbo ha-
vendo obrigatoriamente preposição na pergunta para  Assistimos (no sentido de ver/ presenciar) =
que tenhamos este complemento o verbo fará as se- VTI = exige preposição A.  assistimos a
guintes e possíveis perguntas: quê?
 O Objeto é tudo aquilo que foi perguntado
o A pelo verbo: OI = / a uns três ótimos filmes/
o DE

83
Apostila PRF

 A = preposição = NÃO POSSUI FUNÇÃO Conceito: É um substantivo que invoca o interlocutor


SINTÁTICA. (com quem se fala) para a comunicação.
 Uns = artigo indefinido = adjunto adnominal
 Três = numeral = adjunto adnominal Ex: André,/ A Aline / viajou neste mês para o exterior/
 Ótimos = adjetivo = adjunto adnominal  Vocativo/ Sujeito/ Predicado
 Filmes = substantivo = núcleo do OI
 André = substantivo  VOCATIVO.
**Todos os demais elementos, que não o nú-
 Quem viajou? Aline, que é o sujeito.
cleo do OI, serão adjuntos adnominais.
**Com exceção a preposição que não possui Ex2: A Aline, André, viajou neste mês para o exterior.
função sintática.
**Regra: nunca se separa o sujeito de ser verbo com
PREDICATIVO DO SUJEITO vírgula, mesmo quando deslocado. **essas vírgulas
não pertencem a “Aline”, mas, sim, a André. Se tirar-
“Qualquer palavra que está no predicado que se re- mos o termo “ André”, as vírgulas desaparecerão .
fere ao sujeito. Assim, o substantivo pode ser Predi-
cativo do Sujeito. Quem mais? Adjetivo (em maioria),
além de pronome e numeral.”
Ex3: Aline viajou neste mês, André,para o exterior.
Ex: Aquele cara / é /o Lula./ sujeito/ VL/ predicativo
do sujeito Lembrando: Para = destino permanente/ A = destino
provisório
 Aquele = pronome demonstrativo/Adj. Adno-
minal Ex4: Aline viajou neste mês para o exterior, André.
 Cara = substantivo/ núcleo do sujeito
 Vocativo pode ser deslocado por toda a
 É = VL
sentença.
 O = artigo/ Adj. Adnominal.
 Lula = substantivo, que se refere ao Cara (que **Para dizer se o vocativo está na estrutura do su-
é o núcleo do sujeito), então Lula = predica- jeito/predicado devo analisar período por período?
tivo do sujeito. Não, pois vocativo é um termo independente, não
pertence a estrutura nem de um nem de outro.
**Núcleo é a estrutura mais importante da estrutura do
sujeito, ou seja, ele é o sujeito propriamente dito. O
 É válido saber que o vocativo é uma estrutura
mesmo ocorre no Objeto. Observe que somente fil-
que não faz parte nem da estrutura do sujeito,
mes é núcleo do O.I. . Todos os demais elementos
nem da do predicado, pois é um TERMO IN-
são adjuntos adnominais.
DEPENDENTE em qualquer estrutura. (Voca-
 A classe gramatical ARTIGO só conseguirá, tivo pode deslocar por toda a sentença).
em toda a Língua Portuguesa, desempenhar
a função sintática de ADJUNTO ADNOMI- APOSTO
NAL.
Aposto: sempre será um substantivo se referindo a
Importante: É válido lembrar que o PREDICATIVO DO outro substantivo dentro da mesma estrutura de su-
SUJEITO virá, em maioria, representado pelo adje- jeito ou de predicado.
tivo, mas podendo também vir por um substantivo,
( Os 2 substantivos têm que estar dentro do sujeito ou
numeral ou pronome.
dentro do predicado, porque se um estivesse no su-
VOCATIVO jeito e o outro no predicado, seria predicativo do su-
jeito (termo no predicado que se refere ao sujeito))
“É uma estrutura bem simples, geralmente cobra-se
uma curiosidade, “pega”: vocativo é um termo inde-  Dentro da estrutura de aposto se o núcleo for
pendente. Vocativo é um elemento que in- antecedido ou sucedido pelas classes grama-
voca/chama o interlocutor. Em documentos oficiais, ticais:
carta*..redação oficial, começa o texto pelo vocativo.  Artigo
*(não é a carta ao leitor que é dissertativo, argumen-  Adjetivo
tativo em que uma pessoa conversa com o leitor)”  Numeral

84
Apostila PRF

 Pronome Estas serão sintaticamente ADJUNTO AD-


Estas serão sintaticamente AD- NOMINAL.
JUNTO ADNOMINAL.
Ex3: Fabiano, 23 anos, / formou-se em direito.
O aposto pode ser classificado de 4 formas:
 Fabiano = substantivo  núcleo do sujeito.
 APOSTO ESPECIFICATIVO (sem vírgula)  23 = numeral  adj. adnominal.
 APOSTO EXPLICATIVO (com vírgula)  Anos = substantivo  núcleo do aposto expli-
 APOSTO ENUMERATIVO (com vírgula) cativo
 APOSTO RESUMITIVO (com vírgula)  23 anos = é uma característica do Fabiano. 
 OBS: APOSTO RESUMITIVO é o APOSTO EXPLICATIVO.
único tipo de aposto que virá sendo Quem é núcleo? Toda vez que tiver mais de
representado por um pronome (todo, um termo, tenho que localizar o núcleo, que
nada, alguém, ninguém, todos) neste caso é ANOS.
**concordância verbal , o verbo con- **Numeral : quantifica substantivo. Então 23 =
cordará com o aposto resumitivo. numeral = adjunto adnominal; 23 serve a
anos, nunca a substantivo serve o numeral.
Ex: O mecânico Fábio / é o melhor da cidade.
Ex4: André, Fábio, Ronaldo, ninguém / o ajudou.
O aposto não é preso em estrutura nenhuma: pode
aparecer no sujeito, ou predicado. Para que haja o  Sujeito Composto:
aposto teremos 2 substantivos (juntos) ou no sujeito  André = subst.  núcleo 1
ou no predicado.  Fábio = subst.  núcleo 2
 Ronaldo = subst.  núcleo 3
 O = artigo  adjunto adnominal.  Ninguém = pronome APOSTO RESUMI-
 Mecânico = substantivo  núcleo do sujeito TIVO.
 Fábio = substantivo aposto especificativo.  **Ninguém = relação negativa, está no lugar
 É = verbo dos 3 substantivos (ideias) e o resume em
 O = artigo uma só palavra.
 Melhor = adjetivo  Ajudou concorda com o aposto resumitivo
 O melhor = predicativo do sujeito (ninguém)  REGRA: regência  o verbo
 Da = preposição concorda com o aposto resumitivo.
 Cidade = substantivo.  Ajudou. = verbo. Ajudou quem? VTD. Daí a
gramática manda trazer o pronome oblíquo
Quem é o núcleo do sujeito?! É uma palavra na estru-
para perto dele.
tura que não serve ninguém, ele é servida. Nesse
 O = pronome = OD; Regra: Não pode ser
caso Fábio serve a mecânico. Especificar/ apontar/
ELE, porque ele não pode ser OD.
caracterizar/ determinar. Qual mecânico é o melhor da
 Vamos colocar outro exemplo? André, Fábio,
cidade?! Fábio não explica a palavra mecânico, mas,
Ronaldo, ninguém ajudou Fernanda.
sim, específica!
 André, Fábio, Ronaldo, todos ajudaram Fer-
Ex2: Fábio, mecânico,/ é o melhor da cidade. nanda. (Regra de regência)
APOSTO EXPLICATIVO: é caracterizador, é uma
Ex5: Algazarras, festas, viagens, nada / agradou os
característica dada ao núcleo do sujeito (Fábio). Ou
turistas.
seja, explica quem é Fábio, ou seja, o que ele faz.
 Algazarras, festas, viagens = substantivos;
OBS: Dentro da estrutura (sintática) de aposto, se an-
Núcleo 1;2;3
tes ou após o núcleo tivermos as classes gramaticais
 Nada = pronome – está resumindo os outros 3
(as mesmas do sujeito)
substantivos  APOSTO RESUMITIVO
 Artigo  Agradou = verbo, concorda c/ aposto.
 Adjetivo
Ex6: Os turistas / queriam várias coisas: festas, be-
 Numeral
bedeiras e algazarras.
 Pronome
 Os = artigo = adj. adnominal.

85
Apostila PRF

 Turistas = substantivo = núcleo do sujeito. ADJUNTO ADVERBIAL


 Queriam = verbo = queriam o que? VTD
 Várias coisas  OD É o termo da oração que indica uma circunstân-
cia (dando ideia de tempo, lugar, modo, causa, finali-
 Várias = pronome = adj. adnominal.
dade, etc.). O adjunto adverbial é o termo que mo-
 Coisas = substantivo = núcleo do OD difica o sentido de um verbo, de um adjetivo ou de
 festas, bebedeiras e algazarras. = substantivos  um advérbio. Observe as frases abaixo:
APOSTO ENUMERATIVO, está enumerando as
Eles se respeitam muito.
várias coisas. Ou seja, serve ao substantivo “coi-
sas”. Seu projeto é muito interessante.
O time jogou muito mal.
COMPLEMENTO NOMINAL
Nessas três orações, muito é adjunto adverbial de
intensidade. No primeiro caso, intensifica a
forma verbalrespeitam, que é núcleo do predicado
“Foi falado em Complemento Nominal como uma es- verbal. No segundo, intensifica o adjetivo interes-
trutura(preposição + substantivo) referindo-se a um sante, que é o núcleo do predicativo do sujeito. Na
outro substantivo (somente abstrato); complementa a terceira oração, muito intensifica o advérbio mal,
ideia de um nome.” que é o núcleo do adjunto adverbial de modo.
Veja o exemplo abaixo:
Conceito: É uma estrutura gramatical iniciada por pre-
posição e com um núcleo substantivo que completará Amanhã voltarei de bicicleta àquela velha praça.
o sentido de um: Os termos em destaque estão indicando as seguin-
tes circunstâncias:
 Substantivo (abstrato)
 Adjetivo amanhã indica tempo;
 Advérbio de bicicleta indica meio;
àquela velha praça indica lugar.
**Então há situações que o núcleo pode ser represen-
tado por um pronome, mas este está no lugar no subs- Sabendo que a classificação do adjunto adverbial
tantivo. (Somente pronome pode substituir o substan- se relaciona com a circunstância por ele expressa,
os termos acima podem ser classificados, respectiva-
tivo – para que não haja repetição de ideias, palavras.)
mente em: adjunto adverbial de tempo, adjunto ad-
verbial de meio eadjunto adverbial de lugar.
Ex1: A emoção (da garota) (pela morte) (do pai) / cho-
cou a todos. O adjunto adverbial pode ser expresso por:
1) Advérbio: O balão caiu longe.
 A = artigo – adj. adnominal.
 emoção = substantivo abstrato (sentimento) – nú- 2) Locução Adverbial: O balão caiu no mar.
cleo do sujeito 3) Oração: Se o balão pegar fogo, avisem-me.
 da = preposição (de + a)
Observação: nem sempre é possível apontar com
 garota = substantivo precisão a circunstância expressa por um adjunto
 Locução = da garota – serve a emoção – pratica adverbial. Em alguns casos, as diferentes possibi-
ação – ADJUNTO ADNOMINAL lidades de interpretação dão origem a orações su-
 pela = preposição (por + a) gestivas.
 morte = substantivo abstrato. (estado de Por Exemplo:
vida/morte/viúves)
Entreguei-me calorosamente àquela
 Locução: pela morte – serve a emoção – recebe
causa.
ação – COMPLEMENTO NOMINAL
 do = preposição (de + o) É difícil precisar se calorosamente é um adjunto
adverbial de modo ou de intensidade. Na verdade,
 pai = pai substantivo concreto
parece ser uma fórmula de expressar ao mesmo
 Locução = do pai – serve morte. – como está ser- tempo as duas circunstâncias. Por isso, é funda-
vindo o substantivo abstrato, dá na mesma, pode mental levar em conta o contexto em que surgem
ser adj. adnominal ou complento nominal.; “O pai os adjuntos adverbiais.
morreu” – pratica ação, então é ADJUNTO AD-
Classificação do Adjunto Adverbial
NOMINAL.

86
Apostila PRF

Listamos abaixo algumas circunstâncias que o ad- Ela vive para o amor.
junto adverbial pode exprimir. Não deixe de observar Daniel estudou para o exame.
os exemplos. Trabalho para o meu sustento.
Viajei a negócio.
Acréscimo
Frequência
Por Exemplo:
Por Exemplo:
Além da tristeza, sentia profundo cansaço.
Sempre aparecia por lá.
Afirmação
Havia reuniões todos os dias.
Por Exemplo:
Instrumento
Sim, realmente irei partir.
Por Exemplo:
Ele irá com certeza.
Rodrigo fez o corte com a faca.
Assunto
O artista criava seus desenhos a lápis.
Por Exemplo:
Intensidade
Falávamos sobre futebol. (ou de fute-
Por Exemplo:
bol, ou a respeito de futebol).
A atleta corria bastante.
Causa
O remédio é muito caro.
Por Exemplo:
Limite
Com o calor, o poço secou.
Por Exemplo:
Não comentamos nada por discrição.
O menor trabalha por necessidade. A menina andava correndo do quarto à
sala.
Companhia
Lugar
Por Exemplo:
Por Exemplo:
Fui ao cinema com sua prima.
Com quem você saiu? Nasci em Porto Alegre.
Sempre contigo irei estar. Estou em casa.
Vive nas montanhas.
Concessão
Viajou para o litoral.
Por Exemplo: "Há, em cada canto de minh’alma, um altar
a um Deus diferente." (Álvaro de Campos)
Apesar do estado precário do gramado, o
jogo foi ótimo. Matéria
Condição Por Exemplo:
Por Exemplo: Compunha-se de substâncias estranhas.
Era feito de aço.
Sem minha autorização, você não irá.
Sem erros, não há acertos. Meio
Conformidade Por Exemplo:
Por Exemplo: Fui de avião.
Fez tudo conforme o combinado. (ou segundo o Viajei de trem.
combinado) Enriqueceram mediante fraude.
Dúvida Modo
Por Exemplo: Por Exemplo:
Talvez seja melhor irmos mais tarde. Foram recrutados a dedo.
Porventura, encontrariam a solução da Fiquem à vontade.
crise? Esperava tranquilamente o momento deci-
Quiçá acertemos desta vez. sivo.
Fim, finalidade Negação
Por Exemplo: Por Exemplo:

87
Apostila PRF

Não há erros em seu trabalho. Por Exemplo:


Não aceitarei a proposta em hipótese al-
guma.
e busquei mi- que estava es-
Preço Fui à escola
nha irmã perando.
Por Exemplo:
Oração Co- Oração Coor- Oração Subor-
As casas estão sendo vendidas a preços
ordenada denada dinada
muito altos.
Substituição ou troca
Por Exemplo:
Obs.: qualquer oração (coordenada ou subordinada)
Abandonou suas convicções por privilégios será ao mesmo tempo principal, se houver outra que
econômicos. dela dependa.
Tempo Por Exemplo:
Por Exemplo:
O escritório permanece aberto das 8h às que esta-
Fui ao mer- e comprei os produ-
18h. vam fal-
cado tos
Beto e Mara se casarão em junho. tando.
Ontem à tarde encontrou um velho amigo.
Oração Coordenada
Oração (2) (Com relação à Oração
CAPÍTULO 10–PERÍODO COMPOSTO POR CO- Coordenada 1ª.) e Oração Princi- Subordi-
ORDENAÇÃO E SUBORDINAÇÃO (1) pal (Com relação à nada (3)
3ª.)

6 - PERÍODO COMPOSTO
Classificação das Orações Coordenadas Sindéti-
Coordenação e Subordinação cas
Quando um período é simples, a oração de que é cons- De acordo com o tipo de conjunção que as intro-
tituído recebe o nome de oração absoluta. duz, as orações coordenadas sindéticas podem
Por Exemplo: ser: aditivas, adversativas, alternativas, conclusi-
vas ou explicativas.
A menina comprou chocolate.
a) Aditivas
Quando um período é composto, ele pode apresentar
os seguintes esquemas de formação: Expressam ideia de adição, acrescentamento. Nor-
malmente indicam fatos, acontecimentos ou pensa-
a) Composto por Coordenação: ocorre quando é cons- mentos dispostos em sequência. As conjunções co-
tituído apenas de orações independentes, coordenadas ordenativas aditivas típicas são "e" e "nem" (= e +
entre si, mas sem nenhuma dependência sintática. não). Introduzem as orações coordenadas sindéti-
Por Exemplo: cas aditivas.

Saímos de manhã e voltamos à noite. Por Exemplo:

b) Composto por Subordinação: ocorre quando é Discutimos várias propostas e analisamos


constituído de um conjunto de pelo menos duas orações, possíveis soluções.
em que uma delas (Subordinada) depende sintatica- As orações sindéticas aditivas podem também estar
mente da outra (Principal). ligadas pelas locuções não só... mas (também),
Por Exemplo: tanto...como, e semelhantes. Essas estruturas cos-
tumam ser usadas quando se pretende enfatizar o
conteúdo da segunda oração. Veja:
Não fui à aula porque estava doente.
Chico Buarque não só canta, mas tam-
bém (ou como também) compõe muito
Oração Principal Oração Subordinada bem.
Não só provocaram graves proble-
c) Misto: quando é constituído de orações coordenadas mas, mas (também) abandonaram os proje-
e subordinadas. tos de reestruturação social do país.

88
Apostila PRF

Obs.: como a conjunção "nem" tem o valor da ex- Diga agora ou cale-se para sempre.
pressão "e não", condena-se na língua culta a Ora age com calma, ora trata a todos com
forma "enem" para introduzir orações aditivas. muita aspereza.
Por Exemplo: Estarei lá, quer você permita, quer você
não permita.
Não discutimos várias propostas, nem (= e
não) analisamos quaisquer soluções. Obs.: nesse último caso, o par "quer...quer" está
coordenando entre si duas orações que, na ver-
b) Adversativas dade, expressam concessão em relação a "Esta-
rei lá". É como disséssemos: "Embora você não
Exprimem fatos ou conceitos que se opõem ao
permita, estarei lá".
que se declara na oração coordenada anterior, esta-
belecendocontraste ou compensação. "Mas" é a d) Conclusivas
conjunção adversativa típica. Além dela, empregam-
se: porém, contudo, todavia, entretanto e as locu- Exprimem conclusão ou consequência referentes
ções no entanto, não obstante, nada obstante. In- à oração anterior. As conjunções típicas são: logo,
troduzem as orações coordenadas sindéticas adver- portantoe pois (posposto ao verbo). Usa-se
sativas. ainda: então, assim, por isso, por conseguinte,
de modo que, em vista disso, etc. Introduzem as
Veja os exemplos: orações coordenadas sindéticas conclusivas.
"O amor é difícil, mas pode luzir em qualquer Exemplos:
ponto da cidade." (Ferreira Gullar)
O país é extremamente rico; o povo, po- Não tenho dinheiro, portanto não posso pa-
rém, vive em profunda miséria. gar.
Tens razão, contudo controle-se. A situação econômica é delicada; deve-
Renata gostava de cantar, todavia não agra- mos, pois, agir cuidadosamente.
dava. O time venceu, por isso está classificado.
O time jogou muito bem, entretanto não Aquela substância é toxica, logo deve ser
conseguiu a vitória. manuseada cautelosamente.
e) Explicativas
Saiba que: Indicam uma justificativa ou uma explicação refe-
- Algumas vezes, a adversidade pode ser intro- rente ao fato expresso na declaração anterior. As
duzida pela conjunção "e". Isso ocorre normal- conjunções que merecem destaque são: que, por-
mente em orações coordenadas que possuem que e pois (obrigatoriamente anteposto ao verbo).
sujeitos diferentes. Introduzem as orações coordenadas sindéticas ex-
plicativas.
Por Exemplo:
Exemplos:
Deus cura, e o médico manda a conta.
Vou embora, que cansei de esperá-lo.
Nesse ditado popular, é clara a intenção de se Vinícius devia estar cansado, porque estu-
criar um contraste. Observe que equivale a uma dou o dia inteiro.
frase do tipo: "Quem cura é Deus, mas é o mé- Cumprimente-o, pois hoje é o seu aniversá-
dico quem cobra a conta!" rio.
- A conjunção "mas" pode aparecer com va-
lor aditivo. Atenção:
Por Exemplo: Cuidado para não confundir as orações coor-
denadas explicativas com as subordinadas ad-
Camila era uma menina estudi-
verbiaiscausais. Observe a diferença entre
osa, mas principalmente esperta.
elas:

c) Alternativas - Orações Coordenadas Explicativas: caracteri-


zam-se por fornecer um motivo, explicando a
Expressam ideia de alternância de fatos ou es- oração anterior.
colha. Normalmente é usada a conjun-
ção "ou". Além dela, empregam-se também os pa- Por Exemplo:
res: ora... ora, já... já, quer... quer, seja... seja, etc. A criança devia estar doente, porque
Introduzem as orações coordenadas sindéticas al- chorava muito. (O choro da criança não
ternativas. poderia ser a causa de sua doença.)
Exemplos:

89
Apostila PRF

Pode-se também modificar o período simples original


- Orações Subordinadas Adverbiais Cau-
transformando em oração o adjunto adnominal do
sais: exprimem a causa do fato.
núcleo do objeto direto, "profundidade". Observe:
Por Exemplo:
Henrique está triste porque perdeu seu Só depois disso percebi a "profundidade" que
emprego. (A perda do emprego é a as palavras dele continham.
causa da tristeza de Henrique.)
Note-se também que há pausa (vírgula, na es- Nesse período, o adjunto adnominal de "profundi-
crita) entre a oração explicativa e a precedente dade" passa a ser a oração "que as palavras dele
e que esta é, muitas vezes, imperativa, o que continham". O adjunto adnominal é uma função ad-
não acontece com a oração adverbial causal. jetiva da oração, ou seja, é função exercida por ad-
jetivos, locuções adjetivas e outras palavras de valor
adjetivo. É por isso que são chamadas de subordi-
PERÍODO COMPOSTO POR SUBORDINAÇÃO nadas adjetivasas orações que, nos períodos com-
Classificação das Orações Subordinadas postos por subordinação, atuam como adjuntos ad-
nominais de termos das orações principais.
As orações subordinadas dividem-se em três grupos,
de acordo com a função sintática que desempenham Outra modificação que podemos fazer no período
e a classe de palavras a que equivalem. Podem simples original é a transformação do adjunto ad-
ser substantivas, adjetivas ou adverbiais. Para no- verbial de tempo em uma oração. Observe:
tar as diferenças que existem entre esses três tipos
de orações, tome como base a análise do período Só quando caí em mim, percebi a profundidade
abaixo: das palavras dele.

Só depois disso percebi a profundidade das pa- Nesse período composto, "Só quando caí em
lavras dele. mim" é uma oração que atua como adjunto adverbial
de tempo do verbo da outra oração. O adjunto adver-
Nessa oração, o sujeito é "eu", implícito na termina- bial é uma função adverbial da oração, ou seja, é
ção verbal da palavra "percebi". "A profundidade função exercida por advérbios e locuções adverbiais.
das palavras dele" é objeto direto da forma ver- Portanto, são chamadas de subordinadas adverbi-
bal "percebi". O núcleo do objeto direto é "profun- ais as orações que, num período composto por su-
didade".Subordinam-se ao núcleo desse objeto os bordinação, atuam como adjuntos adverbiais do
adjuntos adnominais "a" e "das palavras dele ". No verbo da oração principal.
adjunto adnominal "das palavras dele", o núcleo é Forma das Orações Subordinadas
o substantivo "palavras", ao qual se prendem os ad-
juntos adnominais "as" e "dele". "Só depois Observe o exemplo abaixo de Vinícius de Moraes:
disso" é adjunto adverbial de tempo. "Eu sinto que em meu gesto existe o teu
É possível transformar a expressão "a profundi- gesto."
dade das palavras dele", objeto direto, em oração. Oração Principal Oração Subordinada
Observe:
Observe que na Oração Subordinada temos o
verbo "existe", que está conjugado na terceira pes-
Só depois disso percebi que as palavras dele soa do singular do presente do indicativo. As ora-
eram profundas. ções subordinadas que apresentam verbo em qual-
quer dos tempos finitos (tempos do modo do indica-
Nesse período composto, o complemento da forma tivo, subjuntivo e imperativo), são chamadas de ora-
verbal "percebi" é a oração "que as palavras dele ções desenvolvidas ouexplícitas.
eram profundas". Ocorre aqui um período com- Podemos modificar o período acima. Veja:
posto por subordinação, em que uma oração de-
sempenha a função de objeto direto do verbo da ou- Eu sinto existir em meu gesto o teu
tra oração. O objeto direto é uma função substan- gesto.
tiva da oração, ou seja, é função desempenhada por Oração Principal Oração Subordinada
substantivos e palavras de valor substantivo. É por
isso que a oração subordinada que desempenha Observe que a análise das orações continua sendo a
esse papel é chamada de oração subordinada mesma: "Eu sinto" é a oração principal, cujo objeto
substantiva. direto é a oração subordinada "existir em meu
gesto o teu gesto". Note que a oração subordinada
apresenta agora verbo no infinitivo. Além disso, a
conjunção que, conectivo que unia as duas orações,

90
Apostila PRF

desapareceu. As orações subordinadas cujo verbo


surge numa das formas nominais (infinitivo - flexio- É fundamental que você compareça à reunião.
nado ou não - , gerúndio ou particípio) chama-
mos orações reduzidas ou implícitas. Oração Princi- Oração Subordinada Substan-
Obs.: as orações reduzidas não são introduzidas pal tiva Subjetiva
por conjunções nem pronomes relativos. Podem
ser, eventualmente, introduzidas por preposição.
Atenção:
1) ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS
Observe que a oração subordinada substantiva
A oração subordinada substantiva tem valor pode ser substituída pelo pronome " isso". As-
de substantivo e vem introduzida, geralmente, por sim, temos um período simples:
conjunção integrante (que, se).
É fundamental isso ou Isso é fundamental.
Por Exemplo:
Dessa forma, a oração correspondente
Suponho que você foi à biblioteca hoje. a "isso" exercerá a função de sujeito.

Veja algumas estruturas típicas que ocorrem na ora-


Oração Subordinada Substan-
ção principal:
tiva
1- Verbos de ligação + predicativo, em constru-
ções do tipo:
Você sabe se o presidente já chegou?

É bom - É útil - É conveniente - É certo - Parece


Oração Subordinada Substan- certo - É claro - Está evidente - Está compro-
tiva vado

Os pronomes interrogativos (que, quem, qual) tam- Por Exemplo:


bém introduzem as orações subordinadas substanti-
vas, bem como os advérbios interrogativos (por que, É bom que você compareça à minha festa.
quando, onde, como). Veja os exemplos: 2- Expressões na voz passiva, como:

O garoto perguntou qual era o telefone da moça. Sabe-se - Soube-se - Conta-se - Diz-se - Co-
menta-se - É sabido - Foi anunciado - Ficou pro-
vado
Oração Subordinada Substan-
tiva
Por Exemplo:

Não sabemos por que a vizinha se mudou. Sabe-se que Aline não gosta de Pedro.
3- Verbos como:
Oração Subordinada Substantiva
convir - cumprir - constar - admirar - importar -
ocorrer - acontecer
Classificação das Orações Subordinadas Subs-
tantivas
Por Exemplo:
De acordo com a função que exerce no período, a
oração subordinada substantiva pode ser: Convém que não se atrase na entrevista.
a) Subjetiva Obs.: quando a oração subordinada substantiva
é subjetiva, o verbo da oração principal está sem-
É subjetiva quando exerce a função sintática de su- pre na 3ª. pessoa do singular.
jeito do verbo da oração principal. Observe:
b) Objetiva Direta
o seu comparecimento à reu- A oração subordinada substantiva objetiva di-
É fundamental
nião. reta exerce função de objeto direto do verbo da ora-
ção principal.
Sujeito Por Exemplo:

91
Apostila PRF

Todos querem sua aprovação no vestibular. Ouvi que ele gritava.


Objeto Di-
reto Nas orações desenvolvidas, os pronomes oblí-
quos foram substituídos pelas formas retas cor-
respondentes. É fácil compreender agora que se
Todos querem que você seja aprovado. (To- trata, efetivamente, dos sujeitos das formas ver-
dos querem isso) bais das orações subordinadas.
Oração Principal Oração Subordinada Subs-
tantiva Objetiva Direta c) Objetiva Indireta
A oração subordinada substantiva objetiva indi-
As orações subordinadas substantivas objetivas dire- reta atua como objeto indireto do verbo da oração
tas desenvolvidas são iniciadas por: principal. Vem precedida de preposição.

1- Conjunções integrantes "que" (às vezes elíp- Por Exemplo:


tica) e "se": Meu pai insiste em meu estudo.
Por Exemplo: Objeto Indireto

A professora verificou se todos alunos esta- Meu pai insiste em que eu estude. (Meu pai
vam presentes. insiste nisso)
2- Pronomes indefinidos que, quem, qual, Oração Subordinada Substantiva
quanto (às vezes regidos de preposição), nas in- Objetiva Indireta
terrogações indiretas: Obs.: em alguns casos, a preposição pode estar
Por Exemplo: elíptica na oração.

O pessoal queria saber quem era o dono do Por Exemplo:


carro importado. Marta não gosta (de) que a chamem de
3- Advérbios como, quando, onde, por que, senhora.
quão (às vezes regidos de preposição), nas inter- Oração Subordinada Substan-
rogações indiretas: tiva Objetiva Indireta

Por Exemplo: d) Completiva Nominal

Eu não sei por que ela fez isso. A oração subordinada substantiva completiva nomi-
nal completa um nome que pertence à oração prin-
cipal e também vem marcada por preposição.
Orações Especiais
Por Exemplo:
Com os verbos deixar, mandar, fazer (chamados
auxiliares causativos) e ver, sentir, ouvir, perce- Sentimos orgulho de seu comportamento.
ber(chamados auxiliares sensitivos) ocorre um Complemento Nomi-
tipo interessante de oração subordinada subs- nal
tantiva objetiva direta reduzida de infinitivo. Ob-
serve: Sentimos orgulho de que você se compor-
tou. (Sentimos orgulho disso.)
Deixe-me repousar. Oração Subordinada Subs-
Mandei-os sair. tantiva Completiva Nominal

Ouvi-o gritar.
Lembre-se:
Nesses casos, as orações destacadas são to-
das objetivas diretas reduzidas de infinitivo. E, o Observe que as orações subordinadas subs-
que é mais interessante, os pronomes oblíquos tantivas objetivas indiretas integram o sentido
atuam todos como sujeitos dos infinitivos ver- de um verbo,enquanto que orações subordina-
bais. Essa é a única situação da língua portu- das substantivas completivas nominais inte-
guesa em que um pronome oblíquo pode atuar gram o sentido de um nome.Para distinguir uma
como sujeito. Para perceber melhor o que da outra, é necessário levar em conta o termo
ocorre, convém transformar as orações reduzi- complementado. Essa é, aliás, a diferença entre
das em orações desenvolvidas: o objeto indireto e o complemento nominal: o
primeiro complementa um verbo, o segundo,
Deixe que eu repouse. um nome.
Mandei que eles saíssem.
e) Predicativa

92
Apostila PRF

A oração subordinada substantiva predica- formarmos outra construção, a qual exerce exata-
tiva exerce papel de predicativo do sujeito do verbo mente o mesmo papel. Veja:
da oração principal e vem sempre depois do
Esta foi uma redação que fez su-
verbo ser.
cesso.
Por Exemplo: Oração Principal Oração Subordi-
nada Adjetiva
Nosso desejo era sua desistência.
Predicativo do Sujeito Perceba que a conexão entre a oração subordi-
nada adjetiva e o termo da oração principal que ela
Nosso desejo era que ele desistisse. (Nosso modifica é feita pelo pronome relativo que. Além de
desejo era isso.) conectar (ou relacionar) duas orações, o pronome re-
Oração Subordinada Substantiva lativo desempenha uma função sintática na oração
Predicativa subordinada: ocupa o papel que seria exercido pelo
termo que o antecede.
Obs.: em certos casos, usa-se a preposição ex-
pletiva "de" para realce. Veja o exemplo: Obs.: para que dois períodos se unam num perí-
odo composto, altera-se o modo verbal da se-
A impressão é de que não fui bem na prova.
gunda oração.
f) Apositiva
A oração subordinada substantiva apositiva exerce Atenção:
função de aposto de algum termo da oração princi- Vale lembrar um recurso didático para reconhe-
pal. cer o pronome relativo que: ele sempre pode ser
Por Exemplo: substituído por:

Fernanda tinha um grande sonho: a chegada o qual - a qual - os quais -as quais
do dia de seu casamento. Por Exemplo:
Aposto Refiro-me ao aluno que é estudioso.
(Fernanda tinha um grande sonho: isso.) Essa oração é equivalente a:
Refiro-me ao aluno o qual estuda.
Fernanda tinha um grande sonho: que o dia
do seu casamento chegasse. Forma das Orações Subordinadas Adjetivas
Oração Subordinada
Substantiva Apositiva Quando são introduzidas por um pronome relativo e
apresentam verbo no modo indicativo ou subjuntivo,
as orações subordinadas adjetivas são chama-
Saiba mais: das desenvolvidas. Além delas, existem as orações
Apesar de a NGB não fazer referência, podem subordinadas adjetivas reduzidas, que não são in-
ser incluídas como orações subordinadas subs- troduzidas por pronome relativo (podem ser introdu-
tantivas aquelas que funcionam como agente da zidas por preposição) e apresentam o verbo numa
passiva iniciadas por "de" ou "por" , + pronome das formas nominais (infinitivo, gerúndio ou particí-
indefinido. Veja os exemplos: pio).
O presente será dado por quem o comprou. Por Exemplo:
O espetáculo foi apreciado por quantos o assis- Ele foi o primeiro aluno que se apresentou.
tiram . Ele foi o primeiro aluno a se apresentar.
No primeiro período, há uma oração subordinada
2) ORAÇÕES SUBORDINADAS ADJETIVAS adjetiva desenvolvida, já que é introduzida pelo
pronome relativo "que" e apresenta verbo conjugado
Uma oração subordinada adjetiva é aquela que pos-
no pretérito perfeito do indicativo. No segundo, há
sui valor e função de adjetivo, ou seja, que a ele
uma oraçãosubordinada adjetiva reduzida de infini-
equivale. As orações vêm introduzidas por pronome
tivo: não há pronome relativo e seu verbo está no in-
relativo e exercem a função de adjunto adnominal do
finitivo.
antecedente.Observe o exemplo:
Classificação das Orações Subordinadas Adjeti-
Esta foi uma redação bem-sucedida.
vas
Substantivo Adjetivo (Ad-
junto Adnominal) Na relação que estabelecem com o termo que carac-
terizam, as orações subordinadas adjetivas podem
Note que o substantivo redação foi caracterizado
atuar de duas maneiras diferentes. Há aquelas
pelo adjetivo bem-sucedida. Nesse caso, é possível

93
Apostila PRF

que restringem ou especificam o sentido do termo seu universo. Para isso, usa-se uma oração subordi-
a que se referem, individualizando-o. Nessas ora- nada adjetiva restritiva.
ções não há marcação de pausa, sendo chama-
Exemplo 2:
das subordinadas adjetivasrestritivas. Existem
também orações que realçam um detalhe ou ampli- Mandei um telegrama para meu irmão, que
ficam dados sobre o antecedente, que já se encon- mora em Roma.
tra suficientemente definido, as quais denominam-
se subordinadas adjetivas explicativas. Nesse período, é possível afirmar com segurança
que a pessoa que fala ou escreve tem apenas um ir-
Exemplo 1: mão, o qual mora em Roma. A informação de que o
irmão more em Roma não é uma particularidade, ou
Jamais teria chegado aqui, não fosse a gentileza de
seja, não é um elemento identificador, diferenciador,
um homem que passava naquele momento.
e sim um detalhe que se quer realçar.
Oração Subordinada Adjetiva Observações:
Restritiva
As orações subordinadas adjetivas podem:
Nesse período, observe que a oração em desta-
a) Vir coordenadas entre si;
que restringe e particulariza o sentido da pala-
vra "homem": trata-se de um homem específico, Por Exemplo:
único. A oração limita o universo de homens, isto é,
não se refere a todos os homens, mas sim àquele É uma realidade que degrada e assusta a
que estava passando naquele momento. sociedade.

Exemplo 2: e = conjunção
b) Ter um pronome como antecedente.
O homem, que se considera racional, muitas vezes
age animalescamente. Por Exemplo:
Oração Subordinada Adjetiva Explica- Não sei o que vou almoçar.
tiva
o = antecedente
Nesse período, a oração em destaque não tem
sentido restritivo em relação à palavra "homem": na que vou almoçar = Oração Subordinada Adjetiva
verdade, essa oração apenas explicita uma ideia que Restritiva
já sabemos estar contida no conceito de "homem". 3) ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS
Uma oração subordinada adverbial é aquela que
Saiba que: exerce a função de adjunto adverbial do verbo da
A oração subordinada adjetiva explicativa é oração principal. Dessa forma, pode exprimir circuns-
separada da oração principal por uma pausa, tância de tempo, modo, fim, causa, condição, hi-
que, na escrita, é representada pela vírgula. É pótese, etc. Quando desenvolvida, vem introduzida
comum, por isso, que a pontuação seja indicada por uma das conjunções subordinativas (com exclu-
como forma de diferenciar as orações explicati- são das integrantes). Classifica-se de acordo com a
vas das restritivas: de fato, as explicativas vêm conjunção ou locução conjuntiva que a introduz. Ob-
sempre isoladas por vírgulas; as restritivas, serve os exemplos abaixo:
não. Naquele momento, senti uma das maiores
emoções de minha vida.
Obs.: ao redigir um período escrito por outrem, é Adjunto Adverbial
necessário levar em conta as diferenças de signi-
ficado que as orações restritivas e as explicativas Quando vi a estátua, senti uma das maiores
implicam. Em muitos casos, a oração subordi- emoções de minha vida.
nada adjetiva será explicativa ou restritiva de Oração Subordinada Adverbial
acordo com o que se pretende dizer.
No primeiro período, "naquele momento" é
Exemplo 1: um adjunto adverbial de tempo, que modifica
a forma verbal "senti". No segundo período,
Mandei um telegrama para meu irmão que
esse papel é exercido pela oração "Quando
mora em Roma.
vi a estátua", que é, portanto, uma oração
No período acima, podemos afirmar com segurança subordinada adverbial temporal. Essa oração
que a pessoa que fala ou escreve tem, no mínimo, é desenvolvida, pois é introduzida por uma-
dois irmãos, um que mora em Roma e um que mora conjunção subordinativa (quando) e apre-
em outro lugar. A palavra "irmão", no caso, precisa senta uma forma verbal do modo indicativo
ter seu sentido limitado, ou seja, é preciso restringir

94
Apostila PRF

("vi", do pretérito perfeito do indicativo). Se- É feio que dói. (É tão feio que, em conse-
ria possível reduzi-la, obtendo-se: quência, causa dor.)
Nunca abandonou seus ideais, de sorte
Ao ver a estátua, senti uma das
que acabou concretizando-os.
maiores emoções de minha vida.
Não consigo ver televisão sem boce-
A oração em destaque é reduzida, pois jar. (Oração Reduzida de Infinitivo)
apresenta uma das formas nominais do Sua fome era tanta que comeu com casca e
verbo ("ver" no infinitivo) e não é introduzida tudo.
por conjunção subordinativa, mas sim por
c) Condição
uma preposição ("a", combinada com o ar-
tigo "o"). Condição é aquilo que se impõe como necessário
para a realização ou não de um fato. As orações su-
Obs.: a classificação das orações subor-
bordinadas adverbiais condicionais exprimem o que
dinadas adverbiais é feita do mesmo
deve ou não ocorrer para que se realize ou deixe de
modo que a classificação dos adjuntos
se realizar o fato expresso na oração principal.
adverbiais. Baseia-se na circunstância ex-
pressa pela oração.
Principal conjunção subor-
Circunstâncias Expressas pelas Orações Subor- dinativa condicional: SE
dinadas Adverbiais
a) Causa Outras conjunções condicionais: caso, contanto
A ideia de causa está diretamente ligada àquilo que, desde que, salvo se, exceto se, a não ser
que provoca um determinado fato, ao motivo do que que, a menos que, sem que, uma vez que (seguida
se declara na oração principal. "É aquilo ou aquele de verbo no subjuntivo).
que determina um acontecimento". Exemplos:
Se o regulamento do campeonato for bem
Principal conjunção subordina- elaborado, certamente o melhor time será
tiva causal: PORQUE campeão.
Uma vez que todos aceitem a proposta, assi-
Outras conjunções e locuções causais: como (sem- naremos o contrato.
pre introduzido na oração anteposta à oração princi- Caso você se case, convide-me para a festa.
pal), pois, pois que, já que, uma vez que, visto Não saia sem que eu permita.
que. Conhecendo os alunos (= Se conhecesse os
alunos), o professor não os teria punido.
Exemplos:
(Oração Reduzida de Gerúndio)
As ruas ficaram alagadas porque a chuva foi d) Concessão
muito forte.
Como ninguém se interessou pelo pro- As orações subordinadas adverbiais concessi-
jeto, não houve alternativa a não ser can- vas indicam concessão às ações do verbo da ora-
celá-lo. ção principal, isto é, admitem uma contradição ou um
Já que você não vai, eu também não vou. fato inesperado. A ideia de concessão está direta-
Por ter muito conhecimento (= Por- mente ligada aocontraste, à quebra de expectativa.
que/Como tem muito conhecimento), é sem-
pre consultado. (Oração Reduzida de Infini- Principal conjunção subordinativa conces-
tivo) siva: EMBORA
b) Consequência
As orações subordinadas adverbiais consecuti- Utiliza-se também a conjunção: conquanto e as lo-
vas exprimem um fato que é consequência, que é cuções ainda que, ainda quando, mesmo que, se
efeito do que se declara na oração principal. São in- bem que, posto que, apesar de que.
troduzidas pelas conjunções e locuções: que, de Observe este exemplo:
forma que, de sorte que, tanto que, etc., e pelas
estruturas tão... que, tanto... que, tamanho... que. Só irei se ele for.
A oração acima expressa uma condição: o fato de
Principal conjunção subordinativa conse- "eu" ir só se realizará caso essa condição for satis-
cutiva: QUE (precedido de tal, tanto, tão, feita.
tamanho) Compare agora com:
Irei mesmo que ele não vá.
Exemplos:

95
Apostila PRF

A distinção fica nítida; temos agora uma concessão: Outras conjunções conformativas: como, conso-
irei de qualquer maneira, independentemente de sua ante e segundo (todas com o mesmo valor de con-
ida. A oração destacada é, portanto, subordinada ad- forme).
verbial concessiva.
Exemplos:
Observe outros exemplos:
Fiz o bolo conforme ensina a receita.
Embora fizesse calor, levei agasalho. Consoante reza a Constituição, todos os ci-
Conquanto a economia tenha crescido, pelo dadãos têm direitos iguais.
menos metade da população continua à mar- Segundo atesta recente relatório do Banco
gem do mercado de consumo. Mundial, o Brasil é o campeão mundial de
Foi aprovado sem estudar (= sem que estu- má distribuição de renda.
dasse / embora não estudasse). (reduzida de
g) Finalidade
infinitivo)
As orações subordinadas adverbiais finais indicam a
e) Comparação
intenção, a finalidade daquilo que se declara na ora-
As orações subordinadas adverbiais comparati- ção principal.
vas estabelecem uma comparação com a ação indi-
cada pelo verbo da oração principal. Principal conjunção subordinativa final: A FIM
DE QUE
Principal conjunção subordinativa compara-
tiva: COMO Outras conjunções finais: que, porque (= para que)
e a locução conjuntiva para que.
Por Exemplo:
Por Exemplo:
Ele dorme como um urso.
Aproximei-me dela a fim de que ficássemos
Utilizam-se com muita frequência as seguintes estru- amigos.
turas que formam o grau comparativo dos adjetivos e Felipe abriu a porta do carro para que sua
dos advérbios: tão... como (quanto), mais (do) que, namorada entrasse.
menos (do) que. Veja os exemplos:
h) Proporção
Sua sensibilidade é tão afinada quanto a sua inteli-
As orações subordinadas adverbiais proporcio-
gência.
nais exprimem ideia de proporção, ou seja, um fato
O orador foi mais brilhante do que profundo. simultâneo ao expresso na oração principal.

Saiba que: Principal locução conjuntiva subordinativa pro-


porcional: À PROPORÇÃO QUE
É comum a omissão do verbo nas orações su-
bordinadas adverbiais comparativas.
Outras locuções conjuntivas proporcionais: à me-
Por exemplo: dida que, ao passo que. Há ainda as estrutu-
Agem como crianças. (agem) ras: quanto maior... (maior), quanto maior... (me-
Oração Subordinada Adverbial Compa- nor), quanto menor... (maior), quanto menor... (me-
rativa nor), quanto mais...(mais), quanto mais... (me-
nos), quanto menos... (mais), quanto me-
No entanto, quando se comparam ações diferen- nos... (menos).
tes, isso não ocorre.
Exemplos:
Por exemplo: Ela fala mais do que faz. (compa-
ração do verbo falar e do verbo fazer). À proporção que estudávamos, acertávamos mais
questões.
f) Conformidade Visito meus amigos à medida que eles me convidam.
As orações subordinadas adverbiais conformati- Quanto maior for a altura, maior será o tombo.
vas indicam ideia de conformidade, ou seja, expri-
Lembre-se:
mem uma regra, um modelo adotado para a execu-
ção do que se declara na oração principal. À medida que é uma conjunção que expressa ideia
de proporção; portanto, pode ser substituída por "à
Principal conjunção subordinativa conforma- proporção que".
tiva: CONFORME Na medida em que exprime uma ideia de causa e
equivale a "tendo em vista que" e só nesse sentido
deve ser usada.

96
Apostila PRF

Por Exemplo:
Na medida em que não há provas contra esse ho-
mem, ele deve ser solto.
Atenção: não use as formas “à medida em que” ou
“na medida que”.
i) Tempo
As orações subordinadas adverbiais tempo-
rais acrescentam uma ideia de tempo ao fato ex-
presso na oração principal, podendo exprimir noções
de simultaneidade, anterioridade ou posterioridade.

Principal conjunção subordinativa tempo-


ral: QUANDO

Outras conjunções subordinativas temporais: en-


quanto, mal e locuções conjuntivas: assim que,
logo que, todas as vezes que, antes que, depois
que, sempre que, desde que, etc.
Exemplos:
Quando você foi embora, chegaram outros
convidados.
Sempre que ele vem, ocorrem problemas.
Mal você saiu, ela chegou.
Terminada a festa, todos se retiraram.
(= Quando terminou a festa) (Oração Redu-
zida de Particípio)

97
Apostila PRF
CAPÍTULO 11–REGÊNCIA VERBAL Dica: Em uma boa gramática: Pisar (em)
quer dizer que só pode ser usado com a pre-
Esquema: VERBOS posição “em”.
Ex: Não pise na grama.
Ação: Pise = VTI = (em quê?)
Na grama = OI
 VTD – Verbo Transitivo direto  pede um
complemento verbal sem preposição na per- Ex3: Todos / aguardaram/ você / durante 2 horas. 
gunta  OD (Objeto direto) Sujeito/ VTD/ OD/ Locução adverbial de tempo.
 VTI – Verbo Transitivo indireto  pede um
complemento verbal com preposição na per-  Todos = sujeito
gunta  OI (Objeto indireto)  Aguardaram = VTD
 VTDI - Verbo Transitivo direto e indireto   Você = OD
pede 2 complementos verbais  OD e OI  Durante 2 horas = Locução adverbial de
 VI – Verbo Intransitivo  não pede um com- tempo = Locução adverbial (iniciada por pre-
plemento verbal, pois possui sentido com- posição e com núcleo substantivo);
pleto. OBS: O verbo aguardar pode também ser uti-
lizado com VTI: Aguardar (Por) – só pode ser
Estado: utilizado com a preposição por – sem mu-
dança de significado:
 VL – Verbo de Ligação  só existirá se hou- Todos/ aguardaram/ por você/ durante 2 ho-
ver junto a ele “Predicativo do Sujeito”, ou ras.  Sujeito/ VTI/ OI/ Locução adverbial de
seja, VL + PRED. SUJEITO. tempo.
**não precisa encontrar o núcleo do OD, por-
**REGÊNCIA: Verbo pisar = pisar algo/ pisar em algo.
que preposição não tem função sintática.

ESTUDO DOS V.L.


ESTUDO DOS V.T.D.
São verbos que só podem ser chamados como tal
Conceito: são verbos de sentido incompleto e se junto a eles houver predicativo do sujeito. A
devido a isso pedem complemento verbal Língua Portuguesa nos oferece uma lista de ver-
sem que haja preposição a pergunta. bos que nasceram para serem VL:

 SER
**Assistir – prestar ajuda/dar assistência/ prestar so-  ESTAR
corro. – é VTD..  FICAR
 PERMANECER
Ex: A enfermeira/ assistiu / o enfermo / com paciência.  CONTINUAR
 Sujeito/ VTD/ OD/ Adj. Adverbial de modo.  PARECER
 ANDAR (sentido de “estar” Ex: eu andei
 Assistiu quem? VTD – sentido de prestar doente, andei cansado...)
ajuda.  TORNAR-SE
 O enfermo = OD  VIRAR
 com paciência. = locução adverbial de modo
= adjunto adverbial de modo. **“E se eu usar o verbo e não ter predicativo? Todo
verbo que nasceu para ser VL e não tiver predicativo
Ex2: Não pise / a grama. do sujeito é VI”

 Pise o que? – VTD – sentido de esmagar; VL + PREDICATIVO DO SUJEITO.


 A grama = OD
OBS: O verbo pisar recentemente foi regis- Importantíssimo: Todo verbo que nasceu para ser
trado como VTI (com preposição “em”). de ligação e não possui predicativo do sujeito
será, então, um verbo intransitivo.

Ex: Os alunos /permaneceram /atentos.

98
Apostila PRF

 Alunos = substantivo = sujeito o Chorar


 Permaneceram = VL o Comer
 Atentos = adjetivo  é uma característica do o Beber
sujeito predicativo do sujeito.
Dica: Em caso de dúvida, utilizar (aplicar) o verbo em
Ex: Os alunos /permaneceram /em sala. questão em várias situações sem complemento e ob-
servar se isto é possível:
 Alunos = substantivo = sujeito
 Permaneceram = VI Em sala = adj. adverbial Exemplos: Pesquei muito hoje/ Comi muito./
de lugar. Estudei bem hoje.
**O verbo “permanecer” nasceu para ser VL,
mas como não há predicativo ele é VI.  Todos pescaram muito hoje.
**VI não pede complemento, mas geralmente o Pecaram = VI
pede a circunstância da ação o Muito = adjunto adverbial de intensi-
dade (a ação de pescar que foi inten-
 Devemos lembra que os VL: sificada, e não a quantidade do pro-
 Nunca pedem complemento verbal. duto da pesca, ou seja, o peixe.)
 São semanticamente nulos, ou seja, não con- o Ontem = adj. adv. de tempo
seguem atribuir ação.  Observe a diferença em:
Todos pescaram (o quê?) muitos peixes.
VERBOS INTRANSITIVOS VTD/ OD

São verbos de sentidos completos, logo não admitem  Verbos utilizados no sentido de fe-
completo verbal. nômeno da natureza, serão VI.

OBS: Sobre os V é importante saber que:


Verbos Transitivos Indiretos (VTI)

São verbos de sentido incompleto e devido a isto, pe-


 Em maioria estarão associados às circunstân-
dem complemento havendo obrigatoriamente prepo-
cias da ação (estruturas adverbiais).
sição na pergunta.

** O Artigo “pessoaliza” a opinião emitida (Com o uso


Ex: MORAR do artigo entende-se que existe uma relação mais pró-
o Lugar  “em” xima, pessoal.), por isso, Figuras bíblicas (como
o Modo  “de” “Santos”, “Deus”) e políticos, não admitem o artigo.
o Companhia  “com”
o Ausência  “sem” Exemplos:
Ex: Assisto / em Goiânia. VI/ Adj. Adverbial
de lugar.  Chamei /por Deus/ naquela hora  VTI/OI/
Adj. adv. de tempo
Cuidado: Não confundir. *Deve-se sempre o Chamei por quem?  No sentido de
buscar o referencial. invocar ou chamar = VTI
Ex: Namorei com você durante 10 anos.  VI o Naquela (em + aquela)
(Processo da ação/ “tratar a relação”) / Ad-
junto adverbial de companhia.  Assistimos/ a um péssimo filme.  VTI/ OI
Ex: Namoro /Adriana há 8 anos.  Namoro o Assistimos A que?  no sentido de
(quem?) = VTD/ Adriana = OD ver/presenciar = VTI

Há verbos intransitivos que pela necessidade


do contexto trabalham como VTD. OBS: Assistir no sentido de
Exemplos: “Verbos naturalmente intransiti-
vos”  Assistir = ver/visualizar = VTI  pede prepo-
o Estudar sição A
o Pescar

99
Apostila PRF

 Assistir = ter direito = VTI  pede preposição Exemplos:


A  neste caso, o sujeito obrigatoriamente
deve vir após o verbo.  Eu/ chamei /a atenção /do teu filho.  sujeito
/ VTDI/ OD (coisa)/ OI (pessoa)  Relação
Ex: Assiste / ao trabalhador / o 13º salário.  comum (“Se fazer notado”)
(Assiste A = “ter direito”)  O brinquedo/ chamou/ a atenção/ do teu filho
VTI/ OI / Sujeito.  Sujeito/ VTDI/ OD (coisa)/ OI (pessoa)
** (AO = Preposição A + Artigo O)  Eu/ chamei/ o teu filho / à atenção  Sujeito/
VTDI/ OD (pessoa)/ OI (coisa)  Relação in-
Ex: Necessitamos /de mais algum tempo/ comum ( “repreender”)
para cumprir o acordo.  VTI/ OI/ adj. adv. de
OBS: Há VTDI que ao mudarem “a relação” não incor-
finalidade.
rerão na mudança de significados.

Ex: Ensinei/-o/ aestudar para a prova.  VTDI/ OD


Verbos Transitivos Diretos e Indiretos – (pessoa)/ OD oracional  Relação incomum.
VTDI
Ensinei/-lhe/ estudar para a prova.  VTDI/ OI (pes-
São verbos de sentido incompleto e devido a isso pe- soa)/ OD oracional
dem complemento verbal.
**Ensinei o que? A quem? Se já foi feito uma pergunta
Importante: É válido saber que VTDI é um verbo que ccom preposição, a outra pergunta deverá ser feita
“comporta” os dois tipos de complementos, mas o uso sem preposição.
destes será determinado pelo contexto.

OBS: A maioria dos VTDI utiliza a relação comum:


ACONSELHAR (TD e I)
 OD  COISA - Ideia de coisa.
 OI  PESSOA - Ideia de pessoa. Ex.: Aconselho-o a tomar o ônibus cedo

Aconselho-lhe tomar o ônibus cedo

DAR AGRADAR
MOSTRAR O que?  OD  coisa
ENTREGAR No sentido de acariciar ou contentar (pede objeto
AGRADECER A quem?  OI  pessoa direto - não tem preposição).
FAZER
QUERER Ex.: Agrado minhas filhas o dia inteiro.

Para agradar o pai, ficou em casa naquele dia.


 Ex: Mostreias fotos do meu filho a todos.
o Mostrei = VTDI
o Mostrei o quê? As fotos = OD (coisa)
No sentido de ser agradável, satisfazer (pede ob-
o Mostrei a quem? a todos = OI (pes-
jeto indireto - tem preposição "a").
soa)
Ex.: As medidas econômicas do Presidente nunca
OBS: Há verbos VTDI que admitem relação incomum:
agradam ao povo.
 OD = pessoa
AGRADECER
 OI = coisa
TD e I, com a prep. A. O objeto direto sempre
OBS: Há verbos VTDI que ao alternarmos sua relação
será a coisa, e o objeto indireto, a pessoa.
mudam de significado.
Ex.: Agradecer-lhe-ei os presentes .
Lembre-se: Verbos que nasceram para ser de VL,
mas não estão acompanhados de predicativo do su- Agradeceu o presente ao seu namorado.
jeito, se tornam VI.

100
Apostila PRF

ASPIRAR Ex.: Chamei o menino à atenção, pois estava con-


versando durante a aula.
No sentido sorver, absorver (pede objeto direto -
não tem preposição) Chamei-o à atenção.

Ex.: Aspiro o ar fresco de Rio de Contas. Observação

No sentido de almejar, objetivar (pede objeto indi- A expressão "chamar a atenção de alguém" não sig-
reto - tem preposição "a") nifica repreender, e sim fazer se notado.

Ex.: Ele aspira à carreira de jogador de futebol EX. O cartaz chamava a atenção de todos que por
ali passavam.
ASSISTIR
CHEGAR, IR (Intrans.)
No sentido de ver ou ter direito (TI - prep. A).
Esses verbos exigem a prep. A, na indicação de des-
Ex.: Assistimos a um bom filme. tino, e DE, na indicação de procedência.

Assiste ao trabalhador o descanso semanal re- Observação


munerado.
quando houver a necessidade da prep. A, seguida
No sentido de prestar auxílio, ajudar (TD ou TI - de um substantivo feminino (que exija o artigo a),
com a prep. A) ocorrerá crase (Vou à Bahia);no emprego mais fre-
qüente, usam a preposição A e não EM
Ex.: Minha família sempre assistiu o Lar dos Velhi-
nhos. Ex.: Cheguei tarde à escola.

Minha família sempre assistiu ao Lar dos Velhi- Foi ao escritório de mau humor.
nhos.
se houver idéia de permanência, o verbo ir segue-
se da preposição PARA.
No sentido de morar é intransitivo, mas exige Ex.: Se for eleito, ele irá para Brasília.
preposição EM.
quando indicam meio de transporte no qual se
Ex.: Aspirando a um cargo público, ele vai assistir chega ou se vai, então exigem EM.
em Brasília..
Ex.: Cheguei no ônibus da empresa.
AGUARDAR (TD ou TI)
A delegação irá no vôo 300.
Ex.: Eles aguardavam o espetáculo .
COGITAR
Eles aguardavam pelo espetáculo.
Pode ser TD ou TI, com a prep. EM, ou com a prep.
CHAMAR DE.

- TD, quando significar convocar. Ex.: Começou a cogitar uma viagem pelo litoral.

Ex.: Chamei todos os sócios, para participarem da Hei de cogitar no caso.


reunião.
O diretor cogitou de demitir-se.
- TI, com a prep. POR, quando significar invocar.
COMPARECER (Intrans.)
Ex.: Chamei por você insistentemente, mas não me
ouviu. Ex.: Compareceram na sessão de cinema.

- TDe I, com a prep. A, quando significar repreen- Compareceram à sessão de cinema.


der.
ENSINAR - TD e I

101
Apostila PRF

Ex.: Ensinei-o a falar português. (Quem tem necessidade tem necessidade de al-
guma coisa)
Ensinei-lhe o idioma inglês

FALTAR, RESTAR E BASTAR


SUBSTANTIVOS
Podem ser intransitivos ou TI, com a prep. A.
Admiração a, por;
Ex.: Muitos alunos faltaram hoje. aversão a, para, por;
atentado a, contra;
Três homens faltaram ao trabalho hoje .
bacharel em;
Resta aos vestibulandos estudar bastante. capacidade de, para;
devoção a, para com, por;
SIMPATIZAR E ANTIPATIZAR (TI) doutor em;
dúvida acerca de, em, sobre;
horror a;
Com a preposição COM. Não são pronominais, por- impaciência com;
tanto não existe simpatizar-se, nem antipatizar- se. medo a, de;
obediência a;
ojeriza a, por;
Ex.: Sempre simpatizei com Eleodora, mas antipatizo proeminência sobre;
com o irmão dela. respeito a, com, para com, por.

SOBRESSAIR (TI)
Observação: O substantivo medo rege também a
preposição "a", mas surge mais freqüente-
Com a preposição EM. Não é pronominal, portanto
mente acompanhado da preposição "de".
não existe sobressair-se.
ADJETIVOS

Ex.: Quando estava no colegial, sobressaía em todas Acessível a;


contíguo a;
as matérias.
Generoso com;
CAPÍTULO 12–REGÊNCIA NOMINAL acostumado a, com;
contrário a;
Regência Nominal é a relação existente en- grato a, por;
tre um nome (substantivo, adjetivo ou advérbio) afável com, para com;
e os termos regidos por esse nome. A Regência curioso de, por;
Nominal determina qual é a preposição que de- hábil em;
vemos usar. Observe que não há regras especí- agradável a;
ficas, pois a regência de uma palavra é um caso descontente com;
particular. Cada palavra pede seu complemento habituado a;
e rege sua preposição. alheio a, de;
desejoso de;
Exemplos: idêntico a;
análogo a;
Ela fez referência (substantivo) a este evento
diferente de;
(complemento nominal). impróprio para;
(Quem faz referência faz referência a alguma ansioso de, para, por;
coisa)
entendido em;
Eles têm necessidade (substantivo) de di- indeciso em;
nheiro (complemento nominal). apto a, para;
equivalente a;

102
Apostila PRF

insensível a; (sem preposição)


ávido de; 1ª ME NOS
escasso de; 2ª TE VOS
liberal com; 3ª O, A, SE, LHE OS, AS, SE, LHES
benéfico a;
essencial a, para; Agora é hora de posicionar corretamente esses pro-
natural de;
nomes:
capaz de, para;
Fácil de;
necessário a; 1) Próclise: colocação do pronome antes do verbo.
compatível com;
(PRF/ TÉCNICO/ CESPE) No período “Mas não o
fanático por;
nocivo a; faça sem conhecimento de causa” , o elemento “o”,
contemporâneo a, de; que estabelece coesão com os períodos anteriores,
favorável a;
marca a elipse do sintagma nominal “um carro” (R.1).
paralelo a;
parco em, de; TEXTO: Se você quiser, compre um carro; é um con-
propício a; forto admirável. Mas não o faça sem conhecimento de
semelhante a; causa, a fim de evitar desilusões futuras.
passível de;
próximo a, de; Comentário: O pronome oblíquo proclítico
sensível a; “o” faz referência ao sintagma verbal “com-
preferível a;
pre um carro”; logo o item está incorreto.
relacionado com;
prejudicial a;
relativo a;
suspeito de; 2) Mesóclise: colocação do pronome no meio do
prestes a;
verbo.
vazio de;
satisfeito com, de, em, por.
(STF/ SUPERIOR/ CESPE/ 2008) A função sintática
ADVÉRBIOS:
exercida por “a mim mesmo”, em “Tratarei a mim
longe de; perto de. mesmo” corresponde a me e, por essa razão, tam-
Os advérbios terminados em "-mente" ten- bém seria gramaticalmente correta a seguinte reda-
dem a seguir o regime dos adjetivos de que ção: Tratarei-me. TEXTO:Tratarei a mim mesmo
são formados:
como um objeto.
paralela a, paralelamente a;
relativa a, relativamente a.
Comentário: Neste item, houve um erro de co-
locação pronominal em “tratarei-me”; sendo
assim, a alternativa está incorreta. Visto que o
CAPÍTULO 13–COLOCAÇÃO PRONOMINAL
verbo “tratarei” está no futuro do presente, de-
A colocação pronominal está diretamente ligada à po- verá, então, ocorrer a mesóclise. A forma cor-
sição que os pronomes oblíquos átonos ocupam em reta seria “tratar-me-ei”, pois se observa o uso
relação aos verbos, podendo apresentar-se em casos do pronome oblíquo mesoclítico “me”.
de próclise, mesóclise e ênclise.

PRONOMES PESSOAIS OBLÍQUOS ÁTONOS 3) Ênclise: colocação do pronome depois do verbo.

103
Apostila PRF

(TELEBRAS/ SUPERIOR/ CESPE) Estaria mantida a ção desses nos bens e serviços produzidos e comer-
correção gramatical do texto caso fosse inserido, logo cializados pelas organizações e pela sociedade. Des-
apos a forma verbal “dizendo”, o pronome lhe ― di- tacam-se, sobretudo, a maior velocidade, a confiabi-
zendo-lhe ―, elemento que exerceria a função de lidade e o baixo custo de transmissão, armazena-
complemento indireto do verbo, retomando, por coe- mento e processamento de enormes quantidades de
são, “Marconi”. TEXTO:Em busca de mais recursos, conhecimentos codificados e de outros tipos de infor-
Marconi escreveu ao governo italiano, mas um funci- mação.
onário descartou a ideia, dizendo que era melhor Helena Maria Martins Lastres et al. Desafios e opor-
apresentá-la em um manicômio. tunidades da era do conhecimento.

Comentário: Observe-se que caberia perfeita- In: São Paulo em Perspectiva, 16(3), 2002, p. 60-1

mente o pronome “lhe” após a forma verbal “di- (com adaptações).

zendo”, retomando o termo “Marconi”; por isso


o item está correto. Note-se ainda que se tem o (SERPRO/ SUPERIOR/ CESPE) A correção gramati-

uso do pronome oblíquo enclítico. cal do texto seria mantida, caso a mesma forma de
colocação do pronome "se" no segmento "que se fa-
zer esforço" - anteposição à forma verbal - fosse em-

IMPORTANTE: Lembre-se de que o pronome pessoal pregada em "aumenta-se", "notam-se" e "Destacam-

oblíquo átono jamais poderá iniciar uma frase. se".

O novo milênio — designado como era do conheci- Comentário: No trecho “que se fazer esforço”,
mento, da informação — é marcado por mudanças de ocorre um exemplo de próclise. A alternativa
relevante importância e por impactos econômicos, po- propõe que, nos sintagmas verbais “aumenta-
líticos e sociais. Em épocas de transformações tão ra- se”, “notam-se” e “Destacam-se”, desloca-se o
dicais e abrangentes como essa, caracterizada pela pronome “se” para antes das formas verbais, co-
transição de uma era industrial para uma baseada no locando-os em função proclítica. Entretanto, não
conhecimento, aumenta-se o grau de indefinições e possível fazer essa inversão porque o pronome
incertezas. Há, portanto, que se fazer esforço redo- do caso oblíquo átono nunca poderá iniciar uma
brado para identificar e compreender esses novos frase. Logo, o item está incorreto.
processos — o que exige o desenvolvimento de um
novo quadro conceitual e analítico que permita captar,
mensurar e avaliar os elementos que determinam es-
sas mudanças — e para distinguir, entre as caracte-
CASOS DE PRÓCLISE OBRIGATÓRIA
rísticas e tendências emergentes, as que são mais du-
Será o obrigatório o uso do pronome proclítico quando
radouras das que são transitórias, ou seja, lidar com
houver um fator de atração, isto é, um vocábulo ou
a necessidade do que Milton Santos resumiu como
expressão que atraia o pronome oblíquo átono para
distinguir o modo da moda.
antes do verbo.
No novo padrão técnico-econômico, notam-se a cres-
cente inovação, intensidade e complexidade dos co-
SÃO FATORES DE PRÓCLISE (ATRAÇÃO)
nhecimentos desenvolvidos e a acelerada incorpora-
1) ADVÉRBIOS

104
Apostila PRF

(TRANSPETRO / SUPERIOR/ ADAPTADA/ CES- Comentário: alternativa incorreta. O pronome


GRANRIO) Segundo a norma culta, é possível inver- pessoal do caso reto “elas” somente exercerá
ter a colocação do pronome em “se sabia” por “sabia- função sintática de sujeito ou no máximo de pre-
se”. TEXTO: Como já se sabia, o ser humano adapta- dicativo do sujeito. Como complemento do
se rapidamente a novas condições de vida. verbo, deve-se utilizar os pronomes pessoais do
Comentário: O vocábulo “já” é um advérbio de caso oblíquo; logo, a substituição ocasionaria
tempo, e exige que o pronome oblíquo “se” ve- erro gramatical na estrutura. Note-se, ainda, que
nha obrigatoriamente antecedido do verbo; o termo “nem” é uma palavra negativa e exige a
logo, o item está incorreto. próclise.

2) PALAVRAS NEGATIVAS
3) PRONOMES DEMONSTRATIVOS
A Carta de Pero Vaz de Caminha
(CORREIOS/ ANALISTA/ ADAPTADA/ CESPE) No
De ponta a ponta é toda praia rasa, muito plana e bem
segmento “isto me obrigaria a escrever outra mensa-
formosa. Pelo sertão, pareceu-nos do mar muito
gem para explicar a mudança”, o pronome me poderia
grande, porque a estender a vista não podíamos ver
sem prejuízo gramatical ser escrito também após a
senão terra e arvoredos, parecendo-nos terra muito
forma verbal “obrigaria”, tendo-se, portanto, a se-
longa. Nela, até agora, não pudemos saber que haja
guinte reescritura: isto obrigaria-me a escrever ou-
ouro nem prata, nem nenhuma coisa de metal, nem
tra mensagem.
de ferro; nem as vimos. Mas, a terra em si é muito
boa de ares, tão frios e temperados, como os de En- Comentário: Deve-se utilizar a próclise, pois o
tre-Douro e Minho, porque, neste tempo de agora, as- vocábulo “isto” é um pronome demonstrativo e
sim os achávamos como os de lá. Águas são muitas atrai o pronome para antes do verbo. Dessa
e infindas. De tal maneira é graciosa que, querendo forma, a alternativa está incorreta.
aproveitá-la dar-se-á nela tudo por bem das águas
que tem.
(In: Cronistas e viajantes. São Paulo: Abril Educa- 4) PRONOMES RELATIVOS
ção, 1982. p. 12-23. Literatura Comentada. Com (TJ-RO/TÉCNICO/ CESPE) Seria mantida a correção
adaptações) gramatical do texto caso o trecho “que se acelerou”
(DETRAN-RN/ ANALISTA/ FGV) Uma opção correta fosse substituído por que acelerou-se. TEXTO: Os
de acordo com a norma culta seria substituir “nem as partidos de massa, vinculados às camadas populares,
vimos” por “nem vimos elas”. com matizes ideológicos mais pronunciados, surgiram
apenas em uma fase mais recente da história do país,
como consequência do processo de industrialização,
que se acelerou a partir dos anos 50 do século pas-
sado.

105
Apostila PRF

Comentário: a partícula “que” é um pronome re- Comentário: mesmo que haja o fator de atração,
lativo, que exige próclise. Obrigatoriamente, o ou seja, o advérbio “não”, o verbo no infinitivo
pronome “se” deverá localizar-se antes da sempre admitirá a ênclise. Isto quer dizer que o
forma verbal “acelerou”; portanto, o item está pronome poderá se posicionar antes ou depois
incorreto. do verbo; por isso o item está correto.

5) PRONOMES INDEFINIDOS
(MINISTÉRIO DA DEFESA/ MÉDIO/ ADAPTADA/ 2 – Verbos no futuro e no particípio jamais admitirão a

VUNESP) O pronome está posicionado em conformi- ênclise.

dade com a norma-padrão da língua na expressão (PETROBRAS/ SUPERIOR/ ADAPTADA/ CES-

“ninguém recusou-se”. TEXTO: Ninguém recusou-se GRANRIO) A colocação do pronome átono destacado

a arrumar as malas no carro. está incorreta na sentença a seguir: “Disse que, por
vezes, temos equivocado-nos nesse assunto”.
Comentário: o vocábulo “ninguém” é um pro-
nome indefinido, e exige que o pronome oblíquo Comentário: a forma verbal “equivocado” está

“se” seja inserido antes da forma verbal “recu- no particípio; por isso o pronome oblíquo átono

sou”. Sendo assim a alternativa está incorreta. “nos” deverá localizar-se antes desse verbo.
Portanto, a construção correta seria: Disse que,
por vezes, temos nos equivocado.

6) CONJUNÇÕES SUBORDINATIVAS
(TJ-SP/ MÉDIO/ ADAPTADA/ VUNESP) A colocação
3 – A expressão “em + verbo no gerúndio” exige a pró-
do pronome no trecho “quando teme-se” está de
clise.
acordo com o português padrão. TEXTO: O efeito
(BRB/ MÉDIO/ ADAPTADA/ INSTITUTO DATA RIO)
ocorre sobretudo quando teme-se uma doença ou o
Na expressão “em se tratando”, o pronome oblíquo
tratamento a ser enfrentado.
átono “se” respeita as regras de colocação dos prono-
Comentário: o termo “quando” é um conjunção
mes. TEXTO:Em se tratando de denúncias contra fun-
subordinativa adverbial temporal, que exige a
cionários do alto escalão, nada o impedia de divulgar
próclise. O pronome “se” deve se alocado antes
informações esclarecedoras.
da forma verbal “teme”; por isso o item está er-
Comentário: note-se que foi usado de forma cor-
rado.
reta o pronome oblíquo átono “se”, pois, quando

OBSERVAÇÕES IMPORTANTES houver preposição “em” com verbo no gerúndio,

1 – Verbos no infinitivo sempre admitirão a ênclise. deve-se utilizar a próclise. O item, portanto, está

(STF/ MÉDIO/ CESPE) No trecho “o não importar-se


com o que ocorra”, é opcional a colocação do pro-
nome “se” antes de “importar-se”: o não se importar 4 – Frases que exprimem desejo exigem a próclise.

com o que ocorra. TEXTO: É o medo que engendra Bons ventos a levem, Marta!

a omissão, o não importar-se com o que ocorra, ou o


não assumir-se em nada. MESÓCLISE
1) Verbos no futuro do presente.
Dar-te-ei as flores quando chegares.

106
Apostila PRF

2) Verbos no futuro do pretérito.


Realizar-se-ia uma nova proposta para deixar o pro-
jeto mais claro.

APOSSÍNCLISE
Consiste na colocação do pronome oblíquo átono en-
tre duas palavras atrativas.
(CÂMARA DOS DEPUTADOS/ANALISTA/
CESPE)A colocação pronominal no português do Bra-
sil é variável, por isso, em “quase se não pode extratar
nada”, estaria gramaticalmente correta qualquer uma
destas opções: quase não se pode extratar nada ou
quase não pode-se extratar nada.

Comentário: note-se que os vocábulos “quase” e


“não” são palavras atrativas; neste caso, ocorre
a chamada apossínclise por haver dois fatores
de atração. É possível fazer as seguintes cons-
truções: quase não se pode extratar nada ou
quase se não pode extratar nada. No entanto, o
item está incorreto por afirma que poderia deslo-
car o pronome para após a forma verbal “pode”.

107
Apostila PRF
CAPÍTULO 14–CONCORDÂNCIA NOMINAL EX: É proibida a entrada de meninas.

1. Substantivo + Substantivo... + Adjetivo


9. Pronome de tratamento (referindo-se a uma pes-
EX: Ternura e amor humano.
soa de sexo masculino) + verbo de ligação + adjetivo
EX: Amor e ternura humana. masculino

EX: Ternura e amor humanos. - Quando um adjetivo modifica um pronome de trata-


mento que se refere a pessoa do sexo masculino, vai
2. Adjetivo + Substantivo + Substantivo + ... para o masculino.

EX: Mau lugar e hora. Exemplos:


Sua Santidade está esperançoso.
EX: Má hora e lugar.
Referindo-se ao Governador, disse que Sua Exce-
lência era generoso.
3. Substantivo + Adjetivo + Adjetivo + ...

EX: Estudo as línguas inglesa e portuguesa. 10. Nós / Vós + verbo + adjetivo

EX: Estudo a língua inglesa e (a) portuguesa. Quando um adjetivo modifica os pronomes "nós /
vós", empregados no lugar de "eu / tu", vai para sin-
EX: Os poderes temporal e espiritual. gular.

EX: O poder temporal e (o) espiritual.

4. Ordinal + Ordinal + ... + Substantivo Exemplos:


Vós (= tu) estais enganado.
EX: A primeira e segunda lição.
Nós (= eu) fomos acolhido muito bem.
EX: A primeira e segunda lições. Sejamos (nós = eu) breve.

5. Substantivo + Ordinal + Ordinal + ...

EX: As cláusulas terceira, quarta e quinta. CAPÍTULO 15–CONCORDÂNCIA VERBAL

6. Um e outro / Nem um nem outro + Substantivo Ocorre quando o verbo se flexiona para concordar
com seu sujeito.
EX: Um e outro aspecto. a) Sujeito Simples

EX: Nem um nem outro argumento. Regra Geral


O sujeito sendo simples, com ele concordará o verbo
7. Um e outro + Substantivo + Adjetivo em número e pessoa. Veja os exemplos:

EX: Um e outro aspecto obscuros. A orquestra tocou uma valsa


longa.
EX: Uma e outra causa juntas. 3ª p. Singular 3ª p. Singular

8. Substantivo + é bom / é preciso / é proibido Os pares que rodeavam a nós dançavam


bem.
EX: Maçã é bom para a saúde. 3ª p. Plural 3ª p. Plural

EX: É preciso cautela.


Casos Particulares
EX: É proibido entrada.
Há muitos casos em que o sujeito simples é constitu-
ído de formas que fazem o falante hesitar no momento
OBS: Quando há determinação do sujeito, a concor-
de estabelecer a concordância com o verbo. Às ve-
dância efetua-se normalmente:

108
Apostila PRF

zes, a concordância puramente gramatical é contami- verbo deve ficar no singular. Quando há artigo no
nada pelo significado de expressões que nos transmi- plural, o verbo deve ficar o plural.
tem noção de plural, apesar de terem forma de singu-
Exemplos:
lar ou vice-versa. Por isso, convém analisar com cui-
dado os casos a seguir. Os Estados Unidos possuem grandes uni-
versidades.
1) Quando o sujeito é formado por uma expres-
Alagoas impressiona pela beleza das
são partitiva (parte de, uma porção de, o grosso de,
praias.
metade de, a maioria de, a maior parte de, grande
As Minas Gerais são inesquecíveis.
parte de...) seguida de um substantivo ou pronome no
Minas Gerais produz queijo e poesia de pri-
plural, o verbo pode ficar no singular ou no plural.
meira.
Por Exemplo: Os Sertões imortalizaram Euclides da Cu-
nha.
A maioria dos jornalistas aprovou / aprova-
ram a ideia. 4) Quando o sujeito é um pronome interrogativo ou in-
Metade dos candidatos não apresentou / definido plural (quais, quantos, alguns, poucos, mui-
apresentaram nenhuma proposta interes- tos, quaisquer, vários) seguido por "de nós" ou "de
sante. vós", o verbo pode concordar com o primeiro pro-
nome (na terceira pessoa do plural) ou com o pro-
Esse mesmo procedimento pode se aplicar aos ca-
nome pessoal. Veja:
sos dos coletivos, quando especificados:
Quais de nós são / somos capazes?
Por Exemplo:
Alguns de vós sabiam / sabíeis do caso?
Um bando de vândalos destruiu / destruí- Vários de nós propuseram / propuse-
ram o monumento. mos sugestões inovadoras.

Obs.: nesses casos, o uso do verbo no sin-


gular enfatiza a unidade do conjunto; já a Obs.: veja que a opção por uma ou
forma plural confere destaque aos elemen- outra forma indica a inclusão ou
tos que formam esse conjunto. a exclusão do emissor. Quando al-
guém diz ou escreve "Alguns de
nós sabíamos de tudo e nada fize-
mos", esta pessoa está se inclu-
2) Quando o sujeito é formado por expressão que in-
indo no grupo dos omissos. Isso
dica quantidade aproximada (cerca de, mais de, me-
não ocorre quando alguém diz ou
nos de, perto de...) seguida de numeral e substantivo,
escreve "Alguns de nós sabiam de
o verbo concorda com o substantivo. Observe:
tudo e nada fizeram.", frase que
Cerca de mil pessoas participaram da ma- soa como uma denúncia.
nifestação.
Perto de quinhentos alunos comparece-
ram à solenidade.
Mais de um atleta estabeleceu novo re-
corde nas últimas Olimpíadas. Nos casos em que o interrogativo ou indefinido esti-
ver no singular, o verbo ficará no singular.
Por Exemplo:
Obs.: quando a expressão "mais de um" se as-
sociar a verbos que exprimem reciprocidade, Qual de nós é capaz?
o plural é obrigatório: Algum de vós fez isso.

5) Quando o sujeito é formado por uma expressão que in-


dica porcentagem seguida de substantivo, o verbo deve
Por Exemplo: concordar com o substantivo.
Mais de um colega se ofenderam na tumul- Exemplos:
tuada discussão de ontem. (ofenderam um
ao outro) 25% do orçamento do país deve destinar-se à
Educação.
3) Quando se trata de nomes que só existem no plu- 85% dos entrevistados não aprovam a adminis-
ral, a concordância deve ser feita levando-se em tração do prefeito.
conta a ausência ou presença de artigo. Sem artigo, o

109
Apostila PRF

1% do eleitorado aceita a mudança.


1% dos alunos faltaram à prova.
Quando a expressão que indica porcentagem não é se- 8) Quando o sujeito é o pronome relativo
guida de substantivo, o verbo deve concordar com o nú- "quem", pode-se utilizar o verbo na terceira pessoa
mero. Veja: do singular ou em concordância com o antecedente
do pronome.
25% querem a mudança.
1% conhece o assunto. Exemplos:

6) Quando o sujeito é o pronome relativo "que", a concor- Fui eu quem pagou a conta. /
dância em número e pessoa é feita com oantecedente Fui eu quem paguei a conta.
do pronome. Fomos nós quem pintou o muro. / Fo-
mos nós quem pintamos o muro.
Exemplos:
9) Quando o sujeito é um pronome de tratamento, o
Fui eu que paguei a conta. verbo fica na 3ª pessoa do singular ou plural.
Fomos nós que pintamos o muro.
És tu que me fazes ver o sentido da vida. Por Exemplo:
Ainda existem mulheres que ficam vermelhas na Vossa Excelência é diabético?
presença de um homem. Vossas Excelências vão renunciar?
7) Com a expressão "um dos que", o verbo deve assumir 10) A concordância dos verbos bater, dar e soar se
a forma plural. dá de acordo com o numeral.
Por Exemplo: Por Exemplo:
Ademir da Guia foi um dos jogado- Deu uma hora no relógio da sala.
res que mais encantaram os poetas. Deram cinco horas no relógio da sala.
Se você é um dos que admiram o escritor, certa-
mente lerá seu novo romance.

Obs.: caso o sujeito da oração seja a


palavra relógio, sino, torre, etc., o
verbo concordará com esse sujeito.
Atenção: Por Exemplo:
A tendência, na linguagem corrente, é a O tradicional relógio da praça
concordância no singular. O que se matriz dá nove horas.
ouve efetivamente, são construções
como:
"Ele foi um dos deputa-
dos que mais lutou para a apro- 11) Verbos Impessoais: por não se referirem a ne-
vação da emenda". nhum sujeito, são usados sempre na 3ª pessoa do
singular. São verbos impessoais:
Ao compararmos com um caso em que
se use um adjetivo, temos: Haver no sentido de existir;
Fazer indicando tempo;
"Ela é uma das alunas mais bri- Aqueles que indicam fenômenos da natu-
lhante da sala." reza.
A análise da construção acima torna Exemplos:
evidente que a forma no singular é
inadequada. Assim, as formas aceitá- Havia muitas garotas na festa.
veis são: Faz dois meses que não vejo meu pai.
Chovia ontem à tarde.
" Das alunas mais brilhantes da sala,
b) Sujeito Composto
ela é uma."
" Dos deputados que mais lutaram pela 1) Quando o sujeito é composto e anteposto ao
aprovação da emenda, ele é um". verbo, a concordância se faz no plural:
Exemplos:
Pai e filho conversavam longamente.
Sujeito

110
Apostila PRF

Pais e filhos devem conversar com fre- Descaso e desprezo marcam / marca seu
quência. comportamento.
Sujeito
2) Quando o sujeito composto é formado por núcleos
2) Nos sujeitos compostos formados por pessoas dispostos em gradação, o verbo pode ficar no plu-
gramaticais diferentes, a concordância ocorre da se- ral ou concordar com o último núcleo do sujeito.
guinte maneira: a primeira pessoa do plural preva-
lece sobre a segunda pessoa, que por sua vez, pre- Por Exemplo:
valece sobre a terceira. Veja: Com você, meu amor, uma hora, um minuto,
Teus irmãos, tu e eu tomaremos a decisão. um segundo me satisfazem / satisfaz.
Primeira Pessoa do Plural (Nós)
No primeiro caso, o verbo no plural enfatiza a uni-
dade de sentido que há na combinação. No se-
Tu e teus irmãos tomareis a decisão. gundo caso, o verbo no singular enfatiza o último
Segunda Pessoa do Plural (Vós) elemento da série gradativa.
3) Quando os núcleos do sujeito composto são uni-
Pais e filhos precisam respeitar-se. dos por "ou" ou "nem", o verbo deverá ficar no plu-
Terceira Pessoa do Plural (Eles) ral se a declaração contida no predicado puder ser
atribuída a todos os núcleos.
Por Exemplo:
Drummond ou Bandeira representam a es-
sência da poesia brasileira.
Nem o professor nem o aluno acertaram a
resposta.
Obs.: quando o sujeito é composto, for- Quando a declaração contida no predicado só puder
mado por um elemento da segunda pessoa ser atribuída a um dos núcleos do sujeito, ou seja, se
e um da terceira, é possível empregar o osnúcleos forem excludentes, o verbo deverá ficar
verbo na terceira pessoa do plural. Aceita- no singular.
se, pois, a frase: "Tu e teus irmãos tomarão
a decisão." Por Exemplo:
Roma ou Buenos Aires será a sede da pró-
xima Olimpíada.
Você ou ele será escolhido. (Só será esco-
3) No caso do sujeito composto posposto ao verbo, lhido um)
passa a existir uma nova possibilidade de concor-
dância: em vez de concordar no plural com a totali- 4) Com as expressões "um ou outro" e "nem um
dade do sujeito, o verbo pode estabelecer concor- nem outro", a concordância costuma ser feita no
dância com o núcleo do sujeito mais próximo. singular, embora o plural também seja praticado.
Convém insistir que isso é uma opção, e não uma Por Exemplo:
obrigação.
Um e outro compareceu / compareceram à
Por Exemplo: festa.
Faltaram coragem e competência. Nem um nem outro saiu / saíram do colégio.
Faltou coragem e competência.
5) Quando os núcleos do sujeito são unidos
4) Quando ocorre ideia de reciprocidade, no entanto, por "com", o verbo pode ficar no plural. Nesse
a concordância é feita obrigatoriamente no plu- caso, os núcleos recebem um mesmo grau de impor-
ral.Observe: tância e a palavra "com" tem sentido muito próximo
Abraçaram-se vencedor e vencido. ao de "e". Veja:
Ofenderam-se o jogador e o árbitro. O pai com o filho montaram o brinquedo.
O governador com o secretariado traça-
ram os planos para o próximo semestre.
Casos Particulares Nesse mesmo caso, o verbo pode ficar no singular,
1) Quando o sujeito composto é formado por núcleos se a ideia é enfatizar o primeiro elemento.
sinônimos ou quase sinônimos, o verbo pode ficar O pai com o filho montou o brinquedo.
noplural ou no singular. O governador com o secretariado traçou os
Por Exemplo: planos para o próximo semestre.

111
Apostila PRF

Precisa-se de governantes interessados em


civilizar o país.
Confia-se em teses absurdas.
Era-se mais feliz no passado.
Obs.: com o verbo no singular,
não se pode falar em sujeito com- Quando pronome apassivador, o "se" acompanha
posto. O sujeito é simples, uma verbos transitivos diretos (VTD) e transitivos diretos e
vez que as expressões "com o fi- indiretos (VTDI) na formação da voz passiva sinté-
lho" e "com o secretariado" são tica. Nesse caso, o verbo deve concordar com o su-
adjuntos adverbiais de compa- jeito da oração.
nhia. Na verdade, é como se hou-
vesse uma inversão da or- Exemplos:
dem. Veja: Construiu-se um posto de saúde.
"O pai montou o brin- Construíram-se novos postos de saúde.
quedo com o filho." Não se pouparam esforços para despoluir o
"O governador traçou os rio.
planos para o próximo se- Não se devem poupar esforços para despo-
mestre com o secretari- luir o rio.
ado." 2) O Verbo "Ser"
A concordância verbal se dá sempre entre o verbo e
o sujeito da oração. No caso do verbo ser, essa con-
cordância pode ocorrer também entre o verbo e
o predicativo do sujeito.
6) Quando os núcleos do sujeito são unidos por ex-
pressões correlativas como: "não O verbo ser concordará com o predicativo do sujeito:
só...mas ainda", "não somente"..., "não ape- a) Quando o sujeito for representado pelos prono-
nas...mas também", "tanto...quanto", o verbo con- mes - isto, isso, aquilo, tudo, o - e o predica-
corda de preferência no plural. tivo estiver noplural.
Não só a seca, mas também o pouco Exemplos:
caso castigam o Nordeste.
Tanto a mãe quanto o filho ficaram surpre- Isso são lembranças inesquecíveis.
sos com a notícia. Aquilo eram problemas gravíssimos.
O que eu admiro em você são os seus cabe-
7) Quando os elementos de um sujeito composto são los compridos.
resumidos por um aposto recapitulativo, a concor-
dância é feita com esse termo resumidor. b) Quando o sujeito estiver no singular e se referir
a coisas, e o predicativo for um substantivo no plu-
Por Exemplo: ral.
Filmes, novelas, boas conversas, nada o ti- Exemplos:
rava da apatia.
Trabalho, diversão, descanso, tudo é muito Nosso piquenique foram só gulosei-
importante na vida das pessoas. mas.
Sujeito Predica-
Outros Casos tivo do Sujeito

Sua rotina eram só alegrias.


1) O Verbo e a Palavra "SE" Sujeito Predicativo do Su-
Dentre as diversas funções exercidas pelo "se", há jeito
duas de particular interesse para a concordância ver- Se o sujeito indicar pessoa, o verbo concorda com
bal: esse sujeito.
a) quando é índice de indeterminação do su- Por Exemplo:
jeito;
b) quando é partícula apassivadora. Gustavo era só decepções.
Minhas alegrias é esta criança.
Quando índice de indeterminação do sujeito,
o "se" acompanha os verbos intransitivos, transitivos
indiretose de ligação, que obrigatoriamente são con-
jugados na terceira pessoa do singular.
Exemplos:

112
Apostila PRF

Obs.: admite-se a concordância no singu- CAPÍTULO 16–CRASE


lar quando se deseja fazer prevalecer um
elemento sobre o outro.
CRASE
Por Exemplo:
A palavra crase é de origem grega e significa "fusão",
A vida é ilusões. "mistura". Na língua portuguesa, é o nome que se dá à
"junção" de duas vogais idênticas. É de grande importân-
cia a crase da preposição "a" com o artigo feminino "a" (s),
com o pronome demonstrativo "a" (s), com o "a" inicial dos
c) Quando o sujeito for pronome interroga- pronomes aquele (s), aquela (s), aquilo e com o"a" do re-
tivo que ou quem. lativo a qual (as quais). Na escrita, utilizamos o acento
grave ( ` ) para indicar a crase. O uso apropriado do acento
Por Exemplo: grave, depende da compreensão da fusão das duas vo-
Que são esses papéis? gais. É fundamental também, para o entendimento da
Quem são aquelas crianças? crase, dominar a regência dos verbos e nomes que exi-
gem a preposição "a". Aprender a usar a crase, portanto,
consiste em aprender a verificar a ocorrência simultânea
3) O Verbo "Parecer" de uma preposição e um artigo ou pronome. Observe:
O verbo parecer, quando seguido de infinitivo, ad-
mite duas concordâncias: Vou a a igreja.
Vou à igreja.
a) Ocorre variação do verbo parecer e não se flexi-
ona o infinitivo. No exemplo acima, temos a ocorrência da preposi-
ção "a", exigida pelo verbo ir (ir a algum lugar) e a ocor-
Por Exemplo: rência do artigo "a" que está determinando o substantivo
Alguns colegas pareciam chorar naquele feminino igreja. Quando ocorre esse encontro das duas
momento. vogais e elas se unem, a união delas é indicada pelo
acento grave. Observe os outros exemplos:
b) A variação do verbo parecer não ocorre, o infini-
tivo sofre flexão. Conheço a aluna.
Refiro-me à aluna.
Por Exemplo:
No primeiro exemplo, o verbo é transitivo direto (conhecer
Alguns colegas parecia chorarem naquele algo ou alguém), logo não exige preposição e a crase não
momento. pode ocorrer. No segundo exemplo, o verbo é transitivo
indireto (referir-se a algo ou a alguém) e exige a preposi-
ção "a". Portanto, a crase é possível, desde que o termo
seguinte seja feminino e admita o artigo feminino "a" ou
Obs.: a primeira construção é um dos pronomes já especificados.
considerada corrente, en- Há duas maneiras de verificar a existência de um artigo
quanto a segunda, literária. feminino "a" (s) ou de um pronome demonstrativo "a"
Atenção: (s) após uma preposição "a":

Com orações desenvolvidas, o 1- Colocar um termo masculino no lugar do termo


verbo parecer fica no singular. feminino que se está em dúvida. Se surgir a for-
maao, ocorrerá crase antes do termo feminino.
Por Exemplo:
Veja os exemplos:
As paredes parece que
têm ouvidos. (Parece Conheço "a" aluna. / Conheço o aluno.
que as paredes têm ou- Refiro-me ao aluno. / Refiro-me à aluna.
vidos.) 2- Trocar o termo regente acompanhado da pre-
posição a por outro acompanhado de uma prepo-
sição diferente (para, em, de, por, sob, sobre). Se
essas preposições não se contraírem com o ar-
tigo, ou seja, se não surgirem novas formas (na
(s), da (s), pela (s),...), não haverá crase.
Veja os exemplos:

113
Apostila PRF

- Penso na aluna. Ele fez referência a Vossa Excelên-


- Apaixonei-me pela aluna. cia no discurso de ontem.
Peço a Vossa Senhoria que aguarde
alguns minutos.
- Começou a brigar. - Cansou de brigar.
Mostrarei a vocês nossas propostas
- Insiste em brigar.
- Foi punido por bri- de trabalho.
Quero informar a algumas pessoas o
gar.
que está acontecendo.
- Optou por brigar.
Isso não interessa a nenhum de nós.
Aonde você pretende ir a esta hora?
Agradeci a ele, a quem tudo devo.
Os poucos casos em que ocorre crase diante dos
Atenção: lembre-se sempre de que não pronomes podem ser identificados pelo método
basta provar a existência da preposi- explicado anteriormente. Troque a palavra femi-
nina por uma masculina, caso na nova constru-
ção "a" ou do artigo "a", é preciso provar
ção surgir a forma ao, ocorrerá crase. Por exem-
que existem os dois. plo:
Evidentemente, se o termo regido não Refiro-me à mesma pessoa. (Refiro-
admitir a anteposição do artigo feminino me ao mesmo indivíduo.)
"a" (s), não haverá crase. Veja os princi- Informei o ocorrido à senhora. (Informei o
ocorrido ao senhor.)
pais casos em que a crase NÃO ocorre:
Peça à própria Cláudia para sair mais cedo.
(Peça ao próprio Cláudio para sair mais
cedo.)
- Diante de numerais cardinais:
Chegou a duzentos o número de feridos.
Daqui a uma semana começa o campeo-
nato.
Casos em que a crase SEMPRE ocorre:
- Diante de substantivos masculinos:
- Diante de palavras femininas:
Andamos a cavalo.
Fomos a pé. Amanhã iremos à festa de aniversá-
Passou a camisa a ferro. rio de minha colega.
Fazer o exercício a lápis. Sempre vamos à praia no verão.
Compramos os móveis a prazo. Ela disse à irmã o que havia escu-
Assisitimos a espetáculos magnífi- tado pelos corredores.
cos. Sou grata à população.
Fumar é prejudicial à saúde.
- Diante de verbos no infinitivo: Este aparelho é posterior à invenção
A criança começou a falar. do telefone.
Ela não tem nada a dizer. - Diante da palavra "moda", com o sentido
Estavam a correr pelo parque. de "à moda de" (mesmo que a expres-
Estou disposto a ajudar. são moda de fique subentendida):
Continuamos a observar as plantas.
Voltamos a contemplar o céu. O jogador fez um gol à (moda de)
Pelé.
Obs.: como os verbos não admitem arti- Usava sapatos à (moda de) Luís XV.
gos, constatamos que o "a" dos exem- O menino resolveu vestir-se à (moda
plos acima é apenas preposição, logo não de) Fidel Castro.
ocorrerá crase.
- Na indicação de horas:
- Diante da maioria dos pronomes e das
expressões de tratamento, com exceção Acordei às sete horas da manhã.
das formassenhora, senhorita e dona: Elas chegaram às dez horas.
Foram dormir à meia-noite.
Diga a ela que não estarei em casa Ele saiu às duas horas.
amanhã.
Entreguei a todos os documentos Obs.: com a preposição "até", a
necessários. crase será facultativa.

