Introdução
Este ensaio tem por objetivo analisar o movimento literário do novo realismo na década
dos 30, aquele que se vê marcado pela enome crise econômica.
A opinião radicalista de Gaspar Simões e Casais Monteiro, diz que os escritores
neorrealistas portugueses não plagiaram os escritores nordestinos. Além disso, há que
considerar a originalidade e a criatividade dos escritoresde Portugal. Carlos Rei afirma
que o “romance brasileiro nordestino, por razões culturais e até afectivas, representou,
mais do que qualquer outro, o modelo preferido pelos escritores neorrealistas.”,
referindo-se também à existência de uma “linguagem da geração (Maria Fátima Faz de
Madeiros, O Neorealismo português), de códigos, de natureza estritamente literária
(códigos estilísticos, técnico narrativos, etc.), e idiológicos”.
No Brasil, o movimento modernista sofreu grandes influências de movimentos
vanguardistas, como o Neorrealismo. Na Literatura, corresponde à segunda geração do
modernismo, com temáticas notadamente nacionalistas e regionalistas. Principalmente
na década dos 30, a prosa de ficção, o romance e a poesia social, os quais surgem para
destacar os temas abrangidos pela corrente neorrealista, sobretudo, a respeito da luta
de classes, da desigualdade social e econômica e dos problemas humanos.
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Movimento
Lançado em 1930, O Quinze é o primeiro livro de Rachel (quando ela tinha apenas 20
anos) e o primeiro sobre o drama da seca, do semiárido nordestino. A protagonista do
enredo é Conceição, uma jovem professora órfã, muito avançada pra época, mas
atraída por um fazendeiro rude, Vicente. O dono de fazenda, no entanto, é sensível à
miserabilidade circundante do sertão.
Prosa inovadora, denúncia social, contenção de linguagem e análise psicológica dos
personagens (Vicente, Conceição, retirantes, Chico Bento) marcam o romance.
Bibliografia