114
Apostila PRF

Por exemplo: Dormiram até as/às A ocorrência da crase com o pronome demonstra-
14 horas. tivo "a" também pode ser detectada pela substitui-
ção do termo regente feminino por um termo regido
masculino. Veja:
- Em locuções adverbiais, prepositivas e
Minha revolta é ligada à do meu país.
conjuntivas de que participam palavras
Meu luto é ligado ao do meu país.
femininas. Por exemplo:
As orações são semelhantes às de antes.
Os exemplos são semelhantes aos de antes.
à medida Aquela rua é transversal à que vai dar na mi-
à tarde às ocultas às pressas
que nha casa.
Aquele beco é transversal ao que vai dar na
às escondi- minha casa.
à noite às claras à força Suas perguntas são superiores às dele.
das
Seus argumentos são superiores aos dele.
Sua blusa é idêntica à de minha colega.
à vontade à beça à larga à escuta Seu casaco é idêntico ao de minha colega.

à exceção à imitação
às avessas à revelia A Palavra Distância
de de
Se a palavra distância estiver especificada, determi-
à esquerda às turras às vezes à chave nada, a crase deve ocorrer. Por exemplo:
Sua casa fica à distância de 100 quilômetros
à direita à procura à deriva à toa daqui. (A palavra está determinada.)
Todos devem ficar à distância de 50 metros
do palco. (A palavra está especificada.)
à sombra à proporção
à luz à frente de Se a palavra distância não estiver especificada, a
de que
crase não pode ocorrer. Por exemplo:
à semelhança Os militares ficaram a distância.
às ordens à beira de
de Gostava de fotografar a distância.
Ensinou a distância.
Crase com os Pronomes Relativos A Qual, As Dizem que aquele médico cura a distância.
Quais Reconheci o menino a distância.

A ocorrência da crase com os pronomes relativos a Observação: por motivo de clareza, para evitar
qual e as quais depende do verbo. Se o verbo que ambiguidade, pode-se usar a crase. Veja:
rege esses pronomes exigir a preposição "a", haverá Gostava de fotografar à distância.
crase. É possível detectar a ocorrência da crase nes- Ensinou à distância.
ses casos, utilizando a substituição do termo regido Dizem que aquele médico cura à distân-
feminino por um termo regido masculino. Por exem- cia.
plo:
Casos em que a ocorrência da crase é FACULTA-
A igreja à qual me refiro fica no centro da ci- TIVA
dade.
O monumento ao qual me refiro fica no cen- - Diante de nomes próprios femininos:
tro da cidade. Observação: é facultativo o uso da crase diante
Caso surja a forma ao com a troca do termo, de nomes próprios femininos porque é faculta-
ocorrerá a crase. tivo o uso do artigo. Observe:
Veja outros exemplos:
Paula é muito bonita. Laura é minha amiga.
São normas às quais todos os alunos de-
vem obedecer.
Esta foi a conclusão à qual ele chegou. A Paula é muito bo- A Laura é minha
Várias alunas às quais ele fez perguntas nita. amiga.
não souberam responder nenhuma das
questões. Como podemos constatar, é facultativo o uso do
A sessão à qual assisti estava vazia. artigo feminino diante de nomes próprios femini-
nos, então podemos escrever as frases abaixo
Crase com o Pronome Demonstrativo "a" das seguintes formas:

115
Apostila PRF

Entreguei o car- Entreguei o cartão a Ro- A palestra vai A palestra vai


tão a Paula. berto. até as cinco horas ou até às cinco horas
da tarde. da tarde.
Entreguei o car- Entreguei o car-
tão à Paula. tão ao Roberto.

Contei a Laura o que Contei a Pedro o que


havia ocorrido na noite havia ocorrido na noite
passada. passada.

Contei à Laura o que Contei ao Pedro o que


CAPÍTULO 17–PONTUAÇÃO
havia ocorrido na noite havia ocorrido na noite
passada. passada.
1- PONTO ( . )
- Diante de pronome possessivo feminino:
a) indica o final de uma frase declarativa.
Observação: é facultativo o uso da crase diante Ex.: Estou muito feliz.
de pronomes possessivos femininos porque é fa-
cultativo o uso do artigo. Observe: b) separa períodos entre si.
Ex.: Estou muito feliz. Nada é capaz de tirar minha
Minha avó tem se- Minha irmã está es- paz de espírito.
tenta anos. perando por você.
c) nas abreviaturas
A minha irmã está Ex.: Sr. / Av. / V. Ex.ª
A minha avó tem
esperando por
setenta anos.
você. 2-DOIS-PONTOS ( : )

Sendo facultativo o uso do artigo feminino diante a) inicia a fala dos personagens.
de pronomes possessivos femininos, então po- Pedro foi lacônico:— Não sei!
demos escrever as frases abaixo das seguintes
formas:
b) antes de enumeração.
Os meus poetas preferidos são poucos: Bandeira,
Cedi o lugar a minha Cedi o lugar a meu
Quintana e Castro Alves.
avó. avô.

c) antes de citação.
Cedi o lugar à minha Cedi o lugar ao meu
avó. avô. Jesus disse: “Deixai vir a mim as criancinhas.”

3-RETICÊNCIAS ( ... )
Diga a sua irmã que Diga a seu irmão que As reticências indicam dúvidas ou hesitação de
estou esperando por estou esperando por
quem fala. Indicam também supressão de palavra (s)
ela. ele.
numa frase transcrita, interrupção de uma frase dei-
xada gramaticalmente incompleta e servem de re-
Diga à sua irmã que Diga ao seu irmão
estou esperando por que estou esperando curso quando se quer deixar o sentido da frase sus-
ela. por ele. penso.

- Depois da preposição até: — Sabe...eu queria te dizer que...esquece.


“Quando penso em você (...) menos a felicidade.”
Fui até a praia. ou Fui até à praia. — Não é que eu queira eximir-me às minhas obriga-
ções, mas...
Acompanhe-o Acompanhe-o — Ele acabou de sair. Quem sabe se você ligar
ou mais tarde..
até a porta. até à porta.

Nota: As reticências usadas no começo ou no fim de


uma frase, podem servir para indicar que o trecho

116
Apostila PRF

transcrito pertence ao corpo de uma frase que não


se transcreveu desde o início ou que não se termi- d) complemento nominal de nome;
nou. e) oração principal da subordinada substantiva
(desde que esta não seja apositiva nem apareça na
4-PARÊNTESES ( ( ) ) ordem inversa)
a) usamos parênteses para isolar palavras, frases in-
tercaladas de caráter explicativo e datas. A vírgula no interior da oração
Na 2ª Guerra Mundial (1939-1945), morreu muita É utilizada nas seguintes situações:
gente. a) separar o vocativo.
Certa noite lá em Angra (Verinha lembrava-se como Maria, traga-me uma xícara de café.
se fora na véspera), encontrei um tal de Genésio. A educação, meus amigos, é fundamental para o
progresso do país.
Dica: Os parênteses também podem substituir a vír-
gula ou o travessão.
b) separar alguns apostos.
5- PONTO DE EXCLAMAÇÃO ( ! )
a) Após vocativo Valdete, minha antiga empregada, esteve aqui on-
Parte, Anita! tem.

b) Após imperativo C) separar o adjunto adverbial antecipado ou interca-


Cale-se! lado.

c) Após interjeição Quando chegar de viagem, procurarei por você.


Ex.: Ufa! Ai! Ui! As pessoas, muitas vezes, são falsas.

d) Após palavras ou frases que denotem caráter D) separar elementos de uma enumeração.
emocional
Ex.: Que pena! Precisa-se de pedreiros, serventes, carpinteiros e
pintores.
6- PONTO DE INTERROGAÇÃO ( ? )
a) Em perguntas diretas E) isolar expressões de caráter explicativo ou corre-
Ex.: Como você se chama? tivo.

b) Às vezes, juntamente com o ponto de exclamação Amanhã, ou melhor, depois de amanhã podemos
Ex.: - Quem ganhou na loteria? nos encontrar para acertar a viagem.
- Você.
- Eu?! f) separar conjunções intercaladas.

7-VÍRGULA ( , ) Não havia, porém, motivo para tanta raiva.


É usada para marcar uma pausa do enunciado com
a finalidade de nos indicar que os termos por ela se- g) separar o complemento pleonástico antecipado.
parados, apesar de participarem da mesma frase ou A mim, nada me importa.
oração, não formam uma unidade sintática.
Ex.: Adelanta, esposa de João, foi a ganhadora h) isolar o nome de lugar na indicação de datas.
única da Loteria. Belo Horizonte, 26 de janeiro de 2001.
Podemos concluir que, quando há uma relação sintá-
tica entre termos da oração, não se pode separá-los i) separar termos coordenados assindéticos.
por meio de vírgula.
"Lua, lua, lua, lua, por um momento meu canto con-
Assim, não se separam por vírgula: tigo compactua..." (Caetano Veloso)
a) predicado de sujeito;
b) objeto de verbo; j) marcar a omissão de um termo (normalmente o
c) adjunto adnominal de nome; verbo).

117
Apostila PRF

c) separar orações subordinadas adverbiais (desen-


Ela prefere ler jornais e eu, revistas. (omissão do volvidas ou reduzidas),
verbo preferir) principalmente se estiverem antepostas à oração
principal.
Termos coordenados ligados pelas conjunções e,
ou, nem dispensam o uso da vírgula. "No momento em que o tigre se lançava, curvou-
se ainda mais; e fugindo com o corpo apresentou o
Conversaram sobre futebol, religião e política. gancho."( O selvagem - José de Alencar)
Não se falavam nem se olhavam.
Ainda não me decidi se viajarei para Bahia ou Ceará. d) separar as orações intercaladas.

Entretanto, se essas conjunções aparecerem repeti- "- Senhor, disse o velho, tenho grandes contenta-
das, com a finalidade de dar ênfase, o uso da vírgula mentos em a estar plantando..."
passa a ser obrigatório.
e) separar as orações substantivas antepostas à prin-
Ex.: Não fui nem ao velório, nem ao enterro, nem à cipal.
missa de sétimo dia.
Quanto custa viver, realmente não sei.
A vírgula entre orações
8- PONTO-E-VÍRGULA ( ; )
É utilizada nas seguintes situações:
a) separar as orações subordinadas adjetivas expli- a) usa-se ponto-e-vírgula para separar os itens de
cativas. uma lei, de um decreto, de uma petição, de uma se-
Meu pai, de quem guardo amargas lembranças, qüência, etc.
mora no Rio de Janeiro.
Ex.: Art. 127 – São penalidades disciplinares:
b) separar as orações coordenadas sindéticas e as- I- advertência;
sindéticas (exceto as iniciadas pela II- suspensão;
conjunção e ). III- demissão;
IV- cassação de aposentadoria ou disponibili-
Acordei, tomei meu banho, comi algo e saí para o dade;
trabalho. Estudou muito, mas não foi aprovado no V- destituição de cargo em comissão;
exame. VI- destituição de função comissionada.

Há três casos em que se usa a vírgula antes da con- b) separar orações coordenadas muito extensas ou
junção e: orações coordenadas nas quais já tenham tido utili-
zado a vírgula.
1) quando as orações coordenadas tiverem sujeitos
diferentes. Ex.: “O rosto de tez amarelenta e feições inexpressi-
vas, numa quietude apática, era pronunciadamente
Os ricos estão cada vez mais ricos, e os pobres, vultuoso, o que mais se acentuava no fim da vida,
cada vez mais pobres. quando a bronquite crônica de que sofria desde
moço se foi transformando em opressora asma car-
2) quando a conjunção e vier repetida com a finali- díaca; os
dade de dar ênfase (polissíndeto). lábios grossos, o inferior um tanto tenso (...) " (O vis-
conde de Inhomerim - Visconde de Taunay)
E chora, e ri, e grita, e pula de alegria.
9- TRAVESSÃO ( - )
3) quando a conjunção e assumir valores distintos
que não seja da adição (adversidade, conseqüência, a) dá início à fala de um personagem
por exemplo)
Ex.: O filho perguntou:
Coitada! Estudou muito, e ainda assim não foi apro- — Pai, quando começarão as aulas?
vada.

118
Apostila PRF

b) indicar mudança do interlocutor nos diálogos equivalendo a "pelo qual" (ou alguma de suas
flexões (pela qual, pelos quais, pelas quais).
— Doutor, o que tenho é grave? Exemplos:
— Não se preocupe, é uma simples infecção. É
Estes são os direitos por que esta-
só tomar um antibiótico e estará bom
mos lutando.
c) unir grupos de palavras que indicam itinerário O túnel por que passamos existe há
muitos anos.
Ex.: A rodovia Belém-Brasília está em péssimo es- POR QUÊ
tado.
Caso surja no final de uma frase, imediata-
mente antes de um ponto (final, de interroga-
Também pode ser usado em substituição à virgula ção, de exclamação) ou de reticências, a se-
em expressões ou frases explicativas quência deve ser grafada por quê, pois, de-
vido à posição na frase, o monossí-
Ex.: Xuxa – a rainha dos baixinhos – será mãe. labo "que" passa a ser tônico.
Exemplos:
10- ASPAS ( “ ” )
Estudei bastante ontem à noite.
Sabe por quê?
a)isolar palavras ou expressões que fogem à norma
culta, como gírias, estrangeirismos, palavrões, neolo- Será deselegante se você perguntar
gismos, arcaísmos e expressões populares. novamente por quê!
PORQUE
Ex.: Maria ganhou um apaixonado “ósculo” do seu
A forma porque é uma conjunção, equiva-
admirador. lendo a pois, já que, uma vez que,
A festa na casa de Lúcio estava “chocante”. como. Costuma ser utilizado em respostas,
Conversando com meu superior, dei a ele um “feed- para explicação ou causa.
back” do serviço a mim requerido. Exemplos:

b) indicar uma citação textual Vou ao supermercado porque não


temos mais frutas.
Você veio até aqui porque não con-
Ex.: “Ia viajar! Viajei. Trinta e quatro vezes, às pres- seguiu telefonar?
sas, bufando, com todo o sangue na face, desfiz e
PORQUÊ
refiz a mala”. ( O prazer de viajar - Eça de Queirós)
A forma porquê representa um substantivo.
Se, dentro de um trecho já destacado por aspas, se Significa "causa", "razão", "motivo" e normal-
fizer necessário a utilização de novas aspas, estas mente surge acompanhada de palavra deter-
minante (artigo, por exemplo).
serão simples. ( ' ' )
Exemplos:
CAPÍTULO 18–USO DOS PORQUÊS Não consigo entender o porquê de
sua ausência.
Existem muitos porquês para justifi-
car esta atitude.
POR QUE Você não vai à festa? Diga-me ao
A forma por que é a sequência de uma pre- menos um porquê.
posição (por) e um pronome interroga- Veja abaixo o quadro-resumo:
tivo (que). Equivale a "por qual razão", "por
qual motivo":
Forma Emprego Exemplos
Exemplos:
Desejo saber por que você voltou Em frases inter-
tão tarde para casa. Por que ele chorou? (in-
rogativas (dire-
terrogativa direta)
Por que você comprou este casaco? Por que tas e indiretas)

Há casos em que por que representa a se- Em substituição


Digam-me por que ele
quência preposição + pronome relativo, à expressão

119
Apostila PRF

"pelo qual" (e chorou. (interrogativa (perseguir animais) (tornar sem efeito)


suas variações) indireta)
cegar Segar
Os bairros por (deixar cego) (cortar, ceifar)
que passamos eram
sujos.(por que = pelos sela
quais) Cela
(forma do verbo selar; ar-
(pequeno quarto)
reio)
Eles estão revolta-
dos por quê?
Por quê No final de frases Censo senso
Ele não veio não sei por (recenseamento) (entendimento, juízo)
quê.
Céptico séptico
Em frases afir- (descrente) (que causa infecção)
Não fui à festa por-
Porque mativas e em
que choveu.
respostas
Cerração Serração
Como substan- Todos sabem o por- (nevoeiro) (ato de serrar)
Porquê
tivo quê de seu medo.
Cerrar serrar
(fechar) (cortar)

CAPÍTULO 19 - SIGNIFICAÇÃO DE PALAVRAS


Cervo Servo
Homônimos (veado) (criado)
São palavras que possuem a mesma pronúncia (algu-
mas vezes, a mesma grafia), mas significados diferen- xá
chá (bebida)
tes. Veja alguns exemplos no quadro abaixo: (antigo soberano do Irã)

acender Ascender Cheque


xeque
(colocar fogo) (subir) (ordem de paga-
(lance no jogo de xadrez)
mento)
acento assento
(sinal gráfico) (local onde se senta) Círio sírio
(vela) (natural da Síria)
acerto asserto
(ato de acertar) (afirmação) Cito
sito
(forma do verbo ci-
(situado)
apreçar apressar tar)
(ajustar o preço) (tornar rápido)
Concertar consertar
bucheiro Buxeiro (ajustar, combinar) (reparar, corrigir)
(tripeiro) (pequeno arbusto)
concerto Conserto
bucho Buxo (sessão musical) (reparo)
(estômago) (arbusto)
Coser Cozer
Caçar cassar (costurar) (cozinhar)

120
Apostila PRF

esotérico Exotérico tachar (atribuir de-


taxar (fixar taxa)
feito a)
(secreto) (que se expõe em público)

Homônimos Perfeitos
Expectador
espectador
Possuem a mesma grafia e o mesmo som.
(aquele que tem espe-
(aquele que assiste)
rança, que espera) Por Exemplo:
Eu cedo este lugar para a professora. (cedo = verbo)
Esperto Experto
Cheguei cedo para a entrevista. (cedo = advérbio de
(perspicaz) (experiente, perito) tempo)

Espiar Expiar
(observar) (pagar pena)
Atenção:
Espirar expirar Existem algumas palavras que pos-
(soprar, exalar) (terminar) suem a mesma escrita (grafia), mas a
pronúncia e o significado são sempre
diferentes. Essas palavras são cha-
Estático extático madas de homógrafas e são uma
(imóvel) (admirado) subclasse dos homônimos.Observe
os exemplos:
Esterno Externo almoço (substantivo, nome da refeição)
almoço (forma do verbo almoçar na 1ª
(osso do peito) (exterior) pessoa do sing. do tempo presente do
modo indicativo)
estrato Extrato
gosto (substantivo)
(camada) (o que se extrai de algo) gosto (forma do verbo gostar na 1ª
pessoa do sing. do tempo presente do
Estremar Extremar modo indicativo)
(demarcar) (exaltar, sublimar)

incerto
Inserto
(não certo, impre-
(inserido, introduzido)
ciso)
Parônimos
incipiente insipiente É a relação que se estabelece entre palavras que pos-
suem significados diferentes, mas são muito pareci-
(principiante) (ignorante) das na pronúncia e na escrita. Veja alguns exemplos
no quadro abaixo.
Laço Lasso
(nó) (frouxo) absolver absorver
(perdoar, inocentar) (aspirar, sorver)
Ruço
Russo
(pardacento, grisa- apóstrofe apóstrofo
(natural da Rússia)
lho) (figura de linguagem) (sinal gráfico)

tacha Taxa Aprender Apreender


(prego pequeno) (imposto, tributo) (tomar conhecimento) (capturar, assimilar)

121
Apostila PRF

arrear arriar esbaforido espavorido


(pôr arreios) (descer, cair) (ofegante, apressado) (apavorado)

ascensão assunção estada Estadia


(subida) (elevação a um cargo) (permanência em um (permanência temporá-
lugar) ria em um lugar)
bebedor Bebedouro
flagrante fragrante
(aquele que bebe) (local onde se bebe)
(evidente) (perfumado)
cavaleiro cavalheiro
Fluir fruir
(que cavalga) (homem gentil)
(transcorrer, decorrer) (desfrutar)
comprimento Cumprimento
fusível Fuzil
(extensão) (saudação)
(aquilo que funde) (arma de fogo)
deferir Diferir
imergir emergir
(atender) (distinguir-se, divergir)
(afundar) (vir à tona)
delatar dilatar
inflação infração
(denunciar) (alargar)
(alta dos preços) (violação)
descrição Discrição
Infligir Infringir
(ato de descrever) (reserva, prudência)
(aplicar pena) (violar, desrespeitar)
Descriminar discriminar
Mandado Mandato
(tirar a culpa) (distinguir)
(ordem judicial) (procuração)
despensa
Dispensa
peão
(local onde se guar- Pião
(ato de dispensar)
dam mantimentos) (aquele que anda a pé,
(tipo de brinquedo)
domador de cavalos)
Docente
discente
Procedente
(relativo a professo- precedente
(relativo a alunos)
res) (proveniente; que tem
(que vem antes)
fundamento)
emigrar Imigrar
ratificar retificar
(deixar um país) (entrar num país)
(confirmar) (corrigir)
Iminência
eminência
recrear recriar
(qualidade do que está
(elevado)
iminente) (divertir) (criar novamente)

Eminente iminente Soar Suar


(elevado) (prestes a ocorrer) (produzir som) (transpirar)

122
Apostila PRF

Sortir Surtir
(abastecer, misturar) (produzir efeito)

Sustar Suster
(suspender) (sustentar)

tráfego Tráfico
(trânsito) (comércio ilegal)

123
Apostila PRF

e)3  {12  7  [14  23  (10  7)  20]  15} 


MATEMÁTICA f )32  {19  8  [7  3  12  (4  10)  8]  20}  30 
g )  60  {[40  15  (10  50)  30]  100} 
h)  18  42  [10  26  11]  15 
1 - NÚMEROS RELATIVOS INTEIROS E FRACIONÁ-
RIOS, OPERAÇÕES E PROPRIEDADES.
Multiplicação de Números Inteiros
Sinais iguais  o produto é positivo

1.1 - Números Inteiros:  5   3  15


Módulo de um Número Inteiro  5   3  15
O módulo de + 8 é 8 e indica-se por |+ 8| = 8

O módulo de - 3 é 3 e indica-se por |- 3| = 3


Sinais diferentes  o produto é negativo
Números Inteiros Opostos ou Simétricos  5   3  15
O oposto de 6 é – 6, ou seja, | 6 | = |- 6| = 6  5   3  15
O oposto de – 9 é 9, ou seja, |- 9| = | 9 | = 9
Multiplicação com mais de dois fatores
Comparação de Números Inteiros
O conjunto dos números inteiros (Z) pode ser re-
 4   3   10   120
presentado por uma reta:  5   8   2   5  400
Propriedades da Multiplicação
-7 -6 -5 -4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4 5 6 7
A multiplicação de dois números inteiros é sempre
um número inteiro;
Ao compararmos dois números inteiros, o maior
A multiplicação de dois números inteiros é cumula-
será sempre o que estiver mais a direita na reta.
tiva;
+7>+3
A multiplicação de três números inteiros é associ-
+5 > 0
ativa;
-2>-6
O número “+ 1” é elemento neutro da multiplicação
Adição de Números Inteiros de números inteiros.

Sinais iguais :
Divisão de Números Inteiros
 3   6   9 Sinais iguais  o quociente é positivo
 3   6   9
 20    10   2
sinais diferentes :
 30    10   3
 3   6   3
Sinais diferentes  o quociente é negativo
 3   6   3
 50    50   1
Subtração de Números Inteiros
 300    60   5
Subtrair dois números inteiros “a” e “b” nessa or- 1.2 - Números Racionais:
dem, significa adicionar “a” ao oposto de “b”.
( 16) - ( 5)  ( 16)  (- 5)   11 Adição e Subtração Algébrica de Números Fracionários:

( 4) - (-1 2)  ( 4)  (1 2)   1 6

124
Apostila PRF

4 3 2 4  6  3  3  2  2 24  9  4 28  9 19 4 4 1 1
a)       :4  
5 10 15 30 30 30 30
10 3 2 10  4  3  1  2  2 40  3  4 39  3 13
8 8 4 8
b)      
3 12 6 12 12 12  3 4
1 2 1 1  2  2  6  1  3 2  12  3 11 Redução de Frações a um mesmo Denominador
c)     
9 3 6 18 18 18 4 6
4 3 1 2 4 3 11 92 4  6  3  3  11  12  92  2 e
d)   2  3      3 2
10 20 5 30 10 20 5 30 60
24  9  132  184 85  5 17 1º) Verificar o menor denominador comum
  
60 60  5 12 M.M.C. (3, 2) = 6

Multiplicação de Números Fracionários: 2º) Multiplicar o numerador de cada fração pelo quociente
1
3 4 6
1 2
1 1 2 7  8 15 entre o denominador comum e o denominador inicial da
a)        fração.
8 2 9 2 7 3 1 4 7 28 28
8 18
2 5 8 2 20 24 20  100  144 24 4 e
b)  4   3        6 6
3 6 5 3 6 5 30 30 5
1 1 5 1 11 14 1 154 15  616  601 2 - MÚLTIPLOS E DIVISORES, MÁXIMO DIVISOR CO-
c)1  2  3       
4 5 3 4 5 3 4 15 60 60 MUM E MÍNIMO MÚLTIPLO COMUM. COMUM.
1 6 1 10 24 10 288  10 278 139
d )4         
3 2 8 9 6 72 72 72 36
2.1 - Números Primos e Compostos:
Divisão de Números Fracionários:
8 4 2 6 8 14 2 10 112 20 10 36  10 26
Em N para que um número seja primo só pode
a)           4   apresentar como divisores a unidade e ele pró-
7 14 3 10 7 4 3 6 28 18 9 9 9
1 2 4 1 3 4 12 2 prio (2 divisores). Em Z um número primo(p) tem
b)       
9 3 5 9 2 5 90 15 4 divisores : -1,-p,1 e p .
 1 3  5 3   1 14  1 1   1 2  1 2 1 2 1
c)                   
 7 14  6 10   7 3  2 2   1 3  4 3 4 12 6 Portanto, são primos em N:
 1 3 5  7   3 2  2 6 8 6 1 6
d )    4       4   
 2 4 2  2   8 5  7
   
 40 7 5 7 35 P  2, 3, 5, 7, 11, 13, 17, 19, 23, 29, ...

São primos em Z:
Tipos de Frações
P   2, 3, 5, 7, 11,  13,  17,  19,  23,  29, ...
 Frações Próprias – o numerador é 4

menor que o denominador 8
1. Reconhecimento de um número primo.
 Frações Impróprias – quando o nu- 6

merador é maior que o denominador 4 41 é primo?
 Frações Aparentes – são as frações
4
impróprias em que o numerador é múl- 
tiplo do denominador 2

 Frações equivalentes – são duas ou 4 2


mais frações que representam a  e
mesma parte da unidade 6 3

Simplificação de Frações Observe que todas as divisões não apresen-


tam restos nulos, portanto, 41 é primo.
Simplificar uma fração é dividir seus termos por um
mesmo número e obter termos menores que os iniciais.
Outro exemplo: 23 é primo?

125
Apostila PRF

Por 4: Um número é divisível por quatro


quando os dois últimos algarismos que formam o
número é divisível por 4.

Exemplo: 1736 ,2072 , 504 , 125648 .

Por 5: Um número é divisível por cinco quando


Observe que todas as divisões não apresen- termina em 0 ou 5.
tam restos nulos, portanto, 23 é primo.
Exemplo: 105 , 1260 , 530 , 485 .

Um número composto é todo número que pode ser de-


composto como um produto de fatores primos. Todo nú- 2.4 - Máximo Divisor Comum e Mínimo Múltiplo Co-
mero que não é primo pode ser decomposto . Exemplo mum:
de números compostos: 4,6,8,9,10,12,14,15,...
Máximo Divisor Comum (MDC)

O MDC de dois ou mais números é o produto


dos fatores primos comuns, elevado ao menor ex-
poente.
2.2 - Decomposição em fatores primos:
Mínimo Múltiplo Comum (MMC)

O MMC de dois ou mais números o produto dos


fatores comuns e não comuns com o maior dentre
seus expoentes.

30  2  3  5 Propriedade:

25  5 2 MDC (a, b) . MMC (a, b)  a . b , com a e b  IN*


1) Dados os números 30 e 25, temos que o seu
MDC e MMC, serão:

50  2  5 2
35  5  7 30  2  3  5
20  2  5
2
25  5 2
2.3 - Divisibilidade: MDC30,25   5

Regras de divisibilidade:
MMC30,25   2  3  5 2  150
2) Dados os números 50, 35 e 20, temos que
Por 2: Um número é divisível por dois quando
o seu MDC e MMC, serão:
é par :

Exemplo: 252 ,1024 ,100 ,58 , 70 .

Por 3: Um número é divisível por três quando


a soma dos algarismos é múltipla de 3.

Exemplo: 234 , 156 , 978 , 1704 .

126
Apostila PRF

50  2  5 2 Definição :
35  5  7 n
a  b  bn  a
20  2 2  5 3
8  2  23  8
MDC50,35,20   5
 1000  10   10   1000
3 3

MMC50,35,20   2  7  5  700 2 2

3 - NÚMEROS REAIS:
Pr opriedades :
Potenciação : 1n a  n b  n a  b
definição : n
2 n a n
a
a  a  a  a  ...  a
n
b b
Propriedades da potenciação : 3n m a  n  m a
mn
a a a
m n

mn
4n  p a m  p  n a m
a a a
m n
n

5
a m  a a a
n m m
n mn

Exemplos :
n n
 a    b  , a  0, b  0 a) 2  3  5  2  3  5  30
    b)3 4  2 5  6 4 2  6 5 3  6 4 2  5 3  6 16  125  6 2000
b a 3
81 81 3
m c) 3  27  3
a  a
m 3 3
n n 3
d )6 1024  6 2 210 2  3 2 5  3 32
Exercícios :
e) 3
64  23 2 6  6 2 6  2
2 4 8 6 2 
a)2  3  2  3
4 6 8
2 3  2 3
12 4
2
3
5 5
3 4 83 82 3
64 4
   2
b) 6  5 3 46   5 7  6  513 f) 1
4 4 2
5 4 2
3 3
 3  5 53 125
c)        4 - EXPRESSÕES NUMÉRICAS.
 5  3
3
3 27
d) 52  5 3 23
5
6 Calcular :
2 a) 5  3 - [20  (14 - 8) - 11] 
e) 73  7
9

b) 13  {10 - [36 - 45 - (10 - 8)  6] - 2} 


4
2 
4   5 3
2
4  53
2
6 c) 40  10 - {7 - [4  (5 - 13) - 9]  18} 
3 2
f)
5
2 2 d) 100 - [200  (80 - 300)] 
e)3  {12  7  [14  23  (10  7)  20]  15} 
f )32  {19  8  [7  3  12  (4  10)  8]  20}  30 
RADICIAÇÃO
g )  60  {[40  15  (10  50)  30]  100} 
h)  18  42  [10  26  11]  15 

127
Apostila PRF

i )5  3[(8  6)  4]  d) B / C

j )12  2{8  4[4  6(9  12)  5]  7}  e) (B/B)


k )60  45  5[7  3(12  8)  7] 
5) Numa adição com três parcelas, o total era 58. So-
l )80  8[10  30(2  4)]  mando-se 13 à primeira parcela. 21 à segunda e sub-
m)5   3   7    20    4  traindo-se 10 da terceira, qual será o novo total?
n) 25   3   35   7  
6) Certo prêmio será distribuído entre três vendedo-
o) 32    4 6  10  (9  6  3)  res de modo que o primeiro receberá R$ 325,00; o se-
gundo receberá R$ 60,00 menos que o primeiro; o ter-
ceiro receberá R$ 250,00 menos que o primeiro e o
EXERCÍCIOS PROPOSTOS: segundo juntos. Qual o valor total do prêmio repar-
tido entre os três vendedores?

1) Observe o diagrama abaixo: 7) Numa adição com três parcelas, o total era 58. So-
mando-se 13 à primeira parcela, 21 à segunda e sub-
traindo-se 10 da terceira, qual será o novo total?

8) Certo prêmio será distribuído entre três vendedo-


res de modo que o primeiro receberá R$ 325,00; o se-
gundo receberá R$ 60,00 menos que o primeiro; o ter-
ceiro receberá R$ 250,00 menos que o primeiro e o
segundo juntos. Qual o valor total do prêmio repar-
Em cada retângulo vazio, escreva um número, de modo
que, da segunda camada mais baixa para cima, o nú- tido entre os três vendedores?
mero em um retângulo seja a soma dos números escritos
nos dois retângulos em que ele se apóia. O valor de x é: 9) Numa subtração a soma do minuendo com o sub-
a) – 36 b) – 27 c) – 8 d) -35 e) 17 traendo e o resto resultou 412. Qual o valor do minu-
endo?
2) Se A, B, e C são inteiros positivos e consecutivos tais
que A < B < C, qual das seguintes expressões corres- 10) Uma pessoa ganha R$ 40,00 por dia de trabalho e
ponde, necessariamente, a um número inteiro ímpar? gasta R$ 800,00 por mês. Quanto ela economizará em
a) ABC; um ano se ela trabalhar, em média, 23 dias por mês?
b) A + B + C;
c) ( A + B ) ( B + C ) 11) O produto de dois números é 620. Se adicionás-
d) A + BC
semos 5 unidades a um de seus fatores, o produto
e) ( AB ) + ( BC )
ficaria aumentado de 155 unidades. Quais são os
dois fatores?
0,7867
3) Se x = 0,7867; y = , e z = ( 0,7867)2 então:
a) x < y < z; b) x < z < y; 12) Um negociante comprou 8 barricas de vinho, to-
das com a mesma capacidade. Tendo pago R$ 7,00 o
c) y < x < z; d) y < z < x; litro e vendido a R$ 9,00, ele ganhou, ao todo, R$
1.760,00. Qual era a capacidade de cada barrica?
e) z < x < y.
13) Renato e Flávia ganharam, ao todo, 23 bombons.
4) (AFC) Os números A, B e C são inteiros positivos Se Renato comesse 3 bombons e desse 2 para Flávia,
tais que A < B < C. Se B é a média aritmética simples eles ficariam com o mesmo número de bombons.
entre A e C, então necessariamente a razão ( Quantos bombons ganhou cada um deles?
B – A ) / ( C – B ) é igual a:
14) O dono de uma papelaria adquiriu um certo nú-
a) A / A mero de pastas escolares que seriam revendidas ao
preço unitário de R$ 5,00. Ao conferir as pastas cons-
b) A / B tatou que entre elas havia 15 com defeito. Fazendo as
contas, descobriu entã que se ele vendesse as pastas
c) A / C

128
Apostila PRF

restantes ao preço unitário de R$ 8,00, a sua margem a) 14,5 b) 15 c) 15,5 d) 16 e) 16,5


de lucro continuaria sendo a mesma de antes. Quan-
tas pastas perfeitas o donop da papelaria recebeu? 25) (CEF) Ao receber moedas como parte de um pa-
gamento, um caixa de uma agência bancária contou
15) Marta, Marisa e Yara têm, juntas, R$ 275,00. Ma- t moedas de 1 real, y de 50 centavos, z de 10 centavos
risa tem R$ 15,00 mais do que Yara e Marta possui R$ e w de 5 centavos. Ao conferir o total, percebeu que
20,00 mais que Marisa. Quanto tem cada uma das três havia cometido um engano: contara 3 moedas de 5
meninas? centavos como sendo de 50 centavos e 3 das moedas
de 1 real como sendo de 10 centavos. Nessas condi-
16) Dois homens, três mulheres e seis crianças con- ções, a quantia correta é igual à inicial.
seguem carregar juntos um total de 69 quilos. Cada
homem carrega tanto quanto uma mulher e uma cri- a) acrescida de R$ 1,35
ança, enquanto cada mulher consegue carregar tanto
quanto três crianças. Quanto cada um deles conse- b) diminuída de R$ 1,35
gue carregar?
c) acrescida de R$ 1,65
17) Do salário de R$ 3.302,00, Seu José transferiu
d) diminuída de R$ 1,75
uma parte para uma conta de poupança. Já a cami-
nho de casa, Seu José considerou que se tivesse e) acrescida de R$ 1,75
transferido o dobro daquele valor, ainda lhe restariam
R$ 2.058,00 do seu salário em conta corrente. De 26) (CEF) Se A é um número compreendido entre 0 e
quanto foi o depósito feito? 1, então é FALSO que:

18) Num atelier de costura empregam-se 4 gerentes, a) 1/A > 1 d) - A > - 1


8 costureiras e 12 ajudantes. Cada gerente ganha por
dia tanto quanto 2 costureiras ou 4 ajudantes. Qual o b) A2 > A e) A 2A = 0,5
valor da diária de cada gerente, costureira e ajudante,
se a folha mensal desta equipe é de R$ 26.400,00? c) 0,9 . A < A

19) Se eu der 4 balinhas a cada um dos alunos de uma 27) Antonio tem 270 reais, Bento tem 450 reais e Car-
classe sobram-me 7 das 135 que eu tenho. Quantos los nada tem. Antonio e Bento dão parte de seu di-
alunos há nesta classe? nheiro a Carlos, de tal maneira que todos acabam fi-
cando com a mesma quantia. O dinheiro dado por An-
20) Quero dividir 186 figurinhas igualmente entre tonio representa, aproximadamente, quanto por
certo número de crianças. Para dar duas dúzias a cento do que ele possuía?
cada criança faltariam 6 figurinhas. Quantas são as
crianças? a) 11,1 d) 35

21) A soma de dois números inteiros e consecutivos b) 13,2 e) 42


é 91. Quais são eles?
c) 27
22) A soma de dois números pares e consecutivos é
28) Qual é o menor número pelo qual se deve multi-
126. Quais são eles?
plicar 84 para se obter um quadrado perfeito?
23) A soma de três números inteiros e consecutivos
a) 18 b) 21 c) 27 d) 35 e) 42
é 249. Quais são eles?
29) Todas as opções abaixo são corretas, exceto:
24) (IBGE) Considere:
a) os trens trafegam no sentido da Estação A para a Es-
2 5 1 3 tação G;
a  ( 2) , b  32 , c  (0,02) e d  1  49
b) somente o trem I pára em todas as estações;
A média aritmética simples dos números a, b, c e d é:
c) somente o trem VI não pára na Estação G;

129
Apostila PRF

d) as viagens dos trens III e IV, entre as estações inicial x  1  x  1  1 , en-


(3) se o número real x  1 é tal que
e final, têm a mesma duração;
tão x  3.
e) caso o trem I pare na estação G às 8h 49 min, estará
34) (PRF) A distância entre duas cidades A e B é de
16 minutos adiantado.
265 metros e o único posto de gasolina entre elas en-
30) Duas grandezas a e b foram divididas, respectiva- contra-se a 3/5 desta distância, partindo de A. O total
mente, em partes diretamente proporcionais a 3 e 4 de quilômetros a serem percorridos da cidade B até
na razão 1,2. O valor de 3a + 2b é: este posto é de:

a) 6,0 d) 14,4 a) 57 b) 106 c) 110 d) 159

b) 8,2 e) 20,4 35) (Metrô) Seja x o número que, somado à sua me-
tade; mais três quartos do quociente de x dividido
c) 8,4 por 9; mais o dobro de sua terça parte, é igual a 16.
Então:
31) Numa pista circular de autorama, um carrinho ver-
melho dá uma volta a cada 72 segundos e um carri- a) x < 5
nho azul dá uma volta a cada 80 segundos. Se os dois
carrinhos partiram juntos, quantas voltas terá dado o b) 5  x < 8
mais lento até o momento em que ambos voltarão a
c) 8  x < 10
estar lado a lado no ponto de partida?

a) 6 b) 7 c) 8 d) 9 e) 10 d) 10  x < 12

32) Considerando a e b quaisquer reais que satisfa- e) x  12


zem à condição 0 a < b, julgue os itens que se se-
RESOLUÇÃO:
guem:
PÁGINA 5
1 1 a b

2 2  a)  5  3 - [20  (14 - 8) - 11] 
(1) 1 a 1 b (2) 1 a 1 b
 5  3 - [20  6 - 11] 
b a  5  3 - 15 

2 2 2 2 2  8 - 15 
a  3b b2  3a | ab|  | a b |
(3) (4)
 -7
33) Julgue os itens que se seguem: ----------------------------------------------------------

(0) para todo número inteiro positivo n, tem-se : b)  13  {10 - [36 - 45 - (10 - 8)  6] - 2} 
 13  {10 - [36 - 45 - 2  6] - 2} 
n  13  {10 - [42 - 47] - 2} 
(1)
2  2  13  {10 - [-5] - 2} 
n
 13  {10  5 - 2} 
(1) se o número real x é tal que - 0,01 < x < 0,002, então  13  {15 - 2} 
0  |x|3 < 8 . 10-9  13  13 
 26
x2
(2) se y  , em que x é um número real, então 0
1  x2
 y  ½.

130
Apostila PRF

c)  40  10 - {7 - [4  (5 - 13) - 9]  18}  h)  18  42  [10  26  11]  15 


 40  10 - {7 - [4  (-8) - 9]  18}   18  42  [21  26]  15 
 40  10 - {7 - [4 - 8 - 9]  18}   18  42  [5]  15 
 40  10 - {7 - [-13]  18}   18  42  5  15 
 40  10 - {7  13  18}   33  47 
 40  10 - {38}   14
 50 - 38  ----------------------------------------------------------
 12 i )5  3[(8  6)  4] 
----------------------------------------------------------  5  3[2  4] 
d)  100 - [200  (80 - 300)]   5  3   2 
 100 - [200  (-220)]   56 
 100 - [200 - 220]   1
 100 - [-20]  ----------------------------------------------------------
 100  20  j )12  2{8  4[4  6(9  12)  5]  7} 
 120  12  2{8  4[4  6(3)  5]  7} 
----------------------------------------------------------  12  2{8  4[4  18  5]  7} 
 12  2{8  4[4  23]  7} 
e)3  {12  7  [14  23  (10  7)  20]  15} 
 12  2{8  4[19]  7} 
 3  {12  7  [14  23  3  20]  15} 
 12  2{8  76  7} 
 3  {12  7  [34  26]  15}   12  2{91} 
 3  {12  7  8  15}   12  182 
 3  {20  22}   170
 3 2  ----------------------------------------------------------
1 k )60  45  5[7  3(12  8)  7] 
----------------------------------------------------------  60  45  5[7  3(4)  7] 
f )32  {19  8  [7  3  12  (4  10)  8]  20}  30   60  45  5[7  12  7] 
 32  {19  8  [7  3  12  (6)  8]  20}  30   60  45  5[2] 
 32  {19  8  [7  3  12  6  8]  20}  30   60  45  10 
 32  {19  8  [25  11]  20}  30   70  45 
 32  {19  8  14  20}  30 
 25
 32  {33}  30 
----------------------------------------------------------
 62  33 
l )80  8[10  30(2  4)] 
 29
 80  8[10  30(2)] 
----------------------------------------------------------
 80  8[10  60] 
g )  60  {[40  15  (10  50)  30]  100} 
 80  8[50] 
 60  {[40  15  40  30]  100}   80  400 
 60  {[40  85]  100}   480
 60  {45  100} 
----------------------------------------------------------
 60  55 
 5

131
Apostila PRF

m)5   3   7    20    4  QUESTÃO 5:
a + b + c = 58
 5  21  5  21
n) 25   3   35   7  
a + 13 + b + 21 + c - 10 = ?
a + b + c + 13 + 21 - 10 =
 75   5  75  5  70 58 + 13 + 21 - 10 =
o) 32    4   6  10 (9  6  3)  = 82

  8   6  10 (9  18) 


 48  10 (9) 
QUESTÃO 6:
1º recebe: R$ 325,00
 38   9  2º recebe: R$ 325,00 - R$ 60,00
 342 3º recebe: (1º) + (2º) - R$ 250,00
Total = (1º) + (2º) + (3º)
T = 325 + (325 - 60) + (325 + 265 - 250)
PÁGINA 5
T = 325 + 265 + 340
T = 930
QUESTÃO 1

QUESTÃO 7:
a + b + c = 58
a + 13 + b + 21 + c - 10 = ?
a + b + c + 13 + 21 - 10 =
58 + 13 + 21 - 10 =
= 82

RESPOSTA: A
QUESTÃO 8:
QUESTÃO 2 1º recebe: R$ 325,00
2º recebe: R$ 325,00 - R$ 60,00
Sendo A  1, B  2 e C  3
3º recebe: (1º) + (2º) - R$ 250,00
( A  B )( B  C )  (1  2)(2  3)  3  5  15
Total = (1º) + (2º) + (3º)
Sendo A  2, B  3 e C  4 T = 325 + (325 - 60) + (325 + 265 - 250)
( A  B )( B  C )  (2  3)(3  4)  5  7  35 T = 325 + 265 + 340
RESPOSTA: C T = 930

QUESTÃO 3 QUESTÃO 9:

0,252  0,0625 0,25  0,5


m + s + r = 412
Numa subtração temos que:
logo : 0,25   0,25 
2
0,25 m-s=r
conclusão : z  x  y onde: m = minuendo
RESPOSTA: E s = subtraendo
r = resto
QUESTÃO 4: m  s  r  412
AC A  C  2A 
B-A
 2
A
 2 
CA

2
1
A m  s  r
C-B C  AC 2C  A  C 2 CA A
2 2

132
Apostila PRF

2m  r  412  r Flávia ganha 2


R-5=F+2
2m  412  r  r
logo:
2m  412 R-F=5+2

m  412  2 R - F = 7 (eq. B)
somando-se eq. A e eq. B:
m  206
R  F  23
QUESTÃO 10: R  F  7
23 dias no mês R$ 800,00 (gastos)
2R  30
1 dia = R$ 40,00 economia mensal:
em um mês: 920 - 800 = 120 R  30  2  15
23 x 40 = 920 economia anual:
Calculando F :
R$ 920,00 (ganhos) 120 x 12 = 1440
R$ 1440,00 R  F  23

QUESTÃO 11:
F  23  R  23  15  8 Questão 11
a . b = 620 (eq 1)
(a + 5) . b = 620 + 155 QUESTÃO 14
a . b + 5b = 620 + 155 N = nº de pastas
da eq. 1, temos a . b = 620 x = nº de pastas vendidas por R$ 8,00
logo: N - x - 15 = número de pastas vendidas por R$ 8,00
620 + 5b = 620 + 155 N - x - 15 = número de pastas vendidas por R$ 5,00
5b = 155 5N = 8x + 5(N - x - 15)
b = 155  5 5N = 8x + 5N - 5x - 75
b = 31 - 8x + 5x = - 75
Calculando “a”: - 3x = - 75
a . b = 620  75
a . 31 = 620 x  25
3
a = 620  31 = 20
As 15 pastas com defeito corresponde a 3x.
QUESTÃO 12:
Obs.: Não é possível identificar N pois é anulado na
compra = R$ 7,00/litro
equação.
venda = R$ 9,00/litro
lucro = 9 - 7 = R$ 2,00
QUESTÃO 15
Total de litros:
Marta = M
1 liro R$ 2,00 Marisa = m

x R$1760,00 Yara = y
M + m + y = 275
1760
x  880 litros m = y + 15
2 M = m + 20 = y + 35
logo:
QUESTÃO 13 M + m + y = 275
R + F = 23 (eq. A) y + 35 + y + 15 + y = 275
Renato perde 5 3 y + 50 = 275
3 y = 275 - 50

133
Apostila PRF

y = 225 3 = 75
Calculando as partes de: QUESTÃO 19
m (Marisa) 135 = 4A + 7
m = y + 15 = 75 + 15 = 90 135 - 7 = 4A
M (Marta) 128 = 4A
M = y + 35 = 75 + 35 = 110 logo:
128
QUESTÃO 16 A  32 alunos
4
2H + 3M + 6C = 69
H = M + C = 3C + C = 4C
QUESTÃO 20
M = 3C
186 = 24 . C - 6
substituindo-se:
186 + 6 = 24C
2 (4C) + 3 (3C) + 6C = 69
24C = 192
8C + 9C + 6C = 69
23C = 69 192
C 8
C = 69 23 = 3 quilos 24
H = 4C = 4 . 3 = 12 quilos
M = 3C = 3 . 3 = 9 quilos QUESTÃO 21
x + x + 1 = 91
QUESTÃO 17 2x = 91 - 1
P = valor transferido para poupança. 2x = 90
3302 - 2P = 2058 x = 45
3302 - 2058 = 2P x + 1 = 45 + 1 = 46
1244 = 2P
logo: QUESTÃO 22
1244 x + x + 2 = 126
P  622 2x = 126 - 2
2 2x = 124
x = 124 2 = 62
QUESTÃO 18 x + 2 = 62 + 2 = 64
4G + 8C + 12A
G = 2C = 4A QUESTÃO 23
logo: C = 2A x + x + 1 + x + 2 = 249
folha mensal = 26.400 3x + 3 = 249
folha diária 3x = 249 - 3
26400 3x = 246
 880 x = 246 3 = 82
30
4G + 8C + 12A = 880 x + 1 = 82 + 1 = 83

4 . 4A + 8 . 2A + 12A = 880 x + 2 = 82 + 2 = 84

16A + 16A + 12A = 880


44A = 880 QUESTÃO 24
A = 880 44 = 20
2
G = 4A = 4 . 20 = 80 a  ( 2) 4
C = 2A = 2 . 20 = 40

134
Apostila PRF

b  5 32  2 QUESTÃO 29
1 solução:
1  2  100
c  (0,02)     50 trem III = 9h 26 min
 100  2 6h 00 min
3h 26 min
3
d  1  49  3 1  7  3 8  2 trem IV = 9h 36 min
6h 12 min
4  2  50  2 58
  14,5 3h 24 min
Média= 4 4 QUESTÃO 30
a b
  1,2
QUESTÃO 25 3 4
1t + 50y + 10z + 5w - errado a = 3 . 1,2 = 3,6
1(t + 3) + 50(y - 3) + 10(z - 3) + 5 (w + 3) - correto b = 4 . 1,2 = 4,8
diferença: 3a + 2b
3 . 1 - 3 . 0,50 - 3 . 0,10 + 3 . 0,05 3 . 3,6 + 2. 4,8
3 - 1,50 - 0,3 + 0,15 = 1,35 10,8 + 9,6 = 20,4

QUESTÃO 26 QUESTÃO 31
Supondo A = 0,5
1 1 80,72 2
  2 1
A 0,5 40,36 2
2 2
20,18 2
(0,5)  0,5  A  A 10,9 2
5,9 3
QUESTÃO 27 5,3 3
Antonio = 270 - x 5,1 5
Bento = 450 - y 1,1 720
Carlos = x + y Carri n h o1 :
270 - x = 450 - y = x + y 720
 1 0 v o l t as
270 x  x  y  2x  y  270 72
270 x  450 y  x  y  180
3x  90 Carri n h o2 :
720
x  30  9 v o l t as
80

QUESTÃO 28
Resolução: QUESTÃO 32
0 a<b
84 2 84 = 22 . 3 . 7
Para verificar cada item suponha que a = 1 e b = 2.
42 2
item (1): (FALSO)
21 3
7 7
1
para obter quadrado perfeito temos que multiplicar por
3 e 7.

135
Apostila PRF

1 1 2
 y 
10

100
 0,9
2 2
11 1 2 1  10
2 101

1 1 item (3): (FALSO)


 (falso)
2 5 x 1  x 1  1
item (2): (VERDADEIRO)
x  3 4  2  1 (V)
1 1
 x  4 5  3  1 (V)
11 1 2
1 2 x 5 6  4  1 (V)
 (verdade)
2 3
item (3): (VERDADEIRO)
QUESTÃO 34
2 1
 3
2 2 2 2  265km159km
1  32 2  3 1 5
2 1

13 7 QUESTÃO 35
x 3 x x
0,15... 0,14... (verdade) x    2   16
2 4 9 3
x x 2x
item (4): (VERDADEIRO) x    16
2 12 3
|1 - 2| < |12 - 22| 12 x  6 x  x  8 x 192

| - 1| < | 1 - 4| 12 12
| - 1| < | - 3| 27 x  192
+1<+3 192
x
27
x  7,11
QUESTÃO 33
item (0): (VERDADEIRO)
N {1, 2, 3, 4...}
5 - EQUAÇÕES E SISTEMAS DE EQUAÇÕES DE 1º
n GRAU.
1
1
n 5.1 – Equações do 1º Grau
n
1
não pode ser zero ou negativo logo : Denominamos equações do primeiro grau às equações
n
redutíveis à forma:
n ax + b = 0
1
2  2
n (com a  0)

item (1): (FALSO) Exemplos :


se x = - 0,009 = - 9 . 10-3 2x  3  0
|x|3 > 8 . 10-9 5x  4  2x  3
| - 9 . 10-3|3 = 729 . 10-9
2  4y  8y  9
item (2): (FALSO)
se x = 10 4z  3  9z

136
Apostila PRF

Raiz de uma Equação: 4) Três números pares e consecutivos soma 702. Deter-
mine o menor deles.
1º caso :
ax  b  0 ) Três números ímpares e consecutivos somam 831. De-
termine o maior deles.
sendo a  0 e b  0
raizes : 6) A soma de 11 números consecutivos deu 198. Deter-
0x  0  0 mine o maior deles.
0x  0 7) Qual é o número cujo triplo excede de 16 a sua Terça
0 parte?
x  (indetermin ação)
0
8) A soma de um número com a sua terça parte é igual à
log o :
metade desse número acrescida de 30. Qual é esse nú-
S R mero?
2º caso : 9) Encontrar dois números consecutivos cuja soma seja
ax  b  0 igual a 2/3 do menor com 9/7 do maior.
sendo a  0 e b  0
10) Liquidaram-se três contas com a quantia total de R$
raizes : 1.300,00. A primeira foi paga com tanta notas de R$
0x  b  0 50,00 quantas a Segunda de R$ 10,00 e a terceira de R$
0x  -b 5,00. Qual é o valor da menor das três contas?
-b
x (impossível ) 11) Certa quantia foi dividida em partes iguais entre dois
0 irmãos. Atualmente, a parte do mais velho está aumen-
log o : tada de 2/7 e a parte dos mais moço, diminuída de 3/5 do
S  valor inicial. Sabendo-se que o mais velho tem R$
6.200,00 mais do que o mais moço, quanto tem hoje, este
3º caso : último?
ax  b  0
5.2 - Sistema de Equações do 1º Grau com duas Vari-
sendo a  0 áveis
raiz : Um sistema de equações com duas variáveis, x e y, é um
conjunto de equações do tipo
ax  b  0
ax  -b ax + by = c onde (a, b, c  R ) ou de equações redutíveis
b a esta forma.
x
a Exemplos :
b
S { } 2 x  3 y  0
a a)
5 x  2 y  7
 4 x  3 y  2
b) 
EXERCÍCIOS PROPOSTOS: x  2 y  6

1) Qual é o número que adicionado a 5 é igual à sua me- Resolução Algébrica


tade mais 7? a) método da adição:
2) O triplo de um número, menos 49, é igual à sua metade
mais 20. Qual é este número?

3) Três números consecutivos somam 369. Determine o


maior deles.

137
Apostila PRF

 x  2 y  10  x  2 y  10
 
x  y  1 x  y  1
resolução : separando - se x na 2º equação :
 x  2 y  10 x y 1

 x  y  1 2  x  1 y
substituin do - se x por 1  y na 1º equação
 x  2 y  10
 x  2 y  10
2 x  2 y  2 1  y  2 y  10
3 x  0 y  12
3 y  10  1
3 x  12 3y  9
12 9
x y
3 3
x4 y3
x  y 1 calculando - se o valor de x :
4 y 1 x  1 y
 y  1  4  1 x  1 3
y  1  4 x4
y3 S  4,3
S  4,3

Sistema Indeterminado

b) método da substituição: Se, ao tentarmos encontrar o valor de uma das va-


riáveis, chegarmos a uma expressão do tipo 0 = 0 ou 3 =
3 ou qualquer outra que expresse uma sentença sempre
verdadeira, o sistema terá infinitas soluções e diremos
que ele é possível mas indeterminado.

Sistema Impossível
Se, ao tentarmos encontrar o valor de uma das variáveis,
chegarmos a uma expressão do tipo 0 = 3 ou 2 = 5 ou
qualquer outra que expresse uma sentença sempre falsa,
o sistema não terá qualquer solução e diremos que ele é
impossível. O conjunto-solução de um sistema impossí-
vel é vazio.

Exercícios

x  y  5
1) 
x  y  1

x  2 y  1
2) 
2x  y  7

138
Apostila PRF

x  2y  11 QUESTÃO 1
3) 
x  y  5 x
x5  7
2
x
x  75
3x  7y  13 2
4) 
4 x  5 y  3 x
x  2
2
2x  x 4
5) Dividir o número 120 em duas partes, tais que a maior 
2 2
exceda a menor em 30 unidades.
x4

6) Dois números são tais que se multiplicando o maior


por 5 e o menor por 6 os produtos serão iguais. O menor,
QUESTÃO 2
aumentando de 1 unidade, fica igual ao maior, diminuído
de 2 unidades. Quais são estes números? x
3 x  49   20
2
x
7) Numa gincana cultural, cada resposta correta vale 5 3x   49  20
pontos, mas perdem-se 3 pontos para cada resposta er- 2
rada. Em 20 perguntas, minha equipe só conseguiu 44 x
3 x   69
pontos. Quantas perguntas ela acertou? 2
6 x  x 138
8) Somando-se 8 ao numerador, uma fração fica equiva- 
2 2
lendo a 1. Se, em vez disso, somássemos 7 ao denomina- 5 x  138
dor, a fração ficaria equivalente a 1/2. Qual a fração origi-
138
nal? x
5
9) Num quintal encontram-se galinhas e coelhos, num total
de 30 animais. Contando os pés seriam ao todo, 94. Quan-
tos coelhos e quantas galinhas estão no quintal?
QUESTÃO 3
10) Quando o professor Oliveira entrou na sala dos profes-
sores, o número de professores presentes ficou igual ao
triplo do número de professoras. Se, juntamente com o
professor, entrasse também uma professora, o número x   x  1   x  2   369
destas seria a metade do número de professores (ho-
3 x  3  369
mens). Quantos professores (homens e mulheres) esta-
vam na sala após a chegada do professor Oliveira? 3 x  369  3
3 x  366
11) A soma dos valores absolutos dos dois algarismos de
366
um número é 9. Somando com 27, totaliza outro número, x
representado pelos mesmos algarismos dele, mas na or- 3
dem inversa. Qual é este número? x  122
x  1  123
x  2  124 ( maior )

RESOLUÇÃO:

QUESTÃO 4

EQUAÇÕES DO PRIMEIRO GRAU:

139
Apostila PRF

x   x  2    x  4   702 x
3x   16
3 x  6  702 3
3 x  702  6 9 x  x 48

3 x  696 3 3
696 8 x  48
x
3 x6
x  232 (menor )
x  2  234
x  4  236 QUESTÃO 8

x x
x   30
3 2
x x
QUESTÃO 5 x    30
3 2
x  1  x  3  x  5  831 6 x  2 x  3 x 180

3 x  9  831 6 6
5 x  180
3 x  831  9
180
3 x  822 x  36
5
822
x
3 QUESTÃO 9
x  274
2 x 9x  1
x  1  275 x  x 1  
3 7
x  3  277 2x 9x  9
x  5  279 (maior ) 2x  1  
3 7
42 x  21 14 x  27 x  27

21 21
QUESTÃO 6 42 x  14 x  27 x  27  21
x  x  1  x  2  ...  x  10  198 x6
11x  (1  2  3  ...  10)  198
 1  10 
11x     10  198 QUESTÃO 10
 2 
11x  55  198 50 x  10 x  5 x  1300
11x  198  55 65 x  1300
11x  143 1300
143 x
x 65
11 x  20 notas
x  13
x  10  13  10  23 (maior )

QUESTÃO 11

QUESTÃO 7

140
Apostila PRF

 2x   3x  Separando x na primeira equação :


 x     x    6200
 7   5  x  1 - 2y
2x 3x Substituin do na segunda equação :
x x  6200
7 5 21 - 2y   y  7
10 x  21x 35  6200
 2  4y  y  7
35 35
31x  35  6200  5y  7  2
35  6200  5y  5
x  7000
31 5 y  5
Quantia do mais moço : 5
3x 3  7000 y  1
x-  7000   7000  4200  2800 5
5 5 x  1  2 y  1  2 1  1  2  3
S  3,1

SISTEMA DE EQUAÇÕES COM DUAS VARIÁVEIS: QUESTÃO 3:

2º equação :
QUESTÃO 1: x y 5
x  5 y
Separando x na segunda equação :
1º equação :
x-y 1
x  2 y  11
x  y -1 5  y  2 y  11
Substituin do x na 1º equação : 3 y  11  5
xy5 3y  6
y -1  y  5 6
y 2
2y  5  1 3
6 x  5 y  52  7
y 3
2 S  7,2 
x  y 1  3 1  2
S  2,3
QUESTÃO 4:

Solução:

QUESTÃO 2:

141
Apostila PRF

3 x  7 y  13 4 5 y  6 x
 
4 x  5 y  3  - 3 x  1  y  2
 12 x  28 y  52 x 1  y  2

 12 x  15 y  9 x  y  2 1
- 43y  43 x  y 3
y
43
 1 
- 43 5 y  6x
3 x  7 y  13
5 y  6 y  3
3 x  7(1)  13
5 y  6 y  18
3 x  7  13
5 y  6 y  18
3 x  13  7
3x  6  y  18
6 y  18
x 2
3 
S  2,1 x  y 3
x  18  3  15
QUESTÃO 5:

 x  y  120 S  15,18 

 y  x  30
x  y  120
x  x  30  120 QUESTÃO 7:
2 x  120  30 x  resposta certa.
2 x  90 y  resposta errada.

x
90
 45 x  y  20

2 5x - 3y  44
y  x  30  45  30  75 x  20  y
S  45,75  
520  y   3 y  44
100  5 y  3 y  44
QUESTÃO 6:  8 y  44  100
 8 y  56
8 y  56
y7

x  20  7  13

QUESTÃO 8:

142
Apostila PRF

x 8 x  professores.
 y 1
 y  professoras.

 x 1 x  1  3y
 y  7 2 
x  1  2y  1
x  8  y
 
2 x  y  7
x  3y 1

2x  x  8  7

2 x  x  15 x 1  2y  2
x  15 3y 1  1  2 y  2
 3y  2 y  2
y  x  8  15  8  23 y2

x  3y 1  3  2 1  5
QUESTÃO 9:
QUESTÃO 11:
 x  y  30   2 
 x  y  9
4 x  2 y  94 
 2 x  2 y  60 10 x  y  27  10 y  x
 
 4 x  2 y  94
______________ x  9 y
 2x  34 
x  17 109  y   y  27  10 y  9  y
--------------- 90  10 y  y  27  10 y  9  y
x  y  30 117  9 y  9 y  9
17  y  30  9 y  9 y  117  9
y  30 - 17  13  18 y  108
--------------- 18 y  108
Coelhos  17 108
Galinhas  13 y 6
18

x  9 y  96  3
QUESTÃO 10:
Os números são 36 e 63.

6 - SISTEMAS DE MEDIDA DE TEMPO.

1 DIA = 24 HORAS
1 HORA = 60 MINUTOS
1 MINUTO = 60 SEGUNDOS

143
Apostila PRF

Para transformar um certo tempo dado na forma fraci- 7 - SISTEMA MÉTRICO DECIMAL.
onária, para a forma tradicional, faz-se uma divisão in-
Medida de comprimento:
teira, convertendo-se os restos para a unidade imedi-
atamente inferior. No sistema métrico decimal, a unidade fundamental
para medir comprimento é o metro (m).
Exemplo:

Quilômetro km 1.000 m

Múltiplos Hectômetro hm 100 m

Decâmetro dam 10 m
Unidade
Metro m 1m
Fundamental
Exemplo: Decímetro dm 0,1 m

Submúltiplos Centímetro cm 0,01 m

Milímetro mm 0,001 m

Transforme :
a) 3,25 km em cm :
b) 2006 m em km :
c) 0,0009 km em mm :
d) 413 dm em dam :
e) 5420000 mm em hm :
Exemplo: f) 0,000625 km em cm :
Gabarito:

GABARITO
a) b) c) d) e) f)
325000 2,006 900 4,13 54,2 62,5

Expresse em m as seguintes medidas:


a) 11,5 cm :
Exemplo: b) 246 mm :
c) 20,34 hm :
d) 1003,6 mm :

GABARITO
a) 0,115 b) 0,246 c) 2034 d)
1,0036

Responda:
a) Quantos cm há em 3/5 de m?
Exemplo: b) Quantos metros há em 9/2 de km?
c) Quantos km há em 18/15 de m?

GABARITO
a) 60 b) 4500 c)
0,0012

Medida de Superfície
No sistema métrico decimal, a unidade fundamental
para medir superfície é o metro quadrado (m²).

144
Apostila PRF

km² 1.000.000 m² Um terreno de 300ha é maior que um terreno de240ha.


Múltiplos hm² 10.000 m²
dam² 100 m² 4) Um terreno de 25.000 m² está a venda por R$
Unidade 50.000,00. Qual é o valor de 1 ha desse terreno?
m² 1 m² Solução:
Fundamental
dm² 0,01 m²
Submúltiplos cm² 0,0001 m²
mm² 0,000001 m²

Transforme:
a) 36 m² em dm2 :
b) 64 m² em km2 : O valor de 1 ha desse terreno é R$20.000,00.
c) 10,7 m² em cm² :
d) 30.000 m² em km² :
e) 1,35 km² em m² : UNIDADES DE MEDIDA DE VOLUME
f) 5.625.400 mm² em dm² :
A unidade fundamental para medir volume é metro
cúbico (m³).
GABARITO
a) b) c) d) e) f)
km³ 1.000.000.000 m³
3600 0,00006 10700 0,03 135000 562,5
4 0 Múltiplos hm³ 1.000.000 m³
0 4
dam³ 1.000 m³
Unidade
m³ 1 m³
As Medidas Agrárias Fundamental
Hectare (ha) é a unidade agrária padrão. dm³ 0,001 m³
É a medida de superfície de um quadrado de 100 m Submúltiplos cm³ 0,000001 m³
de lado. mm³ 0,000000001 m³
Em alguns estado do Brasil utiliza-se o alqueire (uni-
dade não legal). 1) Transforme em m³:
1 alqueire mineiro = 48.400 m² a) 1860 dm³
1 alqueire paulista = 24.200 m² b) 1.512.600 mm³
c) 2.000.000 dm³
1) Faça as transformações:
a) 3,5 ha em m² GABARITO
b) 6,0 alqueires paulistas em m²
a) 1,86 b)
c) 70 alqueires mineiros em ha c) 2000
d) 30 ha em km² 0,0015126
e) 5.000 m² em há
2) Quantos dam³ há em 2500 cm³?
GABARITO Solução:
a)35000 d)0,03 e)0,5
b)145200 c)338,8
3) O volume inicial de um tanque é 6 m³ de ar. Cada golpe
2) A medida do Distrito Federal é 5.814 km². Qual é a de uma bomba de vácuo extrai 600 dm³ de ar desse tan-
medida dessa superfície em ha? que. Após o 5º golpe da bomba, quantos m³ de ar perma-
Solução: necem no tanque?
Solução:

3) O que é maior, um terreno de 300 ha ou um terreno de


2,4 km²?
Solução:

UNIDADES DE MEDIDA DE CAPACIDADE

145
Apostila PRF

A unidade fundamental para medir a capacidade de


um sólido é o litro (  ).
1 litro = 1 dm³
3) Uma lata cilíndrica tem 15 cm de altura e o raio de base
mede 5 cm. Quantos ml de água, aproximadamente, ca-
Quilolitro k 1.000 m bem nesta lata?
Múltiplos Hectolitro h 100 m Solução:
Decalitro da  10 m
Unidade
Litro  1m 4) O tanque em um automóvel de passeio tem 1,25 m de
Fundamental
comprimento, 0,30 m de largura e 0,20 m de altura e está
Decilitro d 0,1 m
totalmente cheio. Durante uma viagem, gastou-se 2/4 da
Submúltiplos Centilitro c 0,01 m capacidade do tanque. Quantos litros restaram no tan-
Mililitro m 0,001 m que?
Solução:
1) Transforme em :
a) 640000 m 
b) 1545 c 
c) 7375 dm³
d) 32000 cm³ 5) Quantos litros d’água comporta, aproximadamente,
Gabarito: uma caixa-d’água cilíndrica com 3 m de diâmetro e 80 cm
a)640 de altura?
Solução:
b)15,45

c)7375
UNIDADES DE MEDIDA DE MASSA
d)320
Quilograma (kg).
1kg = 1 dm³ (água destilada a 4° C)
2) Uma garrafa pequena de guaraná tem capacidade de A unidade principal é o grama (g).
Outras unidades muito usadas são:
390 m . Quantos litros cabem nessa garrafa?
tonelada (t) = 1.000 kg
Solução: quilate = 0,2 g

Quilograma kg 1.000 g
3) Devem ser distribuídos 84000 m de certa substância Múltiplos Hectograma hg 100 g
líquida em frascos de 100 cm³ cada um. Quantos frascos
Decagrama dag 10 g
serão necessários?
Solução: Unidade
Grama g 1g
Fundamental
Decigrama dg 0,1 g
Submúltiplos Centigrama cg 0,01 g
Miligrama mg 0,001 g
PROBLEMAS ENVOLVENDO VOLUME E CAPACIDADE
1) Expresse em gramas as seguintes medidas:
1)Um reservatório tem 20m de comprimento, 14m de lar- a) 13,2 kg
gura e 5 m de profundidade. Quantos litros de água são b) 28600 mg
necessários para encher 2/3 desse reservatório? c) 3/4 kg
Solução: d) 20 quilates

GABARITO
a) 13200 d) 4
b) 28,6 c) 750
2) Quantos litros de uma substância líquida podem ser
colocados num recipiente cúbico de 200 cm de aresta? 2) A massa de uma carga é de 45.000 kg. Quantas tone-
Solução: ladas tem essa carga?

146
Apostila PRF

Solução: O quociente entre dois números quaisquer,


não necessariamente inteiro, chama-se razão. A
razão entre duas grandezas é uma generalização
3) Um anel é formado por 40 brilantes, de 4 quilates cada do conceito de fração. Sendo a e b as duas gran-
um. Se o grama de brilhante custa R$ 2.400,00, qual é o dezas anotamos a razão de a para b como a:b. a
preço desse anel? é chamado também de antecedente e b de con-
Solução: seqüente.

Razão do número a para o número b


o quociente de a por b, isto é:

ou a: b
Uma Relação Importante
Exemplos:
Volume Capacidade Massa
1) A razão de 8 para 2 é , que é igual a 4.
1 dm³ 1 1 kg
2) A razão de 50 para 20 é , que é igual a
2,5.
1) Quantas toneladas há em 80 m³ de certa substância
se em cada dois litros dessa substância há 1 kg?
Solução:
8.2-Razões inversas:

Duas razões são inversas entre si quando uma


é igual ao inverso multiplicativo da outra.

Note que:
2) Um metro cúbico corresponde à figura de um cubo que
se a e b são números reais não-nulos, então
tem quantos dm de aresta?
são razões inversas;
Solução:

a b
Cubo com 10dm de aresta.  1
b a
3) Uma laje de concreto é um bloco retangular de 10 m
de comprimento por 4,5 m de largura. Se a espessura da
laje é de 20 cm, calcule: Exemplo:
a) O volume, em m³, de concreto usado nessa laje.
Solução: 6 10
As razões e são chamadas inversas
10 6
entre si.
b) A massa dessa laje, considerando que 1 dm³ de laje
corresponde a 1,2 kg.
6 1
Solução: Note que:  , isto é, uma das razões é
10 10
6
igual ao inverso multiplicativo da outra.

Exercícios:

1). Os números 2a + b e a + b formam, entre


6
8 - NÚMEROS E GRANDEZAS DIRETAMENTE E IN- si uma razão de .
VERSAMENTE PROPORCIONAIS. 5

8.1-Razões:

147
Apostila PRF

Pode-se afirmar que, se a e b não são nulos, A razão de 5 para 4 e a razão de 15 para 12
então: exprimem mesmo quociente, então dizemos que
essas razões formam uma proporção.
a) a = b
Lemos:
b
b) a = 5 está para 4, assim como, 15 está para 12.
2

b
c) a = Genericamente:
3
Os números a, b, c e d, todos diferentes de
b zero, formam nessa ordem uma proporção se, e
d) a =
4 a c
somente se, a razão é igual à razão .
e) a = 4b b d
Solução: Essa proporção é indicada por:

2a  b 6 a c
 
ab 5 b d
52a  b   6a  b 
onde a e d são chamadas extremos e b e c são
10 a  5b  6a  6b chamados meios.
10 a  6a  6b  5b
Exemplo:
4a  b
b 20 1
a A razão de 20 para 40 é , que é igual a ;
4 40 2
2) Duas grandezas a e b foram divididas, respec-
15 1
tivamente, em partes diretamente proporcionais A razão entre 15 e 30 é , que é igual a .
a 3 e 4 na razão 1,2. O valor de 3a + 2b é: 30 2

20 15
a) 6,0 b) 8,2 c) 8,4 d) 14,4 e) 20,4 Logo,  .
40 30
Solução: Portanto, os números 20 , 40 , 15 e 30 formam,
nessa ordem, uma proporção.
a b
  1,2 Propriedade Fundamental das Proporções
3 4
a Em toda proporção, o produto dos extremos é
 1,2  a  3  1,2  3,6
3 igual ao produto dos meios.
b
 1,2  b  4  1,2  4,8 Assim, se a, b, c e d são números reais não-
4 nulos e formam, nessa ordem, uma proporção,
3a  2b  3  3,6  2  4,8  10,8  9,6  20,4 então a . d = b . c:

8.3 - Proporções: a c
  ad  bc
Uma igualdade entre duas razões é dita “pro- b d
porção” observe:
Exemplo:

148
Apostila PRF

4 12 do prejuízo acumulado de R$ 32.000,00. Sa-


 formam uma proporção, pois bendo que esse prejuízo foi dividido entre os só-
9 27 cios proporcionalmente ao tempo de permanên-
4  27  9  12 cia de cada sócio na sociedade, assinale a opção
correta.
Propriedade das Proporções Múltiplas
a) Pedro arcou com 50% do prejuízo.
Somando-se ou subtraindo-se os numeradores
de uma proporção, em qualquer ordem, e fazendo b) Paulo arcou com 30% do prejuízo.
o mesmo com os respectivos denominadores, a
proporção se manterá: c) Padilha arcou com 20% de prejuízo.

Exemplo: d) A soma dos prejuízos de Paulo e de Padilha


corresponde a mais de 50% do prejuízo total.
4 12
Se  , obteremos uma nova razão fa- e) A diferença entre os prejuízos de Pedro e de
9 27
4  12 4 12 4  12 4  12
zendo ou    ou ainda
9  27 9 27 9  27 9  27 Padilha corresponde a menos de 20% do prejuízo
4 12 16  8 que guarda evidente proporção
   total.
9 27 36  18
com as razões anteriores. Solução:

x y z x yz 32000
     500
15 21 28 15  21  28 64
8.4 - Divisão em partes diretamente proporci-
x
onais:  500  x  15  500  7500 ( Padilha)
15
Para se dividir um certo valor em partes pro- y
porcionais (ou em partes DIRETAMENTE PRO-  500  y  21  500  10500 ( Paulo)
21
PORCIONAIS) basta escrever a proporção, como
z
fizemos até agora.  500  z  28  500  14000 ( Pedro)
28
Exemplos: A soma dos prejuízos de Paulo e de Padilha
correspond e a mais de 50% do prejuízo total
1) Dividir o nº 420 em três partes diretamente proporcio-
nais a 2, 3 e 5. 32000
pois 7500  10500 
2
Solução:

x y z x  y  z 420 8.5 - Divisão em partes inversamente propor-


     42
2 3 5 235 10 cionais:
x
 42  x  2  42  84
2 Dividir um número em partes inversa-
y mente proporcionais a outros números dados
 42  y  3  42  126 é achar parcelas desse número que sejam
3
z diretamente proporcionais aos inversos dos
 42  z  5  42  210 números dados e que, somadas, reproduzam
5
o número.
2) A sociedade criada por Pedro, Paulo e Padilha
não durou muito. Padilha permaneceu na socie- Consideremos, agora, o inverso dos números
dade por 15 meses e Paulo, 21, Pedro, único só- dados. No restante, mantém -se o que foi visto.
cio que nunca deixara a sociedade, extinguiu a
empresa 28 meses após a sua criação, por causa Exemplo:

149
Apostila PRF

1)Dividir o nº 7400 em partes inversamente


x y z x yz
proporcionais a 8, 10 e 12.   
1 1 1 1 1 1
Solução: 8 12 24  
8 12 24
600 600 24
x

y

z

x yz    600   2400
1 1 1 1 1 1 3  2 1 6 6
8 10 12  
8 10 12 24 24
7400 7400 120 x 1
   7400   24000  2400  x   2400  300
15  12  10 37 37 1 8
120 120
8
y 1
x 1
 24000  x   24000  3000  2400  y   2400  200
1 8 1 12
8 12
y 1 z 1
 24000  y   24000  2400  2400  z   2400  100
1 10 1 24
10 24
z 1
 24000  z   24000  2000 Re sposta item D
1 12
12
9 - REGRA DE TRÊS SIMPLES
2) Para estimular a assiduidade, uma professora
primária promete distribuir 600 figurinhas aos 1) Cem quilogramas de arroz com casca fornecem 96 kg
alunos de suas três classes. A distribuição será de arroz sem casca. Quantos quilogramas de arroz com
feita de modo inversamente proporcional ao nú- casca serão necessários para produzir 300 kg de arroz
mero de faltas de cada classe durante 1 mês. sem casca?Resolução:
Após esse tempo, as falta foram: 8, 12 e 24.
Solução:
Achar a quantidade de fig urinhas que cada
classe recebeu:

a) 100, 200, 300 b) 100, 300, 200


c) 200, 300, 100 d) 300, 200, 100
e) 300, 100, 200
Solução:
100 96
  x  312,5 quilos
x 300

2) Em 8 dias, 5 pintores pintam um prédio inteiro. Se fos-


sem 3 pintores a mais, quantos dias seriam necessários
para pintar o mesmo prédio?

Solução:

150
Apostila PRF

8 8

x 5
logo x  5 dias

x 78
  12x  780
3) Um veículo trafegando com uma velocidade média de 10 12
60 km/h, faz determinado percurso em duas horas.
Quanto tempo levaria um outro veículo para cumprir o
x  65
mesmo percurso se ele mantivesse uma velocidade mé-
dia de 80 km/h?
6) Qual é a altura de um edifício que projeta uma sombra
Solução: 2 horas = 120 minutos
de 12m, no mesmo instante, uma estaca vertical de 1,5m
projeta uma sombra de 0,5m?

Solução:::R

120 80

x 60
8 x  7 2 0 x  9 0 min
o u x  1 h 3 0 min H 12
  0,5H  18
1,5 0,5
H  36 m
4) Uma roda d’água dá 390 voltas em 13 minutos. Quan-
tas voltas terá dado em uma hora e meia? 7) Um comerciante comprou duas peças de um mesmo
tecido. A mais comprida custou R$ 660,00 enquanto a
R Solução:: outra, 12 metros mais curta, custou R$ 528,00. Quanto
media a mais comprida?

R Solução:

390 13
  x  2700 voltas
x 90
660 x

528 x  12
5) Duas rodas dentadas estão engrenadas uma na outra.
6 6 0 x 7 9 2 0  5 2 8 x
A menor delas tem 12 dentes e a maior tem 78 dentes.
Quantas voltas terá dado a menor quando a maior der 10 6 6 0 x 5 2 8 x  7 9 2 0
voltas? 132x 7920
Solução::: x  7 9 2 0 1 3 2
x  6 0 metro s

151
Apostila PRF

8) Um navio tinha víveres para uma viagem de 15 dias. X 660


Três dias após o início da viagem, contudo, o capitão do
navio recebe a notícia de que o mau tempo previsto para 12 660-528
o resto da viagem deve atrasá-la em mais 4 dias. Para
quanto terá de ser reduzida a ração de cada tripulante? x 660

12 660  528
R Solução::
x 660

12 132
12  660
x  60 metros
132

11) Um criador tem milho para alimentar 48 aves


durante 12 dias. No fim de dois dias ele compra
12 x%
 mais 32 aves. Se a ração não é diminuída, quan-
16 100% tos dias deverá durar o milho restante?
x  75 %
Solução:
9) Duas rodas dentadas estão engrenadas uma
na outra. A menor delas, tem 12 dentes e a maior Número de aves Dias para alimentar
tem 78 dentes. Quantas voltas terá dado a menor
quando a maior der 10 voltas? 48 12-2=10

Solução: 48+32=80 x

Mais dentes implica menos voltas (grandezas


10 80
inversamente proporcionais) 
x 48
480
x  6 dias
80
12)A guarnição de uma fortaleza é formada de
1.600 homens que tem víveres para 60 dias. No
fim de 15 dias, chega um reforço de 400 homens.
x 78
 Para quantos dias deverão durar os víveres res-
10 12 tantes?
780
x  65 voltas Solução:
12
10)Um comerciante comprou duas peças de Homens Dias
um mesmo tecido. A mais comprida custou R$
660,00 enquanto a outra, 12 metros mais curta, 1600 45
custou R$ 528,00. Quanto media a mais com-
2000 x
prida?

Solução: 45 2000

Mais metros implica maior custo (grandezas x 1600
diretamente proporcionais) . 45  1600
x  36 dias
2000
Metros Preço

152
Apostila PRF

7 15 100
 
x 40 75
7  40  75
10. REGRA DE TRÊS COMPOSTA x  14 dias
15  100
01) Para pintar 20m de muro de 80cm de altura
foram gastas 5 latas de tintas. Quantas latas se- 03) Uma família de 6 pessoas consome em 2 dias
rão gastas para pintar 16m de muro de 60cm de 3kg de pão. Quantos quilos serão necessários
altura? para alimentá-la durante 5 dias estando ausente
Solução: 2 pessoas?
Mais metros de muro implica mais latas de
tinta (grandezas diretamente proporcionais) Solução:
Maior altura do muro implica mais latas de Mais pessoas mais kg de pães (grandezas di-
tinta (grandezas diretamente proporcionais) retamente proporcionais).
Mais dias mais kg de pães (grandezas direta-
Metros de muro Altura do muro Latas de tinta mente proporcionais).

20 80 5 Número de pessoas Dias Kg de pães


16 60 x 6 2 3
6-2 5 x

5 20 80 3 6 2
   
x 16 60 x 4 5
3 4 5
5  16  60 x  5 kg de pães
x  3 latas de tinta. 62
20  80

04) Sabe-se que 4 máquinas, operando 4 horas


02) Em 7 dias, 40 cachorros consomem 100 kg
por dia, durante 4 dias, produzem 4 toneladas de
de ração. Em quantos dias 15 cachorros consu-
certo produto. Quantas toneladas do mesmo pro-
mirão 75 kg de ração?
duto seriam produzidas por 6 máquinas daquele
tipo, operando 6 horas por dia, durante 6 dias?
Solução:
Maior número de cachorros implica ração du- Solução:
rar menos dias (grandezas inversamentemente
Mais máquinas implica mais toneladas (gran-
proporcionais).
dezas diretamente proporcionais)
Comprar mais quilos de ração implica durar
Mais dias implica mais toneladas (grandezas
mais dias (grandezas diretamente proporcionais)
diretamente proporcionais)
Mais horas pordias implica mais toneladas
Número de Número de cachor- Kg de ra- (grandezas diretamente proporcionais)
dias ros ção
7 40 100
Máquinas Dias Horas por dia Toneladas
x 15 75
4 4 4 4
6 6 6 x

153
Apostila PRF

4 4 4 4 1,5 1,5 1,5


    
x 6 6 6 18 9 x
4666
x  13,5 toneladas 18  1,5  1,5 40,5
444 x   3 minutos
9  1,5 13,5

05) Para asfaltar 1km de estrada, 30 homens


gastaram 8 horas por dia. 20 homens, para asfal- 07) Se 2/5 de um trabalho foram feitos em 10
tar 2km da mesma estrada, gastarão quantas ho- dias por 24 operários que trabalhavam 7 horas
ras por dia? por dia, então quantos dias serão necessários
para terminar o trabalho, sabendo que 4 operá-
rios foram dispensados e que os restantes agora
Solução: trabalham 6 horas por dia?
Considerando-se a mesma quantidade de ho- Solução:
mens, mais km de estrada para asfaltar implica
Base de cálculo: dias de trabalho.
mais horas de trabalho por dia (grandezas dire-
tamente proporcionais).
Considerando-se a mesma quantidade de km Fração do Dias de Horas Operá-
de estrada, mais homens para tra balhar implicam trabalho trabalho por dia rios
menos horas de trabalho por dia (grandezas in-
2/5 10 7 24
versamente proporcionais).
3/5 x 6 20
Km de estradas Homens Horas por dia
1 30 8
10 2 / 5 6 20
2 20 x   
x 3 / 5 7 24
8 1 20
  10 2 6 20
  
x 2 30 x 3 7 24
8  2  30 10  3  7  24
x  24 horas por dia x  21 dias de trabalho
1  20 2  6  20
08) Uma turma de 15 operários pretende terminar
06) Um gato e meio come uma sardinha e meia em 14 dias certa obra. Ao cabo de 9dias, entre-
em um minuto e meio. Enquanto tempo 9 gatos tanto, fizeram somente 1/3 da obra. Com quantos
comerão uma dúzia e meia de sardinhas? operários a turma original deverá ser reforçada
para que a obra seja concluída no tempo fixado?

Solução: Solução:

Mais gatos comerá mais sardinhas (grandezas Base de cálculo: número de operários.
diretamente proporcionais). Operários Dias Fração da obra
Mais tempo mais sardinhas serão comidas 15 9 1/3
(grandezas diretamente proporcionais).
x 5 2/3

Gatos Sardinhas Tempo em minutos


1,5 1,5 1,5
9 18 x

154
Apostila PRF

15 1 / 3 5 11) Um criador tem milho para alimentar 48 aves


  durante 12 dias. No fim de dois dias ele compra
x 2/3 9
mais 32 aves. Se a ração não é diminuída, quan-
15 1 5
  tos dias deverá durar o milho restante?
x 2 9 Solução:
15  2  9
x  54
1 5
54  15  39 operários Número de aves Dias para alimentar
48 12-2=10
48+32=80 x
09) Se quatorze operários, em 10 dias de 9 horas
de trabalho diário perfuram 15m 3 de um túnel, 10 80
quantos metros cúbicos do mesmo túnel 21 ope- 
x 48
rários perfurariam em 6 dias de 8 horas?
480
Solução: x  6 dias
80
Base de cálculo: m 3 de túnel.

12) A guarnição de uma fortaleza é formada de


Operá- M 3 de Dias de tra- Horas por 1.600 homens que tem víveres para 60 dias. No
rios túnel balho dia fim de 15 dias, chega um reforço de 400 homens.
Para quantos dias deverão durar os víveres res-
14 15 10 9
tantes?
21 x 6 8
Solução:
15 14 10 9
  
x 21 6 8
Homens Dias
15  21  6  8
x  12 m3 de túnel 1600 45
14  10  9
2000 x

45 2000
10) Doze operários em, 90 dias, trabalhando 8 
horas por dia fazem 36m de certo tecido. Quantos x 1600
dias levarão para fazer 12m do mesmo tecido 45  1600
com o dobro de largura, quinze operários traba- x  36 dias
2000
lhando 6 horas por dia?
Solução:
Base de cálculo : dias de trabalho.
14) Um batalhão de 1.600 soldados tem víveres
Operá- Dias de Horas Metros Lar- para 10 dias à razão de 3 refeições diárias para
rios trabalho por de te- gura cada homem. No entanto, juntaram -se a esse ba-
12 90 dia cido 1 talhão mais 400 soldados. Quantos dias durarão
8 36 os víveres, se foi decidido agora que cada sol-
15 x 2
dado fará 2 refeições por dia?
6 12
Solução:
90 15 6 36 1
    Soldados Dias Refeições diárias
x 12 8 12 2
1600 10 3
90  12  8  12  2
x  64 dias 2000 x 2
15  6  36  1

155
Apostila PRF

10 2000 2 a quantidade diária de ração de cada ave for re-


  duzida em 20%, então o estoque de ração da
x 1600 3
granja será suficiente para alimentar as 480 aves
10  1600  3
x  12 dias por:
2000  2 a) mais de 35 dias
b) mais de 30 e menos de 35 dias
15) Se 30 galinhas botam 30 dúzias de ovos em
c) mais de 25 e menos de 30 dias
30 dias, e se 20 galinhas comem 20 quilos de ra-
ção em 20 dias, então qual é a quantidade de ra- d) mais de 20 e menos de 25 dias
ção necessária para se obter duas dúzias de e) menos de 20 dias
ovos ?
a) menos de 2 kg; Solução:
b) mais de 2kg e menos de 3,5kg;
Aves Dias % diária de ração
c) mais de 3,5kg e menos de 5 kg;
360 40 100
d) mais de 5kg e menos de 7 kg;
480 x 80
e) mais de 7kg.

Solução: 40 480 80
 
x 360 100
40  360  100
Galinhas Dúzias de ovos Dias x  37,5 dias
480  80
30 30 30
20 x 20

30 30 30
  11 - PORCENTAGEM
x 20 20
30  20  20 40 Uma porcentagem é o resultado da aplicação
x 
30  30 3 de uma taxa sobre um certo valor, chamado prin-
cipal.

Exemplo:
Kg de ração Dúzias
20 40/3 Quanto é 40% de R$160,00?
x 2
Solução:

40
20 40 / 30 40% de 160  160  64
 100
x 2
20  3  2
x  3 dúzias Taxa (na forma percentual)=40%=0,40
40
Principal=R$160,00

16) Uma granja possui 360 aves e cada uma re- Porcentagem=R$64,00
cebe, diariamente, a mesma quantidade de ra-
ção. Nesse esquema, o estoque de ração exis-
tente hoje na granja é suficiente para alimentar
as aves por, exatamente, 40 dias. Se hoje forem TAXAS: FORM AS FRACIONÁRIAS, UNITÁRIAS
adquiridas 120 novas aves e, ao mesmo tempo, e PERCENTUAIS.

156
Apostila PRF

Exemplo: Com base nessas informações, identifique com V as


afirmativas verdadeiras e com F as falsas.
2
a)  0,4  40% ( ) O menor preço é o da 3a loja .
5
( ) A soma dos preços, com descontos, é de 155,00.
3
b)  0,3  30% ( ) O par de tênis é mais caro na 2a loja.
10
( ) A 1a loja oferece preço mais vantajoso.
1
c)  0,25  25%
4 A opção correta é:

EXERCÍCIOS: a) F – V – V – V.
b) F – V – V – F.
01) Consultadas 500 pessoas sobre o plebis- c) V – F – V – F.
cito de 21 de abril de 1993 , obteve -se o resul- d) V – F – V – V.
e) V – V – F – F.
tado abaixo:

5) Contrariando o plano real, um comerciante au-


menta o preço de um produto que custava 300,00 em
Presidencialismo 196
20%. Um mês depois se arrependeu e fez um des-
Parlamentarismo 192 conto de 20% sobre o preço reajustado. O novo preço
Não sabem 112 do produto é:

De acordo com a pesquisa o percentual de in- a) R$ 240,00


decisos corresponde a: b) R$ 278,00
c) R$ 300,00
d) R$ 288,00
e) Nenhuma das anteriores.
a)21,6% b)21,8% c)22,2% d)22,4% e)23,1%

6) Para garantir uma sobrevivência digna, estudos in-


dicam que o salário mínimo pago aos trabalhadores
02) O preço de um artigo triplicou. Portanto ele teve brasileiros deveria aumentar de R$ 64,79 para R$
um aumento de: 453,53. Em termos percentuais, de quanto deveria ser
este aumento?
a)3% b)30% c)200% d)300% e)400%
a) 388,74% b) 453,53% c) 500% d) 600% e)
700%
03) Seu ordenado é de R$ 6.870,00. Porque trabalhou 7) O salário mínimo foi aumentado em 12% no último
horas extras, seu contra-cheque indica um bruto de dia 01/05. O leite B que custava R$ 0,70 passou ime-
R$ 8.300,00. O percentual do salário correspondente diatamente a custar R$ 1,05.
às horas extras foi de, aproximadamente:
A razão entre o percentual de aumento do salário e o
a) 25 b) 24 c) 22 d) 21 e) 15 leite é de:
4) A loja X vende um par de tênis pó R$ 60,00 e ofe- 1 4 1 6 1
rece um desconto de 20% para pagamento à vista. A a) b) c) d) e)
25 25 5 25 6
loja Y vende o mesmo tipo de tênis por R$ 70,00, mas 8) Numa loja de fazendas, o preço do metro de certo
está liquidando por 20% menos. Na loja Z, um par de tecido em promoção é de R$ 10,00. Se a loja está ofe-
tênis idêntico aos anteriores, custa R$ 68,00, está recendo 20% de desconto sobre o preço normal do
sendo vendido com 25% de desconto. tecido, quem comprar 2,5 m está fazendo uma econo-
mia de:

157
Apostila PRF

a) R$ b) R$ c) R$ d) R$ e) R$ a) 19,8% b) 25% c) 30% d) 32% e) 45%


2,00 2,50 5,00 5,75 6,25
15)Mário investiu 30% do seu capital em um fundo de
9) O preço de venda de um eletrodoméstico é de R$ ações e o restante em um fundo de renda fixa. Após
650,00. O dono da loja paga ao vendedor uma comis- um mês, a quotas dos fundos e de renda fixa haviam
são de 10% sobre o preço de venda e ainda ganha se valorizado 40% e 20% respectivamente. A rentabi-
30% sobre p preço de custo. O preço de custo desse lidade do capital de Mário foi, nesse mês, de:
eletrodoméstico é:
a) 26% b) 28% c) 305 d) 32% e) 34%
a) R$ 432,00 b) R$ 450,00
16)Duas irmãs, Ana e Lúcia, têm uma conta de pou-
c) R$ 464,28 d) R$ 500,00 pança conjunta. Do total do saldo, Ana tem 70% e Lú-
cia 30%. Tendo recebido um dinheiro extra, os pais
e) R$ 541,67 das meninas resolveram fazer um depósito igual ao
saldo da caderneta. Por um a questão de justiça, no
10) Em uma venda de R$ 3.840,00, um vendedor re-
entanto, ele disse às meninas que o depósito deveria
cebe de comissão R$ 115,20. Qual é a taxa de comis-
ser dividido igualmente entre as duas. Nessas condi-
são paga pela loja aos seus vendedores?
ções, a participação de Ana no novo saldo.
a) 1,5% b) 2,5% c) 2% d) 3% e) 4%
a) Diminui para 60%
b) Diminui para 65%
11) Um produto é vendido com um lucro bruto de
c) Permaneceu em 70%
20%. Sobre o preço total de nota 10% correspondem d) Aumentou para 80%
a despesas. O lucro líquido do comerciante é de: e) É impossível ser calculada se não conhecemos o va-
lor do saldo inicial.
a) 5% b) 8% c) 11% d) 2% e)

12) Um comerciante adquire uma mercadoria por um 17) Uma mercadoria teve 150% de acréscimo em seu
preço P e paga imposto no valor de 17% de P. Ao re- preço. Para que esta mercadoria retorne ao seu preço
vendê-la, o comerciante cobra um valor de 72% supe- anterior, é necessário um desconto em seu preço
rior a P. O lucro deste comerciante em relação ao atual de:
custo é, aproximadamente, de:
a) 150% b) 80% c) 60% d) 40% e) 30%
a) 45% b) 47% c) 52% d) 55%
18) Se o poder de compra de meu salário é hoje 20%
13) Um atacadista compra de uma fábrica um produto daquele de um atrás, então, para reaver aquele poder
e o repassa a revendedores, obtendo lucro de 50%. de compra, meu salário atual deve ser reajustado em:
Sabendo que os revendedores obtêm lucro de 100%,
determine o percentual de acréscimo do preço final a) 20% b) 80% c) 180% d) 400% e) 500%
em relação ao preço da fábrica.
19) Um comerciante aumentou os preços de suas
a) 300% b) 250% c) 200% d) 150% e) 100% mercadorias em 150%. Como a venda não estava sa-
tisfatória, voltou aos preços praticados antes do au-
14) Em março de 1998, o preço de um determinado mento. Em relação aos preços aumentados, o per-
produto correspondia a 15% do salário de um certo centual de redução foi de:
funcionário. O preço do produto obteve, no mesmo
ano um aumento de 10% em abril e de 20% em maio. a) 0% b) 60% c) 75% d) 100% e) 150%
No entanto, o salário desse funcionário ficou conge-
lado por dois meses, ou seja, em maio era o mesmo
de março.
20) Um trabalhador gasta com aluguel da sua casa
Depois do aumento do preço do produto em maio,a 25% do seu salário. Se o salário é corrigido em um
percentagem do salário do funcionário a que corres- aumento de 25% e o aluguel de 35%, então o novo
ponde o preço do produto é: aluguel passará a consumir do novo salário:

158
Apostila PRF

a) b) 27% c) d) 35% e) 43,75 a) 18,5% b) 19,5% c) 20% d) 21,5% e) 23%


26,08% 33,75%

26) O tribunal concedeu a uma certa categoria profis-


21) No mês de janeiro de determinado ano, uma cate- sional aumento de 100% sobre o salário, desconta-
goria profissional tem direito a um aumento salarial das as antecipações. Se os trabalhadores já haviam
de 75%. Como a categoria já havia recebido uma an- recebido uma antecipação de 20% em setembro, re-
tecipação de 25% em novembro, qual deve ser a por- ceberão agora um aumento, sobre o salário de setem-
centagem de acréscimo adicional do salário para bro, de:
compensar a antecipação concedida.
a) 45% b) 50% c) 67% d) 72% e) 80%
a) 30% b) 40% c) 55% d) 65% e) 75%

27) O Governo Federal fixou, por meio de medida pro-


22) Certa categoria de trabalhadores obteve em junho visória, os percentuais de reajuste de 12% e de 15%
um reajuste de 50% sobre os salários de abril, des- para o salário mínimo e para as aposentadorias, res-
contadas as antecipações, como ela já havia rece- pectivamente, vigorando a partir de 1º de maio deste
bido em maio uma antecipação de 20% (sobre o salá- ano correspondendo à reposição das perdas salari-
rio de abril), a porcentagem do aumento obtido em ais ocorridas de maio/95 a abril/96. No entanto, se-
junho, sobre o salário de maio, é de: gundo a Fundação Instituto de Pesquisas Econômi-
cas (FIPE), o índice de inflação correspondente
a) 20% b) 25% c) 30% d) 35% e) 40% àquele período foi de 20,03%. De acordo com esse ín-
dice, para que se recomponha exatamente o poder de
23) Certa categoria profissional obteve, a partir de 1º
compra, seria necessário acrescentar, respectiva-
de novembro, no Tribunal do Trabalho, reajuste sala-
mente, aos novos valores do salário mínimo e das
rial de 134% sobre os salários de julho, descontadas
aposentadorias, um reajuste de:
as antecipações recebidas no período. Se essa cate-
goria recebeu adiantamento de 20% em agosto e 30% a) 8,03% e 5,03% b) 7,85% e 4,87%
em setembro sobre os vencimentos dos respectivos
meses anteriores, calcule o índice a ser aplicado em c) 7,43% e 4,73% d) 7,17% e 4,37%
outubro, para cumprir as determinações judiciais.
e) 7,03% e 4,33%
a) 84% b) 70% c) 66% d) 50% e) 40%

24) Uma firma tem a matriz em São Paulo e uma filial


no Rio de Janeiro. A matriz é responsável por 70% do 28) Aumentar o preço de um produto em 30% e, em
faturamento da firma. Este ano o faturamento da ma- seguida, conceder um desconto de 20% equivalente
triz sofreu um aumento de 20% e o da filial, de 10%. aumentar o preço original em:
Responda as questões a seguir:
a) 2% b) 4% c) 6% d) 8% e) 10%
De quanto aumentou o faturamento da firma?

a) 12% b) 15% c) 17% d) 20% e) 30%


29) Dois descontos sucessivos de 10% cada equiva-
lem a um único desconto de:

a) 19% b) 20% c) 21% d) 22% e) 23%

25) Suponha que, em dois meses, um determinado tí- 30) Um comerciante “A” prometeu a seus emprega-
tulo de capitalização teve seu valor reajustado em dos aumentos capitalizados de 30% em janeiro, 30%
38%. Sabendo-se que o reajuste no 1º mês foi de 15%, em fevereiro e 20% em março. Ao mesmo tempo, um
podemos afirmar que o 2º mês foi de:

159
Apostila PRF

comerciante “B” reuniu seus empregados e prome- 20%. O preço final da mercadoria em relação ao preço
teu-lhes aumento único de 100% em março. Anali- inicial é:
sando as duas propostas em março, conclui-se que:
a) igual b) 4% maior
a) Comerciantes “A” e “B” deram aumentos iguais.
b) Os empregados do comerciante “B” ganharam 20% c) 4% menor d) 8% maior
a mais que os empregados do comerciante “A”.
c) O comerciante “A” terá dado a seus empregados au- e) 8% menor
mento real de 2,8% em relação ao comerciante “B”.
d) Os empregados do comerciante “A” tiveram um pre-
juízo de 4% em relação aos empregados do comerciante
“B”. 35) Uma empresa de transportes aumentou os preços
das passagens em 100% . Como o aumento não es-
tava autorizado, os preços voltaram aos vigentes an-
31) Um comerciante elevou o preço de suas merca- tes do aumento. Em relação aos preços aumentados
dorias em 50% e divulgou no dia seguinte uma remar- ocorreu a seguinte porcentagem de redução.
cação com desconto de 50% em todos os preços.
Qual o desconto realmente concedido em relação aos a) 0% b) 50% c) 75% d) 100%
preços originais?

a) 75% b) 50% c) 25% d) 20% e) 10%


36) Em um período em que a inflação foi de 96% os
32) O preço inicial de um videogame sofreu dois au- salários de certa categoria aumentaram 40%. Para
mentos consecutivos de 25% e de 55%, motivados que os salários, após esse aumento, recuperassem o
pela inflação. Em porcentagem, o aumento sofrido poder de compra eles deveriam ser aumentados em:
pelo preço desse videogame foi:
a) 56% b) 52% c) 46% d) 40%
a) 80% b) c) d) e) 90%
68,75% 93,75% 92,85%

37) Se o salário subiu 56%, e os preços subiram 30%


de quanto aumentou o seu poder de compra?

a) 20% b) 21% c) 23% d) 25% e) 26%


33) No dia 1º de dezembro, o dono de uma mercadoria
elevou o preço do quilo de nozes em 40%. Uma após,
como as vendas não estavam boas, ele resolveu re-
38) Em um período em que os preços subiram 82%,
duzir este novo preço em 25%. Assim, em relação ao
os salários de certa categoria aumentaram apenas
preço de 30 de dezembro, o quilo de nozes custa
30%. Para que os salários recuperem o poder de com-
hoje:
pra, eles devem ser aumentados em:
a) 5% mais barato
a) 40% b) 46% c) 52% d) 58% e) 64%
b) 5% mais caro

c) exatamente o mesmo preço


39) Um supermercado está fazendo a promoção “leve
d) 10% mais barato 4 e pague 3”. Isso equivale a conceder, a quem leva
4, um desconto de:
e) 15% mais caro
a) 40% b) 35% c) 33% d) 30% e) 25%

34) Uma mercadoria teve seu preço aumentado em


20%. Em seguida, o novo preço foi rebaixado em 40) Certa loja ofereceu a seguinte promoção. Na com-
pra de duas camisetas iguais a segunda tem um des-
conto de 50%. Calcule a taxa de desconto.

160
Apostila PRF

a) 40% b) 20% c) 30% d) 25% e) 50%

= 60 – 20% de 60

Solução questão 1
20
112 x%  60   60  60  12  R$ 48,00
  100
112  196  192 100 %
112 x% 112 Preço da loja Y:
  5 x  112  x   22,4%
500 100 % 5
 70  20% de 70
Resposta: D 20
 70   70
100
 70  14  56  R$ 56,00.

Preço da loja Z:
Solução questão 2:
 68  25% de 68
Supondo o preço do artigo P, ao triplicar passa para 3P.
25
O aumento foi de 3P-P=2P  68   68
100
P 100 %
  P  x  200P  68  17  R$ 51,00
2P x%
200P O menor preço é o da loja 3 ( F).
x  x  200 %
P A soma dos preços com desconto é de R$ 155,00 (V).

Resposta: C O par de tênis mais caro na loja 2 (V).

A loja 1 oferece preço mais vantajoso (V).

Resposta: A

Solução questão 3:

8300  6870 x%
 
6870 100 % Solução questão 5:
1430 x%
  6870x  143000 Aumento de 20%:
6870 100 %
 x  143000  6870  x  20,8%
300 100%
 x  21%   x  360
x 120%
Resposta: D
Desconto de 20%:

360 100%
  x  288
x 80%
Solução questão 4: Resposta: D

Preço da loja X:

161
Apostila PRF

12,5  10,00  2,50


Solução questão 6:
Total de descontos:
453,53  64,79 x% 2,5  2,50 

64,79 100 % 6,25
388,74 x%
  64,79 x  38874 Resposta: E
64,79 100 %
 x  38874  64,79  600% Solução questão 9:

Resposta: D Comissão do vendedor:

10
10%de R$ 650,00   650  R$ 65,00
100
Considerando custo (C)  100%
Solução questão 7: C 100%

Aumento do leite: 650 - 65 130%
C  450,00
R$ 1,05 - R$ 0,70 = R$ 0,35
Resposta: B
Percentual de aumento:

0,35 x%
  0,70x  35
0,70 100%
 x  35  0,70  50% Solução questão 10:

3840 100 %
  3840 x  11520
Razões entre percentuais: 115,20 X%
X  11520  3840  3%
12% 6

50% 25 Resposta: D

Resposta: D

Solução questão 11:

Solução questão 8: Supondo que o produto custa R$ 100,00:

Cálculo do preço normal: Lucro Bruto: = 20% de R$ 100,00= R$ 20,00

Preço da nota:= R$ 120,00

Despesas:= 10% de R$ 120,00 = R$ 12,00


10,00 80%
 Preço com desconto: = R$ 120,00 – R$ 12,00= R$
x 100 %
108,00
x  12,50
Lucro Líquido: = R$ 108,00 – R$ 100,00= R$ 8,00 que
Desconto por metro:
corresponde a 8% do custo.

162
Apostila PRF

Resposta: B 2º Reajuste:

16,5% + 20% de 16,5%

= 16,5% + 3,3% = 19,8%

Solução questão 12: Preço final corresponde à 19,8 do preço inicial.

Supondo P = R$ 100,00

Custo + imposto = R$ 117,00

Preço de venda = R$ 172,00 Solução questão 15:

172  117 x% Rentabilidade dos fundos de ações:



117 100% (Supondo investimento de R$ 100,00)

R$ 30,00 + 40% de R$ 30,00


117 x  5500  x  5500  117
Lucro: =R$ 30,00 + R$ 12,00= R$ 42,00
 x  47%
Rentabilidade de Renda Fixa:
Resposta: B
R$ 70,00 + 20% de R$ 70,00

= R$ 70,00 + R$ 14,00 = R$ 84,00

Total: R$ 42,00 + R$ 84,00 = R$ 126,00


Solução questão 13:
Rentabilidade: 26%
Preço de fábrica: R$ 100,00
Resposta: A
Revendedores: R$ 100,00 + 50% de R$ 100,00

= R$ 150,00

Preço final:
Solução questão 16:
R$ 150,00 + 100% de R$ 150,00
Supondo R$ 100,00 de salário, teríamos um depósito de
= R$ 300,00 R$ 100,00 dividindo igualmente:

300  100 x% Participação de Ana:


Lucro:   x  200%
100 100% R$ 70,00 + R$ 50,00 = R$ 120,00
Resposta: C Participação de Lúcia:
Solução questão 14: R$ 30,00 + R$ 50,00 = R$ 80,00
Supondo o salário 100%, o produto corresponde à 15%. Participação % de Ana:
1º Reajuste:
R$120,00 x%

15% + 10% de 15% R$200,00 100%
 x  60%
=15% + 1,5% = 16,5%
(a participação diminui para 60%)

163
Apostila PRF

Resposta: A R$250,00 100 %



R$150,00 x%
250 x  15000  x  60%
Resposta: B
Solução questão 17:

Supondo preço inicial R$ 100,00

R$ 100,00 + 150% de R$ 100,00 =


Solução questão 20:
R$ 100,00 + R$ 150,00 = R$ 250,00
Supondo salário: R$ 1000,00
Desconto:
Antes do aumento:
R$250,00 100 %
 Aluguel = 25% de R$ 1000,00
R$150,00 x%
250 x  15000  x  60% = R$ 250,00

Resposta: C Após o aumento:

Salário = R$ 1000,00 + 25% de R$ 1000,00

=R$ 1000,00 + R$ 250,00

Solução questão 18: =R$ 1250,00

Supondo salário de R$ 100,00 Aluguel = R$ 250,00 + 35% de R$ 250,00

20% de R$ 100,00 = R$ 20,00 35


 R$250,00   R$ 250,00
Reajuste: 100
= R$ 250,00 + R$ 87,50
R$20,00 100%

R$80,00 x% =R$ 337,50
20 x  8000  x  400%
Percentual ao qual corresponde o novo aluguel:
OBS: R$ 80,00 é o aumento para que o salário retorne à
R$337,50 x%
R$ 100,00.   1250,00x  33750,00
R$1250,00 100%
Resposta: D
33750,00
 x  x  27%
Solução questão 19: 1250,00
Supondo preço inicial de R$ 100,00 mais 150% de au- Resposta: B
mento:

R$ 100,00 + R$ 150,00 de R$ 100,00

R$ 100,00 + R$ 150,00 = R$ 250,00


Solução questão 21:
Percentual de redução:
Com antecipação: R$ 125,00

Novo Salário: R$ 175,00

164
Apostila PRF

% de aumento:

R$175,00 - R$125,00 x% Solução questão 24:



R$125,00 100% Supondo faturamento: 100
x  40%
Matriz: = 70 + 20% de 70 = 84
Resposta:B
Filial: = 30 + 10% de 30 = 33

Total: 84 + 33 = 117

O faturamento aumentou 17%


Solução questão 22:
% correspondente a matriz:
Salário em Abril: R$ 100,00
84 x% 8400
Salário em Maio: R$ 120,00  x
117 100% 117
Salário em Junho: R$ 150,00 x  71,79%  72%

% de aumento: Resposta: C

R$150,00 - R$120,00 x%

R$120,00 100%
R$3000,00
x  25% Solução questão 25:
R$120,00
Supondo valor do título R$ 100,00
Resposta: B
Em um mês: R$ 115,00

Em dois meses: R$ 138,00

Aumento % do 2º mês:
Solução questão 23:
138  115 x% 2300
Julho: R$ 100,00  x  20%
115 100 115
Agosto: R$ 100 + 20% . 100 = R$ 120,00
Resposta: C
Setembro: R$ 120 + 30% . 120 = R$ 156,00

1º de Novembro: R$ 100,00 + 134%

= R$ 234,00
Solução questão 26:
Aumento % em outubro:
Supondo R$ 100,00
R$234,00 - R$156,00 x%
 Com antecipação: R$ 120,00
R$156,00 100%
x  50% Novo salário: R$ 200,00

Resposta:D % de aumento:

165
Apostila PRF

200  120 x% % aumento = 4%



120 100% Resposta: B
x  66,67%  67%
Resposta: C

Solução questão 29:

Base de cálculo: 100


Solução questão 27: 1º desconto: 100 – 10% de 100 =90
Supondo base de cálculo = 100 2º desconto: 90 – 10% de 90 = 81
Salário mínimo após reajuste: % de desconto:
R$ 100,00 + 12 % de R$ 100,00 = R$ 115,00
100  81 x%
  x  19%
Inflação: R$ 100,00 + 20,03% de R$ 100,00 = R$ 120,03 100 100%
R$120,03 - R$112,00 x% Resposta: A

R$112,00 100%
x  7,169%  7,17%

Aumento % necessário à aposentadoria:


Soluçâo questão 30:
R$120,03 - R$115,00 x%
 Base de cáculo: 100
R$115,00 100%
x  4,37% Aumentos do comerciante “A”

Resposta: D Salário em janeiro: R$ 100,00 + 30% de R$ 100,00

= R$ 130,00

Salário de fevereiro:

Solução questão 28: R$ 130,00 + 30% de 130,00

Base de cálculo =100 = R$ 169,00

Preço do produto após aumento: Salário em março:

R$ 100,00 + 30% de R$ 100,00 = R$ 130,00 R$ 169,00 + 20% de R$ 169,00 = 202,80

Preço com desconto: Aumento do comerciante “B”

R$ 130,00 – 20% de R$ 130,00 R$ 100,00 + 100% de R$ 100,00

= R$ 130,00 – R$ 26,00 = R$ 104,00 = R$ 200,00

% de aumento em relação ao preço inicial: Conclusão: “A” deu aumento de 2,8% superior a “B”, uti-
lizando-se como base o salário inicial de R$ 100,00.
R$ 104,00 – R$ 100,00 = R$ 4,00
Resposta: C

166
Apostila PRF

Após desconto:

= R$ 140,00 – 25% de R$ 140,00

Solução questão 31: = R$ 140,00 – 0,25 . 140,00

Base de cálculo: 100 = R$ 105,00

Preço com aumento: Resultado: B

R$ 100,00 + 50% de R$ 100,00 = R$ 150,00

Preço com desconto:

R$ 150,00 – 50% de R$ 150,00 Solução questão 34:

R$ 150,00 – R$ 75,00 = R$ 75,00 Após o aumento:

Desconto real: R$ 100,00 + 20% de R$ 100,00 = R$ 120,00

R$100,00 100% Após rebaixar:


  25%
R$100,00 - R$75,00 x% = R$ 120,00 - 20% de R$ 120,00

Resposta: C = R$ 96,00

Conclusão: o preço final é menor 4%.

Solução questão 32:

Base de cálculo: 100 Solução questão 35:


1º aumento = 100 + 25% de 100 = 125 Cálculo da redução:
2º aumento = 125 + 55% de 125
R$200,00 100%

= 125 + 0,55 . 125 R$100,00 x%
x  50%
= 125 + 68,75
Resposta: B
= 193,75

O aumento foi de 93,75

Resposta: C
Solução questão 36:

Base de cálculo:

R$196,00 x%
Solução questão 33: 
R$140,00 100%
Base de cálculo: =100,00
x  140%
Após aumento = R$ 100,00 + 40% de R$ 100,00
Os salários devem ser aumentados em 40% para recu-
= R$ 140,00 perar o poder de compra.

167
Apostila PRF

R$20,00 100 %

R$15,00 x%
x  75%
Solução questão 37:
O desconto foi de 25%
Base de cálculo = R$ 100,00
Resposta: D
Novo salário = R$ 156,00

Correção monetária da base de cálculo = R$ 130,00


12. EQUAÇÕES E SISTEMAS DO 2º GRAU
Aumento do poder de compra: Denominamos equação do 2º grau a toda a equação da
R$ 156,00 – R$ 130,00 = R$ 26,00 forma ax² + bx + c = 0 (a  0) ou qualquer equação redutível a
esta forma.
R$180,00 100 %

R$180,00 - R$144,00 x% Resolução Algébrica
x  20%
A determinação algébrica das raízes de uma equação na
Resposta: A forma ax² + bx + c = 0, com a  0, pode ser obtida com a fórmula
b 
de Báskara  x onde  = b² - 4ac (discrimi-
2a
Solução questão 38: nante da equação)

R$182,00 x% O sinal do discriminante, , determina a quantidade de ra-


 ízes da equação do segundo grau:
R$130,00 100%
 > 0 – duas raízes reais e distintas
x  140%
 = 0 – uma única raie real (duas raízes iguais)
O salário deve ser reajustado em 40%
 < 0 – nenhuma raiz real

1) Resolva as seguintes equações incompletas do segundo


grau:
Solução questão 39:

4 100% a)2 x² - 50 = 0
  75%
3 X%
solução :
O desconto foi de 25%
2 x 2  50  0
Resposta: E
2 x 2  50
 50
x2 
Solução questão 40: 2
x  25
2

Supondo que a camiseta custa R$ 10,00; a segunda ca-


miseta custaria R$ 5,00. Cálculo do desconto: x   25
x  5
S   5,5

168
Apostila PRF

a  1; b  13; c  12
b) 3 x² - 108 = 0   b 2  4ac
   13  4  1  12
2

solução :   169  48
3 x 2  108  0   121
3 x 2  108 b 
x
108 2a
x2 
3   13  121
x
x  36
2
2 1
x  6 13  11
x
S   6,6  2
13  11
x'   12
2
13  11
c) 5 x² - 980x = 0 x"  1
2
S  1,12 
solução :
5 x 2  980 x  0 b) x² + 7x + 12 = 0
5 x x  196   0
0 a  1; b  7; c  12
5 x  0 logo x  0
5
  b 2  4ac
x  196  0
  7   4  1  12
2
x  196
S  0,196    49  48
 1
b 
d) x² - 6x = 0 x
2a
 7   1
solução : x
2 1
x 2  6x  0  7 1
x
xx  6   0 2
x0  7 1
x'   3
x6  0 2
x6  7 1
x"   4
S  0,6 
2
S   4,3

2) Resolva as seguintes equações completas do 2º grau.


c) x² + 15 x + 36 = 0
a) x² - 13x + 12 = 0

169
Apostila PRF

a  1; b  15; c  36 a  1; b  1; c  12
  b  4ac
2
  b 2  4ac
  15   4  1  36   1  4 1 12
2 2

  225  144   1  48
  81   47
b  b 
x x
2a 2a
 15   81  15    47
x x
2 1 2 1
 15  9 - 47  R , logo :
x
2 S 
 15  9
x'   3
2
f) – x² + 8 x + 20 = 0
 15  9
x"   12
2
S   12,3 a  1; b  8; c  20
  b 2  4ac
  8  4   1  20
2
d) x² + 11x – 12= 0
  64  80
a  1; b  11; c  12   144
  b 2  4ac b 
x
  11  4  1   12 
2
2a
  121  48  8  144
x
  169 2   1
 8  12
b  x
x 2
2a
 8  12  4
 11  169 x'    2
x 2 2
2 1
 8  12  20
 11  13 x"    10
x 2 2
S   2,10 
2
 11  13
x'   1
2
 11  13 g) – x² + x + 12 = 0
x"   12
2
S   12,1

e) x² + x – 12 = 0

170
Apostila PRF

a  1; b  1; c  12 a  15; b  8; c  1


  b  4ac
2
  b 2  4ac
  1  4   1  12    8  4  15  1
2 2

  1  48   64  60
  49 4
b  b 
x x
2a 2a
 1  49   8  4
x x
2   1 2  15 
1 9 82
x x
2 30
1 9  8 8  2 10 1
x'    4 x'   
2 2 30 30 3
 1  9  10 82 6 1
x"    5 x"   
2 2 30 30 5
S   4,5  1 1 
S   , 
 5 3 
h) 2 x² + 3 x – 2 = 0

j) 3 x² + 4 x + 1 = 0
a  2; b  3; c  2
  b 2  4ac a  3; b  4; c  1
  3  4  2   2   b 2  4ac
2

  9  16   4   4  3  1
2

  25   16  12
b  4
x
2a b 
x
 3  25 2a
x
22  4   4
35 x
x 2  3
4
42
 3 5 2 1 x
x'    6
4 4 2
42 2 1
 3  5 8 x'   
x"    2 6 6 3
4 4
42 6
 1  x"    1
S    2,  6 6
 2 

S   1, 1
3

i) 15 x² - 8 x + 1 = 0
3) Verifique se –2 é raiz da equação 2 x² - 5x – 18 = 0.

171
Apostila PRF

As raizes da equação do 2º grau são iguais


Solução: quando   0
4 x²  (m  1)x  (m  6)  0
a 4
Substituin do - se x  -2 na equação dada : b  m 1
2- 2  5 2  18  2  4  10  18  0 c  m6
2

  b 2  4ac
- 2 é raiz da equação.
  m  1  4  4  m  6 
2

  m 2  2m  1  16 m  96
4) Calcular m na equação mx² - 3x + (m – 1) = 0, de modo que   m 2  14 m  95  0
uma de suas raízes seja igual a 1. m 2  14 m  95  0
a 1
Solução: b  14
c  95
  14    14 2  4  1   95 
Substituin do - se x  1 na equação : m, 
2 1
m1  3  1  m  1  0
2
14  196  380 14  576
m,  
m - 3  m 1  0 2 2
14  24
2m - 4  0 m,   17
2
2m  4   14    14 2  4  1   95 
m,, 
4 2 1
m 2 14  196  380 14  576
2 m,,  
2 2
5) Determine m na equação mx² - mx + x + 8 = 0, de modo que 14  24
m,,   5
a soma de suas raízes seja igual a 5. 2
Solução: 7) Determine dois números cuja soma seja -1 e o produto entre
b elas seja -110.
Soma das raízes S  
a
mx 2  mx  x  8  0 Solução:
mx 2  1  m x  8  0
am
 x  y  1
b  1 - m  
b 1 - m   5  x  y  110
S- 
a m
5m  - 1 - m 
5m  -1  m
4m  -1
m  -1
4
6) Determine m tal que as raízes de 4 x² + (m + 1)x + (m + 6) =
0 sejam iguais.
Solução:

172
Apostila PRF

x  1  y x  x 2  72
x  y  110 x 2  x  72  0
 1  y  y  110   12  4  1   72 
 y  y  110
2
 - 1   1  288  289
y 2  y  110  0  1  289  1  17 16
x,    8
  12  4  1   110  2 1 2 2
  1  440  1  289  1  17  18
x,     9
  441 2 1 2 2
 1  441  1  21
y,    10
2 2 10) A soma de certo número inteiro com o seu inverso é igual
 1  441  1  21 a 50/7. Qual é esse número?
y ,,    11
2 2
8) Decompor 21 em duas parcelas tais que o produto entre Solução:
elas seja 110.
Solução: 1 50
x 
 x  y  21 x 7
 7 x 2  7 50 x
 x  y  110 
x  21  y 7x 7x
7 x  50 x  7  0
2
x  y  110
21  y  y  110 x
b 
 - 1
2a
 y 2  21 y  110
y 2  21 y  110  0   50    50 2  4  7  7
x  ,

27
  21  4  1  110 
2
50  48 98
  441  440   7
14 14
 1
  50    50 2  4  7  7
  21  1 21  1 x ,, 
y,    11 27
2 2 50  48 2 1
  
  21  1 21  1 14 14 7
y ,,    10
2 2
11) Determine dois números inteiros e consecutivos tais que a
9) A soma de certo número natural com o seu quadrado é igual soma dos seus inversos seja 5/6.
a 72. Determine este número.

Solução:

173
Apostila PRF

1 1 5
 
x x 1 6 x 2  3x  54
6 x  6  6 x 5 x x  1
 x 2  3x  54  0
6 xx  1 6 xx  1
b 
12 x  6  5 x 2  5 x x
2a
 5 x 2  12 x  5 x  6  0  - 1
  3   32  4  1   54 
5x  7 x  6  0
2 x, 
2 1
b  3  225 3  15 18
x    9
2a 2 2 2
  7    7 2  4  5   6   3   32  4  1   54 
x 
,
x 
,,
25 2 1
7  13
 2 3  225 3  15  12
10     6
2 2 2
  7    7 2  4  5   6
x 
,,

25 14) Determine o maior de três números naturais e consecuti-


7  13  6  3
   vos tais que a soma dos quadrados dos dois menores seja igual
10 10 5 ao quadrado do maior.

12) Determine dois números pares, positivos e consecutivos Solução:


cujo produto seja 120.

x 2  x  1  x  1
2 2

Solução:
x 2  x 2  2x  1  x 2  2x  1
x 2  4x  0
x x  2   120
x x  4   0
x 2  2 x  120  0
x  0 ou x- 4  0
b 
x x 4
2a
2 22  4  1   120  O maior é x  1  4  1  5
x 
,

2 1 15) Ao multiplicar dois números positivos, um dos quais maior


 2  484  2  22 20 que o outro em 36 unidades, um aluno cometeu em erro, di-
    10
2 2 2 minuindo de 8 unidades o algarismo das dezenas do produto.

2 22  4  1   120  Em seguida, com o objetivo de tirar a prova da operação reali-
x 
,,
zada, dividiu o produto encontrado pelo menor dos fatores en-
2 1 contrando quociente 53 e resto 4. Sabendo que esta divisão
 2  484  2  22  24 não estava errada, qual era o produto correto dos dois núme-
    12
2 2 2 ros?

13) A diferença entre o quadrado e o triplo de um mesmo nú- Solução:


mero natural é igual a 54. Determine esse número.
Solução:

174
Apostila PRF

 x  y  36

 xy  80  53 y  4 Considerando - se o volume do tanque V,
x  36  y V
Vazão da 1º torneira  x  
V
36  y y  80  53 y  4 t1 t 2  5
36 y  y 2  80  53 y  4 V
Vazão da 2º torneira  y 
t2
y 2  53 y  36 y  80  4  0
Tempo para 1º torneira encher o tanque  t 1  t 2  5
y 2  17 y  84  0
Tempo para 2º torneira encher o tanque  t 2
b 
y V
2a 6
xy
  17    17 2  4  1   84 
y 
, V
6
2 1 V V

17  625 17  25 42 t2  5 t2
    21
2 2 2 V
6
x ,  36  y  36  21  57  t2 t  5 
V  2 
 t 2 t 2  5 t 2 t 2  5 
16) Considere a igualdade x4y4 – 10 x²y² + 9 = 0. Quantos pares 1
de números naturais (x, y) satisfazem esta equação? 6
 2t 2  5 
 
 t 2 t 2  5 
Solução:

x 4 y 4 - 10 x²y²  9  0 62t 2  5  t 2 t 2  5
Considerando - se x²y²  z
12 t 2  30  t 2  5t 2
2

z 2  10 z  9  0
t 2  7 t 2  30  0
2

b 
z b 
2a t2 
  10    10 2  4  1  9 2a
z, 
2 1   7    7 2  4  1   30 
t2 
,

10  64 10  8 18 2 1
   9
2 2 2 7  169 7  13 20
    10 horas
  10    10 2  4  1  9 2 2 2
z ,, 
2 1 t 1  t 2  5  10  5  15 horas
10  64 10  8 2
   1
2 2 2
x²y²  z  9 logo xy   9  3 18) Um grupo de pessoas dividiu em partes iguais a conta do
x²y²  z  1 logo xy   1  1 restaurante. Se fossem 6 pessoas a mais, cada uma delas teria
S  3,1, 1,3 3,1,  1,3, 1,1,  1,1,... pagado R$ 3,00 a menos; se fossem 2 pessoas a menos, cada
uma delas teria pagado R$ 2,00 a mais. Quantas eram as pes-
17) Duas torneiras enchem um tanque em 6 horas. A primeira
soas? Quanto pagou cada uma?
gasta 5 horas mais do que a segunda para fazê-lo sozinha. Em
quanto tempo a segunda torneira, sozinha, enche o tanque? Solução:

Solução:

175
Apostila PRF

conta  xy 80,00. Entretanto o total pago ao grupo de carpinteiros resul-



conta  x  6 y  3
tou igual ao total pago aos auxiliares. Entre carpinteiros e au-
conta  x  2 y  2 xiliares, eram ao todo 20 trabalhadores. Quanto foi pago a

cada carpinteiro?
x  6 y  3  xy
xy  6 y  3x  18  xy
Solução:
6 y  3x  18 3
2y - x  6  x  y  20
c  a  80
x  2 y  2  xy 

xy  2 x  2 y  4  xy
cx  ay  1200
2x  2 y  4 2 cx  ay
x - y  2 logo x  2  y
2y - x  6
cx  ay  1200
2y - 2  y   6
2y  2  y  6 2cx  1200
y 8 cx  600  ay
x  2  y  2  8  10
Quantas eram as pessoas? x  10 pessoas x  20  y
Quanto pagou cada uma? y  R$8,00
c  80  a
19) Um tonel estava cheio com 100 litros de vinho puro. Um cx  ay
comerciante desonesto retirou certa quantidade do vinho 80  a 20  y   ay
deste tonel completando-o com água. Em seguida retirou 1600  20 a  80 y  ay  ay
desta mistura uma quantidade igual àquela retirada na pri- 1600  20 a  80 y  2ay  0
meira vez e completou novamente com água. Uma análise 1600  20 a  80 y  2  600  0
feita posteriormente revelou que restaram no tonel apenas 64
1600  20 a  80 y  1200  0
litros do vinho puro original. Quantos litros foram retirados de
20 a  80 y  400  0
cada vez?
a  4 y  20  0
Solução: a  4 y  20
1º retirada : 100 - x
2º retirada : ay  600

100 100  x
4 y  20  y  600
 4 y 2  20 y  600  0
x z
x100  x  y 2  5 y  150  0
z  x  0,01x 2   52  4 1  150   25  600  625
100
100  x  x  0,01x 2  64  5  625  5  25 20
y    10 ajudantes
2 2 2
0,01x 2  2 x  36  0 x  20  y  20  10  10 carpinteir os
  2    22  4  0,01  36 a
600 600
  R$60,00 ( recebe cada ajudante)
x
2  0,01 y 10
c  80  a  80  60  R$140,00 ( recebe cada carpinteir o )
2  2,56 2  1,6 0,40
x    20
0,02 0,02 0,02 Função linear e afim:
20) Uma quantia de R$ 1.200,00 foi paga a dois grupos, um de
carpinteiros e outro de auxiliares. A diferença entre o valor São funções do tipo:
pago a cada carpinteiro e aquele pago a cada auxiliar foi de R$
y  f ( x)  ax  b onde a  0.

176
Apostila PRF

Exemplos:

a ) f ( x)  5 x  3 b) f ( x)   x  10
x x 3
c) f ( x)    7 d ) f ( x)  
5 2 5

Quando b = 0, a função é dita linear


y  f ( x)  ax .

Exemplos: Determinação algébrica da raiz:

a ) f ( x)  2 x b) f ( x)  6 x y  ax  b  0
c) f ( x)  
2x
d ) f ( x) 
x ax  b  0
5 7 ax  b
b
Quando a > 0, tem-se uma função crescente : x
a

Coeficiente angular e linear da função do 1ºgrau:

Dada a equação y  ax  b
a  coeficient e angular da função.
b  coeficient e linear da função.

O conjunto DOMINÍO (D) e o conjunto IMA-


GEM (Im) são reais:

D(f)  R
Quando a < 0, tem-se uma função decrescente Im(f)  R

Estudo do sinal da função:

a) Quando a > 0, tem-se:

A raiz da função (ou zero) é o valor de x, quando


f(x) = 0. A raiz da função é o ponto de intersecção
entre o eixo das abscissas ( x ) e a reta que repre-
senta o gráfico da função.

177
Apostila PRF

Estudo do sinal de uma função crescente ( a  0 ) :


b
y  0 para x  
a
b
y  0 para x  
a
b
y  0 para x  
a
Quando a < 0, tem -se:

e) Estudo do sinal de uma função crescente ( 2  0 ) :


y  0 para x  2
y  0 para x  2
y  0 para x  2

f ) f (12)  212  6  24  6  18

Estudo do sinal de uma função decrescente ( a  0 ) : Exemplo 2: Para a função y  2 x  10 determine:


b
y  0 para x   a) A raiz da função.
a b) O coeficiente angular.
b
y  0 para x   c) O coeficiente linear.
a d) O gráfico da função.
b
y  0 para x   e) O estudo do sinal da função.
a f) A imagem da função para x = -3.
Exemplo 1: Para a função y  3x  6 determine:
a) A raiz da função. Solução:
b) O coeficiente angular. a) y  2 x  10  0
c) O coeficiente linear.  2 x  10
d) O gráfico da função.
x5
e) O estudo do sinal da função.
b)coeficiente angular  a  -2
f) A imagem da função para x = 12.
c)coeficiente linear  b  10
Solução: d)

a) y  3x  6  0
3x  6
x2
b)coeficiente angular  a  3
c)coeficiente linear  b  -6
d)

178
Apostila PRF

b)  5 x  10  0
 5 x  10
5 x  10
x2
S  x  R x  2  2, 

c)3x  4  2 x  5
3x  2 x  5  4
e)Estudo do sinal de uma função decrescente ( - 2  0 ) :
x 1
y  0 para x  5
y  0 para x  5 S  x  R x  1  1, 
y  0 para x  5
f ) f (3)  2 3  10  6  10  16 d )9 x  4  11x  3
9 x  11x  4  3
 2 x  7
Inequações do 1º Grau
2x  7
São as inequações redutíveis à uma das seguintes formas: 7
x
2
 7 7 
ax + b < 0 S   x  R x     , 
 2  2 
ax + b  0
ax + b > 0
ax + b  0 Função Quadrática:
ax + b  0 Função quadrática ou função do 2º grau é definida
(todas com a > 0) pela expressão:
y  f ( x)  ax 2  bx  c
Exercícios com a , b e c  R e a  0
a) 2 x + 16 < 0 Raiz da função quadrática:
y  ax 2  bx  c  0
b) – 5 x + 10  0   b2  4  a  c
c) 3 x + 4  2 x + 5 b 
x
d) 9 x + 4 > 11 x – 3 2a
Se   0 a função possue duas raizes reais distintas.
Solução: Se   0 a função possue duas raizes reais iguais.
a)2 x  16  0 Se   0 a função não possue raizes reais .
2 x  16
Gráfico da função do 2º grau:
x8
S  x  R x  8   ,8
O gráfico da função do 2º grau é uma parábola.

179
Apostila PRF

A concavidade da função do 2º grau depende do va-


lor de “a” da função:
a > 0 : parábola terá concavidade voltada para cima.
a < 0 : parábola terá concavidade voltada para
baixo.

Vértice da função do 2º grau:


b
xvértice  xv  
2a

y vértice  y v  
4a
 b  
V   xv , y v     ,  
 2a 4a 

Ponto máximo , ponto mínimo e imagem da função :


Para a > 0 a parábola tem concavidade voltada para
cima , ela terá apenas ponto mínimo dado pelo y do vér-
tice da função :

a0  ponto mínimo  y v  
4a
 
Im( f )   y  R y   
 4a 

Para a < 0 a parábola tem concavidade voltada para


baixo , ela terá apenas ponto máximo dado pelo y do vér-
tice da função :

a0  ponto máximo  y v  
4a
 
Im( f )   y  R y   
 4a 

180
Apostila PRF

Exemplo 1: Para a função quadrática


y  x  6 x  8 determinar:
2

a) As raízes da função.
b) As coordenadas do vértice.
c) O ponto mínimo e a imagem da função.
d) O esboço do gráfico da função.
e) O estudo do sinal da função.

Solução:
a) y  x 2  6 x  8  0
a  1  0 ( concavidade para cima )
  - 6  4  1  8  36  32  4
2

  0 ( função tem duas raizes reais distintas )


e)
- - 6  4 6  2 y  0 para 2  x  4.
x 
2 1 2 y  0 para x  2 ou x  4
62 8
x,   4 y  0 para x  2 ou x  4
2 2
62 4
x ,,   2 Exemplo 2: Para a função quadrática
2 2
y   x 2  5 x  6 determinar:
 4
b) y v     1 a) As raízes da função.
4a 4 1
 6  6  3
b) As coordenadas do vértice.
b
xv    c) O ponto mínimo e a imagem da função.
2a 2 1 2 d) O esboço do gráfico da função.
V  xv , y v   3,1 e) O estudo do sinal da função.

c) O ponto mínimo é o y v  1. Solução:


O conjunto imagem é dado por : Im(f)  y  R y  -1 a) y   x 2  5 x  6  0
a  1  0 ( concavidade para baixo )
  5  4   1   6  25  24  1
d) 2

  0 ( função tem duas raizes reais distintas )


- 5  1  5  1
x 
2   1 2
 5 1  4
x,   2
2 2
 5 1  6
x ,,   3
2 2

181
Apostila PRF

 1 1 3) x² - 4x + 4 > 0
b) y v    
4a 4   1 4 4) – x² – 64  0

xv  
b

5  5
2a 2   1 2
5 1
V xv , y v    ,  Solução:
2 4
1 a) x²  11 x  12  0
c) O ponto máximo é o y v  .
4
 11  112  4  1   12
 1 x
O conjunto imagem é dado por : Im(f)   y  R y   2  1
 4
 11  121  48  11  169  11  13
x  
d) 2 2 2
 11  13 2
x,   1
2 2
 11  13  24
x ,,    12
2 2

S  x  R x  12 ou x  1   12,1
e)
y  0 para 2  x  3.
b)  x²  x  12  0
y  0 para x  2 ou x  3
y  0 para x  2 ou x  3  1  12  4   1   12 
x
2   1
 1  49  1  7
Inequações do 2º Grau x 
2 2
1 7 6
São as inequações redutíveis à uma das seguintes formas: x,    3
2 2
ax² + bx + c < 0 1 7  8
x ,,    4
ax² + bx + c  0 2 2
ax² + bx + c > 0
ax² + bx + c  0
ax² + bx + c  0
(todas com a > 0)

Exercícios

S  x  R  3  x  4   3,4
1) x² + 11 x – 12 > 0
2) – x² + x + 12  0

182
Apostila PRF

Exemplos :
c) x² - 4 x  4  0 y  2 x 3

  4   42  4  1   4 f ( x)  4  5  x  2
x
2  1
x 1
1
y 
4 0 40 3
x  2
2 2 f ( x)  5  36 x

Gráfico da função exponencial:

S  R  2  x  R x  2

d) -x² - 64  0
- x 2  64
x 2  64
x    64  R

S 

Função Exponencial:

A função exponencial é definida pela relação:


Construção do gráfico da função exponencial:
y  f ( x)  a x
onde a  0 e a  1 Exemplo: Construir o gráfico da função y  2x  3 .

183
Apostila PRF

x y  2x  3 x, y  log 2 8  3 pois 2 3  8


log 3 81  4 pois 3 4  81
y  2 2  3 
1
3  
11  11 
  2, 
-1
1
-2 4 4  4 log 1 5  1 pois    5
5 5
y  2 1  3 
1
3  
5  5 1
1
  1,  log 2 2  pois 2 2  2
-1 2 2  2 2
0 y  2 0  3  1  3  2 0,2
Observações:
+1 y  2 1  3  2  3  1  1,1 log 1 8  ? pois 1?  8
log 2  4  ? pois 2 ?  4
+2 y  2 2  3  4  3  1  2,1
+3 y  2 3  3  8  3  1  3,5 Conseqüência da definição de logaritmos:

( i ) log a 1  0 pois a 0  1.
exemplos : log 3 1  0 pois 30  1
log 7 1  0 pois 7 0  1

( ii ) log a a  1 pois a1  a.
exemplos : log 3 3  1 pois 31  3
log 7 7  1 pois 71  7

a 
m
m
( iii ) log a n a m  pois n n
 am.
n
3
exemplos : log 4 8  log 22 2 3 
2
Logaritmos: 1
log 25 5  log 52 51 
2
2 2
Definição: log 7
49  log 1 72 
 2  4
1 1
log a b  x se e somente a x  b. 72
2
Condições de existência do log aritmo: 3
log 1001000  log 102 10 3 
b  0 2
C.E. 
a  0 e a  1 Logaritmos decimais:

Exemplos: Quando a base de um logaritmo é 10, esta poderá


ser omitida:

184
Apostila PRF

log 10 1  log 1  0  10 0  1 Exemplos :


log 10 2  log 2  0,301  10 0,301  2 log 3 5 
log 10 5 0,699
  1,465
log 10 3 0,477
log 10 3  log 3  0,477  10 0,477  3
log 10 2 0,301
log 10 5  log 5  0,699  10 0,699  5 log 7 2    0,356
log 10 7 0,845
log 10 7  log 7  0,845  10 0,845  7
log 4 12 log 7 12 log 10 12
log 5 12   
log 4 5 log 7 5 log 10 5
Propriedades dos logaritmos:

( i ) logaritmo de um produto é igual a soma de logaritmos : Função logarítmica:


log c a  b   log c a  log c b Definição: A função logarítmica é definida pela ex-
Exemplos : pressão:
log 10 6  log 10 2  3  log 10 2  log 10 3  0,301  0,477  0,778
log 1015  log 10 3  5  log 10 3  log 10 5  0,477  0,699  1,176
x  0
y  f ( x)  log a x onde 
a  0 e a 1

( ii ) logaritmo de um quociente é igual a diferença de logaritmos : Exemplos :


a y  f ( x)  log 2 x  1
log c    log c a  log c b
b y  f ( x)  log 1 3x  5
Exemplos : 2

 10 
log 10 5  log 10    log 10 10  log 10 2  1  0,301  0,699 x3
y  f ( x)  log 5
2 2 x
 100 
log 10 20  log 10    log 10 100  log 10 5  2  0,699  1,301
 5 
Gráfico da função logarítmica:
A função é crescente quando a > 1:

( iii ) logritmo de uma potência transforma - se em produto.


m
log b n a m  log b a
n
Exemplo :
4
log 49 81  log 7 2 3 4  log 7 3  2 log 7 3
2
3 3
3 3 9
log 3 9 8  log 2 2  2 log 3 2   log 7 3  log 7 3
2

33 2 2 2 4 A função é decrescente quando 0< a < 1 :


3

Mudança de base dos logaritmos:

log c b
log a b 
log c a

185
Apostila PRF

Exemplo 1 :
4 x 3  8 6 2 x
2 
2 x 3
 2 3 
6 2 x

2 2 x  6  2 186 x
Como as bases são iguais :
2x  6  -18 - 6x
2x  6x  -18 - 6
8x  -24
Construção do gráfico da função logarítmica: x  -3
S  - 3
Exemplo: Construir o gráfico da função
y  log 2 x  3 . Exemplo 2 :
x 3
x y  log 2 x  3 x, y  x
1 1
 
5

49  7 
4 y  log 2 4  3  log 2 1  0 4,0  
x 3
x
7  2  7 1 5

y  log 2 5  3  log 2 2  1 5,1 2  x 3


5
7 x 7 5
7 y  log 2 7  3  log 2 4  2 7,2 Como as bases são iguais :
-2  x3
  - x 2  3 x  10
x 5
- x 2  3 x  10  0
  3 2  4   1   10   9  40  49
 3  49  3  7 4
x,     2 (não é solução, pois x  0)
2   1 2 2
 3  7  10
x ,,   5
2 2
S  5

Resolução de equações exponenciais e logarítmicas:

186
Apostila PRF

Exemplo 3 :  5
3  43  3  0
2x x 2 x  5  0  x
2
C.E.  
Substituin do - se 3 x por y teremos : 10 x  11  0 11
 x
 10
y2  4  y  3  0
2   verdadeiro 
5 11
   4  4  1  3  16  12  4
2 2  (verdadeir o)
2 10
  4  4 4  2 6 S  2
y,    3
2 1 2 2
3  3  x 1
x ,
Exemplo 6 :
  4  4 4  2 2 log 5 2 x  15  1
y ,,    1
2 1 2 2 2 x  15  51
3  1 3
x 0
 x 0
,,
2 x  5  15
S  0,1
2 x  20
x  10
Exemplo 4 :
 15
5  2 x  3  2 x 1  7  2 x 1  140 C.E.  2 x  15  0  x
 2
2x
10  verdadeiro
5  2  3  1  7  2 x  21  140
x 15
2 2
Substituin do - se 2 x por y : S  10
y
5  y  3  1  7  y  21  140
2 Exemplo 7 :
log  x 1  x  1  2
3y
5y   14 y  140
2
10 y  3 y  28 y 280 x  12  x  1

2 2 x 2  2x  1  x  1
35 y  280 x 2  3x  0
y  280  35  8 x  x  3  0
2 x  8  23  x3 x  0 ou x  3
S  3
x  1  0  x  -1
C.E.  
x  1  0  x  1
Exemplo 5 : 3  1
log 3 2 x  5  log 3 10 x  11 x3 verdadeiro
3  1
2x  5  10x - 11
0  1
- 10x  2x  -11 - 5 x0 Falso
0  1
- 8x  -16
S  3
x2

187
Apostila PRF

Solução :
SEQÜÊNCIAS NUMÉRICAS: n  1  a 11   1  a1  2
1

a 2   1  3  2  5
1

n  2  a 21   1  a 2  2
2
Uma seqüência numérica é qualquer sucessão de
a 3   1   5  2  3
2
números, que normalmente segue uma lógica de forma-

n  3  a 31   1  a3  2
ção. A seqüência numérica é representada por: 3

S  a1 , a 2 , a3 , a 4 ,..., a n 
a 4   1   3  2  1
3

onde a1  1º termo.
a 2  2º termo. n  4  a 41   1  a 4  2
4

a3  3º termo.
a 4   1  1  2  3
4

 
S  3,5,3,1,3,5,3...
 
  Seqüências Numéricas:
a n  enésimo termo. Uma seqüência numérica é qualquer sucessão de
números , que normalmente segue uma lógica de forma-
Exemplo 1: Escreva os cinco primeiros termos da se- ção. A seqüência numérica é representada por:
S  a1 , a 2 , a3 , a 4 ,..., a n 
qüência definida por:

a n  2  a n 1  a n onde a1  1º termo.

S  a1  1 e a 2  1 a 2  2º termo.
n  1
 a3  3º termo.
 
Solução :
 
n  1  a1 2  a11  a1
 
a3  a 2  a1  1  1  2
a n  enésimo termo.
n  2  a 2 2  a 21  a 2
a 4  a3  a 2  2  1  3 Exemplo 1: Escreva os cinco primeiros termos da se-
n  3  a 3 2  a31  a3 qüência definida por:

a 5  a 4  a3  3  2  5 a n  2  a n 1  a n

S  1,1,2,3,5,8,13,21,34,... S  a1  1 e a 2  1
n  1

Exemplo 2: Escreva os cinco primeiros termos da se-
qüência definida por:
Solução :
a n1   1n  a n  2 n  1  a1 2  a11  a1
S 
a1  3 a3  a 2  a1  1  1  2
n  2  a 2 2  a 21  a 2
a 4  a3  a 2  2  1  3
n  3  a 3 2  a31  a3
a 5  a 4  a3  3  2  5
S  1,1,2,3,5,8,13,21,34,...

188
Apostila PRF

Solução :
Exemplo 2: Escreva os cinco primeiros termos da se- r  a 2  a1  8  5  3
a n  a1  n  1r
qüência definida por:

a n1   1n  a n  2 a 20  a1  20  1r


S 
a1  3 a 20  5  19  3  62

Solução :
Exemplo 2: Determinar o 1º termo e a razão da P.A.
n  1  a 11   1  a1  2 com a6  30 e a 10  58.
1

a 2   1  3  2  5 a10  a 6  10  6 r
1

n  2  a 21   1  a 2  2 58  30  4  r
2

a 3   1   5  2  3 4r  58  30  28
2

r  28  4  7
n  3  a 31   1  a3  2
3

a 6  a1  6  1r
a 4   1   3  2  1
3

30  a1  5  7
n  4  a 41   1  a 4  2
4 a1  30  35  5

a 4   1  1  2  3
4

S  3,5,3,1,3,5,3...
Exemplo 3 - Sabendo que os três primeiros termos
de uma PA são, respectivamente, x - 1, x + 5 e 4x - 4,
encontre o valor numérico do quarto termo.
Progressão Aritmética (PA)
Solução :
Uma seqüência (a 1 , a 2 , ..., a n ) é uma P.A. se, e so- a1  x  1
mente se, cada termo, à partir do segundo, for igual à
soma do termo anterior com uma constante “ r” chamada
a2  x  5
razão da PA. a3  4 x  4
Fórmula do Termo Geral r  a 2  a1  a3  a 2
a n  a1  n  1r x  5  x  1  4 x  4  x  5
onde : x  5 - x  1  4x - 4 - x - 5
a n  termo qualquer da P.A. 6  3x - 9
a1  1º termo da P.A. 3x  6  9
n  número de termos da P.A. x  15/3  5
r  razão da P.A. a1  x  1  5  1  4
a 2  x  5  5  5  10
Cálculo da Razão:
a3  4 x  4  4  5  4  16
r  a n  a n 1
r  a 2  a1  10  4  6
n  N, n  2
a 4  a3  r  16  6  22
Exemplo 1 : Determinar a razão e o 20º termo da

P.A. 5,8,11,14,... .  Exercício 4 - Seja A o conjunto dos 1993 primeiros
números inteiros estritamente positivos.
Quantos múltiplos inteiros de 15 pertencem ao con-
junto A?

189
Apostila PRF

Interpolação Aritmética
Solução : Dados dois números x e y, interpolar ou inserir k
O conjunto dos múltiplos de 15 formam uma P.A. de razão igual a 15. meios aritméticos entre x e y significa obter uma progres-
P.A.  (15,30,45, 60,...,1980,1995) são aritmética com k + 2 termos, sendo x e y, respectiva-
a n  a1  n  1r
mente, o primeiro e o último.

1980  15  n  1  15
1980  15  15n  15 Exemplo 6 - Interpolar 6 meios aritméticos entre 20 e
15n  1980 90. Em seguida, calcule a razão do terceiro com o sétimo
n  1980  15  132 termo desta seqüência.
Solução :
Classificação de uma PA P. A.  20, a 2 , a3 , a 4 , a5 , a 6 , a 7 ,90 
Uma P.A de razão r é:
a1  20 e a 8  90
 PA crescente, se e somente se, r  0
a8  a1  8  1r
 PA decrescente, se e somente se, r  0
90  20  7 r
 PA constante, se e somente se, r = 0
90  20
r  10
Notações Especiais 7
 PA com 3 termos  (x – r, x, x + r) razão: r P. A.  20,30,40,50,60,70,80,90 
 PA com 4 termos  (x – 3r, x – r, x + r, x + 3r) razão: a3 30 3
2r
 
a 7 70 7
 PA com 5 termos  (x – 2r, x – r, x, x + r, x + 2r) razão:
r
Exemplo 7 - Interpolar 5 meios aritméticos entre -30
e 170. Em seguida, escreva a P.A. .
Solução :
Exemplo 5 - Um triângulo retângulo tem seus lados P. A.   30, a 2 , a3 , a 4 , a5 , a 6 ,210 
c, b e a em uma progressão aritmética crescente, então a1  30 e a 7  210
a 7  a1  7  1r
podemos dizer que sua razão r é igual a:
Solução :
210  30  6r
a 2  b2  c2
210  30
a  xr r  40
6
bx P. A.   30,10,50,90,130,170,210 
c  xr
x  r  2  x 2  x  r 
2
Termo Médio

x 2  2rx  r 2  x 2  x 2  2rx  r 2 Dados três termos consecutivos em PA, o termo do


meio é média aritmética dos outros dois.
 x 2  4rx  0
a3  a1
x x  4r   0 a2 
 x  4r  0
2
x  4r a  a n 1
x b
an  n 1
2
r  
4 4
Soma dos Termos:

190
Apostila PRF

a1  a n 
Sn  n
2
onde :
S n  soma dos termos da P.A.
n  número de termos da P.A.
a1  primeiro termo da P.A.
a n  termo de ordem n da P.A.

Exercício 8 - A média aritmética dos 20 números pares consecutivos, começando em 6 e terminando em 44, vale:
Solução :
a  a n 
Sn  1 n
2
a1  a n 
n
Sn 2 a1  a n  6  44 50
Média aritmética       25
n n 2 2 2

191
Apostila PRF

Exercício 9: Calcular a soma dos 30 primeiros termos Solução :


da P.A. 9,13,17,21,25,... . P. A.0,1,2,3,...,1999 
Solução : a  a n 
Sn  1 n
r  a 2  a1  13  9  4 2
a n  a1  n  1r
a  a2000 
S 2000  1  2000
2
a30  9  30  1  4  125 0  1999   2000  1999000
S 2000 
a1  a n  2
Sn  n
2
S 30 
9  125  30  67  30  2010
2 Exercício 12: Um corpo, em sua queda, percorre 7
metros no 1° segundo e, nos segundos seguintes, a dis-
tância vai aumentando em 9,8 metros constantemente
Exercício 10 - Qual é o décimo quinto termo da PA
por segundo. Qual a altura da queda após 11 segundos?
de razão 3 cuja soma dos 30 primeiros termos é 225?
Solução :
P. A.7,0 ; 16,8 ; 26,6 ;...
Solução :
a11  a1  11  1r  7  10  9,8  105
a  a n 
Sn  1 n
S11 
a1  a11   11  7  105   11  616 metros
2
2 2
a  a30 
225  1  30
2 Exercício 13: - Seja a função de Z em Z definida por
225  a1  a30   15 f(x) é igual a:
a1  a30  225  15  15 0, se x é ímpar.
f (x)  
a30  15  a1 2x - 1, se x é par,
a30  a1  30  1r Nessas condições, a soma: f(1) + f(2) + f(3) + f(4) +
15  a1  a1  29  3 ... + f(999) + f(1.000) é igual a:
 2a1  29  3  15 Solução :
 2a1  72 f( 1 )  0 f( 2 )  2  2-1  3
a1  36 f( 3 )  0 f( 4 )  2  4-1  7
a15  a1  15  1r f( 5 )  0 f( 6 )  2  6-1  11
a15  36  14  3  6 f (999 )  0 f(1000 )  2  1000 -1  1999
P. A.3,7,11,...1999  onde n  500
Exercício 11 - Qual a soma dos dois primeiros milha- a  a500  3  1999   500  500500
S500  1  500 
res naturais? 2 2
Exercício 14 - Numa urna há 1.000. Retirando três
bolinhas na primeira vez , 6 bolinhas na segunda, 9 boli-
nhas na terceira, e assim por diante, quantas bolinhas
restarão na urna após a vigésima retirada?

192
Apostila PRF

Solução:   3 2  4  1   10   49
a 20  a1  20  1r  3  19  3  60
 3  49  3  7
a1  a 20  3  60   20  630 a,   2
S 20   20  2 2
2 2
Re stam na urna 1000 - 630  470 bolinhas  3  49  3  7
a ,,    5
2 2
Exercício 15 - A soma das frações irredutíveis, posi-
tivas, menores do que 10 de denominador 4, é:

P. A. 1  a,a, 11  a 
Solução : Para a  -5
1 3 5 7
P. A. , , , ,...,
39 

 
P. A. 1   5, 5, 11   5  6,5,4
4 4 4 4 4  a4  3
3 1 2 1
r  a 2  a1    
4 4 4 2
n  20 termos Exercício 18 - - Um estacionamento cobra R$ 1,50
 1 39  pela primeira hora. A partir da segunda, cujo valor é R$
  
a1  a 20  1,00 até a décima segunda, cujo valor é R$ 0,40, os pre-
 20  
4 4 
S 20   20 ços caem em progressão aritmética. Se um automóvel fi-
2 2
 40  car estacionado 5 horas nesse local, quanto gastará seu
  proprietário?
S 20   4 
 20 
10
 20  100
2 2 Solução :
Exercício 16 - A soma dos elementos comuns às se- a 2  R$1,00
qüências (3, 6, 9, ...) e (4, 6, 8, ...), com 50 termos cada
a12  R$0,40
uma, é:
a12  a 2  12  2r
Solução :
0,40  1,00  10r
Os termos comuns são os múltiplos de 6 menores que 50.
1,00  0,40
P.A.6,12,18,24 ,30,36,42, 48 r  R$0,06
10
a  a8  6  48  8  216 a3  R$1,00  R$0,06  R$0,94
S8  1 8 
2 2
a 4  R$0,94  R$0,06  R$0,88
Exercício 17 - Em uma progressão aritmética de ter- a5  R$0,88  R$0,06  R$0,82
mos positivos, os três primeiros termos são Ficando estacionado 5 horas :
1  a ,  a , 11  a . O quarto termo desta PA é: R$1,50  R$1,00  R$0,94  R$0,88  R$0,82  R$5,14
Solução :
Exercício 19 - Um coronel dispõe seu regimento na
r  a 2  a1  a3  a 2
 a   1  a    
forma de um triângulo completo, colocando um homem
11  a   a  na primeira linha, dois na segunda, três na terceira, e as-
sim por diante, até utilizar os 171 homens de seu regi-
 a  1  a  11  a  a mento. Qual o número de linhas?
 a  1  11  a
 a  12   
2
11  a
a 2  2a  1  11  a
a 2  3a  10  0

193
Apostila PRF

Solução :  x x 3
 PG com 4 termos   , , x , xq , xq  razão: q2
P. A.1,2,3,...., a n   q3 q



a n  a1  n  1r  1  n  1  1  n
 x x 2
a1  a n   PG com 5 termos   , , x , xq , xq  razão: q
 q2 q 
Sn  n  
2
171 
1  n   n
2 Interpolação Geométrica
n1  n   342 Dados dois números x e y interpolar ou inserir k
meios geométricos entre x e y significa obter uma pro-
n  18 linhas gressão geométrica com k + 2 termos, sendo x e y, res-
pectivamente, o primeiro e o último.

Progressão Geométrica (PG)


Termos Médios
Uma seqüência (a 1 , a 2 , ..., a n ) é chamada de PG Dados três termos consecutivos em PG, o termo do
se, e somente se, cada termo, a partir do segundo, for meio é média geométrica dos outros dois.
igual ao produto do termo anterior por uma constante q
Se (..., x, y, z, ...) é PG então: y2 = x . z
denominada razão da PG.
Fórmula do Termo Geral
n 1 Soma dos termos de uma PG finita
a  a q
n

onde :
1

Sn 
 
a1 . q n  1
, se q  1
A soma dos n q 1
a 1
 primeiro termo da P.G. primeiros de n  |N*

a  termo qualquer da P.G. uma PG Finita


n
é dada por: S n  n . a 1 , se q  1
q  razão da P.G.

Cálculo da Razão: Soma dos termos de uma PG infinita

an A soma dos termos de uma PG in- a1


q , n  |N e n  2 finita, de razão – 1 < q < 1, é dada S 
an1 por: 1 q

Classificação de uma PG Produtos dos Termos


Uma PG de razão q é:
Sendo a PG (a1, a2, ... an, ...)
 PG crescente se, e somente se, a1 > 0 e q > 0 ou a1 <
Pn   a1 . a n 
n
o produto Pn de seus n primei-
0e0<q<1 ros termos é dado por;
 PG decrescente se, e somente se, a1 > 0 e 0 < q < 1 ou
a1 < 0 e q > 0
A escolha do sinal de Pn deve ser feita de acordo com
 PG alternamente se, e somente se, q < 0
um dos casos a seguir:

Notações Especiais Se todos os termos forem positivos; ou,


+
Se o número de termos negativos for par.
x 
 PG com 3 termos   , x , x . q  razão: q
q 
- Se o número de termos negativos for ímpar.

194
Apostila PRF

Solução :
Atenção: P.G.4,8,.....,4096 
n  n 1 Já fornece o produto com o 
P.G. 2 2 ,2 3 ,2 4 ,2 5 ,2 6 ,2 7 ,2 8 ,2 9 ,210 ,211 ,212 
Pn  a1  . q
n 2
sinal. Logo k  12 - 2  10

Questão 5 - As seqüências (x; 2y - x; 3y) e (x; y; 3x


Exercícios de Progressão Geométrica + y - 1), de termos não nulos, são, respectivamente, arit-
mética e geométrica. Então, 3x + y vale:
Questão 1 - Calcule a soma: (2 + 0,3 + 0,03 + 0,003
+ 0,0003 + ...) Solução :
Solução : P. A. x , 2 y  x , 3 y 
0,3 0,3 1 7 a 2  a1  a3  a 2
S  2  S  2   2  2 
1  0,1 0,9 3 3 2 y  x  x  3 y  2 y  x 
2 y  2x  y  x
Questão 2 - A população humana de um conglome- 2 y  y  2x  x
rado urbano é de 10 milhões de habitantes e a de ratos é y  3x
P.G.x , y , 3 x  y  1
de 2 milhões. Admitindo-se que ambas as populações
cresçam em progressão geométrica, de modo que a hu-
mana dobre a cada 5 anos e a de ratos dobre a cada ano, P.G.x , 3 x , 6 x  1
dentro de dez anos haverá quantos ratos por habitante? a 2 a3

Solução : a1 a 2
Em dez anos a populaçãoserá : 3x 6 x  1

ratos : a 10  a1  q  2  2 milhões  1024 milhões.
9 9
x 3x
hom ens : 40milhões. 6x  x  9x 2
2

1024  3x 2  x  0
razão   25,6 ratos / habitante.
40 1
x  y  -1
3
 1
3x  y  3      1  1  1  2
Questão 3 - Se a soma dos termos da progressão  3
geométrica dada por 0,3; 0,03; 0,003; ... é igual ao termo
médio de uma progressão aritmética de três termos, en-
tão a soma dos termos da progressão aritmética vale: Questão 6 - A seqüência (2x + 5; x + 1; x/2; ...), com
x pertencendo ao conjunto dos números Reais, é uma
Solução :
progressão geométrica de termos positivos. O décimo
a 0,3 0,3 1 terceiro termo dessa seqüência é:
S  1     a 2 ( termo médio)
1  q 1  0,1 0,9 3
a  a3  1
S3  1  3  a2  3   3  1
2 3

Questão 4 - Entre 5 e 5.000, temos K números da


n
forma 2 onde n é um número natural. Então K vale:

195
Apostila PRF

Solução : Solução :
a 2 a3 a 50 5
q  q 2  
a1 a 2 a1 20 2
3
x 5
x 1 a 4  a1 q  20     312,5 gramas.
3
 2
2x  5 x  1 2
5x Questão 9 - Uma progressão aritmética de 3 termos
x 2  2x  1  x 2 
2 é tal que, adicionando-se 3, 7 e 17 ao primeiro, segundo
4 x  2 5x e terceiro termos, respectivamente, obtém-se uma pro-
 gressão geométrica. Determine a progressão geomé-
2 2 trica, sabendo que a soma dos termos da progressão arit-
4 x  5 x  2 mética vale 15.
x2  a1  2  2  5  9 Solução :
a2  2 1  3 P. A.a1 , a 2 , a3 
a3  2 2  1 a1  a 2  a3  15
3 1 a1  a1  r  a1  2r  15
q 
9 3 3a1  3r  15
12
1 32 a1  r  15  3  5  a 2
a13  a1 q 12  9   12  3 212  3 10
 3 3
P.G.a1  3, a 2  7, a3  17 
a 2  7 a3  17
Questão 7 - Se a seqüência (1; 3; 9; 27; ...) tem 
a1  3 a 2  7
3.280 como soma dos seus termos, então quantos ter-
mos tem esta seqüência? 5  7 a 2  r  17

Solução : a1  3 57

a qn 1
Sn  1
 12

5  r  17
q 1 5r 3 12
r  22
 
12
1  3n  1 
3280  8r 12
3 1 r  2  a1  3
3  1  6560
n
P. A.3,5,7 
3 n  6561  38
P.G.6,12,24 
n8

Questão 10 - Calcular a razão de uma progressão


Questão 8 - Para testar a quantidade de vitamina A geométrica cujos 3 únicos termos são os lados de um tri-
presente em cenouras, pedaços desse vegetal foram da- ângulo retângulo.
dos a ratos deficientes dessa vitamina. Os níveis de do-
ses foram arranjados em uma seqüência geométrica. Se
20 gramas e 50 gramas foram as duas primeiras doses,
de quanto deverá ser a quarta dose?

196
Apostila PRF

Solução : Solução :
a q  2 2
 a 1 q   a 1 
2 2
a2
1
1 2 2
q  3  
1

a1 q 4  a1 q 2  a1
2 2 2
a1 1 3 1 3
2
Dividindo  se por a 1 :
2
1
a
S  1  2  1   3   1  3  1,5
q4  q2  1  0 1 q 1 2 2 32 2 1
3
Substituindo  se q 2 por x :
Questão 13 - O número que deve ser subtraído de 1,
x2  x  1  0 de 11/8 e de 31/16 para que os resultados formem uma
  1   1 2  4  1   1
progressão geométrica, nesta mesma ordem, é:
1 5
x 
2 1 2
Solução :
1 5
q a 2 a3
2 q 
a1 a 2
Questão 11 - Unem-se os meios dos lados de um
 11 31 
triângulo eqüilátero cuja área é 9 3cm 2 e obtêm-se ou- P.G.1  x,  x,  x 
 8 16 
tro triângulo eqüilátero; unem-se os meios dos lados
11 31
desse outro e obtém-se um novo triângulo eqüilátero, e x x
assim sucessivamente. Achar o limite da soma das áreas 8  16
desses n triângulos. 1 x 11
x
8
121 11 11 31 31
 x  x  x2   x  x  x2
64 8 8 16 16
121 22 31 31
 x x x
64 8 16 16
31 22 31 121
xx x 
16 8 16 64
124 x  64 x  176 x 124  121

Solução : 64 64
L1 3 12 x  3
A1  9 3   L1  18 cm
2 x3  1
12 4
L2 3 9 3
L 2  L1  9 cm  A2   cm 2
2 2 2 Questão 14 - O valor da soma:
A 1
q 2   1   36 36 36 
A1 2 S  4      3  5  7  ... é igual a:
 10   10 10 10 
A1 9 3 9 3
S     18 3 cm3
1 q 1 1 1
2 2

Questão 12 - A soma dos termos da seqüência (1/2;


1/3; 2/9; 4/27; ...) é:

197
Apostila PRF

Solução :
1
1 1 1 3 1 100 1
S   3  5  7  ...  10   
10 10 10 1 1000 99 990
1 2
10
1 1 3960  99  36 4095 91
S  4   36    
10 990 990 990 22

Questão 15 - Determine o valor da expressão: 2-3 +


2-4 + 2-5 + 2-6 + ... + 2-10.
Solução :
a2 2 4
q   2  43  2 1
a1 2 3

Sn 

a1 q n  1 
q 1
1  1 
S8 
2 2 3


 
1 8

 1 8  256 

  1

2 11
1
1
2
1  1  256 
 
8  256   255  2  255
S8       
1 2  2048  1  1024
2

Questão 16 - Achar o limite da soma dos termos da


progressão geométrica: (2+ 2/3; 1 + 1/3; 2/3; 1/3; ...)
Solução :
1 3 1
1
a 3  3  43  4  1
q 2 
a1 2 62 3 8 8 2
2
3 3
8 8
a1 8 8 2 16
S   3  3    
1 q 1 2 1 1 3 1 3
1 2
2 2

198
Apostila PRF

UNIVERSO – É o conjunto constituído por todos os ele-

ESTATÍSTICA mentos possíveis, sendo que, tais elementos podem ser


reunidos em subconjuntos denominados populações
POPULAÇÃO – É o total de objetos ou indivíduos que
possuem uma mesma característica
Quando algumas pessoas ouvem a palavra “estatís-
tica”, imaginam logo taxa de acidente, índices de mortali- CENSO – É a operação que consiste numa apuração dos
dade, litros por quilômetro, etc. Essa parte da estatística, valores que constituem uma população. É o levanta-
que utiliza números para descrever fatos, é chamada, de mento total da população
forma bastante apropriada, estatística descritiva. AMOSTRA – É a parte representativa da população
Outro ramo da estatística relaciona-se com a proba- EXPERIMENTO ALEATÓRIO – É a experiência feita
bilidade, e é útil para analisar situações que envolvem o para o conhecimento de determinado fenômeno. Carac-
acaso. Jogos de dados e de cartas, ou o lançamento de teriza-se pelo fato de poder ser repetido sempre sob as
uma moeda para o ar enquadram-se na categoria do mesmas condições. A qualquer resultado proveniente de
acaso. um experimento aleatório é denominado acontecimento
Um terceiro ramo da estatística é a inferência. Diz ou evento.
respeito a análise e interpretação de dados amostrais. A ATRIBUTO – É a avaliação de um característico de qua-
idéia básica da amostragem é efetuar determinada men- lidade, baseada em uma classificação, apesar de poder
suração sobre uma parcela pequena, mas típica, de de- ser expressa por um número, não implica necessaria-
terminada “população” e utilizar essa informação para fa- mente uma mensuração.
zer inferência sobre a população toda.
VARIÁVEL – É a avaliação de um característico de quan-
Firmas comerciais e entidades governamentais re- tidade com base na medida correspondente à leitura de
correm a amostragem por várias razões. O custo é usu- uma escala. Podem ser discretas ou contínuas.
almente um fator relevante.
VARIÁVEL DISCRETA – É uma variável numérica cujos
Outra razão para o emprego de amostragem é que o valores se obtém a partir do procedimento de contagem.
valor da informação em geral dura pouco. Para ser útil, a
VARIÁVEIS CONTÍNUAS – São aquelas que podem as-
informação deve ser obtida e usada rapidamente. Por ve-
sumir qualquer valor entre dois dados (não enumeráveis)
zes, o exame de determinado artigo o destrói.
A estatística compreende a estatística descritiva, a
teoria da probabilidade e amostragem.
Organização de dados
Um modelo interessante, que pode ser usado para
Os métodos estatísticos envolvem a análise e a inter-
ilustrar a amostragem, é uma urna contendo grande nú-
pretação de números, tais como renda anual, vendas
mero de bolinhas de diversas cores. As bolinhas repre-
mensais, escores de testes, número de peças defeituo-
sentam membros de alguma população. Pode-se mostrar
sas, percentagem de respostas favoráveis a um questio-
que. Se as bolas estiverem bem misturadas, uma amos-
nário, vida ativa, etc.
tra relativamente pequena (50, digamos) poderá refletir
muito bem a população. Isto é, a divisão das bolas por Os dados estatísticos se obtêm mediante um pro-
cor, na amostra, se aproximará bastante da divisão por cesso que envolve a observação ou outra mensuração
cores na população (urna). de itens tais como renda anual numa comunidade, esco-
res de testes, quantidade de café por xícara servida por
Um modelo é uma versão simplificada de algum pro-
uma máquina automática, resistência à ruptura de fibras
blema ou situação da vida real destinado a ilustrar certos
de náilon, percentagem de açúcar em cereais, etc. Tais
aspectos do problema sem levar em conta todos os de-
itens chamam-se variáveis, porque originam valores que
talhes.
tendem a exibir certo grau de variabilidade quando se fa-
zem mensurações sucessivas.
As variáveis contínuas podem assumir qualquer valor
Conceitos Básicos
num intervalo contínuo. Os dados referentes a tais variá-
ESTATÍSTICA – É o campo do conhecimento científico veis dizem-se dados contínuos.
que trata de coletar e analisar dados observados com fins
de se tirar conclusões ou se tomar decisões

199
Apostila PRF

As variáveis discretas assumem valores inteiros. Os n


dados discretos são o resultado da contagem do número
de itens.
x i
ou mais simplismen te como : x  i 1
Tanto os dados discretos como os contínuos se di- n
zem quantitativos, porque são inerentemente numéricos.
Isto é, certos valores numéricos acham-se naturalmente
associados às variáveis que estamos medindo. Por outro
lado, os dois tipos restantes de dados – nominais e por
x
x
postos – envolvem variáveis que não são inerentemente n
numéricas. São as variáveis que não são inerentemente
numéricas. São as variáveis qualitativas – que devem ser
convertidas em valores numéricos antes de serem pro- A média tem certas propriedades interessantes e
cessadas estatisticamente. úteis, que explicam por que é ela a medida de tendência
central mais usada:
Os dados nominais surgem quando se definem cate-
gorias e se conta o número de observações pertencentes 1- A média de um conjunto de números pode sempre
a cada categoria. Por exemplo, nos concursos de culiná- ser calculada.
ria, de beleza, de flores e de cães, os elementos se clas- 2- Para um dado conjunto de números, a média é única.
sificam como primeiro, segundo, terceiro, etc. 3- A média é sensível a (ou afetada por) todos os valo-
res do conjunto.Assim, se um valor se modifica, a média
Os dados por postos consistem de valores relativos
também se modifica.
atribuídos para denotar ordem: primeiro, segundo, ter-
4- Somando-se uma constante a cada valor do con-
ceiro, quarto, etc.
junto, a média ficará aumentada do valor dessa cons-
tante.
ANÁLISE DE PEQUENOS CONJUNTOS DE DA- 5- A soma dos desvios dos números de um conjunto a
DOS contar da média é zero.

 x 
A análise de dados freqüentemente segue linhas di-

x 0
ferentes, conforme se trate de um grande ou de um pe-
queno conjunto de dados. Quando há, digamos, 30 da- i
dos pontuais ou menos, utilizam-se os métodos indicados
nas páginas que seguem imediatamente.
Conquanto não exista um padrão que se possa con- A MÉDIA PONDERADA
siderar o melhor, há técnicas que se prestam melhor que A fórmula anterior para calcular a média aritmética
outras a determinadas situações. supõe que cada observação tenha a mesma importância.
Conquanto este caso seja o mais geral, há exceções.
n
Medidas de tendência central
As medidas de tendência central são usadas para in-
w x i i

dicar um valor que tende a tipificar, ou a representar me- média ponderada  i 1


n
lhor, um conjunto de números. As três medidas mais usa-
das são a média, a mediana e a moda.
w i 1
i

A MÉDIA
onde w é o peso da observação de ordem.
i

A média de uma amostra * é representada pelo sím-


A MEDIANA
bolo x (leia-se “x barra”), e seu cálculo pode expressar-
se em notação sigma como segue. Uma segunda medida do meio de um conjunto de nú-
meros é a mediana. Sua característica principal é dividir
um conjunto ordenado de dados em dois grupos iguais;a
metade terá valores inferiores à mediana, a outra metade

200
Apostila PRF

terá valores superiores à mediana. Para calcular a medi- 1. não se


ana, é necessário primeiro ordenar os valores (comu- presta aná-
mente) do mais baixo ao mais alto. Em seguida, conta-se 1. valor “tí- lise mate-
até a metade dos valores para achar a mediana. pico”: maior mática
O processo para determinar a mediana é o seguinte: valor mais fre- quantidade
Moda 2. pode não
qüente de valores
1- Ordenar os valores. ser moda
concentrados
2- Verificar se há um número ímpar ou par de valores. neste ponto para certos
3- Para um número ímpar de valores, a mediana é o va- conjuntos
lor do meio. Para um número par de valores, a mediana de dados
é a média dos dois valores do meio.

Exemplos:
COMPARAÇÃO ENTRE MÉDIA E MEDIANA
Dados brutos
A média é sensível a (ou influenciada por) cada valor
4 8 9 2
do conjunto, inclusive os extremos. Por outro lado, a me-
8 6 3 1
diana é relativamente insensível aos valores extremos.
10 4 4 3
6 7 7 6
A MODA
A moda é o valor que ocorre com maior freqüência média= 5,5
num conjunto. mediana= 6
moda= 4

Dados brutos
50 150 100 100
80 60 70 40
10 120 100 50
30 100 50 6

média= 69,75
mediana= 65
moda= 100
Comparação entre Média, Mediana e Moda:

Definição Vantagens Limitações Dados brutos


13,2 4,7 9,5 9,7
1. reflete cada
10,9 5,6 0,1 12,5
valor 1. é influen- 9,2 2,8 4,1 4,6
Mé-
x
x i 2. possui pro- ciada por 3,5 8,3 6,4 3,2
dia n priedades valores ex-
matemáticas tremos média= 6,8
atraentes mediana= 6,0
moda= #N/D
1. difícil de
metade dos 1. menos sen- A ANÁLISE DE GRANDES CONJUNTOS DE DA-
determinar
Medi- valores são sível a valores DOS
para grande
ana maiores me- extremos do Os métodos principais para organizar dados estatís-
quantidade
tade menores que a média
de dados ticos compreendem o arranjo ou disposição dos itens em
subconjuntos que apresentem características similares.
A designação para os dados dispostos em grupos ou
categoria é distribuição de freqüência.

201
Apostila PRF

Distribuição de frequência AMPLITUDE DO INTERVALO OU COMPRIMENTO DE


CLASSE (c) - É a diferença entre os limites superior e
Uma distribuição de freqüência é um grupamento de inferior de uma classe
dados em classes, exibindo o número ou percentagem
de observações em cada classe. Uma distribuição de fre- PONTO MÉDIO DA CLASSE (Xj) – É a média aritmética
qüência pode ser apresentada sob forma gráfica ou tabu- simples dos limites superior e inferior de uma classe
lar.
FREQÜÊNCIA:
Construção de uma Distribuição de Freqüência SIMPLES ABSOLUTA (fi) – É o número de repetições
para Dados Contínuos ou observações de um valor individual ou de uma classe
Os principais estágios na construção de uma distri- de valores da variável, ou seja, é o número de casos ob-
buição de freqüência para dados amostrais são: servados

1. Estabelecer as classes ou intervalos de grupamento é a soma das freqüências


dos dados. simples absolutas e é igual ao número total de casos ob-
2. Enquadrar os dados nas classes, mediante conta- servados
gem. SIMPLES RELATIVA
3. Contar o número em cada classe.
fi fi
fri  
f
4. Apresentar os resultados numa tabela ou num grá-
fico. i n

DISTRIBUIÇÃO DE FREQÜÊNCIA ACUMULADA ABSOLUTA (Fi) = Pode ser: “Abaixo


de” ou crescente e “Acima de” ou decrescente. A freqüên-
DADOS BRUTOS – São aqueles que não se encontram cia acumulada absoluta “abaixo de” uma classe ou de um
prontos para análise, por não estarem numericamente or- valor individual é a soma da freqüência simples absoluta
ganizados. dessa classe ou deste valor com as freqüências simples
Ex.: 3, 1, 2, 5, 8, 1, 2, 3, 18, 3, 4, 9, 9 absolutas das classes ou dos valores “anteriores”
ROL – É uma lista em que os valores estão dispostos em
ordem crescente ou decrescente de grandeza
Ex.: 2, 4, 4, 6, 7, 7, 8, 8, 8, 9, 10 ACUMULADA RELATIVA
FREQÜÊNCIA (fi) – É o número de observações ou re- Fi
petições de um determinado valor, ou seja, é o número Fri 
de casos observados.
n
TABULAÇÃO – É a condensação de todos os resultados
em uma tabela, estabelecendo a correspondência entre
o valor individual e o respectivo número de vezes que ele Exemplo 1:
foi observado
AMPLITUDE TOTAL (AT) – É a diferença entre o maior
e o menor valor observado da variável em estudo
Dados Brutos:
CLASSE DE FREQÜÊNCIA (K) – É cada um dos grupos
de valores em que se subdivide a amplitude do conjunto 6 9 2 7 0 8 2 5 4 2
de valores observados 5 4 4 4 4 2 5 6 3 7
3 8 8 4 4 4 7 7 6 5
LIMITE SUPERIOR E LIMITE INFERIOR – São os valo- 4 7 5 3 7 1 3 8 0 6
res extremos da classe 5 1 2 3 6 0 5 6 6 3

LIMITE REAL DE CLASSE – É a média aritmética entre


o limite superior de uma classe e o limite inferior da classe
seguinte
Tabela de Freqüências:

202
Apostila PRF
frequência frequência frequência frequência frequência frequência frequência frequência
Classe absoluta abs. acm. relativa rel. acm. Classe absoluta abs. Acm. relativa rel. Acm.
0 3 3 0,06 0,06 3-8 8 8 0,20 0,20
1 2 5 0,04 0,10
8-13 10 18 0,25 0,45
2 5 10 0,10 0,20
3 6 16 0,12 0,32 13-18 9 27 0,23 0,68
4 9 25 0,18 0,50 18-23 7 34 0,18 0,85
5 7 32 0,14 0,64 23-28 4 38 0,10 0,95
6 7 39 0,14 0,78 28-33 2 40 0,05 1,00
7 6 45 0,12 0,90 TOTAL 40 1,00
8 4 49 0,08 0,98
9 1 50 0,02 1,00
50 1,00 Histograma de Freqüências Relativas:

0,30
Histograma de Freqüências Relativas:
0,25

0,20

0,15

0,10

0,05

0,00
3-8 8-13 13-18 18-23 23-28 28-33

Histograma de Freqüências Relativas Acumuladas Histograma de Freqüências Relativas Acumuladas


(OGIVA): (OGIVA):

1,20

1,00

0,80

0,60

0,40

0,20

0,00
3-8 8-13 13-18 18-23 23-28 28-33
Exemplo 2:

Dados Brutos:
Medidas de dispersão
11,10 12,50 32,40 7,80 21,00 16,40 11,20 22,30 Se os valores estão relativamente próximos uns dos
4,40 6,10 27,50 32,80 18,50 16,40 15,10 6,00 outros, ou separados.
10,70 15,80 25,00 18,20 12,20 12,60 4,70 23,50
Consideramos quatro medidas de dispersão: o inter-
14,80 22,60 16,00 19,10 7,40 9,20 10,00 26,20
3,50 16,20 14,50 3,20 8,10 12,90 19,10 13,70
valo, desvio médio, a variância e o desvio padrão. Todas
elas, exceto o intervalo, têm na média o ponto de referên-
cia.
Tabela de Freqüências:

203
Apostila PRF

Consideremos quatro medidas de dispersão: o inter- A variância de uma amostra é a média dos quadra-
valo, o desvio médio, a variância e o desvio padrão. To- dos dos desvios dos valores a contar da média, calculada
das elas exceto o intervalo, têm na média o ponto de re- usando-se n – 1 em lugar de n.
ferência. Em resumo, os estágios do cálculo da variância são:
1. Calcular a média.
O INTERVALO 2. Subtrair a média a cada valor do conjunto.
O intervalo pode ser expresso pela diferença entre 3. Elevar ao quadrado cada desvio.
o maior e o menor número num grupo, ou pela identifica- 4. Somar os quadrados dos desvios.
ção desses dois números.
5. Dividir a soma por (n – 1) se se trata de dados amos-
trais, ou simplesmente por n para somar o conjunto ou se
os dados representam todos os valores de uma popula-
Seguem-se alguns exemplos:
ção.
Intervalo

Do Menor Uma fórmula alternativa, bastante usada para o cál-


Números Diferença culo da variância, é:
ao Maior

 xi   xi  n
2 2


13-1=12 de 1 a 13 2
s x
n 1
73-3=70 de 3 a 73

10,3-1,9=8,4 de 1,9 a 10,3 O DESVIO PADRÃO


O desvio padrão é simplesmente a raiz quadrada po-
sitiva da variância.
DESVIO MÉDIO ABSOLUTO
O desvio médio absoluto (DMA) mede o desvio dos
valores em relação à média do grupo, ignorando o sinal
do desvio.

DMA 
xi x
n

onde n é o número de observações no conjunto


A VARIÂNCIA
Os desvios são elevados ao quadrado antes da
soma, e (2) toma-se a média dividindo por n- 1 em lugar
de n, porque isso dá uma melhor estimativa da variância
populacional.

 x 2
x

2 i
s x
n 1
Se um conjunto de números constitui uma popula-
ção, ou se a finalidade de somar os dados é apenas des-
crevê-los, e não fazer inferências sobre uma população,
então deve-se usar n em lugar de (n – 1) no denomina-
dor.

204
Apostila PRF
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDE- cultural dos povos da América Latina, visando à for-
mação de uma comunidade latino-americana de na-
RATIVA DO BRASIL DE 1988 ções.
TÍTULO II
PREÂMBULO Dos Direitos e Garantias Fundamentais
Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos
CAPÍTULO I
em Assembléia Nacional Constituinte para instituir um
DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLE-
Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício
TIVOS
dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segu-
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distin-
rança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a
ção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasilei-
justiça como valores supremos de uma sociedade fra-
ros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabili-
terna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmo-
dade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à se-
nia social e comprometida, na ordem interna e interna-
gurança e à propriedade, nos termos seguintes:
cional, com a solução pacífica das controvérsias, pro-
I - homens e mulheres são iguais em direitos e
mulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte CONS-
obrigações, nos termos desta Constituição;
TITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL.
II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de
TÍTULO I fazer alguma coisa senão em virtude de lei;
Dos Princípios Fundamentais III - ninguém será submetido a tortura nem a tra-
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada tamento desumano ou degradante;
pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do IV - é livre a manifestação do pensamento,
Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de sendo vedado o anonimato;
Direito e tem como fundamentos: V - é assegurado o direito de resposta, proporci-
I - a soberania; onal ao agravo, além da indenização por dano mate-
II - a cidadania rial, moral ou à imagem;
III - a dignidade da pessoa humana; VI - é inviolável a liberdade de consciência e de
IV - os valores sociais do trabalho e da livre inici- crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos
ativa; religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos
V - o pluralismo político. locais de culto e a suas liturgias;
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, VII - é assegurada, nos termos da lei, a presta-
que o exerce por meio de representantes eleitos ou di- ção de assistência religiosa nas entidades civis e mili-
retamente, nos termos desta Constituição. tares de internação coletiva;
Art. 2º São Poderes da União, independentes e VIII - ninguém será privado de direitos por mo-
harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Ju- tivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou
diciário. política, salvo se as invocar para eximir-se de obriga-
Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da ção legal a todos imposta e recusar-se a cumprir pres-
República Federativa do Brasil: tação alternativa, fixada em lei;
I - construir uma sociedade livre, justa e solidá- IX - é livre a expressão da atividade intelectual,
ria; artística, científica e de comunicação, independente-
II - garantir o desenvolvimento nacional; mente de censura ou licença;
III - erradicar a pobreza e a marginalização e re- X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a
duzir as desigualdades sociais e regionais; honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito
IV - promover o bem de todos, sem preconceitos a indenização pelo dano material ou moral decorrente
de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras de sua violação;
formas de discriminação. XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, nin-
Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se guém nela podendo penetrar sem consentimento do
nas suas relações internacionais pelos seguintes prin- morador, salvo em caso de flagrante delito ou desas-
cípios: tre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por de-
I - independência nacional; terminação judicial;
II - prevalência dos direitos humanos; XII - é inviolável o sigilo da correspondência e
III - autodeterminação dos povos; das comunicações telegráficas, de dados e das comu-
IV - não-intervenção; nicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem
V - igualdade entre os Estados; judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer
VI - defesa da paz; para fins de investigação criminal ou instrução proces-
VII - solução pacífica dos conflitos; sual penal;
VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo; XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho,
IX - cooperação entre os povos para o progresso ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissi-
da humanidade; onais que a lei estabelecer;
X - concessão de asilo político. XIV - é assegurado a todos o acesso à informa-
Parágrafo único. A República Federativa do Bra- ção e resguardado o sigilo da fonte, quando necessá-
sil buscará a integração econômica, política, social e rio ao exercício profissional;
Apostila PRF

XV - é livre a locomoção no território nacional XXXI - a sucessão de bens de estrangeiros situ-


em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos ter- ados no País será regulada pela lei brasileira em be-
mos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com nefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, sempre
seus bens; que não lhes seja mais favorável a lei pessoal do "de
XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem cujus";
armas, em locais abertos ao público, independente- XXXII - o Estado promoverá, na forma da lei, a
mente de autorização, desde que não frustrem outra defesa do consumidor;
reunião anteriormente convocada para o mesmo local, XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos
sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade com- públicos informações de seu interesse particular, ou
petente; de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no
XVII - é plena a liberdade de associação para prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalva-
fins lícitos, vedada a de caráter paramilitar; das aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segu-
XVIII - a criação de associações e, na forma da rança da sociedade e do Estado;
lei, a de cooperativas independem de autorização, XXXIV - são a todos assegurados, independen-
sendo vedada a interferência estatal em seu funciona- temente do pagamento de taxas:
mento; a) o direito de petição aos Poderes Públicos em
XIX - as associações só poderão ser compulsori- defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de
amente dissolvidas ou ter suas atividades suspensas poder;
por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o b) a obtenção de certidões em repartições públi-
trânsito em julgado; cas, para defesa de direitos e esclarecimento de situa-
XX - ninguém poderá ser compelido a associar- ções de interesse pessoal;
se ou a permanecer associado; XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Po-
XXI - as entidades associativas, quando expres- der Judiciário lesão ou ameaça a direito;
samente autorizadas, têm legitimidade para represen- XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido,
tar seus filiados judicial ou extrajudicialmente; o ato jurídico perfeito e a coisa julgada;
XXII - é garantido o direito de propriedade; XXXVII - não haverá juízo ou tribunal de exce-
XXIII - a propriedade atenderá a sua função so- ção;
cial; XXXVIII - é reconhecida a instituição do júri, com
XXIV - a lei estabelecerá o procedimento para a organização que lhe der a lei, assegurados:
desapropriação por necessidade ou utilidade pública, a) a plenitude de defesa;
ou por interesse social, mediante justa e prévia indeni- b) o sigilo das votações;
zação em dinheiro, ressalvados os casos previstos c) a soberania dos veredictos;
nesta Constituição; d) a competência para o julgamento dos crimes
XXV - no caso de iminente perigo público, a au- dolosos contra a vida;
toridade competente poderá usar de propriedade parti- XXXIX - não há crime sem lei anterior que o de-
cular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, fina, nem pena sem prévia cominação legal;
se houver dano; XL - a lei penal não retroagirá, salvo para benefi-
XXVI - a pequena propriedade rural, assim defi- ciar o réu;
nida em lei, desde que trabalhada pela família, não XLI - a lei punirá qualquer discriminação atenta-
será objeto de penhora para pagamento de débitos tória dos direitos e liberdades fundamentais;
decorrentes de sua atividade produtiva, dispondo a lei XLII - a prática do racismo constitui crime inafi-
sobre os meios de financiar o seu desenvolvimento; ançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão,
XXVII - aos autores pertence o direito exclusivo nos termos da lei;
de utilização, publicação ou reprodução de suas XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e
obras, transmissível aos herdeiros pelo tempo que a insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura ,
lei fixar; o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o ter-
XXVIII - são assegurados, nos termos da lei: rorismo e os definidos como crimes hediondos, por
a) a proteção às participações individuais em eles respondendo os mandantes, os executores e os
obras coletivas e à reprodução da imagem e voz hu- que, podendo evitá-los, se omitirem;
manas, inclusive nas atividades desportivas; XLIV - constitui crime inafiançável e imprescrití-
b) o direito de fiscalização do aproveitamento vel a ação de grupos armados, civis ou militares, con-
econômico das obras que criarem ou de que participa- tra a ordem constitucional e o Estado Democrático;
rem aos criadores, aos intérpretes e às respectivas re- XLV - nenhuma pena passará da pessoa do
presentações sindicais e associativas; condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e
XXIX - a lei assegurará aos autores de inventos a decretação do perdimento de bens ser, nos termos
industriais privilégio temporário para sua utilização, da lei, estendidas aos sucessores e contra eles execu-
bem como proteção às criações industriais, à proprie- tadas, até o limite do valor do patrimônio transferido;
dade das marcas, aos nomes de empresas e a outros XLVI - a lei regulará a individualização da pena e
signos distintivos, tendo em vista o interesse social e o adotará, entre outras, as seguintes:
desenvolvimento tecnológico e econômico do País; a) privação ou restrição da liberdade;
XXX - é garantido o direito de herança; b) perda de bens;

206
Apostila PRF

c) multa; LXV - a prisão ilegal será imediatamente rela-


d) prestação social alternativa; xada pela autoridade judiciária;
e) suspensão ou interdição de direitos; LXVI - ninguém será levado à prisão ou nela
XLVII - não haverá penas: mantido, quando a lei admitir a liberdade provisória,
a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, com ou sem fiança;
nos termos do art. 84, XIX; LXVII - não haverá prisão civil por dívida, salvo a
b) de caráter perpétuo; do responsável pelo inadimplemento voluntário e ines-
c) de trabalhos forçados; cusável de obrigação alimentícia e a do depositário in-
d) de banimento; fiel;
e) cruéis; LXVIII - conceder-se-á habeas corpus sempre
XLVIII - a pena será cumprida em estabeleci- que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer vi-
mentos distintos, de acordo com a natureza do delito, olência ou coação em sua liberdade de locomoção,
a idade e o sexo do apenado; por ilegalidade ou abuso de poder;
XLIX - é assegurado aos presos o respeito à in- LXIX - conceder-se-á mandado de segurança
tegridade física e moral; para proteger direito líquido e certo, não amparado por
L - às presidiárias serão asseguradas condições habeas corpus ou habeas data, quando o responsável
para que possam permanecer com seus filhos durante pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pú-
o período de amamentação; blica ou agente de pessoa jurídica no exercício de atri-
LI - nenhum brasileiro será extraditado, salvo o buições do Poder Público;
naturalizado, em caso de crime comum, praticado an- LXX - o mandado de segurança coletivo pode
tes da naturalização, ou de comprovado envolvimento ser impetrado por:
em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na a) partido político com representação no Con-
forma da lei; gresso Nacional;
LII - não será concedida extradição de estran- b) organização sindical, entidade de classe ou
geiro por crime político ou de opinião; associação legalmente constituída e em funciona-
LIII - ninguém será processado nem sentenciado mento há pelo menos um ano, em defesa dos interes-
senão pela autoridade competente; ses de seus membros ou associados;
LIV - ninguém será privado da liberdade ou de LXXI - conceder-se-á mandado de injunção
seus bens sem o devido processo legal; sempre que a falta de norma regulamentadora torne
LV - aos litigantes, em processo judicial ou admi- inviável o exercício dos direitos e liberdades constituci-
nistrativo, e aos acusados em geral são assegurados onais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à
o contraditório e ampla defesa, com os meios e recur- soberania e à cidadania;
sos a ela inerentes; LXXII - conceder-se-á habeas data:
LVI - são inadmissíveis, no processo, as provas a) para assegurar o conhecimento de informa-
obtidas por meios ilícitos; ções relativas à pessoa do impetrante, constantes de
LVII - ninguém será considerado culpado até o registros ou bancos de dados de entidades governa-
trânsito em julgado de sentença penal condenatória; mentais ou de caráter público;
LVIII - o civilmente identificado não será subme- b) para a retificação de dados, quando não se
tido a identificação criminal, salvo nas hipóteses pre- prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou admi-
vistas em lei; nistrativo;
LIX - será admitida ação privada nos crimes de LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para
ação pública, se esta não for intentada no prazo legal; propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao
LX - a lei só poderá restringir a publicidade dos patrimônio público ou de entidade de que o Estado
atos processuais quando a defesa da intimidade ou o participe, à moralidade administrativa, ao meio ambi-
interesse social o exigirem; ente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o au-
LXI - ninguém será preso senão em flagrante tor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais
delito ou por ordem escrita e fundamentada de autori- e do ônus da sucumbência;
dade judiciária competente, salvo nos casos de trans- LXXIV - o Estado prestará assistência jurídica in-
gressão militar ou crime propriamente militar, definidos tegral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de
em lei; recursos;
LXII - a prisão de qualquer pessoa e o local LXXV - o Estado indenizará o condenado por
onde se encontre serão comunicados imediatamente erro judiciário, assim como o que ficar preso além do
ao juiz competente e à família do preso ou à pessoa tempo fixado na sentença;
por ele indicada; LXXVI - são gratuitos para os reconhecidamente
LXIII - o preso será informado de seus direitos, pobres, na forma da lei:
entre os quais o de permanecer calado, sendo-lhe as- a) o registro civil de nascimento;
segurada a assistência da família e de advogado; b) a certidão de óbito;
LXIV - o preso tem direito à identificação dos LXXVII - são gratuitas as ações de habeas cor-
responsáveis por sua prisão ou por seu interrogatório pus e habeas data, e, na forma da lei, os atos neces-
policial; sários ao exercício da cidadania.

207
Apostila PRF

LXXVIII a todos, no âmbito judicial e administra- XIII - duração do trabalho normal não superior a
tivo, são assegurados a razoável duração do processo oito horas diárias e quarenta e quatro semanais, facul-
e os meios que garantam a celeridade de sua tramita- tada a compensação de horários e a redução da jor-
ção. nada, mediante acordo ou convenção coletiva de tra-
§ 1º As normas definidoras dos direitos e garan- balho;
tias fundamentais têm aplicação imediata. XIV - jornada de seis horas para o trabalho reali-
§ 2º Os direitos e garantias expressos nesta zado em turnos ininterruptos de revezamento, salvo
Constituição não excluem outros decorrentes do re- negociação coletiva;
gime e dos princípios por ela adotados, ou dos trata- XV - repouso semanal remunerado, preferencial-
dos internacionais em que a República Federativa do mente aos domingos;
Brasil seja parte. XVI - remuneração do serviço extraordinário su-
§ 3º Os tratados e convenções internacionais so- perior, no mínimo, em cinqüenta por cento à do nor-
bre direitos humanos que forem aprovados, em cada mal;
Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três XVII - gozo de férias anuais remuneradas com,
quintos dos votos dos respectivos membros, serão pelo menos, um terço a mais do que o salário normal;
equivalentes às emendas constitucionais. XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do em-
§ 4º O Brasil se submete à jurisdição de Tribunal prego e do salário, com a duração de cento e vinte
Penal Internacional a cuja criação tenha manifestado dias;
adesão. XIX - licença-paternidade, nos termos fixados
CAPÍTULO II em lei;
DOS DIREITOS SOCIAIS XX - proteção do mercado de trabalho da mu-
Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, lher, mediante incentivos específicos, nos termos da
a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lei;
lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à XXI - aviso prévio proporcional ao tempo de ser-
maternidade e à infância, a assistência aos desampa- viço, sendo no mínimo de trinta dias, nos termos da
rados, na forma desta Constituição. lei;
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho,
rurais, além de outros que visem à melhoria de sua por meio de normas de saúde, higiene e segurança;
condição social: XXIII - adicional de remuneração para as ativida-
I - relação de emprego protegida contra despe- des penosas, insalubres ou perigosas, na forma da lei;
dida arbitrária ou sem justa causa, nos termos de lei XXIV - aposentadoria;
complementar, que preverá indenização compensató- XXV - assistência gratuita aos filhos e depen-
ria, dentre outros direitos; dentes desde o nascimento até 5 (cinco) anos de
II - seguro-desemprego, em caso de desem- idade em creches e pré-escolas;
prego involuntário; XXVI - reconhecimento das convenções e acor-
III - fundo de garantia do tempo de serviço; dos coletivos de trabalho;
IV - salário mínimo , fixado em lei, nacional- XXVII - proteção em face da automação, na
mente unificado, capaz de atender a suas necessida- forma da lei;
des vitais básicas e às de sua família com moradia, XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho, a
alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higi- cargo do empregador, sem excluir a indenização a
ene, transporte e previdência social, com reajustes pe- que este está obrigado, quando incorrer em dolo ou
riódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo culpa;
vedada sua vinculação para qualquer fim; XXIX - ação, quanto aos créditos resultantes das
V - piso salarial proporcional à extensão e à relações de trabalho, com prazo prescricional de cinco
complexidade do trabalho; anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o li-
VI - irredutibilidade do salário, salvo o disposto mite de dois anos após a extinção do contrato de tra-
em convenção ou acordo coletivo; balho;
VII - garantia de salário, nunca inferior ao mí- XXX - proibição de diferença de salários, de
nimo, para os que percebem remuneração variável; exercício de funções e de critério de admissão por mo-
VIII - décimo terceiro salário com base na remu- tivo de sexo, idade, cor ou estado civil;
neração integral ou no valor da aposentadoria; XXXI - proibição de qualquer discriminação no
IX – remuneração do trabalho noturno superior à tocante a salário e critérios de admissão do trabalha-
do diurno; dor portador de deficiência;
X - proteção do salário na forma da lei, consti- XXXII - proibição de distinção entre trabalho ma-
tuindo crime sua retenção dolosa; nual, técnico e intelectual ou entre os profissionais res-
XI – participação nos lucros, ou resultados, des- pectivos;
vinculada da remuneração, e, excepcionalmente, parti- XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso
cipação na gestão da empresa, conforme definido em ou insalubre a menores de dezoito e de qualquer tra-
lei; balho a menores de dezesseis anos, salvo na condi-
XII - salário-família pago em razão do depen- ção de aprendiz, a partir de quatorze anos;
dente do trabalhador de baixa renda nos termos da lei;

208
Apostila PRF

XXXIV - igualdade de direitos entre o trabalha- Art. 11. Nas empresas de mais de duzentos em-
dor com vínculo empregatício permanente e o traba- pregados, é assegurada a eleição de um represen-
lhador avulso. tante destes com a finalidade exclusiva de promover-
Parágrafo único. São assegurados à categoria lhes o entendimento direto com os empregadores.
dos trabalhadores domésticos os direitos previstos nos CAPÍTULO III
incisos IV, VI, VII, VIII, X, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, DA NACIONALIDADE
XIX, XXI, XXII, XXIV, XXVI, XXX, XXXI e XXXIII e, Art. 12. São brasileiros:
atendidas as condições estabelecidas em lei e obser- I - natos:
vada a simplificação do cumprimento das obrigações a) os nascidos na República Federativa do Bra-
tributárias, principais e acessórias, decorrentes da re- sil, ainda que de pais estrangeiros, desde que estes
lação de trabalho e suas peculiaridades, os previstos não estejam a serviço de seu país;
nos incisos I, II, III, IX, XII, XXV e XXVIII, bem como a b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro
sua integração à previdência social. ou mãe brasileira, desde que qualquer deles esteja a
Art. 8º É livre a associação profissional ou sindi- serviço da República Federativa do Brasil;
cal, observado o seguinte: c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro
I - a lei não poderá exigir autorização do Estado ou de mãe brasileira, desde que sejam registrados em
para a fundação de sindicato, ressalvado o registro no repartição brasileira competente ou venham a residir
órgão competente, vedadas ao Poder Público a inter- na República Federativa do Brasil e optem, em qual-
ferência e a intervenção na organização sindical; quer tempo, depois de atingida a maioridade, pela na-
II - é vedada a criação de mais de uma organiza- cionalidade brasileira;
ção sindical, em qualquer grau, representativa de ca- II - naturalizados:
tegoria profissional ou econômica, na mesma base ter- a) os que, na forma da lei, adquiram a nacionali-
ritorial, que será definida pelos trabalhadores ou em- dade brasileira, exigidas aos originários de países de
pregadores interessados, não podendo ser inferior à língua portuguesa apenas residência por um ano inin-
área de um Município; terrupto e idoneidade moral;
III - ao sindicato cabe a defesa dos direitos e in- b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade,
teresses coletivos ou individuais da categoria, inclu- residentes na República Federativa do Brasil há mais
sive em questões judiciais ou administrativas; de quinze anos ininterruptos e sem condenação penal,
IV - a assembléia geral fixará a contribuição que, desde que requeiram a nacionalidade brasileira.
em se tratando de categoria profissional, será descon- § 1º Aos portugueses com residência perma-
tada em folha, para custeio do sistema confederativo nente no País, se houver reciprocidade em favor de
da representação sindical respectiva, independente- brasileiros, serão atribuídos os direitos inerentes ao
mente da contribuição prevista em lei; brasileiro, salvo os casos previstos nesta Constituição.
V - ninguém será obrigado a filiar-se ou a man- § 2º A lei não poderá estabelecer distinção entre
ter-se filiado a sindicato; brasileiros natos e naturalizados, salvo nos casos pre-
VI - é obrigatória a participação dos sindicatos vistos nesta Constituição.
nas negociações coletivas de trabalho; § 3º São privativos de brasileiro nato os cargos:
VII - o aposentado filiado tem direito a votar e I - de Presidente e Vice-Presidente da Repú-
ser votado nas organizações sindicais; blica;
VIII - é vedada a dispensa do empregado sindi- II - de Presidente da Câmara dos Deputados;
calizado a partir do registro da candidatura a cargo de III - de Presidente do Senado Federal;
direção ou representação sindical e, se eleito, ainda IV - de Ministro do Supremo Tribunal Federal;
que suplente, até um ano após o final do mandato, V - da carreira diplomática;
salvo se cometer falta grave nos termos da lei. VI - de oficial das Forças Armadas.
Parágrafo único. As disposições deste artigo VII - de Ministro de Estado da Defesa
aplicam-se à organização de sindicatos rurais e de co- § 4º - Será declarada a perda da nacionalidade
lônias de pescadores, atendidas as condições que a do brasileiro que:
lei estabelecer. I - tiver cancelada sua naturalização, por sen-
Art. 9º É assegurado o direito de greve, compe- tença judicial, em virtude de atividade nociva ao inte-
tindo aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade resse nacional;
de exercê-lo e sobre os interesses que devam por II - adquirir outra nacionalidade, salvo nos casos:
meio dele defender. a) de reconhecimento de nacionalidade originá-
§ 1º A lei definirá os serviços ou atividades es- ria pela lei estrangeira;
senciais e disporá sobre o atendimento das necessi- b) de imposição de naturalização, pela norma
dades inadiáveis da comunidade. estrangeira, ao brasileiro residente em es-
§ 2º Os abusos cometidos sujeitam os responsá- tado estrangeiro, como condição para per-
veis às penas da lei. manência em seu território ou para o exercí-
Art. 10. É assegurada a participação dos traba- cio de direitos civis;
lhadores e empregadores nos colegiados dos órgãos Art. 13. A língua portuguesa é o idioma oficial da
públicos em que seus interesses profissionais ou pre- República Federativa do Brasil.
videnciários sejam objeto de discussão e deliberação.

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Apostila PRF

§ 1º São símbolos da República Federativa do II - se contar mais de dez anos de serviço, será
Brasil a bandeira, o hino, as armas e o selo nacionais. agregado pela autoridade superior e, se eleito, pas-
§ 2º Os Estados, o Distrito Federal e os Municí- sará automaticamente, no ato da diplomação, para a
pios poderão ter símbolos próprios. inatividade.
CAPÍTULO IV § 9º Lei complementar estabelecerá outros ca-
DOS DIREITOS POLÍTICOS sos de inelegibilidade e os prazos de sua cessação, a
Art. 14. A soberania popular será exercida pelo fim de proteger a probidade administrativa, a morali-
sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com va- dade para exercício de mandato considerada vida pre-
lor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante: gressa do candidato, e a normalidade e legitimidade
I - plebiscito; das eleições contra a influência do poder econômico
II - referendo; ou o abuso do exercício de função, cargo ou emprego
III - iniciativa popular. na administração direta ou indireta.
§ 1º O alistamento eleitoral e o voto são: § 10. O mandato eletivo poderá ser impugnado
I - obrigatórios para os maiores de dezoito anos; ante a Justiça Eleitoral no prazo de quinze dias conta-
II - facultativos para: dos da diplomação, instruída a ação com provas de
a) os analfabetos; abuso do poder econômico, corrupção ou fraude.
b) os maiores de setenta anos; § 11. A ação de impugnação de mandato trami-
c) os maiores de dezesseis e menores de de- tará em segredo de justiça, respondendo o autor, na
zoito anos. forma da lei, se temerária ou de manifesta má-fé.
§ 2º Não podem alistar-se como eleitores os es- Art. 15. É vedada a cassação de direitos políti-
trangeiros e, durante o período do serviço militar obri- cos, cuja perda ou suspensão só se dará nos casos
gatório, os conscritos. de:
§ 3º São condições de elegibilidade, na forma da I - cancelamento da naturalização por sentença
lei: transitada em julgado;
I - a nacionalidade brasileira; II - incapacidade civil absoluta;
II - o pleno exercício dos direitos políticos; III - condenação criminal transitada em julgado,
III - o alistamento eleitoral; enquanto durarem seus efeitos;
IV - o domicílio eleitoral na circunscrição; IV - recusa de cumprir obrigação a todos im-
V - a filiação partidária; posta ou prestação alternativa, nos termos do art. 5º,
VI - a idade mínima de: VIII;
a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice- V - improbidade administrativa, nos termos do
Presidente da República e Senador; art. 37, § 4º.
b) trinta anos para Governador e Vice-Governa- Art. 16. A lei que alterar o processo eleitoral en-
dor de Estado e do Distrito Federal; trará em vigor na data de sua publicação, não se apli-
c) vinte e um anos para Deputado Federal, De- cando à eleição que ocorra até um ano da data de sua
putado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e vigência.
juiz de paz; CAPÍTULO V
d) dezoito anos para Vereador. DOS PARTIDOS POLÍTICOS
§ 4º São inelegíveis os inalistáveis e os analfa- Art. 17. É livre a criação, fusão, incorporação e
betos. extinção de partidos políticos, resguardados a sobera-
§ 5º O Presidente da República, os Governado- nia nacional, o regime democrático, o pluripartida-
res de Estado e do Distrito Federal, os Prefeitos e rismo, os direitos fundamentais da pessoa humana e
quem os houver sucedido, ou substituído no curso dos observados os seguintes preceitos:
mandatos poderão ser reeleitos para um único período I - caráter nacional;
subseqüente. II - proibição de recebimento de recursos finan-
§ 6º Para concorrerem a outros cargos, o Presi- ceiros de entidade ou governo estrangeiros ou de su-
dente da República, os Governadores de Estado e do bordinação a estes;
Distrito Federal e os Prefeitos devem renunciar aos III - prestação de contas à Justiça Eleitoral;
respectivos mandatos até seis meses antes do pleito. IV - funcionamento parlamentar de acordo com a
§ 7º São inelegíveis, no território de jurisdição do lei.
titular, o cônjuge e os parentes consangüíneos ou § 1º É assegurada aos partidos políticos autono-
afins, até o segundo grau ou por adoção, do Presi- mia para definir sua estrutura interna, organização e
dente da República, de Governador de Estado ou Ter- funcionamento e para adotar os critérios de escolha e
ritório, do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os o regime de suas coligações eleitorais, sem obrigatori-
haja substituído dentro dos seis meses anteriores ao edade de vinculação entre as candidaturas em âmbito
pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candi- nacional, estadual, distrital ou municipal, devendo
dato à reeleição. seus estatutos estabelecer normas de disciplina e fide-
§ 8º O militar alistável é elegível, atendidas as lidade partidária.
seguintes condições: § 2º Os partidos políticos, após adquirirem per-
I - se contar menos de dez anos de serviço, de- sonalidade jurídica, na forma da lei civil, registrarão
verá afastar-se da atividade; seus estatutos no Tribunal Superior Eleitoral.

210
Apostila PRF

§ 3º Os partidos políticos têm direito a recursos áreas afetadas ao serviço público e a unidade ambien-
do fundo partidário e acesso gratuito ao rádio e à tele- tal federal, e as referidas no art. 26, II;
visão, na forma da lei. V - os recursos naturais da plataforma continen-
§ 4º É vedada a utilização pelos partidos políti- tal e da zona econômica exclusiva;
cos de organização paramilitar. VI - o mar territorial;
TÍTULO III VII - os terrenos de marinha e seus acrescidos;
VIII - os potenciais de energia hidráulica;
Da Organização do Estado IX - os recursos minerais, inclusive os do sub-
CAPÍTULO I solo;
DA ORGANIZAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA X - as cavidades naturais subterrâneas e os sí-
Art. 18. A organização político-administrativa da tios arqueológicos e pré-históricos;
República Federativa do Brasil compreende a União, XI - as terras tradicionalmente ocupadas pelos
os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos índios.
autônomos, nos termos desta Constituição. § 1º É assegurada, nos termos da lei, aos Esta-
§ 1º Brasília é a Capital Federal. dos, ao Distrito Federal e aos Municípios, bem como a
§ 2º Os Territórios Federais integram a União, e órgãos da administração direta da União, participação
sua criação, transformação em Estado ou reintegração no resultado da exploração de petróleo ou gás natural,
ao Estado de origem serão reguladas em lei comple- de recursos hídricos para fins de geração de energia
mentar. elétrica e de outros recursos minerais no respectivo
§ 3º Os Estados podem incorporar-se entre si, território, plataforma continental, mar territorial ou zona
subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a econômica exclusiva, ou compensação financeira por
outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Fe- essa exploração.
derais, mediante aprovação da população diretamente § 2º A faixa de até cento e cinqüenta quilôme-
interessada, através de plebiscito, e do Congresso Na- tros de largura, ao longo das fronteiras terrestres, de-
cional, por lei complementar. signada como faixa de fronteira, é considerada funda-
§ 4º A criação, a incorporação, a fusão e o des- mental para defesa do território nacional, e sua ocupa-
membramento de Municípios, far-se-ão por lei esta- ção e utilização serão reguladas em lei.
dual, dentro do período determinado por Lei Comple- Art. 21. Compete à União:
mentar Federal, e dependerão de consulta prévia, me- I - manter relações com Estados estrangeiros e
diante plebiscito, às populações dos Municípios envol- participar de organizações internacionais;
vidos, após divulgação dos Estudos de Viabilidade II - declarar a guerra e celebrar a paz;
Municipal, apresentados e publicados na forma da lei. III - assegurar a defesa nacional;
Art. 19. É vedado à União, aos Estados, ao Dis- IV - permitir, nos casos previstos em lei comple-
trito Federal e aos Municípios: mentar, que forças estrangeiras transitem pelo territó-
I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, sub- rio nacional ou nele permaneçam temporariamente;
vencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou V - decretar o estado de sítio, o estado de de-
manter com eles ou seus representantes relações de fesa e a intervenção federal;
dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a VI - autorizar e fiscalizar a produção e o comér-
colaboração de interesse público; cio de material bélico;
II - recusar fé aos documentos públicos; VII - emitir moeda;
III - criar distinções entre brasileiros ou preferên- VIII - administrar as reservas cambiais do País e
cias entre si. fiscalizar as operações de natureza financeira, especi-
CAPÍTULO II almente as de crédito, câmbio e capitalização, bem
DA UNIÃO como as de seguros e de previdência privada;
Art. 20. São bens da União: IX - elaborar e executar planos nacionais e regi-
I - os que atualmente lhe pertencem e os que lhe onais de ordenação do território e de desenvolvimento
vierem a ser atribuídos; econômico e social;
II - as terras devolutas indispensáveis à defesa X - manter o serviço postal e o correio aéreo na-
das fronteiras, das fortificações e construções milita- cional;
res, das vias federais de comunicação e à preserva- XI - explorar, diretamente ou mediante autoriza-
ção ambiental, definidas em lei; ção, concessão ou permissão, os serviços de teleco-
III - os lagos, rios e quaisquer correntes de água municações, nos termos da lei, que disporá sobre a
em terrenos de seu domínio, ou que banhem mais de organização dos serviços, a criação de um órgão re-
um Estado, sirvam de limites com outros países, ou se gulador e outros aspectos institucionais;
estendam a território estrangeiro ou dele provenham, XII - explorar, diretamente ou mediante autoriza-
bem como os terrenos marginais e as praias fluviais; ção, concessão ou permissão:
IV as ilhas fluviais e lacustres nas zonas limítro- a) os serviços de radiodifusão sonora, e de sons
fes com outros países; as praias marítimas; as ilhas e imagens;
oceânicas e as costeiras, excluídas, destas, as que b) os serviços e instalações de energia elétrica e
contenham a sede de Municípios, exceto aquelas o aproveitamento energético dos cursos de água, em

211
Apostila PRF

articulação com os Estados onde se situam os poten- I - direito civil, comercial, penal, processual, elei-
ciais hidroenergéticos; toral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do tra-
c) a navegação aérea, aeroespacial e a infra-es- balho;
trutura aeroportuária; II - desapropriação;
d) os serviços de transporte ferroviário e aquavi- III - requisições civis e militares, em caso de imi-
ário entre portos brasileiros e fronteiras nacionais, ou nente perigo e em tempo de guerra;
que transponham os limites de Estado ou Território; IV - águas, energia, informática, telecomunica-
e) os serviços de transporte rodoviário interesta- ções e radiodifusão;
dual e internacional de passageiros; V - serviço postal;
f) os portos marítimos, fluviais e lacustres; VI - sistema monetário e de medidas, títulos e
XIII - organizar e manter o Poder Judiciário, o garantias dos metais;
Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios VII - política de crédito, câmbio, seguros e trans-
e a Defensoria Pública dos Territórios; ferência de valores;
XIV - organizar e manter a polícia civil, a polícia VIII - comércio exterior e interestadual;
militar e o corpo de bombeiros militar do Distrito Fede- IX - diretrizes da política nacional de transportes;
ral, bem como prestar assistência financeira ao Distrito X - regime dos portos, navegação lacustre, flu-
Federal para a execução de serviços públicos, por vial, marítima, aérea e aeroespacial;
meio de fundo próprio; XI - trânsito e transporte;
XV - organizar e manter os serviços oficiais de XII - jazidas, minas, outros recursos minerais e
estatística, geografia, geologia e cartografia de âmbito metalurgia;
nacional; XIII - nacionalidade, cidadania e naturalização;
XVI - exercer a classificação, para efeito indica- XIV - populações indígenas;
tivo, de diversões públicas e de programas de rádio e XV - emigração e imigração, entrada, extradição
televisão; e expulsão de estrangeiros;
XVII - conceder anistia; XVI - organização do sistema nacional de em-
XVIII - planejar e promover a defesa permanente prego e condições para o exercício de profissões;
contra as calamidades públicas, especialmente as se- XVII - organização judiciária, do Ministério Pú-
cas e as inundações; blico do Distrito Federal e dos Territórios e da Defen-
XIX - instituir sistema nacional de gerenciamento soria Pública dos Territórios, bem como organização
de recursos hídricos e definir critérios de outorga de administrativa destes;
direitos de seu uso; XVIII - sistema estatístico, sistema cartográfico e
XX - instituir diretrizes para o desenvolvimento de geologia nacionais;
urbano, inclusive habitação, saneamento básico e XIX - sistemas de poupança, captação e garan-
transportes urbanos; tia da poupança popular;
XXI - estabelecer princípios e diretrizes para o XX - sistemas de consórcios e sorteios;
sistema nacional de viação; XXI - normas gerais de organização, efetivos,
XXII - executar os serviços de polícia marítima, material bélico, garantias, convocação e mobilização
aeroportuária e de fronteiras; das polícias militares e corpos de bombeiros militares;
XXIII - explorar os serviços e instalações nuclea- XXII - competência da polícia federal e das polí-
res de qualquer natureza e exercer monopólio estatal cias rodoviária e ferroviária federais;
sobre a pesquisa, a lavra, o enriquecimento e repro- XXIII - seguridade social;
cessamento, a industrialização e o comércio de miné- XXIV - diretrizes e bases da educação nacional;
rios nucleares e seus derivados, atendidos os seguin- XXV - registros públicos;
tes princípios e condições: XXVI - atividades nucleares de qualquer natu-
a) toda atividade nuclear em território nacional reza;
somente será admitida para fins pacíficos e mediante XXVII – normas gerais de licitação e contrata-
aprovação do Congresso Nacional; ção, em todas as modalidades, para as administra-
b) sob regime de permissão, são autorizadas a ções públicas diretas, autárquicas e fundacionais da
comercialização e a utilização de radioisótopos para a União, Estados, Distrito Federal e Municípios, obede-
pesquisa e usos médicos, agrícolas e industriais; cido o disposto no art. 37, XXI, e para as empresas
c) sob regime de permissão, são autorizadas a públicas e sociedades de economia mista, nos termos
produção, comercialização e utilização de radioisóto- do art. 173, § 1°, III;
pos de meia-vida igual ou inferior a duas horas; XXVIII - defesa territorial, defesa aeroespacial,
d) a responsabilidade civil por danos nucleares defesa marítima, defesa civil e mobilização nacional;
independe da existência de culpa; XXIV - organizar, XXIX - propaganda comercial.
manter e executar a inspeção do trabalho; Parágrafo único. Lei complementar poderá auto-
XXV - estabelecer as áreas e as condições para rizar os Estados a legislar sobre questões específicas
o exercício da atividade de garimpagem, em forma as- das matérias relacionadas neste artigo.
sociativa. Art. 23. É competência comum da União, dos
Art. 22. Compete privativamente à União legislar Estados, do Distrito Federal e dos Municípios:
sobre:

212
Apostila PRF

I - zelar pela guarda da Constituição, das leis e XIII - assistência jurídica e Defensoria pública;
das instituições democráticas e conservar o patrimônio XIV - proteção e integração social das pessoas
público; portadoras de deficiência;
II - cuidar da saúde e assistência pública, da XV - proteção à infância e à juventude;
proteção e garantia das pessoas portadoras de defici- XVI - organização, garantias, direitos e deveres
ência; das polícias civis.
III - proteger os documentos, as obras e outros § 1º No âmbito da legislação concorrente, a
bens de valor histórico, artístico e cultural, os monu- competência da União limitar-se-á a estabelecer nor-
mentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios ar- mas gerais.
queológicos; § 2º A competência da União para legislar sobre
IV - impedir a evasão, a destruição e a desca- normas gerais não exclui a competência suplementar
racterização de obras de arte e de outros bens de va- dos Estados.
lor histórico, artístico ou cultural; § 3º Inexistindo lei federal sobre normas gerais,
V - proporcionar os meios de acesso à cultura, os Estados exercerão a competência legislativa plena,
à educação, à ciência, à tecnologia, à pesquisa e à para atender a suas peculiaridades.
inovação; § 4º A superveniência de lei federal sobre nor-
mas gerais suspende a eficácia da lei estadual, no que
VI - proteger o meio ambiente e combater a po- lhe for contrário.
luição em qualquer de suas formas; CAPÍTULO III
VII - preservar as florestas, a fauna e a flora; DOS ESTADOS FEDERADOS
VIII - fomentar a produção agropecuária e orga- Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se
nizar o abastecimento alimentar; pelas Constituições e leis que adotarem, observados
IX - promover programas de construção de mo- os princípios desta Constituição.
radias e a melhoria das condições habitacionais e de § 1º São reservadas aos Estados as competên-
saneamento básico; cias que não lhes sejam vedadas por esta Constitui-
X - combater as causas da pobreza e os fatores ção.
de marginalização, promovendo a integração social § 2º Cabe aos Estados explorar diretamente, ou
dos setores desfavorecidos; mediante concessão, os serviços locais de gás canali-
XI - registrar, acompanhar e fiscalizar as conces- zado, na forma da lei, vedada a edição de medida pro-
sões de direitos de pesquisa e exploração de recursos visória para a sua regulamentação.
hídricos e minerais em seus territórios; § 3º Os Estados poderão, mediante lei comple-
XII - estabelecer e implantar política de educa- mentar, instituir regiões metropolitanas, aglomerações
ção para a segurança do trânsito. urbanas e microrregiões, constituídas por agrupamen-
Parágrafo único. Leis complementares fixarão tos de municípios limítrofes, para integrar a organiza-
normas para a cooperação entre a União e os Esta- ção, o planejamento e a execução de funções públicas
dos, o Distrito Federal e os Municípios, tendo em vista de interesse comum.
o equilíbrio do desenvolvimento e do bem-estar em Art. 26. Incluem-se entre os bens dos Estados:
âmbito nacional. I - as águas superficiais ou subterrâneas, fluen-
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Dis- tes, emergentes e em depósito, ressalvadas, neste
trito Federal legislar concorrentemente sobre: caso, na forma da lei, as decorrentes de obras da
I - direito tributário, financeiro, penitenciário, eco- União;
nômico e urbanístico; II - as áreas, nas ilhas oceânicas e costeiras,
II - orçamento; que estiverem no seu domínio, excluídas aquelas sob
III - juntas comerciais; domínio da União, Municípios ou terceiros;
IV - custas dos serviços forenses; III - as ilhas fluviais e lacustres não pertencentes
V - produção e consumo; à União;
VI - florestas, caça, pesca, fauna, conservação IV - as terras devolutas não compreendidas en-
da natureza, defesa do solo e dos recursos naturais, tre as da União.
proteção do meio ambiente e controle da poluição; Art. 27. O número de Deputados à Assembléia
VII - proteção ao patrimônio histórico, cultural, Legislativa corresponderá ao triplo da representação
artístico, turístico e paisagístico; do Estado na Câmara dos Deputados e, atingido o nú-
VIII - responsabilidade por dano ao meio ambi- mero de trinta e seis, será acrescido de tantos quantos
ente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artís- forem os Deputados Federais acima de doze.
tico, estético, histórico, turístico e paisagístico; § 1º Será de quatro anos o mandato dos Depu-
IX - educação, cultura, ensino, desporto, ciência, tados Estaduais, aplicando- sê-lhes as regras desta
tecnologia, pesquisa, desenvolvimento e inovação; Constituição sobre sistema eleitoral, inviolabilidade,
X - criação, funcionamento e processo do jui- imunidades, remuneração, perda de mandato, licença,
zado de pequenas causas; impedimentos e incorporação às Forças Armadas.
XI - procedimentos em matéria processual; § 2º O subsídio dos Deputados Estaduais será
XII - previdência social, proteção e defesa da sa- fixado por lei de iniciativa da Assembléia Legislativa,
úde;

213
Apostila PRF

na razão de, no máximo, setenta e cinco por cento da- e) 17 (dezessete) Vereadores, nos Municípios de
quele estabelecido, em espécie, para os Deputados mais de 80.000 (oitenta mil) habitantes e de até
Federais, observado o que dispõem os arts. 39, § 4º, 120.000 (cento e vinte mil) habitantes;
57, § 7º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I. f) 19 (dezenove) Vereadores, nos Municípios de
§ 3º Compete às Assembléias Legislativas dis- mais de 120.000 (cento e vinte mil) habitantes e de até
por sobre seu regimento interno, polícia e serviços ad- 160.000 (cento sessenta mil) habitantes;
ministrativos de sua secretaria, e prover os respecti- g) 21 (vinte e um) Vereadores, nos Municípios de
vos cargos. mais de 160.000 (cento e sessenta mil) habitantes e de
§ 4º A lei disporá sobre a iniciativa popular no até 300.000 (trezentos mil) habitantes;
processo legislativo estadual. h) 23 (vinte e três) Vereadores, nos Municípios de
Art. 28. A eleição do Governador e do Vice-Go- mais de 300.000 (trezentos mil) habitantes e de até
vernador de Estado, para mandato de quatro anos, re- 450.000 (quatrocentos e cinquenta mil) habitantes;
alizar-se-á no primeiro domingo de outubro, em pri- i) 25 (vinte e cinco) Vereadores, nos Municípios
meiro turno, e no último domingo de outubro, em se- de mais de 450.000 (quatrocentos e cinquenta mil) ha-
gundo turno, se houver, do ano anterior ao do término bitantes e de até 600.000 (seiscentos mil) habitantes;
do mandato de seus antecessores, e a posse ocorrerá j) 27 (vinte e sete) Vereadores, nos Municípios de
em primeiro de janeiro do ano subseqüente, obser- mais de 600.000 (seiscentos mil) habitantes e de até
vado, quanto ao mais, o disposto no art. 77. 750.000 (setecentos cinquenta mil) habitantes;
§ 1º Perderá o mandato o Governador que assu- k) 29 (vinte e nove) Vereadores, nos Municípios
mir outro cargo ou função na administração pública di- de mais de 750.000 (setecentos e cinquenta mil) habi-
reta ou indireta, ressalvada a posse em virtude de tantes e de até 900.000 (novecentos mil) habitantes;
concurso público e observado o disposto no art. 38, I, l) 31 (trinta e um) Vereadores, nos Municípios de
IV e V. mais de 900.000 (novecentos mil) habitantes e de até
§ 2º Os subsídios do Governador, do Vice-Go- 1.050.000 (um milhão e cinquenta mil) habitantes;
vernador e dos Secretários de Estado serão fixados m) 33 (trinta e três) Vereadores, nos Municípios
por lei de iniciativa da Assembléia Legislativa, obser- de mais de 1.050.000 (um milhão e cinquenta mil) ha-
vado o que dispõem os arts. 37, XI, 39, § 4º, 150, II, bitantes e de até 1.200.000 (um milhão e duzentos mil)
153, III, e 153, § 2º, I. habitantes;
CAPÍTULO IV n) 35 (trinta e cinco) Vereadores, nos Municípios
Dos Municípios de mais de 1.200.000 (um milhão e duzentos mil) habi-
Art. 29. O Município reger-se-á por lei orgânica, tantes e de até 1.350.000 (um milhão e trezentos e cin-
votada em dois turnos, com o interstício mínimo de quenta mil) habitantes;
dez dias, e aprovada por dois terços dos membros da o) 37 (trinta e sete) Vereadores, nos Municípios
Câmara Municipal, que a promulgará, atendidos os de 1.350.000 (um milhão e trezentos e cinquenta mil)
princípios estabelecidos nesta Constituição, na Consti- habitantes e de até 1.500.000 (um milhão e quinhentos
tuição do respectivo Estado e os seguintes preceitos: mil) habitantes;
I - eleição do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Ve- p) 39 (trinta e nove) Vereadores, nos Municípios
readores, para mandato de quatro anos, mediante de mais de 1.500.000 (um milhão e quinhentos mil) ha-
pleito direto e simultâneo realizado em todo o País; bitantes e de até 1.800.000 (um milhão e oitocentos mil)
II - eleição do Prefeito e do Vice-Prefeito reali- habitantes;
zada no primeiro domingo de outubro do ano anterior q) 41 (quarenta e um) Vereadores, nos Municí-
ao término do mandato dos que devam suceder, apli- pios de mais de 1.800.000 (um milhão e oitocentos mil)
cadas as regras do art. 77, no caso de Municípios com habitantes e de até 2.400.000 (dois milhões e quatro-
mais de duzentos mil eleitores; centos mil) habitantes;
III - posse do Prefeito e do Vice-Prefeito no dia r) 43 (quarenta e três) Vereadores, nos Municí-
1º de janeiro do ano subseqüente ao da eleição; pios de mais de 2.400.000 (dois milhões e quatrocentos
IV - para a composição das Câmaras Municipais, mil) habitantes e de até 3.000.000 (três milhões) de ha-
será observado o limite máximo de: bitantes;
a) 9 (nove) Vereadores, nos Municípios de até s) 45 (quarenta e cinco) Vereadores, nos Municí-
15.000 (quinze mil) habitantes; pios de mais de 3.000.000 (três milhões) de habitantes
b) 11 (onze) Vereadores, nos Municípios de mais e de até 4.000.000 (quatro milhões) de habitantes;
de 15.000 (quinze mil) habitantes e de até 30.000 (trinta t) 47 (quarenta e sete) Vereadores, nos Municí-
mil) habitantes; pios de mais de 4.000.000 (quatro milhões) de habitan-
c) 13 (treze) Vereadores, nos Municípios com tes e de até 5.000.000 (cinco milhões) de habitantes;
mais de 30.000 (trinta mil) habitantes e de até 50.000 u) 49 (quarenta e nove) Vereadores, nos Municí-
(cinquenta mil) habitantes; pios de mais de 5.000.000 (cinco milhões) de habitan-
d) 15 (quinze) Vereadores, nos Municípios de tes e de até 6.000.000 (seis milhões) de habitantes;
mais de 50.000 (cinquenta mil) habitantes e de até v) 51 (cinquenta e um) Vereadores, nos Municí-
80.000 (oitenta mil) habitantes; pios de mais de 6.000.000 (seis milhões) de habitantes
e de até 7.000.000 (sete milhões) de habitantes;

214
Apostila PRF

w) 53 (cinquenta e três) Vereadores, nos Municí- XIV - perda do mandato do Prefeito, nos termos
pios de mais de 7.000.000 (sete milhões) de habitantes do art. 28, parágrafo único.
e de até 8.000.000 (oito milhões) de habitantes; e Art. 29-A. O total da despesa do Poder Legisla-
x) 55 (cinquenta e cinco) Vereadores, nos Muni- tivo Municipal, incluídos os subsídios dos Vereadores
cípios de mais de 8.000.000 (oito milhões) de habitan- e excluídos os gastos com inativos, não poderá ultra-
tes; passar os seguintes percentuais, relativos ao somató-
V - subsídios do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos rio da receita tributária e das transferências previstas
Secretários Municipais fixados por lei de iniciativa da no § 5o do art. 153 e nos arts. 158 e 159, efetivamente
Câmara Municipal, observado o que dispõem os arts. realizado no exercício anterior:
37, XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I; I - 7% (sete por cento) para Municípios com po-
VI - o subsídio dos Vereadores será fixado pelas pulação de até 100.000 (cem mil) habitantes;
respectivas Câmaras Municipais em cada legislatura II - 6% (seis por cento) para Municípios com po-
para a subseqüente, observado o que dispõe esta pulação entre 100.000 (cem mil) e 300.000 (trezentos
Constituição, observados os critérios estabelecidos na mil) habitantes;
respectiva Lei Orgânica e os seguintes limites máxi- III - 5% (cinco por cento) para Municípios com po-
mos: pulação entre 300.001 (trezentos mil e um) e 500.000
a) em Municípios de até dez mil habitantes, o (quinhentos mil) habitantes;
subsídio máximo dos Vereadores corresponderá a IV - 4,5% (quatro inteiros e cinco décimos por
vinte por cento do subsídio dos Deputados Estaduais; cento) para Municípios com população entre 500.001
b) em Municípios de dez mil e um a cinqüenta (quinhentos mil e um) e 3.000.000 (três milhões) de ha-
mil habitantes, o subsídio máximo dos Vereadores bitantes;
corresponderá a trinta por cento do subsídio dos De- V - 4% (quatro por cento) para Municípios com
putados Estaduais; população entre 3.000.001 (três milhões e um) e
c) em Municípios de cinqüenta mil e um a cem 8.000.000 (oito milhões) de habitantes;
mil habitantes, o subsídio máximo dos Vereadores VI - 3,5% (três inteiros e cinco décimos por
corresponderá a quarenta por cento do subsídio dos cento) para Municípios com população acima de
Deputados Estaduais; 8.000.001 (oito milhões e um) habitantes.
d) em Municípios de cem mil e um a trezentos § 1o A Câmara Municipal não gastará mais de
mil habitantes, o subsídio máximo dos Vereadores setenta por cento de sua receita com folha de paga-
corresponderá a cinqüenta por cento do subsídio dos mento, incluído o gasto com o subsídio de seus Vere-
Deputados Estaduais; adores.
e) em Municípios de trezentos mil e um a qui- § 2o Constitui crime de responsabilidade do Pre-
nhentos mil habitantes, o subsídio máximo dos Verea- feito Municipal:
dores corresponderá a sessenta por cento do subsídio I - efetuar repasse que supere os limites defini-
dos Deputados Estaduais; dos neste artigo;
f) em Municípios de mais de quinhentos mil habi- II - não enviar o repasse até o dia vinte de cada
tantes, o subsídio máximo dos Vereadores correspon- mês; ou
derá a setenta e cinco por cento do subsídio dos De- III - enviá-lo a menor em relação à proporção fi-
putados Estaduais; xada na Lei Orçamentária.
VII - o total da despesa com a remuneração dos § 3o Constitui crime de responsabilidade do Pre-
Vereadores não poderá ultrapassar o montante de sidente da Câmara Municipal o desrespeito ao § 1o
cinco por cento da receita do Município; deste artigo.
VIII - inviolabilidade dos Vereadores por suas Art. 30. Compete aos Municípios:
opiniões, palavras e votos no exercício do mandato e I - legislar sobre assuntos de interesse local;
na circunscrição do Município; II - suplementar a legislação federal e a estadual
IX - proibições e incompatibilidades, no exercício no que couber;
da vereança, similares, no que couber, ao disposto III - instituir e arrecadar os tributos de sua com-
nesta Constituição para os membros do Congresso petência, bem como aplicar suas rendas, sem prejuízo
Nacional e na Constituição do respectivo Estado para da obrigatoriedade de prestar contas e publicar balan-
os membros da Assembléia Legislativa; cetes nos prazos fixados em lei;
X - julgamento do Prefeito perante o Tribunal de IV - criar, organizar e suprimir distritos, obser-
Justiça; vada a legislação estadual;
XI - organização das funções legislativas e fisca- V - organizar e prestar, diretamente ou sob re-
lizadoras da Câmara Municipal; gime de concessão ou permissão, os serviços públi-
XII - cooperação das associações representati- cos de interesse local, incluído o de transporte cole-
vas no planejamento municipal; tivo, que tem caráter essencial;
XIII - iniciativa popular de projetos de lei de inte- VI - manter, com a cooperação técnica e finan-
resse específico do Município, da cidade ou de bair- ceira da União e do Estado, programas de educação
ros, através de manifestação de, pelo menos, cinco infantil e de ensino fundamental;
por cento do eleitorado;

215
Apostila PRF

VII - prestar, com a cooperação técnica e finan- § 3º Nos Territórios Federais com mais de cem
ceira da União e do Estado, serviços de atendimento à mil habitantes, além do Governador nomeado na
saúde da população; forma desta Constituição, haverá órgãos judiciários de
VIII - promover, no que couber, adequado orde- primeira e segunda instância, membros do Ministério
namento territorial, mediante planejamento e controle Público e defensores públicos federais; a lei disporá
do uso, do parcelamento e da ocupação do solo ur- sobre as eleições para a Câmara Territorial e sua
bano; competência deliberativa.
IX - promover a proteção do patrimônio histórico- CAPÍTULO VI
cultural local, observada a legislação e a ação fiscali- DA INTERVENÇÃO
zadora federal e estadual. Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem
Art. 31. A fiscalização do Município será exer- no Distrito Federal, exceto para:
cida pelo Poder Legislativo Municipal, mediante con- I - manter a integridade nacional;
trole externo, e pelos sistemas de controle interno do II - repelir invasão estrangeira ou de uma uni-
Poder Executivo Municipal, na forma da lei. dade da Federação em outra;
§ 1º O controle externo da Câmara Municipal III - pôr termo a grave comprometimento da or-
será exercido com o auxílio dos Tribunais de Contas dem pública;
dos Estados ou do Município ou dos Conselhos ou Tri- IV - garantir o livre exercício de qualquer dos Po-
bunais de Contas dos Municípios, onde houver. deres nas unidades da Federação;
§ 2º O parecer prévio, emitido pelo órgão com- V - reorganizar as finanças da unidade da Fede-
petente sobre as contas que o Prefeito deve anual- ração que:
mente prestar, só deixará de prevalecer por decisão a) suspender o pagamento da dívida fundada
de dois terços dos membros da Câmara Municipal. por mais de dois anos consecutivos, salvo motivo de
§ 3º As contas dos Municípios ficarão, durante força maior;
sessenta dias, anualmente, à disposição de qualquer b) deixar de entregar aos Municípios receitas tri-
contribuinte, para exame e apreciação, o qual poderá butárias fixadas nesta Constituição, dentro dos prazos
questionar-lhes a legitimidade, nos termos da lei. estabelecidos em lei;
§ 4º É vedada a criação de Tribunais, Conselhos VI - prover a execução de lei federal, ordem ou
ou órgãos de Contas Municipais. decisão judicial;
CAPÍTULO V VII - assegurar a observância dos seguintes
DO DISTRITO FEDERAL E DOS TERRITÓRIOS princípios constitucionais:
Seção I a) forma republicana, sistema representativo e
DO DISTRITO FEDERAL regime democrático;
Art. 32. O Distrito Federal, vedada sua divisão b) direitos da pessoa humana;
em Municípios, reger- se-á por lei orgânica, votada em c) autonomia municipal;
dois turnos com interstício mínimo de dez dias, e apro- d) prestação de contas da administração pú-
vada por dois terços da Câmara Legislativa, que a pro- blica, direta e indireta.
mulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta e) aplicação do mínimo exigido da receita resul-
Constituição. tante de impostos estaduais, compreendida a proveni-
§ 1º Ao Distrito Federal são atribuídas as com- ente de transferências, na manutenção e desenvolvi-
petências legislativas reservadas aos Estados e Muni- mento do ensino e nas ações e serviços públicos de
cípios. saúde.
§ 2º A eleição do Governador e do Vice-Gover- Art. 35. O Estado não intervirá em seus Municí-
nador, observadas as regras do art. 77, e dos Deputa- pios, nem a União nos Municípios localizados em Ter-
dos Distritais coincidirá com a dos Governadores e ritório Federal, exceto quando:
Deputados Estaduais, para mandato de igual duração. I - deixar de ser paga, sem motivo de força
§ 3º Aos Deputados Distritais e à Câmara Legis- maior, por dois anos consecutivos, a dívida fundada;
lativa aplica-se o disposto no art. 27. II - não forem prestadas contas devidas, na
§ 4º Lei federal disporá sobre a utilização, pelo forma da lei;
Governo do Distrito Federal, das polícias civil e militar III – não tiver sido aplicado o mínimo exigido da
e do corpo de bombeiros militar. receita municipal na manutenção e desenvolvimento
Seção II do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde;
DOS TERRITÓRIOS IV - o Tribunal de Justiça der provimento a re-
Art. 33. A lei disporá sobre a organização admi- presentação para assegurar a observância de princí-
nistrativa e judiciária dos Territórios. pios indicados na Constituição Estadual, ou para pro-
§ 1º Os Territórios poderão ser divididos em Mu- ver a execução de lei, de ordem ou de decisão judicial.
nicípios, aos quais se aplicará, no que couber, o dis- Art. 36. A decretação da intervenção dependerá:
posto no Capítulo IV deste Título. I - no caso do art. 34, IV, de solicitação do Poder
§ 2º As contas do Governo do Território serão Legislativo ou do Poder Executivo coacto ou impedido,
submetidas ao Congresso Nacional, com parecer pré- ou de requisição do Supremo Tribunal Federal, se a
vio do Tribunal de Contas da União. coação for exercida contra o Poder Judiciário;

216
Apostila PRF

II - no caso de desobediência a ordem ou deci- VI - é garantido ao servidor público civil o direito


são judiciária, de requisição do Supremo Tribunal Fe- à livre associação sindical;
deral, do Superior Tribunal de Justiça ou do Tribunal VII - o direito de greve será exercido nos termos
Superior Eleitoral; e nos limites definidos em lei específica;
III - de provimento, pelo Supremo Tribunal Fede- VIII - a lei reservará percentual dos cargos e em-
ral, de representação do Procurador-Geral da Repú- pregos públicos para as pessoas portadoras de defici-
blica, na hipótese do art. 34, VII, e no caso de recusa ência e definirá os critérios de sua admissão;
à execução de lei federal. IX - a lei estabelecerá os casos de contratação
§ 1º O decreto de intervenção, que especificará por tempo determinado para atender a necessidade
a amplitude, o prazo e as condições de execução e temporária de excepcional interesse público;
que, se couber, nomeará o interventor, será submetido X - a remuneração dos servidores públicos e o
à apreciação do Congresso Nacional ou da Assem- subsídio de que trata o § 4º do art. 39 somente pode-
bléia Legislativa do Estado, no prazo de vinte e quatro rão ser fixados ou alterados por lei específica, obser-
horas. vada a iniciativa privativa em cada caso, assegurada
§ 2º Se não estiver funcionando o Congresso revisão geral anual, sempre na mesma data e sem
Nacional ou a Assembléia Legislativa, far-se-á convo- distinção de índices;
cação extraordinária, no mesmo prazo de vinte e qua- XI - a remuneração e o subsídio dos ocupantes
tro horas. de cargos, funções e empregos públicos da adminis-
§ 3º Nos casos do art. 34, VI e VII, ou do art. 35, tração direta, autárquica e fundacional, dos membros
IV, dispensada a apreciação pelo Congresso Nacional de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do
ou pela Assembléia Legislativa, o decreto limitar-se-á Distrito Federal e dos Municípios, dos detentores de
a suspender a execução do ato impugnado, se essa mandato eletivo e dos demais agentes políticos e os
medida bastar ao restabelecimento da normalidade. proventos, pensões ou outra espécie remuneratória,
§ 4º Cessados os motivos da intervenção, as au- percebidos cumulativamente ou não, incluídas as van-
toridades afastadas de seus cargos a estes voltarão, tagens pessoais ou de qualquer outra natureza, não
salvo impedimento legal. poderão exceder o subsídio mensal, em espécie, dos
CAPÍTULO VII Ministros do Supremo Tribunal Federal, aplicando-se
DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA como limite, nos Municípios, o subsídio do Prefeito, e
Seção I nos Estados e no Distrito Federal, o subsídio mensal
DISPOSIÇÕES GERAIS do Governador no âmbito do Poder Executivo, o sub-
Art. 37. A administração pública direta e indireta sídio dos Deputados Estaduais e Distritais no âmbito
de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do do Poder Legislativo e o subsidio dos Desembargado-
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos prin- res do Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros
cípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, pu- e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio men-
blicidade e eficiência e, também, ao seguinte: sal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal
I - os cargos, empregos e funções públicas são Federal, no âmbito do Poder Judiciário, aplicável este
acessíveis aos brasileiros que preencham os requisi- limite aos membros do Ministério Público, aos Procu-
tos estabelecidos em lei, assim como aos estrangei- radores e aos Defensores Públicos;
ros, na forma da lei; XII - os vencimentos dos cargos do Poder Legis-
II - a investidura em cargo ou emprego público lativo e do Poder Judiciário não poderão ser superio-
depende de aprovação prévia em concurso público de res aos pagos pelo Poder Executivo;
provas ou de provas e títulos, de acordo com a natu- XIII - é vedada a vinculação ou equiparação de
reza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma quaisquer espécies remuneratórias para o efeito de re-
prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo muneração de pessoal do serviço público;
em comissão declarado em lei de livre nomeação e XIV - os acréscimos pecuniários percebidos por
exoneração; servidor público não serão computados nem acumula-
III - o prazo de validade do concurso público dos para fins de concessão de acréscimos ulteriores;
será de até dois anos, prorrogável uma vez, por igual XV - o subsídio e os vencimentos dos ocupantes
período; de cargos e empregos públicos são irredutíveis, res-
IV - durante o prazo improrrogável previsto no salvado o disposto nos incisos XI e XIV deste artigo e
edital de convocação, aquele aprovado em concurso nos arts. 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I;
público de provas ou de provas e títulos será convo- XVI - é vedada a acumulação remunerada de
cado com prioridade sobre novos concursados para cargos públicos, exceto, quando houver compatibili-
assumir cargo ou emprego, na carreira; dade de horários, observado em qualquer caso o dis-
V - as funções de confiança, exercidas exclusi- posto no inciso XI:
vamente por servidores ocupantes de cargo efetivo, e a) a de dois cargos de professor;
os cargos em comissão, a serem preenchidos por ser- b) a de um cargo de professor com outro técnico
vidores de carreira nos casos, condições e percentu- ou científico;
ais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às c) a de dois cargos ou empregos privativos de
atribuições de direção, chefia e assessoramento; profissionais de saúde, com profissões regulamenta-
das;

217
Apostila PRF

XVII - a proibição de acumular estende-se a em- função pública, a indisponibilidade dos bens e o res-
pregos e funções e abrange autarquias, fundações, sarcimento ao erário, na forma e gradação previstas
empresas públicas, sociedades de economia mista, em lei, sem prejuízo da ação penal cabível.
suas subsidiárias, e sociedades controladas, direta ou § 5º A lei estabelecerá os prazos de prescrição
indiretamente, pelo poder público; para ilícitos praticados por qualquer agente, servidor
XVIII - a administração fazendária e seus servi- ou não, que causem prejuízos ao erário, ressalvadas
dores fiscais terão, dentro de suas áreas de compe- as respectivas ações de ressarcimento.
tência e jurisdição, precedência sobre os demais seto- § 6º As pessoas jurídicas de direito público e as
res administrativos, na forma da lei; de direito privado prestadoras de serviços públicos
XIX – somente por lei específica poderá ser cri- responderão pelos danos que seus agentes, nessa
ada autarquia e autorizada a instituição de empresa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito
pública, de sociedade de economia mista e de funda- de regresso contra o responsável nos casos de dolo
ção, cabendo à lei complementar, neste último caso, ou culpa.
definir as áreas de sua atuação; § 7º A lei disporá sobre os requisitos e as restri-
XX - depende de autorização legislativa, em ções ao ocupante de cargo ou emprego da administra-
cada caso, a criação de subsidiárias das entidades ção direta e indireta que possibilite o acesso a infor-
mencionadas no inciso anterior, assim como a partici- mações privilegiadas.
pação de qualquer delas em empresa privada; § 8º A autonomia gerencial, orçamentária e fi-
XXI - ressalvados os casos especificados na le- nanceira dos órgãos e entidades da administração di-
gislação, as obras, serviços, compras e alienações se- reta e indireta poderá ser ampliada mediante contrato,
rão contratados mediante processo de licitação pú- a ser firmado entre seus administradores e o poder
blica que assegure igualdade de condições a todos os público, que tenha por objeto a fixação de metas de
concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obriga- desempenho para o órgão ou entidade, cabendo à lei
ções de pagamento, mantidas as condições efetivas dispor sobre:
da proposta, nos termos da lei, o qual somente permi- I - o prazo de duração do contrato;
tirá as exigências de qualificação técnica e econômica II - os controles e critérios de avaliação de de-
indispensáveis à garantia do cumprimento das obriga- sempenho, direitos, obrigações e responsabilidade
ções. dos dirigentes;
XXII - as administrações tributárias da União, III - a remuneração do pessoal."
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, ati- § 9º O disposto no inciso XI aplica-se às empre-
vidades essenciais ao funcionamento do Estado, exer- sas públicas e às sociedades de economia mista, e
cidas por servidores de carreiras específicas, terão re- suas subsidiárias, que receberem recursos da União,
cursos prioritários para a realização de suas ativida- dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios
des e atuarão de forma integrada, inclusive com o para pagamento de despesas de pessoal ou de cus-
compartilhamento de cadastros e de informações fis- teio em geral.
cais, na forma da lei ou convênio. § 10. É vedada a percepção simultânea de pro-
§ 1º A publicidade dos atos, programas, obras, ventos de aposentadoria decorrentes do art. 40 ou dos
serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá ter arts. 42 e 142 com a remuneração de cargo, emprego
caráter educativo, informativo ou de orientação social, ou função pública, ressalvados os cargos acumuláveis
dela não podendo constar nomes, símbolos ou ima- na forma desta Constituição, os cargos eletivos e os
gens que caracterizem promoção pessoal de autorida- cargos em comissão declarados em lei de livre nome-
des ou servidores públicos. ação e exoneração.
§ 2º A não observância do disposto nos incisos § 11. Não serão computadas, para efeito dos li-
II e III implicará a nulidade do ato e a punição da auto- mites remuneratórios de que trata o inciso XI do caput
ridade responsável, nos termos da lei. deste artigo, as parcelas de caráter indenizatório pre-
§ 3º A lei disciplinará as formas de participação vistas em lei.
do usuário na administração pública direta e indireta, § 12. Para os fins do disposto no inciso XI do
regulando especialmente: caput deste artigo, fica facultado aos Estados e ao
I - as reclamações relativas à prestação dos ser- Distrito Federal fixar, em seu âmbito, mediante
viços públicos em geral, asseguradas a manutenção emenda às respectivas Constituições e Lei Orgânica,
de serviços de atendimento ao usuário e a avaliação como limite único, o subsídio mensal dos Desembar-
periódica, externa e interna, da qualidade dos servi- gadores do respectivo Tribunal de Justiça, limitado a
ços; noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento
II - o acesso dos usuários a registros administra- do subsídio mensal dos Ministros do Supremo Tribu-
tivos e a informações sobre atos de governo, obser- nal Federal, não se aplicando o disposto neste pará-
vado o disposto no art. 5º, X e XXXIII; grafo aos subsídios dos Deputados Estaduais e Distri-
III - a disciplina da representação contra o exer- tais e dos Vereadores.
cício negligente ou abusivo de cargo, emprego ou fun- Art. 38. Ao servidor público da administração di-
ção na administração pública. reta, autárquica e fundacional, no exercício de man-
§ 4º - Os atos de improbidade administrativa im- dato eletivo, aplicam-se as seguintes disposições:
portarão a suspensão dos direitos políticos, a perda da

218
Apostila PRF

I - tratando-se de mandato eletivo federal, esta- § 5º Lei da União, dos Estados, do Distrito Fede-
dual ou distrital, ficará afastado de seu cargo, em- ral e dos Municípios poderá estabelecer a relação en-
prego ou função; tre a maior e a menor remuneração dos servidores pú-
II - investido no mandato de Prefeito, será afas- blicos, obedecido, em qualquer caso, o disposto no
tado do cargo, emprego ou função, sendo-lhe facul- art. 37, XI.
tado optar pela sua remuneração; § 6º Os Poderes Executivo, Legislativo e Judici-
III - investido no mandato de Vereador, havendo ário publicarão anualmente os valores do subsídio e
compatibilidade de horários, perceberá as vantagens da remuneração dos cargos e empregos públicos.
de seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo da re- § 7º Lei da União, dos Estados, do Distrito Fede-
muneração do cargo eletivo, e, não havendo compati- ral e dos Municípios disciplinará a aplicação de recur-
bilidade, será aplicada a norma do inciso anterior; sos orçamentários provenientes da economia com
IV - em qualquer caso que exija o afastamento despesas correntes em cada órgão, autarquia e funda-
para o exercício de mandato eletivo, seu tempo de ção, para aplicação no desenvolvimento de programas
serviço será contado para todos os efeitos legais, ex- de qualidade e produtividade, treinamento e desenvol-
ceto para promoção por merecimento; vimento, modernização, reaparelhamento e racionali-
V - para efeito de benefício previdenciário, no zação do serviço público, inclusive sob a forma de adi-
caso de afastamento, os valores serão determinados cional ou prêmio de produtividade.
como se no exercício estivesse. § 8º A remuneração dos servidores públicos or-
Seção II ganizados em carreira poderá ser fixada nos termos
DOS SERVIDORES PÚBLICOS do § 4º.

Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e Art. 40. Aos servidores titulares de cargos efeti-
os Municípios instituirão, no âmbito de sua competên- vos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
cia, regime jurídico único e planos de carreira para os Municípios, incluídas suas autarquias e fundações, é
servidores da administração pública direta, das autar- assegurado regime de previdência de caráter contribu-
quias e das fundações públicas. (Vide ADIN nº 2.135- tivo e solidário, mediante contribuição do respectivo
4) ente público, dos servidores ativos e inativos e dos
Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os pensionistas, observados critérios que preservem o
Municípios instituirão conselho de política de administração equilíbrio financeiro e atuarial e o disposto neste ar-
e remuneração de pessoal, integrado por servidores designa- tigo.
dos pelos respectivos Poderes. § 1º Os servidores abrangidos pelo regime de
§ 1º A fixação dos padrões de vencimento e dos previdência de que trata este artigo serão aposenta-
demais componentes do sistema remuneratório obser- dos, calculados os seus proventos a partir dos valores
vará: fixados na forma dos §§ 3º e 17:
I - por invalidez permanente, sendo os proventos
I - a natureza, o grau de responsabilidade e a proporcionais ao tempo de contribuição, exceto se de-
complexidade dos cargos componentes de cada car- corrente de acidente em serviço, moléstia profissional
reira; ou doença grave, contagiosa ou incurável, na forma
II - os requisitos para a investidura; da lei;
III - as peculiaridades dos cargos. II - compulsoriamente, com proventos proporcio-
§ 2º A União, os Estados e o Distrito Federal nais ao tempo de contribuição, aos 70 (setenta) anos
manterão escolas de governo para a formação e o de idade, ou aos 75 (setenta e cinco) anos de idade,
aperfeiçoamento dos servidores públicos, consti- na forma de lei complementar;
tuindo-se a participação nos cursos um dos requisitos III - voluntariamente, desde que cumprido tempo
para a promoção na carreira, facultada, para isso, a mínimo de dez anos de efetivo exercício no serviço
celebração de convênios ou contratos entre os entes público e cinco anos no cargo efetivo em que se dará
federados. a aposentadoria, observadas as seguintes condições:
§ 3º Aplica-se aos servidores ocupantes de a) sessenta anos de idade e trinta e cinco de
cargo público o disposto no art. 7º, IV, VII, VIII, IX, XII, contribuição, se homem, e cinqüenta e cinco anos de
XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXII e XXX, po- idade e trinta de contribuição, se mulher; b) sessenta e
dendo a lei estabelecer requisitos diferenciados de ad- cinco anos de idade, se homem, e sessenta anos de
missão quando a natureza do cargo o exigir. idade, se mulher, com proventos proporcionais ao
§ 4º O membro de Poder, o detentor de mandato tempo de contribuição. § 2º - Os proventos de aposen-
eletivo, os Ministros de Estado e os Secretários Esta- tadoria e as pensões, por ocasião de sua concessão,
duais e Municipais serão remunerados exclusivamente não poderão exceder a remuneração do respectivo
por subsídio fixado em parcela única, vedado o acrés- servidor, no cargo efetivo em que se deu a aposenta-
cimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prê- doria ou que serviu de referência para a concessão da
mio, verba de representação ou outra espécie remu- pensão.
neratória, obedecido, em qualquer caso, o disposto no § 3º Para o cálculo dos proventos de aposenta-
art. 37, X e XI. doria, por ocasião da sua concessão, serão considera-
das as remunerações utilizadas como base para as

219
Apostila PRF

contribuições do servidor aos regimes de previdência e critérios fixados para o regime geral de previdência
de que tratam este artigo e o art. 201, na forma da lei. social.
§ 4º É vedada a adoção de requisitos e critérios § 13 - Ao servidor ocupante, exclusivamente, de
diferenciados para a concessão de aposentadoria aos cargo em comissão declarado em lei de livre nomea-
abrangidos pelo regime de que trata este artigo, res- ção e exoneração bem como de outro cargo temporá-
salvados, nos termos definidos em leis complementa- rio ou de emprego público, aplica-se o regime geral de
res, os casos de servidores: previdência social.
I portadores de deficiência; § 14 - A União, os Estados, o Distrito Federal e
II que exerçam atividades de risco; os Municípios, desde que instituam regime de previ-
III cujas atividades sejam exercidas sob condi- dência complementar para os seus respectivos servi-
ções especiais que prejudiquem a saúde ou a integri- dores titulares de cargo efetivo, poderão fixar, para o
dade física. valor das aposentadorias e pensões a serem concedi-
§ 5º - Os requisitos de idade e de tempo de con- das pelo regime de que trata este artigo, o limite má-
tribuição serão reduzidos em cinco anos, em relação ximo estabelecido para os benefícios do regime geral
ao disposto no § 1º, III, "a", para o professor que com- de previdência social de que trata o art. 201.
prove exclusivamente tempo de efetivo exercício das § 15. O regime de previdência complementar de
funções de magistério na educação infantil e no en- que trata o § 14 será instituído por lei de iniciativa do
sino fundamental e médio. respectivo Poder Executivo, observado o disposto no
§ 6º - Ressalvadas as aposentadorias decorren- art. 202 e seus parágrafos, no que couber, por inter-
tes dos cargos acumuláveis na forma desta Constitui- médio de entidades fechadas de previdência comple-
ção, é vedada a percepção de mais de uma aposenta- mentar, de natureza pública, que oferecerão aos res-
doria à conta do regime de previdência previsto neste pectivos participantes planos de benefícios somente
artigo. na modalidade de contribuição definida.
§ 7º Lei disporá sobre a concessão do benefício § 16 - Somente mediante sua prévia e expressa
de pensão por morte, que será igual: opção, o disposto nos §§ 14 e 15 poderá ser aplicado
I - ao valor da totalidade dos proventos do servi- ao servidor que tiver ingressado no serviço público até
dor falecido, até o limite máximo estabelecido para os a data da publicação do ato de instituição do corres-
benefícios do regime geral de previdência social de pondente regime de previdência complementar.
que trata o art. 201, acrescido de setenta por cento da § 17. Todos os valores de remuneração conside-
parcela excedente a este limite, caso aposentado à rados para o cálculo do benefício previsto no § 3° se-
data do óbito; ou rão devidamente atualizados, na forma da lei.
II - ao valor da totalidade da remuneração do § 18. Incidirá contribuição sobre os proventos de
servidor no cargo efetivo em que se deu o falecimento, aposentadorias e pensões concedidas pelo regime de
até o limite máximo estabelecido para os benefícios do que trata este artigo que superem o limite máximo es-
regime geral de previdência social de que trata o art. tabelecido para os benefícios do regime geral de pre-
201, acrescido de setenta por cento da parcela exce- vidência social de que trata o art. 201, com percentual
dente a este limite, caso em atividade na data do igual ao estabelecido para os servidores titulares de
óbito. cargos efetivos.
§ 8º É assegurado o reajustamento dos benefí- § 19. O servidor de que trata este artigo que te-
cios para preservar-lhes, em caráter permanente, o nha completado as exigências para aposentadoria vo-
valor real, conforme critérios estabelecidos em lei. luntária estabelecidas no § 1º, III, a, e que opte por
§ 9º - O tempo de contribuição federal, estadual permanecer em atividade fará jus a um abono de per-
ou municipal será contado para efeito de aposentado- manência equivalente ao valor da sua contribuição
ria e o tempo de serviço correspondente para efeito de previdenciária até completar as exigências para apo-
disponibilidade. sentadoria compulsória contidas no § 1º, II.
§ 10 - A lei não poderá estabelecer qualquer § 20. Fica vedada a existência de mais de um
forma de contagem de tempo de contribuição fictício. regime próprio de previdência social para os servido-
§ 11 - Aplica-se o limite fixado no art. 37, XI, à res titulares de cargos efetivos, e de mais de uma uni-
soma total dos proventos de inatividade, inclusive dade gestora do respectivo regime em cada ente esta-
quando decorrentes da acumulação de cargos ou em- tal, ressalvado o disposto no art. 142, § 3º, X.
pregos públicos, bem como de outras atividades sujei- § 21. A contribuição prevista no § 18 deste artigo
tas a contribuição para o regime geral de previdência incidirá apenas sobre as parcelas de proventos de
social, e ao montante resultante da adição de proven- aposentadoria e de pensão que superem o dobro do li-
tos de inatividade com remuneração de cargo acumu- mite máximo estabelecido para os benefícios do re-
lável na forma desta Constituição, cargo em comissão gime geral de previdência social de que trata o art.
declarado em lei de livre nomeação e exoneração, e 201 desta Constituição, quando o beneficiário, na
de cargo eletivo. forma da lei, for portador de doença incapacitante.
§ 12 - Além do disposto neste artigo, o regime Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo
de previdência dos servidores públicos titulares de exercício os servidores nomeados para cargo de pro-
cargo efetivo observará, no que couber, os requisitos vimento efetivo em virtude de concurso público.

220
Apostila PRF

§ 1º O servidor público estável só perderá o II - juros favorecidos para financiamento de ativi-


cargo: dades prioritárias;
I - em virtude de sentença judicial transitada em III - isenções, reduções ou diferimento temporá-
julgado; rio de tributos federais devidos por pessoas físicas ou
II - mediante processo administrativo em que lhe jurídicas;
seja assegurada ampla defesa; IV - prioridade para o aproveitamento econômico
III - mediante procedimento de avaliação perió- e social dos rios e das massas de água represadas ou
dica de desempenho, na forma de lei complementar, represáveis nas regiões de baixa renda, sujeitas a se-
assegurada ampla defesa. cas periódicas.
§ 2º Invalidada por sentença judicial a demissão § 3º - Nas áreas a que se refere o § 2º, IV, a
do servidor estável, será ele reintegrado, e o eventual União incentivará a recuperação de terras áridas e co-
ocupante da vaga, se estável, reconduzido ao cargo operará com os pequenos e médios proprietários ru-
de origem, sem direito a indenização, aproveitado em rais para o estabelecimento, em suas glebas, de fon-
outro cargo ou posto em disponibilidade com remune- tes de água e de pequena irrigação.
ração proporcional ao tempo de serviço. TÍTULO IV
§ 3º Extinto o cargo ou declarada a sua desne-
cessidade, o servidor estável ficará em disponibili- DA ORGANIZAÇÃO DOS PODERES
dade, com remuneração proporcional ao tempo de
serviço, até seu adequado aproveitamento em outro CAPÍTULO I
cargo. DO PODER LEGISLATIVO
§ 4º Como condição para a aquisição da estabili- SEÇÃO I
dade, é obrigatória a avaliação especial de desempe- DO CONGRESSO NACIONAL
nho por comissão instituída para essa finalidade. Art. 44. O Poder Legislativo é exercido pelo Con-
gresso Nacional, que se compõe da Câmara dos De-
Seção III putados e do Senado Federal.
DOS MILITARES DOS ESTADOS, DO DISTRITO FE- Parágrafo único. Cada legislatura terá a duração
DERAL E DOS TERRITÓRIOS de quatro anos.
Art. 45. A Câmara dos Deputados compõe-se de
Art. 42 Os membros das Polícias Militares e Cor- representantes do povo, eleitos, pelo sistema proporci-
pos de Bombeiros Militares, instituições organizadas onal, em cada Estado, em cada Território e no Distrito
com base na hierarquia e disciplina, são militares dos Federal.
Estados, do Distrito Federal e dos Territórios. § 1º O número total de Deputados, bem como a
§ 1º Aplicam-se aos militares dos Estados, do representação por Estado e pelo Distrito Federal, será
Distrito Federal e dos Territórios, além do que vier a estabelecido por lei complementar, proporcionalmente
ser fixado em lei, as disposições do art. 14, § 8º; do à população, procedendo-se aos ajustes necessários,
art. 40, § 9º; e do art. 142, §§ 2º e 3º, cabendo a lei es- no ano anterior às eleições, para que nenhuma daque-
tadual específica dispor sobre as matérias do art. 142, las unidades da Federação tenha menos de oito ou
§ 3º, inciso X, sendo as patentes dos oficiais conferi- mais de setenta Deputados.
das pelos respectivos governadores. § 2º Cada Território elegerá quatro Deputados.
§ 2º Aos pensionistas dos militares dos Estados, Art. 46. O Senado Federal compõe-se de repre-
do Distrito Federal e dos Territórios aplica-se o que for sentantes dos Estados e do Distrito Federal, eleitos
fixado em lei específica do respectivo ente estatal. segundo o princípio majoritário.
Seção IV § 1º Cada Estado e o Distrito Federal elegerão
DAS REGIÕES três Senadores, com mandato de oito anos.
Art. 43. Para efeitos administrativos, a União po- § 2º A representação de cada Estado e do Dis-
derá articular sua ação em um mesmo complexo geo- trito Federal será renovada de quatro em quatro anos,
econômico e social, visando a seu desenvolvimento e alternadamente, por um e dois terços.
à redução das desigualdades regionais. § 3º Cada Senador será eleito com dois suplen-
§ 1º - Lei complementar disporá sobre: tes.
I - as condições para integração de regiões em Art. 47. Salvo disposição constitucional em con-
desenvolvimento; trário, as deliberações de cada Casa e de suas Comis-
II - a composição dos organismos regionais que sões serão tomadas por maioria dos votos, presente a
executarão, na forma da lei, os planos regionais, inte- maioria absoluta de seus membros.
grantes dos planos nacionais de desenvolvimento eco- Seção II
nômico e social, aprovados juntamente com estes. DAS ATRIBUIÇÕES DO CONGRESSO NACIONAL
§ 2º - Os incentivos regionais compreenderão, Art. 48. Cabe ao Congresso Nacional, com a
além de outros, na forma da lei: sanção do Presidente da República, não exigida esta
I - igualdade de tarifas, fretes, seguros e outros para o especificado nos arts. 49, 51 e 52, dispor sobre
itens de custos e preços de responsabilidade do Poder todas as matérias de competência da União, especial-
Público; mente sobre:

221
Apostila PRF

I - sistema tributário, arrecadação e distribuição IX - julgar anualmente as contas prestadas pelo


de rendas; Presidente da República e apreciar os relatórios sobre
II - plano plurianual, diretrizes orçamentárias, or- a execução dos planos de governo;
çamento anual, operações de crédito, dívida pública e X - fiscalizar e controlar, diretamente, ou por
emissões de curso forçado; qualquer de suas Casas, os atos do Poder Executivo,
III - fixação e modificação do efetivo das Forças incluídos os da administração indireta;
Armadas; XI - zelar pela preservação de sua competência
IV - planos e programas nacionais, regionais e legislativa em face da atribuição normativa dos outros
setoriais de desenvolvimento; Poderes;
V - limites do território nacional, espaço aéreo e XII - apreciar os atos de concessão e renovação
marítimo e bens do domínio da União; de concessão de emissoras de rádio e televisão;
VI - incorporação, subdivisão ou desmembra- XIII - escolher dois terços dos membros do Tri-
mento de áreas de Territórios ou Estados, ouvidas as bunal de Contas da União;
respectivas Assembléias Legislativas; XIV - aprovar iniciativas do Poder Executivo re-
VII - transferência temporária da sede do Go- ferentes a atividades nucleares;
verno Federal; XV - autorizar referendo e convocar plebiscito;
VIII - concessão de anistia; XVI - autorizar, em terras indígenas, a explora-
IX - organização administrativa, judiciária, do Mi- ção e o aproveitamento de recursos hídricos e a pes-
nistério Público e da Defensoria Pública da União e quisa e lavra de riquezas minerais;
dos Territórios e organização judiciária e do Ministério XVII - aprovar, previamente, a alienação ou con-
Público do Distrito Federal; cessão de terras públicas com área superior a dois mil
X – criação, transformação e extinção de cargos, e quinhentos hectares.
empregos e funções públicas, observado o que esta- Art. 50. A Câmara dos Deputados e o Senado
belece o art. 84, VI, b; Federal, ou qualquer de suas Comissões, poderão
XI – criação e extinção de Ministérios e órgãos convocar Ministro de Estado ou quaisquer titulares de
da administração pública; órgãos diretamente subordinados à Presidência da
XII - telecomunicações e radiodifusão; República para prestarem, pessoalmente, informações
XIII - matéria financeira, cambial e monetária, sobre assunto previamente determinado, importando
instituições financeiras e suas operações; crime de responsabilidade a ausência sem justificação
XIV - moeda, seus limites de emissão, e mon- adequada.
tante da dívida mobiliária federal. § 1º Os Ministros de Estado poderão compare-
XV - fixação do subsídio dos Ministros do Su- cer ao Senado Federal, à Câmara dos Deputados, ou
premo Tribunal Federal, observado o que dispõem os a qualquer de suas Comissões, por sua iniciativa e
arts. 39, § 4º; 150, II; 153, III; e 153, § 2º, I. mediante entendimentos com a Mesa respectiva, para
Art. 49. É da competência exclusiva do Con- expor assunto de relevância de seu Ministério.
gresso Nacional: § 2º As Mesas da Câmara dos Deputados e do
I - resolver definitivamente sobre tratados, acor- Senado Federal poderão encaminhar pedidos escritos
dos ou atos internacionais que acarretem encargos ou de informações a Ministros de Estado ou a qualquer
compromissos gravosos ao patrimônio nacional; das pessoas referidas no caput deste artigo, impor-
II - autorizar o Presidente da República a decla- tando em crime de responsabilidade a recusa, ou o
rar guerra, a celebrar a paz, a permitir que forças es- não - atendimento, no prazo de trinta dias, bem como
trangeiras transitem pelo território nacional ou nele a prestação de informações falsas.
permaneçam temporariamente, ressalvados os casos
previstos em lei complementar; Seção III
III - autorizar o Presidente e o Vice-Presidente DA CÂMARA DOS DEPUTADOS
da República a se ausentarem do País, quando a au- Art. 51. Compete privativamente à Câmara dos
sência exceder a quinze dias; Deputados:
IV - aprovar o estado de defesa e a intervenção I - autorizar, por dois terços de seus membros, a
federal, autorizar o estado de sítio, ou suspender qual- instauração de processo contra o Presidente e o Vice-
quer uma dessas medidas; Presidente da República e os Ministros de Estado;
V - sustar os atos normativos do Poder Execu- II - proceder à tomada de contas do Presidente
tivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limi- da República, quando não apresentadas ao Con-
tes de delegação legislativa; gresso Nacional dentro de sessenta dias após a aber-
VI - mudar temporariamente sua sede; tura da sessão legislativa;
VII - fixar idêntico subsídio para os Deputados III - elaborar seu regimento interno;
Federais e os Senadores, observado o que dispõem IV – dispor sobre sua organização, funciona-
os arts. 37, XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I; mento, polícia, criação, transformação ou extinção dos
VIII - fixar os subsídios do Presidente e do Vice- cargos, empregos e funções de seus serviços, e a ini-
Presidente da República e dos Ministros de Estado, ciativa de lei para fixação da respectiva remuneração,
observado o que dispõem os arts. 37, XI, 39, § 4º,
150, II, 153, III, e 153, § 2º, I;

222
Apostila PRF

observados os parâmetros estabelecidos na lei de di- observados os parâmetros estabelecidos na lei de di-
retrizes orçamentárias; retrizes orçamentárias;
V - eleger membros do Conselho da República, XIV - eleger membros do Conselho da Repú-
nos termos do art. 89, VII. blica, nos termos do art. 89, VII.
Seção IV XV - avaliar periodicamente a funcionalidade do
DO SENADO FEDERAL Sistema Tributário Nacional, em sua estrutura e seus
Art. 52. Compete privativamente ao Senado Fe- componentes, e o desempenho das administrações tri-
deral: butárias da União, dos Estados e do Distrito Federal e
I - processar e julgar o Presidente e o Vice-Pre- dos Municípios.
sidente da República nos crimes de responsabilidade, Parágrafo único. Nos casos previstos nos inci-
bem como os Ministros de Estado e os Comandantes sos I e II, funcionará como Presidente o do Supremo
da Marinha, do Exército e da Aeronáutica nos crimes Tribunal Federal, limitando-se a condenação, que so-
da mesma natureza conexos com aqueles; mente será proferida por dois terços dos votos do Se-
II processar e julgar os Ministros do Supremo nado Federal, à perda do cargo, com inabilitação, por
Tribunal Federal, os membros do Conselho Nacional oito anos, para o exercício de função pública, sem pre-
de Justiça e do Conselho Nacional do Ministério Pú- juízo das demais sanções judiciais cabíveis.
blico, o Procurador-Geral da República e o Advogado- Seção V
Geral da União nos crimes de responsabilidade; DOS DEPUTADOS E DOS SENADORES
Art. 53. Os Deputados e Senadores são inviolá-
III - aprovar previamente, por voto secreto, após veis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opini-
argüição pública, a escolha de: ões, palavras e votos
a) Magistrados, nos casos estabelecidos nesta § 1º Os Deputados e Senadores, desde a expe-
Constituição; dição do diploma, serão submetidos a julgamento pe-
b) Ministros do Tribunal de Contas da União indi- rante o Supremo Tribunal Federal.
cados pelo Presidente da República; § 2º Desde a expedição do diploma, os mem-
c) Governador de Território; bros do Congresso Nacional não poderão ser presos,
d) Presidente e diretores do banco central; salvo em flagrante de crime inafiançável. Nesse caso,
e) Procurador-Geral da República; os autos serão remetidos dentro de vinte e quatro ho-
f) titulares de outros cargos que a lei determinar; ras à Casa respectiva, para que, pelo voto da maioria
IV - aprovar previamente, por voto secreto, após de seus membros, resolva sobre a prisão.
argüição em sessão secreta, a escolha dos chefes de § 3º Recebida a denúncia contra o Senador ou
missão diplomática de caráter permanente; Deputado, por crime ocorrido após a diplomação, o
V - autorizar operações externas de natureza fi- Supremo Tribunal Federal dará ciência à Casa respec-
nanceira, de interesse da União, dos Estados, do Dis- tiva, que, por iniciativa de partido político nela repre-
trito Federal, dos Territórios e dos Municípios; sentado e pelo voto da maioria de seus membros, po-
VI - fixar, por proposta do Presidente da Repú- derá, até a decisão final, sustar o andamento da ação.
blica, limites globais para o montante da dívida conso- § 4º O pedido de sustação será apreciado pela
lidada da União, dos Estados, do Distrito Federal e Casa respectiva no prazo improrrogável de quarenta e
dos Municípios; cinco dias do seu recebimento pela Mesa Diretora.
VII - dispor sobre limites globais e condições § 5º A sustação do processo suspende a pres-
para as operações de crédito externo e interno da crição, enquanto durar o mandato.
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municí- § 6º Os Deputados e Senadores não serão obri-
pios, de suas autarquias e demais entidades controla- gados a testemunhar sobre informações recebidas ou
das pelo Poder Público federal; prestadas em razão do exercício do mandato, nem so-
VIII - dispor sobre limites e condições para a bre as pessoas que lhes confiaram ou deles recebe-
concessão de garantia da União em operações de cré- ram informações.
dito externo e interno; § 7º A incorporação às Forças Armadas de De-
IX - estabelecer limites globais e condições para putados e Senadores, embora militares e ainda que
o montante da dívida mobiliária dos Estados, do Dis- em tempo de guerra, dependerá de prévia licença da
trito Federal e dos Municípios; Casa respectiva.
X - suspender a execução, no todo ou em parte, § 8º As imunidades de Deputados ou Senadores
de lei declarada inconstitucional por decisão definitiva subsistirão durante o estado de sítio, só podendo ser
do Supremo Tribunal Federal; suspensas mediante o voto de dois terços dos mem-
XI - aprovar, por maioria absoluta e por voto se- bros da Casa respectiva, nos casos de atos praticados
creto, a exoneração, de ofício, do Procurador-Geral da fora do recinto do Congresso Nacional, que sejam in-
República antes do término de seu mandato; compatíveis com a execução da medida.
XII - elaborar seu regimento interno; Art. 54. Os Deputados e Senadores não pode-
XIII - dispor sobre sua organização, funciona- rão:
mento, polícia, criação, transformação ou extinção dos I - desde a expedição do diploma:
cargos, empregos e funções de seus serviços, e a ini-
ciativa de lei para fixação da respectiva remuneração,

223
Apostila PRF

a) firmar ou manter contrato com pessoa jurídica I - investido no cargo de Ministro de Estado, Go-
de direito público, autarquia, empresa pública, socie- vernador de Território, Secretário de Estado, do Dis-
dade de economia mista ou empresa concessionária trito Federal, de Território, de Prefeitura de Capital ou
de serviço público, salvo quando o contrato obedecer chefe de missão diplomática temporária;
a cláusulas uniformes; II - licenciado pela respectiva Casa por motivo
b) aceitar ou exercer cargo, função ou emprego de doença, ou para tratar, sem remuneração, de inte-
remunerado, inclusive os de que sejam demissíveis resse particular, desde que, neste caso, o afastamento
"ad nutum", nas entidades constantes da alínea ante- não ultrapasse cento e vinte dias por sessão legisla-
rior; tiva.
II - desde a posse: § 1º O suplente será convocado nos casos de
a) ser proprietários, controladores ou diretores vaga, de investidura em funções previstas neste artigo
de empresa que goze de favor decorrente de contrato ou de licença superior a cento e vinte dias.
com pessoa jurídica de direito público, ou nela exercer § 2º Ocorrendo vaga e não havendo suplente,
função remunerada; far-se-á eleição para preenchê-la se faltarem mais de
b) ocupar cargo ou função de que sejam demis- quinze meses para o término do mandato.
síveis "ad nutum", nas entidades referidas no inciso I, § 3º Na hipótese do inciso I, o Deputado ou Se-
"a"; nador poderá optar pela remuneração do mandato.
c) patrocinar causa em que seja interessada Seção VI
qualquer das entidades a que se refere o inciso I, "a"; DAS REUNIÕES
d) ser titulares de mais de um cargo ou mandato Art. 57. O Congresso Nacional reunir-se-á, anu-
público eletivo. almente, na Capital Federal, de 2 de fevereiro a 17 de
Art. 55. Perderá o mandato o Deputado ou Se- julho e de 1º de agosto a 22 de dezembro.
nador: § 1º As reuniões marcadas para essas datas se-
I - que infringir qualquer das proibições estabele- rão transferidas para o primeiro dia útil subseqüente,
cidas no artigo anterior; quando recaírem em sábados, domingos ou feriados.
II - cujo procedimento for declarado incompatível § 2º A sessão legislativa não será interrompida
com o decoro parlamentar; sem a aprovação do projeto de lei de diretrizes orça-
III - que deixar de comparecer, em cada sessão mentárias.
legislativa, à terça parte das sessões ordinárias da § 3º Além de outros casos previstos nesta Cons-
Casa a que pertencer, salvo licença ou missão por tituição, a Câmara dos Deputados e o Senado Federal
esta autorizada; reunir-se-ão em sessão conjunta para:
IV - que perder ou tiver suspensos os direitos I - inaugurar a sessão legislativa;
políticos; II - elaborar o regimento comum e regular a cria-
V - quando o decretar a Justiça Eleitoral, nos ca- ção de serviços comuns às duas Casas;
sos previstos nesta Constituição; III - receber o compromisso do Presidente e do
VI - que sofrer condenação criminal em sen- Vice-Presidente da República;
tença transitada em julgado. IV - conhecer do veto e sobre ele deliberar.
§ 1º - É incompatível com o decoro parlamentar, § 4º Cada uma das Casas reunir-se-á em ses-
além dos casos definidos no regimento interno, o sões preparatórias, a partir de 1º de fevereiro, no pri-
abuso das prerrogativas asseguradas a membro do meiro ano da legislatura, para a posse de seus mem-
Congresso Nacional ou a percepção de vantagens in- bros e eleição das respectivas Mesas, para mandato
devidas. de 2 (dois) anos, vedada a recondução para o mesmo
§ 2º Nos casos dos incisos I, II e VI, a perda do cargo na eleição imediatamente subseqüente.
mandato será decidida pela Câmara dos Deputados § 5º A Mesa do Congresso Nacional será presi-
ou pelo Senado Federal, por maioria absoluta, medi- dida pelo Presidente do Senado Federal, e os demais
ante provocação da respectiva Mesa ou de partido po- cargos serão exercidos, alternadamente, pelos ocu-
lítico representado no Congresso Nacional, assegu- pantes de cargos equivalentes na Câmara dos Depu-
rada ampla defesa. tados e no Senado Federal.
§ 6º A convocação extraordinária do Congresso
§ 3º - Nos casos previstos nos incisos III a V, a Nacional far-se-á:
perda será declarada pela Mesa da Casa respectiva, I - pelo Presidente do Senado Federal, em caso
de ofício ou mediante provocação de qualquer de seus de decretação de estado de defesa ou de intervenção
membros, ou de partido político representado no Con- federal, de pedido de autorização para a decretação
gresso Nacional, assegurada ampla defesa. de estado de sítio e para o compromisso e a posse do
§ 4º A renúncia de parlamentar submetido a pro- Presidente e do Vice-Presidente da República;
cesso que vise ou possa levar à perda do mandato, II - pelo Presidente da República, pelos Presi-
nos termos deste artigo, terá seus efeitos suspensos dentes da Câmara dos Deputados e do Senado Fede-
até as deliberações finais de que tratam os §§ 2º e 3º. ral ou a requerimento da maioria dos membros de am-
Art. 56. Não perderá o mandato o Deputado ou bas as Casas, em caso de urgência ou interesse pú-
Senador: blico relevante, em todas as hipóteses deste inciso

224
Apostila PRF

com a aprovação da maioria absoluta de cada uma Subseção I


das Casas do Congresso Nacional. Disposição Geral
§ 7º Na sessão legislativa extraordinária, o Con- Art. 59. O processo legislativo compreende a
gresso Nacional somente deliberará sobre a matéria elaboração de:
para a qual foi convocado, ressalvada a hipótese do § I - emendas à Constituição;
8º deste artigo, vedado o pagamento de parcela indeni- II - leis complementares;
zatória, em razão da convocação. III - leis ordinárias;
§ 8º Havendo medidas provisórias em vigor na IV - leis delegadas;
data de convocação extraordinária do Congresso Na- V - medidas provisórias;
cional, serão elas automaticamente incluídas na pauta VI - decretos legislativos;
da convocação. VII - resoluções.
Seção VII Parágrafo único. Lei complementar disporá so-
DAS COMISSÕES bre a elaboração, redação, alteração e consolidação
Art. 58. O Congresso Nacional e suas Casas te- das leis.
rão comissões permanentes e temporárias, constituí- Subseção II
das na forma e com as atribuições previstas no res- Da Emenda à Constituição
pectivo regimento ou no ato de que resultar sua cria- Art. 60. A Constituição poderá ser emendada
ção. mediante proposta:
§ 1º Na constituição das Mesas e de cada Co- I - de um terço, no mínimo, dos membros da Câ-
missão, é assegurada, tanto quanto possível, a repre- mara dos Deputados ou do Senado Federal;
sentação proporcional dos partidos ou dos blocos par- II - do Presidente da República;
lamentares que participam da respectiva Casa. III - de mais da metade das Assembléias Legis-
§ 2º Às comissões, em razão da matéria de sua lativas das unidades da Federação, manifestando-se,
competência, cabe: cada uma delas, pela maioria relativa de seus mem-
I - discutir e votar projeto de lei que dispensar, bros.
na forma do regimento, a competência do Plenário, § 1º A Constituição não poderá ser emendada
salvo se houver recurso de um décimo dos membros na vigência de intervenção federal, de estado de de-
da Casa; fesa ou de estado de sítio.
II - realizar audiências públicas com entidades § 2º A proposta será discutida e votada em cada
da sociedade civil; Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, consi-
III - convocar Ministros de Estado para prestar derando-se aprovada se obtiver, em ambos, três quin-
informações sobre assuntos inerentes a suas atribui- tos dos votos dos respectivos membros.
ções; § 3º A emenda à Constituição será promulgada
IV - receber petições, reclamações, representa- pelas Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado
ções ou queixas de qualquer pessoa contra atos ou Federal, com o respectivo número de ordem.
omissões das autoridades ou entidades públicas; § 4º Não será objeto de deliberação a proposta
V - solicitar depoimento de qualquer autoridade de emenda tendente a abolir:
ou cidadão; I - a forma federativa de Estado;
VI - apreciar programas de obras, planos nacio- II - o voto direto, secreto, universal e periódico;
nais, regionais e setoriais de desenvolvimento e sobre III - a separação dos Poderes;
eles emitir parecer. IV - os direitos e garantias individuais.
§ 3º As comissões parlamentares de inquérito, § 5º A matéria constante de proposta de
que terão poderes de investigação próprios das autori- emenda rejeitada ou havida por prejudicada não pode
dades judiciais, além de outros previstos nos regimen- ser objeto de nova proposta na mesma sessão legisla-
tos das respectivas Casas, serão criadas pela Câmara tiva.
dos Deputados e pelo Senado Federal, em conjunto Subseção III
ou separadamente, mediante requerimento de um Das Leis
terço de seus membros, para a apuração de fato de- Art. 61. A iniciativa das leis complementares e
terminado e por prazo certo, sendo suas conclusões, ordinárias cabe a qualquer membro ou Comissão da
se for o caso, encaminhadas ao Ministério Público, Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do
para que promova a responsabilidade civil ou criminal Congresso Nacional, ao Presidente da República, ao
dos infratores. Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores,
§ 4º Durante o recesso, haverá uma Comissão ao Procurador-Geral da República e aos cidadãos, na
representativa do Congresso Nacional, eleita por suas forma e nos casos previstos nesta Constituição.
Casas na última sessão ordinária do período legisla- § 1º São de iniciativa privativa do Presidente da
tivo, com atribuições definidas no regimento comum, República as leis que:
cuja composição reproduzirá, quanto possível, a pro- I - fixem ou modifiquem os efetivos das Forças
porcionalidade da representação partidária. Armadas;
Seção VIII II - disponham sobre:
DO PROCESSO LEGISLATIVO

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Apostila PRF

a) criação de cargos, funções ou empregos pú- § 4º O prazo a que se refere o § 3º contar-se-á


blicos na administração direta e autárquica ou au- da publicação da medida provisória, suspendendo-se
mento de sua remuneração; durante os períodos de recesso do Congresso Nacio-
b) organização administrativa e judiciária, maté- nal.
ria tributária e orçamentária, serviços públicos e pes- § 5º A deliberação de cada uma das Casas do
soal da administração dos Territórios; Congresso Nacional sobre o mérito das medidas pro-
c) servidores públicos da União e Territórios, seu visórias dependerá de juízo prévio sobre o atendi-
regime jurídico, provimento de cargos, estabilidade e mento de seus pressupostos constitucionais.
aposentadoria; § 6º Se a medida provisória não for apreciada
d) organização do Ministério Público e da Defen- em até quarenta e cinco dias contados de sua publica-
soria Pública da União, bem como normas gerais para ção, entrará em regime de urgência, subseqüente-
a organização do Ministério Público e da Defensoria mente, em cada uma das Casas do Congresso Nacio-
Pública dos Estados, do Distrito Federal e dos Territó- nal, ficando sobrestadas, até que se ultime a votação,
rios; todas as demais deliberações legislativas da Casa em
e) criação e extinção de Ministérios e órgãos da que estiver tramitando.
administração pública, observado o disposto no art. § 7º Prorrogar-se-á uma única vez por igual perí-
84, VI; odo a vigência de medida provisória que, no prazo de
f) militares das Forças Armadas, seu regime jurí- sessenta dias, contado de sua publicação, não tiver a
dico, provimento de cargos, promoções, estabilidade, sua votação encerrada nas duas Casas do Congresso
remuneração, reforma e transferência para a reserva. Nacional.
§ 2º A iniciativa popular pode ser exercida pela § 8º As medidas provisórias terão sua votação
apresentação à Câmara dos Deputados de projeto de iniciada na Câmara dos Deputados.
lei subscrito por, no mínimo, um por cento do eleito- § 9º Caberá à comissão mista de Deputados e
rado nacional, distribuído pelo menos por cinco Esta- Senadores examinar as medidas provisórias e sobre
dos, com não menos de três décimos por cento dos elas emitir parecer, antes de serem apreciadas, em
eleitores de cada um deles. sessão separada, pelo plenário de cada uma das Ca-
Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o sas do Congresso Nacional.
Presidente da República poderá adotar medidas provi- § 10. É vedada a reedição, na mesma sessão le-
sórias, com força de lei, devendo submetê-las de ime- gislativa, de medida provisória que tenha sido rejei-
diato ao Congresso Nacional. tada ou que tenha perdido sua eficácia por decurso de
§ 1º É vedada a edição de medidas provisórias prazo.
sobre matéria: § 11. Não editado o decreto legislativo a que se
I – relativa a: refere o § 3º até sessenta dias após a rejeição ou
a) nacionalidade, cidadania, direitos políticos, perda de eficácia de medida provisória, as relações ju-
partidos políticos e direito eleitoral; rídicas constituídas e decorrentes de atos praticados
b) direito penal, processual penal e processual durante sua vigência conservar-se-ão por ela regidas.
civil; § 12. Aprovado projeto de lei de conversão alte-
c) organização do Poder Judiciário e do Ministé- rando o texto original da medida provisória, esta man-
rio Público, a carreira e a garantia de seus membros; ter-se-á integralmente em vigor até que seja sancio-
d) planos plurianuais, diretrizes orçamentárias, nado ou vetado o projeto.
orçamento e créditos adicionais e suplementares, res- Art. 63. Não será admitido aumento da despesa
salvado o previsto no art. 167, § 3º; prevista:
II – que vise a detenção ou seqüestro de bens, I - nos projetos de iniciativa exclusiva do Presi-
de poupança popular ou qualquer outro ativo finan- dente da República, ressalvado o disposto no art. 166,
ceiro; § 3º e § 4º;
III – reservada a lei complementar; II - nos projetos sobre organização dos serviços
IV – já disciplinada em projeto de lei aprovado administrativos da Câmara dos Deputados, do Senado
pelo Congresso Nacional e pendente de sanção ou Federal, dos Tribunais Federais e do Ministério Pú-
veto do Presidente da República. blico.
§ 2º Medida provisória que implique instituição Art. 64. A discussão e votação dos projetos de
ou majoração de impostos, exceto os previstos nos lei de iniciativa do Presidente da República, do Su-
arts. 153, I, II, IV, V, e 154, II, só produzirá efeitos no premo Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores te-
exercício financeiro seguinte se houver sido convertida rão início na Câmara dos Deputados.
em lei até o último dia daquele em que foi editada. § 1º O Presidente da República poderá solicitar
§ 3º As medidas provisórias, ressalvado o dis- urgência para apreciação de projetos de sua iniciativa.
posto nos §§ 11 e 12 perderão eficácia, desde a edi- § 2º Se, no caso do § 1º, a Câmara dos Deputa-
ção, se não forem convertidas em lei no prazo de ses- dos e o Senado Federal não se manifestarem sobre a
senta dias, prorrogável, nos termos do § 7º, uma vez proposição, cada qual sucessivamente, em até qua-
por igual período, devendo o Congresso Nacional dis- renta e cinco dias, sobrestar-se-ão todas as demais
ciplinar, por decreto legislativo, as relações jurídicas
delas decorrentes.

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Apostila PRF

deliberações legislativas da respectiva Casa, com ex- II - nacionalidade, cidadania, direitos individuais,
ceção das que tenham prazo constitucional determi- políticos e eleitorais;
nado, até que se ultime a votação. III - planos plurianuais, diretrizes orçamentárias
§ 3º A apreciação das emendas do Senado Fe- e orçamentos.
deral pela Câmara dos Deputados far-se-á no prazo § 2º A delegação ao Presidente da República
de dez dias, observado quanto ao mais o disposto no terá a forma de resolução do Congresso Nacional, que
parágrafo anterior. especificará seu conteúdo e os termos de seu exercí-
§ 4º Os prazos do § 2º não correm nos períodos cio.
de recesso do Congresso Nacional, nem se aplicam § 3º Se a resolução determinar a apreciação do
aos projetos de código. projeto pelo Congresso Nacional, este a fará em vota-
Art. 65. O projeto de lei aprovado por uma Casa ção única, vedada qualquer emenda.
será revisto pela outra, em um só turno de discussão e Art. 69. As leis complementares serão aprova-
votação, e enviado à sanção ou promulgação, se a das por maioria absoluta.
Casa revisora o aprovar, ou arquivado, se o rejeitar. Seção IX
Parágrafo único. Sendo o projeto emendado, DA FISCALIZAÇÃO CONTÁBIL, FINANCEIRA E OR-
voltará à Casa iniciadora. ÇAMENTÁRIA
Art. 66. A Casa na qual tenha sido concluída a Art. 70. A fiscalização contábil, financeira, orça-
votação enviará o projeto de lei ao Presidente da Re- mentária, operacional e patrimonial da União e das en-
pública, que, aquiescendo, o sancionará. tidades da administração direta e indireta, quanto à le-
§ 1º - Se o Presidente da República considerar o galidade, legitimidade, economicidade, aplicação das
projeto, no todo ou em parte, inconstitucional ou con- subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo
trário ao interesse público, vetá-lo-á total ou parcial- Congresso Nacional, mediante controle externo, e
mente, no prazo de quinze dias úteis, contados da pelo sistema de controle interno de cada Poder.
data do recebimento, e comunicará, dentro de qua- Parágrafo único. Prestará contas qualquer pes-
renta e oito horas, ao Presidente do Senado Federal soa física ou jurídica, pública ou privada, que utilize,
os motivos do veto. arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros,
§ 2º O veto parcial somente abrangerá texto in- bens e valores públicos ou pelos quais a União res-
tegral de artigo, de parágrafo, de inciso ou de alínea. ponda, ou que, em nome desta, assuma obrigações
§ 3º Decorrido o prazo de quinze dias, o silêncio de natureza pecuniária. Art. 71. O controle externo, a
do Presidente da República importará sanção. cargo do Congresso Nacional, será exercido com o
§ 4º O veto será apreciado em sessão conjunta, auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual com-
dentro de trinta dias a contar de seu recebimento, só pete:
podendo ser rejeitado pelo voto da maioria absoluta I - apreciar as contas prestadas anualmente pelo
dos Deputados e Senadores. Presidente da República, mediante parecer prévio que
§ 5º Se o veto não for mantido, será o projeto deverá ser elaborado em sessenta dias a contar de
enviado, para promulgação, ao Presidente da Repú- seu recebimento;
blica. II - julgar as contas dos administradores e de-
§ 6º Esgotado sem deliberação o prazo estabe- mais responsáveis por dinheiros, bens e valores públi-
lecido no § 4º, o veto será colocado na ordem do dia cos da administração direta e indireta, incluídas as
da sessão imediata, sobrestadas as demais proposi- fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo
ções, até sua votação final. Poder Público federal, e as contas daqueles que de-
§ 7º Se a lei não for promulgada dentro de qua- rem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de
renta e oito horas pelo Presidente da República, nos que resulte prejuízo ao erário público;
casos dos § 3º e § 5º, o Presidente do Senado a pro- III - apreciar, para fins de registro, a legalidade
mulgará, e, se este não o fizer em igual prazo, caberá dos atos de admissão de pessoal, a qualquer título, na
ao Vice-Presidente do Senado fazê-lo. administração direta e indireta, incluídas as fundações
Art. 67. A matéria constante de projeto de lei re- instituídas e mantidas pelo Poder Público, excetuadas
jeitado somente poderá constituir objeto de novo pro- as nomeações para cargo de provimento em comis-
jeto, na mesma sessão legislativa, mediante proposta são, bem como a das concessões de aposentadorias,
da maioria absoluta dos membros de qualquer das reformas e pensões, ressalvadas as melhorias posteri-
Casas do Congresso Nacional. ores que não alterem o fundamento legal do ato con-
Art. 68. As leis delegadas serão elaboradas pelo cessório;
Presidente da República, que deverá solicitar a dele- IV - realizar, por iniciativa própria, da Câmara
gação ao Congresso Nacional. dos Deputados, do Senado Federal, de Comissão téc-
§ 1º Não serão objeto de delegação os atos de nica ou de inquérito, inspeções e auditorias de natu-
competência exclusiva do Congresso Nacional, os de reza contábil, financeira, orçamentária, operacional e
competência privativa da Câmara dos Deputados ou patrimonial, nas unidades administrativas dos Poderes
do Senado Federal, a matéria reservada à lei comple- Legislativo, Executivo e Judiciário, e demais entidades
mentar, nem a legislação sobre: referidas no inciso II;
I - organização do Poder Judiciário e do Ministé- V - fiscalizar as contas nacionais das empresas
rio Público, a carreira e a garantia de seus membros; supranacionais de cujo capital social a União participe,

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Apostila PRF

de forma direta ou indireta, nos termos do tratado § 1º Os Ministros do Tribunal de Contas da


constitutivo; União serão nomeados dentre brasileiros que satisfa-
VI - fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos çam os seguintes requisitos:
repassados pela União mediante convênio, acordo, I - mais de trinta e cinco e menos de sessenta e
ajuste ou outros instrumentos congêneres, a Estado, cinco anos de idade;
ao Distrito Federal ou a Município; II - idoneidade moral e reputação ilibada;
VII - prestar as informações solicitadas pelo III - notórios conhecimentos jurídicos, contábeis,
Congresso Nacional, por qualquer de suas Casas, ou econômicos e financeiros ou de administração pública;
por qualquer das respectivas Comissões, sobre a fis- IV - mais de dez anos de exercício de função ou
calização contábil, financeira, orçamentária, operacio- de efetiva atividade profissional que exija os conheci-
nal e patrimonial e sobre resultados de auditorias e mentos mencionados no inciso anterior.
inspeções realizadas; § 2º Os Ministros do Tribunal de Contas da
VIII - aplicar aos responsáveis, em caso de ile- União serão escolhidos:
galidade de despesa ou irregularidade de contas, as I - um terço pelo Presidente da República, com
sanções previstas em lei, que estabelecerá, entre ou- aprovação do Senado Federal, sendo dois alternada-
tras cominações, multa proporcional ao dano causado mente dentre auditores e membros do Ministério Pú-
ao erário; blico junto ao Tribunal, indicados em lista tríplice pelo
IX - assinar prazo para que o órgão ou entidade Tribunal, segundo os critérios de antigüidade e mere-
adote as providências necessárias ao exato cumpri- cimento;
mento da lei, se verificada ilegalidade; II - dois terços pelo Congresso Nacional.
X - sustar, se não atendido, a execução do ato § 3° Os Ministros do Tribunal de Contas da
impugnado, comunicando a decisão à Câmara dos União terão as mesmas garantias, prerrogativas, im-
Deputados e ao Senado Federal; pedimentos, vencimentos e vantagens dos Ministros
XI - representar ao Poder competente sobre irre- do Superior Tribunal de Justiça, aplicando-se-lhes,
gularidades ou abusos apurados. quanto à aposentadoria e pensão, as normas constan-
§ 1º No caso de contrato, o ato de sustação será tes do art. 40.
adotado diretamente pelo Congresso Nacional, que § 4º O auditor, quando em substituição a Minis-
solicitará, de imediato, ao Poder Executivo as medidas tro, terá as mesmas garantias e impedimentos do titu-
cabíveis. lar e, quando no exercício das demais atribuições da
§ 2º Se o Congresso Nacional ou o Poder Exe- judicatura, as de juiz de Tribunal Regional Federal.
cutivo, no prazo de noventa dias, não efetivar as medi- Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e Ju-
das previstas no parágrafo anterior, o Tribunal decidirá diciário manterão, de forma integrada, sistema de con-
a respeito. trole interno com a finalidade de:
§ 3º As decisões do Tribunal de que resulte im- I - avaliar o cumprimento das metas previstas no
putação de débito ou multa terão eficácia de título exe- plano plurianual, a execução dos programas de go-
cutivo. verno e dos orçamentos da União;
§ 4º O Tribunal encaminhará ao Congresso Na- II - comprovar a legalidade e avaliar os resulta-
cional, trimestral e anualmente, relatório de suas ativi- dos, quanto à eficácia e eficiência, da gestão orça-
dades. mentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entida-
Art. 72. A Comissão mista permanente a que se des da administração federal, bem como da aplicação
refere o art. 166, §1º, diante de indícios de despesas de recursos públicos por entidades de direito privado;
não autorizadas, ainda que sob a forma de investi- III - exercer o controle das operações de crédito,
mentos não programados ou de subsídios não aprova- avais e garantias, bem como dos direitos e haveres da
dos, poderá solicitar à autoridade governamental res- União;
ponsável que, no prazo de cinco dias, preste os escla- IV - apoiar o controle externo no exercício de
recimentos necessários. sua missão institucional.
§ 1º Não prestados os esclarecimentos, ou con- § 1º Os responsáveis pelo controle interno, ao
siderados estes insuficientes, a Comissão solicitará ao tomarem conhecimento de qualquer irregularidade ou
Tribunal pronunciamento conclusivo sobre a matéria, ilegalidade, dela darão ciência ao Tribunal de Contas
no prazo de trinta dias. da União, sob pena de responsabilidade solidária.
§ 2º Entendendo o Tribunal irregular a despesa, § 2º Qualquer cidadão, partido político, associa-
a Comissão, se julgar que o gasto possa causar dano ção ou sindicato é parte legítima para, na forma da lei,
irreparável ou grave lesão à economia pública, pro- denunciar irregularidades ou ilegalidades perante o
porá ao Congresso Nacional sua sustação. Tribunal de Contas da União.
Art. 73. O Tribunal de Contas da União, inte- Art. 75. As normas estabelecidas nesta seção
grado por nove Ministros, tem sede no Distrito Fede- aplicam-se, no que couber, à organização, composi-
ral, quadro próprio de pessoal e jurisdição em todo o ção e fiscalização dos Tribunais de Contas dos Esta-
território nacional, exercendo, no que couber, as atri- dos e do Distrito Federal, bem como dos Tribunais e
buições previstas no art. 96. . Conselhos de Contas dos Municípios.

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Apostila PRF

Parágrafo único. As Constituições estaduais dis- Art. 81. Vagando os cargos de Presidente e
porão sobre os Tribunais de Contas respectivos, que Vice-Presidente da República, far-se-á eleição no-
serão integrados por sete Conselheiros. venta dias depois de aberta a última vaga.
CAPÍTULO II § 1º - Ocorrendo a vacância nos últimos dois
DO PODER EXECUTIVO anos do período presidencial, a eleição para ambos os
Seção I cargos será feita trinta dias depois da última vaga,
DO PRESIDENTE E DO VICE-PRESIDENTE DA RE- pelo Congresso Nacional, na forma da lei.
PÚBLICA § 2º - Em qualquer dos casos, os eleitos deve-
Art. 76. O Poder Executivo é exercido pelo Pre- rão completar o período de seus antecessores.
sidente da República, auxiliado pelos Ministros de Es- Art. 82. O mandato do Presidente da República
tado. é de quatro anos e terá início em primeiro de janeiro
Art. 77. A eleição do Presidente e do Vice-Presi- do ano seguinte ao da sua eleição.
dente da República realizar-se-á, simultaneamente, no Art. 83. O Presidente e o Vice-Presidente da Re-
primeiro domingo de outubro, em primeiro turno, e no pública não poderão, sem licença do Congresso Naci-
último domingo de outubro, em segundo turno, se hou- onal, ausentar-se do País por período superior a
ver, do ano anterior ao do término do mandato presi- quinze dias, sob pena de perda do cargo.
dencial vigente. Seção II
§ 1º A eleição do Presidente da República im- Das Atribuições do Presidente da República
portará a do Vice-Presidente com ele registrado. Art. 84. Compete privativamente ao Presidente
§ 2º Será considerado eleito Presidente o candi- da República:
dato que, registrado por partido político, obtiver a mai- I - nomear e exonerar os Ministros de Estado;
oria absoluta de votos, não computados os em branco II - exercer, com o auxílio dos Ministros de Es-
e os nulos. tado, a direção superior da administração federal;
§ 3º Se nenhum candidato alcançar maioria ab- III - iniciar o processo legislativo, na forma e nos
soluta na primeira votação, far-se-á nova eleição em casos previstos nesta Constituição;
até vinte dias após a proclamação do resultado, con- IV - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis,
correndo os dois candidatos mais votados e conside- bem como expedir decretos e regulamentos para sua
rando-se eleito aquele que obtiver a maioria dos votos fiel execução;
válidos. V - vetar projetos de lei, total ou parcialmente;
§ 4º Se, antes de realizado o segundo turno, VI – dispor, mediante decreto, sobre:
ocorrer morte, desistência ou impedimento legal de a) organização e funcionamento da administra-
candidato, convocar-se-á, dentre os remanescentes, o ção federal, quando não implicar aumento de despesa
de maior votação. nem criação ou extinção de órgãos públicos;
§ 5º Se, na hipótese dos parágrafos anteriores, b) extinção de funções ou cargos públicos,
remanescer, em segundo lugar, mais de um candidato quando vagos;
com a mesma votação, qualificar-se-á o mais idoso. VII - manter relações com Estados estrangeiros
Art. 78. O Presidente e o Vice-Presidente da Re- e acreditar seus representantes diplomáticos;
pública tomarão posse em sessão do Congresso Naci- VIII - celebrar tratados, convenções e atos inter-
onal, prestando o compromisso de manter, defender e nacionais, sujeitos a referendo do Congresso Nacio-
cumprir a Constituição, observar as leis, promover o nal;
bem geral do povo brasileiro, sustentar a união, a inte- IX - decretar o estado de defesa e o estado de
gridade e a independência do Brasil. sítio;
Parágrafo único. Se, decorridos dez dias da data X - decretar e executar a intervenção federal;
fixada para a posse, o Presidente ou o Vice-Presi- XI - remeter mensagem e plano de governo ao
dente, salvo motivo de força maior, não tiver assumido Congresso Nacional por ocasião da abertura da ses-
o cargo, este será declarado vago. são legislativa, expondo a situação do País e solici-
Art. 79. Substituirá o Presidente, no caso de im- tando as providências que julgar necessárias;
pedimento, e suceder- lhe-á, no de vaga, o Vice-Presi- XII - conceder indulto e comutar penas, com au-
dente. diência, se necessário, dos órgãos instituídos em lei;
Parágrafo único. O Vice-Presidente da Repú- XIII - exercer o comando supremo das Forças
blica, além de outras atribuições que lhe forem conferi- Armadas, nomear os Comandantes da Marinha, do
das por lei complementar, auxiliará o Presidente, sem- Exército e da Aeronáutica, promover seus oficiais-ge-
pre que por ele convocado para missões especiais. nerais e nomeá-los para os cargos que lhes são priva-
Art. 80. Em caso de impedimento do Presidente tivos;
e do Vice-Presidente, ou vacância dos respectivos XIV - nomear, após aprovação pelo Senado Fe-
cargos, serão sucessivamente chamados ao exercício deral, os Ministros do Supremo Tribunal Federal e dos
da Presidência o Presidente da Câmara dos Deputa- Tribunais Superiores, os Governadores de Territórios,
dos, o do Senado Federal e o do Supremo Tribunal o Procurador-Geral da República, o presidente e os di-
Federal. retores do banco central e outros servidores, quando
determinado em lei;

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Apostila PRF

XV - nomear, observado o disposto no art. 73, Art. 86. Admitida a acusação contra o Presidente
os Ministros do Tribunal de Contas da União; da República, por dois terços da Câmara dos Deputa-
XVI - nomear os magistrados, nos casos previs- dos, será ele submetido a julgamento perante o Su-
tos nesta Constituição, e o Advogado-Geral da União; premo Tribunal Federal, nas infrações penais comuns,
XVII - nomear membros do Conselho da Repú- ou perante o Senado Federal, nos crimes de respon-
blica, nos termos do art. 89, VII; sabilidade.
XVIII - convocar e presidir o Conselho da Repú- § 1º O Presidente ficará suspenso de suas fun-
blica e o Conselho de Defesa Nacional; ções:
XIX - declarar guerra, no caso de agressão es- I - nas infrações penais comuns, se recebida a
trangeira, autorizado pelo Congresso Nacional ou refe- denúncia ou queixa-crime pelo Supremo Tribunal Fe-
rendado por ele, quando ocorrida no intervalo das ses- deral;
sões legislativas, e, nas mesmas condições, decretar, II - nos crimes de responsabilidade, após a ins-
total ou parcialmente, a mobilização nacional; tauração do processo pelo Senado Federal.
XX - celebrar a paz, autorizado ou com o refe- § 2º Se, decorrido o prazo de cento e oitenta
rendo do Congresso Nacional; dias, o julgamento não estiver concluído, cessará o
XXI - conferir condecorações e distinções hono- afastamento do Presidente, sem prejuízo do regular
ríficas; prosseguimento do processo.
XXII - permitir, nos casos previstos em lei com- § 3º Enquanto não sobrevier sentença condena-
plementar, que forças estrangeiras transitem pelo terri- tória, nas infrações comuns, o Presidente da Repú-
tório nacional ou nele permaneçam temporariamente; blica não estará sujeito a prisão.
XXIII - enviar ao Congresso Nacional o plano § 4º O Presidente da República, na vigência de
plurianual, o projeto de lei de diretrizes orçamentárias seu mandato, não pode ser responsabilizado por atos
e as propostas de orçamento previstos nesta Consti- estranhos ao exercício de suas funções.
tuição; Seção IV
XXIV - prestar, anualmente, ao Congresso Naci- DOS MINISTROS DE ESTADO
onal, dentro de sessenta dias após a abertura da ses- Art. 87. Os Ministros de Estado serão escolhidos
são legislativa, as contas referentes ao exercício ante- dentre brasileiros maiores de vinte e um anos e no
rior; exercício dos direitos políticos.
XXV - prover e extinguir os cargos públicos fede- Parágrafo único. Compete ao Ministro de Es-
rais, na forma da lei; tado, além de outras atribuições estabelecidas nesta
XXVI - editar medidas provisórias com força de Constituição e na lei:
lei, nos termos do art. 62; I - exercer a orientação, coordenação e supervi-
XXVII - exercer outras atribuições previstas são dos órgãos e entidades da administração federal
nesta Constituição. na área de sua competência e referendar os atos e
Parágrafo único. O Presidente da República po- decretos assinados pelo Presidente da República;
derá delegar as atribuições mencionadas nos incisos II - expedir instruções para a execução das leis,
VI, XII e XXV, primeira parte, aos Ministros de Estado, decretos e regulamentos;
ao Procurador-Geral da República ou ao Advogado- III - apresentar ao Presidente da República rela-
Geral da União, que observarão os limites traçados tório anual de sua gestão no Ministério;
nas respectivas delegações. IV - praticar os atos pertinentes às atribuições
Seção III que lhe forem outorgadas ou delegadas pelo Presi-
Da Responsabilidade do Presidente da República dente da República.
Art. 85. São crimes de responsabilidade os atos Art. 88. A lei disporá sobre a criação e extinção
do Presidente da República que atentem contra a de Ministérios e órgãos da administração pública.
Constituição Federal e, especialmente, contra: Seção V
I - a existência da União; DO CONSELHO DA REPÚBLICA E DO CONSELHO
II - o livre exercício do Poder Legislativo, do Po- DE DEFESA NACIONAL
der Judiciário, do Ministério Público e dos Poderes Subseção I
constitucionais das unidades da Federação; Do Conselho da República
III - o exercício dos direitos políticos, individuais Art. 89. O Conselho da República é órgão supe-
e sociais; rior de consulta do Presidente da República, e dele
IV - a segurança interna do País; participam:
V - a probidade na administração; I - o Vice-Presidente da República;
VI - a lei orçamentária; II - o Presidente da Câmara dos Deputados;
VII - o cumprimento das leis e das decisões judi- III - o Presidente do Senado Federal;
ciais. IV - os líderes da maioria e da minoria na Câ-
Parágrafo único. Esses crimes serão definidos mara dos Deputados;
em lei especial, que estabelecerá as normas de pro- V - os líderes da maioria e da minoria no Senado
cesso e julgamento. Federal;
VI - o Ministro da Justiça;

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Apostila PRF

VII - seis cidadãos brasileiros natos, com mais III - os Tribunais Regionais Federais e Juízes
de trinta e cinco anos de idade, sendo dois nomeados Federais;
pelo Presidente da República, dois eleitos pelo Se- IV - os Tribunais e Juízes do Trabalho;
nado Federal e dois eleitos pela Câmara dos Deputa- V - os Tribunais e Juízes Eleitorais;
dos, todos com mandato de três anos, vedada a re- VI - os Tribunais e Juízes Militares;
condução. VII - os Tribunais e Juízes dos Estados e do Dis-
Art. 90. Compete ao Conselho da República pro- trito Federal e Territórios.
nunciar-se sobre: § 1º O Supremo Tribunal Federal, o Conselho Na-
I - intervenção federal, estado de defesa e es- cional de Justiça e os Tribunais Superiores têm sede na
tado de sítio; Capital Federal.
II - as questões relevantes para a estabilidade § 2º O Supremo Tribunal Federal e os Tribunais
das instituições democráticas. Superiores têm jurisdição em todo o território nacional.
§ 1º O Presidente da República poderá convocar Art. 93. Lei complementar, de iniciativa do Su-
Ministro de Estado para participar da reunião do Con- premo Tribunal Federal, disporá sobre o Estatuto da
selho, quando constar da pauta questão relacionada Magistratura, observados os seguintes princípios:
com o respectivo Ministério. I - ingresso na carreira, cujo cargo inicial será o
§ 2º A lei regulará a organização e o funciona- de juiz substituto, mediante concurso público de provas
mento do Conselho da República. e títulos, com a participação da Ordem dos Advogados
Subseção II do Brasil em todas as fases, exigindo-se do bacharel
Do Conselho de Defesa Nacional em direito, no mínimo, três anos de atividade jurídica e
Art. 91. O Conselho de Defesa Nacional é órgão obedecendo-se, nas nomeações, à ordem de classifi-
de consulta do Presidente da República nos assuntos cação;
relacionados com a soberania nacional e a defesa do II - promoção de entrância para entrância, alter-
Estado democrático, e dele participam como membros nadamente, por antigüidade e merecimento, atendidas
natos: as seguintes normas:
I - o Vice-Presidente da República; a) é obrigatória a promoção do juiz que figure
II - o Presidente da Câmara dos Deputados; por três vezes consecutivas ou cinco alternadas em
III - o Presidente do Senado Federal; lista de merecimento;
IV - o Ministro da Justiça; b) a promoção por merecimento pressupõe dois
V - o Ministro de Estado da Defesa; anos de exercício na respectiva entrância e integrar o
VI - o Ministro das Relações Exteriores; juiz a primeira quinta parte da lista de antigüidade
VII - o Ministro do Planejamento. desta, salvo se não houver com tais requisitos quem
VIII - os Comandantes da Marinha, do Exército e aceite o lugar vago;
da Aeronáutica. c) aferição do merecimento conforme o desem-
§ 1º Compete ao Conselho de Defesa Nacional: penho e pelos critérios objetivos de produtividade e
I - opinar nas hipóteses de declaração de guerra presteza no exercício da jurisdição e pela freqüência e
e de celebração da paz, nos termos desta Constitui- aproveitamento em cursos oficiais ou reconhecidos de
ção; aperfeiçoamento;
II - opinar sobre a decretação do estado de de- d) na apuração de antigüidade, o tribunal so-
fesa, do estado de sítio e da intervenção federal; mente poderá recusar o juiz mais antigo pelo voto fun-
III - propor os critérios e condições de utilização damentado de dois terços de seus membros, conforme
de áreas indispensáveis à segurança do território naci- procedimento próprio, e assegurada ampla defesa, re-
onal e opinar sobre seu efetivo uso, especialmente na petindo-se a votação até fixar-se a indicação;
faixa de fronteira e nas relacionadas com a preserva- e) não será promovido o juiz que, injustificada-
ção e a exploração dos recursos naturais de qualquer mente, retiver autos em seu poder além do prazo legal,
tipo; não podendo devolvê-los ao cartório sem o devido des-
IV - estudar, propor e acompanhar o desenvolvi- pacho ou decisão;
mento de iniciativas necessárias a garantir a indepen- III o acesso aos tribunais de segundo grau far-se-
dência nacional e a defesa do Estado democrático. á por antigüidade e merecimento, alternadamente, apu-
§ 2º A lei regulará a organização e o funciona- rados na última ou única entrância;
mento do Conselho de Defesa Nacional. IV previsão de cursos oficiais de preparação,
CAPÍTULO III aperfeiçoamento e promoção de magistrados, consti-
DO PODER JUDICIÁRIO tuindo etapa obrigatória do processo de vitaliciamento
Seção I a participação em curso oficial ou reconhecido por es-
DISPOSIÇÕES GERAIS cola nacional de formação e aperfeiçoamento de ma-
Art. 92. São órgãos do Poder Judiciário: gistrados;
I - o Supremo Tribunal Federal; V - o subsídio dos Ministros dos Tribunais Supe-
I-A o Conselho Nacional de Justiça; riores corresponderá a noventa e cinco por cento do
II - o Superior Tribunal de Justiça; subsídio mensal fixado para os Ministros do Supremo
II-A - o Tribunal Superior do Trabalho; Tribunal Federal e os subsídios dos demais magistra-

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Apostila PRF

dos serão fixados em lei e escalonados, em nível fe- atividade profissional, indicados em lista sêxtupla pe-
deral e estadual, conforme as respectivas categorias los órgãos de representação das respectivas classes.
da estrutura judiciária nacional, não podendo a dife- Parágrafo único. Recebidas as indicações, o tri-
rença entre uma e outra ser superior a dez por cento bunal formará lista tríplice, enviando-a ao Poder Exe-
ou inferior a cinco por cento, nem exceder a noventa e cutivo, que, nos vinte dias subseqüentes, escolherá
cinco por cento do subsídio mensal dos Ministros dos um de seus integrantes para nomeação.
Tribunais Superiores, obedecido, em qualquer caso, o Art. 95. Os juízes gozam das seguintes garan-
disposto nos arts. 37, XI, e 39, § 4º; tias:
VI - a aposentadoria dos magistrados e a pen- I - vitaliciedade, que, no primeiro grau, só será
são de seus dependentes observarão o disposto no adquirida após dois anos de exercício, dependendo a
art. 40; perda do cargo, nesse período, de deliberação do tri-
VII o juiz titular residirá na respectiva comarca, bunal a que o juiz estiver vinculado, e, nos demais ca-
salvo autorização do tribunal; sos, de sentença judicial transitada em julgado;
VIII o ato de remoção, disponibilidade e aposen- II - inamovibilidade, salvo por motivo de inte-
tadoria do magistrado, por interesse público, fundar-se- resse público, na forma do art. 93, VIII;
á em decisão por voto da maioria absoluta do respec- III - irredutibilidade de subsídio, ressalvado o dis-
tivo tribunal ou do Conselho Nacional de Justiça, asse- posto nos arts. 37, X e XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e
gurada ampla defesa; 153, § 2º, I.
VIII-A a remoção a pedido ou a permuta de ma- Parágrafo único. Aos juízes é vedado:
gistrados de comarca de igual entrância atenderá, no I - exercer, ainda que em disponibilidade, outro
que couber, ao disposto nas alíneas a , b , c e e do cargo ou função, salvo uma de magistério;
inciso II; II - receber, a qualquer título ou pretexto, custas
IX todos os julgamentos dos órgãos do Poder Ju- ou participação em processo;
diciário serão públicos, e fundamentadas todas as de- III - dedicar-se à atividade político-partidária.
cisões, sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a IV receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios
presença, em determinados atos, às próprias partes e ou contribuições de pessoas físicas, entidades públicas
a seus advogados, ou somente a estes, em casos nos ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei;
quais a preservação do direito à intimidade do interes- V exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual
sado no sigilo não prejudique o interesse público à in- se afastou, antes de decorridos três anos do afasta-
formação; mento do cargo por aposentadoria ou exoneração.
X as decisões administrativas dos tribunais serão Art. 96. Compete privativamente:
motivadas e em sessão pública, sendo as disciplinares I - aos tribunais:
tomadas pelo voto da maioria absoluta de seus mem- a) eleger seus órgãos diretivos e elaborar seus
bros; regimentos internos, com observância das normas de
XI nos tribunais com número superior a vinte e processo e das garantias processuais das partes, dis-
cinco julgadores, poderá ser constituído órgão especial, pondo sobre a competência e o funcionamento dos
com o mínimo de onze e o máximo de vinte e cinco respectivos órgãos jurisdicionais e administrativos;
membros, para o exercício das atribuições administra- b) organizar suas secretarias e serviços auxilia-
tivas e jurisdicionais delegadas da competência do tri- res e os dos juízos que lhes forem vinculados, velando
bunal pleno, provendo-se metade das vagas por anti- pelo exercício da atividade correicional respectiva;
güidade e a outra metade por eleição pelo tribunal c) prover, na forma prevista nesta Constituição,
pleno; XII a atividade jurisdicional será ininterrupta, os cargos de juiz de carreira da respectiva jurisdição;
sendo vedado férias coletivas nos juízos e tribunais de d) propor a criação de novas varas judiciárias;
segundo grau, funcionando, nos dias em que não hou- e) prover, por concurso público de provas, ou de
ver expediente forense normal, juízes em plantão per- provas e títulos, obedecido o disposto no art. 169, pa-
manente; rágrafo único, os cargos necessários à administração
XIII o número de juízes na unidade jurisdicional da Justiça, exceto os de confiança assim definidos em
será proporcional à efetiva demanda judicial e à respec- lei;
tiva população; f) conceder licença, férias e outros afastamentos
XIV os servidores receberão delegação para a a seus membros e aos juízes e servidores que lhes fo-
prática de atos de administração e atos de mero expe- rem imediatamente vinculados;
diente sem caráter decisório; II - ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais
XV a distribuição de processos será imediata, em Superiores e aos Tribunais de Justiça propor ao Poder
todos os graus de jurisdição. Legislativo respectivo, observado o disposto no art.
Art. 94. Um quinto dos lugares dos Tribunais Re- 169:
gionais Federais, dos Tribunais dos Estados, e do Dis- a) a alteração do número de membros dos tribu-
trito Federal e Territórios será composto de membros, nais inferiores;
do Ministério Público, com mais de dez anos de car- b) a criação e a extinção de cargos e a remune-
reira, e de advogados de notório saber jurídico e de ração dos seus serviços auxiliares e dos juízos que
reputação ilibada, com mais de dez anos de efetiva

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Apostila PRF

lhes forem vinculados, bem como a fixação do subsí- § 4º Se as propostas orçamentárias de que trata
dio de seus membros e dos juízes, inclusive dos tribu- este artigo forem encaminhadas em desacordo com os
nais inferiores, onde houver; limites estipulados na forma do § 1º, o Poder Executivo
c) a criação ou extinção dos tribunais inferiores; procederá aos ajustes necessários para fins de conso-
d) a alteração da organização e da divisão judici- lidação da proposta orçamentária anual.
árias; § 5º Durante a execução orçamentária do exercí-
III - aos Tribunais de Justiça julgar os juízes es- cio, não poderá haver a realização de despesas ou a
taduais e do Distrito Federal e Territórios, bem como assunção de obrigações que extrapolem os limites es-
os membros do Ministério Público, nos crimes comuns tabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias, exceto
e de responsabilidade, ressalvada a competência da se previamente autorizadas, mediante a abertura de
Justiça Eleitoral. créditos suplementares ou especiais.
Art. 97. Somente pelo voto da maioria absoluta Art. 100. Os pagamentos devidos pelas Fazen-
de seus membros ou dos membros do respectivo ór- das Públicas Federal, Estaduais, Distrital e Municipais,
gão especial poderão os tribunais declarar a inconsti- em virtude de sentença judiciária, far-se-ão exclusiva-
tucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Pú- mente na ordem cronológica de apresentação dos pre-
blico. catórios e à conta dos créditos respectivos, proibida a
Art. 98. A União, no Distrito Federal e nos Terri- designação de casos ou de pessoas nas dotações or-
tórios, e os Estados criarão: çamentárias e nos créditos adicionais abertos para
I - juizados especiais, providos por juízes toga- este fim.
dos, ou togados e leigos, competentes para a concilia- § 1º Os débitos de natureza alimentícia compre-
ção, o julgamento e a execução de causas cíveis de endem aqueles decorrentes de salários, vencimentos,
menor complexidade e infrações penais de menor po- proventos, pensões e suas complementações, benefí-
tencial ofensivo, mediante os procedimentos oral e su- cios previdenciários e indenizações por morte ou por
mariíssimo, permitidos, nas hipóteses previstas em lei, invalidez, fundadas em responsabilidade civil, em vir-
a transação e o julgamento de recursos por turmas de tude de sentença judicial transitada em julgado, e se-
juízes de primeiro grau; rão pagos com preferência sobre todos os demais dé-
II - justiça de paz, remunerada, composta de ci- bitos, exceto sobre aqueles referidos no § 2º deste ar-
dadãos eleitos pelo voto direto, universal e secreto, tigo.
com mandato de quatro anos e competência para, na § 2º Os débitos de natureza alimentícia cujos ti-
forma da lei, celebrar casamentos, verificar, de ofício tulares, originários ou por sucessão hereditária, te-
ou em face de impugnação apresentada, o processo nham 60 (sessenta) anos de idade, ou sejam portado-
de habilitação e exercer atribuições conciliatórias, sem res de doença grave, ou pessoas com deficiência, as-
caráter jurisdicional, além de outras previstas na legis- sim definidos na forma da lei, serão pagos com prefe-
lação. rência sobre todos os demais débitos, até o valor equi-
§ 1º Lei federal disporá sobre a criação de juiza- valente ao triplo fixado em lei para os fins do disposto
dos especiais no âmbito da Justiça Federal. § 2º As no § 3º deste artigo, admitido o fracionamento para
custas e emolumentos serão destinados exclusiva- essa finalidade, sendo que o restante será pago na or-
mente ao custeio dos serviços afetos às atividades es- dem cronológica de apresentação do precatório.
pecíficas da Justiça. § 3º O disposto no caput deste artigo relativa-
Art. 99. Ao Poder Judiciário é assegurada auto- mente à expedição de precatórios não se aplica aos
nomia administrativa e financeira. pagamentos de obrigações definidas em leis como de
§ 1º Os tribunais elaborarão suas propostas or- pequeno valor que as Fazendas referidas devam fazer
çamentárias dentro dos limites estipulados conjunta- em virtude de sentença judicial transitada em julgado.
mente com os demais Poderes na lei de diretrizes or- § 4º Para os fins do disposto no § 3º, poderão
çamentárias. ser fixados, por leis próprias, valores distintos às enti-
§ 2º O encaminhamento da proposta, ouvidos os dades de direito público, segundo as diferentes capa-
outros tribunais interessados, compete: cidades econômicas, sendo o mínimo igual ao valor do
I - no âmbito da União, aos Presidentes do Su- maior benefício do regime geral de previdência social.
premo Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores, § 5º É obrigatória a inclusão, no orçamento das
com a aprovação dos respectivos tribunais; entidades de direito público, de verba necessária ao
II - no âmbito dos Estados e no do Distrito Fede- pagamento de seus débitos, oriundos de sentenças
ral e Territórios, aos Presidentes dos Tribunais de Jus- transitadas em julgado, constantes de precatórios judi-
tiça, com a aprovação dos respectivos tribunais. ciários apresentados até 1º de julho, fazendo-se o pa-
§ 3º Se os órgãos referidos no § 2º não encami- gamento até o final do exercício seguinte, quando te-
nharem as respectivas propostas orçamentárias dentro rão seus valores atualizados monetariamente.
do prazo estabelecido na lei de diretrizes orçamentá- § 6º As dotações orçamentárias e os créditos
rias, o Poder Executivo considerará, para fins de con- abertos serão consignados diretamente ao Poder Judi-
solidação da proposta orçamentária anual, os valores ciário, cabendo ao Presidente do Tribunal que proferir
aprovados na lei orçamentária vigente, ajustados de a decisão exequenda determinar o pagamento integral
acordo com os limites estipulados na forma do § 1º e autorizar, a requerimento do credor e exclusiva-
deste artigo. mente para os casos de preterimento de seu direito de

233
Apostila PRF

precedência ou de não alocação orçamentária do va- comprometimento de suas respectivas receitas corren-
lor necessário à satisfação do seu débito, o sequestro tes líquidas com o pagamento de precatórios e obriga-
da quantia respectiva. ções de pequeno valor.
§ 7º O Presidente do Tribunal competente que,
por ato comissivo ou omissivo, retardar ou tentar frus- § 18. Entende-se como receita corrente líquida,
trar a liquidação regular de precatórios incorrerá em
para os fins de que trata o § 17, o somatório das recei-
crime de responsabilidade e responderá, também, pe-
rante o Conselho Nacional de Justiça. tas tributárias, patrimoniais, industriais, agropecuárias,
§ 8º É vedada a expedição de precatórios com- de contribuições e de serviços, de transferências cor-
plementares ou suplementares de valor pago, bem rentes e outras receitas correntes, incluindo as oriundas
como o fracionamento, repartição ou quebra do valor do § 1º do art. 20 da Constituição Federal, verificado no
da execução para fins de enquadramento de parcela período compreendido pelo segundo mês imediata-
do total ao que dispõe o § 3º deste artigo. mente anterior ao de referência e os 11 (onze) meses
§ 9º No momento da expedição dos precatórios,
precedentes, excluídas as duplicidades, e deduzidas:
independentemente de regulamentação, deles deverá
ser abatido, a título de compensação, valor correspon-
I - na União, as parcelas entregues aos Estados,
dente aos débitos líquidos e certos, inscritos ou não
em dívida ativa e constituídos contra o credor original ao Distrito Federal e aos Municípios por determinação
pela Fazenda Pública devedora, incluídas parcelas constitucional;
vincendas de parcelamentos, ressalvados aqueles
cuja execução esteja suspensa em virtude de contes- II - nos Estados, as parcelas entregues aos Mu-
tação administrativa ou judicial. nicípios por determinação constitucional;
§ 10. Antes da expedição dos precatórios, o Tri-
bunal solicitará à Fazenda Pública devedora, para res- III - na União, nos Estados, no Distrito Federal e
posta em até 30 (trinta) dias, sob pena de perda do di- nos Municípios, a contribuição dos servidores para cus-
reito de abatimento, informação sobre os débitos que teio de seu sistema de previdência e assistência social
preencham as condições estabelecidas no § 9º, para
e as receitas provenientes da compensação financeira
os fins nele previstos.
§ 11. É facultada ao credor, conforme estabele- referida no § 9º do art. 201 da Constituição Federal.
cido em lei da entidade federativa devedora, a entrega
de créditos em precatórios para compra de imóveis § 19. Caso o montante total de débitos decorren-
públicos do respectivo ente federado. tes de condenações judiciais em precatórios e obriga-
§ 12. A partir da promulgação desta Emenda ções de pequeno valor, em período de 12 (doze) me-
Constitucional, a atualização de valores de requisitó- ses, ultrapasse a média do comprometimento percen-
rios, após sua expedição, até o efetivo pagamento, in- tual da receita corrente líquida nos 5 (cinco) anos ime-
dependentemente de sua natureza, será feita pelo ín- diatamente anteriores, a parcela que exceder esse per-
dice oficial de remuneração básica da caderneta de
centual poderá ser financiada, excetuada dos limites de
poupança, e, para fins de compensação da mora, inci-
dirão juros simples no mesmo percentual de juros inci- endividamento de que tratam os incisos VI e VII do art.
dentes sobre a caderneta de poupança, ficando exclu- 52 da Constituição Federal e de quaisquer outros limi-
ída a incidência de juros compensatórios. tes de endividamento previstos, não se aplicando a
§ 13. O credor poderá ceder, total ou parcial- esse financiamento a vedação de vinculação de receita
mente, seus créditos em precatórios a terceiros, inde- prevista no inciso IV do art. 167 da Constituição Fede-
pendentemente da concordância do devedor, não se
ral.
aplicando ao cessionário o disposto nos §§ 2º e 3º.
§ 14. A cessão de precatórios somente produ-
§ 20. Caso haja precatório com valor superior a
zirá efeitos após comunicação, por meio de petição
protocolizada, ao tribunal de origem e à entidade de- 15% (quinze por cento) do montante dos precatórios
vedora. apresentados nos termos do § 5º deste artigo, 15%
§ 15. Sem prejuízo do disposto neste artigo, lei (quinze por cento) do valor deste precatório serão pa-
complementar a esta Constituição Federal poderá es- gos até o final do exercício seguinte e o restante em
tabelecer regime especial para pagamento de crédito parcelas iguais nos cinco exercícios subsequentes,
de precatórios de Estados, Distrito Federal e Municí- acrescidas de juros de mora e correção monetária, ou
pios, dispondo sobre vinculações à receita corrente lí-
mediante acordos diretos, perante Juízos Auxiliares de
quida e forma e prazo de liquidação.
§ 16. A seu critério exclusivo e na forma de lei, a Conciliação de Precatórios, com redução máxima de
União poderá assumir débitos, oriundos de precató- 40% (quarenta por cento) do valor do crédito atuali-
rios, de Estados, Distrito Federal e Municípios, refinan- zado, desde que em relação ao crédito não penda re-
ciando-os diretamente.
§ 17. A União, os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios aferirão mensalmente, em base anual, o

234
Apostila PRF

curso ou defesa judicial e que sejam observados os re- m) a execução de sentença nas causas de sua
quisitos definidos na regulamentação editada pelo ente competência originária, facultada a delegação de atri-
federado. buições para a prática de atos processuais;
n) a ação em que todos os membros da magis-
Seção II tratura sejam direta ou indiretamente interessados, e
DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL aquela em que mais da metade dos membros do tribu-
Art. 101. O Supremo Tribunal Federal compõe- nal de origem estejam impedidos ou sejam direta ou
se de onze Ministros, escolhidos dentre cidadãos com indiretamente interessados;
mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco o) os conflitos de competência entre o Superior
anos de idade, de notável saber jurídico e reputação Tribunal de Justiça e quaisquer tribunais, entre Tribu-
ilibada. nais Superiores, ou entre estes e qualquer outro tribu-
Parágrafo único. Os Ministros do Supremo Tri- nal;
bunal Federal serão nomeados pelo Presidente da Re- p) o pedido de medida cautelar das ações dire-
pública, depois de aprovada a escolha pela maioria tas de inconstitucionalidade;
absoluta do Senado Federal. q) o mandado de injunção, quando a elaboração
Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, da norma regulamentadora for atribuição do Presi-
precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo- dente da República, do Congresso Nacional, da Câ-
lhe: mara dos Deputados, do Senado Federal, das Mesas
I - processar e julgar, originariamente: de uma dessas Casas Legislativas, do Tribunal de
a) a ação direta de inconstitucionalidade de lei Contas da União, de um dos Tribunais Superiores, ou
ou ato normativo federal ou estadual e a ação declara- do próprio Supremo Tribunal Federal;
tória de constitucionalidade de lei ou ato normativo fe- r) as ações contra o Conselho Nacional de Jus-
deral; tiça e contra o Conselho Nacional do Ministério Pú-
b) nas infrações penais comuns, o Presidente da blico;
República, o Vice-Presidente, os membros do Con- II - julgar, em recurso ordinário:
gresso Nacional, seus próprios Ministros e o Procura- a) o habeas corpus, o mandado de segurança, o
dor-Geral da República; habeas data e o mandado de injunção decididos em
c) nas infrações penais comuns e nos crimes de única instância pelos Tribunais Superiores, se denega-
responsabilidade, os Ministros de Estado e os Coman- tória a decisão;
dantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, res- b) o crime político;
salvado o disposto no art. 52, I, os membros dos Tri- III - julgar, mediante recurso extraordinário, as
bunais Superiores, os do Tribunal de Contas da União causas decididas em única ou última instância,
e os chefes de missão diplomática de caráter perma- quando a decisão recorrida:
nente; a) contrariar dispositivo desta Constituição;
d) o habeas corpus, sendo paciente qualquer b) declarar a inconstitucionalidade de tratado ou
das pessoas referidas nas alíneas anteriores; o man- lei federal;
dado de segurança e o habeas data contra atos do c) julgar válida lei ou ato de governo local con-
Presidente da República, das Mesas da Câmara dos testado em face desta Constituição.
Deputados e do Senado Federal, do Tribunal de Con- d) julgar válida lei local contestada em face de
tas da União, do Procurador-Geral da República e do lei federal.
próprio Supremo Tribunal Federal; § 1.º A argüição de descumprimento de preceito
e) o litígio entre Estado estrangeiro ou orga- fundamental, decorrente desta Constituição, será
nismo internacional e a União, o Estado, o Distrito Fe- apreciada pelo Supremo Tribunal Federal, na forma da
deral ou o Território; lei
f) as causas e os conflitos entre a União e os Es- § 2º As decisões definitivas de mérito, proferidas
tados, a União e o Distrito Federal, ou entre uns e ou- pelo Supremo Tribunal Federal, nas ações diretas de
tros, inclusive as respectivas entidades da administra- inconstitucionalidade e nas ações declaratórias de
ção indireta; constitucionalidade produzirão eficácia contra todos e
g) a extradição solicitada por Estado estrangeiro; efeito vinculante, relativamente aos demais órgãos do
i) o habeas corpus, quando o coator for Tribu- Poder Judiciário e à administração pública direta e indi-
nal Superior ou quando o coator ou o paciente for au- reta, nas esferas federal, estadual e municipal.
toridade ou funcionário cujos atos estejam sujeitos di- § 3º No recurso extraordinário o recorrente de-
retamente à jurisdição do Supremo Tribunal Federal, verá demonstrar a repercussão geral das questões
ou se trate de crime sujeito à mesma jurisdição em constitucionais discutidas no caso, nos termos da lei, a
uma única instância; fim de que o Tribunal examine a admissão do recurso,
j) a revisão criminal e a ação rescisória de seus somente podendo recusá-lo pela manifestação de dois
julgados; terços de seus membros.
l) a reclamação para a preservação de sua com- Art. 103. Podem propor a ação direta de incons-
petência e garantia da autoridade de suas decisões; titucionalidade e a ação declaratória de constitucionali-
dade:
I - o Presidente da República;

235
Apostila PRF

II - a Mesa do Senado Federal; II um Ministro do Superior Tribunal de Justiça, in-


III - a Mesa da Câmara dos Deputados; dicado pelo respectivo tribunal;
IV a Mesa de Assembléia Legislativa ou da Câ- III um Ministro do Tribunal Superior do Trabalho,
mara Legislativa do Distrito Federal; indicado pelo respectivo tribunal;
V o Governador de Estado ou do Distrito Federal; IV um desembargador de Tribunal de Justiça, in-
VI - o Procurador-Geral da República; dicado pelo Supremo Tribunal Federal;
VII - o Conselho Federal da Ordem dos Advoga- V um juiz estadual, indicado pelo Supremo Tribu-
dos do Brasil; nal Federal;
VIII - partido político com representação no Con- VI um juiz de Tribunal Regional Federal, indicado
gresso Nacional; pelo Superior Tribunal de Justiça;
IX - confederação sindical ou entidade de classe VII um juiz federal, indicado pelo Superior Tribu-
de âmbito nacional. nal de Justiça;
§ 1º O Procurador-Geral da República deverá VIII um juiz de Tribunal Regional do Trabalho, in-
ser previamente ouvido nas ações de inconstitucionali- dicado pelo Tribunal Superior do Trabalho;
dade e em todos os processos de competência do Su- IX um juiz do trabalho, indicado pelo Tribunal Su-
premo Tribunal Federal. perior do Trabalho;
§ 2º Declarada a inconstitucionalidade por omis- X um membro do Ministério Público da União, in-
são de medida para tornar efetiva norma constitucio- dicado pelo Procurador-Geral da República;
nal, será dada ciência ao Poder competente para a XI um membro do Ministério Público estadual, es-
adoção das providências necessárias e, em se tra- colhido pelo Procurador-Geral da República dentre os
tando de órgão administrativo, para fazê-lo em trinta nomes indicados pelo órgão competente de cada insti-
dias. tuição estadual;
§ 3º Quando o Supremo Tribunal Federal apre- XII dois advogados, indicados pelo Conselho Fe-
ciar a inconstitucionalidade, em tese, de norma legal deral da Ordem dos Advogados do Brasil;
ou ato normativo, citará, previamente, o Advogado- XIII dois cidadãos, de notável saber jurídico e re-
Geral da União, que defenderá o ato ou texto impug- putação ilibada, indicados um pela Câmara dos Depu-
nado. tados e outro pelo Senado Federal.
Art. 103-A. O Supremo Tribunal Federal poderá, § 1º O Conselho será presidido pelo Presidente
de ofício ou por provocação, mediante decisão de dois do Supremo Tribunal Federal e, nas suas ausências e
terços dos seus membros, após reiteradas decisões so- impedimentos, pelo Vice-Presidente do Supremo Tribu-
bre matéria constitucional, aprovar súmula que, a partir nal Federal.
de sua publicação na imprensa oficial, terá efeito vincu- § 2º Os demais membros do Conselho serão no-
lante em relação aos demais órgãos do Poder Judiciá-
meados pelo Presidente da República, depois de apro-
rio e à administração pública direta e indireta, nas esfe-
ras federal, estadual e municipal, bem como proceder à vada a escolha pela maioria absoluta do Senado Fede-
sua revisão ou cancelamento, na forma estabelecida ral.
em lei.
§ 1º A súmula terá por objetivo a validade, a in- § 3º Não efetuadas, no prazo legal, as indicações
terpretação e a eficácia de normas determinadas, previstas neste artigo, caberá a escolha ao Supremo
acerca das quais haja controvérsia atual entre órgãos Tribunal Federal.
judiciários ou entre esses e a administração pública que § 4º Compete ao Conselho o controle da atuação
acarrete grave insegurança jurídica e relevante multipli- administrativa e financeira do Poder Judiciário e do
cação de processos sobre questão idêntica. cumprimento dos deveres funcionais dos juízes, ca-
§ 2º Sem prejuízo do que vier a ser estabelecido bendo-lhe, além de outras atribuições que lhe forem
em lei, a aprovação, revisão ou cancelamento de sú- conferidas pelo Estatuto da Magistratura:
mula poderá ser provocada por aqueles que podem I - zelar pela autonomia do Poder Judiciário e pelo
propor a ação direta de inconstitucionalidade. cumprimento do Estatuto da Magistratura, podendo ex-
§ 3º Do ato administrativo ou decisão judicial que pedir atos regulamentares, no âmbito de sua competên-
contrariar a súmula aplicável ou que indevidamente a cia, ou recomendar providências;
aplicar, caberá reclamação ao Supremo Tribunal Fede- II - zelar pela observância do art. 37 e apreciar,
ral que, julgando-a procedente, anulará o ato adminis- de ofício ou mediante provocação, a legalidade dos
trativo ou cassará a decisão judicial reclamada, e deter- atos administrativos praticados por membros ou órgãos
minará que outra seja proferida com ou sem a aplicação do Poder Judiciário, podendo desconstituí-los, revê-los
da súmula, conforme o caso. ou fixar prazo para que se adotem as providências ne-
Art. 103-B. O Conselho Nacional de Justiça com- cessárias ao exato cumprimento da lei, sem prejuízo da
põe-se de 15 (quinze) membros com mandato de 2 competência do Tribunal de Contas da União;
(dois) anos, admitida 1 (uma) recondução, sendo: III receber e conhecer das reclamações contra
I - o Presidente do Supremo Tribunal Federal; membros ou órgãos do Poder Judiciário, inclusive con-
tra seus serviços auxiliares, serventias e órgãos pres-
tadores de serviços notariais e de registro que atuem

236
Apostila PRF

por delegação do poder público ou oficializados, sem II - um terço, em partes iguais, dentre advoga-
prejuízo da competência disciplinar e correicional dos dos e membros do Ministério Público Federal, Esta-
tribunais, podendo avocar processos disciplinares em dual, do Distrito Federal e Territórios, alternadamente,
curso e determinar a remoção, a disponibilidade ou a indicados na forma do art. 94.
aposentadoria com subsídios ou proventos proporcio- Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Jus-
nais ao tempo de serviço e aplicar outras sanções ad- tiça:
ministrativas, assegurada ampla defesa; I - processar e julgar, originariamente:
IV representar ao Ministério Público, no caso de a) nos crimes comuns, os Governadores dos Es-
crime contra a administração pública ou de abuso de tados e do Distrito Federal, e, nestes e nos de respon-
autoridade; sabilidade, os desembargadores dos Tribunais de Jus-
V rever, de ofício ou mediante provocação, os tiça dos Estados e do Distrito Federal, os membros
processos disciplinares de juízes e membros de tribu- dos Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito Fe-
nais julgados há menos de um ano; deral, os dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribu-
VI elaborar semestralmente relatório estatístico nais Regionais Eleitorais e do Trabalho, os membros
sobre processos e sentenças prolatadas, por unidade dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municípios
da Federação, nos diferentes órgãos do Poder Judiciá- e os do Ministério Público da União que oficiem pe-
rio; rante tribunais;
VII elaborar relatório anual, propondo as provi- b) os mandados de segurança e os habeas data
dências que julgar necessárias, sobre a situação do Po- contra ato de Ministro de Estado, dos Comandantes
der Judiciário no País e as atividades do Conselho, o da Marinha, do Exército e da Aeronáutica ou do pró-
qual deve integrar mensagem do Presidente do Su- prio Tribunal;
premo Tribunal Federal a ser remetida ao Congresso c) os habeas corpus, quando o coator ou paci-
Nacional, por ocasião da abertura da sessão legislativa. ente for qualquer das pessoas mencionadas na alínea
§ 5º O Ministro do Superior Tribunal de Justiça "a", ou quando o coator for tribunal sujeito à sua juris-
exercerá a função de Ministro-Corregedor e ficará ex- dição, Ministro de Estado ou Comandante da Marinha,
cluído da distribuição de processos no Tribunal, com- do Exército ou da Aeronáutica, ressalvada a compe-
petindo-lhe, além das atribuições que lhe forem confe- tência da Justiça Eleitoral;
ridas pelo Estatuto da Magistratura, as seguintes: d) os conflitos de competência entre quaisquer
I receber as reclamações e denúncias, de qual- tribunais, ressalvado o disposto no art. 102, I, "o", bem
quer interessado, relativas aos magistrados e aos ser- como entre tribunal e juízes a ele não vinculados e en-
viços judiciários; tre juízes vinculados a tribunais diversos;
II exercer funções executivas do Conselho, de e) as revisões criminais e as ações rescisórias
inspeção e de correição geral; de seus julgados;
III requisitar e designar magistrados, delegando- f) a reclamação para a preservação de sua com-
lhes atribuições, e requisitar servidores de juízos ou tri- petência e garantia da autoridade de suas decisões;
bunais, inclusive nos Estados, Distrito Federal e Terri- g) os conflitos de atribuições entre autoridades
tórios. administrativas e judiciárias da União, ou entre autori-
§ 6º Junto ao Conselho oficiarão o Procurador- dades judiciárias de um Estado e administrativas de
Geral da República e o Presidente do Conselho Federal outro ou do Distrito Federal, ou entre as deste e da
da Ordem dos Advogados do Brasil. União;
§ 7º A União, inclusive no Distrito Federal e nos h) o mandado de injunção, quando a elaboração
Territórios, criará ouvidorias de justiça, competentes da norma regulamentadora for atribuição de órgão, en-
para receber reclamações e denúncias de qualquer in- tidade ou autoridade federal, da administração direta
teressado contra membros ou órgãos do Poder Judici- ou indireta, excetuados os casos de competência do
ário, ou contra seus serviços auxiliares, representando Supremo Tribunal Federal e dos órgãos da Justiça Mi-
diretamente ao Conselho Nacional de Justiça. litar, da Justiça Eleitoral, da Justiça do Trabalho e da
Seção III Justiça Federal;
DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA II - julgar, em recurso ordinário:
Art. 104. O Superior Tribunal de Justiça compõe- a) os habeas corpus decididos em única ou úl-
se de, no mínimo, trinta e três Ministros. tima instância pelos Tribunais Regionais Federais ou
Parágrafo único. Os Ministros do Superior Tribu- pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Ter-
nal de Justiça serão nomeados pelo Presidente da Re- ritórios, quando a decisão for denegatória;
pública, dentre brasileiros com mais de trinta e cinco e b) os mandados de segurança decididos em
menos de sessenta e cinco anos, de notável saber ju- única instância pelos Tribunais Regionais Federais ou
rídico e reputação ilibada, depois de aprovada a esco- pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Ter-
lha pela maioria absoluta do Senado Federal, sendo: ritórios, quando denegatória a decisão;
I - um terço dentre juízes dos Tribunais Regio- c) as causas em que forem partes Estado es-
nais Federais e um terço dentre desembargadores dos trangeiro ou organismo internacional, de um lado, e,
Tribunais de Justiça, indicados em lista tríplice elabo- do outro, Município ou pessoa residente ou domicili-
rada pelo próprio Tribunal; ada no País;

237
Apostila PRF

III - julgar, em recurso especial, as causas deci- b) as revisões criminais e as ações rescisórias
didas, em única ou última instância, pelos Tribunais de julgados seus ou dos juízes federais da região;
Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do c) os mandados de segurança e os habeas data
Distrito Federal e Territórios, quando a decisão recor- contra ato do próprio Tribunal ou de juiz federal;
rida: d) os habeas corpus, quando a autoridade coa-
a) contrariar tratado ou lei federal, ou negar-lhes tora for juiz federal;
vigência; e) os conflitos de competência entre juízes fede-
b) julgar válido ato de governo local contestado rais vinculados ao Tribunal;
em face de lei federal; II - julgar, em grau de recurso, as causas decidi-
c) der a lei federal interpretação divergente da das pelos juízes federais e pelos juízes estaduais no
que lhe haja atribuído outro tribunal. exercício da competência federal da área de sua juris-
Parágrafo único. Funcionarão junto ao Superior dição.
Tribunal de Justiça: Art. 109. Aos juízes federais compete processar
I - a Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoa- e julgar:
mento de Magistrados, cabendo-lhe, dentre outras fun- I - as causas em que a União, entidade autár-
ções, regulamentar os cursos oficiais para o ingresso e quica ou empresa pública federal forem interessadas
promoção na carreira; na condição de autoras, rés, assistentes ou oponen-
II - o Conselho da Justiça Federal, cabendo-lhe tes, exceto as de falência, as de acidentes de trabalho
exercer, na forma da lei, a supervisão administrativa e e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do Traba-
orçamentária da Justiça Federal de primeiro e segundo lho;
graus, como órgão central do sistema e com poderes II - as causas entre Estado estrangeiro ou orga-
correicionais, cujas decisões terão caráter vinculante. nismo internacional e Município ou pessoa domiciliada
Seção IV ou residente no País;
DOS TRIBUNAIS REGIONAIS FEDERAIS E DOS JU- III - as causas fundadas em tratado ou contrato
ÍZES FEDERAIS da União com Estado estrangeiro ou organismo inter-
Art. 106. São órgãos da Justiça Federal: nacional;
I - os Tribunais Regionais Federais; IV - os crimes políticos e as infrações penais
II - os Juízes Federais. praticadas em detrimento de bens, serviços ou inte-
Art. 107. Os Tribunais Regionais Federais com- resse da União ou de suas entidades autárquicas ou
põem-se de, no mínimo, sete juízes, recrutados, empresas públicas, excluídas as contravenções e res-
quando possível, na respectiva região e nomeados salvada a competência da Justiça Militar e da Justiça
pelo Presidente da República dentre brasileiros com Eleitoral;
mais de trinta e menos de sessenta e cinco anos, V - os crimes previstos em tratado ou convenção
sendo: internacional, quando, iniciada a execução no País, o
I - um quinto dentre advogados com mais de dez resultado tenha ou devesse ter ocorrido no estran-
anos de efetiva atividade profissional e membros do geiro, ou reciprocamente;
Ministério Público Federal com mais de dez anos de V-A as causas relativas a direitos humanos a que
carreira; se refere o § 5º deste artigo;
II - os demais, mediante promoção de juízes fe- VI - os crimes contra a organização do trabalho
derais com mais de cinco anos de exercício, por anti- e, nos casos determinados por lei, contra o sistema fi-
güidade e merecimento, alternadamente. nanceiro e a ordem econômico-financeira;
§ 1º A lei disciplinará a remoção ou a permuta VII - os habeas corpus, em matéria criminal de
de juízes dos Tribunais Regionais Federais e determi- sua competência ou quando o constrangimento pro-
nará sua jurisdição e sede. vier de autoridade cujos atos não estejam diretamente
§ 2º Os Tribunais Regionais Federais instalarão a sujeitos a outra jurisdição;
justiça itinerante, com a realização de audiências e de- VIII - os mandados de segurança e os habeas
mais funções da atividade jurisdicional, nos limites ter- data contra ato de autoridade federal, excetuados os
ritoriais da respectiva jurisdição, servindo-se de equipa- casos de competência dos tribunais federais;
mentos públicos e comunitários. IX - os crimes cometidos a bordo de navios ou
§ 3º Os Tribunais Regionais Federais poderão aeronaves, ressalvada a competência da Justiça Mili-
funcionar descentralizadamente, constituindo Câmaras tar;
regionais, a fim de assegurar o pleno acesso do jurisdi- X - os crimes de ingresso ou permanência irre-
cionado à justiça em todas as fases do processo. gular de estrangeiro, a execução de carta rogatória,
Art. 108. Compete aos Tribunais Regionais Fe- após o "exequatur", e de sentença estrangeira, após a
derais: homologação, as causas referentes à nacionalidade,
I - processar e julgar, originariamente: inclusive a respectiva opção, e à naturalização;
a) os juízes federais da área de sua jurisdição, XI - a disputa sobre direitos indígenas.
incluídos os da Justiça Militar e da Justiça do Traba- § 1º As causas em que a União for autora serão
lho, nos crimes comuns e de responsabilidade, e os aforadas na seção judiciária onde tiver domicílio a ou-
membros do Ministério Público da União, ressalvada a tra parte.
competência da Justiça Eleitoral;

238
Apostila PRF

§ 2º As causas intentadas contra a União pode- I a Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoa-


rão ser aforadas na seção judiciária em que for domi- mento de Magistrados do Trabalho, cabendo-lhe, den-
ciliado o autor, naquela onde houver ocorrido o ato ou tre outras funções, regulamentar os cursos oficiais para
fato que deu origem à demanda ou onde esteja situ- o ingresso e promoção na carreira;
ada a coisa, ou, ainda, no Distrito Federal. II o Conselho Superior da Justiça do Trabalho, ca-
§ 3º Serão processadas e julgadas na justiça es- bendo-lhe exercer, na forma da lei, a supervisão admi-
tadual, no foro do domicílio dos segurados ou benefici- nistrativa, orçamentária, financeira e patrimonial da
ários, as causas em que forem parte instituição de Justiça do Trabalho de primeiro e segundo graus, como
previdência social e segurado, sempre que a comarca órgão central do sistema, cujas decisões terão efeito
não seja sede de vara do juízo federal, e, se verificada vinculante.
essa condição, a lei poderá permitir que outras causas § 3º Compete ao Tribunal Superior do Trabalho
sejam também processadas e julgadas pela justiça es- processar e julgar, originariamente, a reclamação para
tadual. a preservação de sua competência e garantia da auto-
§ 4º Na hipótese do parágrafo anterior, o recurso ridade de suas decisões.
cabível será sempre para o Tribunal Regional Federal Art. 112. A lei criará varas da Justiça do Traba-
na área de jurisdição do juiz de primeiro grau. lho, podendo, nas comarcas não abrangidas por sua
§ 5º Nas hipóteses de grave violação de direitos jurisdição, atribuí-la aos juízes de direito, com recurso
humanos, o Procurador-Geral da República, com a fi- para o respectivo Tribunal Regional do T rabalho.
nalidade de assegurar o cumprimento de obrigações Art. 113. A lei disporá sobre a constituição, in-
decorrentes de tratados internacionais de direitos hu- vestidura, jurisdição, competência, garantias e condi-
manos dos quais o Brasil seja parte, poderá suscitar, ções de exercício dos órgãos da Justiça do Traba-
perante o Superior Tribunal de Justiça, em qualquer lho.
fase do inquérito ou processo, incidente de desloca- Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho proces-
mento de competência para a Justiça Federal. sar e julgar:
Art. 110. Cada Estado, bem como o Distrito Fe- I as ações oriundas da relação de trabalho,
deral, constituirá uma seção judiciária que terá por abrangidos os entes de direito público externo e da ad-
sede a respectiva Capital, e varas localizadas se- ministração pública direta e indireta da União, dos Es-
gundo o estabelecido em lei. tados, do Distrito Federal e dos Municípios;
Parágrafo único. Nos Territórios Federais, a ju- II as ações que envolvam exercício do direito de
risdição e as atribuições cometidas aos juízes federais greve;
caberão aos juízes da justiça local, na forma da lei. III as ações sobre representação sindical, entre
Seção V sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores, e entre sin-
dicatos e empregadores;
Do Tribunal Superior do Trabalho, dos Tribunais IV os mandados de segurança, habeas corpus e
Regionais habeas data , quando o ato questionado envolver ma-
do Trabalho e dos Juízes do Trabalho téria sujeita à sua jurisdição;
Art. 111. São órgãos da Justiça do Trabalho: V os conflitos de competência entre órgãos com
I - o Tribunal Superior do Trabalho; jurisdição trabalhista, ressalvado o disposto no art. 102,
II - os Tribunais Regionais do Trabalho; I, o;
III - Juizes do Trabalho. VI as ações de indenização por dano moral ou
§§ 1º a 3º patrimonial, decorrentes da relação de trabalho;
Art. 111-A. O Tribunal Superior do Trabalho com- VII as ações relativas às penalidades administra-
por-se-á de vinte e sete Ministros, escolhidos dentre tivas impostas aos empregadores pelos órgãos de fis-
brasileiros com mais de trinta e cinco anos e menos de calização das relações de trabalho;
sessenta e cinco anos, de notável saber jurídico e re- VIII a execução, de ofício, das contribuições soci-
putação ilibada, nomeados pelo Presidente da Repú- ais previstas no art. 195, I, a , e II, e seus acréscimos
blica após aprovação pela maioria absoluta do Senado legais, decorrentes das sentenças que proferir;
Federal, sendo: IX outras controvérsias decorrentes da relação de
I um quinto dentre advogados com mais de dez trabalho, na forma da lei.
anos de efetiva atividade profissional e membros do Mi- § 1º Frustrada a negociação coletiva, as partes
nistério Público do Trabalho com mais de dez anos de poderão eleger árbitros.
efetivo exercício, observado o disposto no art. 94; § 2º Recusando-se qualquer das partes à negoci-
II os demais dentre juízes dos Tribunais Regio- ação coletiva ou à arbitragem, é facultado às mesmas,
nais do Trabalho, oriundos da magistratura da carreira, de comum acordo, ajuizar dissídio coletivo de natureza
indicados pelo próprio Tribunal Superior. econômica, podendo a Justiça do Trabalho decidir o
§ 1º A lei disporá sobre a competência do Tribu- conflito, respeitadas as disposições mínimas legais de
nal Superior do Trabalho. proteção ao trabalho, bem como as convencionadas
§ 2º Funcionarão junto ao Tribunal Superior do anteriormente.
Trabalho: § 3º Em caso de greve em atividade essencial,
com possibilidade de lesão do interesse público, o Mi-

239
Apostila PRF

nistério Público do Trabalho poderá ajuizar dissídio co- II - de um juiz do Tribunal Regional Federal com
letivo, competindo à Justiça do Trabalho decidir o con- sede na Capital do Estado ou no Distrito Federal, ou,
flito. não havendo, de juiz federal, escolhido, em qualquer
Art. 115. Os Tribunais Regionais do Trabalho caso, pelo Tribunal Regional Federal respectivo;
compõem-se de, no mínimo, sete juízes, recrutados, III - por nomeação, pelo Presidente da Repú-
quando possível, na respectiva região, e nomeados blica, de dois juízes dentre seis advogados de notável
pelo Presidente da República dentre brasileiros com saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Tri-
mais de trinta e menos de sessenta e cinco anos, bunal de Justiça.
sendo: § 2º - O Tribunal Regional Eleitoral elegerá seu
I um quinto dentre advogados com mais de dez Presidente e o Vice-Presidente- dentre os desembar-
anos de efetiva atividade profissional e membros do Mi- gadores.
nistério Público do Trabalho com mais de dez anos de Art. 121. Lei complementar disporá sobre a or-
efetivo exercício, observado o disposto no art. 94; ganização e competência dos tribunais, dos juízes de
II os demais, mediante promoção de juízes do tra- direito e das juntas eleitorais.
balho por antigüidade e merecimento, alternada- § 1º Os membros dos tribunais, os juízes de di-
mente. reito e os integrantes das juntas eleitorais, no exercí-
§ 1º Os Tribunais Regionais do Trabalho instala- cio de suas funções, e no que lhes for aplicável, goza-
rão a justiça itinerante, com a realização de audiências rão de plenas garantias e serão inamovíveis.
e demais funções de atividade jurisdicional, nos limites § 2º Os juízes dos tribunais eleitorais, salvo mo-
territoriais da respectiva jurisdição, servindo-se de equi- tivo justificado, servirão por dois anos, no mínimo, e
pamentos públicos e comunitários. nunca por mais de dois biênios consecutivos, sendo
§ 2º Os Tribunais Regionais do Trabalho poderão os substitutos escolhidos na mesma ocasião e pelo
funcionar descentralizadamente, constituindo Câmaras mesmo processo, em número igual para cada cate-
regionais, a fim de assegurar o pleno acesso do jurisdi- goria.
cionado à justiça em todas as fases do processo. § 3º São irrecorríveis as decisões do Tribunal
Art. 116. Nas Varas do Trabalho, a jurisdição Superior Eleitoral, salvo as que contrariarem esta
será exercida por um juiz singular. Constituição e as denegatórias de habeas corpus ou
Parágrafo único. mandado de segurança.
Art. 117. e Parágrafo único. § 4º Das decisões dos Tribunais Regionais Elei-
Seção VI torais somente caberá recurso quando:
DOS TRIBUNAIS E JUÍZES ELEITORAIS I - forem proferidas contra disposição expressa
Art. 118. São órgãos da Justiça Eleitoral: desta Constituição ou de lei;
I - o Tribunal Superior Eleitoral; II - ocorrer divergência na interpretação de lei
II - os Tribunais Regionais Eleitorais; entre dois ou mais tribunais eleitorais;
III - os Juízes Eleitorais; III - versarem sobre inelegibilidade ou expedição
IV - as Juntas Eleitorais. de diplomas nas eleições federais ou estaduais;
Art. 119. O Tribunal Superior Eleitoral compor- IV - anularem diplomas ou decretarem a perda
se-á, no mínimo, de sete membros, escolhidos: de mandatos eletivos federais ou estaduais;
I - mediante eleição, pelo voto secreto: V - denegarem habeas corpus, mandado de se-
a) três juízes dentre os Ministros do Supremo gurança, habeas data ou mandado de injunção.
Tribunal Federal; Seção VII
b) dois juízes dentre os Ministros do Superior DOS TRIBUNAIS E JUÍZES MILITARES
Tribunal de Justiça; Art. 122. São órgãos da Justiça Militar:
II - por nomeação do Presidente da República, I - o Superior Tribunal Militar;
dois juízes dentre seis advogados de notável saber ju- II - os Tribunais e Juízes Militares instituídos por
rídico e idoneidade moral, indicados pelo Supremo Tri- lei.
bunal Federal. Art. 123. O Superior Tribunal Militar compor-se-á
Parágrafo único. O Tribunal Superior Eleitoral de quinze Ministros vitalícios, nomeados pelo Presi-
elegerá seu Presidente e o Vice-Presidente dentre os dente da República, depois de aprovada a indicação
Ministros do Supremo Tribunal Federal, e o Correge- pelo Senado Federal, sendo três dentre oficiais-gene-
dor Eleitoral dentre os Ministros do Superior Tribunal rais da Marinha, quatro dentre oficiais-generais do
de Justiça. Exército, três dentre oficiais-generais da Aeronáutica,
Art. 120. Haverá um Tribunal Regional Eleitoral todos da ativa e do posto mais elevado da carreira, e
na Capital de cada Estado e no Distrito Federal. cinco dentre civis.
§ 1º - Os Tribunais Regionais Eleitorais compor- Parágrafo único. Os Ministros civis serão esco-
se-ão: lhidos pelo Presidente da República dentre brasileiros
I - mediante eleição, pelo voto secreto: maiores de trinta e cinco anos, sendo:
a) de dois juízes dentre os desembargadores do I - três dentre advogados de notório saber jurí-
Tribunal de Justiça; dico e conduta ilibada, com mais de dez anos de efe-
b) de dois juízes, dentre juízes de direito, esco- tiva atividade profissional;
lhidos pelo Tribunal de Justiça;

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Apostila PRF

II - dois, por escolha paritária, dentre juízes audi-


tores e membros do Ministério Público da Justiça Mili- SEÇÃO I
tar. DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Art. 124. à Justiça Militar compete processar e Art. 127. O Ministério Público é instituição per-
julgar os crimes militares definidos em lei. manente, essencial à função jurisdicional do Estado,
Parágrafo único. A lei disporá sobre a organiza- incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime
ção, o funcionamento e a competência da Justiça Mili- democrático e dos interesses sociais e individuais in-
tar. disponíveis.
Seção VIII § 1º São princípios institucionais do Ministério
DOS TRIBUNAIS E JUÍZES DOS ESTADOS Público a unidade, a indivisibilidade e a independência
Art. 125. Os Estados organizarão sua Justiça, funcional.
observados os princípios estabelecidos nesta Consti- § 2º Ao Ministério Público é assegurada autono-
tuição. mia funcional e administrativa, podendo, observado o
§ 1º A competência dos tribunais será definida disposto no art. 169, propor ao Poder Legislativo a cri-
na Constituição do Estado, sendo a lei de organização ação e extinção de seus cargos e serviços auxiliares,
judiciária de iniciativa do Tribunal de Justiça. provendo-os por concurso público de provas ou de
§ 2º Cabe aos Estados a instituição de represen- provas e títulos, a política remuneratória e os planos
tação de inconstitucionalidade de leis ou atos normati- de carreira; a lei disporá sobre sua organização e fun-
vos estaduais ou municipais em face da Constituição cionamento.
Estadual, vedada a atribuição da legitimação para agir § 3º O Ministério Público elaborará sua proposta
a um único órgão. orçamentária dentro dos limites estabelecidos na lei
§ 3º A lei estadual poderá criar, mediante pro- de diretrizes orçamentárias.
posta do Tribunal de Justiça, a Justiça Militar estadual, § 4º Se o Ministério Público não encaminhar a
constituída, em primeiro grau, pelos juízes de direito e respectiva proposta orçamentária dentro do prazo esta-
pelos Conselhos de Justiça e, em segundo grau, pelo belecido na lei de diretrizes orçamentárias, o Poder
próprio Tribunal de Justiça, ou por Tribunal de Justiça Executivo considerará, para fins de consolidação da
Militar nos Estados em que o efetivo militar seja supe- proposta orçamentária anual, os valores aprovados na
rior a vinte mil integrantes. lei orçamentária vigente, ajustados de acordo com os
§ 4º Compete à Justiça Militar estadual processar limites estipulados na forma do § 3º.
e julgar os militares dos Estados, nos crimes militares § 5º Se a proposta orçamentária de que trata este
definidos em lei e as ações judiciais contra atos disci- artigo for encaminhada em desacordo com os limites
plinares militares, ressalvada a competência do júri estipulados na forma do § 3º, o Poder Executivo proce-
quando a vítima for civil, cabendo ao tribunal compe- derá aos ajustes necessários para fins de consolidação
tente decidir sobre a perda do posto e da patente dos da proposta orçamentária anual.]
oficiais e da graduação das praças. § 6º Durante a execução orçamentária do exercí-
§ 5º Compete aos juízes de direito do juízo militar cio, não poderá haver a realização de despesas ou a
processar e julgar, singularmente, os crimes militares assunção de obrigações que extrapolem os limites es-
cometidos contra civis e as ações judiciais contra atos tabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias, exceto
disciplinares militares, cabendo ao Conselho de Jus- se previamente autorizadas, mediante a abertura de
tiça, sob a presidência de juiz de direito, processar e créditos suplementares ou especiais.
julgar os demais crimes militares. Art. 128. O Ministério Público abrange:
§ 6º O Tribunal de Justiça poderá funcionar des- I - o Ministério Público da União, que compre-
centralizadamente, constituindo Câmaras regionais, a ende:
fim de assegurar o pleno acesso do jurisdicionado à jus- a) o Ministério Público Federal;
tiça em todas as fases do processo. b) o Ministério Público do Trabalho;
§ 7º O Tribunal de Justiça instalará a justiça itine- c) o Ministério Público Militar;
rante, com a realização de audiências e demais fun- d) o Ministério Público do Distrito Federal e Ter-
ções da atividade jurisdicional, nos limites territoriais da ritórios;
respectiva jurisdição, servindo-se de equipamentos pú- II - os Ministérios Públicos dos Estados.
blicos e comunitários. § 1º O Ministério Público da União tem por chefe
Art. 126. Para dirimir conflitos fundiários, o Tribu- o Procurador-Geral da República, nomeado pelo Pre-
nal de Justiça proporá a criação de varas especializa- sidente da República dentre integrantes da carreira,
das, com competência exclusiva para questões agrá- maiores de trinta e cinco anos, após a aprovação de
rias. seu nome pela maioria absoluta dos membros do Se-
Parágrafo único. Sempre que necessário à efici- nado Federal, para mandato de dois anos, permitida a
ente prestação jurisdicional, o juiz far-se-á presente no recondução.
local do litígio. § 2º A destituição do Procurador-Geral da Repú-
CAPÍTULO IV blica, por iniciativa do Presidente da República, deverá
DAS FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇA ser precedida de autorização da maioria absoluta do
Senado Federal.

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Apostila PRF

§ 3º Os Ministérios Públicos dos Estados e o do VI - expedir notificações nos procedimentos ad-


Distrito Federal e Territórios formarão lista tríplice den- ministrativos de sua competência, requisitando infor-
tre integrantes da carreira, na forma da lei respectiva, mações e documentos para instruí-los, na forma da lei
para escolha de seu Procurador-Geral, que será no- complementar respectiva;
meado pelo Chefe do Poder Executivo, para mandato VII - exercer o controle externo da atividade poli-
de dois anos, permitida uma recondução. cial, na forma da lei complementar mencionada no ar-
§ 4º Os Procuradores-Gerais nos Estados e no tigo anterior;
Distrito Federal e Territórios poderão ser destituídos VIII - requisitar diligências investigatórias e a ins-
por deliberação da maioria absoluta do Poder Legisla- tauração de inquérito policial, indicados os fundamen-
tivo, na forma da lei complementar respectiva. tos jurídicos de suas manifestações processuais;
§ 5º Leis complementares da União e dos Esta- IX - exercer outras funções que lhe forem confe-
dos, cuja iniciativa é facultada aos respectivos Procu- ridas, desde que compatíveis com sua finalidade,
radores-Gerais, estabelecerão a organização, as atri- sendo-lhe vedada a representação judicial e a consul-
buições e o estatuto de cada Ministério Público, obser- toria jurídica de entidades públicas.
vadas, relativamente a seus membros: § 1º A legitimação do Ministério Público para as
I - as seguintes garantias: ações civis previstas neste artigo não impede a de ter-
a) vitaliciedade, após dois anos de exercício, ceiros, nas mesmas hipóteses, segundo o disposto
não podendo perder o cargo senão por sentença judi- nesta Constituição e na lei.
cial transitada em julgado; § 2º As funções do Ministério Público só podem
b) inamovibilidade, salvo por motivo de interesse ser exercidas por integrantes da carreira, que deverão
público, mediante decisão do órgão colegiado compe- residir na comarca da respectiva lotação, salvo autori-
tente do Ministério Público, pelo voto da maioria abso- zação do chefe da instituição.
luta de seus membros, assegurada ampla defesa; § 3º O ingresso na carreira do Ministério Público
c) irredutibilidade de subsídio, fixado na forma far-se-á mediante concurso público de provas e títulos,
do art. 39, § 4º, e ressalvado o disposto nos arts. 37, X assegurada a participação da Ordem dos Advogados
e XI, 150, II, 153, III, 153, § 2º, I; do Brasil em sua realização, exigindo-se do bacharel
II - as seguintes vedações: em direito, no mínimo, três anos de atividade jurídica e
a) receber, a qualquer título e sob qualquer pre- observando-se, nas nomeações, a ordem de classifica-
texto, honorários, percentagens ou custas processu- ção.
ais; § 4º Aplica-se ao Ministério Público, no que cou-
b) exercer a advocacia; ber, o disposto no art. 93.
c) participar de sociedade comercial, na forma § 5º A distribuição de processos no Ministério Pú-
da lei; blico será imediata.
d) exercer, ainda que em disponibilidade, qual- Art. 130. Aos membros do Ministério Público
quer outra função pública, salvo uma de magistério; junto aos Tribunais de Contas aplicam-se as disposi-
e) exercer atividade político-partidária; ções desta seção pertinentes a direitos, vedações e
f) receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios forma de investidura.
ou contribuições de pessoas físicas, entidades públicas Art. 130-A. O Conselho Nacional do Ministério
ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei Público compõe-se de quatorze membros nomeados
§ 6º Aplica-se aos membros do Ministério Público pelo Presidente da República, depois de aprovada a es-
o disposto no art. 95, parágrafo único, V. colha pela maioria absoluta do Senado Federal, para
Art. 129. São funções institucionais do Ministério um mandato de dois anos, admitida uma recondução,
Público: sendo:
I - promover, privativamente, a ação penal pú- I o Procurador-Geral da República, que o preside;
blica, na forma da lei; II quatro membros do Ministério Público da União,
II - zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públi- assegurada a representação de cada uma de suas car-
cos e dos serviços de relevância pública aos direitos reiras;
assegurados nesta Constituição, promovendo as me- III três membros do Ministério Público dos Esta-
didas necessárias a sua garantia; dos;
III - promover o inquérito civil e a ação civil pú- IV dois juízes, indicados um pelo Supremo Tribu-
blica, para a proteção do patrimônio público e social, nal Federal e outro pelo Superior Tribunal de Justiça;
do meio ambiente e de outros interesses difusos e co- V dois advogados, indicados pelo Conselho Fe-
letivos; deral da Ordem dos Advogados do Brasil;
IV - promover a ação de inconstitucionalidade ou VI dois cidadãos de notável saber jurídico e repu-
representação para fins de intervenção da União e dos tação ilibada, indicados um pela Câmara dos Deputa-
Estados, nos casos previstos nesta Constituição; dos e outro pelo Senado Federal.
V - defender judicialmente os direitos e interes- § 1º Os membros do Conselho oriundos do Minis-
ses das populações indígenas; tério Público serão indicados pelos respectivos Ministé-
rios Públicos, na forma da lei.

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Apostila PRF

§ 2º Compete ao Conselho Nacional do Ministério cabendo-lhe, nos termos da lei complementar que dis-
Público o controle da atuação administrativa e finan- puser sobre sua organização e funcionamento, as ati-
ceira do Ministério Público e do cumprimento dos deve- vidades de consultoria e assessoramento jurídico do
res funcionais de seus membros, cabendo lhe: Poder Executivo.
I zelar pela autonomia funcional e administrativa § 1º A Advocacia-Geral da União tem por chefe
do Ministério Público, podendo expedir atos regulamen- o Advogado-Geral da União, de livre nomeação pelo
tares, no âmbito de sua competência, ou recomendar Presidente da República dentre cidadãos maiores de
providências; trinta e cinco anos, de notável saber jurídico e reputa-
II zelar pela observância do art. 37 e apreciar, de ção ilibada.
ofício ou mediante provocação, a legalidade dos atos § 2º O ingresso nas classes iniciais das carreiras
administrativos praticados por membros ou órgãos do da instituição de que trata este artigo far-se-á medi-
Ministério Público da União e dos Estados, podendo ante concurso público de provas e títulos.
desconstituí-los, revê-los ou fixar prazo para que se § 3º Na execução da dívida ativa de natureza tri-
adotem as providências necessárias ao exato cumpri- butária, a representação da União cabe à Procurado-
mento da lei, sem prejuízo da competência dos Tribu- ria-Geral da Fazenda Nacional, observado o disposto
nais de Contas; em lei.
III receber e conhecer das reclamações contra Parágrafo único. Aos procuradores referidos
membros ou órgãos do Ministério Público da União ou neste artigo é assegurada estabilidade após três anos
dos Estados, inclusive contra seus serviços auxiliares, de efetivo exercício, mediante avaliação de desempe-
sem prejuízo da competência disciplinar e correicional nho perante os órgãos próprios, após relatório circuns-
da instituição, podendo avocar processos disciplinares tanciado das corregedorias.
em curso, determinar a remoção, a disponibilidade ou a Art. 133. O advogado é indispensável à adminis-
aposentadoria com subsídios ou proventos proporcio- tração da justiça, sendo inviolável por seus atos e ma-
nais ao tempo de serviço e aplicar outras sanções ad- nifestações no exercício da profissão, nos limites da
ministrativas, assegurada ampla defesa; lei.
IV rever, de ofício ou mediante provocação, os SEÇÃO IV
processos disciplinares de membros do Ministério Pú- DA DEFENSORIA PÚBLICA
blico da União ou dos Estados julgados há menos de
um ano; Art. 134. A Defensoria Pública é instituição perma-
V elaborar relatório anual, propondo as providên- nente, essencial à função jurisdicional do Estado, incum-
cias que julgar necessárias sobre a situação do Minis- bindo-lhe, como expressão e instrumento do regime demo-
tério Público no País e as atividades do Conselho, o crático, fundamentalmente, a orientação jurídica, a promo-
qual deve integrar a mensagem prevista no art. 84, XI. ção dos direitos humanos e a defesa, em todos os graus, ju-
§ 3º O Conselho escolherá, em votação secreta, dicial e extrajudicial, dos direitos individuais e coletivos, de
um Corregedor nacional, dentre os membros do Minis- forma integral e gratuita, aos necessitados, na forma do
tério Público que o integram, vedada a recondução, § 1º Lei complementar organizará a Defensoria
competindo-lhe, além das atribuições que lhe forem Pública da União e do Distrito Federal e dos Territórios
conferidas pela lei, as seguintes: e prescreverá normas gerais para sua organização
I receber reclamações e denúncias, de qualquer nos Estados, em cargos de carreira, providos, na
interessado, relativas aos membros do Ministério Pú- classe inicial, mediante concurso público de provas e
blico e dos seus serviços auxiliares; títulos, assegurada a seus integrantes a garantia da
II exercer funções executivas do Conselho, de inamovibilidade e vedado o exercício da advocacia
inspeção e correição geral; fora das atribuições institucionais.
III requisitar e designar membros do Ministério § 2º Às Defensorias Públicas Estaduais são as-
Público, delegando-lhes atribuições, e requisitar servi- seguradas autonomia funcional e administrativa e a
dores de órgãos do Ministério Público. iniciativa de sua proposta orçamentária dentro dos li-
§ 4º O Presidente do Conselho Federal da Ordem mites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias
dos Advogados do Brasil oficiará junto ao Conselho. e subordinação ao disposto no art. 99, § 2º.
§ 5º Leis da União e dos Estados criarão ouvido- § 3º Aplica-se o disposto no § 2º às Defensorias
rias do Ministério Público, competentes para receber re- Públicas da União e do Distrito Federal.
clamações e denúncias de qualquer interessado contra § 4º São princípios institucionais da Defensoria Pú-
membros ou órgãos do Ministério Público, inclusive blica a unidade, a indivisibilidade e a independência funcio-
contra seus serviços auxiliares, representando direta- nal, aplicando-se também, no que couber, o disposto no art.
mente ao Conselho Nacional do Ministério Público. 93 e no inciso II do art. 96 desta Constituição Federal.
Seção II Art. 135. Os servidores integrantes das carreiras
DA ADVOCACIA PÚBLICA disciplinadas nas Seções II e III deste Capítulo serão
remunerados na forma do art. 39, § 4º.
Art. 131. A Advocacia-Geral da União é a insti-
tuição que, diretamente ou através de órgão vincu-
TÍTULO V
lado, representa a União, judicial e extrajudicialmente, Da Defesa do Estado e Das Instituições

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Democráticas Art. 137. O Presidente da República pode, ouvi-


CAPÍTULO I dos o Conselho da República e o Conselho de Defesa
DO ESTADO DE DEFESA E DO ESTADO DE SÍTIO Nacional, solicitar ao Congresso Nacional autorização
Seção I para decretar o estado de sítio nos casos de:
DO ESTADO DE DEFESA I - comoção grave de repercussão nacional ou
Art. 136. O Presidente da República pode, ouvi- ocorrência de fatos que comprovem a ineficácia de
dos o Conselho da República e o Conselho de Defesa medida tomada durante o estado de defesa;
Nacional, decretar estado de defesa para preservar ou II - declaração de estado de guerra ou resposta
prontamente restabelecer, em locais restritos e deter- a agressão armada estrangeira.
minados, a ordem pública ou a paz social ameaçadas Parágrafo único. O Presidente da República, ao
por grave e iminente instabilidade institucional ou atin- solicitar autorização para decretar o estado de sítio ou
gidas por calamidades de grandes proporções na na- sua prorrogação, relatará os motivos determinantes do
tureza. pedido, devendo o Congresso Nacional decidir por
§ 1º O decreto que instituir o estado de defesa maioria absoluta.
determinará o tempo de sua duração, especificará as Art. 138. O decreto do estado de sítio indicará
áreas a serem abrangidas e indicará, nos termos e li- sua duração, as normas necessárias a sua execução
mites da lei, as medidas coercitivas a vigorarem, den- e as garantias constitucionais que ficarão suspensas,
tre as seguintes: e, depois de publicado, o Presidente da República de-
I - restrições aos direitos de: signará o executor das medidas específicas e as
a) reunião, ainda que exercida no seio das asso- áreas abrangidas.
ciações; § 1º - O estado de sítio, no caso do art. 137, I,
b) sigilo de correspondência; não poderá ser decretado por mais de trinta dias, nem
c) sigilo de comunicação telegráfica e telefônica; prorrogado, de cada vez, por prazo superior; no do in-
II - ocupação e uso temporário de bens e servi- ciso II, poderá ser decretado por todo o tempo que
ços públicos, na hipótese de calamidade pública, res- perdurar a guerra ou a agressão armada estrangeira.
pondendo a União pelos danos e custos decorrentes. § 2º - Solicitada autorização para decretar o es-
§ 2º O tempo de duração do estado de defesa tado de sítio durante o recesso parlamentar, o Presi-
não será superior a trinta dias, podendo ser prorro- dente do Senado Federal, de imediato, convocará ex-
gado uma vez, por igual período, se persistirem as ra- traordinariamente o Congresso Nacional para se reu-
zões que justificaram a sua decretação. nir dentro de cinco dias, a fim de apreciar o ato.
§ 3º Na vigência do estado de defesa: § 3º - O Congresso Nacional permanecerá em
I - a prisão por crime contra o Estado, determi- funcionamento até o término das medidas coercitivas.
nada pelo executor da medida, será por este comuni- Art. 139. Na vigência do estado de sítio decre-
cada imediatamente ao juiz competente, que a rela- tado com fundamento no art. 137, I, só poderão ser to-
xará, se não for legal, facultado ao preso requerer madas contra as pessoas as seguintes medidas:
exame de corpo de delito à autoridade policial; I - obrigação de permanência em localidade de-
II - a comunicação será acompanhada de decla- terminada;
ração, pela autoridade, do estado físico e mental do II - detenção em edifício não destinado a acusa-
detido no momento de sua autuação; dos ou condenados por crimes comuns;
III - a prisão ou detenção de qualquer pessoa III - restrições relativas à inviolabilidade da cor-
não poderá ser superior a dez dias, salvo quando au- respondência, ao sigilo das comunicações, à presta-
torizada pelo Poder Judiciário; ção de informações e à liberdade de imprensa, radio-
IV - é vedada a incomunicabilidade do preso. difusão e televisão, na forma da lei;
§ 4º Decretado o estado de defesa ou sua pror- IV - suspensão da liberdade de reunião;
rogação, o Presidente da República, dentro de vinte e V - busca e apreensão em domicílio;
quatro horas, submeterá o ato com a respectiva justifi- VI - intervenção nas empresas de serviços públi-
cação ao Congresso Nacional, que decidirá por maio- cos;
ria absoluta. VII - requisição de bens.
§ 5º Se o Congresso Nacional estiver em re- Parágrafo único. Não se inclui nas restrições do
cesso, será convocado, extraordinariamente, no prazo inciso III a difusão de pronunciamentos de parlamenta-
de cinco dias. res efetuados em suas Casas Legislativas, desde que
§ 6º O Congresso Nacional apreciará o decreto liberada pela respectiva Mesa.
dentro de dez dias contados de seu recebimento, de- Seção III
vendo continuar funcionando enquanto vigorar o es- DISPOSIÇÕES GERAIS
tado de defesa. Art. 140. A Mesa do Congresso Nacional, ouvi-
§ 7º Rejeitado o decreto, cessa imediatamente o dos os líderes partidários, designará Comissão com-
estado de defesa. posta de cinco de seus membros para acompanhar e
Seção II fiscalizar a execução das medidas referentes ao es-
DO ESTADO DE SÍTIO tado de defesa e ao estado de sítio.

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Art. 141. Cessado o estado de defesa ou o es- VII - o oficial condenado na justiça comum ou
tado de sítio, cessarão também seus efeitos, sem pre- militar a pena privativa de liberdade superior a dois
juízo da responsabilidade pelos ilícitos cometidos por anos, por sentença transitada em julgado, será sub-
seus executores ou agentes. metido ao julgamento previsto no inciso anterior;
Parágrafo único. Logo que cesse o estado de VIII - aplica-se aos militares o disposto no art. 7º,
defesa ou o estado de sítio, as medidas aplicadas em incisos VIII, XII, XVII, XVIII, XIX e XXV, e no art. 37, in-
sua vigência serão relatadas pelo Presidente da Repú- cisos XI, XIII, XIV e XV, bem como, na forma da lei e
blica, em mensagem ao Congresso Nacional, com es- com prevalência da atividade militar, no art. 37, inciso
pecificação e justificação das providências adotadas, XVI, alínea "c";
com relação nominal dos atingidos e indicação das X - a lei disporá sobre o ingresso nas Forças Ar-
restrições aplicadas. madas, os limites de idade, a estabilidade e outras
CAPÍTULO II condições de transferência do militar para a inativi-
DAS FORÇAS ARMADAS dade, os direitos, os deveres, a remuneração, as prer-
Art. 142. As Forças Armadas, constituídas pela rogativas e outras situações especiais dos militares,
Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica, são institui- consideradas as peculiaridades de suas atividades, in-
ções nacionais permanentes e regulares, organizadas clusive aquelas cumpridas por força de compromissos
com base na hierarquia e na disciplina, sob a autori- internacionais e de guerra.
dade suprema do Presidente da República, e desti- Art. 143. O serviço militar é obrigatório nos ter-
nam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes mos da lei.
constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da § 1º Às Forças Armadas compete, na forma da
lei e da ordem. lei, atribuir serviço alternativo aos que, em tempo de
§ 1º Lei complementar estabelecerá as normas paz, após alistados, alegarem imperativo de consciên-
gerais a serem adotadas na organização, no preparo e cia, entendendo-se como tal o decorrente de crença
no emprego das Forças Armadas. religiosa e de convicção filosófica ou política, para se
§ 2º Não caberá habeas corpus em relação a eximirem de atividades de caráter essencialmente mili-
punições disciplinares militares. tar.
§ 3º Os membros das Forças Armadas são de- § 2º As mulheres e os eclesiásticos ficam isen-
nominados militares, aplicando-se-lhes, além das que tos do serviço militar obrigatório em tempo de paz, su-
vierem a ser fixadas em lei, as seguintes disposições: jeitos, porém, a outros encargos que a lei lhes atribuir.
I - as patentes, com prerrogativas, direitos e de-
veres a elas inerentes, são conferidas pelo Presidente
da República e asseguradas em plenitude aos oficiais CAPÍTULO III
da ativa, da reserva ou reformados, sendo-lhes privati- DA SEGURANÇA PÚBLICA
vos os títulos e postos militares e, juntamente com os Art. 144. A segurança pública, dever do Estado,
demais membros, o uso dos uniformes das Forças Ar- direito e responsabilidade de todos, é exercida para a
madas; preservação da ordem pública e da incolumidade das
II - o militar em atividade que tomar posse em pessoas e do patrimônio, através dos seguintes ór-
cargo ou emprego público civil permanente, ressal- gãos:
vada a hipótese prevista no art. 37, inciso XVI, alínea I - polícia federal;
"c", será transferido para a reserva, nos termos da lei; II - polícia rodoviária federal;
III - o militar da ativa que, de acordo com a lei, III - polícia ferroviária federal;
tomar posse em cargo, emprego ou função pública ci- IV - polícias civis;
vil temporária, não eletiva, ainda que da administração V - polícias militares e corpos de bombeiros mili-
indireta, ressalvada a hipótese prevista no art. 37, in- tares.
ciso XVI, alínea "c", ficará agregado ao respectivo § 1º A polícia federal, instituída por lei como ór-
quadro e somente poderá, enquanto permanecer gão permanente, organizado e mantido pela União e
nessa situação, ser promovido por antiguidade, con- estruturado em carreira, destina-se a:"
tando-se-lhe o tempo de serviço apenas para aquela I - apurar infrações penais contra a ordem polí-
promoção e transferência para a reserva, sendo de- tica e social ou em detrimento de bens, serviços e in-
pois de dois anos de afastamento, contínuos ou não, teresses da União ou de suas entidades autárquicas e
transferido para a reserva, nos termos da lei; empresas públicas, assim como outras infrações cuja
IV - ao militar são proibidas a sindicalização e a prática tenha repercussão interestadual ou internacio-
greve; nal e exija repressão uniforme, segundo se dispuser
V - o militar, enquanto em serviço ativo, não em lei;
pode estar filiado a partidos políticos; II - prevenir e reprimir o tráfico ilícito de entorpe-
VI - o oficial só perderá o posto e a patente se centes e drogas afins, o contrabando e o descaminho,
for julgado indigno do oficialato ou com ele incompatí- sem prejuízo da ação fazendária e de outros órgãos
vel, por decisão de tribunal militar de caráter perma- públicos nas respectivas áreas de competência;
nente, em tempo de paz, ou de tribunal especial, em III - exercer as funções de polícia marítima, ae-
tempo de guerra; roportuária e de fronteiras;

245
Apostila PRF

IV - exercer, com exclusividade, as funções de


polícia judiciária da União.
§ 2º A polícia rodoviária federal, órgão perma-
nente, organizado e mantido pela União e estruturado
em carreira, destina-se, na forma da lei, ao patrulha-
mento ostensivo das rodovias federais.
§ 3º A polícia ferroviária federal, órgão perma-
nente, organizado e mantido pela União e estruturado
em carreira, destina-se, na forma da lei, ao patrulha-
mento ostensivo das ferrovias federais
§ 4º Às polícias civis, dirigidas por delegados de
polícia de carreira, incumbem, ressalvada a competên-
cia da União, as funções de polícia judiciária e a apu-
ração de infrações penais, exceto as militares.
§ 5º Às polícias militares cabem a polícia osten-
siva e a preservação da ordem pública; aos corpos de
bombeiros militares, além das atribuições definidas em
lei, incumbe a execução de atividades de defesa civil.
§ 6º As polícias militares e corpos de bombeiros
militares, forças auxiliares e reserva do Exército, su-
bordinam-se, juntamente com as polícias civis, aos
Governadores dos Estados, do Distrito Federal e dos
Territórios.
§ 7º A lei disciplinará a organização e o funcio-
namento dos órgãos responsáveis pela segurança pú-
blica, de maneira a garantir a eficiência de suas ativi-
dades.
§ 8º Os Municípios poderão constituir guardas
municipais destinadas à proteção de seus bens, servi-
ços e instalações, conforme dispuser a lei.
§ 9º A remuneração dos servidores policiais inte-
grantes dos órgãos relacionados neste artigo será fi-
xada na forma do § 4º do art. 39.
§ 10. A segurança viária, exercida para a pre-
servação da ordem pública e da incolumidade das
pessoas e do seu patrimônio nas vias públicas:
I - compreende a educação, engenharia e fisca-
lização de trânsito, além de outras atividades previstas
em lei, que assegurem ao cidadão o direito à mobili-
dade urbana eficiente; e
II - compete, no âmbito dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios, aos respectivos órgãos ou
entidades executivos e seus agentes de trânsito, es-
truturados em Carreira, na forma da lei.

246
Apostila PRF
ÉTICA criação e do funcionamento das Comissões de Ética em
todos os órgãos do Poder Executivo Federal.
O termo ética deriva do grego ethos (caráter, modo de
ser de uma pessoa). Nasceu da filosofia. Ética é um con- CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO SER-
junto de valores morais e princípios que norteiam a VIDOR PÚBLICO CIVIL
conduta humana na sociedade. A ética serve para que
• Decreto n.º 1.171/94 veio ao encontro de um
haja um equilíbrio e bom funcionamento social, possi-
clamor da sociedade brasileira, que exigiu uma
bilitando que ninguém saia prejudicado. Neste sentido,
resposta das autoridades, em razão dos inú-
a ética, embora não possa ser confundida com as leis,
meros atos de corrupção generalizada por
está relacionada com o sentimento de justiça social.
parte de nossos dirigentes.
É o estudo do comportamento humano dentro de
CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO SERVIDOR PÚ-
cada sociedade. Esse estudo busca a convivência pací-
BLICO CIVIL DO PODER EXECUTIVO FEDERAL
fica dentro de cada sociedade. A ética é construída por
uma sociedade com base nos valores históricos e cul- Dirigentes seduzidos pela impunidade no cometimento
turais. Do ponto de vista da Filosofia, a Ética é uma ci- de condutas ilícitas e imorais, originadas, quase sem-
ência que estuda os valores e princípios morais de uma pre, pela ausência de valores éticos e morais, incorrem
sociedade e seus grupos. em locupletação indevida do dinheiro público.

• É a reflexão filosófica sobre a moral (caráter A finalidade mais nobre na elaboração do Código de
teórico). É a “ciência” que estuda a moral (di- Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder
retamente relacionada à política e à filosofia). Executivo Federal é a de criar mecanismos de controle,
objetivando uma ampla discussão sobre o assunto,
• Para Aurélio Buarque de Holanda, ética é "o es-
promovendo a reflexão necessária sobre o “modus
tudo dos juízos de apreciação que se referem à
operandi” do servidor, no que versa sua conduta pro-
conduta humana susceptível de qualificação
fissional e pessoal.
do ponto de vista do bem e do mal”.
Todo Código de Ética Profissional tem como objetivo
MORAL
principal firmar o compromisso moral do servidor, pro-
A palavra moral vem do latim mós ou mores, que signi- porcionando elevado padrão de comportamento ético
fica costume ou costumes. É a parte da filosofia que capaz de assegurar, em todos os casos, a lisura e a
trata dos costumes, deveres e modo de proceder dos transparência dos atos praticados na condução da
homens nas relações com seus semelhantes. coisa pública.

Os princípios morais como a honestidade, a Seção I


bondade, o respeito, a virtude, etc., determinam o sen-
Das Regras Deontológicas:
tido moral de cada indivíduo. São valores universais
que regem a conduta humana e as relações saudáveis DEONTOLOGIA: teoria do dever no que diz res-
e harmoniosas. peito à moral; conjunto de deveres que impõe a certos
profissionais o cumprimento da sua função, como por
CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO SERVIDOR PÚ-
exemplo, a deontologia dos médicos, dos jornalistas e
BLICO CIVIL DO PODER EXECUTIVO FEDERAL
dos servidores públicos.
A primeira parte, que constitui o Capítulo I, abrange as
Pode-se dizer ainda que a deontologia consiste no con-
regras deontológicas (Seção I), os principais deveres do
junto de regras e princípios que regem a conduta de
servidor público (Seção II), bem como as vedações (Se-
um profissional, uma ciência que estuda os deveres de
ção III), e a segunda, que constitui o Capítulo II, trata da
uma determinada profissão.
Apostila PRF

As regras deontológicas são aquelas que têm como V - O trabalho desenvolvido pelo servidor público pe-
fundamento os valores morais do grupo social em que rante a comunidade deve ser entendido como acrés-
estão inseridas. cimo ao seu próprio bem-estar, já que, como cidadão,
integrante da sociedade, o êxito desse trabalho pode
I - A dignidade, o decoro, o zelo, a eficácia e a consci- ser considerado como seu maior patrimônio.
ência dos princípios morais são primados maiores que
devem nortear o servidor público, seja no exercício do VI - A função pública deve ser tida como exercício pro-
cargo ou função, ou fora dele, já que refletirá o exercí- fissional e, portanto, se integra na vida particular de
cio da vocação do próprio poder estatal. Seus atos, cada servidor público. Assim, os fatos e atos verificados
comportamentos e atitudes serão direcionados para a na conduta do dia-a-dia em sua vida privada poderão
preservação da honra e da tradição dos serviços públi- acrescer ou diminuir o seu bom conceito na vida funci-
cos. onal.

II - O servidor público não poderá jamais desprezar o VII - Salvo os casos de segurança nacional, investiga-
elemento ético de sua conduta. Assim, não terá que de- ções policiais ou interesse superior do Estado e da Ad-
cidir somente entre o legal e o ilegal, o justo e o injusto, ministração Pública, a serem preservados em processo
o conveniente e o inconveniente, o oportuno e o ino- previamente declarado sigiloso, nos termos da lei, a
portuno, mas principalmente entre o honesto e o de- publicidade de qualquer ato administrativo constitui
sonesto, consoante as regras contidas no art. 37, caput, requisito de eficácia e moralidade, ensejando sua omis-
e § 4°, da Constituição Federal. são comprometimento ético contra o bem comum, im-
putável a quem a negar.
CF/88, Art. 37. A administração pública direta e indireta
de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Dis- VIII - Toda pessoa tem direito à verdade. O servidor não
trito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios pode omiti-la ou falseá-la, ainda que contrária aos in-
de legalidade, impessoalidade, moralidade, publici- teresses da própria pessoa interessada ou da Adminis-
dade e eficiência e, também, ao seguinte: tração Pública. Nenhum Estado pode crescer ou esta-
bilizar-se sobre o poder corruptivo do hábito do erro,
§ 4º - Os atos de improbidade administrativa importa-
da opressão, ou da mentira, que sempre aniquilam até
rão a suspensão dos direitos políticos, a perda da fun- mesmo a dignidade humana quanto mais a de uma Na-
ção pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarci- ção.
mento ao erário, na forma e gradação previstas em lei,
sem prejuízo da ação penal cabível. IX - A cortesia, a boa vontade, o cuidado e o tempo de-
dicados ao serviço público caracterizam o esforço pela
III - A moralidade da Administração Pública não se li- disciplina. Tratar mal uma pessoa que paga seus tribu-
mita à distinção entre o bem e o mal, devendo ser tos direta ou indiretamente significa causar-lhe dano
acrescida da ideia de que o fim é sempre o bem co- moral.
mum. O equilíbrio entre a legalidade e a finalidade, na
conduta do servidor público, é que poderá consolidar a Continuação do inciso IX... Da mesma forma, causar
moralidade do ato administrativo. dano a qualquer bem pertencente ao patrimônio pú-
blico, deteriorando-o, por descuido ou má vontade,
IV - A remuneração do servidor público é custeada pe- não constitui apenas uma ofensa ao equipamento e às
los tributos pagos direta ou indiretamente por todos, instalações ou ao Estado, mas a todos os homens de
até por ele próprio, e por isso se exige, como contra- boa vontade que dedicaram sua inteligência, seu
partida, que a moralidade administrativa se integre no tempo, suas esperanças e seus esforços para construí-
Direito, como elemento indissociável de sua aplicação
los.
e de sua finalidade, erigindo-se, como consequência
em fator de legalidade.

248
Apostila PRF

X - Deixar o servidor público qualquer pessoa à espera quando estiver diante de duas opções, a melhor e a
de solução que compete ao setor em que exerça suas mais vantajosa para o bem comum;
funções, permitindo a formação de longas filas, ou
qualquer outra espécie de atraso na prestação do ser- d) jamais retardar qualquer prestação de contas, con-
viço, não caracteriza apenas atitude contra a ética ou dição essencial da gestão dos bens, direitos e serviços
ato de desumanidade, mas principalmente grave dano da coletividade a seu cargo;
moral aos usuários dos serviços públicos. e) tratar cuidadosamente os usuários dos serviços,
XI - O servidor deve prestar toda a sua atenção às or- aperfeiçoando o processo de comunicação e contato
dens legais de seus superiores, velando atentamente com o público;
por seu cumprimento, e, assim, evitando a conduta ne- f) ter consciência de que seu trabalho é regido por prin-
gligente, os repetidos erros, o descaso e o acúmulo de cípios éticos que se materializam na adequada presta-
desvios tornam-se, às vezes, difíceis de corrigir e carac- ção dos serviços públicos;
terizam até mesmo imprudência no desempenho da
função pública. g) ser cortês, ter urbanidade, disponibilidade e aten-
ção, respeitando a capacidade e as limitações individu-
XII - Toda ausência injustificada do servidor de seu local ais de todos os usuários do serviço público, sem qual-
de trabalho é fator de desmoralização do serviço pú- quer espécie de preconceito ou distinção de raça, sexo,
blico, o que quase sempre conduz à desordem nas re- nacionalidade, cor, idade, religião, cunho político e po-
lações humanas. sição social, abstendo-se, dessa forma, de causar-lhes
XIII - O servidor que trabalha em harmonia com a es- dano moral;
trutura organizacional, respeitando seus colegas e cada h) ter respeito à hierarquia, porém sem nenhum temor
concidadão, colabora e de todos pode receber colabo- de representar contra qualquer compromei) resistir a
ração, pois sua atividade pública é a grande oportuni- todas as pressões de superiores hierárquicos, de con-
dade para o crescimento e o engrandecimento da Na- tratantes, interessados e outros que visem obter quais-
ção. quer favores, benesses ou vantagens indevidas em de-
CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO SERVIDOR PÚ- corrência de ações imorais, ilegais ou aéticas e denun-
BLICO CIVIL DO PODER EXECUTIVO FEDERAL ciá-las;
Seção II j) zelar, no exercício do direito de greve, pelas exigên-
Dos Principais Deveres do Servidor Público cias específicas da defesa da vida e da segurança cole-
XIV - São deveres fundamentais do servidor público: tiva;

a) desempenhar, a tempo, as atribuições do cargo, fun- l) ser assíduo e frequente ao serviço, na certeza de que
sua ausência provoca danos ao trabalho ordenado, re-
ção ou emprego público de que seja titular;
fletindo negativamente em todo o sistema;
b) exercer suas atribuições com rapidez, perfeição e
rendimento, pondo fim ou procurando prioritaria- m) comunicar imediatamente a seus superiores todo e
mente resolver situações procrastinatórias, principal- qualquer ato ou fato contrário ao interesse público,
mente diante de filas ou de qualquer outra espécie de exigindo as providências cabíveis;
atraso na prestação dos serviços pelo setor em que n) manter limpo e em perfeita ordem o local de traba-
exerça suas atribuições, com o fim de evitar dano mo- lho, seguindo os métodos mais adequados à sua orga-
ral ao usuário; nização e distribuição;
c) ser probo, reto, leal e justo, demonstrando toda a
integridade do seu caráter, escolhendo sempre,

249
Apostila PRF

o) participar dos movimentos e estudos que se relacio- Art. 1° Fica aprovado o Código de Ética Profissi-
onal do Servidor Público Civil do Poder Executivo Fe-
nem com a melhoria do exercício de suas funções,
deral, que com este baixa.
tendo por escopo a realização do bem comum;
Art. 2° Os órgãos e entidades da Administração
p) apresentar-se ao trabalho com vestimentas adequa- Pública Federal direta e indireta implementarão, em
das ao exercício da função; sessenta dias, as providências necessárias à plena vi-
gência do Código de Ética, inclusive mediante a Cons-
q) manter-se atualizado com as instruções, as normas tituição da respectiva Comissão de Ética, integrada por
três servidores ou empregados titulares de cargo efe-
de serviço e a legislação pertinentes ao órgão onde tivo ou emprego permanente.
exerce suas funções;
Parágrafo único. A constituição da Comissão de
r) cumprir, de acordo com as normas do serviço e as Ética será comunicada à Secretaria da Administração
instruções superiores, as tarefas de seu cargo ou fun- Federal da Presidência da República, com a indicação
dos respectivos membros titulares e suplentes.
ção, tanto quanto possível, com critério, segurança e
rapidez, mantendo tudo sempre em boa ordem; Art. 3° Este decreto entra em vigor na data de sua
publicação.
s) facilitar a fiscalização de todos atos ou serviços por
quem de direito; Brasília, 22 de junho de 1994, 173° da Indepen-
dência e 106° da República.
t) exercer, com estrita moderação, as prerrogativas
ITAMAR FRANCO
funcionais que lhe sejam atribuídas, abstendo-se de
Romildo Canhim
fazê-lo contrariamente aos legítimos interesses dos
usuários do serviço público e dos jurisdicionados admi- Este texto não substitui o publicado no DOU de
nistrativos; 23.6.1994.

u) abster-se, de forma absoluta, de exercer sua função, ANEXO


poder ou autoridade com finalidade estranha ao inte-
Código de Ética Profissional do Servidor Público
resse público, mesmo que observando as formalidades Civil do Poder Executivo Federal
legais e não cometendo qualquer violação expressa à
lei; CAPÍTULO I

v) divulgar e informar a todos os integrantes da sua Seção I


classe sobre a existência deste Código de Ética, estimu-
Das Regras Deontológicas
lando o seu integral cumprimento.
I - A dignidade, o decoro, o zelo, a eficácia e a
DECRETO Nº 1.171, DE 22 DE JUNHO DE 1994 consciência dos princípios morais são primados maio-
res que devem nortear o servidor público, seja no exer-
Aprova o Código de Ética cício do cargo ou função, ou fora dele, já que refletirá o
Profissional do Servidor Pú- exercício da vocação do próprio poder estatal. Seus
blico Civil do Poder Execu- atos, comportamentos e atitudes serão direcionados
tivo Federal. para a preservação da honra e da tradição dos serviços
públicos.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso das
atribuições que lhe confere o art. 84, incisos IV e VI, e II - O servidor público não poderá jamais despre-
ainda tendo em vista o disposto no art. 37 da Constitui- zar o elemento ético de sua conduta. Assim, não terá
ção, bem como nos arts. 116 e 117 da Lei n° 8.112, de que decidir somente entre o legal e o ilegal, o justo e o
11 de dezembro de 1990, e nos arts. 10, 11 e 12 da Lei injusto, o conveniente e o inconveniente, o oportuno e
n° 8.429, de 2 de junho de 1992, o inoportuno, mas principalmente entre o honesto e o
desonesto, consoante as regras contidas no art. 37, ca-
DECRETA: put, e § 4°, da Constituição Federal.

250
Apostila PRF

III - A moralidade da Administração Pública não X - Deixar o servidor público qualquer pessoa à
se limita à distinção entre o bem e o mal, devendo ser espera de solução que compete ao setor em que
acrescida da idéia de que o fim é sempre o bem co- exerça suas funções, permitindo a formação de longas
mum. O equilíbrio entre a legalidade e a finalidade, na filas, ou qualquer outra espécie de atraso na prestação
conduta do servidor público, é que poderá consolidar a do serviço, não caracteriza apenas atitude contra a
moralidade do ato administrativo. ética ou ato de desumanidade, mas principalmente
grave dano moral aos usuários dos serviços públicos.
IV- A remuneração do servidor público é custeada
pelos tributos pagos direta ou indiretamente por todos, XI - O servidor deve prestar toda a sua atenção
até por ele próprio, e por isso se exige, como contrapar- às ordens legais de seus superiores, velando atenta-
tida, que a moralidade administrativa se integre no Di- mente por seu cumprimento, e, assim, evitando a con-
reito, como elemento indissociável de sua aplicação e duta negligente. Os repetidos erros, o descaso e o acú-
de sua finalidade, erigindo-se, como conseqüência, em mulo de desvios tornam-se, às vezes, difíceis de corrigir
fator de legalidade. e caracterizam até mesmo imprudência no desempe-
nho da função pública.
V - O trabalho desenvolvido pelo servidor público
perante a comunidade deve ser entendido como acrés- XII - Toda ausência injustificada do servidor de
cimo ao seu próprio bem-estar, já que, como cidadão, seu local de trabalho é fator de desmoralização do ser-
integrante da sociedade, o êxito desse trabalho pode viço público, o que quase sempre conduz à desordem
ser considerado como seu maior patrimônio. nas relações humanas.

VI - A função pública deve ser tida como exercício XIII - O servidor que trabalha em harmonia com a
profissional e, portanto, se integra na vida particular de estrutura organizacional, respeitando seus colegas e
cada servidor público. Assim, os fatos e atos verificados cada concidadão, colabora e de todos pode receber co-
na conduta do dia-a-dia em sua vida privada poderão laboração, pois sua atividade pública é a grande opor-
acrescer ou diminuir o seu bom conceito na vida funci- tunidade para o crescimento e o engrandecimento da
onal. Nação.

VII - Salvo os casos de segurança nacional, in- Seção II


vestigações policiais ou interesse superior do Estado e
da Administração Pública, a serem preservados em Dos Principais Deveres do Servidor Público
processo previamente declarado sigiloso, nos termos
da lei, a publicidade de qualquer ato administrativo
XIV - São deveres fundamentais do servidor pú-
constitui requisito de eficácia e moralidade, ensejando
blico:
sua omissão comprometimento ético contra o bem co-
mum, imputável a quem a negar.
a) desempenhar, a tempo, as atribuições do
cargo, função ou emprego público de que seja titular;
VIII - Toda pessoa tem direito à verdade. O servi-
dor não pode omiti-la ou falseá-la, ainda que contrária
aos interesses da própria pessoa interessada ou da Ad- b) exercer suas atribuições com rapidez, perfei-
ministração Pública. Nenhum Estado pode crescer ou ção e rendimento, pondo fim ou procurando prioritaria-
estabilizar-se sobre o poder corruptivo do hábito do mente resolver situações procrastinatórias, principal-
erro, da opressão ou da mentira, que sempre aniquilam mente diante de filas ou de qualquer outra espécie de
até mesmo a dignidade humana quanto mais a de uma atraso na prestação dos serviços pelo setor em que
Nação. exerça suas atribuições, com o fim de evitar dano moral
ao usuário;
IX - A cortesia, a boa vontade, o cuidado e o
tempo dedicados ao serviço público caracterizam o es- c) ser probo, reto, leal e justo, demonstrando toda
forço pela disciplina. Tratar mal uma pessoa que paga a integridade do seu caráter, escolhendo sempre,
seus tributos direta ou indiretamente significa causar- quando estiver diante de duas opções, a melhor e a
lhe dano moral. Da mesma forma, causar dano a qual- mais vantajosa para o bem comum;
quer bem pertencente ao patrimônio público, deterio-
rando-o, por descuido ou má vontade, não constitui d) jamais retardar qualquer prestação de contas,
apenas uma ofensa ao equipamento e às instalações condição essencial da gestão dos bens, direitos e ser-
ou ao Estado, mas a todos os homens de boa vontade viços da coletividade a seu cargo;
que dedicaram sua inteligência, seu tempo, suas espe-
ranças e seus esforços para construí-los. e) tratar cuidadosamente os usuários dos servi-
ços aperfeiçoando o processo de comunicação e con-
tato com o público;

251
Apostila PRF

f) ter consciência de que seu trabalho é regido por t) exercer com estrita moderação as prerrogativas
princípios éticos que se materializam na adequada funcionais que lhe sejam atribuídas, abstendo-se de
prestação dos serviços públicos; fazê-lo contrariamente aos legítimos interesses dos
usuários do serviço público e dos jurisdicionados admi-
g) ser cortês, ter urbanidade, disponibilidade e nistrativos;
atenção, respeitando a capacidade e as limitações indi-
viduais de todos os usuários do serviço público, sem u) abster-se, de forma absoluta, de exercer sua
qualquer espécie de preconceito ou distinção de raça, função, poder ou autoridade com finalidade estranha ao
sexo, nacionalidade, cor, idade, religião, cunho político interesse público, mesmo que observando as formali-
e posição social, abstendo-se, dessa forma, de causar- dades legais e não cometendo qualquer violação ex-
lhes dano moral; pressa à lei;

h) ter respeito à hierarquia, porém sem nenhum v) divulgar e informar a todos os integrantes da
temor de representar contra qualquer comprometi- sua classe sobre a existência deste Código de Ética,
mento indevido da estrutura em que se funda o Poder estimulando o seu integral cumprimento.
Estatal;
Seção III
i) resistir a todas as pressões de superiores hie-
rárquicos, de contratantes, interessados e outros que Das Vedações ao Servidor Público
visem obter quaisquer favores, benesses ou vantagens
indevidas em decorrência de ações imorais, ilegais ou
XV - E vedado ao servidor público;
aéticas e denunciá-las;
a) o uso do cargo ou função, facilidades, amiza-
j) zelar, no exercício do direito de greve, pelas exi- des, tempo, posição e influências, para obter qualquer
gências específicas da defesa da vida e da segurança favorecimento, para si ou para outrem;
coletiva;
b) prejudicar deliberadamente a reputação de ou-
l) ser assíduo e freqüente ao serviço, na certeza
tros servidores ou de cidadãos que deles dependam;
de que sua ausência provoca danos ao trabalho orde-
nado, refletindo negativamente em todo o sistema;
c) ser, em função de seu espírito de solidarie-
dade, conivente com erro ou infração a este Código de
m) comunicar imediatamente a seus superiores
Ética ou ao Código de Ética de sua profissão;
todo e qualquer ato ou fato contrário ao interesse pú-
blico, exigindo as providências cabíveis;
d) usar de artifícios para procrastinar ou dificultar
o exercício regular de direito por qualquer pessoa, cau-
n) manter limpo e em perfeita ordem o local de
sando-lhe dano moral ou material;
trabalho, seguindo os métodos mais adequados à sua
organização e distribuição;
e) deixar de utilizar os avanços técnicos e cientí-
ficos ao seu alcance ou do seu conhecimento para
o) participar dos movimentos e estudos que se re-
atendimento do seu mister;
lacionem com a melhoria do exercício de suas funções,
tendo por escopo a realização do bem comum;
f) permitir que perseguições, simpatias, antipa-
tias, caprichos, paixões ou interesses de ordem pessoal
p) apresentar-se ao trabalho com vestimentas
interfiram no trato com o público, com os jurisdiciona-
adequadas ao exercício da função;
dos administrativos ou com colegas hierarquicamente
superiores ou inferiores;
q) manter-se atualizado com as instruções, as
normas de serviço e a legislação pertinentes ao órgão g) pleitear, solicitar, provocar, sugerir ou receber
onde exerce suas funções;
qualquer tipo de ajuda financeira, gratificação, prêmio,
comissão, doação ou vantagem de qualquer espécie,
r) cumprir, de acordo com as normas do serviço e para si, familiares ou qualquer pessoa, para o cumpri-
as instruções superiores, as tarefas de seu cargo ou mento da sua missão ou para influenciar outro servidor
função, tanto quanto possível, com critério, segurança para o mesmo fim;
e rapidez, mantendo tudo sempre em boa ordem.
h) alterar ou deturpar o teor de documentos que
s) facilitar a fiscalização de todos atos ou serviços deva encaminhar para providências;
por quem de direito;

252
Apostila PRF

i) iludir ou tentar iludir qualquer pessoa que ne- as fundações públicas, as entidades paraestatais, as
cessite do atendimento em serviços públicos; empresas públicas e as sociedades de economia mista,
ou em qualquer setor onde prevaleça o interesse do Es-
j) desviar servidor público para atendimento a in- tado.
teresse particular;

l) retirar da repartição pública, sem estar legal-


mente autorizado, qualquer documento, livro ou bem
pertencente ao patrimônio público;

m) fazer uso de informações privilegiadas obtidas


no âmbito interno de seu serviço, em benefício próprio,
de parentes, de amigos ou de terceiros;

n) apresentar-se embriagado no serviço ou fora


dele habitualmente;

o) dar o seu concurso a qualquer instituição que


atente contra a moral, a honestidade ou a dignidade da
pessoa humana;

p) exercer atividade profissional aética ou ligar o


seu nome a empreendimentos de cunho duvidoso.

CAPÍTULO II

DAS COMISSÕES DE ÉTICA

XVI - Em todos os órgãos e entidades da Admi-


nistração Pública Federal direta, indireta autárquica e
fundacional, ou em qualquer órgão ou entidade que
exerça atribuições delegadas pelo poder público, de-
verá ser criada uma Comissão de Ética, encarregada
de orientar e aconselhar sobre a ética profissional do
servidor, no tratamento com as pessoas e com o patri-
mônio público, competindo-lhe conhecer concreta-
mente de imputação ou de procedimento susceptível de
censura.

XVIII - À Comissão de Ética incumbe fornecer,


aos organismos encarregados da execução do quadro
de carreira dos servidores, os registros sobre sua con-
duta ética, para o efeito de instruir e fundamentar pro-
moções e para todos os demais procedimentos pró-
prios da carreira do servidor público.

XXII - A pena aplicável ao servidor público pela


Comissão de Ética é a de censura e sua fundamenta-
ção constará do respectivo parecer, assinado por todos
os seus integrantes, com ciência do faltoso.

XXIV - Para fins de apuração do comprometi-


mento ético, entende-se por servidor público todo
aquele que, por força de lei, contrato ou de qualquer ato
jurídico, preste serviços de natureza permanente, tem-
porária ou excepcional, ainda que sem retribuição fi-
nanceira, desde que ligado direta ou indiretamente a
qualquer órgão do poder estatal, como as autarquias,

253
Apostila PRF

INFORMÁTICA  Console ou videogame - Como dito não são com-


putadores propriamente ditos, mas atualmente con-
seguem realizar muitas, senão quase todas, as fun-
Assista Canal prof. Augusto Moura ções dos computadores pessoais.
 Servidor (server) - Um computador
https://www.youtube.com/chan- que serve uma rede de computadores. São de di-
versos tipos. Tanto microcomputadores quanto ma-
nel/UC4xVjdtotuP23Kqzuul9iJA inframes são usados como servidores.
 Estação de trabalho (Workstation) - Serve um
HARDWARE E SOFTWARE único usuário e tende a possuir hardware e sof-
tware não encontráveis em computadores pesso-
Divisão: ais, embora externamente se pareçam muito com os
computadores pessoais. Tanto microcomputadores
Hardware: todo o equipamento, suas peças, isto é, quanto mainframes são usados como estações de
tudo o que "pode ser tocado", denomina- trabalho.
se hardware. Alguns equipamentos: monitor, teclado  Sistema embarcado, computador dedicado ou
e mouse são também chamados de periféricos. Ou- computador integrado (embedded computer) - De
tros exemplos de hardware: memórias, processadores, menores proporções, é parte integrante de uma má-
gabinetes, disco rígido, etc. quina ou dispositivo. Por exemplo, uma unidade de
comando da injeção eletrônica de um automóvel,
Software: consiste na parte que "não se pode tocar", que é específica para atuar no gerenciamento ele-
ou seja, toda a parte virtual, onde estão incluídos os dri- trônico do sistema de injeção de combustível e igni-
vers, os programas e o sistema operacional. ção. Eles são chamados de dedicados, pois execu-
Nota: tam apenas a tarefa para a qual foram programados.
Tendem a ter baixa capacidade de processamento,
Peopleware: são pessoas que trabalham diretamente, às vezes inferior aos microcomputadores.
ou indiretamente, como área de processamento de da-
dos, ou mesmo com Sistema de Informação. O people-
ware é a parte humana que se utiliza das diversas fun- Um mainframe é um computador de grande porte,
cionalidades dos sistemas computacionais, seja este dedicado normalmente ao processamento de um vo-
usuário um Analista de sistema ou, até mesmo, um sim- lume grande de informações. Os mainframes são capa-
ples cliente que faz uma consulta em um caixa eletrô- zes de oferecer serviços de processamento a milhares
nico da Rede Bancária, como também uma atendente de usuários através de milhares de terminais conecta-
de um Supermercado.
dos diretamente ou através de uma rede.
Embora venham perdendo espaço para os servido-
Computadores podem ser classificados de acordo
com a função que exercem ou pelas suas dimensões res de arquitetura PC e servidores Unix, de custo bem
(capacidade de processamento).. menor, ainda são muito usados em ambientes comerci-
ais e grandes empresas (bancos, empresas de avia-
ção, universidades, etc.).
Classificação: Quase todos os mainframes têm a capacidade de
executar múltiplos sistemas operacionais, e assim não
Quanto à Capacidade de Processamento
operar como um único computador, mas como um nú-
 Microcomputador - Também chamado Computa- mero de máquinas virtuais. Neste papel, um único ma-
dor pessoal ouainda Computador doméstico. inframe pode substituir dezenas ou mesmo centenas de
servidores menores. Os mainframes surgiram com a
 Mainframe - Um computador maior em tamanho e
mais poderoso. necessidade das empresas em executar tarefas, que
 Supercomputador - Muito maior em dimensões, levavam dias para serem concluídas. Era preciso então
pesando algumas toneladas e capaz de, em alguns criar um supercomputador capaz de executar estas ta-
casos, efetuar cálculos que levariam 100 anos para refas em menos tempo e com mais precisão.
serem calculados em um microcomputador.

Quanto às suas Funções

254
Apostila PRF

Bytes de oito bits também são chamados de octetos.


Existem também termos para referir-se a múltiplos de
bits usando padrões prefixados, como quilobit (Kb),
megabit (Mb), gigabit (Gb) e Terabit (Tb). De notar que
a notação para bit utiliza um "b" minúsculo, em oposi-
ção à notação para byte que utiliza um "B" maiúsculo
(kB, MB, GB, TB).

Mainframe IBM.
Gabinete
Estação de trabalho ( Workstation) era o nome ge- O gabinete é uma caixa metálica (e/ou com elemen-
nérico dado a computadores situados, em termos de tos de plástico) vertical ou horizontal, que guarda todos
potência de cálculo, entre o computador pessoal e o os componentes do computador (placas, HD, processa-
computador de grande porte, ou mainframe. Algumas dor, etc).
destas máquinas eram vocacionadas para aplicações No gabinete, fica localizada também a fonte de ali-
com requisitos gráficos acima da média, podendo então mentação, que serve para converter corrente alternada
ser referidas como Estação gráfica ou Estação gráfica em corrente contínua para alimentar os componentes
de trabalho (Graphical Workstation). do computador. Assim, a placa-mãe, os drives, o HD e
o cooler, devem ser ligados à fonte. As placas conecta-
No início da década de 1980, os pioneiros nesta
das nos slots da placa-mãe recebem energia por esta,
área foram Apollo Computer e Sun Microsystems, que de modo que dificilmente precisam de um alimentador
criaram estações de trabalho rodando UNIX em plata- exclusivo. Gabinetes, fontes e placas-mãe precisam ser
formas baseadas no microprocessador 68000 da Moto- de um mesmo padrão, do contrário, acaba sendo prati-
rola. camente impossível conectá-los. O padrão em uso atu-
almente é o ATX.
Hoje, devido ao poder de processamento muito
maior dos PCs comuns, o termo às vezes é usado As baias são aquelas "gavetinhas", no português
vulgar, localizadas na parte frontal do gabinete. Nos es-
como sinônimo de computador pessoal. paços das baias é que drives de DVD e outros são en-
caixados.

Bit e byte.
Placa-mãe
Bit (simplificação para dígito binário, "BInary digiT"
em inglês) é a menor unidade de informação que pode Este componente também pode ser interpretado
ser armazenada ou transmitida. Usada na Computa- como a "espinha dorsal" do computador, afinal, é ele
ção e na Teoria da Informação. Um bit pode assumir que interliga todos os dispositivos do equipamento.
somente 2 valores, por exemplo: 0 ou 1, verdadeiro ou Para isso, a placa-mãe (ou, em inglês, motherboard)
falso. possui vários tipos de conectores. O processador é ins-
Embora os computadores tenham instruções (ou co- talado em seu socket, o HD é ligado nas portas IDE ou
mandos) que possam testar e manipular bits, geral- SATA, a placa de vídeo pode ser conectada nos
mente são idealizados para armazenar instruções em slots AGP 8x ou PCI-Express 16x e as outras placas
múltiplos de bits, chamados bytes. No princípio, byte ti- (placa de som, placa de rede, etc) pode serencaixada
nha tamanho variável, mas atualmente tem oito bits. nos slots PCI ou, mais recentemente, em entradas PCI

255
Apostila PRF

Express (essa tecnologia não serve apenas para co- Vale ressaltar que cada processador tem um nú-
nectar placas de vídeo). Ainda há o conector da fonte, mero de pinos ou contatos. Por exemplo, o antigo
os encaixes das memórias, enfim. Athlon XP tem 462 pinos (essa combinação é chamada
Socket A) e, logo, é necessário fazer uso de uma placa-
Todas as placas-mãe possuem BIOS (Basic In-
mãe que aceite esse modelo (esse socket). Assim
put Output System). Trata-se de um pequeno software sendo, na montagem de um computador, a primeira de-
de controle armazenado em um chip de memória ROM cisão a se tomar é qual processador comprar, pois a
que guarda configurações do hardware e informações partir daí é que se escolhe a placa-mãe e, em seguida,
referentes à data e hora. Para manter as configurações o restante das peças.
do BIOS, em geral, uma bateria de níquel-cádmio ou O mercado de processadores é dominado, essenci-
lítio é utilizada. Dessa forma, mesmo com o computa-
almente, por duas empresas: Intel e AMD. Eis alguns
dor desligado, é possível manter o relógio do sistema
ativo, assim como as configurações de hardware. exemplos de seus processadores: Intel Core 2 Duo, In-
tel Core i7, Intel Atom (para dispositivos portáteis), AMD
A imagem abaixo mostra um exemplo de placa-mãe. Athlon X2, AMD Phenom II e AMD Turion X2 (também
Em A ficam os conectores para o mouse, para o te- para dispositivos portáteis). Abaixo, a foto de um pro-
clado, para o áudio, etc. Em B, o slot onde o processa- cessador.
dor deve ser encaixado. Em C ficam os slots onde os
pentes de memória são inseridos. D mostra um conec-
tor IDE. Em E é possível ser os conectores SATA. Por
fim, F mostra os slots de expansão (onde se pode adi-
cionar placas de som, placas de rede, entre outros),
com destaque para o slot PCI Express 16xpara o en-
caixe da placa de vídeo.

Barramentos

Processador

Este é o grande pivô da história. O processador, ba-


sicamente, é o "cérebro" do computador. Praticamente
tudo passa por ele, já que é o processador o responsá-
vel por executar todas as instruções necessárias. De maneira geral, os barramentos são responsáveis
Quanto mais "poderoso" for o processador, mais rapi- pela interligação e comunicação dos dispositivos em
damente suas tarefas serão executadas. um computador. Note que, para o processador se co-
Todo processador deve ter um cooler (ou algum municar com a memória e o conjunto de dispositivos de
outro sistema de controle de temperatura). Essa peça entrada e saída, há três setas, isto é, barramentos: um
(um tipo de ventilador) é a responsável por manter a se chama barramento de endereços (address
temperatura do processador em níveis aceitáveis. bus); outro barramento de dados (data bus); o ter-
Quanto menor for a temperatura, maior será a vida útil ceiro, barramento de controle (control bus).
do chip.

256
Apostila PRF

O barramento de endereços, basicamente, indica de Você já sabe: as frequências com as quais os pro-
onde os dados a serem processados devem ser retira- cessadores trabalham são conhecidas como clock in-
dos ou para onde devem ser enviados. A comunicação terno. Mas, os processadores também contam com o
por este meio é unidirecional, razão pela qual só há seta que chamamos de clock externo ou Front Side Bus
em uma das extremidades da linha no gráfico que re- (FSB) ou, ainda, barramento frontal.
presenta a sua comunicação.
O FSB existe porque, devido a limitações físicas, os
Como o nome deixa claro, é pelo barramento de da- processadores não podem se comunicar com o chipset
dos que as informações transitam. Por sua vez, o bar- e com a memória RAM - mais precisamente, com o con-
ramento de controle faz a sincronização das referidas trolador da memória, que pode estar na ponte norte
atividades, habilitando ou desabilitando o fluxo de da-
(northbridge) do chipset - utilizando a mesma veloci-
dos, por exemplo.
dade do clock interno. Assim, quando esta comunica-
ção é feita, o clock externo, de frequência mais baixa, é
Para você compreender melhor, imagine que o pro- que entra em ação.
cessador necessita de um dado presente na memória.
Pelo barramento de endereços, a CPU obtém a locali-
zação deste dado dentro da memória. Como precisa
apenas acessar o dado, o processador indica pelo bar-
ramento de controle que esta é uma operação de lei-
tura. O dado é então localizado e inserido no barra-
mento de dados, por onde o processador, finalmente, o
lê.

Clock interno

Em um computador, todas as atividades necessitam


de sincronização. O clock interno (ou apenas clock)
serve justamente a este fim, ou seja, basicamente, atua
como um sinal para sincronismo. Quando os dispositi-
vos do computador recebem o sinal de executar suas Note que, para obter o clock interno, o processador faz
atividades, dá-se a esse acontecimento o nome de uso de um procedimento de multiplicação do clock ex-
"pulso de clock". Em cada pulso, os dispositivos execu- terno. Para entender melhor, suponha que um determi-
tam suas tarefas, param e vão para o próximo ciclo de nado processador tenha clock externo de 100 MHz.
clock. Como o seu fabricante indica que este chip trabalha à
A medição do clock é feita em hertz (Hz), a unidade 1,6 GHz (ou seja, tem clock interno de 1,6 GHz), seu
padrão de medidas de frequência, que indica o número clock externo é multiplicado por 16: 100 x 16 = 1600
de oscilações ou ciclos que ocorre dentro de uma de- MHz ou 1,6 GHz.
terminada medida de tempo, no caso, segundos. As-
sim, se um processador trabalha à 800 Hz, por exem- Quickpath Interconnect (QPI) e Hypertransport
plo, significa que ele é capaz de lidar com 800 opera-
ções de ciclos de clock por segundo. Dependendo do processador, outra tecnologia pode
Repare que, para fins práticos, a palavra kilo- ser utilizada no lugar do FSB. Um exemplo é oQuick-
Path Interconnect (QPI), utilizado nos chips mais re-
hertz (KHz) é utilizada para indicar 1000 Hz, assim
centes da Intel, e o Hypertransport, aplicado nas
como o termo megahertz (MHz) é usado para refe-
CPUs da AMD.
renciar 1000 KHz (ou 1 milhão de hertz). De igual
Uma dessas mudanças diz respeito ao já mencio-
forma, gigahertz (GHz) é a denominação usada nado controlador de memória, circuito responsável por
quando se tem 1000 MHz e assim por diante. Com isso, "intermediar" o uso da memória RAM pelo processador.
se um processador conta com, por exemplo, uma fre- Nas CPUs mais atuais da Intel e da AMD, o controlador
quência de 800 MHz, significa que pode trabalhar com está integrado ao próprio chip e não mais ao chipset
800 milhões de ciclos por segundo. localizado na placa-mãe.
Neste ponto, você provavelmente deve ter enten- Com esta integração, os processadores passam a
dido que é daqui que vêm expressões como "processa- ter um barramento direto à memória. O QPI e o Hyper-
dor Intel Core i5 de 2,8 GHz", por exemplo. transport acabam então ficando livres para fazer a co-
municação com os recursos que ainda são intermedia-
dos pelo chipset, como dispositivos de entrada e saída.
FSB (Front Side Bus)

257
Apostila PRF

O interessante é que tanto o Quickpath quanto o Os processadores trabalham, basicamente, com


Hypertransport trabalham com duas vias de comunica- dois tipos de cache: cache L1 (Level 1 - Nível 1)
ção, de forma que o processador possa transmitir e re- e cache L2 (Level 2 - Nível 2). Este último é, geral-
ceber dados ao mesmo tempo, já que cada atividade é mente mais simples, costuma ser ligeiramente maior
direcionada a uma via, beneficiando o aspecto do de- em termos de capacidade, mas também um pouco mais
sempenho. No FSB isso não acontece, porque há ape- lento. O cache L2 passou a ser utilizado quando o ca-
nas uma única via para a comunicação. che L1 se mostrou insuficiente.
Vale ressaltar que, dependendo da arquitetura do
processador, é possível encontrar modelos que contam
com um terceiro nível de cache (L3). O processador In-
tel Core i7 3770, por exemplo, possui caches L1 e L2
relativamente pequenos para cada núcleo: 64 KB e 256
KB, respectivamente. No entanto, o cache L3 é expres-
sivamente maior - 8 MB - e, ao mesmo tempo, compar-
tilhado por todos os seus quatros núcleos.

Núcleos

Quando um determinado valor de clock é alcançado,


torna-se mais difícil desenvolver outro chip com clock
maior. Limitações físicas e tecnológicas são os princi-
pais motivos para isso. Uma delas é a questão da tem-
peratura: teoricamente, quanto mais megahertz um pro-
cessador tiver, mais calor o dispositivo gerará.
Cache Uma das formas encontradas pelos fabricantes para
lidar com esta limitação consiste em fabricar e disponi-
De nada adianta ter um processador rápido se este bilizar processadores com dois núcleos (dual core),
tem o seu desempenho comprometido por causa da quatro núcleos (quad core) ou mais (multi core).
"lentidão" da memória.
Nota:
Uma solução para este problema seria equipar os
computadores com um tipo de memória mais sofisti- núcleo core, nucleus, kernel, center, heart
cado, como a SRAM (Static RAM). Esta se diferencia
das memórias convencionais DRAM (Dynamic RAM) Um exemplo disso é a tecnologia Turbo Boost, da
por serem muito rápidas. Por outro lado, são muito mais Intel: se um processador quad core, por exemplo, tiver
caras e não contam com o mesmo nível de miniaturiza- dois núcleos ociosos, os demais podem entrar automa-
ção, sendo, portanto, inviáveis. Apesar disso, a ideia ticamente em um modo "turbo" para que suas frequên-
não foi totalmente descartada, pois foi adaptada para o cias sejam aumentadas, acelerando a execução do pro-
cesso em que trabalham.
que conhecemos como memória cache.
A imagem abaixo exibe uma montagem que ilustra
A memória cache consiste em uma pequena quanti-
o interior de um processador Intel Core 2 Extreme Quad
dade de memória SRAM embutida no processador.
Core.:
Quando este precisa ler dados na memória RAM, um
circuito especial chamado "controlador de cache" trans-
fere blocos de dados muito utilizados da RAM para a
memória cache. Assim, no próximo acesso do proces-
sador, este consultará a memória cache, que é bem
mais rápida, permitindo o processamento de dados de
maneira mais eficiente.
Se o dado estiver na memória cache, o processador
a utiliza, do contrário, irá buscá-lo na memória RAM.
Perceba que, com isso, a memória cache atua como
um intermediário, isto é, faz com que o processador
nem sempre necessite chegar à memória RAM para
acessar os dados dos quais necessita. O trabalho da
Chipset
memória cache é tão importante que, sem ela, o de-
sempenho de um processador pode ser seriamente
O chipset é um dos principais componentes lógicos
comprometido.
de uma placa-mãe, dividindo-se entre "ponte norte"

258
Apostila PRF

(northbridge, controlador de memória, alta velocidade) característica a capacidade de permitir que dados se-
e "ponte sul" (southbridge, controlador de periféricos, jam regravados no dispositivo. Isso é feito com o auxílio
baixa velocidade). A ponte norte faz a comunicação de um componente que emite luz ultravioleta. Nesse
do processador com asmemórias, e em alguns casos processo, os dados gravados precisam ser apagados
com os barramentos de alta velocidade AGP e PCI Ex- por completo. Somente depois disso é que uma nova
press. Já a ponte sul, abriga os controladores gravação pode ser feita;
de HDs (ATA/IDE eSATA),portas USB, para- - EEPROM (Electrically-Erasable Programma-
lela, PS/2, serial, os barramentos PCI e ISA, que já ble Read-Only Memory): este tipo de memória
não é usado mais em placas-mãe modernas. ROM também permite a regravação de dados, no en-
tanto, ao contrário do que acontece com as memórias
EPROM, os processos para apagar e gravar dados são
feitos eletricamente, fazendo com que não seja neces-
sário mover o dispositivo de seu lugar para um aparelho
especial para que a regravação ocorra;
- EAROM (Electrically-Alterable Programmable
Read-Only Memory): as memórias EAROM podem
ser vistas como um tipo de EEPROM. Sua principal ca-
racterística é o fato de que os dados gravados podem
ser alterados aos poucos, razão pela qual esse tipo é
geralmente utilizado em aplicações que exigem apenas
reescrita parcial de informações;
- Flash: as memórias Flash também podem ser vistas
como um tipo de EEPROM, no entanto, o processo de
gravação (e regravação) é muito mais rápido. Além
disso, memórias Flash são mais duráveis e podem
guardar um volume elevado de dados.
- CD-ROM, DVD-ROM e afins: essa é uma categoria
de discos ópticos onde os dados são gravados apenas
uma vez, seja de fábrica, como os CDs de músicas, ou
com dados próprios do usuário, quando o próprio efetua
a gravação. Há também uma categoria que pode ser
comparada ao tipo EEPROM, pois permite a regrava-
Memória principal: ção de dados: CD-RW e DVD-RW e afins.

Memória RAM

Memória ROM As memórias RAM (Random-Access Me-


mory - Memória de Acesso Aleatório) constituem uma
As memórias ROM (Read-Only Memory - Me-
das partes mais importantes dos computadores, pois
mória Somente de Leitura) recebem esse nome porque
são nelas que o processador armazena os dados com
os dados são gravados nelas apenas uma vez. Depois
os quais está lidando. Esse tipo de memória tem um
disso, essas informações não podem ser apagadas ou
processo de gravação de dados extremamente rápido,
alteradas, apenas lidas pelo computador, exceto por
se comparado aos vários tipos de memória ROM. No
meio de procedimentos especiais. Outra característica
entanto, as informações gravadas se perdem quando
das memórias ROM é que elas são do tipo não volátil, não há mais energia elétrica, isto é, quando o compu-
isto é, os dados gravados não são perdidos na ausên- tador é desligado, sendo, portanto, um tipo de memória
cia de energia elétrica ao dispositivo. Eis os principais volátil.
tipos de memória ROM:
Há dois tipos de tecnologia de memória RAM que
- PROM (Programmable Read-Only Memory): são muitos utilizados: estático e dinâmico, isto é, SRAM
esse é um dos primeiros tipos de memória ROM. A gra- e DRAM, respectivamente. Há também um tipo mais re-
vação de dados neste tipo é realizada por meio de apa- cente chamado de MRAM. Eis uma breve explicação
relhos que trabalham através de uma reação física com de cada tipo:
elementos elétricos. Uma vez que isso ocorre, os dados
gravados na memória PROM não podem ser apagados - SRAM (Static Random-Access Memory - RAM
ou alterados; Estática): esse tipo é muito mais rápido que as memó-
rias DRAM, porém armazena menos dado e possui
- EPROM (Erasable Programmable Read-Only preço elevado se considerar o custo por megabyte. Me-
Memory): as memórias EPROM têm como principal mórias SRAM costumam ser utilizadas como cache

259
Apostila PRF

(saiba mais sobre cache neste artigo sobre processa-


dores);
Discos
- DRAM (Dynamic Random-Access Memory -
RAM Dinâmica): memórias desse tipo possuem capaci-
dade alta, isto é, podem comportar grandes quantida-
des de dados. No entanto, o acesso a essas informa-
ções costuma ser mais lento que o acesso às memórias
estáticas. Esse tipo também costuma ter preço bem
menor quando comparado ao tipo estático;
- MRAM (Magnetoresistive Random-Access
Memory - RAM Magneto-resistiva): a memória MRAM
vem sendo estudada há tempos, mas somente nos úl-
timos anos é que as primeiras unidades surgiram.
Trata-se de um tipo de memória até certo ponto seme-
lhante à DRAM, mas que utiliza células magnéticas.
Graças a isso, essas memórias consomem menor
quantidade de energia, são mais rápidas e armazenam Placa lógica do HD
dados por um longo tempo, mesmo na ausência de
energia elétrica. O problema das memórias MRAM é
que elas armazenam pouca quantidade de dados e são
muito caras, portanto, pouco provavelmente serão ado-
tadas em larga escala.

Solid-State Drive (SSD)

Memórias secundárias, auxiliares ou de massa. Em aparelhos SSD, o armazenamento é feito em um


ou mais chips de memória, dispensando totalmente o
uso de sistemas mecânicos para o seu funcionamento.
Disco rígido Como consequência dessa característica, unidades do
tipo acabam sendo mais econômicas no consumo de
Disco rígido ou disco duro, popularmente chamado energia, afinal, não precisam alimentar motores ou
também de HD (derivação de HDD do inglêshard disk componentes semelhantes (note, no entanto, que há
drive) ou winchester (termo em desuso), "memória de outras condições que podem elevar o consumo de
energia, dependendo do produto). Essa característica
massa" ou ainda de "memória secundária" é a parte
também faz com que "discos" SSD (não se trata de um
do computador onde são armazenados os dados. O
disco, portanto, o uso dessa denominação não é cor-
disco rígido é uma memória não-volátil, ou seja, as in-
reto, mas é um termo muito utilizado) utilizem menos
formações não são perdidas quando o computador é
espaço físico, já que os dados são armazenados em
desligado, sendo considerado o principal meio de arma-
chips especiais, de tamanho reduzido. Graças a isso, a
zenamento de dados em massa. Por ser uma memória
tecnologia SSD começou a ser empregada de forma
não-volátil, é um sistema necessário para se ter um
ampla em dispositivos portáteis, tais como netbooks,
meio de executar novamente programas e carregar ar-
notebooks ultrafinos e tocadores de áudio (MP3-pla-
quivos contendo os dados inseridos anteriormente yer).
quando ligamos o computador. Nos sistemas operati-
vos mais recentes, ele é também utilizado para expan-
dir a memória RAM, através da gestão de memória vir-
tual. Existem vários tipos de interfaces para discos rígi-
dos diferentes: IDE/ATA, Serial ATA, SCSI, Fibre
channel, SAS.

260
Apostila PRF

players, com exceção para alguns dos primeiros mode-


los. O DVD-R, assim como o seu antecessor CD-R, só
aceita gravação uma única vez e, após isso, seus da-
dos não podem ser apagados. Sua capacidade de ar-
mazenamento padrão é de 4,7 GB.
:: DVD+R
Este tipo é equivalente ao DVD-R, inclusive na capaci-
dade de armazenamento, que é de 4,7 GB. O DVD+R
também só pode ser gravado uma única vez e não per-
mite a eliminação de seus dados. O que o DVD-R tem
de diferente do DVD+R, então? Pouca coisa, sendo a
principal diferença o fato dos dados gravados em um
DVD+R serem mais rapidamente acessados do que em
As mídias de CD um DVD-R,
:: DVD-RW
Existem dois tipos distintos de CD's (mídias) com os O DVD-RW é equivalente ao CD-RW, pois permite a
quais é possível gravar dados e música: CD-R (Com- gravação e a regravação de dados.
pactDisc Recordable) e CD-RW (Compact Disc Recor-
:: DVD+RW
dable Rewritable). O primeiro permite que dados sejam
gravados num CD somente uma única vez, não sendo Este formato tem quase as mesmas características do
possível alterar ou apagar informações. O segundo per- seu rival DVD-RW, inclusive na capacidade de armaze-
mite gravar e regravar um CD, apagando e acrescen- namento, cujo padrão também é de 4,7 GB. No
tando dados novamente. O que causa a diferença entre DVD+RW também é necessário fechar a mídia para a
estes tipos de CD's é o material usado por eles. O CD- execução de filmes em DVD-players. Na prática, sua
R usa um tipo material que quando queimado pelo laser diferença em relação ao DVD-RW está na velocidade
do gravador de CD sofre uma transformação que não de gravação ligeiramente maior e na possibilidade de
permite mais alterá-lo, deixando a mídia como um CD- uso de tecnologias como "Lossless linking" e "Mount
ROM comum. Já o CD-RW usa um material do Rainier" que permitem, respectivamente, interromper
tipo phase-change (mudança de fase), que consiste uma gravação sem causar erros e alterar dados de ape-
numa espécie de partícula que sofre ação do laser do nas um setor sem necessidade de formatar o disco.
gravador para armazenar dados e depois pode sofrer
outra ação para voltar ao estado original e permitir que Tecnologia Blu-ray
informações sejam gravadas novamente. Abaixo, veja
como são montados os CD-R's e os CD-RW's. O Blu-ray é um padrão de disco óptico criado para
aplicações de vídeos e de armazenamento de dados
em geral, assim como o é DVD. No entanto, possui ca-
Digital Versatile Disc ou Digital VideoDisc racterísticas mais avançadas que as deste último, ra-
zão pela qual é considerado o seu substituto. A princi-
O DVD (Digital Versatile Disc ou Digital VideoDisc) ti- pal diferença está na capacidade de armazenamento:
rou o lugar das tradicionais fitas VHS em aplicações de em sua versão mais simples, com uma camada, pode
vídeo. guardar até 25 GB de dados, contra 4,7 GB do DVD.
Há também uma versão com dupla camada capaz de
:: DVD-ROM
armazenar 50 GB de dados. Fabricantes ainda podem
O DVD-ROM é o tipo mais comum, pois é usado, por criar versões com capacidades diferentes destas, para
exemplo, para armazenar filmes. Já vem com seu con- fins específicos. Em abril de 2010, por exemplo, a in-
teúdo gravado de fábrica. Não é possível apagar ou re- dústria apresentou discos Blu-ray que podem chegar a
gravar dados nesse tipo de DVD. 128 GB de capacidade.
:: DVD-RAM
Este é um tipo de DVD gravável e regravável. Sua prin-
cipal vantagem em relação aos outros padrões é sua Memória Flash
vida útil: um DVD-RAM suporta mais de 100 mil grava-
ções, sendo muito útil para backups (cópias de segu- Os cartões de memória são, essencialmente, base-
rança) periódicos. Além disso, esse tipo de DVD geral- ados na tecnologia Flash, um tipo de memória EPROM
mente pode ser usado sem um programa de gravação, (Electrically-Erasable Programmable Read
como se fosse um HD.
Only Memory) desenvolvido pela Toshiba nos anos
:: DVD-R 1980. Os chips Flash são ligeiramente parecidos com
Este tipo é um dos que tem maior aceitação nos mais a memória RAM (Random Access Memory) usada
diversos aparelhos. É a melhor opção para a gravação nos computadores, porém suas propriedades fazem
de filmes, pois é aceito por praticamente todos os DVD- com que os dados não sejam perdidos quando não há

261
Apostila PRF

fornecimento de energia (por exemplo, quando a bate-  (ii) proteção, para impedir que um processo utilize
ria acaba ou o dispositivo é desligado). Fazendo uma um endereço de memória que não lhe pertença;
comparação grosseira, o conceito de gravação de da-  (iii) paginação (paging) ou troca (swapping), que
dos em um chip Flash é semelhante ao processo de possibilita a uma aplicação utilizar mais memória do
gravação de dados em mídias CD-RW: de acordo com que a fisicamente existente (essa é a função mais
a intensidade de energia aplicada (no caso do CD-RW, conhecida).
laser), há gravação ou eliminação de informações.
A memória Flash consome pouca energia, ocupa
Simplificadamente, um usuário ou programador vê
pouquíssimo espaço físico (daí ser ideal aos dispositi-
um espaço de endereçamento virtual, que pode ser
vos portáteis) e costuma ser resistente, ou seja, bas-
igual, maior ou menor que a memória física (normal-
tante durável. O grande problema da memória Flash é
o seu preço elevado. Felizmente, a popularização desta mente chamada memória DRAM - Dynamic Random
tecnologia está fazendo com que os seus custos dimi- Access Memory).
nuam com o passar do tempo.
A tecnologia Flash faz uso de chips de estado sólido Memória buffer
(solid state) e que não possuem peças móveis, o que
evita problemas de causa mecânica. Juntando esse fa- Em ciência da computação, buffer (retentor) é uma
tor a recursos de proteção, como ECC (Error Correc- região de memória temporária utilizada para escrita e
tion Code), a memória Flash se mostra bastante con- leitura de dados. Os dados podem ser originados de
fiável. dispositivos (ou processos) externos ou internos ao sis-
tema. Os buffers podem ser implementados em sof-
Os diversos tipos de cartões de memória tware (mais usado) ouhardware. Normalmente são uti-
lizados quando existe uma diferença entre a taxa em
Embora sejam baseados na mesma tecnologia, con- que os dados são recebidos e a taxa em que eles po-
tamos atualmente com cerca de uma dezena de tipos dem ser processados, ou no caso em que essas taxas
de cartões de memória. Qual o motivo para tamanha são variáveis.
quantidade? Ao contrário do que houve com outras tec- Os buffers são mecanismos muito utilizados em
nologias, como o USB e o CD, os fabricantes de me- aplicações multimídia, em especial nas aplicações
mória não entraram em um acordo para trabalhar em de streaming.
um padrão único de cartão. Como consequência, o
mercado encontra hoje uma variedade de tipos deste Streaming (fluxo) é uma forma de distribuir informa-
dispositivo. Os mais comuns são abordados a seguir. ção multimídia numarede através de pacotes. Ela é
freqüentemente utilizada para distribuir conteúdo multi-
mídia através da Internet.

Periféricos

Periféricos são aparelhos ou placas que enviam ou


recebem informações do computador. Na informática,
o termo "periférico" aplica-se a qualquer equipamento
acessório que seja ligado à CPU (unidade central de
Memória virtual processamento), ou, num sentido mais amplo, ao com-
putador. Os exemplosdeperiféricos: impressoras,digi-
Memória virtual é uma técnica que usa a memória talizadores, leitores e ou gravadores de CDs e DVDs,
secundária como uma cache para armazenamento se- leitores decartões e disquetes,mouses,teclados,câme-
cundário. Houve duas motivações principais: permitir o ras de vídeo, entre outros.
compartilhamento seguro e eficiente da memória entre Cada periférico tem a sua função definida, desem-
vários programas e remover os transtornos de progra- penhada ao enviar tarefas ao computador, de acordo
mação de uma quantidade pequena e limitada na me- com sua função periférica.
mória principal.
Existem vários tipos de periféricos:
A memória virtual consiste em recursos  De entrada: basicamente enviam informação para o
de hardware e software com três funções básicas: computador (teclado, mouse, joystick, digitalizador);
 (i) realocação (ou recolocação), para assegurar  De saída: transmitem informação do computador
que cada processo (aplicação) tenha o seu próprio para o utilizador (monitor, impressora, caixa de
espaço de endereçamento, começando em zero; som);

262
Apostila PRF

 De processamento: processam a informação que a Execute. Em meados de 1998, a Intel lançou o AGP
CPU (unidade central de processamento) enviou; 2.0,
 De entrada e saída (ou mistos): enviam/recebem in-
O padrão PCI Express (ou PCIe ou, ainda, PCI-
formação para/do computador (monitor touchs-
creen, drive de DVD, modem). Muitos destes perifé- EX) foi concebido pela Intel em 2004 e se destaca por
ricos dependem de uma placa específica: no caso substituir, ao mesmo tempo, os barramentos PCI e
das caixas de som, a placa de som. AGP. O PCI Express 16x, por exemplo, é capaz de tra-
 De armazenamento: armazenam informações do balhar com taxa de transferência de cerca de 4 GB por
computador e para o mesmo (pen drive, disco rí- segundo, característica que o faz ser utilizado por pla-
gido, cartão de memória, etc). cas de vídeo, um dos dispositivos que mais geram da-
dos em um computador. Com o lançamento do PCI Ex-
 Externos: equipamentos que são adicionados a um press 2.0, que aconteceu no início de 2007, as taxas de
computador, equipamentos a parte que enviam e/ou transferência da tecnologia praticamente dobraram.
recebem dados, acessórios que se conectam ao Os padrões AMR (Audio
Modem Riser), CNR
computador.
(Communications and Network Riser) e ACR
(Advanced Communications Riser) são diferen-
Barramentos tes entre si, mas compartilham da ideia de permitir a
conexão à placa-mãe de dispositivos Host Signal
Barramentos (ou, em inglês, bus) são, em poucas
Processing (HSP), isto é, dispositivos cujo controle é
palavras, padrões de comunicação utilizados em com-
feito pelo processador do computador. Para isso, o
putadores para a interconexão dos mais variados dis- chipset da placa-mãe precisa ser compatível. Em geral,
positivos. Exemplo: ISA, AGP, PCI, PCI Ex- esses slots são usados por placas que exigem pouco
press e AMR. processamento, como placas de som, placas de rede
ou placas de modem simples.
O slot AMR foi desenvolvido para ser usado especi-
O barramento ISA é um padrão não mais utilizado, almente para funções de modem e áudio. Seu projeto
sendo encontrado apenas em computadores antigos. foi liderado pela Intel.
Seu aparecimento se deu na época do IBM PC e essa
primeira versão trabalha com transferência de 8 bits por ATA
vez e clock de 8,33 MHz (na verdade, antes do surgi- Um acrónimo para a expressão inglesa Advanced
mento do IBM PC-XT, essa valor era de 4,77 MHz). Technology Attachment, é um padrão para interli-
O barramento PCI surgiu no início de 1990 pelas gar dispositivos de armazenamento, como discos rígi-
mãos da Intel. Suas principais características são a ca- dos e drives de CD-ROMs, no interior de computado-
pacidade de transferir dados a 32 bits e clock de 33 res pessoais.
MHz, especificações estas que tornaram o padrão ca-
paz de transmitir dados a uma taxa de até 132 MB por
segundo. Os slots PCI são menores que os slots ISA,
assim como os seus dispositivos, obviamente.
O PCI-X nada mais é do que uma evolução do PCI
de 64 bits, sendo compatível com as especificações an-
teriores. A versão PCI-X 1.0 é capaz de operar nas fre-
quências de 100 MHz e 133 MHz. Nesta última, o pa-
drão pode atingir a taxa de transferência de dados de
1.064 MB por segundo. O PCI-X 2.0, por sua vez, pode
trabalhar também com as freqüências de 266 MHz e
533 MHz.
Para lidar com o volume crescente de dados gera-
dos pelos processadores gráficos, a Intel anunciou em
meados de 1996 o padrão AGP, cujo slot serve exclu-
sivamente às placas de vídeo. O AGP também permite Serial ATA, SATA ou S-ATA
que a placa de vídeo faça uso de parte da memória (acrônimo para Serial AT Attachment) é uma tecno-
RAM do computador como um incremento de sua pró- logia de transferência de dados entre um computador e
pria memória, um recurso chamadoDirect Memory

263
Apostila PRF

dispositivos de armazenamento em massa (mass sto- conectar dispositivos sem desligar ou reiniciar o com-
rage devices) como unidades de disco rígido e drives putador. É possível usar uma única porta USB para co-
ópticos. nectar até 127 dispositivos periféricos, incluindo alto-fa-
É o sucessor da tecnologia ATA (acrônimo de AT lantes, telefones, unidades de CD-ROM, joysticks, uni-
Attachment, introduzido em 1984 pela IBM em seu dades de fita, teclados, scanners e câmeras. Uma porta
computador AT. ATA, também conhecido USB localiza-se normalmente na parte traseira do com-
como IDE ou Integrated Drive Electronics) que foi reno- putador, próximo da porta serial ou da porta paralela.
meada para PATA (Parallel ATA) para se diferenciar de
SATA. Plug and Play
Diferentemente dos discos rígidos IDE, que transmi- Conjunto de especificações desenvolvidas pela Intel
tem os dados através de cabos de quarenta ou oitenta para permitir que um computador detecte e configure
fios paralelos, o que resulta num cabo enorme, os dis- automaticamente um dispositivo e instale os drivers de
cos rígidos SATA transferem os dados em série. Os ca- dispositivos apropriados.
bos Serial ATA são formados por dois pares de fios (um A tecnologia USB surgiu no ano de 1994 e, desde
par para transmissão e outro par para recepção) então, foi passando por várias revisões. As mais popu-
usando transmissão diferencial, e mais três fios terra, lares são as versões 1.1 e 2.0, sendo esta última ainda
totalizando 7 fios, o que permite usar cabos com menor bastante utilizada. A primeira é capaz de alcançar, no
diâmetro que não interferem na ventilação do gabinete. máximo, taxas de transmissão de 12 Mb/s (mega-
bits por segundo), enquanto que a segunda pode ofe-
recer até 480 Mb/s. USB 3.0 permite velocidade de até
4,8 Gb/s, que corresponde a cerca de 600 megabytes
por segundo, dez vezes mais que a velocidade do USB
2.0

O que é Thunderbolt?
Tendo a Intel como principal nome por trás de seu
desenvolvimento, mas contando também com o apoio
de companhias como Canon, Western Digital e Apple,
o Thunderbolt é um novo padrão de comunicação entre
dispositivos que, em parte, aproveita recursos tecnoló-
gicos já existentes.
O Thunderbolt faz uso de protocolos de dois pa-
drões conhecidos pelo mercado: PCI Express e Dis-
playPort. O primeiro é um barramento já bastante utili-
SCSI zado para a conexão interna de dispositivos ao compu-
SCSI (pronuncia-se "scãzi"), sigla de Small Compu- tador, como placas de vídeo ou placas Ethernet, por
ter System Interface, é uma tecnologia que permite ao exemplo. O segundo, por sua vez, é muito utilizado pela
usuário conectar uma larga gama de periféricos, tais Apple e é tido como um concorrente do HDMI, sendo
como discos rígidos, unidades CD-ROM, impresso- uma tecnologia para a conexão de dispositivos de áudio
ras e scanners. e vídeo (como um monitor).
O Thunderbolt pode atingir uma taxa de transferên-
cia de dados de até 10 Gb/s (gigabits por segundo), que
equivale a 1,25 gigabytes por segundo, aproximada-
mente. Para efeitos comparativos, o USB 3.0 pode atin-
gir até 4,8 Gb/s, que corresponde a 600 megabytes por
segundo, ou seja, metade, praticamente.
O tráfego de dados pode ocorrer de maneira bidi-
recional, ou seja, é possível enviar e receber informa-
ções ao mesmo tempo, já que há um canal de 10 Gb/s
para cada "sentido".
Uma única porta Thunderbolt permite a transmissão
Tecnologia USB de dados, de informações de áudio e vídeo e até
mesmo de energia para alimentação dos dispositivos
Barramento serial universal (USB)
conectados, dispensando, muitas vezes, uma fonte de
Barramento externo que dá suporte à instalação eletricidade exclusiva.
Plug and Play. Com o USB, você pode conectar e des-

264
Apostila PRF

Acesso direto à memória de hardware. Por exemplo, o IRQ0 é reservado para o


temporizador do sistema, enquanto o IRQ1 é reservada
O DMA é uma característica essencial dos compu- para o teclado. Quanto menor for o número do IRQ,
tadores modernos. Normalmente o único componente mais prioridade ela terá para ser processada.
que acessa a memória RAM da máquina é o processa-
dor. O recurso DMA permite que outros componentes Conexão de periféricos
também acessem a memória RAM diretamente, como
discos rígidos, o que aumenta o desempenho na trans- Sobre o PS / 2
ferência de grande quantidade de dados. De outra ma-
neira, a CPU teria que copiar todos os dados da fonte Nomeado em honra do IBM PS / 2 estas tomadas
até o destino. Isto é tipicamente mais lento do que co- hoje são amplamente utilizados como interfaces padrão
piar blocos de dados dentro da memória, já que o
para o teclado e o mouse. Para a ligação do teclado
acesso a dispositivo de I/O através de barramentos pe-
utiliza-se tomada de cor violeta. Para a ligação do
riféricos é mais lento que a RAM. Durante a cópia dos
dados a CPU ficaria indisponível para outras tarefas. mouse utiliza-se tomada de cor verde.
Uma transferência por DMA essencialmente copia
um bloco de memória de um dispositivo para outro. A
CPU inicia a transferência, mas não executa a transfe-
rência. Para os chamados third party DMA, como é uti-
lizado normalmente nos barramentos ISA, a transferên-
cia é realizada pelos controladores DMA que são tipica-
mente parte do chipset da placa mãe. Projetos mais A interface serial ou porta serial, também conhe-
avançados de barramento, como o PCI, tipicamente uti- cida como RS-232 é uma porta decomunicação utili-
lizam bus-mastering DMA, onde o dispositivo toma o zada para conectar pendrives ,modems, mouses (ra-
controle do barramento e realiza a transferência de tos), algumasimpressoras, scanners e outros equipa-
forma independente.
mentos de hardware. Na interface serial, os bits são-
Um uso típico do DMA ocorre na cópia de blocos de
transferidos em fila, ou seja, um bit de dados de cada
memória da RAM do sistema para um buffer de dispo-
sitivo. Estas operações não bloqueiam o processador vez.
que fica livre para realizar outras tarefas. Existem 8 por-
tas de DMA Os 8 canais DMA são numerados de 0 a
7, sendo nos canais de 0 a3 a transferência de dados
feita a 8 bits e nos demais a 16 bits. O uso de palavras
binárias de 8 bits pelos primeiros 4 canais de DMA visa
manter compatibilidade com periféricos mais antigos.
Justamente por serem muito lentos, os canais de
DMA são utilizados apenas por periféricos lentos, como
drives de disquete, placas de som e portas paralelas
padrão ECP. Periféricos mais rápidos, como discos rí-
gidos, utilizam o Bus Mastering, uma espécie de DMA
melhorado. O Canal 2 de DMA é nativamente usado Video Graphics Array (VGA) é um padrão de grá-
pela controladora de disquetes. Uma placa de som ge- ficos de computadores introduzido em 1987 pela IBM,
ralmente precisa de dois canais de DMA, um de 8 e ou- sendo também usado vulgarmente para designar o co-
tro de 16 bits, usando geralmente o DMA 1 e 5. O DMA nector associado ao padrão.
4 é reservado à placa mãe. Ficamos então com os ca-
nais 3, 6 e 7 livres. Caso a porta paralela do micro seja
configurada no Setup para operar em modo ECP, pre-
cisará também de um DMA, podemos então configurá-
la para usar o canal 3,

Pedido de interrupção

Um pedido de interrupção (abreviação IRQ (em in-


glês)) é a forma pela qual componentes de hardware
requisitam tempo computacional da CPU. Um IRQ é a A porta paralela éuma interfacede comunica-
sinalização de um pedido de interrupção de hardware. ção entre um computador e um periférico. Quando
Os computadores modernos compatíveis com o IBM a IBM criou seu primeiro PC("Personal Computer" ou
PC possuem 16 designações de IRQ (0-15), cada uma "Computador Pessoal"), a idéia era conectar a essa
delas representando uma peça física (ou virtual)

265
Apostila PRF

porta a uma impressora, mas atualmente, são vários os pela Engenharia de software, e inclui não só o pro-
periféricos que se podem utilizar desta conexão grama de computador propriamente dito, mas também
para enviar e receber dados para o computador (exem- manuais e especificações.
plos:scanners, câmeras de vídeo, unidade de disco re- Quando um software está representado como ins-
movível entre outros). truções que podem ser executadas diretamente por
um processador dizemos que está escrito em lingua-
gem de máquina. A execução de um software também
pode ser intermediada por um programa interpretador,
responsável por interpretar e executar cada uma de
suas instruções. Uma categoria especial e notável de
interpretadores são as máquinas virtuais, como amá-
quina virtual Java (JVM), que simulam um computa-
dor inteiro, real ou imaginado.
O dispositivo mais conhecido que dispõe de um pro-
cessador é o computador. Atualmente, com o baratea-
mento dos microprocessadores, existem outras máqui-
Porta USB nas programáveis, como telefone celular, máquinas
de automação industrial, calculadora etc
Entre os mais conhecidos dispositivos que utilizam-
Eles podem ser classificados em duas grandes ca-
se da interface USB estão:
tegorias:[8]
 Webcam
1. Software de sistema que incluiu o firmware (
 Teclado
O BIOS dos computadores pessoais, por exem-
 Mouse
plo), drivers de dispositivos, o sistema operacio-
 Unidades de armazenamento (HD, Pen- nal e tipicamente uma interface gráfica que, em
drive, CD-ROM) conjunto, permitem ao usuário interagir com o com-
 Joystick putador e seus periféricos.
 Gamepad 2. Software aplicativo, que permite ao usuário fazer
 PDA uma ou mais tarefas específicas. Aplicativos podem
 Câmera digital ter uma abrangência de uso de larga escala, muitas
 Impressora vezes em AM––bito mundial; nestes casos, os pro-
gramas tendem a ser mais robustos e mais padroni-
 Placa-de-Som
zados. Programas escritos para um pequeno mer-
 Modem cado têm um nível de padronização menor.
 MP3 Player
 Celular (em Geral)
Ainda é possível usar a categoria Software embu-
tido ou software embarcado, indicando sof-
tware destinado a funcionar dentro de uma máquina
que não é um computador de uso geral e normalmente
com um destino muito específico.

Sistema operacional
Símbolo do USB. É um programa ou um conjunto de programas cuja
função é gerenciar os recursos do sistema (definir qual
SOFTWARE programa recebe atenção do processador, gerenciar
memória, criar um sistema de arquivos, etc.), forne-
cendo uma interface entre o computador e o usuário.
Embora possa ser executado imediatamente após a
Software é uma seqüência de instruções a serem máquina ser ligada, a maioria dos computadores pes-
seguidas e/ou executadas, na manipulação, redirecio- soais de hoje o executa através de outro programa ar-
namento ou modificação de um dado/informação ou
mazenado em uma memória não-volátil ROM cha-
acontecimento. Software também é o nome dado ao
comportamento exibido por essa seqüência de instru- mado BIOS num processo chamado "bootstrapping",
ções quando executada em um computador ou má- conceito em inglês usado para designar processos
quina semelhante além de um produto desenvolvido auto-sustentáveis, ou seja, capazes de prosseguirem
sem ajuda externa. Após executar testes e iniciar os
componentes da máquina (monitores, discos, etc),
o BIOS procura pelo sistema operacional em alguma

266
Apostila PRF

unidade de armazenamento, geralmente o Disco Rí- seu código fonte está disponível sob a li-
gido, e a partir daí, o sistema operacional "toma" o con- cença GPL (versão 2) para que qualquer pessoa o
trole da máquina. O sistema operacional reveza sua possa utilizar, estudar, modificar e distribuir livremente
execução com a de outros programas, como se esti- de acordo com os termos da licença.
vesse vigiando, controlando e orquestrando todo o pro-
cesso computacional. Drivers
São pequenos programas que fazem a comunica-
Principais sistemas operacionais: ção entre o Sistema Operacional de sua máquina e o
O Windows XP é uma família de sistemas operaci- Hardware. Temos como exemplos de Hardware (im-
onais de 32 e 64-bits produzido pela Microsoft, para pressora, mouse, placas de vídeo e rede,som, monitor,
pen-drives, etc...) e exemplos de Sistemas Operacio-
uso em computadores pessoais, incluindo computado-
nais (Windows, Linux, MS-DOS, Unix, FreeBSD, OSX,
res residenciais e de escritórios,notebooks e media etc...). O Sistema Operacional na sua máquina recebe
centers. O nome "XP" deriva de eXPerience, Windows as instruções contidas no driver, processa-as e, a partir
7 é a mais recente versão do Microsoft Windows, uma daí, sabe como fazer para se comunicar com o
série de sistemas operativos produzidos pela Micro- Hardware. Tendo como exemplo a impressora, ao ins-
talar o Driver (etapa em que vemos em outro artigo),
soft para uso em computadores pessoais, incluindo
seu Sistema Operacional passa a saber em que porta
computadores domésticos e empresariais, laptops e ela se localiza, se ela está ou não ligada, se possui pa-
PC's de centros de mídia, entre outros. Windows 7 foi pel, de que forma os dados a serem impressos chega-
lançado para empresas no dia 22 de julho de 2009, e rão até ela, se a impressão é em preto ou colorida, entre
começou a ser vendido livremente para usuários co- outras coisas. Então, podemos afirmar que sem o Dri-
muns às 00:00 horas do dia 22 de outubro de 2009, ver, nenhum Hardware poderá funcionar, pois sem ele
menos de 3 anos depois do lançamento de seu prede- não haveria comunicação entre os equipamentos.
cessor, Windows Vista. BIOS, em computaçãoBasic Input/Output System
(Sistema Básico de Entrada/Saída). O BIOS é um pro-
grama de computador pré-gravado em memória perma-
O Windows 8 é um sistema operativo / operacio- nente (firmware) executado por um computador quando
nal da Microsoft para computadores pessoais, portá- ligado. Ele é responsável pelo suporte básico de
teis, netbooks e tablets. É o sucessor do Windows 7. acesso ao hardware, bem como por iniciar a carga do
A Microsoft lançou o Windows 8 Developer Preview, sistema operacional.
primeiro a beta para o público, no dia13 de setem- Ao ligar o computador, o primeiro software que você
bro de 2011, sendo seguida pela versão Consumer vê a ser lido é o do BIOS. Durante a seqüência de inici-
Preview no dia 29 de fevereiro de 2012. No dia 31 de alização (boot), o BIOS faz uma grande quantidade de
maio de 2012, foi liberada para download a versão Win- operações para deixar o computador pronto a ser
dows 8 Release Preview. A versão final foi lançada usado. Depois de verificar a configuração na CMOS e
mundialmente em 26 de outubro de 2012. carregar os manipuladores de interrupção, o BIOS de-
termina se a placa gráfica está operacional. Em se-
O Windows 8.1 (cujo codinome é Windows Blue ) é guida, o BIOS verifica se trata de uma primeira iniciali-
um sistema operacional posterior ao Windows 8 (da sé- zação(cold boot) ou de uma reinicialização (reboot).
rie Windows, desenvolvida pela empresa ameri- Esta verifica as portas PS/2 ou portas USB à procura
cana Microsoft), que foi anunciado no dia 14 de de um teclado ou um rato (mouse). Procura igualmente
maio de 2013. A sua versão final foi lançada e disponi- por um barramento PCI (Peripheral Component Inter-
bilizada para consumidores e para o público em geral connect) e, caso encontre algum, verifica todas as pla-
em 17 de outubro de 2013. cas PCI instaladas. Se o BIOS encontrar algum erro du-
A versão mobile do Windows 8.1 (Windows Phone rante o início (POST), haverá uma notificação ao utili-
8.1) está disponível para smartphones Nokia Lu- zador em forma de bipes e mensagens.
mia, Samsung, HTC, Blu e etc. O Windows Phone Após tudo isto são apresentados detalhes sobre o
8.1 utiliza um kernel semelhante ao do Windows 8.1. sistema:
Alguns aplicativos da loja são universais, rodando na  Processador
versão 8.1 de PCs e smartphones. A atualização é gra-  Unidades (drives) de disco flexível e disco rígido
tuita para dispositivos com Windows Phone 8.
 Memória
 Versão e data do BIOS
Linux é um termo popularmente utilizado para se re- Software Aplicativo (normalmente referido como
ferirsistemas operacionais que utilizem o núcleo Linux. apenas Software) é um software que permite ao usuario
O núcleo Linux foi desenvolvido pelo programador fin- realizar uma tarefa especifica. Podemos citar vários
landês Linus Torvalds, inspirado no sistema Minix. O exemplos como o Microsoft Office,Internet Explo-
rer, Adobe Photoshop e etc.

267
Apostila PRF

Windows, Unix, Solaris, Linux e Mac OS X. O LI-


Licenças e tipos de distribuição de software BREOFFICE surgiu a partir da versão 3.3 trazendo to-
das as características presentes no OpenOffice.org 3.3,
além de outras tantas exclusivas do projeto LIBREOF-
FICE.
 Freeware: Freewares são softwares gratuitos, geral-
mente para pessoas físicas, havendo uma versão
paga para uso corporativo. Geralmente propagan-
das ou patrocinadores mantém o projeto vivo. É composto dos seguintes aplicativos:
 Shareware: São softwares que apenas funcionam  Writer - Editor de Texto
por um determinado período de tempo (chamado  Calc - Planilha
período de avaliação) e depois o usuário deve deci-  Impress - Editor de apresentação
dir se adquire ou não o produto.  Draw - Editor de Desenho
 Demo e Trial: Versões demo e trials são versões li-  Math - Editor de Fórmulas
mitadas. As versões demo são relacionadas a jogos
 Base - Banco de Dados
e geralmente são versões incompletas, mais curtas
do jogo para que o jogador veja se gosta do jogo, do
seu universo e jogabilidade. Versões trial funcionam BROFFICE era o nome adotado no Brasil da suíte
quase da mesma maneira, os programas funcionam para escritório gratuita e de código abertoLibreOffice.
mas não de maneira completa, geralmente não sal-
A Microsoft Office é uma suíte de aplicativos para
vando ou exportando os trabalhos realizados por
escritório que contém programas como processador de
completo, para utilizar todo o seu potencial o usuário
texto, planilha de cálculo, banco de dados (Também co-
deve comprar o software completo ou apenas a sua
nhecido como DB "Data Base"), apresentação gráfica e
licença.
gerenciador de tarefas, de e-mails e contatos.
 Beta: Versões ainda em desenvolvimento ou em de-
Em 2002, constatou-se que a suíte era líder de mer-
senvolvimento constante (como o Gmail e outras
cado, com pouco mais de 90% de market share(Krazit,
aplicações do Google). Após a versão beta é lan-
2002).
çada uma versão RC (Release Candidate) que é a
última versão antes do lançamento oficial do sof- Microsoft Office 2010 é a mais recente versão do
tware. sistema Microsoft Office. Foi lançada em fase beta
 Adware: São programas que vem junto com outros em 2006, e em 2007 foi disponibilizada para alguns cli-
programas, como banners e barras de pesquisa. O entes, ao exemplo do que aconteceu com o Windows
adware pode ser uma limitação de um programa Vista.
shareware, exibindo propagandas e outros tipos de O Office 2007 inclui uma série de novas funcionali-
anúncio para sustentar o projeto. O banner é remo- dades, a mais notável é a interface gráfica de usuário,
vido depois de comprada a licença completamente nova, chamada de Fluent User Inter-
 Opensource, GPL e GNU: É uma distribuição livre, face, (inicialmente designada a Ribbon UI). O Office
de código-fonte aberto e disponível gratuitamente 2007 requer o Windows XP com Service Pack 2 ou su-
para download. O usuário tem total liberdade para perior, Windows Server 2003 com Service Pack 1 ou
fazer suas próprias alterações e posteriormente os superior, Windows Vista, ou Linux com a camada de
desenvolvedores poderão utilizar esse código no compatibilidade CrossOverinstalada.
projeto seguindo o mesmo padrão GPL (GNU Public
License) que é o formato padrão Open-source. O Office 2007 também inclui novas aplicações e fer-
ramentas do lado do servidor. Entre estas está Groove,
 Malware: Do inglês, Malicious Software. O termo é uma suite de colaboração e comunicação para peque-
utilizado para designar programas que tem como nas empresas, que foi originalmente desenvolvido pela
objetivo invadir e danificar sistemas como vírs e ca- Groove Networks antes de ser adquirida pela Microsoft
valos-de-tróia. em 2005. Também é incluído Office SharePoint Server
 Spyware: Software que tem como objetivo monito- 2007, uma importante revisão para a plataforma de ser-
rar as atividades do usuário e coletar suas informa- vidor de aplicativos do Office, que suporta "Excel Servi-
ções. ces", uma arquitetura cliente-servidor para apoiar Excel
. que são compartilhados em tempo real entre várias má-
quinas, e também são visíveis e editáveis através de
uma página web
Aplicativos
LIBREOFFICE é uma suíte de aplicativos li-
vre multiplataforma paraescritório disponível para

268
Apostila PRF

cançou. Os mais conhecidos são o Goo-


gle, Yahoo! e Ask.com. Há também outros serviços dis-
poníveis na rede, como transferência de arquivos entre
usuários (download), teleconferência múltipla em
tempo real (videoconferência), etc.

No Brasil existe o Comitê Gestor da Internet e um


órgão para o registro de domínios (FAPESP - Fundação
de Amparo à Pesquisa do Estado de São
Paulo).[10] No Brasil há cerca de 20 mil domínios regis-
trados.[11] No final de 1997, o Comitê Gestor liberou
novos domínios de primeiro nível, ou seja[12]:
1. .art - artes, música, pintura, folclore. etc.
2. .esp - esportes em geral;
3. .ind - provedores de informações;
4. .psi - provedores de serviços Internet;
5. .rec - atividades de entretenimento, diversão, jogos,
etc;
6. .etc - atividades não enquadráveis nas demais cate-
gorias;
7. .tmp - eventos de duração limitada ou temporária.

INTERNET E INTRANET Antes desses só tínhamos dois domínios:


1. .com - uso geral;
Introdução 2. .org - para instituições governamentais.

A Internet é o maior conglomerado de redes de co- De forma resumida, uma pessoa que possui um mi-
municações em escala mundiale dispõe milhões cro computador com um aparelho chamado "modem",
de computadoresinterligados pelo protocolo de comuni- utiliza a linha telefônica para conectar-se a um Prove-
cação TCP/IP que permite o acesso a informações e dor de Acesso (Oi, GVT, Net, dentre outros), que possui
todo tipo de transferência de dados. um "link" de alta velocidade com as companhias telefô-
nicas. Estas companhias se comunicam via satélite ou
A Internet distribui, através de seus servidores, uma
outro meio. Desta forma, se dá a conexão entre dois
grande variedade de documentos, entre os quais estão usuários ou mais, que podem ser empresas, institui-
os que formam a arquitetura World Wide Web. Trata-se ções ou particulares.
de uma infinita quantidade de documentos hipermídia
(hipertexto e multimídia) que qualquer usuário da rede
pode acessar para consulta e que, normalmente, tem
Protocolos
ligação com outros serviços da Internet. Estes docu-
Para o funcionamento da Internet existem três ca-
mentos são os que têm facilitado a utilização em larga
madas de protocolos. Na camada mais baixa está
escala da Internet em todo mundo, visto que por meio o Protocolo de Internet (Internet Protocol), que define
deles qualquer usuário com um mínimo de conheci- datagramas ou pacotes que carregam blocos de dados
mento de informática, pode acessar à rede. de um nó da rede para outro. A maior parte da Internet
Para poder navegar na Internet ou "surfar", como é atual utiliza a IPv4, quarta versão do protocolo, apesar
moda atualmente, é necessário dispor de um navega- de o IPv6 já estar padronizado, sendo usado em algu-
mas redes específicas somente. Independentemente
dor (browser). Existem diversos programas deste tipo,
da arquitetura de computador usada, dois computado-
sendo os mais conhecidos na atualidade, o Microsoft res podem se comunicar entre si na Internet, desde que
Internet Explorer, Mozilla Firefox, Google Chrome, den- compreendam o protocolo de Internet. Isso permite que
tre outros. Os navegadores permitem, portanto, que os diferentes tipos de máquinas e sistemas possam co-
usuários da rede acessem páginas WEB de qualquer nectar-se à grande rede, seja um PDA conectando-se
parte do mundo e que enviem ou recebam mensagens a um servidor WWW ou um computador pessoal exe-
do correio eletrônico. Existem também na rede disposi- cutando Microsoft Windows conectando-se a outro
computador pessoal executando Linux.
tivos especiais de localização de informações indispen-
Na camada média está o TCP, UDP e ICMP. Esses
sáveis atualmente, devido à magnitude que a rede al-
são protocolos no qual os dados são transmitidos. O

269
Apostila PRF

TCP é capaz de realizar uma conexão virtual, forne- dos modems para acesso discado porque não preci-
cendo certo grau de garantia na comunicação de da- sam converter o sinal de digital para analógico e de
dos. analógico para digital porque o sinal é sempre digital
Na camada mais alta estão os protocolos de aplica- (ADSL - Asymmetric DigitalSubscriber Line).
ção, que definem mensagens específicas e formatos
digitais comunicados por aplicações. Alguns dos proto- Intranet
colos de aplicação mais usados incluem DNS (informa- A intranet é uma rede de computadores privada que
ções sobre domínio), POP3 (recebimento de e- assenta sobre a suite de protocolos da Internet, porém,
mail), IMAP (acesso de e-mail), SMTP (envio de e- de uso exclusivo de um determinado local, como, por
mail), HTTP (documentos da WWW) e FTP (transfe- exemplo, a rede de uma empresa, que só pode ser
rência de dados). Todos os serviços da Internet fazem acessada por seus usuários internos.
uso dos protocolos de aplicação, sendo o correio ele-
trônico e a World Wide Web os mais conhecidos. A par-
GATEWAY
tir desses protocolos é possível criar aplicações como
listas de discussão ou blogs. Dispositivo conectado a várias redes TCP/IP físicas
capaz de efetuar roteamento ou remessa de pacotes IP
entre elas. Um gateway faz conversões entre protoco-
Conexão: los de transporte ou formatos de dados diferentes (por
Os meios de acesso direto à Internet são a cone- exemplo, IPX e IP) e geralmente é adicionado a uma
xão dial-up, a banda larga (em cabos coaxiais, fibras rede principalmente por sua capacidade de conversão.
ópticas ou cabos metálicos), Wi-Fi, satélites e tele-
fones celulares com tecnologia 3G.
Extranet
Apesar de ser considerada uma rede interna, a in-
Backbone tranet, permite que microcomputadores localizados em
No contexto de redes de computadores, o back- uma filial, se conectados à internet, acessem conteúdos
bone (backbone traduzindo para português, espinha que estejam em sua matriz, o que caracteriza a forma-
dorsal, embora no contexto de redes, backbone signifi- ção de uma rede extranet. Ela cria um canal de comu-
que rede de transporte) designa o esquema de ligações nicação direto entre a empresa e seus funcionários,
centrais de um sistema mais amplo, tipicamente de ele- tendo um ganho significativo em termos de segurança.
vado desempenho.
Por exemplo, os operadores de telecomunica-
ções mantêm sistemas internos de elevadíssimo de- Diferenças entre termos comuns
sempenho para comutar os diferentes tipos e fluxos
de dados (voz, imagem, texto, etc). Na Internet, LAN: É uma rede local onde dois ou mais computado-
numa rede de escala planetária, podem-se encontrar res se conectam ou até mesmo dividem o mesmo
hierarquicamente divididos, vários backbones: os de li- acesso à internet. Neste tipo de rede, os host's se co-
gação intercontinental, que derivam nos backbones in- municam entre si e com o resto do mundo sem "ne-
ternacionais, que por sua vez derivam nos backbones nhum" tipo de restrição.
nacionais. Neste nível encontram-se, tipicamente, vá-
rias empresas que exploram o acesso à telecomunica- Internet: É um conglomerado de redes locais, interco-
ção — são, portanto, consideradas a periferia do back- nectadas e espalhadas pelo mundo inteiro, através
bone nacional. doprotocolo de internet. Sem dúvidas ela é uma das
Dos protocolos tipicamente utilizados destacaram- melhores formas de pesquisa encontradas até hoje,
se o ATM e Frame Relay, e em termos de hardware, pois facilita o fluxo de informações espalhadas por todo
a fibra óptica e a comunicação sem fios, como transfe- o globo terrestre.
rências por microondas ou laser.
Intranet: É uma rede interna, frequentemente utilizada
Modem por empresas. Neste tipo de conexão, o acesso ao con-
A palavra Modem vem da junção das palavras mo- teúdo é geralmente restrito, assim, somente é possível
dulador e demodulador. É um dispositivo eletrô- acessá-lo localmente (ex.: sistemas de bancos, super-
nico que modula um sinal digital numa onda analógica, mercados, etc). A intranet é uma versão particular da
pronta a ser transmitida pela linha telefónica, e que de- internet, podendo ou não estar conectada à ela.
modula o sinal analógico e reconverte-o para o for-
mato digital original. Utilizado para conexão à Internet Extranet: É uma abrangência da intranet, ou seja, ela
Os modems para acesso discado geralmente são é estendida à usuários externos, como representantes
instalados internamente no computador (em slots PCI) ou clientes de uma empresa. Outro uso comum do
ou ligados em uma porta serial, enquanto os mo- termo extranet ocorre na designação da "parte privada"
dems para acesso em banda larga podem de um site, onde apenas os usuários registrados (pre-
ser USB, Wi-Fi ou Ethernet. Os modems ADSL diferem viamente autenticados por seu login e senha) podem

270
Apostila PRF

navegar. Diferentemente da intranet, a extranet precisa É uma rede sem fio de maior alcance em relação a
de conexão com a internet para existir. WLAN, isto é, cobre cidades inteiras ou grandes regi-
ões metropolitanas e centros urbanos. A WMAN é uma
rede sem fio que tem um alcance de dezenas de quilô-
Rede de computadores metros. Podendo interligar, por exemplo, diversos es-
critórios regionais, ou diversos setores de um campus
Uma rede de computadores consiste em 2 ou universitário, sem a necessidade de uma estrutura ba-
mais computadores e outros dispositivos interligados seada em fibra óptica que elevaria o custo da rede.
entre si de modo a poderem compartilhar recursos físi-
cos e lógicos, estes podem ser do tipo: dados, impres- WWAN
soras, mensagens (e-mails),entre outros. É uma rede sem fio de maior alcance em relação a
Num primeiro momento, os computadores eram in- WAN, isto é, pode cobrir diversos países atingindo mi-
terconectados nos departamentos da empresa. Sendo lhares de quilômetros de distancia. Para que isso seja
assim, a distância entre os computadores era pequena, possível existe a necessidade de utilização de antenas
limitada a um mesmo local. Por esse motivo as redes potentes para retransmissão do sinal.
passaram a ser conhecidas como redes locais. Um exemplo de WWAN se refere a rede de celulares
que cobre as diversas regiões do globo. A distância al-
LAN cançada é limitada apenas pela tecnologia de transmis-
Em computação, rede de área local (ou LAN, acrô- são utilizada, uma vez que o nível do sinal vai depender
nimo de local area network) é uma rede de computador dos equipamentos de transmissão e recepção.
utilizada na interconexão de computadores, equipa-
mentos processadores com a finalidade de troca de da- SAN
dos. Tais redes são denominadas locais por cobrirem Uma SAN (Storage Area Network) é uma rede des-
apenas uma área limitada (10 Km no máximo, quando tinada exclusivamente a armazenar dados.
passam a ser denominadas MANs), visto que, fisica-
mente, quanto maior a distância de um nó da rede ao
outro, maior a taxa de erros que ocorrerão devido à de- PAN
gradação do sinal.
Uma PAN (Personal Area Network) é uma rede do-
As LANs são utilizadas para conectar estações, ser- méstica que liga recursos diversos ao longo de uma re-
vidores, periféricos e outros dispositivos que possuam sidência. Através da tecnologia Bluetooth obtém-se
capacidade de processamento em uma casa, escritório, uma rede PAN.
escola e edifícios próximos.
GAN
MAN
Uma GAN (Global Area Network), é uma coleção de
Os MAN (Metropolitan Area Network, redes metro- redes de longa distância ao longo do globo.
politanas) interligam vários LAN geograficamente próxi-
mos (no máximo, a algumas dezenas de quilômetros)
com débitos importantes. Assim, um MAN permite a CAN
dois nós distantes comunicar como se fizessem parte Uma CAN (Campus Area Network), é uma ligação
de uma mesma rede local. entre vários computadores de vários edifícios numa de-
terminada área (EX. Universidades, Escolas, …);
WAN
A Wide Area Network (WAN), Rede de área alar- Os tipos de rede podem-se classificar como:
gada ou Rede de longa distância, também conhecida Peer-to-Peer: Neste tipo de arquitetura os computa-
como Rede geograficamente distribuída, é uma rede de dores não necessitam de qualquer tipo de sistema ope-
computadores que abrange uma grande área geográ- rativo, e os computadores não necessitam de ter
fica, com freqüência um país ou continente. grande capacidade quer de memória como de proces-
samento;
WLAN Client/Server: Neste tipo de arquitetura existem
computadores dedicados, ou seja, têm recursos a que
Wireless LAN ou WLAN (Wireless Local Area
os outros computadores (manejados pelos clientes) vão
Network) é uma rede local que usa ondas de rádio para
aceder, estes tipos de computadores, são quase como
fazer uma conexão Internet ou entre uma rede, ao con-
super computadores, ou seja, computadores com muita
trário da rede fixa ADSL ou conexão-TV, que geral-
memória e de grande quantidade de processamento, e
mente usa cabos.
usam sistemas operativos de rede (EX. Windows 2000
server).
WMAN
Endereço de acesso a internet

271
Apostila PRF

mes and Numbers) que, basicamente, divide os ende-


Uniform Resource Locator reços em três classes principais e mais duas comple-
Um URL (de Uniform Resource Locator), em portu- mentares. São elas:
guês Localizador-Padrão de Recursos, é o endereço Classe A: 0.0.0.0 até 127.255.255.255 - permite até
de um recurso (um arquivo, uma impressora etc.), dis- 128 redes, cada uma com até 16.777.214 dispositivos
ponível em uma rede; seja a Internet, ou uma rede cor- conectados;
porativa, uma intranet. Uma URL tem a seguinte estru-
tura: Classe B: 128.0.0.0 até 191.255.255.255 - permite até
16.384 redes, cada uma com até 65.536 dispositivos;
http://www.facebook.com.br
Classe C: 192.0.0.0 até 223.255.255.255 - permite até
protocolo://serviço.sub-domínio.domínio.país 2.097.152 redes, cada uma com até 254 dispositivos;

Classe D: 224.0.0.0 até 239.255.255.255 - multicast;


augustojams1@gmail.com
Classe E: 240.0.0.0 até 255.255.255.255 - multicast re-
caixa postal @ servidor . domínio servado.

nota: As três primeiras classes são assim divididas para


http://www.youtube.com/ atender às seguintes necessidades:
(quando não exibe país trata-se de Estados Unidos da - Os endereços IP da classe A são usados em locais
América) onde são necessárias poucas redes, mas uma grande
quantidade de máquinas nelas. Para isso, o primeiro
http://www.unb.br/ byte é utilizado como identificador da rede e os demais
(quando não exibe domínio trata-se de área educacio- servem como identificador dos dispositivos conectados
nal) (PCs, impressoras, etc);
- Os endereços IP da classe B são usados nos ca-
Obs.: nem todo endereço inicia com http. sos onde a quantidade de redes é equivalente ou se-
ftp://ftp.datasus.gov.br/cnes/ melhante à quantidade de dispositivos. Para isso,
usam-se os dois primeiros bytes do endereço IP para
identificar a rede e os restantes para identificar os dis-
Endereço IP positivos;
Para que o seu computador seja encontrado e - Os endereços IP da classe C são usados em locais
possa fazer parte da rede mundial de computadores, que requerem grande quantidade de redes, mas com
necessita ter um endereço único. poucos dispositivos em cada uma. Assim, os três pri-
O endereço IP é uma sequência de números com- meiros bytes são usados para identificar a rede e o úl-
posta de 32 bits. Esse valor consiste em um conjunto timo é utilizado para identificar as máquinas.
de quatro sequências de 8 bits. Cada uma destas é se- Quanto às classes D e E, elas existem por motivos
parada por um ponto e recebe o nome de octeto ou sim- especiais: a primeira é usada para a propagação de pa-
plesmente byte, já que um byte é formado por 8 bits. O cotes especiais para a comunicação entre os computa-
número 172.31.110.10 é um exemplo. Repare que dores, enquanto que a segunda está reservada para
cada octeto é formado por números que podem ir de 0 aplicações futuras ou experimentais.
a 255, não mais do que isso.
Vale frisar que há vários blocos de endereços reser-
A divisão de um IP em quatro partes facilita a orga- vados para fins especiais. Por exemplo, quando o en-
nização da rede os dois primeiros octetos de um ende- dereço começa com 127, geralmente indica uma rede
reço IP podem ser utilizados para identificar a rede, por "falsa", isto é, inexistente, utilizada para testes. No caso
exemplo: em uma escola que tem, por exemplo, uma do endereço 127.0.0.1, este sempre se refere à própria
rede para alunos e outra para professores, pode-se ter máquina, ou seja, ao próprio host, razão esta que o leva
172.31.x.x para uma rede e 172.32.x.x para a outra, a ser chamado de localhost. Já o endereço
sendo que os dois últimos octetos são usados na iden- 255.255.255.255 é utilizado para propagar mensagens
tificação de computadores. para todos os hosts de uma rede de maneira simultâ-
Para que seja possível termos tanto IPs para uso em nea.
redes locais quanto para utilização na internet, conta-
mos com um esquema de distribuição estabelecido pe-
Endereços IP privados
las entidades IANA (Internet Assigned Numbers Au-
thority) e ICANN (Internet Corporation for Assigned Na- Há conjuntos de endereços das classes A, B e C que
são privados. Isto significa que eles não podem ser uti-
lizados na internet, sendo reservados para aplicações
locais. São, essencialmente, estes:

272
Apostila PRF

-Classe A: 10.0.0.0 à 10.255.255.255 (Gateway Padrão), Número IP de um ou mais servido-


- Classe B: 172.16.0.0 à 172.31.255.255 res DNS, Número IP de um ou mais servidores WINS e
- Classe C: 192.168.0.0 à 192.168.255.255. Sufixos de pesquisa do DNS.

Suponha então que você tenha que gerenciar uma DNS


rede com cerca de 50 computadores. Você pode alocar O DNS (Domain Name System - Sistema de No-
para estas máquinas endereços de 192.168.0.1 até mes de Domínios) é um sistema de gerenciamento de
192.168.0.50, por exemplo. Todas elas precisam de nomes hierárquico e distribuído operando segundo
acesso à internet. O que fazer? Adicionar mais um IP duas definições:
para cada uma delas? Não. Na verdade, basta conectá- 1. Examinar e atualizar seu banco de dados.
las a um servidor ou equipamento de rede - como um
2. Resolver nomes de domínios em endereços de rede
roteador - que receba a conexão à internet e a compar-
(IPs).
tilhe com todos os dispositivos conectados a ele. Com
isso, somente este equipamento precisará de um ende- Existem 13 servidores DNS raiz no mundo todo e
reço IP para acesso à rede mundial de computadores. sem eles a Internet não funcionaria. Destes, dez estão
localizados nos Estados Unidos da América, um na
Ásia e dois na Europa. Para Aumentar a base instalada
destes servidores, foram criadas réplicas localizadas
Máscara de sub-rede por todo o mundo, inclusive no Brasil desde 2003.
Ou seja, os servidores de diretórios responsáveis
As classes IP ajudam na organização deste tipo de por prover informações como nomes e endereços das
endereçamento, mas podem também representar des- máquinas são normalmente chamados servidores de
perdício. Uma solução bastante interessante para isso nomes. Na Internet, os serviços de nomes usado é o
atende pelo nome de máscara de sub-rede, recurso DNS, que apresenta uma arquitetura cliente/servidor,
onde parte dos números que um octeto destinado a podendo envolver vários servidores DNS na resposta a
identificar dispositivos conectados (hosts) é "trocado" uma consulta.
para aumentar a capacidade da rede.
IPv6
A primeira diferença que se nota entre o IPv4 e o
Identifica- IPv6 é o seu formato: o primeiro é constituído por 32
Identifica- Máscara
Clas Endereço dor bits, como já informado, enquanto que o segundo é for-
dor de sub-
se IP do com- mado por 128 bits. Com isso, teoricamente, a quanti-
da rede rede dade de endereços disponíveis pode chegar a:
putador
A 10.2.68.12 10 2.68.12 255.0.0.0 340.282.366.920.938.463.463.374.607.431.768.211.4
B 172.31.101. 172.31 101.25 255.255.0. 56,
25 0 O IPv6 utiliza oito sequências de até quatro caracte-
res separado por ':' (sinal de dois pontos) mas conside-
C 192.168.0.1 192.168.0 10 255.255.25 rando o sistema hexadecimal, exemplo:
0 5.0 FEDC:2D9D:DC28:7654:3210:FC57:D4C8:1FFF

IP estático (ou fixo) é um endereço IP dado perma- Protocolos


nentemente a um dispositivo, ou seja, seu número não
muda, exceto se tal ação for executada manualmente. O TCP/IP é um conjunto de protocolos de comuni-
Como exemplo, há casos de assinaturas de acesso à cação entre computadores em rede (também chamado
internet via ADSL onde o provedor atribui um IP estático de pilha de protocolos TCP/IP). Seu nome vem de dois
aos seus assinantes. Assim, sempre que um cliente se protocolos: o TCP (Transmission Control Protocol -
conectar, usará o mesmo IP. Protocolo de Controlo de Transmissão) e o IP (Internet
Protocol - Protocolo de Interconexão). O conjunto de
O IP dinâmico, por sua vez, é um endereço que é protocolos pode ser visto como um modelo de cama-
dado a um computador quando este se conecta à rede, das, onde cada camada é responsável por um grupo de
mas que muda toda vez que há conexão. tarefas, fornecendo um conjunto de serviços bem defi-
O método mais utilizado na distribuição de IPs dinâ- nidos para o protocolo da camada superior.
micos é o protocolo DHCP (Dynamic Host Configuration
Protocol).
Camada Exemplo
O DHCP, Dynamic Host Configuration Proto-
col (Protocolo de configuração dinâmica de host), é
4 - Aplicação HTTP, HTTPS, FTP,
um protocolo de serviço TCP/IP que oferece configura-
ção dinâmica de terminais, com concessão de endere-
ços IP de host, Máscara de sub-rede, Default Gateway

273
Apostila PRF

DNS, SMTP, POP, O protocolo utilizado para transferir informações na


IMAP ... World Wide Web. Um endereço HTTP (um tipo de loca-
lizador de recursos uniforme [URL]) tem a forma:
3 - Transporte TCP, UDP http://www.microsoft.com.

2 - Internet ou Inter -
IP Secure Hipertext Transfer Protocol (HTTPS)
Rede

Ethernet, Wi-Fi,Modem, Utiliza protocolo de segurança SSL ou TLS que uti-


1 - Interface com a Rede liza criptografia para transmissão de dados e assinatura
etc.
digital.

Ethernet é uma tecnologia de interconexão para re-


des locais - Rede de Área Local (LAN) - baseada no Segurança da camada de transporte (TLS)
envio de pacotes. Ela define cabeamento e sinais elé-
tricos para a camada física, e formato de pacotes e pro- Protocolo padrão usado para fornecer comunica-
tocolos para a camada de controle de acesso ao ções seguras pela Web na Internet ou em intranets.
meio (Media Access Control -MAC)
Permite que clientes autentiquem servidores ou, opcio-
Wi-Fi dispositivos de rede local sem fios.
nalmente, que servidores autentiquem clientes. Além
disso, fornece um canal seguro ao criptografar as co-
TCP municações. A TLS é a versão mais recente e segura
do protocolo SSL.
1.Protocolo de controle de transmissão.
2.Divide a informação em pacotes.
3.Verifica erro de transmissão. Camada de soquetes de segurança (SSL)
4.Garante o envio da informação.
Padrão aberto proposto para o estabelecimento de
5.TCP aguarda mensagem de recebimento de cada
pacote para disponibilizar o próximo pacote para o um canal de comunicações seguro para impedir a inter-
protocolo da camada de aplicação. ceptação de informações críticas, como números de
UDP cartão de crédito. Basicamente, permite transações ele-
trônicas financeiras seguras na World Wide Web, em-
Complemento do TCP que oferece um serviço de bora tenha sido desenvolvido para funcionar também
datagrama sem conexão que não garante nem a en- em outros serviços da Internet.
trega nem a seqüência correta de pacotes entregues
(muito semelhante ao IP).
É um protocolo de comunicação que oferece uma
Protocolo de transferência de arquivo (FTP)
quantidade limitada de serviço quando as mensagens
são trocadas ente computadores em uma rede que usa
Membro do conjunto de protocolos TCP/IP, usado
Internet Protocol ( IP ).
para copiar arquivos entre dois computadores na Inter-
UDP é uma alternativa para o Transmission Control
Protocol ( TCP ) e, com o IP, ás vezes é referido como net. Os dois computadores devem dar suporte às suas
UDP / IP. respectivas funções FTP: um deles deve ser um cliente
Assim como o TCP, o UDP usa o Internet Protocol FTP e o outro deve ser um servidor FTP.
para realmente levar uma unidade de dados ( chamada
de datagrama ( datagram ) ) de um computador para
outro. Protocolo de gerenciamento de rede simples (SNMP)
Diferentimente do TCP, o UDP não fornece o serviço
de dividir uma mensagem em pacotes ( datagramas ) e Protocolo de rede usado para gerenciar redes
remontá – la na outra extremidade. TCP/IP. No Windows, o serviço SNMP é utilizado para
fornecer informações de status sobre um host em uma
rede TCP/IP.
Protocolo de transferência de hipertexto (HTTP)

Protocolo de transferência de correio simples (SMTP)

274
Apostila PRF

Participante do conjunto de protocolos TCP/IP que RADIO (Transmissor / receptor de rádio).


governa a troca de email entre agentes de transferência SSH (Serviços shell seguros).
de mensagens. TALK (Fala com o usuário remoto / local).
TFTP (Protocolo de transferência de arquivo trivial).
WHOIS (Serviço de procura remota).
Post Office protocol 3 (POP3)

POP3 lida com o recebimento de e-mails. É um pro- SERVIÇOS DISPONÍVEIS NA WEB


tocolo cliente / servidor no qual o e-mail é recebido e
guardado para você no servidor. WWW
A World Wide Web (que em português se traduz li-
teralmente por teia mundial), também conhecida
Protocolo de Acesso a Mensagem na Internet (IMAP) como Web e WWW, é um sistema de documentos
em hipermídia que são interligados e executados na In-
Com o IMAP você vê a mensagem no servidor como ternet.
Os documentos podem estar na forma de vídeos,
se estivesse no seu computador. Uma mensagem apa-
sons, hipertextos e figuras. Para visualizar a informa-
gada localmente ainda fica no provedor. O e-mail pode ção, pode-se usar um programa de computador cha-
ser mantido e lido no servidor. mado navegador para descarregar informações (cha-
madas "documentos" ou "páginas") de servidores
web (ou "sítios") e mostrá-los na tela do usuário. O usu-
Telnet ário pode então seguir as hiperligações na página para
outros documentos ou mesmo enviar informações de
Protocolo de emulação de terminal muito utilizado volta para o servidor para interagir com ele. O ato de
na Internet para logon em computadores de rede. Tel- seguir hiperligações é, comumente, chamado de "nave-
net também indica o aplicativo que usa o protocolo Tel- gar" ou "surfar" na Web.
net para os usuários que fazem logon de locais remo- Visualizar uma página web ou outro recurso dispo-
nibilizado normalmente inicia ou ao digitar uma URL no
tos.
navegador ou seguindo (acessando) uma hiperligação.
Primeiramente, a parte da URL referente ao servidor
web é separada e transformada em um endereço IP,
por um banco de dados da Internet chamado Domain
name system (DNS). O navegador estabelece então
OUTROS: uma conexão TCP-IP com o servidor web localizado no
endereço IP retornado.
ARP (Protocolo de resolução de endereços). O próximo passo é o navegador enviar uma requisi-
RARP (Protocolo de resolução inversa de endere- ção HTTP ao servidor para obter o recurso indicado
ços). pela parte restante da URL (retirando-se a parte do ser-
DNS (Serviço de nome de domínio). vidor). No caso de uma página web típica, o
texto HTML é recebido e interpretado pelo navegador,
FINGER (Procura o usuário local /remoto). que realiza então requisições adicionais para figuras,
ICMP (Protocolo de mensagens de controle da inter- arquivos de formatação, arquivos de script e outros re-
net). cursos que fazem parte da página.
LPD (Daemon de impressora de linha). O navegador então renderiza a página na tela do
usuário, assim como descrita pelos arquivos que a
NFS (Sistema de arquivo de rede). compõe.
NIS (Serviços de informações de rede). Renderização é o processo pelo qual pode-se obter
NTP (Protocolo de hora da rede). o produto final de um processamento digital qualquer.
RDISC (Protocolo de descoberta de roteador).
REXEC (Serviço de execução remota). WEBMAIL
RIP (Protocolo de informações de roteamento). Webmail é uma interface da World Wide Web que
permite ao utilizador ler e escrever e-mail usando
RLOGIN (Serviço de login remoto).
um navegador.
RPC (Chamada de procedimento remoto). A maior vantagem do webmail é o facto de não ser
RSH (Serviço de shell remoto). necessário possuir um programa específico para a lei-
RWHO (Monitoramento remoto de usuários). tura ou envio de mensagens de correio electrónico,
qualquer computador ligado à internet com um navega-
RWALL (Transmissão de mensagem remota).
dor é suficiente. Isto também significa que ao contrário

275
Apostila PRF

de outros protocolos de comunicação na web, como deve ser instalado e habilitado. Nesse caso, e se você
o POP3 não é necessário utilizar sempre o mesmo tiver configurado o acesso remoto corretamente, será
computador. possível acessar e trabalhar no seu computador
No entanto existe o inconveniente de ter as mensa- usando qualquer outro computador via Internet. Não é
gens de correio electrónico armazenadas no servi- necessário ter um acesso remoto instalado no compu-
dor do ISP (Internet Service Provider- fornecedor de tador a partir do qual você está acessando o seu com-
acesso à Internet, o que pode limitar o número de putador. O acesso pode ser feito a partir de qualquer
mensagens que podemos armazenar. computador que possua uma conexão com a Internet,
Com o crescimento do webmail surgiram várias em- de preferência via banda larga.
presas que fornecem este serviço, gratuitamente ou Além de permitir o uso remoto do seu computador,
não. Exemplo: Yahoo, hotmail, Google (gmail), etc. o acesso remoto também oferece outros úteis recursos,
incluindo:
CORREIO ELETRÔNICO 1. Transferência de arquivos: Permite copiar arquivos
Um correio eletrônico ou e-mail ou correio-e é um ou pastas do computador remoto para o seu próprio
método que permite compor, enviar e receber mensa- computador e vice-versa.
gens através de sistemas eletrônicos de comunicação. 2. Compartilhamento de arquivos: Permite que você
O termo e-mail é aplicado tanto aos sistemas que utili- envie arquivos que, devido a características ou ta-
zam a Internet e são baseados no protocolo SMTP, manhos específicos, poderiam ser difíceis de enviar
como aqueles sistemas conhecidos como intranets, por e-mail. O acesso remoto gera um link seguro
que permitem a troca de mensagens dentro de uma em- que você pode enviar a outros usuários para que
presa ou organização e são, normalmente, baseados eles façam o download de arquivos diretamente do
em protocolos proprietários. seu computador.
O envio e recebimento de uma mensagem de e- 3. Convite para visitante: Útil para permitir que um co-
mail é realizada através de um sistema de correio ele- lega acesse o seu computador remotamente, por
trônico. Um sistema de correio eletrônico é composto exemplo, para ajudá-lo a resolver um problema. Ele
de programas de computador que suportam a funciona- poderá ver a sua área de trabalho, controlar o
lidade de cliente de e-mail e de um ou mais servidores mouse e o teclado, transferir arquivos...
de e-mail que, através de um endereço de correio ele- As comunicações entre ambos os computadores
trônico, conseguem transferir uma mensagem de um com acesso remoto são corretamente criptografadas e
usuário para outro. Estes sistemas utilizam protocolos incluem uma assinatura digital para não serem inter-
de Internet que permitem o tráfego de mensagens de ceptadas por terceiros.
um remetente para um ou mais destinatários que pos-
suem computadores conectados à Internet. TELNET
Cliente de e-mail é um programa de computa- O protocolo Telnet é um protocolo standard de In-
dor que permite enviar, receber e personalizar mensa- ternet que permite a interface de terminais e de aplica-
gens de e-mail. Microsoft Outlook Express , o Mozilla ções através da Internet. Este protocolo fornece as re-
Thunderbird, Apple Mail (sistema Macintosh) gras básicas para permitir ligar um cliente (sistema
, Kmail (LINUX) composto de uma afixação e um teclado) a um intér-
Vantagens prete de comando (do lado do servidor).O protocolo ba-
seia-se numa conexão TCP para enviar dados em for-
1. Ler e escrever e-mail offline; mato ASCII codificado em 8 bits entre os quais se inter-
2. Armazenar o e-mail no disco rígido; calam sequências de controle para o Telnet. Fornece
3. Utilizar múltiplas contas de correio electrónico ao assim um sistema orientado para a comunicação, bidi-
mesmo tempo; reccional (half-duplex), codificado em 8 bits fácil de apli-
4. Criar uma lista de contactos detalhada; car. Com essa conexão é possível o acesso remoto
para qualquer máquina ou equipamento que esteja
5. Enviar e receber mensagens encriptadas;
sendo executado em modo servidor. O protocolo Telnet
6. Travar o SPAM; é um protocolo de transferência de dados não seguro,
7. Configurar newsgroups facilmente; o que quer dizer que os dados que veicula circulam às
8. Enviar e-mail em formato HTML (que permite criar claras na rede (de maneira não codificada).
mensagens mais práticas e visualmente aprazíveis)
SSH
Em informática o SSH (Secure Shell) é, ao mesmo
Acesso remoto tempo, um programa de computador e um protocolo de
rede que permitem a conexão com outro computador
O acesso remoto é um novo recurso com o qual na rede de forma a permitir execução de comandos de
você pode se conectar ao seu computador via Internet, uma unidade remota. Ele possui as mesmas funciona-
não importa onde você esteja. Para usar esse recurso, lidades do TELNET, com a vantagem da criptogra-
o computador deve estar ligado, e o acesso remoto fada na conexão entre o cliente e o servidor.

276
Apostila PRF

qualidade aceitável. Garantia de que o sistema se com-


VNC porta como esperado, em geral após atualizações e re-
Virtual Network Computing é um protocolodese- tificações de erro.
nhado para possibilitar interfaces gráficas remotas.
Através deste protocolo um usuário pode conectar-se a
um computador remotamente, e utilizar as suas funcio- Privacidade: é a capacidade de controlar quem vê as
nalidades visuais como se estivesse sentado em frente informações e sob quais condições.
do computador.
Algumas das aplicações práticas incluem a 'assis- Auditoria: análise e responsabilização de erros de usu-
tência remota' ao usuário remoto.
ários autorizados do sistema.
Uma das grandes vantagens é poder fazer a cone-
xão de diferentes ambientes unix(linux e outros) em
winnt (windows X) Virtual Private Network

Rede Privada Virtual é uma rede de comunicações


privada normalmente utilizada por uma empresa ou um
conjunto de empresas e/ou instituições, construída em
cima de uma rede de comunicações pública (como por
CONCEITOS SOBRE SEGURANÇA. exemplo, a Internet).
VPNs seguras usam protocolos de criptografia por
Os problemas de segurança e crimes por computa-
tunelamento que fornecem a confidencialidade, auten-
dor são de especial importância para os projetistas e
ticação e integridade necessárias para garantir a priva-
usuários de sistemas de informação. Com relação à se-
cidade das comunicações requeridas. Quando adequa-
gurança da informação;
damente implementados, estes protocolos podem as-
Confidencialidade garantia de que as informações segurar comunicações seguras através de redes inse-
não poderão ser acessadas por pessoas não autoriza- guras.
das.
DeMilitarized Zone ou "zona desmilitarizada

𝐂𝐨𝐧𝐟𝐢𝐝𝐞𝐧𝐜𝐢𝐚𝐥𝐢𝐝𝐚𝐝𝐞 ⟺ CRIPTOGRAFIA

Autenticidade é a capacidade de conhecer as identi-


dades das partes na comunicação.

Integridade é a garantia de que as informações arma-


zenadas ou transmitidas não sejam alteradas.

Não repúdio: propriedade de evitar a negativa de au-


toria de transações por parte do usuário, garantindo ao
destinatário o dado sobre a autoria da informação rece-
bida.

𝐀𝐮𝐭𝐞𝐧𝐭𝐢𝐜𝐢𝐝𝐚𝐝𝐞
𝐈𝐧𝐭𝐞𝐠𝐫𝐢𝐝𝐚𝐝𝐞 } ⟺ 𝑨𝑺𝑺𝑰𝑵𝑨𝑻𝑼𝑹𝑨 𝑫𝑰𝑮𝑰𝑻𝑨𝑳
𝐍ã𝐨 𝐫𝐞𝐩ú𝐝𝐢𝐨

Disponibilidade é a garantia de que os sistemas esta-


rão disponíveis quando necessários. Propriedade que
garante o acesso às informações através dos sistemas
oferecidos.

Confiabilidade: é a garantia de que os sistemas de-


sempenharão seu papel com eficácia em um nível de

277
Apostila PRF

DMZ, em segurança da informação, é a sigla para 3. A DMZ não pode fazer conexões à rede interna mas
de DeMilitarized Zone ou "zona desmilitarizada", em pode na rede pública.
português. Também conhecida como Rede de Períme-
tro, a DMZ é uma pequena rede situada entre uma
rede confiável e uma não confiável, geralmente entre FIREWALL
a rede local e a Internet.
Parede de fogo (em inglês: Firewall) é um disposi-
A função de uma DMZ é manter todos os serviços tivo de uma rede de computadores que tem por objetivo
que possuem acesso externo (tais como servido- aplicar uma política de segurança a um determinado
res HTTP, FTP, de correio eletrônico, etc) separados ponto da rede. O firewall pode ser do tipo filtros de pa-
da rede local, limitando assim o potencial dano em caso cotes, proxy de aplicações, etc. Os firewalls são geral-
de comprometimento de algum destes serviços por um mente associados a redes TCP/IP.
invasor. Para atingir este objetivo os computadores pre- Este dispositivo de segurança existe na forma
sentes em uma DMZ não devem conter nenhuma forma de software e de hardware, a combinação de ambos
normalmente é chamado de "appliance". A complexi-
de acesso à rede local.
dade de instalação depende do tamanho da rede, da
A configuração é realizada através do uso de equi- política de segurança, da quantidade de regras que
pamentos de Firewall, que vão realizar o controle de controlam o fluxo de entrada e saída de informações e
acesso entre a rede local, a internet e a DMZ (ou, em do grau de segurança desejado.
um modelo genérico, entre as duas redes a serem se-
paradas e a DMZ). Os equipamentos na DMZ podem
estar em um switch dedicado ou compartilhar um switch Filtros de Pacotes
da rede, porém neste último caso devem ser configura-
Estes sistemas analisam individualmente os paco-
das Redes Virtuais distintas dentro do equipamento,
tes à medida que estes são transmitidos. As regras po-
também chamadas de VLANs(Ou seja, redes diferen-
dem ser formadas indicando os endereços de rede (de
tes que não se "enxergam" dentro de uma mesma rede
origem e/ou destino) e as portas TCP/IP envolvidas na
- LAN).
conexão. A principal desvantagem desse tipo de tecno-
O termo possui uma origem militar, significando a logia para a segurança reside na falta de controle de
área existente para separar dois territórios inimigos em estado do pacote, o que permite que agentes malicio-
uma região de conflito. Isto é utilizado, por exemplo, sos possam produzir pacotes simulados (com endereço
para separar as Coréias do Norte e do Sul. IP falsificado, técnica conhecida como IP Spoofing),
fora de contexto ou ainda para serem injetados em uma
Arquiteturas de DMZ sessão válida.
Three-Pronged Firewall – Designa-se assim deri-
vado da utilização de uma firewall com 3 pontos de
rede, um para a rede privada, outro para a rede pública Proxy Firewall ou Gateways de Aplicação
e outro ainda para a DMZ. Esta arquitetura caracteriza-
O firewall de proxy trabalha recebendo o fluxo de
se por ser simples de implementar e de baixo custo, no
conexão, tratando as requisições como se fossem uma
entanto, é mais vulnerável e tem uma performance
aplicação e originando um novo pedido sob a respon-
mais reduzida em comparação à DMZ com 2 firewalls.
sabilidade do mesmo firewall para o servidor de des-
Multiple Firewall DMZ – São utilizados diversas fire- tino. A resposta para o pedido é recebida pelo firewall e
walls para controlar as comunicações entre as redes analisada antes de ser entregue para o solicitante origi-
externa pública e interna (privada). Com esta arquite- nal.
tura temos uma segurança mais efetiva podemos ba-
Os gateways de aplicações conectam as redes cor-
lancear a carga de tráfego de dados e podemos prote-
porativas à Internet através de estações seguras (cha-
ger várias DMZ's para além da nossa rede interna.
madas de bastion hosts) rodando aplicativos especiali-
De um modo geral podemos dizer que as regras de zados para tratar e filtrar os dados (os proxy firewalls).
segurança aplicadas a uma DMZ são: Estes gateways, ao receberem as requisições de
1. A rede interna pode iniciar conexões a qualquer uma acesso dos usuários e realizarem uma segunda cone-
das outras redes mas nenhuma das outras redes xão externa para receber estes dados, acabam por es-
pode iniciar conexões nesta.
conder a identidade dos usuários nestas requisições
2. A rede pública (internet) não pode iniciar conexões
externas, oferecendo uma proteção adicional contra a
na rede interna mas pode na DMZ.
ação dos crackers.

278
Apostila PRF

Esses servidores têm uma série de usos, como filtrar


conteúdo, providenciar anonimato, entre outros.
Stateful Firewall (ou Firewall de Estado de Sessão) Um proxy de cache HTTP ou, em inglês, caching
proxy, permite por exemplo que o cliente requisite um
O firewall guardava o estado de todas as últimas documento na World Wide Web e o proxy procura pelo
transações efetuadas e inspecionava o tráfego para documento na sua caixa
evitar pacotes ilegítimos.
Esta tecnologia permite que o firewall decodifique o
pacote, interpretando o tráfego sob a perspectiva do cli- Sistema de detecção de intrusos
ente/servidor, ou seja, do protocolo propriamente dito e
Sistema de detecção de intrusos ou simples-
inclui técnicas específicas de identificação de ataques.
mente IDS (em inglês: Intrusion detection system) re-
Com a tecnologia SMLI/Deep Packet Inspection, fere-se a meios técnicos de descobrir em
o firewall utiliza mecanismos otimizados de verificação uma rede quando esta está tendo acessos não autori-
de tráfego para analisá-los sob a perspectiva da tabela zados que podem indicar a acção de um cracker ou até
de estado de conexões legítimas. Simultaneamente, os mesmo funcionários mal intencionados.
pacotes também vão sendo comparados a padrões le- Com o acentuado crescimento das tecnologias de
infra-estrutura tanto nos serviços quanto nos protocolos
gítimos de tráfego para identificar possíveis ataques ou
de rede torna-se cada vez mais difícil a implantação
anomalias. A combinação permite que novos padrões de sistema de detecção de intrusos. Esse fato está inti-
de tráfegos sejam entendidos como serviços e possam mamente ligado não somente a velocidade com que as
ser adicionados às regras válidas em poucos minutos. tecnologias avançam, mas principalmente com a com-
plexidade dos meios que são utilizados para aumentar
a segurança nas transmissões de dados.
Firewall de Aplicação Uma solução bastante discutida é a utilização
de host-based IDS que analisam o tráfego de forma in-
Com a explosão do comércio eletrônico, percebeu- dividual em uma rede. No host-based o IDS é instalado
se que mesmo a última tecnologia em filtragem de pa- em um servidor para alertar e identificar ataques e ten-
cotes para TCP/IP poderia não ser tão efetiva quanto tativas de acessos indevidos à própria máquina.
se esperava. Com todos os investimentos dispendidos Honeypot
em tecnologia de stateful firewalls, os ataques continu-
Um honeypot é um recurso computacional de segu-
avam a prosperar de forma avassaladora. Somente a
rança dedicado a ser sondado, atacado ou comprome-
filtragem dos pacotes de rede não era mais suficiente.
tido.
Os ataques passaram a se concentrar nas característi-
Existem dois tipos de honeypots: os de baixa intera-
cas (e vulnerabilidades) específicas de cada aplicação.
tividade e os de alta interatividade.
Percebeu-se que havia a necessidade de desenvolver
um novo método que pudesse analisar as particularida-
des de cada protocolo e tomar decisões que pudessem 1.1. Honeypots de baixa interatividade
evitar ataques maliciosos contra uma rede. Em um honeypot de baixa interatividade são insta-
ladas ferramentas para emular sistemas operacionais e
PROXY serviços com os quais os atacantes irão interagir. Desta
forma, o sistema operacional real deste tipo de ho-
Proxy é um servidor intermediário que atende a re- neypot deve ser instalado e configurado de modo se-
quisições repassando os dados do cliente à frente: um guro, para minimizar o risco de comprometimento.
usuário (cliente) conecta-se a um servidor proxy, requi-
sitando algum serviço, como um arquivo, conexão, pá-
gina web, ou outro recurso disponível no outro servidor. 1.2. Honeypots de alta interatividade
Um servidor proxy pode, opcionalmente, alterar a
requisição do cliente ou a resposta do servidor e, algu- Nos honeypots de alta interatividade os atacantes
mas vezes, pode disponibilizar este recurso mesmo interagem com sistemas operacionais, aplicações e
sem se conectar ao servidor especificado. Pode tam- serviços reais.
bém atuar como um servidor que armazena dados em
forma de cache em redes de computadores. São insta-
lados em máquinas com ligações tipicamente superio- Honeynet
res às dos clientes e com poder de armazenamento
elevado.

279
Apostila PRF

Definição 1: uma Honeynet é uma ferramenta de pes- cifrada usando a respectiva chave privada. A criptogra-
quisa, que consiste de uma rede projetada especifica- fia RSA atua diretamente na internet, por exemplo, em
mente para ser comprometida, e que contém mecanis- mensagens de emails, em compras on-line e o que
mos de controle para prevenir que seja utilizada como você imaginar; tudo isso é codificado e recodificado
base de ataques contra outras redes. pela criptografia RSA.
Definição 2: uma Honeynet nada mais é do que um Em traços gerais, são gerados dois pares de núme-
tipo de honeypot. Especificamente, é um honeypot de ros – as chaves – de tal forma que uma mensagem crip-
alta interatividade, projetado para pesquisa e obtenção tografada com o primeiro par possa ser apenas decrip-
de informações dos invasores. É conhecido também tada com o segundo par; mas, o segundo número não
como "honeypot de pesquisa" pode ser derivado do primeiro. Esta propriedade asse-
Uma vez comprometida, a honeynet é utilizada para gura que o primeiro número possa ser divulgado a al-
observar o comportamento dos invasores, possibili- guém que pretenda enviar uma mensagem criptogra-
tando análises detalhadas das ferramentas utilizadas, fada ao detentor do segundo número, já que apenas
de suas motivações e das vulnerabilidades exploradas. essa pessoa pode decriptar a mensagem. O primeiro
par é designado como chave pública, e o segundo
como chave secreta.
CRIPTOGRAFIA

Criptografia (Do Grego kryptós, "escondido", ASSINATURA DIGITAL


e gráphein, "escrita") é o estudo dos princípios e técni-
cas pelas quais a informação pode ser transformada Assinatura ou firma digital é um método de au-
da sua forma original para outra ilegível, de forma que tenticação de informação digital tipicamente tratada
possa ser conhecida apenas por seu destinatário (de- como análoga à assinatura física em papel. Embora
tentor da "chave secreta"), o que a torna difícil de ser existam analogias, existem diferenças importantes. O
lida por alguém não autorizado. Assim sendo, só o re- termo assinatura eletrônica, por vezes confundido, tem
ceptor da mensagem pode ler a informação com facili- um significado diferente: refere-se a qualquer meca-
dade. nismo, não necessariamente criptográfico, para identi-
. Há dois tipos de chaves criptográficas: chaves si- ficar o remetente de uma mensagem eletrônica. A le-
métricas e chaves assimétrica. Uma informação gislação pode validar tais assinaturas eletrônicas como
não-cifrada que é enviada de uma pessoa (ou organi- endereços Telex e cabo, bem como a transmissão
zação) para outra é chamada de "texto claro" (plain- por fax de assinaturas manuscritas em papel.
text). Cifragem é o processo de conversão de um texto A utilização da assinatura ou firma digital providen-
claro para um código cifrado e decifragem é o processo cia a prova inegável de que uma mensagem veio do
contrário, de recuperar o texto original a partir de um emissor. Para verificar este requisito, uma assinatura
texto cifrado. digital deve ter as seguintes propriedades:
RSA é um algoritmo de criptografia de dados, que 4. autenticidade - o receptor deve poder confirmar que
deve o seu nome a três professores do Instituto a assinatura foi feita pelo emissor;
MIT (fundadores da actual empresa RSA Data Security, 5. integridade - qualquer alteração da mensagem faz
Inc.), Ronald Rivest, Adi Shamir e Leonard Adleman, com que a assinatura não corresponda mais ao do-
que inventaram este algoritmo — até a data (2008), a cumento;
mais bem sucedida implementação de sistemas de 6. não repúdio ou irretratabilidade - o emissor não
pode negar a autenticidade da mensagem.
chaves assimétricas, e fundamenta-se em teorias clás-
sicas dos números. É considerado dos mais seguros, já
que mandou por terra todas as tentativas de quebrá-lo. AUTORIDADE DE CERTIFICAÇÃO
Foi também o primeiro algoritmo a possibilitarcriptogra-
Autoridade de Certificação é o terceiro confiável
fia e assinatura digital, e uma das grandes inovações que emite um certificado.
em criptografia de chave pública. Existem Autoridades de Certificação de dois tipos:
O RSA envolve um par de chaves, uma chave pú- Autoridades de Certificação de Raiz (ou Autorida-
blica que pode ser conhecida por todos e uma chave des de Certificação Superiores ou ainda Autoridades
privada que deve ser mantida em sigilo. Toda mensa- de Certificação de Maior Nível), que emitem direta-
gem cifrada usando uma chave pública só pode ser de- mente os certificados, e as Autoridades de Certificação

280
Apostila PRF

Intermediárias (ou Autoridades de Certificação Inferio- 9. O período de validade


res ou ainda Autoridades de Certificação de Menor Ní- 10. A localização do "centro de revogação”.
vel), cujos certificados são emitidos indiretamente pelas 11. A(s) assinatura(s) da(s) AC/entidade(s) que afirma
Autoridades de Certificação de Raiz. Podemos pensar que a chave pública contida naquele certificado con-
no caminho entre as Autoridades de Certificação de fere com as informações contidas no mesmo
Raiz e o Cliente como uma ramificação, já que existem
as Autoridades de Certificação de Raiz, que emitem os Criando um certificado digital
certificados para as Autoridades de Certificação Inter-
mediárias, se existirem, até ao Cliente (ou utilizador fi- 12. A entidade que deseja emitir o certificado gera um
par de chaves criptográficas (uma chave pública e
nal) que aplica o certificado.
uma chave privada).
Caso o certificado não seja emitido por uma Autori- 13. Em seguida a entidade gera um arquivo chamado
dade de Certificação, este é auto-assinado, ou seja, o Certificate Signing Request (CSR) composto pela
proprietário ocupa os lugares de Autoridade de Certifi- chave pública da entidade e mais algumas informa-
cação, Autoridade de Registo e Cliente. ções que a AC requer sobre a entidade e é assinado
Exemplos de Autoridades de Certificação de digitalmente pela chave privada da própria entidade
e envia o CSR cifrado pela chave pública da AC.
Raiz são a americana VeriSign, o brasileiro Instituto de
14. Então é necessário o comparecimento físico de um
Tecnologia da Informação (órgão oficial do governo) ou
indivíduo responsável por aquela identidade em
a britânica Equifax. Exemplos de Autoridades de Certi- uma Autoridade de Registro (AR) (em alguns casos
ficação Intermediárias são a portuguesa Saphety, a a AR vai até o cliente) para confirmação dos dados
também portuguesa Multicert e as Brasileiras Serasa contidos no CSR e se necessário o acréscimo de
Experian e a Certisign. mais algum dado do responsável pelo certificado e
emissão do certificado.
15. Finalmente o CSR é "transformado" em um certifi-
cado digital assinado pela AC e devolvido ao cliente.
16. Então o browser/aplicativo de gerência de certifica-
dos combina o certificado + a chave privada criando
o conceito de "Identidade digital", normalmente sal-
CERTIFICADO DIGITAL vando a chave privada em um cofre protegido por
uma frase senha que será necessária para o poste-
Um certificado digital é um arquivo de computador rior acesso a chave privada.
que contém um conjunto de informações referentes a
entidade para o qual o certificado foi emitido (seja uma
empresa, pessoa física ou computador) mais a chave BACKUP
pública referente a chave privada que acredita-se ser
de posse unicamente da entidade especificada no cer- Em informática, cópia de segurança (em in-
tificado. glês: backup) é a cópia de dados de um dispositivo de
Um certificado digital normalmente é usado para li- armazenamento a outro para que possam ser restaura-
gar uma entidade a uma chave pública. Para garantir dos em caso da perda dos dados originais, o que pode
digitalmente, no caso de uma Infraestrutura de Chaves envolver apagamentos acidentais ou corrupção de da-
Públicas (ICP), o certificado é assinado pela Autoridade dos.
Certificadora (AC) que o emitiu e no caso de um modelo Meios difundidos de cópias de segurança in-
de Teia de Confiança (Web of trust) como o PGP, o cer- cluem CD-ROM, DVD, disco rígido, disco rígido ex-
tificado é assinado pela própria entidade e assinado por terno (compatíveis comUSB), fitas magnéticas e a có-
outros que dizem confiar naquela entidade. Em ambos pia de segurança externa (online). Esta transporta os
os casos as assinaturas contidas em um certificado são dados por uma rede como a Internetpara outro ambi-
atestamentos feitos por uma entidade que diz confiar ente, geralmente para equipamentos mais sofisticados,
nos dados contidos naquele certificado. de grande porte e alta segurança. Outra forma pouco
Um certificado normalmente inclui: difundida de cópia de segurança é feita via rede. Na
própria rede local de computadores, o administrador ou
7. Informações refentes a entidade para o qual o certi- o responsável pela cópia de segurança grava os dados
ficado foi emitido (nome, email, CPF/CNPJ, PIS etc.) em um formato de arquivo, processa e distribui as par-
8. A chave pública referente a chave privada de posse tes constituintes da cópia nos computadores da rede,
da entidade especificada no certificado

281
Apostila PRF

de forma segura (arquivos são protegidos), criptogra- o que são e como agem
fada (para não haver extração ou acesso aos dados na
forma original) e oculta (na maioria das vezes o arquivo
é ocultado) Introdução
Backup normal
Vírus de computador são pequenos programas ca-
Backup que copia todos os arquivos selecionados e pazes de causar grandes transtornos a indivíduos, em-
marca cada arquivo como tendo sofrido backup (em ou- presas e outras instituições, afinal, podem apagar da-
tras palavras, o atributo de arquivamento é desmar- dos, capturar informações, alterar ou impedir o funcio-
cado). Com backups normais, você só precisa da cópia namento do sistema operacional e assim por diante.
mais recente do arquivo ou da fita de backup para res- Como se não bastasse, há ainda outros softwares pa-
recidos, como cavalos de troia, worms, hijac-
taurar todos os arquivos. Geralmente, o backup normal
kers, spywares e outros.
é executado quando você cria um conjunto de backup
pela primeira vez.
Backup incremental Malware
Backup que copia somente os arquivos criados ou
alterados desde o último backup normal ou incremental. Uma combinação das palavras malicious e sof-
tware que significa "programa malicioso".
Os arquivos que sofreram backup são marcados como
Portanto, malware nada mais é do que um nome cri-
tal (ou seja, o atributo de arquivamento é desmarcado).
ado para quando necessitamos fazer alusão a um pro-
Se você utilizar uma combinação de backups normais grama malicioso, seja ele um vírus, um worm, um
ou incrementais para restaurar os seus dados, será pre- spyware, etc.
ciso ter o último backup normal e todos os conjuntos de
backups incrementais.
Backup diferencial Vírus de computador.
Backup que copia arquivos criados ou alterados
Como você já sabe, um vírus é um programa com
desde o último backup normal ou incremental. Os ar- fins maliciosos, capaz de causar transtornos com os
quivos que sofreram backup não são marcados como mais diversos tipos de ações: há vírus que apagam ou
tal (ou seja, o atributo de arquivamento não é desmar- alteram arquivos dos usuários, que prejudicam o funci-
cado). Se você estiver executando uma combinação de onamento do sistema operacional danificando ou alte-
backups normal e diferencial, a restauração de arquivos rando suas funcionalidades, que causam excesso de
tráfego em redes, entre outros.
e pastas exigirá que você tenha o último backup normal
e o último backup diferencial. Os vírus, tal como qualquer outro tipo de malware,
podem ser criados de várias formas. Os primeiros fo-
Backup diário ram desenvolvidos em linguagens de programação
Backup que copia todos os arquivos selecionados como C e Assembly. Hoje, é possível encontrar inclu-
que forem alterados no dia de execução do backup di- sive ferramentas que auxiliam na sua criação.
ário. Os arquivos que sofreram backup não são marca-
dos como tal (ou seja, o atributo de arquivamento não
Como os vírus agem?
é desmarcado).
Backup de cópia Os vírus recebem esse nome porque possuem ca-
Backup que copia todos os arquivos selecionados, racterísticas de propagação que lembram os vírus re-
mas não marca cada arquivo como tendo sofrido ais, isto é, biológicos: quando um vírus contamina um
backup (em outras palavras, o atributo de arquivamento computador, além de executar a ação para o qual foi
não é desmarcado). A cópia é útil caso você queira fa- programado, tenta também se espalhar para outras má-
zer backup de arquivos entre os backups normal e in- quinas, tal como fazem os vírus biológicos nos organis-
cremental, pois ela não afeta essas outras operações mos que invadem.
de backup. Antigamente, os vírus tinham um raio de ação muito
limitado: se propagavam, por exemplo, toda vez que um
disquete contaminado era lido no computador. Com o
surgimento da internet, no entanto, essa situação mu-
Vírus de computador e outros mal- dou drasticamente, para pior.
wares:

282
Apostila PRF

Isso acontece porque, com a internet, os vírus po- Explica-se: para agir, o vírus precisa contar com o
dem se espalhar de maneira muito mais rápida e con- "apoio" do usuário. Isso ocorre, por exemplo, quando
taminar um número muito mais expressivo de compu- uma pessoa baixa um anexo contaminado de um e-mail
tadores. Para isso, podem explorar vários meios, entre e o executa. Os worms, por sua vez, podem infectar o
eles: computador de maneira totalmente discreta, explo-
17. Falhas de segurança (bugs): sistemas operacionais rando falhas em aplicativos ou no próprio sistema ope-
e outros programas não são softwares perfeitos e racional. É claro que um worm também pode contar
podem conter falhas. Estas, quando descobertas com a ação de um usuário para se propagar, pois ge-
por pessoas com fins maliciosos, podem ser explo- ralmente esse tipo de malware é criado para contami-
radas por vírus, permitindo a contaminação do sis- nar o máximo de computadores possível, fazendo com
tema, muitas vezes sem o usuário perceber; que qualquer meio que permita isso seja aceitável.
18. E-mails: essa é uma das práticas mais exploradas.
O usuário recebe mensagens que tentam convencê-
lo a executar um arquivo anexado ou presente em Spyware
um link. Se o usuário o fizer sem perceber que está
sendo enganado, certamente terá seu computador Spywares são programas que "espionam" as ativi-
contaminado; dades dos usuários ou capturam informações sobre
19. Downloads: o usuário pode baixar um arquivo de eles. Para contaminar um computador, os spywares ge-
um determinado site sem perceber que este pode ralmente são "embutidos" em softwares de procedência
estar infectado. duvidosa, quase sempre oferecidos como freeware ou
shareware.
Os vírus também podem se propagar através de
uma combinação de meios. Por exemplo, uma pessoa Os dados capturados são posteriormente transmiti-
em um escritório pode executar o anexo de um e-mail dos pela internet. Estas informações podem ser desde
e, com isso, contaminar o seu computador. Em se- hábitos de navegação do usuário até senhas.
guida, este mesmo vírus pode tentar explorar falhas de
segurança de outros computadores da rede para in-
fectá-los. Keylogger

Keyloggers são pequenos aplicativos que podem


Outros tipos de malwares vir embutidos em vírus, spywares ou softwares de pro-
cedência duvidosa. Sua função é a de capturar tudo o
A definição do que a praga é ou não é depende, es- que é digitado pelo usuário. É uma das formas utiliza-
sencialmente, de suas ações e formas de propagação. das para a captura de senhas.
Eis os tipos mais comuns:

Hijacker
Cavalo de troia (trojan)
Hijackers são programas ou scripts que "seques-
Cavalos de troia (ou trojans) são um tipo de mal- tram" navegadores de internet. As principais vítimas
ware que permitem alguma maneira de acesso remoto eram as versões mais antigas do Internet Explorer. Um
ao computador após a infecção. Esse tipo de praga hijacker pode, por exemplo, alterar a página inicial do
pode ter outras funcionalidades, como capturar de da- browser e impedir o usuário de mudá-la, exibir propa-
dos do usuário para transmití-los a outra máquina. gandas em janelas novas, instalar barras de ferramen-
Para conseguir ingressar no computador, o cavalo tas e impedir o acesso a determinados sites (páginas
de troia geralmente se passa por outro programa ou ar- de empresas de antivírus, por exemplo). Felizmente, os
quivo. O usuário pode, por exemplo, fazer um download navegadores atuais contam com mais recursos de se-
pensando se tratar de uma ferramenta para um deter- gurança, limitando consideravelmente a ação desse
minado fim quando, na verdade, se trata de um trojan. tipo de praga digital.
Esse tipo de malware não é desenvolvido para se
replicar. Quando isso acontece, geralmente trata-se de
uma ação conjunta com um vírus. Rootkit
Worm (verme)
Esse é um dos tipos de malwares mais perigosos.
Os worms (ou vermes, nome pouco usado) podem Podem ser utilizados para várias finalidades, como cap-
ser interpretados como um tipo de vírus mais inteligente turar dados do usuário. Até aí, nenhuma novidade. O
que os demais. A principal diferença está na forma de que torna os rootkits tão ameaçadores é a capacidade
propagação: os worms podem se esplhar rapidamente que possuem para dificultar a sua detecção por antiví-
para outros computadores - seja pela internet, seja por rus ou outros softwares de segurança. Em outras pala-
meio de uma rede local - de maneira automática. vras, os rootkits conseguem se "camuflar" no sistema.

283
Apostila PRF

Para isso, desenvolvedores de rootkits podem fazer Ataque de negação de serviço


uso de várias técnicas avançadas, como infiltrar o mal-
ware em processos ativos na memória, por exemplo. Em um ataque distribuído de negação de serviço
Além de difícil detecção, os rootkits também são de (também conhecido comoDDoS, um acrônimoem in-
difícil remoção. Felizmente, sua complexidade de de- glêspara Distributed Denial of Service), um computador
senvolvimento faz com que não sejam muito numero- mestre (denominado "Master") pode ter sob seu co-
sos. mando até milhares de computadores ("Zombies" -
zumbis). Neste caso, as tarefas de ataque de negação
de serviço são distribuídas a um "exército" de máquinas
Antivírus escravizadas.
O ataque consiste em fazer com que os Zumbis (má-
O mercado conta com antivírus pagos e gratuitos quinas infectadas e sob comando do Mestre) se prepa-
(estes, geralmente com menos recursos). Alguns pro- rem para acessar um determinado recurso em um de-
gramas, na verdade, consistem em pacotes de segu- terminado servidor em uma mesma hora de uma
rança, já que incluem firewall e outras ferramentas que mesma data. Passada essa fase, na determinada hora,
complementam a proteção oferecida pelo antivírus. Eis todos os zumbis (ligados e conectados à rede) acessa-
uma lista com as soluções mais conhecidas: rão ao mesmo recurso do mesmo servidor. Como ser-
20. AVG: mais conhecida por suas versões gratuitas, vidores web possuem um número limitado de usuários
mas também possui edições paga com mais recur- que pode atender simultaneamente ("slots"), o grande
sos -www.avg.com; e repentino número de requisições de acesso esgota
esse número de slot, fazendo com que o servidor não
21. Avast: conta com versões pagas e gratuitas
seja capaz de atender a mais nenhum pedido.
- www.avast.com;
Dependendo do recurso atacado, o servidor pode
22. Microsoft Security Essentials: gratuito para usuá-
chegar a reiniciar ou até mesmo ficar travado.
rios domésticos de licenças legítimas do Windows -
www.microsoft.com/security_essentials;
23. Norton: popular antivírus da Symantec. Possui ver- Multimídia
sões de testes, mas não gratuitas - www.nor-
ton.com; O termo multimídia refere-sE a tecnologias com su-
porte digital para criar, manipular, armazenar e pesqui-
24. Panda: possui versões de testes, mas não gratuitas
sar conteúdos. Os conteúdos multimédia estão associ-
- Erro! A referência de hiperlink não é válida.
ados normalmente a um computador pessoal que inclui
25. Kaspersky: possui versões de testes, mas não gra- suportes para grandes volumes de dados, os discos óp-
tuitas - www.kaspersky.com; ticos como os CDs(CD-ROM,MINI-CD,CD-CARD) e
26. Avira AntiVir: mais conhecida por suas versões DVDs, abrange também nas ferramentas de informática
gratuitas, mas também possui edições pagas com a utilização de arquivos/ficheiros digitais para a criação
mais recursos - www.avira.com; de apresentações empresariais, catálogos de produ-
27. NOD32: possui versões de testes, mas não gratuitas tos,exposição de eventos e para catálogos eletrônicos
- www.eset.com; com mais facilidade e economia. Privilegiando o uso
28. McAfee: uma das soluções mais tradicionais do dos diversos sentidos visão, audição e tacto este tipo
mercado. Possui versões de testes, mas não gratui- de tecnologia abrange diversas áreas de informática.
tas -www.mcafee.com;
29. F-Secure: pouco conhecida no Brasil, mas bastante IMAGEM
utilizada em outros países. Possui versões de tes-
tes, mas não gratuitas - www.f-secure.com; Com o aperfeiçoamento constante de recursos grá-
30. BitDefender: conta com versões pagas e gratuitas ficos, tanto de hardware quanto de software, formas e
- www.bitdefender.com. cores variadas passaram a fazer parte da rotina de
quem utiliza essas máquinas, situação que, aos pou-
cos, resultou no surgimento de formatos variados de
Microsoft Security Essentials imagens. Muito destes se popularizaram com a internet.
É o caso dos padrões JPEG, GIF e PNG.
Essa lista foi elaborada com base em soluções ofe- Formato GIF
recidas para os sistemas operacionais Windows, da Mi- Sigla para Graphics Interchange Format, o GIF é
crosoft, no entanto, praticamente todas os desenvolve- outro formato bastante popular na internet. Foi criado
dores destes softwares oferecem soluções para outras pela CompuServe em 1987 e, assim como o JPEG,
plataformas, inclusive móveis. Muitas deles também gera arquivos de tamanho reduzido, no entanto, seu
oferecem ferramentas de verificação que funcionam a uso não é muito comum em fotografias, já que é capaz
partir da internet. de trabalhar com apenas 256 cores (8 bits). Assim, sua
utilização é muito comum em ícones, ilustrações ou

284
Apostila PRF

qualquer tipo de imagem que não necessita de muitas Arquivos em Bitmap podem ter extensão .dib (De-
cores. vice Independent Bitmap) ou BMP (este último, padrão
do Windows) e não suportam “fundo transparente”.
Formato JPEG (JPG)
O formato JPEG, cuja sigla significa Joint Pictures Formato TIFF
Expert Group, teve sua primeira especificação disponi- Sigla para Tagged Image File Format, o TIFF con-
bilizada em 1983 por um grupo que leva o mesmo siste em um formato muito utilizado em aplicações pro-
nome. É um dos padrões mais populares da internetpor fissionais, como imagens para finalidades médicas ou
aliar duas características importantes: oferece níveis industriais. Criado em 1986 pela Aldus, companhia pos-
razoáveis de qualidade de imagem e gera arquivos de teriormente adquirida pela Adobe, também é muito uti-
tamanho pequeno quando comparado a outros forma- lizado em atividades de digitalização, como scanner e
tos, facilitando o seu armazenamento e a sua distribui- fax, o que, na verdade, motivou o seu desenvolvimento.
ção. O formato TIFF oferece grande quantidade de cores
O JPEG possibilita isso porque é um formato que e excelente qualidade de imagem, o que aumenta con-
utiliza compressão de imagens. Mas, o que é isso? Em sideravelmente o tamanho dos seus arquivos, embora
poucas palavras, compressão consiste na eliminação seja possível amenizar este aspecto com compressão
de dados redundantes nos arquivos. No caso de ima- sem perda de informações.
gens, é possível fazer a compressão de forma que a Um detalhe interessante é que o formato TIFF su-
retirada de informações não prejudique a qualidade porta o uso de camadas, isto é, pode-se utilizar versões
(lossless - sem perda), assim como é possível utilizar diferenciadas da imagem a ser trabalhada em um único
níveis maiores de compressão que causam perdas vi- arquivo.
síveis (lossy - com perda). Imagens em TIFF geralmente utilizam extensão .tif
Este último é o que acontece no JPEG: neste for- ou .tiff e suportam "fundo transparente"
mato, quanto maior o nível de compressão, menor será
o tamanho do arquivo, porém pior será a qualidade da
Formato RAW
imagem. O nível de compressão pode ser determinado
em programas de tratamentos de imagens. Cada vez O formato RAW (traduzindo, algo como "cru") é um
que uma mesma imagem JPEG é salva, costuma-se pouco diferente dos demais. Trata-se de um padrão
perder qualidade, já que, geralmente, o software utili- que guarda todos os dados de uma foto, tal como esta
zado para tratá-la aplica compressão, mesmo que mí- foi gerada na câmera digital, sem aplicação de efeitos
nima, toda vez que esta ação é realizada. ou ajustes. Por causa disso, oferece alta qualidade de
imagem e maior profundidade de cores. É claro que
quando uma foto RAW é comprimida pode haver perda
Formato PNG de qualidade, mesmo que ligeira. Apesar disso, essa
O formato PNG, sigla para Portable Network Gra- opção muitas vezes é considerada, já que imagens
phics, é um dos padrões mais recentes, com a sua pri- neste padrão costumam resultar em arquivos grandes.
meira especificação surgindo em 1996. Seu desenvol- Arquivos no formato RAW admitem várias exten-
vimento foi motivado, em parte, pela restrição de pa- sões. Isso porque cada fabricante de câmera digital tra-
tente existente no formato GIF, conforme explica o tó- balha com as suas próprias especificações.
pico anterior.
O PNG reúne, portanto, as características que tor-
Formato SVG
naram o GIF tão bem aceito: animação, fundo transpa-
rente e compressão sem perda de qualidade, mesmo SVG é a sigla para Scalable Vector Graphics e, tal
com salvamentos constantes do arquivo. Porém, conta como o nome indica, trabalha com imagens vetoriais.
com um grande diferencial: suporta milhões de cores, Trata-se de um formato aberto, desenvolvido
não apenas 256, sendo, com isso, uma ótima opção pela W3C e que surgiu oficialmente em 2001. Em vez
para fotos. de ser baseado em pixels, isto é, os “pontinhos” que
formam as imagens, tal como nos padrões mostrados
anteriormente, o SVG utiliza a linguagem XML para
Formato Bitmap descrever como o arquivo deve ser.
O Bitmap é um dos formatos de imagens mais anti- Graças a isso, o SVG consegue trabalhar bem tanto
gos e também um dos mais simples. Bastante utilizado com figuras estáticas quanto com imagens animadas.
nos sistemas operacionais Microsoft Windows, as ima- Além disso, por ser um padrão vetorial, imagens no for-
gens neste formato podem suportar milhões de cores e mato podem ser ampliadas ou reduzidas sem causar
preservam os detalhes. perda de qualidade.
No entanto, os arquivos neste padrão costumam ser
muitos grandes, já que não utilizam compressão. Isso
E o formato WebP?
até é possível em imagens com 256 cores ou menos,
mas não é comum. Talvez você ouça falar muito do WebP. Ou não.
Trata-se de um formato de imagens apresentado pelo

285
Apostila PRF

Google em outubro de 2010 que tem a proposta de per- WINDOWS 7


mitir a geração de arquivos com tamanho reduzido e,
ao mesmo, boa qualidade de imagem.
Para isso, o padrão utiliza um esquema de compres-
são que faz com que a perda de qualidade seja a menor Operações com janelas, menus, barra de tarefas,
possível aos olhos humanos. De acordo com o Google, área de trabalho; Trabalho com pastas e arquivos: lo-
esse método é capaz de gerar arquivos quase 40% me- calização de arquivos e pastas; movimentação e cópia
nores que imagens em JPEG. de arquivos e pastas; tipos de arquivos e extensões;
O Google decidiu desenvolver o WebP porque, de criação, renomeação e exclusão de arquivos e pastas;
acordo com suas pesquisas, cerca de 65% dos dados Ferramentas de sistema: limpeza de disco, desfrag-
que circulam na internet correspondem a imagens,
mentador de disco, firewall do Windows, agendador de
sendo que, destas, 90% estão no padrão JPEG.
tarefas, pontos de restauração; instalação de progra-
mas; Configurações Básicas do Windows: resolução da
MP3 tela, cores, fontes, impressoras, aparência, segundo
MP3 é um formato eletrônico que permite ouvir mú- plano, protetor de tela; Windows Explorer.
sicas em computadores, com ótima qualidade.A ques-
tão chave para entender todo o sucesso do MP3 se ba- O Windows 7 é uma versão do Microsoft Windows,
seia no fato de que, antes dele ser desenvolvido, uma sistema operativos produzido pela Microsoft para uso
música no computador era armazenada no formato em computadores pessoais, incluindo computadores
WAV, que é o formato padrão para arquivo de som em domésticos e empresariais, laptops e PC's de centros
PCs, chegando a ocupar dezenas de megabytes em de mídia, entre outros. Windows 7 foi lançado para em-
disco. Na média, um minuto de música corresponde a presas no dia 22 de julho de 2009, e começou a ser
10 MB para uma gravação de som de 16 bits estéreo vendido livremente para usuários comuns às 00:00 ho-
com 44.1 KHz, o que resulta numa grande complicação ras do dia 22 de outubro de 2009, menos de 3 anos de-
a distribuição de músicas por computadores, principal- pois do lançamento de seu predecessor, Windows
mente pela internet. Com o surgimento do MP3 essa Vista.
história mudou, pois o formato permite armazenar mú- Em 2012, o Windows 7 alcançou 46,7% dos usuá-
sicas no computador sem ocupar muito espaço e sem rios mundiais, continuando como o Sistema Operacio-
tirar a qualidade sonora das canções. Geralmente, 1 nal mais usado do mundo.
minuto de música, corresponde a cerca de 1 MB em Operações com janelas:
MP3.
Elementos de uma janela:
AVI
Audio Video Interleave (sigla: AVI) é um formatoen-
capsulador de áudioe vídeocriado pela Microsoftcuja
extensão oficial é avi. É um dos formatos mais popula-
res no mundo, nativamente reconhecido pela maioria
das versões do Windows e por todos os leitores
de DVD que são compatíveis com o codec DivX.
AVI é uma forma de associação de entrelace de áu-
dio e vídeo, cada um deles em suas respectivas propor-
ções e particularidades. É um espaço em que se guarda
informação. O AVI pode conter uma faixa de vídeo co-
dificada em um codec qualquer e na mesma faixa é
possível associar um áudio em MP3.

WAV
WAV (ou WAVE), forma curta deWAVEform audio
format, é um formato-padrão de arquivo de áudio da Mi-
crosofte IBMpara armazenamento de áudio em PCs.

Para organizar janelas lado a lado


1. Arraste a barra de título de uma janela para a es-
querda ou a direita da tela até ser exibido um con-
torno da janela expandida.

286
Apostila PRF

2. Libere o mouse para expandir a janela. nem sempre é fácil, porque algumas podem encobrir,
3. Repita as etapas 1 e 2 com outra janela para orga- total ou parcialmente, as outras.
nizar as janelas lado a lado. Usando a barra de tarefas. A barra de tarefas for-
Para retornar a janela ao tamanho original, arraste a nece uma maneira de organizar todas as janelas. Cada
barra de título da janela em direção oposta à parte su- janela tem um botão correspondente na barra de tare-
fas. Para alternar para outra janela, basta clicar no res-
perior da área de trabalho e, em seguida, solte.
pectivo botão da barra de tarefas. A janela aparecerá
Dica na frente de todas as outras, tornando-se a janela
 Para ajustar uma janela ativa para o lado da área de ativa, ou seja, aquela na qual você está trabalhando
trabalho usando o teclado, pressione a tecla de lo- no momento. Para mais informações sobre botões da
gotipo do Windows +Seta para a Esquerda ou a barra de tarefas, consulte A barra de tarefas (visão ge-
ral).
tecla de logotipo do Windows +Seta para a Di-
reita. Para identificar com facilidade uma janela, aponte
Movendo uma janela para seu botão da barra de tarefas. Quando você
aponta para um botão na barra de tarefas, aparece uma
Para mover uma janela, aponte para sua barra de visualização em miniatura dessa janela, seja o conte-
título com o ponteiro do mouse . Em seguida, arraste údo um documento, uma foto ou até mesmo um vídeo
a janela para o local desejado. (Arrastar significa em execução. Esta visualização é útil principalmente
quando você não consegue identificar uma janela so-
apontar para um item, manter pressionado o botão do
mente pelo título.
mouse, mover o item com o ponteiro e depois soltar o
botão do mouse.) Usando Alt+Tab. Você pode alternar para a janela
anterior pressionando Alt+Tab, ou percorrer todas as
Alterando o tamanho de uma janela
janelas abertas e a área de trabalho mantendo pressio-
 Para que uma janela ocupe a tela inteira, clique em nada a tecla Alt e pressionando repetidamente a tecla
seu botão Maximizar ou clique duas vezes na Tab. Solte Alt para mostrar a janela selecionada.
barra de título da janela. Usando o Aero Flip 3D. O Aero Flip 3D organiza as
 Para retornar uma janela maximizada ao tamanho janelas em uma pilha tridimensional para permitir que
anterior, clique em seu botão Restaurar (ele é você as percorra rapidamente. Para usar o Flip 3D:
exibido no lugar do botão Maximizar). ou clique duas 1. Mantenha pressionada a tecla de logotipo do Win-
vezes na barra de título da janela. dows e pressione Tab para abrir o Flip 3D.
 Para redimensionar uma janela (torná-la menor ou 2. Enquanto mantém pressionada a tecla de logotipo
maior), aponte para qualquer borda ou canto da ja- do Windows, pressione Tab repetidamente ou gire
nela. Quando o ponteiro do mouse mudar para uma a roda do mouse para percorrer as janelas abertas.
seta de duas pontas (veja a figura abaixo), arraste a Você também pode pressionar Seta para a Direita
borda ou o canto para encolher ou alargar a janela. ou Seta para Baixo para avançar uma janela, ou
Ocultando uma janela pressionar Seta para a Esquerda ou Seta para Cima
Minimizar uma janela é o mesmo que ocultá-la. Se para retroceder uma janela.
você deseja tirar uma janela temporariamente do cami- 3. Solte a tecla de logotipo do Windows para exibir a
nho sem fechá-la, minimize-a. primeira janela da pilha ou clique em qualquer parte
Para minimizar uma janela, clique em seu botão Mi- da janela na pilha para exibir essa janela.
Dica
nimizar . A janela desaparecerá da área de traba-
lho e ficará visível somente como um botão na barra de  O Flip 3D faz parte da experiência de área de traba-
tarefas, aquela barra longa horizontal na parte inferior lho do Aero. Se o computador não oferecer suporte
da tela. para o Aero, você poderá exibir os programas e ja-
Fechando uma janela nelas abertos no computador pressionando Alt+Tab.
Para percorrer as janelas abertas, pressione a tecla
O fechamento de uma janela a remove da área de Tab, pressione as teclas de direção ou use o mouse
trabalho e da barra de tarefas. Se você tiver terminado
A experiência de área de trabalho do Aero apre-
de trabalhar com um programa ou documento e não
senta um design de vidro translúcido com animações
precisar retornar a ele imediatamente, feche-o.
sutis e novas cores de janelas
Para fechar uma janela, clique em seu botão Fechar
As seguintes edições do Windows 7 incluem o
. Aero:
Alternando entre janelas  Windows 7 Enterprise
Se você abrir mais de um programa ou documento,
 Windows 7 Home Premium
a área de trabalho poderá ficar congestionada rapida-
mente. Manter o controle de quais janelas você já abriu  Windows 7 Professional
 Windows 7 Ultimate

287
Apostila PRF

Organizando janelas automaticamente Caixas de diálogo


Agora que você sabe como mover e redimensionar Uma caixa de diálogo é um tipo especial de janela
janelas, pode organizá-las da maneira que quiser na que faz uma pergunta, fornece informações ou permite
área de trabalho. Também pode fazer com que o Win- que você selecione opções para executar uma tarefa.
dows as organize automaticamente em uma destas Você verá caixas de diálogo com frequência quando um
três formas: em cascata, lado a lado e empilhadas ver- programa ou o Windows precisar de uma resposta sua
ticalmente. antes de continuar.

Uma caixa de diálogo aparecerá se você sair de um


programa sem salvar o trabalho.
Para escolher uma dessas opções, abra algumas ja- Ao contrário das janelas comuns, a maioria das cai-
nelas na área de trabalho, clique com o botão direito do xas de diálogo não podem ser maximizadas, minimiza-
mouse em uma área vazia da barra de tarefas e clique das ou redimensionadas, mas podem ser movidas.
em Janelas em cascata, Mostrar janelas empilhadas Menu Iniciar
ou Mostrar janelas lado a lado.
Organizar janelas usando Ajustar
O recurso Ajustar redimensiona automaticamente
as janelas quando você as move ou ajusta na borda
da tela. Você pode usar o Ajustar para organizar janelas
lado a lado, expandir janelas verticalmente ou maximi-
zar uma janela.
Para organizar janelas lado a lado
1. Arraste a barra de título de uma janela para a es-
querda ou a direita da tela até ser exibido um con-
torno da janela expandida.
2. Libere o mouse para expandir a janela.
3. Repita as etapas 1 e 2 com outra janela para orga-
nizar as janelas lado a lado.
Arraste uma janela para o lado da área de trabalho
para expandi-la até metade da tela.
Para expandir uma janela verticalmente
1. Aponte para a borda superior ou inferior da janela
aberta até o ponteiro mudar para uma seta de duas
pontas .
2. Arraste a borda da janela para a parte superior ou
inferior da tela para expandir a a janela na altura to-
tal da área de trabalho. A largura da janela não é
alterada.
Arraste a parte superior ou inferior da janela para Use o menu Iniciar para fazer as seguintes ativida-
expandi-la verticalmente des comuns:
Para maximizar uma janela  Iniciar programas
1. Arraste a barra de título da janela para a parte supe-  Abrir pastas usadas com frequência
rior da tela. O contorno da janela se expande para  Pesquisar arquivos, pastas e programas
preencher a tela.
 Ajustar configurações do computador
2. Libere a janela para expandi-la e preencher toda a
área de trabalho.  Obter ajuda com o sistema operacionalWindows
Arraste uma janela para a parte superior da área de  Desligar o computador
trabalho para expandi-la totalmente

288
Apostila PRF

 Fazer logoff do Windows ou alternar para outra (que inclui Documentos, Imagens, Música, Área de Tra-
conta de usuário balho entre outras localizações comuns). Ela também
pesquisará em mensagens de email, mensagens ins-
Para abrir o menu Iniciar, clique no botão Iniciar tantâneas salvas, compromissos e contatos.
no canto inferior esquerdo da tela. Ou pressione a tecla
de logotipo do Windows no teclado.
O menu Iniciar tem três partes básicas:
 O painel esquerdo grande mostra uma lista breve de
programas no computador. Pode haver variações na
aparência dessa lista porque o fabricante do compu-
tador tem autonomia para personalizá-la. Clique em
Todos os Programas para exibir uma lista completa
de programas (mais informações adiante). Para usar a caixa de pesquisa, abra o menu Iniciar
 Na parte inferior do painel esquerdo está a caixa de e comece a digitar. Não é necessário clicar dentro da
pesquisa, que permite que você procure programas caixa primeiro. À medida que você digita, os resultados
e arquivos no computador digitando os termos de da pesquisa são exibidos acima da caixa de pesquisa,
pesquisa. no painel esquerdo do menu Iniciar.
 O painel direito dá acesso a pastas, arquivos, confi- Será exibido um programa, um arquivo ou uma
gurações e recursos mais usados. Nele também é pasta como resultado da pesquisa se:
possível fazer logoff do Windows ou desligar o  Alguma palavra no título corresponder ao termo pes-
computador. quisado ou começar com ele.
Abrindo programas a partir do menu Iniciar  Algum texto no conteúdo do arquivo (como o texto
Um dos usos mais comuns do menu Iniciar é abrir de um documento de processamento de texto) cor-
programas instalados no computador. Para abrir um responder ao termo pesquisado ou começar com
programa mostrado no painel esquerdo do menu Ini- ele.
ciar, clique nele. Isso abrirá o programa e fechará o  Alguma palavra em uma propriedade do arquivo,
menu Iniciar. como o autor, corresponder ao temo pesquisado ou
Se você não vir o programa que deseja, clique em começar com ele.
Todos os Programas na parte inferior do painel es- Clique em qualquer resultado da pesquisa para abri-
querdo. O painel exibirá uma longa lista de programas,
em ordem alfabética, seguida por uma lista de pastas. lo Ou clique no botão Apagar para apagar os resul-
Se você clicar em um dos ícones de programa, ele tados da pesquisa e retornar à lista de programas prin-
será inicializado e o menu Iniciar será fechado. O que cipais. Você também pode clicar em Ver mais resulta-
há dentro das pastas? Mais programas. Clique em dos para pesquisar todo o computador.
Acessórios, por exemplo, e uma lista de programas ar- Além de pesquisar programas, arquivos, pastas e
mazenados nessa pasta aparecerá. Clique em qual- comunicações, a caixa de pesquisa também examina
quer programa para abri-lo. Para voltar aos programas seus favoritos da Internet e o histórico de sites visita-
que você viu quando abriu o menu Iniciar pela primeira dos. Se alguma dessas páginas da Web incluir o termo
vez, clique em Voltar perto da parte inferior do menu. de pesquisa, ela aparecerá em um cabeçalho chamado
Se você não tiver certeza do que um programa faz, "Arquivos".
mova o ponteiro sobre o respectivo ícone ou nome. Painel direito.
Aparecerá uma caixa com uma descrição do programa. O painel direito do menu Iniciar contém links para
Por exemplo, a ação de apontar para a Calculadora partes do Windows que você provavelmente usará
exibe esta mensagem: "Executa tarefas aritméticas bá- com mais frequência. Aqui estão elas, de cima para
sicas com uma calculadora na tela". Isso funciona tam- baixo:
bém para itens no painel direito do menu Iniciar.
 Pasta pessoal. Abre a pasta pessoal, que recebe o
Você notará que, com o tempo, as listas de progra-
nome de quem está conectado no momento ao
mas no menu Iniciar vão sendo alteradas. Isso acon-
tece por dois motivos. Em primeiro lugar, quando você Windows. Por exemplo, se o usuário atual for Luci-
instala novos programas, eles são adicionados à lista ana Ramos, a pasta se chamará Luciana Ramos.
Todos os Programas. Em segundo lugar, o menu Iniciar Esta pasta, por sua vez, contém arquivos específi-
detecta quais programas você usa mais e os substitui cos do usuário, como as pastas Meus Documentos,
no painel esquerdo para acesso rápido. Minhas Músicas, Minhas Imagens e Meus Vídeos.
A caixa de pesquisa  Documentos. Abre a biblioteca Documentos, na qual
é possível acessar e abrir arquivos de texto, plani-
A caixa de pesquisa fará uma busca rápida nos pro- lhas, apresentações e outros tipos de documentos.
gramas e em todas as pastas da sua pasta pessoal

289
Apostila PRF

 Imagens. Abre a biblioteca Imagens, na qual é pos- A barra de tarefas é aquela barra longa horizontal na
sível acessar e exibir imagens digitais e arquivos parte inferior da tela. Diferentemente da área de traba-
gráficos. lho, que pode ficar obscurecida devido às várias janelas
 Música. Abre a biblioteca Músicas, na qual é possí- abertas, a barra de tarefas está quase sempre visível.
vel acessar e tocar música e outros arquivos de áu- Ela possui três seções principais:
dio.
 Jogos.Abre a pasta Jogos, na qual é possível aces-  O botão Iniciar , que abre o menu Iniciar.
sar todos os jogos no computador.  A seção intermediária, que mostra quais programas
 Computador.Abre uma janela na qual é possível e arquivos estão abertos e permite que você alterne
acessar unidades de disco, câmeras, impressoras, rapidamente entre eles.
scanners e outros hardwares conectados ao compu-  A área de notificação, que inclui um relógio e ícones
tador. (pequenas imagens) que comunicam o status de de-
 Painel de Controle.Abre o Painel de Controle, no terminados programas e das configurações do com-
qual é possível personalizar a aparência e a funcio- putador.
nalidade do computador, instalar ou desinstalar pro- Manter o controle das janelas
gramas, configurar conexões de rede e gerenciar Sempre que você abre um programa, uma pasta ou
contas de usuário.
um arquivo, o Windows cria um botão na barra de ta-
 Dispositivos e Impressoras. Abre uma janela onde é refas correspondente a esse item. Esse botão exibe um
possível exibir informações sobre a impressora, o ícone que representa o programa aberto.
mouse e outros dispositivos instalados no seu com-
putador.
 Programas Padrão. Abre uma janela onde é possí-
vel selecionar qual programa você deseja que o
Windows use para determinada atividade, como
navegação na Web.
 Ajuda e Suporte. Abre a Ajuda e Suporte do Win-
dows onde você pode procurar e pesquisar tópicos
da Ajuda sobre como usar o Windows e o compu-
tador.
Na parte inferior do painel direito está o botão de
Desligar. Clique no botão Desligar para desligar o com-
putador.
O clique na seta ao lado do botão Desligar exibe um Cada programa possui seu próprio botão na barra
menu com opções adicionais para alternar usuários, fa- de tarefas Observe que o botão na barra de tarefas para
zer logoff, reiniciar ou desligar. o Campo Minado está realçado. Isso indica que o
Campo Minado é a janela ativa, ou seja, que está na
frente das demais janelas abertas e que você pode in-
teragir imediatamente com ele.
Para alternar para outra janela, clique no botão da
barra de tarefas. Neste exemplo, se você clicar no bo-
tão da barra de tarefas referente à Calculadora, sua ja-
nela será trazida para a frente.

Clique no botão Desligar para desligar o computador


ou clique na seta para verificar outras opções.
Personalizar o menu Iniciar
Você pode controlar quais itens aparecerão no
menu Iniciar. Por exemplo, você pode adicionar ícones
de seus programas favoritos ao menu Iniciar para
acesso rápido ou remover programas da lista. Você
também pode ocultar ou mostrar certos itens no painel
direito.
A barra de tarefas

290
Apostila PRF

Clique em um botão da barra de tarefas para alter- A área de notificação, na extrema direita da barra de
nar para a janela correspondente tarefas, inclui um relógio e um grupo de ícones. Ela tem
a seguinte aparência:
Minimizar e restaurar janelas
Quando uma janela está ativa (seu botão da barra
de tarefas aparece realçado), o clique no botão corres- A área de notificação no lado direito da barra de ta-
pondente minimiza a janela. Isso significa que a ja- refas
nela desaparece da área de trabalho. Minimizar uma ja- Esses ícones comunicam o status de algum item no
nela não a fecha, nem exclui seu conteúdo. Simples- computador ou fornecem acesso a determinadas confi-
mente a remove da área de trabalho temporariamente.
gurações. O conjunto de ícones que você verá varia em
Na figura abaixo, a Calculadora foi minimizada, mas
função dos programas ou serviços instalados e de
não fechada. Você sabe que ela ainda está em execu-
ção porque existe um botão na barra de tarefas. como o fabricante configurou seu computador.
Quando você mover o ponteiro para um determi-
nado ícone, verá o nome desse ícone e o status de uma
configuração. Por exemplo, apontar para o ícone de vo-
lume mostrará o nível de volume atual do computa-
dor. Apontar para o ícone de rede informará se você
está conectado a uma rede, qual a velocidade da cone-
xão e a intensidade do sinal.
Em geral, o clique duplo em um ícone na área de
notificação abre o programa ou a configuração associ-
ada a ele. Por exemplo, a ação de clicar duas vezes no
ícone de volume abre os controles de volume. O clique
duplo no ícone de rede abre a Central de Rede e Com-
partilhamento.
De vez em quando, um ícone na área de notificação
exibirá uma pequena janela pop-up (denominada noti-
A ação de minimizar a Calculadora deixa visível so-
ficação) para informá-lo sobre algo. Por exemplo, de-
mente seu botão da barra de tarefas
pois de adicionar um novo dispositivo de hardware ao
Também é possível minimizar uma janela clicando seu computador, é provável que você veja o seguinte:
no botão de minimizar, no canto superior direito da ja-
nela.

Botão Minimizar (à esquerda) A área de notificação exibe uma mensagem depois


Para restaurar uma janela minimizada (fazê-la que o novo hardware é instalado
aparecer novamente na área de trabalho), clique no Clique no botão Fechar no canto superior direito
respectivo botão da barra de tarefas.
da notificação para descartá-la. Se você não fizer nada,
a notificação desaparecerá após alguns segundos.
Para evitar confusão, o Windows oculta ícones na
Ver visualizações das janelas abertas área de notificação quando você fica um tempo sem
Quando você move o ponteiro do mouse para um usá-los. Se os ícones estiverem ocultos, clique no bo-
botão da barra de tarefas, uma pequena imagem apa- tão Mostrar ícones ocultos para exibi-los temporaria-
rece mostrando uma versão em miniatura da janela cor- mente.
respondente. Essa visualização, também chamada de
miniatura, é muito útil. Além disso, se uma das janelas
tiver execução de vídeo ou animação, você verá na vi-
sualização.
Observação
 Você poderá visualizar as miniaturas apenas se o Clique no botão Mostrar ícones ocultos para exibir
Aero puder ser executado no seu computador e todos os ícones na área de notificação
você estiver executando um tema do Windows 7. Personalizar a barra de tarefas
A área de notificação

291
Apostila PRF

Existem muitas formas de personalizar a barra de eles. Um atalho é um ícone que representa um link para
tarefas de acordo com as suas preferências. Por exem- um item, em vez do item em si. Quando você clica em
plo, você pode mover a barra de tarefas inteira para a um atalho, o item é aberto. Se você excluir um atalho,
esquerda, para a direita ou para a borda superior da somente ele será removido, e não o item original. É pos-
tela. Também pode alargar a barra de tarefas, fazer sível identificar atalhos pela seta no ícone correspon-
com que o Windows a oculte automaticamente dente.
quando não estiver em uso e adicionar barras de ferra-
mentas a ela.
A área de trabalho

A área de trabalho é a principal área exibida na


tela quando você liga o computador e faz logon no
Um ícone de arquivo (à esquerda) e um ícone de
Windows. Ela serve de superfície para o seu trabalho, atalho (à direita)
como se fosse o tampo de uma mesa real. Quando
você abre programas ou pastas, eles são exibidos na  ExcluirMovendo ícones
área de trabalho. Nela, também é possível colocar O Windows empilha os ícones em colunas no lado
itens, como arquivos e pastas, e organizá-los como qui- esquerdo da área de trabalho, mas você não precisa se
ser. prender a essa disposição. Você pode mover um ícone
A área de trabalho é definida às vezes de forma arrastando-o para um novo local na área de trabalho.
mais abrangente para incluir a barra de tarefas. A Também pode fazer com que o Windows organize
barra de tarefas fica na parte inferior da tela. Ela automaticamente os ícones. Clique com o botão direito
mostra quais programas estão em execução e permite do mouse em uma parte vazia da área de trabalho, cli-
que você alterne entre eles. Ela também contém o bo- que em Exibir e em Organizar ícones automatica-
tão Iniciar , que pode ser usado para acessar pro- mente. O Windows empilha os ícones no canto supe-
gramas, pastas e configurações do computador. rior esquerdo e os bloqueia nessa posição. Para des-
Trabalhando com ícones da área de trabalho bloquear os ícones e tornar a movê-los novamente, cli-
que outra vez em Organizar ícones automatica-
Ícones são imagens pequenas que representam ar-
quivos, pastas, programas e outros itens. Ao iniciar o mente, apagando a marca de seleção ao lado desta
Windows pela primeira vez, você verá pelo menos um opção.
ícone na área de trabalho: a Lixeira (mais detalhes adi- Observação
ante). O fabricante do computador pode ter adicionado  Por padrão, o Windows espaça os ícones igual-
outros ícones à área de trabalho. Veja a seguir alguns mente em uma grade invisível. Para colocar os íco-
exemplos de ícones da área de trabalho. nes mais perto ou com mais precisão, desative a
grade. Clique com o botão direito do mouse em uma
parte vazia da área de trabalho, aponte para Exibir
e clique em Alinhar ícones à grade para apagar a
marca de seleção. Repita essas etapas para reativar
a grade.
Selecionando vários ícones
Para mover ou excluir um grupo de ícones de uma
Exemplos de ícones da área de trabalho só vez, primeiro é necessário selecionar todos eles. Cli-
que em uma parte vazia da área de trabalho e arraste
Se você clicar duas vezes em um ícone da área de o mouse. Contorne os ícones que deseja selecionar
trabalho, o item que ele representa será iniciado ou com o retângulo que aparecerá. Em seguida, solte o
aberto. botão do mouse. Agora você pode arrastar os ícones
Adicionando e removendo ícones da área de tra- como um grupo ou excluí-los.
balho
Você pode escolher os ícones que serão exibidos na
área de trabalho, adicionando ou removendo um ícone
a qualquer momento. Algumas pessoas preferem uma
área de trabalho limpa, organizada, com poucos ícones
(ou nenhum). Outras preferem colocar dezenas de íco-
nes na área de trabalho para ter acesso rápido a pro-
gramas, pastas e arquivos usados com frequência. Selecione vários ícones da área de trabalho arras-
Se quiser obter acesso fácil da área de trabalho a tando um retângulo em torno deles
seus programas ou arquivos favoritos, crie atalhos para Ocultando ícones da área de trabalho

292
Apostila PRF

Para ocultar temporariamente todos os ícones da pando no disco rígido, é necessário excluí-los da Li-
área de trabalho sem realmente removê-los, clique com xeira. Você pode excluir arquivos específicos da Lixeira
o botão direito do mouse em uma parte vazia da área ou esvaziá-la totalmente de uma só vez.
de trabalho, clique em Exibir e em Mostrar Ícones da 1. Siga um destes procedimentos:
Área de Trabalho para apagar a marca de seleção o Para excluir permanentemente um arquivo, cli-
dessa opção. Agora, nenhum ícone aparece na área de que nele, pressione Excluir e clique em Sim.
trabalho. Para vê-los novamente, clique outra vez em o Para excluir todos os arquivos, na barra de ferra-
Mostrar Ícones da Área de Trabalho. mentas, clique em Esvaziar Lixeira e em Sim.
A Lixeira
Quando você exclui um ar- Dicas
quivo ou pasta, eles na verdade
não são excluídos imediata- o Você pode esvaziar a Lixeira, sem abri-la, clicando
mente; eles vão para a Lixeira. com o botão direito do mouse em Lixeira e depois
Isso é bom porque, se você mudar de ideia e precisar em Esvaziar Lixeira.
de um arquivo excluído, poderá obtê-lo de volta. o Você pode excluir permanentemente um arquivo do
computador sem enviá-lo para a Lixeira, clicando no
A Lixeira vazia (à esquerda) e cheia (à direita) arquivo e pressionado as teclas Shift+Delete.
Se tiver certeza de que não precisará mais dos itens
excluídos, poderá esvaziar a Lixeira. Ao fazer isso, ex- CONCEITOS DE ORGANIZAÇÃO E DE GERENCIA-
cluirá permanentemente os itens e recuperará o espaço MENTO DE INFORMAÇÕES, ARQUIVOS, PASTAS
em disco por eles ocupados. E PROGRAMAS.
Para recuperar arquivos da Lixeira
1. Siga um destes procedimentos: Todo e qualquer software ou informação gravada
o Para restaurar um arquivo, clique nele e, na barra em nosso computador será guardada em uma unidade
de ferramentas, clique em Restaurar este item. de disco, (HD, cartão de memória, pen drive, CD, DVD,
o Para restaurar todos os arquivos, verifique se ne- etc..). Essas informações só podem ser gravadas de
nhum arquivo está selecionado e, na barra de uma forma: elas são transformadas em arquivos.
ferramentas, clique em Restaurar todos os Arquivo é apenas a nomenclatura que usamos
itens. para definir Informação Gravada. Quando digitamos
um texto ou quando desenhamos uma figura no com-
putador, o programa (software) responsável pela ope-
Os arquivos serão restaurados para seus locais ori- ração nos dá a opção de gravar a informação com a
ginais no computador. qual estamos trabalhando e, após a gravação, ela é
transformada em um arquivo e colocada em algum lu-
gar em uma unidade de disco. Essa é a operação que
chamamos de salvar um arquivo.
No momento da gravação, duas informações são
necessárias para prosseguir com o salvamento: O
nome do arquivo e a pasta (diretório) onde ele será
salvo.
Uma pasta pode conter arquivos e outras pastas. As
pastas são comumente chamadas de Diretórios, nome
que possuíam antes. Os arquivos e as pastas devem
ter um nome. O nome é dado no momento da criação.
Recuperando um item da Lixeira
A Regra para nomenclatura de arquivos e pastas varia
Observações para cada Sistema Operacional. No Windows, os no-
 Se você excluir um arquivo de um local que não seja mes podem conter até 256 caracteres (letras, números,
seu computador (como uma pasta da rede), o ar- espaço em branco, símbolos), com exceção destes / \ |
quivo poderá ser permanentemente excluído, em >< * ? : “ que são reservados pelo Windows.
vez de armazenado na Lixeira. Os arquivos são gravados nas unidades de disco, e
Excluir arquivos permanentemente da Lixeira ficam lá até que sejam apagados. Quando solicitamos
Ao excluir um arquivo, geralmente ele é movido para trabalhar com um arquivo anteriormente gravado (esse
a Lixeira, de forma que você possa restaurá-lo posteri- processo chama-se abrir o arquivo), o arquivo perma-
ormente, se necessário nece no disco e uma cópia de suas informações é co-
piada na memória RAM para que possamos editá-lo. Ao
Para remover arquivos permanentemente do com- abrir um arquivo, pode-se alterá-lo indiscriminada-
putador e recuperar o espaço que eles estavam ocu- mente, mas as alterações só terão efeito definitivo se o
salvarmos novamente.

293
Apostila PRF

 Posicione o cursor sobre o arquivo ou pasta / pres-


Windows Explorer (literalmente do inglês "Explo- sione e mantenha pressionado botão direito do
rador do Windows", nome pelo qual é encontrado na mouse / arraste para a outra pasta ou unidade / op-
ção “copiar aqui”.
versão portuguesa de todas as versões do Windows) é
um gerenciador de arquivos e pastas do sistema Win-
Mover arquivos e pastas :
dows. Ou seja, é utilizado para a cópia, exclusão, orga-
nização, movimentação e todas as atividades de geren-
 Selecionar o arquivo ou pasta / menu editar / recor-
ciamento de arquivos, podendo também ser utilizado tar e colar
para a instalação de programas.  Selecionar arquivo ou pasta / barra de ferramentas /
botão “mover para...”
Excluir um arquivo enviando para LIXEIRA:  Clique com botão direito sobre o arquivo ou pasta /
recortar e colar .
 Menu arquivo / opção excluir.  Posicione o cursor sobre o arquivo ou pasta / pres-
 Tecla delete. sione e mantenha pressionado botão esquerdo do
 Botão excluir. mouse / arraste para a outra pasta ou unidade.
 Clique com botão direito / opção excluir  Posicione o cursor sobre o arquivo ou pasta / pres-
 Clique e arraste para a lixeira com botão esquerdo. sione e mantenha pressionado botão direito do
mouse / arraste para a outra pasta ou unidade / op-
 Clique e arraste para a lixeira com botão direito .
ção “mover para cá”.
NÃO VAI PARA LIXEIRA

 Clique as teclas: shift + del Senha de proteção e senha de gravação.


 Clique e arraste para lixeira com shift pressionada.
 Menu arquivo do aplicativo (Word , Excel , Power
Obs: mesmo arquivos com senha de proteção po-
point ou Access) / opção “salvar como...” / botão fer-
dem ser excluidos ramentas / opções de segurança.
Criar pasta: Menu ferramentas do aplicativo / opções... / guia se-
 Selecionar unidade ou pasta , menu arquivo / novo /
gurança.
pasta .
 Seleciona unidade ou pasta , clicar no botão pastas
/ criar nova pasta.
 Clique com botão direito do mouse na área de tra-
balho / novo / pasta.
 Selecione unidade ou pasta , clique com botão di-
reito em uma área livre / novo / pasta. INFORMÁTICA
Renomear pasta ou arquivo.
Assista Canal prof. Augusto Moura
 Selecionar o arquivo ou pasta / menu arquivo / op-
ção renomear.
 Clique com botão direito do mouse sobre o arquivo https://www.youtube.com/chan-
ou pasta / opção renomear. nel/UC4xVjdtotuP23Kqzuul9iJA
 Após selecionar o arquivo ou pasta / clique nova-
mente sobre o arquivo.
 Tecle F2
Copiar arquivos e pastas :

 Selecionar o arquivo ou pasta / menu editar / copiar


e colar
 Selecionar arquivo ou pasta / barra de ferramentas /
botão “copiar para...”
 Clique com botão direito sobre o arquivo ou pasta /
copiar e colar .
 Posicione o cursor sobre o arquivo ou pasta / pres-
sione e mantenha pressionado botão esquerdo do
mouse / arraste para a outra pasta ou unidade man-
tendo a tecla CTRL pressionado.

294
29
APLICATIVO OFFICE:
5

APLICATIVO OFFICE: para Microsoft Windows, Unix, Solaris, Li-


nux e Mac OS X, mantida pela Oracle. O conjunto
A Microsoft Office é uma suíte de aplicativos para usa o formato ODF (OPEN DOCUMENT).
escritório que contém programas como processador O LibreOffice surgiu como uma ramificação do pro-
de texto, planilha de cálculo, banco de dados, apre- jeto original OpenOffice.org, que, por sua vez, é ori-
sentação gráfica e gerenciador de tarefas, de e- undo do StarOffice 5.1, adquirido pela Sun Mi-
mails e contatos. crosystems ao adquirir a Star Division em agosto
Versões: de 1999. O código fonte da suíte foi liberado para
que fosse possível a participação de contribuintes
para desenvolvê-lo, dando início ao projeto de de-
Programas senvolvimento de um software de código
Funcionalidade aberto em 13 de outubro de2000, o OpenOffice.org.
MSOFFICE O principal objetivo era fornecer uma alternativa de
baixo custo, de alta qualidade e de código aberto.

Word BrOffice era o nome adotado no Brasil da suíte


para escritório gratuita e decódigo aberto LibreOf-
fice.
PROGRAMAS
Excel FUNCIONALIDADE
LIBREOFFICE

WRITER
Power Point
CALC

IMPRESS

Access BASE

MATH

MS Outlook DRAW

Formato de arquivos:
Publisher
A estrutura de um arquivo que define a maneira
como ele é armazenado e apresentado na tela
ou em impressão. Normalmente, o formato de
Front Page um arquivo é indicado por sua extensão. Por
exemplo, .txt após um nome de arquivo indica
que ele é um documento de texto e .doc indica
que ele é um documento do Word.

MSOffice 2003:
OpenOffice.org é um conjunto de aplicativos para
e escritório livres multiplataforma, distribuída Word
Apostila PRF

Excel Características do MSOffice:

Power

Point

Access INFORMÁTICA
linguagem de marcação extensível (XML) Assista Canal prof. Augusto Moura
Linguagem de metamarcação que fornece um for- https://www.youtube.com/chan-
mato para descrever dados estruturados. Facilita
declarações de conteúdo mais precisas e resulta- nel/UC4xVjdtotuP23Kqzuul9iJA
dos de pesquisa mais significativos em várias plata-
formas. Além disso, a linguagem XML possibilitará
uma nova geração de aplicativos de manipulação e
exibição de dados baseados na Web.

MSOffice 2007:
Características do LibreOffice:
Word

Excel

Power

Point

Access
INFORMÁTICA

Assista Canal prof. Augusto Moura

https://www.youtube.com/chan-
nel/UC4xVjdtotuP23Kqzuul9iJA
LIBREOFFICE FORMATOS

WRITER

CALC

IMPRESS

296
29
PLANILHAS ELETRÔNICAS:
7

Exemplos:
PLANILHAS ELETRÔNICAS:

1-Iniciar Fórmulas: =10/5*2+6^2

EX-
CEL

@ +30+50-20*2

CALC

2- Operadores aritméticos:

-6*(4-3)+8/4-9
^
/
=81^(1/3)
*
+
-
%
Apostila PRF

3- operadores de comparação:

5- Operadores lógicos:

4- Operadores de texto: &


6-Funções:

=A2&B2
=SOMA(A2;C6;B1;C3)

=A1&B1&A3
+SOMA(A3-B2+C1)

=B2&” “&B3
-SOMA(A1:B2)

=CONCATENAR(A1;B3;A1)
@SOMA(A2.B3)

298
29
PLANILHAS ELETRÔNICAS:
9

=SOMA(B2....C3)

=MÁXIMO(A1:C3)
=CONT.SE(A1:C3;”>50”)

=MAIOR(A1:C3;2)

=SOMASE(A1:C3;”<>100”)

=MÍNIMO(A1:C3)

=SE(B2<30;2*A2;C1/2)
=MENOR(A1:C3;3)

=MÉDIA(A1:A3)
=SE(E(C1<>10;A3=30);A1+A2;A3+B3)

=CONT.NÚM(A1:C4)

=SE(C2<=40;SE(B2<>20;A1^2;C3/2);0)

=SE(C2>40;SE(B2<>20;A1^2;C3/2);0)
Apostila PRF

=HOJE()

7- Operadores de referência:

=MULT(A1;A2;A3) Relativa:

Absoluta:

=SOMA(A3&C2&B1)

Mista:

=SOMA(A1:B2 B2:C3)

Obs.:

=SOMA(A1:B2!B2:C3)

=AGORA()

300
30
PLANILHAS ELETRÔNICAS:
1

8- Referência a outra planilha: 9- Referência a outra pasta:

EXCEL: EXCEL:

CALC:

CALC:
Apostila PRF

10 – Gráficos:

302
30
PLANILHAS ELETRÔNICAS:
3

11 – Seleção de células:
Apostila PRF

12- Congelar painéis.

Excel 2003: Congelar apenas 1ª linha.

Excel 2007:

Calc:

Congelar 1ª linha e 1ª coluna:

Congelar apenas 1ª coluna.

304
30
PLANILHAS ELETRÔNICAS:
5

13 – Janelas: CALC.

1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
Apostila PRF

14 – JANELAS: EXCEL 2007.

1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18

306
PLANILHAS ELETRÔNICAS:307

16- BOTÕES:

EXCEL
Apostila PRF

CALC:

1 12
2 13
3 14
4 15
5 16
6 17
7 18
8 19
9 20
10 21
11

308
PLANILHAS ELETRÔNICAS:309

1 11
2 12
3 13
4 14
5 15
6 16
7 17
8 18
9 19
10
Apostila PRF

EDITORES DE TEXTO
Formatos de arquivos de texto
O Microsoft Wordpermite salvar um documento em vários formatos:
Menu Arquivo> Salvar como > Salvar como tipo.

.doc Documento do Word 97-2003


.docx Documento do Word 2007-2010
.odt Documento de texto LibreOffice Writer
.rtf RichTextFormat.
.html Página web.
.dot Salva na pasta modelo
.xml Formato de compartilhamento.
.txt Texto sem formatação.

Nota:
XML PaperSpecification (XPS) é um formato de arquivo eletrônico de layout fixo que preserva a formatação do
documento e possibilita o compartilhamento de arquivo. O formato XPS garante que, quando o arquivo é exibido on-
line ou é impresso, ele mantém exatamente o formato pretendido e os dados no arquivo não podem ser facilmente
alterados. Para exibir um arquivo no formato XPS, você precisará de um visualizador.

Barra de status

Os botões da barra de status são acionador por duplo clique.

Gravar macro (menuFerramentas)

Alterações controladas (menuFerramentas)

Estender seleção (Shift)

Sobrescrever (Insert)

Idioma do corretor ortográfico

Status do corretor ortográfico

310
EDITORES DE TEXTO 311

Seleção de texto

palavra Duplo clique na palavra


parágrafo Triplo clique sobre qualquer palavra do parágrafo.
período Pressione e mantenha Shift pressionado, clique sobre qualquer palavra do período.
Caractere à direita Shift + seta à direita
Caractere à esquerda Shift + seta à esquerda
Linha acima Shift + seta acima
Linha abaixo Shift + seta abaixo
Até fim de linha Shift + End
Até início de linha Shift + Home
Palavra à direita Ctrl+ Shift + seta à direita
Palavra à esquerda Ctrl + Shift + seta à esquerda
Parágrafo acima Ctrl + Shift + seta acima
Parágrafo abaixo Ctrl + Shift + seta abaixo
Até fim do documento Ctrl + Shift + End
Até início do documento Ctrl + Shift + Home

Teclas de atalho

Menu Arquivo

Ctrl +O Novo docu-


mento
Ctrl +A Abrir docu-
mento
Ctrl +B Salvar do-
cumento
Ctrl +P Imprimir
documento

Menu Editar

Ctrl +Z Desfazer a última


ação
Ctrl +R Refazer a última ação
Ctrl +T Selecionar tudo
Ctrl +X Recortar texto
Ctrl +C Copiar texto
Ctrl +V Colar texto
Ctrl +L Localizar palavra
Ctrl +U Substituir palavra
Ctrl +Y Ir para
Apostila PRF

Formatação

Ctrl +N Negrito
Ctrl +S Sublinhado
Ctrl +I Itálico
Ctrl +J Justificado
Ctrl +E Centralizado
Ctrl +G Alinhar à direita
F11 Alinhar à esquerda
Letras maiúsculas
Shift + F3 Letras minúsculas
Primeira letra maiúscula
Ctrl+> aumenta tamanho de fonte
Ctrl+< diminui tamanho de fonte
F7 Corretor ortográfico e gramatical

Deslocando-se o mouse para a esquerda até assumir forma de seta para direita.

Um clique seleciona linha.

Dois cliques seleciona parágrafo.

Três cliques seleciona todo o documento.

Recuo no Word
Permite organizar parágrafos clicando com o recuo e mantendo pressionado arrastar.
1- Recuo de primeira linha.
2- Recuo deslocado.
3- Recuo à esquerda.

4- Recuo à direita.

Tabulação
Permite construir tabelas no Word.
À direita

Centralizada

À esquerda

Decimal

Barra

312
EDITORES DE TEXTO 313

Seleciona objeto de procura (Word)


Permite a localização de palavras, gráficos, seção, etc.

Botões da barra de ferramentas padrão

Word Atalho Funcionalidade

Ctrl + O Cria um novo documento em branco.

Abre caixa de diálogo que permite abrir um documento que já está gravado em
Ctrl + A
alguma unidade de disco.
Salva as alterações feitas em um arquivo (conserva o nome, o local e o formato
Ctrl + B
atual).
(Destinatário da mensagem) permite enviar o conteúdo do documento como o
-
corpo da mensagem de correio eletrônico.
Envia documento ativo para a fila de impressão, não abre janela para definir op-
-
ções de imprimir.

- Abre a janela Visualizar impressão.

F7 Inicia o processo de verificação ortográfica.

Ctrl + X Recortar (move o que estiver selecionado para a área de transferência).

Ctrl + C Copiar (duplica o que estiver selecionado na área de transferência).

- Colar (insere o conteúdo da área de transferência no local onde estiver o cursor).

Pincel (copia formatos) - para usar o pincel podemos seguir o seguinte procedi-
- mento: 1) selecionar a palavra ou o bloco de texto que já está formatado; 2) clicar
no pincel; e 3) selecionar a palavra ou o bloco de texto que receberá a formatação.
Desfaz a ação realizada mais recentemente. Nem todas as ações podem ser des-
-
feitas.
- Permite refazer uma ação desfeita.

Insere um hyperlink.

- Insere uma tabela.

- Exibe ou oculta a barra de ferramentas “desenho”.

Exibe ou oculta caracteres nãoimprimíveis, tais como: marca de parágrafo, carac-


-
teres de tabulação, espaço, quebras (página, coluna, seção) e texto oculto.
- Permissões – abre assistente que permite configurar permissão de acesso aos
arquivos.
Apostila PRF

- Pesquisa em dicionário de sinônimos.

- Exibe ou oculta a barra de ferramentas “tabelas e bordas”.

- Insere uma planilha do Excel.

- Permite dividir o texto ou o bloco de texto selecionado em colunas.

- Ativa ou desativa a “estrutura do documento”, um painel vertical na extremidade


esquerda da janela do documento que dispõe em tópicos a estrutura do docu-
mento.
- Modifica o zoom - determina o tamanho da visualização do documento na tela -
(não altera o tamanho da fonte).
- Ativa o Assistente do Office.

- Modo de exibição de leitura.

Botões da barra de ferramentas formatação

Aplicar estilo.

Altera o tipo da fonte.

Altera o tamanho da fonte.

-
Estilo e formatação.

Ctlr + N
Aplica negrito.

Ctrl + I
Aplica itálico.

Ctrl+ S
Aplica sublinhado simples.

Ctrl + G
Aplica o alinhamento à esquerda.

Ctrl + E
Aplica o alinhamento centralizado.

Ctrl + Q
Aplica o alinhamento à direita.

Ctrl + J
Aplica o alinhamento justificado.

-
Adiciona ou remove números de parágrafos selecionados.

314
EDITORES DE TEXTO 315

-
Adiciona ou remove marcadores de parágrafos selecionados.

-
Diminui o recuo esquerdo.

-
Aumenta o recuo esquerdo.

-
Permite modificar a cor da fonte.

-
Aplica realce ao que estiver selecionado.

Aplica sombreamento (plano de fundo) em parágrafo ou texto


- selecionado.

-
Altera espaçamento entre caracteres.

-
Aplica bordas.
Apostila PRF

Janela do Word 2007

Janela do Word 2010

316
EDITORES DE TEXTO 317

Descrição dos botões e barras

1 Botão de controle. Atalho de teclado ALT + Espaço.


2 Barra de ferramentas de acesso rápido.
3 Barra de títulos – duplo clique alterna entre maximizar e restaurar.
4 Guias – abas –tabs.
5 Botão que exibe ou oculta faixa de opções.
6 Faixa de opções.
7 Tabulação: à direita, centralizada, à esquerda, decimal e barra.
8 Botão régua – exibe ou oculta a régua.
9 Recuo: de primeira linha, deslocado, à direita e à esquerda.
10 Margem: superior esquerda, margem superior direita, inferior direita e inferior esquerda.
11 Régua horizontale régua vertical.
12 Barra de rolagem horizontal.
13 Seleciona objeto de procura.
14 Barra de status.
15 Botões do modo de exibição.
16 Zoom.

Botão Office

1. Clique no Botão Microsoft Office e, em seguida, clique em Novo.


2. Em Modelos, você vê as opções que pode usar para criar:
 umdocumento em branco, uma pasta de trabalho ou uma apresentação;
 umdocumento, uma pasta de trabalho ou uma apresentação a partir de um
modelo;
 umnovo documento, pasta de trabalho ou apresentação a partir de um arquivo
existente.
3. Se estiver conectado à internet, também poderá ver modelos disponíveis pelo Mi-
crosoft Office On-line.
Abre a caixa de diálogo Abrir no Windows XP.
Abre o Windows Explorer no Windows 7 na pasta biblioteca.

Abre a caixa de diálogo Salvar Como no Windows XP.


Abre o Windows Explorer no Windows 7 na pasta biblioteca.
Apostila PRF

318
EDITORES DE TEXTO 319

Fecha o aplicativo.

Configurações do Word.

Faixa de Opções
A Faixa de Opções foi criada para ajudar a localizar rapidamente os comandos necessários para executar uma tarefa.
Os comandos são organizados em grupos lógicos, reunidos em guias. Cada guia está relacionada a um tipo de ativi-
dade como gravação ou disposição de uma página. Para diminuir a desorganização, algumas guias são exibidas so-
mente quando necessário. Por exemplo, a guia Ferramentas de Imagem somente é exibida quando uma imagem é
selecionada.
Não é possível excluir ou substituir a Faixa de Opções pelas barras de ferramentas e menus das versões anteriores do
Microsoft Office. No entanto, você pode minimizar a Faixa de Opções para disponibilizar mais espaço na sua tela.
Para minimizar rapidamente a Faixa de Opções, clique duas vezes no nome da guia ativa. Clique duas vezes na guia
novamente para restaurar a Faixa de Opções.
Atalho do teclado:para minimizar ou restaurar a Faixa de Opções, pressione Ctrl+F1.

Faixa de opções: guia Início

Área de transferência do Microsoft Office


Apostila PRF

A área de transferência do Microsoft Office


permite que você copie diversos itens de
texto e gráfico dos documentos do Office
ou de outros programas e os cole em outro
documento do Office. Por exemplo, é pos-
sível copiar o texto de um e-mail, dados de
uma pasta de trabalho ou planilha e um
gráfico de uma apresentação e colá-los to-
dos em um documento. Ao usar a Área de
transferência do Office, é possível organi-
zar os itens copiados na maneira que de-
seja no documento.

320
EDITORES DE TEXTO 321

Aplicar estilo e formatação:

Para localizar e substituir texto:

Localizar (Ctrl + L)- Localizar texto no documento.


Substituir (Ctrl + U)- Substituir um texto no documento.
Selecionar tudo (Ctrl + T) - Selecionar texto ou objetos no documento.
Apostila PRF

Use Selecionar Objeto para permitir a seleção dos objetos posicionados atrás do texto.

Faixa de opções: guia Inserir

Indicador - Criar um indicador para atribuir um nome a um ponto específico em um documento.


Você pode criar hiperlinks que saltam diretamente para um local indicado.
Inserir hiperlink (Ctrl + K) - Criar um link para uma página da Web, uma imagem, um endereço de e-mail ou um
programa.
Inserir referência cruzada - Referir-se a itens como títulos, ilustrações e tabelas, inserindo uma referência cruzada
como “Consulte a Tabela 6 abaixo” ou “Vá para a página 8”.
As referências cruzadas serão atualizadas automaticamente se o conteúdo for movido para outro local. Por padrão,
elas são inseridas como hiperlinks.

322
EDITORES DE TEXTO 323

Cabeçalho - Editar o cabeçalho do documento. O conteúdo do cabeçalho será exibido no alto de cada página impressa.
Rodapé - Editar o rodapé do documento. O conteúdo do rodapé será exibido na parte inferior de cada página impressa.
Partes Rápidas - Inserir trechos de conteúdo reutilizável, incluindo campos, propriedades de documento como título e
autor ou quaisquer fragmentos de texto pré-formatado, criados por você.
Letra Capitular - Criar uma letra maiúscula grande no início de um parágrafo.
Linha de Assinatura - Inserir uma linha de assinatura que especifique a pessoa que deve assinar. A inserção de uma
assinatura digital requer uma identificação digital, como a de um parceiro certificado da Microsoft.
Caixa de Texto - Inserir caixas de texto pré-formatadas.
WordArt- Inserir um texto decorativo no documento.
Data e Hora - Inserir a data ou hora atuais no documento atual.
Inserir objeto - Inserir um objeto incorporado.

Permite inserir equações e símbolos:

Faixa de opções: guia Layout de Página

Temas - Alterar o design geral do documento inteiro, incluindo cores, fontes e efeitos.
Cores do Tema - Alterar as cores do tema atual.
Fontes do Tema- Alterar as fontes do tema atual.
Efeitos do Tema- Alterar os efeitos do tema atual.

Configurar página- Margens - Selecionar os tamanhos de margem do documento inteiro ou da seção atual.
Orientação da página- Alternar as páginas entre os layouts Retrato e Paisagem.
Tamanho da página - Escolher um tamanho de papel para a seção atual. Para aplicar específico a todas as seções
do documento, clique em Mais Tamanhos de Papel.
Números de linha- Adicionar números de linha à margem lateral de cada linha do documento.
Colunas - Dividir o texto em duas ou mais colunas.
Inserir Página e quebra de seção- Adicionar página, seção ou quebras de coluna ao documento.
Hifenização - Ativar a hifenização, que permite ao Word quebrar linhas entre as sílabas das palavras. Os livros e as
revistas hifenizam o texto para proporcionar um espaçamento mais uniforme entre as palavras.
Apostila PRF

Faixa de opções: guia Referências

Sumário - Adicionar um sumário ao documento. Depois que você adicionar um sumário, clique no botão Adicionar
texto para adicionar entradas à tabela.
Adicionar Texto - Adicionar o parágrafo atual como uma entrada do sumário.
Atualizar Sumário - Atualizar o sumário de modo que todas as entradasindiquem o número de página correto.
Mostrar Notas - Rolar o documento para mostrar o local em que as notas de rodapé ou notas de fim estão localizadas.
Inserir Nota de Rodapé (Alt+Ctrl+F) - Adicionar uma nota de rodapé ao documento. As notas de rodapé serão renu-
meradas automaticamente no documento.
Inserir Nota de Fim (Alt+Ctrl+D) - Adicionar uma nota de fim ao documento. As notas de fim são inseridas no final do
documento.
Próxima Nota de Rodapé - Navegador até a próxima nota de rodapé do documento. Clique na seta para navegar até
a nota de rodapé anterior ou navegue até a nota de fim anterior ou seguinte.
Mostrar Notas - Rolar o documento para mostrar o local em que as notas de rodapé ou notas de fim estão localizadas.

Bibliografia - Adicionar uma bibliografia, que lista todas as fontes citadas no documento.
Inserir citação- Citar um livro, artigo de jornal ou outro periódico como fonte das informações do documento. Escolha
uma opção da lista de fontes que você criou ou especifique informações sobre uma nova fonte. O Word formatará a
citação de acordo com o estilo selecionado.
Bibliografia - Adicionar uma bibliografia, que lista todas as fontes citadas no documento.
Gerenciar fontes bibliográficas- Exibir a lista de todas as fontes citadas no documento.
Estilo de bibliografia- Escolher o estilo da citação a ser utilizado no documento.As opções mais conhecidas são Estilo
APA, Estilo Chicago e Estilo MLA.
Inserir referência cruzada - Referir-se a itens como títulos, ilustrações e tabelas, inserindo uma referência cruzada
como “Consulte a Tabela 6 abaixo” ou “Vá para a página 8”. As referências cruzadas serão atualizadas automatica-
mente se o conteúdo for movido para outro local. Por padrão elas são inseridas como hiperlinks.
Atualizar índice de ilustrações- Atualizar o Índice de Ilustrações de modo a incluir todas as entradas do documento.
Inserir índice de ilustrações- Inserir um índice de ilustrações no documento. Um índice de ilustrações inclui uma lista
com todas as ilustrações, tabelas ou equações do documento.
Inserir legenda - Uma legenda é uma linha de texto exibida abaixo de um objeto para descrevê-lo. Por exemplo:
“Figura 7: Padrões Meteorológicos Comuns”.

324
EDITORES DE TEXTO 325

Atualizar índice - Atualizar o índice de modo que todas as entradas indiquem o número de página correto.
Inserir índice- Inserir um índice no documento. Um índice é uma lista de palavras-chave encontradas no documento,
juntamente com os números das páginas em que as palavras aparecem.
Marcar entrada (Alt+Shift+X) - Incluir o texto selecionado no índice do documento.
Marcar Citação (Alt+Shift+I) - Adicionar o texto selecionado como uma entrada no índice de autoridades.
Inserir Índice de Autoridades - Inserir um índice de autoridades no documento. Um índice de autoridades relaciona
os casos, estatutos e outras autoridades citadas no documento.
Atualizar Índice de Autoridades - Atualizar o Índice de Autoridades de modo a incluir todas as citações do documento.

Faixa de opções: guia Revisão

Contar palavras - Saber o número de palavras, caracteres, parágrafos e linhas no documento.


Dicionário de sinônimos(Shift + F7) - Sugere outras palavras com significado semelhante ao da palavra selecionada.
Traduzir - Traduzir o texto selecionado em outro idioma.
Novo comentário - Adicionar um comentário sobre a seleção.
Excluir comentário - Excluir o comentário selecionado.
Próximo comentário - Navegar para o próximo comentário no documento.

Controlar alterações(Ctrl+ Shift + E) - Controlar todas as alterações feitas no documento, incluindo inserções, exclu-
sões e alterações de formatação.
Exibir para revisão - Escolher a forma de exibir as alterações propostas no documento. Final mostra o documento
com todas as alterações propostas incluídas; Original mostra o documento antes da implementação das alterações. As
marcações mostram as alterações que foram propostas.
Painel de revisão - Mostrar as revisões em uma janela separada.
Mostrar marcações - Escolher o tipo de marcação a ser exibido no documento. Você pode ocultar ou mostrar comen-
tários, inserções e exclusões, alterações de formatação e outros tipos de marcação.
Aceitar e passar para a próxima-Clique aqui para acessar outras opções como, por exemplo, aceitar todas as altera-
ções do documento.
Rejeitar e passar para a próxima- Rejeitar a alteração atual e passar para a próxima alteração proposta. Clique na
seta para rejeitar várias alterações de uma vez.
Apostila PRF

Próxima alteração - Navegar até a próxima revisão do documento, a fim de que você possa aceitá-la ou rejeitá-la.
Alteração anterior - Navegar até a revisão anterior do documento, a fim de que você possa aceitá-la ou rejeitá-la.

Comparar - Compare duas versões de um documento (gere documentos com alterações).


Combinar - Combine revisões de vários autores em um único documento.
Proteger documento- Restringir o modo como as pessoas podem acessar o documento.

Faixa de opções: guia Exibição

Layout de impressão- Exibir o documento do modo como ficará na página impressa.


Layout da web- Exibir o documento do modo como ficará como uma página da Web.
Modo de estrutura de tópicos - Exibir o documento como uma estrutura de tópicos e mostrar as ferramentas corres-
pondentes.
Leitura em tela inteira- Exibir o documento no Modo de Exibição de Leitura de tela inteira, a fim de maximizar o espaço
disponível para a leitura do documento ou para escrever comentários.
Rascunho - Exibir o documento como um rascunho para uma edição rápida do texto.
Certos elementos do documento, como cabeçalhos e rodapés, não ficarão visíveis neste modo de exibição.
Régua - Exibir as réguas, usadas para medir e alinhar objetos no documento.
Mapa do documento - Abrir o Mapa do Documento, que permite navegar por uma visão estrutural do documento.
Linhas de grade- Ativar linhas de grade que podem ser usadas para alinhar os objetos do documento.
Barra de mensagens- Abrir a Barra de Mensagens para executar quaisquer ações necessárias no documento.
Miniaturas - Abrir o painel Miniaturas, que pode ser usado para navegar por um documento longo através de pequenas
imagens de cada página.

Zoom - Abrir a caixa de diálogo Zoom para especificar o nível de zoom do documento. Na maioria dos casos, você
também pode usar os controles de zoom na barra de status, na parte inferior da janela, para alterar o zoom do docu-
mento rapidamente.
Uma página- Alterar o zoom do documento de modo que a página inteira caiba na janela.

326
EDITORES DE TEXTO 327

Duas páginas- Alterar o zoom do documento de modo que duas páginas caibam na janela.
Largura da página- Alterar o zoom do documento de modo que a largura da página corresponda à largura da janela.
100% - Alterar o zoom do documento para 100% do tamanho normal.
Nova janela - Abrir uma nova janela com uma exibição do documento atual.
Organizar tudo- Colocar todas asjanelas abertas no programa lado a lado na tela.
Exibir lado a lado- Exibir dois documentos lado a lado para poder comparar os respectivos conteúdos.
Rolagem sincronizada - Sincronizar a rolagem de dois documentos, de modo que rolem juntos na tela. Para habilitar
este recurso, ative “Exibir Lado a Lado”.
Dividir - Dividir a janela atual em duas partes, de modo que seções diferentes do documento possam ser vistas ao
mesmo tempo.
Redefinir posição da janela- Redefinir a posição da janela dos documentos que estão sendo comparados lado a lado
de modo que dividam a tela igualmente. Para habilitar este recurso, ative “Exibir Lado a Lado”.

Exibir Macros (Alt+F8) - Exibir a lista de macros, na qual você pode executar, criar ou excluir uma macro.
Apostila PRF

Régua – Recuo – Margens – Barra de Rolagem

Barra de rolagem - Barra de status

328
EDITORES DE TEXTO 329

LibreOffice Writer

1 Botão de controle: Atalho de teclado ALT + Espaço.


2 Barra de títulos: Duplo clique alterna entre maximizar e restaurar.
3 Barra de menus: ALT + teclar a letra sublinhada em cada menu exibe submenus.
4 Barra de ferramentas padrão: Botão novo, abrir, salvar, etc.
Apostila PRF

5 Barra de ferramentas formatação: Botão estilo e formatação, aplicar estilo, tipo de fonte,
etc.
6 Tabulação: à direita, centralizada, à esquerda, decimal e barra.
7 Margem: superior esquerda, margem superior direita, inferior direita e inferior esquerda.
8 Recuo: Da primeira linha, à direita e à esquerda.
9 Régua horizontal.
10 Régua vertical.
11 Barra de rolagem vertical.
12 Barra de rolagem horizontal.
13 Barrade ferramentas de desenho.
14 Barra de status.

330
EDITORES DE TEXTO 331

Botões da barra de ferramentas padrão

Funcionalidade Atalho Writer

Cria um novo documento em branco. Ctrl + N

Abre caixa de diálogo que permite abrir um documento que já


Ctrl + O
está gravado em alguma unidade de disco.

Salva as alterações feitas em um arquivo (conserva o nome, o lo-


Ctrl + S
cal e o formato atual).

(Destinatário da mensagem) permite enviar o documento anexo


-
em mensagem de correio eletrônico.

Envia documento ativo para a fila de impressão, não abre janela


para definir opções de imprimir. -

Abre a janela visualizar impressão. -

Inicia o processo de verificação ortográfica.

Recortar (move o que estiver selecionado para a área de transfe-


Ctrl + X
rência).

Copiar (duplica o que estiver selecionado na área de transferên-


Ctrl + C
cia).

Colar (insere o conteúdo da área de transferência no local onde


Ctrl + V
estiver o cursor).
Pincel (copia formatos) - para usar o pincel podemos seguir o se-
guinte procedimento: (1) selecionar a palavra ou o bloco de texto
-
que já está formatado; (2) clicar no pincel; e (3) selecionar a pala-
vra ou o bloco de texto que receberá a formatação

Desfaz a ação realizada mais recentemente. Nem todas as ações


Ctrl + Z
podem ser desfeitas.

Permite refazer uma ação desfeita. Ctrl + Y

Insere um hyperlink. -

Insere uma tabela. -

Exibe ou oculta a barra de ferramentas “desenho”. -


Apostila PRF

Botões da barra
Exibe ou oculta caracteres nãoimprimíveis, tais como: marca de de ferramentas
parágrafo, caracteres de tabulação, espaço, quebras (página, co- - formatação
luna, seção) e texto oculto.

Aplica estilo.
Botão editar arquivo: quando desativado exibe texto no modo so-
-
mente leitura, quando ativo permite edição do documento.

Altera o tipo da fonte.


Botão exportar diretamente como PDF. Permite salvar o arquivo
-
no formato PDF. O editor de texto não abre este arquivo.
Altera o tamanho da fonte.

Funcionalidade
Botão autoverificação ortográfica. Exibe ou oculta linhas ondula-Atalho Writer
-
das vermelhas abaixo dos erros de grafia.
Estilo e formatação.
Botão navegador: permite localizar objetos, figuras , tabelas, se-
F5
ção, hiperlinks, notas , etc., no documento.
Aplica negrito. CRTL + B
Botão galeria: permite inserir figuras e planos de fundo na pá-
-
gina.

Aplica itálico. Ctrl + I


Fonte de dados: permite acesso a banco de dados do LibreOf-
-
fice.

Aplica sublinhado simples. Ctrl + U

Aplica o alinhamento à esquerda. Ctrl + L

Aplica o alinhamento centralizado. Ctrl + C

Aplica o alinhamento à direita. Ctrl + R

Aplica o alinhamento justificado. Ctrl + J

Adiciona ou remove números de parágrafos seleciona-


-
dos.

Adiciona ou remove marcadores de parágrafos seleciona-


-
dos.

332
EDITORES DE TEXTO 333

Diminui o recuo esquerdo. -

Aumenta o recuo esquerdo. -

Permite modificar a cor da fonte. -

Aplica realce ao que estiver selecionado -

Aplica sombreamento (plano de fundo) em parágrafo ou


-
texto selecionado.
Apostila PRF

NAVEGADORES – WEB BROWSER – empresas encontram-se o Google, o Yahoo, o Lycos,


o Cadê e, mais recentemente, a Amazon.com com o seu
BROWSER mecanismo de busca A9. Os buscadores se mostraram
imprescindíveis para o fluxo de acesso e a conquista no-
Um navegador, também conhecido pelos termos in- vos visitantes.
gleses web browser ou simplesmente browser, é Afunilando suas pesquisas
um programa de computador que habilita seus usuários
“Aspas” – Colocando sua pesquisa entre aspas o Goo-
a interagirem com documentos virtuais da Internet, tam-
bém conhecidos como páginas da web, que podem ser gle somente irá exibir sites que possuam em seu conte-
escritas em linguagens como HTML, ASP, PHP, com ou údo exatamente a frase em questão. Ex: Se você pesqui-
sem linguagens como o CSS e que estão hospedadas sar por “Adriano Mineirinho” seu resultado não será polu-
num servidor Web. ído com os inúmeros Adrianos que existem no mundo
INTERNET EXPLORER nem com os inúmeros Mineirinhos que existem no Espí-
O Internet Explorer é um componente integrado desde rito Santo, rs.
o Microsoft Windows 98. Está disponível como um pro- Sinais de +(mais) ou –(menos) – Esse recurso é inte-
duto gratuito separado para as versões mais antigas do
sistema operacional. Acompanha o Windows desde ressante pois o Google pesquisa baseado no “ou”, ou
a versão 95 OSR2. A partir da versão 6 inclusa no XP em seja, a busca por Adriano Mineirinho lhe trará resultados
2002, uma grande atualização do navegador foi oferecida sobre as duas palavras ou a primeira ou a segunda. Le-
aos usuários do Windows XP junto ao Service Pack 2 vando em consideração que Mineirinho pode ser o super-
(embora sempre tenha havido um ciclo mensal de corre- campeão do Skate ou o nosso maior representante do
ções para o navegador). A versão 7 do Internet Explorer, Surf na atualidade, poderemos utilizar o –skate ou
lançada em Outubro de 2006, chegou aos usuários dis-
o +surf para filtrar nossa busca. O menos traz os resul-
ponível para o Windows XP SP2 e Windows Server 2003
(com status de atualização crítica), além de estar pré-ins- tados desejados que não possuam em seu texto a pa-
talada no Windows Vista e no Windows 7 (a versão 8 lavra excluída e o mais obriga que o resultado apre-
Beta) (onde possui algumas funções a mais). A versão 8, sente em seu conteúdo a mesma.
lançada em 19 de março de 2009, é disponível para Win- Inurl: ou site: - Com esses comandos você pode pesqui-
dows XP, Windows Server 2003, Windows Vista e Win-
sar por um conteúdo exclusivamente dentro de um site
dows Server 2008.
que possua tal palavra no endereço ou dentro de um do-
O Windows Internet Explorer 9 possui uma aparência
simplificada e muitos recursos novos que aceleram a sua mínio específico. Por exemplo, você leu sobre uma notí-
experiência de navegação na Web. cia sobre nosso Rubinho Barrichello no site da
Mozilla Firefox é um navegador livre e multi-plata- Globo.com, mas ela não se encontra mais na página ini-
forma desenvolvido pela Mozilla Foundation (em portu- cial. Vá ao Google e digite site:www.globo.com Barri-
guês: Fundação Mozilla) com ajuda de centenas de cola- chello e o resultado será filtrado apenas por conteúdo re-
boradores.[7]A intenção da fundação é desenvolver um lacionado no site da Globo.
navegador leve, seguro, intuitivo e altamente extensível.
Baseado no componente de navegação da Mozilla Asterisco *- Esse é muito legal. O asterisco funciona
Suite , o Firefox tornou-se o objetivo principal da Mozilla como coringa, ou seja, se você pretende saber quais são
Foundation. Anteriormente o navegador juntamente com as coisas mais rápidas do mundo pesquise por “ * mais
o Mozilla Thunderbird, outro produto da Mozilla Founda- rápido mundo”
tion eram os destaques da mesma. Cerca de 40% do có-
digo do programa foi totalmente escrito por voluntários Til ~ - Procura por palavras parecidas com a sua solicita-
BUSCA ção. Exemplo se pesquisar por ~compras provavelmente
Um motor de busca, motor de pesquisa ou má- o Google lhe mostrará resultados para Lojas, Shopping,
quina de busca é um sistema de software projetado para Comprar, etc e você ainda pode pesquisar por ~computa-
encontrar informações armazenadas em um sistema dor –computador e descobrir os sinônimos de computa-
computacional a partir de palavras-chave indicadas pelo dor. Bacana né?
utilizador, reduzindo o tempo necessário para encontrar
Além dessas opções mais relevantes temos também
informações.
outras como:
Os motores de busca surgiram logo após o apareci-
mento da Internet, com a intenção de prestar um serviço filetype: - filtra o tipo de arquivo desejado, exemplo:
extremamente importante: a busca de qualquer informa- PDF, TXT, EXL...
ção na rede, apresentando os resultados de uma forma intitle: - Pesquisa a palavra chave apenas nos títulos
organizada, e também com a proposta de fazer isto de
dos artigos.
uma maneira rápida e eficiente. A partir deste preceito
básico, diversas empresas se desenvolveram, chegando Intext: - Pesquisa a palavra chave no corpo do texto.
algumas a valer milhões de dólares. Entre as maiores

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33
NAVEGADORES – WEB BROWSER – BROWSER
5

MOZILLA FIREFOX

Tela Inicial

Principais Recursos
(fonte: http://pt-br.www.mozilla.com)

A - Pessoal

Biblioteca

Seu histórico de navegação (todos os sites que você visitou) e seus favoritos (todos os sites que você salvou) são
catalogados na Biblioteca, onde podem ser facilmente encontrados e organizados. Você também pode salvar suas buscas
frequentes em pastas inteligentes que se atualizam automaticamente à medida que sua lista de favoritos e histórico de
sites crescem.

Marcadores (Tags)

Classifique sites com nomes ou categorias que têm significado para você. Por exemplo, você pode marcar o site eco-
nomia.uol.com.br com o marcador "notícias" e também o marcador "economia", assim como poderia marcar
www.g1.com.br com "notícias". Quando você digitar "notícias" no campo de endereço, ambos os sites aparecerão nos
resultados.

Campo de Endereço Inteligente

O novo Campo de Endereços aprende à medida que você o utiliza —Com o tempo, ele se adapta às suas preferências
e oferece resultados mais precisos. Escreva um termo e perceba que ele completa automaticamente com possíveis sites
Apostila PRF

relacionados com seu histórico de navegação, assim como com os sites armazenados nos favoritos ou associados a
marcadores

Favoritos em Um Clique

Organize pouco ou muito os seus favoritos. Um clique no ícone da estrela no final do campo de endereços lhe permite
adicionar o site aos favoritos. Dois cliques e você poderá escolher onde salvar e associar um marcador. Arquive sites nos
favoritos em pastas de acesso fácil e organize-os de acordo com tópicos (como "empregos" ou "compras favoritas"). En-
contre os sites arquivados instantaneamente simplesmente digitando o marcador (tags), página ou título dos favoritos no
campo de endereço. Quanto mais você utilizar marcadores e nomes de favoritos no campo de endereços, mais o sistema
irá se adaptar às suas preferências.

Pastas de Favoritos Inteligentes

Essas pastas dinâmicas permitem acesso fácil aos seus sites favoritos e podem ser colocadas no menu dos Favoritos
ou na Barra de Favoritos.

B - Segurança & Privacidade

Identidade em um clique

Quer ter uma certeza extra sobre a legitimidade de um site antes de efetuar uma compra? Clique no ícone do site para
ter uma visão geral da sua identidade.

Proteção antiataques

O Firefox o protege contra diversos tipos de vírus, cavalos de tróia e programas espiões. Se você acessar acidental-
mente um site foco de ataques, você receberá uma mensagem de aviso do tamanho da janela do navegador. Uma lista
constantemente atualizada de sites foco de ataque nos informa quando devemos interromper a sua navegação, assim
você não precisa se preocupar com atualizações.

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NAVEGADORES – WEB BROWSER – BROWSER
7

Proteção anti-phishing

O Firefox recebe uma atualização de sites falsos 48 vezes por dia. Se você tentar visitar um site fraudulento que finge
ser um site em que você confia (como o seu banco), uma janela do navegador — realmente grande — irá alertá-lo.

Controle dos Pais

Sincronize o controle de acesso para crianças que você configurou no Windows Vista com o Firefox 3 — bloqueie
downloads indesejados e mais. O design intuitivo do Firefox evita que você tenha que pensar duas vezes na hora das
configurações.

Integração com AntiVírus

O Firefox 3 integra-se elegantemente com o seu programa antivírus. Quando você faz download de um arquivo, seu
programa antivírus automaticamente faz a verificação para proteger você de vírus e outros tipos de programas maliciosos
que poderiam atacar o seu computador. [disponível somente em Windows]

Complementos

O Firefox 3 procura conexões seguras antes de instalar ou atualizar complementos e software de terceiros.

Gerenciador de Senhas

Nós integramos esse recurso em harmonia com a sua experiência de navegação. Você pode escolher "memorizar"
senhas de sites sem janelas popup intrusivas. Agora você verá a notificação de "memorizar senha" integrada ao seu campo
de visão no topo da página visualizada.

Limpar dados pessoais

Limpe seus dados pessoais automaticamente — com somente um clique ou um atalho no teclado. Suas informações
pessoais serão apagadas definitivamente — no seu próprio computador ou naquele da biblioteca.
Apostila PRF

Configurações de segurança personalizadas

Controle o nível de recursos que você deseja que o Firefox dê aos sites e adicione exceções — sites que não precisam
de controle. Personalize configurações para senhas, cookies, carregamento de imagens e instalação de complementos
para uma experiência Web totalmente controlada.

Atualizações automáticas

Nossa estratégia de segurança de código aberto nos permite encontrar — e corrigir — problemas de segurança em
tempo recorde, tornando o Firefox a maneira mais segura de navegar. Instale as atualizações quando você receber as
notificações automáticas ou aguarde até que você possa instalá-las.

Bloqueador de popups

Elimine popups (e popunders) da sua experiência de navegação de uma vez por todas. Ou encontre um meio-termo —
escolha desbloquear popups ou crie uma lista "Permitir" com os sites dos quais você aceita popups.

C - Personalização

Gerenciador de Complementos

Você pode encontrar e instalar complementos diretamente do seu navegador. Não é mais necessário que você visite o
site de complementos; simplesmente abra o Gerenciador de Complementos. Não tem certeza sobre qual complemento é
melhor para você? Avaliações, recomendações, descrições e imagens dos complementos irão ajudá-lo na sua escolha.
Completamente integrado, o Gerenciador de Complementos permite que você visualize, gerencie e desative complemen-
tos de terceiros em poucos cliques.

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NAVEGADORES – WEB BROWSER – BROWSER
9

D - Produtividade

Aparência integrada ao Sistema

O novo Firefox traz uma aparência familiar. Pense nele como um Firefox que é muito bom em fazer amizades. Seja
você usuário do Windows Vista, XP, Linux ou Mac, o navegador suavemente adapta-se ao ambiente do seu computador.
Uma aparência familiar com o seu sistema representa uma interface sem falhas e que você entende na hora.

Leitor de RSS

Você pode ler RSS utilizando serviços online na Web, uma aplicação local ou simplesmente criando pastas de Favoritos
RSS. Assim, não existe necessidade de escavar a Web atrás das últimas notícias e atualizações. Veja as últimas notícias
na barra ou em um menu e vá direto para o artigo de seu interesse.

Gerenciador de Downloads

O novo gerenciador permite que você possa fazer downloads facilmente, e com maior segurança. Com o recurso de
pausa não é mais necessário esperar o download terminar antes de desconectar-se. Assim, se você está no meio de um
download do álbum do White Stripes e chegou a hora de pegar o ônibus, você pode pausar e continuar o download quando
você chegar em casa. A opção Continuar também funciona se o seu sistema falhar ou se for forçado a reiniciar. O geren-
ciador mostra o progresso do download e deixa você procurar seus arquivos por nome ou o endereço da Web de onde
seu download iniciou.

Verificador Ortográfico

Um verificador ortográfico integrado permite que você digite seu texto em qualquer página na Web — como notas de
blog ou sites de Webmail —, sem a necessidade de se preocupar com erros de sintaxe ou digitação. Funciona diretamente
nas páginas e economiza o seu tempo.
Apostila PRF

Restauração de Sessão

Se o Firefox fechar sem aviso, você não precisa gastar tempo recuperando dados ou relembrando seus passos na
Web. Se você estiver no meio da digitação de um email, você poderá continuar exatamente onde havia deixado, até a
última palavra que havia digitado. A Restauração de Sessões traz instantaneamente suas janelas e abas, recuperando o
conteúdo que você digitou e qualquer download que estava em andamento. Reinicie seu navegador sem se perder após
a instalação um Complemento ou atualização de software.

Zoom Completo

Visite sua página favorita de notícias e leia as legendas das imagens — ou visualize as próprias imagens — no tamanho
que desejar. O novo zoom é suave e permite que você possa controlar as escalas nas páginas Web.

Carregamento de Imagens

Se você quer ganhar tempo e economizar banda, visualize uma página sem suas imagens. O Firefox memorizará suas
preferências sempre que você navegar na página.

E - Busca

Palavras-chave Inteligentes

Busque na Web em tempo recorde com palavras-chave inteligentes. Com alguns cliques você pode associar palavras-
chave a serviços de busca e depois, facilmente, entrar com a palavra-chave e os termos da busca no campo de endereços.
Com este recurso, ao digitar "livro arquitetura", você poderá gerar uma busca na Amazon.com, que vai lhe trazer direta-
mente a página de resultados de livros de arquitetura, sem a necessidade de você visitar a página principal.

Sugestões na Busca

Simplesmente digite no campo de buscas e opções serão apresentadas com sugestões e termos relevantes. Também
se pode utilizar o campo de buscas como calculadora, conversor de medidas, e mais.

Pesquisa Integrada

Procurar na Web ficou fácil com o campo de pesquisa integrado, localizado à direita do campo de endereços. Use o
mecanismo de pesquisa de sua preferência digitando diretamente no campo. A largura do campo é ajustável para que
você possa aumentá-lo se precisar de mais espaço.

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NAVEGADORES – WEB BROWSER – BROWSER
1

Centenas de Ferramentas de Pesquisa

Escolha seu site de busca favorito rapidamente utilizando o campo de buscas. Você pode utilizar um novo serviço de
buscas para cada procura, ou permanecer com uma opção favorita. Escolha a partir de opções pré-selecionadas ou sele-
cione "Organizar Pesquisas" para escolher outras opções de mecanismos de pesquisa disponíveis como complementos

Localizar

O recurso Localizar é rápido como um clique. Procure por palavras ou frases em páginas Web abertas. Se você pré-
selecionar um texto antes de utilizar este recurso, o localizador irá abrir com a seleção colocada no campo de pesquisa.
Você poderá ver todas as ocorrências da sua procura de uma vez, ou correr para frente ou para trás, através das ocorrên-
cias da palavra selecionada na página.

F - Abas

Salvar ao sair

Agora, quando você abre o Firefox, suas abas e janelas aparecem exatamente como elas estavam quando você o
fechou. Não existe necessidade de reabrir todas as suas janelas cada vez que você inicia uma sessão.

Abas

À primeira vista, elas parecem pequenas etiquetas que vivem em cima do site que você está visitando. Mas elas são
uma forma brilhante de navegar em vários sites ao mesmo tempo. Simples e fácil, você pode imaginá-las como sendo
uma versão eletrônica de um arquivo de pastas, com as abas como divisores e os sites como o conteúdo das pastas. Cada
novo site aparece como uma nova aba (e não uma nova janela) e o acesso pode ser feito com um clique.

Reabrindo abas fechadas

Se você acidentalmente fechar uma aba, você poderá reabri-la com um clique. Simplesmente acesse a opção Reabrir
abas no menu Histórico e selecione a aba que você deseja reabrir.
Apostila PRF

Arraste e reordene as Abas

Coloque ordem nos seus sites. Simplesmente arrume a ordem das suas abas arrastando-as com um movimento fácil
do mouse.

Rolagem suave

Gosta de ter aquelas 20 páginas abertas ao mesmo tempo? Um novo e elegante recurso permite que você navegue
através das abas, podendo ver todas elas e, com rapidez e facilidade, entrar naquela que você quer.

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NAVEGADORES – WEB BROWSER – BROWSER
3

Correio Eletrônico. eletrônico e configurar para trabalhar em off-line, ou de-


sabilitar a opção Imediate Send ou equivalente.
O correio eletrônico (e-mail) é o serviço básico de co-
municação na rede. Ele é muito rápido, envia e recebe
mensagens em questão de minutos. Enviar dados via Como preencher o endereço
correio eletrônico é muito fácil. Tudo o que você precisa
é ter acesso a rede, dispor de um programa de correio To - endereço de e-mail do destinatário
eletrônico e conhecer o endereço da pessoa com quem Cc - significa Carbon Copy ( cópia carbonada ). Aqui
deseja se comunicar. você deverá colocar o endereço de e-mail da pessoa que
você quer enviar uma cópia. Este ítem poderá ficar em
branco caso você não queira enviar cópia. Bcc - significa
Programas de Correio Eletrônico Blind Carbon Copy (cópia cega). É usada sempre que
quisermos enviar uma cópia da mensagem para alguém
Os programas de correio eletrônico devem ser com- , sem que os destinatários saibam disto.
patíveis com seu computador. Uma característica comum Subject - neste local você vai colocar o assunto que
dos programas de correio eletrônico é que eles permitem se refere a sua correspondência. É opcional, mas quando
que você componha envie, receba mensagens e depois preenchido é muito bom pois o destinatário já sabe do
organize-as. Existem diversos programas de corrreio que que se trata e poderá dar prioridade na resposta.
você pode utilizar. Estes programas podem ser de em-
presas diferentes mas conseguem se comunicar. Os prin-
cipais programas são: OUTLOOK EXPRESS, MICRO- Como receber mensagens
SOFT OUTLOOK e MOZILLA THUNDERBIRD.
Os comandos que você irá utilizar vai variar de acordo
com o programa de correio eletrônico que você utilizar.
Endereços de Correio Eletrônico
Algumas dicas:
Um endereço de correio eletrônico, como num ende- 38. Para ler uma mensagem deve-se dar um duplo clique
reço postal, possui todos os dados de identificação ne- na mesma ou clicar uma vez e dar enter.
cessários para enviar uma mensagem a alguém. Ele é
39. Depois das mensagens serem lidas deve ser organi-
composto de uma parte relacionada ao destinatário da
zada sua caixa . As mensagens que você quer guar-
mensagem ( o que vem antes do caractere @ e de uma
dar crie pastas com o nome do assunto, as que você
parte relacionada com a localização do destinatário, o
não precisa coloque no lixo (delete).
que vem após o caractere @.
40. Para remover uma mensagem, selecione a mesma e
presione o botão Excluir ou Delete.
Formação de um endereço eletrônico 41. Você sabia que seu programa de correio eletrônico
pode ser configurado para lhe avisar quando houver
nome do usuário@nome do domínio mensagens novas?
42. Os programas de correio eletrônico permitem que se
redirecione uma mensgem recebida para outra pes-
O que pode ser feito através do correio eletrônico ? soa.
43. Você pode responder uma mensagem utilizando o co-
31. Solicitar arquivos mando Reply ou em alguns correios o comando é res-
32. Solicitar informações ponder. Desta forma, o campo onde você deveria pre-
encher o endereço do destinatário (To) será preen-
33. Fazer pesquisas chido automaticamente
34. Enviar comandos a computadores remotos que reali-
zam tarefas para você
35. Enviar mensagens Lista de discussão, também denominado grupo de
discussão é uma ferramenta gerenciável pela Inter-
36. Ler mensagens
net que permite a um grupo de pessoas a troca de men-
37. Imprimir mensagens sagens via e-mail entre todos os membros do grupo.
O processo de uso consiste no cadastramento da
lista, por exemplo no Yahoo, um dos sítios que oferecem
Como enviar mensagens o serviço gratuitamente, e após, no cadastramento de
membros. Uma mensagem escrita por membro e envi-
A forma de enviar uma mensagem vai depender do ada para a lista, replica automaticamente na caixa postal
programa que está sendo utilizado no seu computador. de cada um dos cadastrados.
Para obter maiores detalhes você deverá ler a documen-
Há também a opção de estar-se cadastrado e fazer a
tação específica do produto. Você poderá escrever as
leitura em modo Web, ou seja, sem receber os e-mails da
mensagens sem estar conectado na rede e posterior-
lista no e-mail.
mente enviá-las. Para isso você deverá abrir o correio
Apostila PRF

Listas de discussão são ferramentas de comunicação no fórum os assuntos vêm e vão e no newsgroup eles
assíncronas, ou seja, para o recebimento e envio de são permanentes.
mensagens não é necessário que os participantes este- Newsgroups.
jam conectados ao mesmo tempo. Mas, essas possibili- Um meio fornecido por um serviço online para que os
tam também uma comunicação síncrona através da fer- usuários dêem continuidade a discussões sobre um de-
ramenta de bate-papo existente na lista, exigindo que os terminado assunto enviando artigos e respondendo a
participantes da discussão estejam conectados simulta- mensagens.
neamente para que o processo de comunicação seja efe-
tuado.
SPAM
É uma lista de discussão gerenciável pela Internet, uti-
lizada para troca de informações (dos mais variados as- Simultaneamente ao desenvolvimento e populariza-
suntos) entre um grupo de pessoas que se interessam ção da Internet, ocorreu o crescimento de um fenômeno
por assuntos comuns. Essa troca de informações é feita que, desde seu surgimento, se tornou um dos principais
via e-mail. Toda vez que alguém do grupo participa com problemas da comunicação eletrônica em geral: O envio
algum comentário o seu e-mail é enviado para a caixa de em massa de mensagens não-solicitadas. Esse fenô-
correio de todos o participantes. A inscrição também é
meno ficou conhecido como spamming, as mensagens
feita por e-mail e deve ser encaminhada para o adminis-
trador da lista de discussões. Em seguida, você recebe a em si como spam e seus autores como spammers.
confirmação ou não da sua inscrição, juntamente com O termo Spam, abreviação em inglês de spiced
instruções de como participar e de como se desligar ham (presunto condimentado), é uma mensagem eletrô-
nica não-solicitada enviada em massa.
Na sua forma mais popular, um spam consiste numa
WIKIS mensagem de correio eletrônico com fins publicitários. O
termospam, no entanto, pode ser aplicado a mensagens
As wikis nasceram no ano de 1993-1994, O termo enviadas por outros meios e em outras situações até mo-
"Wiki wiki" significa "extremamente rápido" no idioma ha- destas. Geralmente os spams têm caráter apelativo e na
vaiano. maioria das vezes são incômodos e inconvenientes.
Este software colaborativo permite a edição colectiva HOAX
dos documentos usando um sistema que não necessita
que o conteúdo tenha que ser revisto antes da sua publi- Podemos entender o hoax como um tipo de SPAM -
cação. em poucas palavras, mensagens não solicitadas envia-
O que faz o "wiki" tão diferente das outras páginas das a várias pessoas. O conteúdo de um SPAM pode ter
da Internet é certamente o fato de poder ser editado pe- várias finalidades. No caso do hoax, como você já sabe,
los usuários que por ele navegam. Por exemplo, esta é o de propagar boatos pela internet de forma que a in-
parte do artigo foi adicionada anos após a criação do pró- formação distorcida chegue ao maior número possível de
prio, e, com certeza, não será a última edição; ela será indivíduos.
modificada por usuários e visitantes ao longo do tempo.
É possível corrigir erros, complementar ideias e inserir
novas informações. Assim, o conteúdo de um artigo se
atualiza graças à coletividade. Os problemas que se po-
dem encontrar em wikis são artigos feitos por pessoas
que nem sempre são especialistas no assunto, ou
até vandalismo, substituindo o conteúdo do artigo. Po-
rém, o intuito é, justamente, que a página acabe por ser
editada por alguém com mais conhecimentos.

FORUM
É um espaço de discussão pública:
No fórum geralmente é colocada uma questão, uma
ponderação ou uma opinião que pode ser comentada por
quem se interessar. Quem quiser pode ler as opiniões e
pode acrescentar algo, se desejar.
Uma sala virtual para debates:
A pessoa entra e dá os seus palpites, democratica-
mente. A palavra veio sem modificações do latim. O fó-
rum romano era o local onde os políticos se reuniam para
fazer politicagem, e o nome vem de fores, porta que dá
para a rua. A diferença entre fórum e newsgroup é que

344
34
NAVEGADORES – WEB BROWSER – BROWSER
5

CORREIO ELETRÔNICO:

PROGRAMAS COMERCIAIS DE CORREIO:

CORREIO ELETRÔNICO – THUNDERBIRD

TELA INICIAL

JANELA NOVA MENSAGEM


CLOUD COMPUTING 346

"nuvem de informação" (information cloud), que especi-


alistas consideram uma "nova fronteira da era digital".
Aos poucos, essa tecnologia vai deixando de ser utili-
CLOUD COMPUTING zada apenas em laboratórios para ingressar nas em-
presas e, em breve, em computadores domésticos.
O conceito de computação em nuvem (em in-
O primeiro serviço na Internet a oferecer um ambiente
glês, cloud computing) refere-se à utilização da memó-
operacional para os usuários — antigamente, disponí-
ria e das capacidades de armazenamento e cálculo
vel no endereço www.webos.org — foi criado por um
de computadores e servidores compartilhados e interli-
estudante sueco, Fredrik Malmer, utilizando as lingua-
gados por meio da Internet, seguindo o princípio da
gensXHTML e Javascript. Atualmente, o termo AJAX é
computação em grade. 1
adotado para definir a utilização dessas duas lingua-
O armazenamento de dados é feito em serviços que gens na criação de serviços na Internet.
poderão ser acessados de qualquer lugar do mundo, a
Em 1999, foi criada nos EUA a empresa WebOS Inc.,
qualquer hora, não havendo necessidade de instalação
que comprou os direitos do sistema de Fredrik e licen-
de programas ou de armazenar dados. O acesso a pro-
ciou uma série de tecnologias desenvolvidas nas uni-
gramas, serviços e arquivos é remoto, através da Inter-
versidades do Texas, Califórnia e Duke. O objetivo ini-
net - daí a alusão à nuvem.2 O uso desse modelo (am-
cial era criar um ambiente operacional completo, inclu-
biente) é mais viável do que o uso de unidades físicas.3
sive com API para o desenvolvimento de outros aplica-
Num sistema operacional disponível na Internet, a partir tivos.
de qualquer computador e em qualquer lugar, pode-se Tipologia
ter acesso a informações, arquivos e programas num
sistema único, independente de plataforma. O requisito Atualmente, a computação em nuvem é dividida em
mínimo é um computador compatível com os recursos seis tipos:
disponíveis na Internet. O PC torna-se apenas
um chipligado à Internet — a "grande nuvem" de com-  IaaS - Infrastructure as a Service ou Infraestru-
putadores — sendo necessários somente os dispositi- tura como Serviço (em português): quando se uti-
vos de entrada (teclado, mouse) e saída (monitor). liza uma percentagem de um servidor, geralmente
com configuração que se adeque à sua necessi-
dade.
 PaaS - Plataform as a Service ou Plataforma
como Serviço (em português): utilizando-se ape-
nas uma plataforma como um banco de dados, um
web-service, etc. (p.ex.: Windows Azure).
 DevaaS - Development as a Service ou Desen-
volvimento como Serviço (em português): as
ferramentas de desenvolvimento tomam forma
no cloud computing como ferramentas comparti-
lhadas, ferramentas de desenvolvimento web-ba-
sed e serviços baseados em mashup.
 SaaS - Software as a Service ou Software como
Serviço (em português): uso de um software em
regime de utilização web (p.ex.: Google Docs , Mi-
crosoft SharePoint Online).
Corrida pela tecnologia  CaaS - Communication as a Service ou Comuni-
cação como Serviço (em português): uso de uma
Empresas como Amazon, Google, IBM e Microsoft fo- solução de Comunicação Unificada hospedada em
ram as primeiras a iniciar uma grande ofensiva nessa Data Center do provedor ou fabricante (p.ex.:Mi-
crosoft Lync).
CLOUD COMPUTING 347

 EaaS - Everything as a Service ou Tudo como princípio. Porém, se a implementação de uma nu-
Serviço (em português): quando se utiliza tudo, in- vem pública considera questões fundamentais,
fraestrurura, plataformas, software, suporte, enfim, como desempenho e segurança, a existência de
o que envolve T.I.C. (Tecnologia da Informação e outras aplicações sendo executadas na mesma nu-
Comunicação) como um Serviço. vem permanece transparente tanto para os presta-
 DBaas - Data Base as a Service ou Banco de da- dores de serviços como para os usuários.
dos como Serviço (em português): quando utiliza  Comunidade - A infra-instrutora de nuvem é com-
a parte de servidores de banco de dados como ser- partilhada por diversas organizações e suporta
viço. uma comunidade específica que partilha as preo-
Serviços oferecidos cupações (por exemplo, a missão, os requisitos de
segurança, política e considerações sobre o cum-
Os seguintes serviços atualmente são oferecidos por primento). Pode ser administrado por organizações
empresas: ou por um terceiro e pode existir localmente ou re-
motamente.
 Servidor Cloud  Híbrido - Nas nuvens híbridas temos uma compo-
 Hospedagem de Sites em Cloud sição dos modelos de nuvens públicas e privadas.
 Load Balancer em Cloud Elas permitem que uma nuvem privada possa ter
 Email em Cloud seus recursos ampliados a partir de uma reserva
Característica de computação em nuvem
de recursos em uma nuvem pública. Essa caracte-
rística possui a vantagem de manter os níveis de
 Provisionamento dinâmico de recursos sob de-
serviço mesmo que haja flutuações rápidas na ne-
manda, com mínimo de esforço;
cessidade dos recursos. A conexão entre as nu-
 Escalabilidade;
vens pública e privada pode ser usada até mesmo
 Uso de "utilility computing", onde a cobrança é ba-
em tarefas periódicas que são mais facilmente im-
seada no uso do recurso ao invés de uma taxa fixa;
plementadas nas nuvens públicas, por exemplo. O
 Visão única do sistema;
termo computação em ondas é, em geral, utilizado
 Distribuição geográfica dos recursos de forma
quando se refere às nuvens híbridas..
transparente ao usuário. Vantagens
Modelo de implantação
A maior vantagem da computação em nuvem é a pos-
No modelo de implantação,4 dependemos das necessi-
sibilidade de utilizar softwares sem que estes estejam
dades das aplicações que serão implementadas. A res-
instalados no computador. Mas há outras vantagens:5
trição ou abertura de acesso depende do processo de
negócios, do tipo de informação e do nível de visão de-  na maioria das vezes o usuário não precisa se pre-
sejado. Percebemos que certas organizações não de- ocupar com o sistema operacio-
sejam que todos os usuários possam acessar e utilizar nal e hardware que está usando em seu compu-
determinados recursos no seu ambiente de computa- tador pessoal, podendo acessar seus dados na
ção em nuvem. Segue abaixo a divisão dos diferentes "nuvem computacional" independentemente disso;
tipos de implantação:  as atualizações dos softwares são feitas de forma
automática, sem necessidade de intervenção do
 Privado - As nuvens privadas são aquelas constru-
usuário;
ídas exclusivamente para um único usuário (uma
 o trabalho corporativo e o compartilhamento de ar-
empresa, por exemplo). Diferentemente de
quivos se tornam mais fáceis, uma vez que todas
um data center privado virtual, a infraestrutura utili-
as informações se encontram no mesmo "lugar", ou
zada pertence ao usuário, e, portanto, ele possui
seja, na "nuvem computacional";
total controle sobre como as aplicações são imple-
 os softwares e os dados podem ser acessados em
mentadas na nuvem. Uma nuvem privada é, em
qualquer lugar, bastando que haja acesso à Inter-
geral, construída sobre um data center privado.
net, não estando mais restritos ao ambiente local
 Público - As nuvens públicas são aquelas que são
de computação, nem dependendo da sincroniza-
executadas por terceiros. As aplicações de diver-
ção de mídias removíveis.
sos usuários ficam misturadas nos sistemas de ar-
 o usuário tem um melhor controle de gastos ao
mazenamento, o que pode parecer ineficiente a
usar aplicativos, pois a maioria dos sistemas de
Apostila PRF

computação em nuvem fornece aplicações gratui-  Localização dos dados - A empresa que usa
tamente e, quando não gratuitas, são pagas so- cloud provavelmente não sabe exatamente onde
mente pelo tempo de utilização dos recursos. Não os dados estão armazenados, talvez nem o país
é necessário pagar por uma licença integral de uso onde as informações estão guardadas. O fornece-
desoftware; dor deve estar disposto a se comprometer a arma-
 diminui a necessidade de manutenção da infraes- zenar e a processar dados em jurisdições específi-
trutura física de redes locais cliente/servidor, bem cas, assumindo um compromisso em contrato de
como da instalação dos softwares nos computado- obedecer os requerimentos de privacidade que o
res corporativos, pois esta fica a cargo do provedor país de origem da empresa pede.
do software em nuvem, bastando que os computa-  Segregação dos dados - Geralmente uma em-
dores clientes tenham acesso à Internet; presa divide um ambiente com dados de diversos
 a infraestrutura necessária para uma solução clientes. Procure entender o que é feito para a se-
de cloud computing é bem mais enxuta do que paração de dados, que tipo de criptografia é segura
uma solução tradicional de hosting ou collocation, o suficiente para o funcionamento correto da apli-
consumindo menos energia, refrigeração e espaço cação.
físico e consequentemente contribuindo para pre-  Recuperação dos dados - O fornecedor em cloud
servação e uso racional dos recursos naturais. deve saber onde estão os dados da empresa e o
Desvantagens que acontece para recuperação de dados em caso
de catástrofe. Qualquer aplicação que não replica
A maior desvantagem da computação em nuvem, vem os dados e a infra-estrutura em diversas localida-
fora do propósito desta, que é o acesso a internet. Caso des está vulnerável a falha completa. Importante
você perca o acesso, comprometerá todos os sistemas ter um plano de recuperação completa e um tempo
embarcados. estimado para tal.
 Apoio à investigação - A auditabilidade de ativi-
 velocidade de processamento: caso seja necessá- dades ilegais pode se tornar impossível em cloud
rio uma grande taxa de transferência, se a internet computing uma vez que há uma variação de servi-
não tiver uma boa banda, o sistema pode ser com- dores conforme o tempo ondes estão localizados
prometido. Um exemplo típico é com mídias digitais os acessos e os dados dos usuários. Importante
ou jogos; obter um compromisso contratual com a empresa
 assim como todo tipo de serviço, ele é custeado. fornecedora do serviço e uma evidência de su-
 maior risco de comprometimento da privacidade do cesso no passado para esse tipo de investigação.
que em armazenamento off-line.  Viabilidade em longo prazo - No mundo ideal, o
Gerenciamento da segurança da informação na nu-
seu fornecedor de cloud computing jamais vai falir
vem
ou ser adquirido por uma empresa maior. A em-
Sete princípios de segurança em uma rede em nuvem:6 presa precisa garantir que os seus dados estarão
disponíveis caso o fornecedor de cloud computing
 Acesso privilegiado de usuários - A sensibili- deixe de existir ou seja migrado para uma empresa
dade de informações confidenciais nas empresas maior. Importante haver um plano de recuperação
obriga um controle de acesso dos usuários e infor- de dados e o formato para que possa ser utilizado
mação bem específica de quem terá privilégio de em uma aplicação substituta.
Dúvidas
administrador, para então esse administrador con-
trole os acessos
Arquitetura em nuvem é muito mais que apenas um
 Compliance com regulamentação - As empresas
conjunto (embora massivo) de servidores interligados.
são responsáveis pela segurança, integridade e a
Requer uma infraestrutura de gerenciamento desse
confidencialidade de seus próprios dados. Os for-
grande fluxo de dados que, incluindo funções para
necedores de cloud computing devem estar prepa-
aprovisionamento e compartilhamento de recursos
rados para auditorias externas e certificações de
computacionais, equilíbrio dinâmico do workload e mo-
segurança.
nitoração do desempenho.

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CLOUD COMPUTING 349

Embora a novidade venha ganhando espaço, ainda é desenvolvimento de novos aplicativos. Fechado
cedo para dizer se dará certo ou não. Os arquivos são para desenvolvedores;
guardados na web e os programas colocados na nu-  G.ho.st: Esta sigla significa “Global Hosted Opera-
vem computacional - e não nos computadores em si - ting SysTem” (Sistema Operacional Disponível
são gratuitos e acessíveis de qualquer lugar. Mas a Globalmente), tem como diferencial em relação
ideia de que 'tudo é de todos e ninguém é de ninguém' aos outros a possibilidade de integração com ou-
nem sempre é algo bem visto. tros serviços como: Google Docs, Meebo, Think-
Free, entre outros, além de oferecer suporte a vá-
O fator mais crítico é a segurança, considerando que os
rios idiomas;
dados ficam “online” o tempo todo.
 eyeOS: Este sistema está sendo desenvolvido por
Sistemas atuais
uma comunidade denominada EyeOS Team e pos-
sui o código fonte aberto ao público. O objetivo dos
Os sistemas operacionais para Internet mais utilizados
desenvolvedores é criar um ambiente com maior
são:
compatibilidade com os aplicativos atuais, MS-Of-
fice e OpenOffice. Possui um abrangente conjunto
 Google Chrome OS: Desenvolvido pela Google, já
de aplicativos, e o seu desenvolvimento é feito prin-
incorporado nos Chromebooks, disponíveis desde
cipalmente com o uso da linguagem PHP.
15 de junho de 2011. Trabalha com uma interface
 iCloud: Sistema lançado pela Apple em 2011, é ca-
diferente, semelhante ao do Google Chrome, em
paz de armazenar até 5 GB de fotos, músicas, do-
que todas as aplicações ou arquivos são salvos na
cumentos, livros e contatos gratuitamente, com a
nuvem e sincronizados com sua conta do Google,
possibilidade de adquirir mais espaço em disco
sem necessidade de salvá-los no computador, já
(pago).
que o HD dos dois modelos de Chromebo-
 Ubuntu One: Ubuntu One é o nome da suíte que a
oks anunciados contam com apenas 16gb de HD. 7
Canonical (Mantenedora da distribuição Linux
 Joli Os: desenvolvido por Tariq Krim, o ambiente de
Ubuntu) usa para seus serviços online. Atualmente
trabalho chamado jolicloud usa tanto aplicativos
com o Ubuntu One é possível fazer backups, arma-
em nuvem quanto aplicativos offline, baseado no
zenamento, sincronização e compartilhamento de
ubuntu notebook remix, já tem suporte a vários na-
arquivos e vários outros serviços que a Canonical
vegadores como google chrome, safari, firefox, e
adiciona para oferecer mais opções e conforto para
está sendo desenvolvido para funcionar no an-
os usuários.
droid.
 IBM Smart Business: Sistema da IBM que engloba
 YouOS: desenvolvido pela empresa WebShaka,
um conjunto de serviços e produtos integrados em
cria um ambiente de trabalho inspirado nos siste-
nuvem voltados para a empresa. O portfólio incor-
mas operacionais modernos e utiliza a linguagem
pora sofisticada tecnologia de automação e autos-
Javascript para executar as operações. Ele possui
serviço para tarefas tão diversas como desenvolvi-
um recurso semelhante à hibernação no MS-Win-
mento e teste de software, gerenciamento de com-
dows XP, em que o usuário pode salvar a área de
putadores e dispositivos, e colaboração. Inclui o
trabalho com a configuração corrente, sair do sis-
Servidor IBM Cloud Burst server (US) com armaze-
tema e recuperar a mesma configuração posterior-
namento, virtualização, redes integradas e siste-
mente. Esse sistema também permite o comparti-
mas de gerenciamento de serviço embutidos.
lhamento de arquivos entre os usuários. Além
No Brasil
disso, possui uma API para o desenvolvimento de
novos aplicativos, sendo que já existe uma lista de No Brasil, a tecnologia de computação em nuvem é
mais de 700 programas disponíveis. Fechado pe- muito recente, mas está se tornando madura muito ra-
los desenvolvedores em 30 de julho de 2008; pidamente. Empresas de médio, pequeno e grande
 DesktopTwo: desenvolvido pela empresa Sapotek, porte estão adotando a tecnologia gradativamente. O
tem como pré-requisito a presença do utilitário serviço começou a ser oferecido comercialmente em
Flash Player para ser utilizado. O sistema foi de- 2008 e em 2012 está ocorrendo uma grande adoção.
senvolvido para prover todos os serviços necessá-
rios aos usuários, tornando a Internet o principal A empresa Katri8 foi a primeira a desenvolver a tecno-
ambiente de trabalho. Utiliza a linguagem PHP logia no Brasil, em 2002, batizando-a IUGU. Aplicada
como base para os aplicativos disponíveis e tam- inicialmente no site de busca de pessoas físicas e jurí-
bém possui uma API, chamada Sapodesk, para o dicas Fonelista. Durante o período em que esteve no
Apostila PRF

ar, de 2002 a 2008, os usuários do site puderam com-


provar a grande diferença de velocidade nas pesquisas
proporcionada pelo processamento paralelo.

Em 2009, a tecnologia evoluiu muito, e sistemas funci-


onais desenvolvidos no início da década já passam de
sua 3ª geração, incorporando funcionalidades e utili-
zando de tecnologias como "índices invertidos" (inver-
ted index).

No ambiente acadêmico o Laboratório de Redes e Ge-


rência da UFSC foi um dos pioneiros a desenvolver
pesquisas em Computação em Nuvem publicando arti-
gos sobre segurança, IDS (Intrusion Detection Sys-
tems) e SLA (Service Level Agreement) para computa-
ção em nuvem. Além de implantar e gerenciar uma nu-
vem privada e computação em nuvem verde.
Nuvens públicas

Existem pouco menos de 10 empresas ofertantes do


serviço em nuvens públicas (que podem ser contrata-
das pela internet em estrutura não privativa e com pre-
ços e condições abertas no site) com servidores dentro
do Brasil e com baixa latência. A maioria utiliza tecno-
logia baseada em Xen, KVM, VMWare, Microsoft
Hypervisor

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