1 INTRODUÇÃO
1.1 HISTÓRICO
1.2 ESTRUTURAÇÃO DOS CÓDIGOS DO ASME
1.3 ESTRUTURAÇÃO DO CÓDIGO ASME SEÇÃO VIII, DIV. 1
1.4 CONSIDERAÇÕES DE PROJETO CONFORME PARTE UG
1.5 ALGUNS TIPOS DE VASOS DE PRESSÃO
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1. INTRODUÇÃO
1.1 HISTÓRICO
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O ASME, além disso, não permite que vasos s ejam projetados para
temperatuas que excedam os valores indicados para cada material na tabela de
tensões admissíveis, conforme ASME, Seção II, Parte D.
Como uma boa medida de segurança é comum tomar -se a temperatura de
projeto 10% maior do que a temperatura média máxima de operação.
O parágrafo UG-21 define a pressão de projeto como sendo, no mínimo,
igual aquela da condição mais severa de pressão e temperatura esperada em
operação normal. Recomenda -se também utilizar a pressão de projeto 10%
maior que aquela definida pelo ASME.
O parágrafo UG-22 define os tipos de carregamento que devem ser
considerados no cálculo de vasos de pressão, entre eles: pressão interna ou
externa, peso do vaso e seu conteúdo em condições de operação e teste, reações
devido a internos, olhais, aneis, saias, se las e pernas, ações de vento, neve e
reações sísmicas onde requeridas, etc.
Os valores de tensões admissíveis para cada material são definidos no
parágrafo UG-23; para tração deve-se considerar os valores apresentados na
Seção II, Parte D.
Para o caso de tensões de compressão longitudinal, o ASME indica que o
'valor máximo admissivel seja o menor entre o valor obtido para a tração e o
fator "B" retirado de tabelas de pressão externa para os diversos materiais.
O ASME assume ainda que, consi derando-se todas as combinações
possíveis de cargas em UG -22, aplicáveis para cada caso, as tensões primárias
de membrana não ultrapassem o valor indicado nas tabelas de tração e, as
tensões primárias de membrana mais as tensões primárias devido à flexão n ão
ultrapassem 1,5 vezes o valor indicado nestas tabelas.
O ASME faz recomendações também quanto às cargas provocadas por
vento, indicando que, ness es casos, a combinação dessa carga com outras
quaisquer descritas em UG -22, permitem utilizar como tensões admissíveis, os
valores contidos nas tabelas de tração vezes 1,2. Além disso, carregamento
devido a terremoto e vento não precisa ser considerado agindo
simultaneamente.
Partes da parede do vaso, tais com o, costado, tampos, bocais e flanges,
em contato com o fluido de processo acabam sofrendo deterioração através de
processo de corrosão. Com isso o parágrafo UG -25 recomenda a utilização de
sobreespessura para compensar estas perdas. Estes valores são definidos
baseados no tempo de vida útil e da agressivid ade do fluido. Todos os cálculos
empregados neste código devem considerar as dimensões no estado corroído.
Tensão primária conforme definido pelo ASME basicamente é uma
tensão normal ou de cisalhamento que é necessária para satisfazer as leis de
equilíbrio das forças e momentos (internos e externos) devido ao carregamento
do sistema. A principal característica da tensão primária é que ela não é auto -
limitante, casos comuns de tensões primárias são aquelas derivadas do
carregamento de pressão, do peso própri o, do vento, etc. Tensões primárias que
ultrapassem o valor do escoamento do material podem ocasionar grandes
deformações e até o colapso da estrutura.
Diferentemente das tensões primárias, as tensões secundárias não são
necessárias para satisfazer as con dições de equilíbrio do sistema, elas ocorrem
devido a restrições de componentes adjacentes ou auto -restrições da própria
estrutura. Além disso, são auto-limitantes, pequenas deformações e
escoamentos locais podem satisfazer as condições que originaram as tensões,
não sendo esperada a falha do componente devido à ocorrência desse tipo de
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tensão, a não ser para casos de aplicação de esforços cíclicos. Os casos mais
típicos de tensões secundárias são as tensões térmicas e aquelas que ocorrem
em descontinuidades geométricas. A figura abaixo ilustra a diferença entre as
tensões primárias e secundárias. Observe que, para a temperatura, se não
houver restrição não há tensão enquanto que, para a pressão, há tensão com ou
sem restrição.
deslocamento 1
PRESSÃO
tubo com
tensão Componente
primária em análise
sem
tubo sem restrições
tensão
primária TEMPERATURA
deslocamento 2
deslocamento 1 e 2 restritos pelo tampo que tem
temperatura diferente da do casco - o tampo
desloca menos do que o cilindro devid o à sua
geometria e temperatura
Componente
em análise
forças locais devido à restrição dos com
deslocamentos – tensões secundárias restrições
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análise, enquanto no restante da superfície a tensão ainda é baixa, atingindo
zero em algum ponto do interior da espessura , a figura abaixo ilustra esses
aspectos.
tração
compressão
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a) Vaso de pressão vertical
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projeção
da
pressão
P tensão
σc σc circunferencial
direção tangencial
D t
σL
tensão
D longitudinal
P direção longitudianal
σL
da figura, tem-se:
𝐹 𝐹
𝜎𝑐 = =
𝐴 2. 𝑡. 𝐿
𝐹 𝐹
𝑃= = ∴ 𝐹 = 2. 𝑃. 𝑅. 𝐿
𝐴 2. 𝑅. 𝐿
substituindo, tem-se:
2. 𝑃. 𝑅. 𝐿 𝑃. 𝑅
𝜎𝑐 = ∴ 𝑡=
2. 𝑡. 𝐿 𝜎𝑐
corte longitudinal
recipiente cilíndrico
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b) Tensão de membrana longitudinal L – recipientes cilíndricos:
da figura, tem-se:
𝐹 𝐹
𝜎𝐿 = ≅
𝐴 2. 𝜋. 𝑅. 𝑡
𝐹 𝐹
𝑃= = ∴ 𝐹 = 𝑃. 𝜋. 𝑅 2
𝐴 𝜋. 𝑅 2
substituindo, tem-se:
corte transversal 𝑃. 𝜋. 𝑅 2 𝑃. 𝑅
𝜎𝐿 = ∴ 𝑡=
recipiente cilíndrico 2. 𝜋. 𝑅. 𝑡 2. 𝜎𝐿
da figura, tem-se:
𝐹 𝐹
𝜎𝐶 = ≅
𝐴 2. 𝜋. 𝑅. 𝑡
𝐹 𝐹
𝑃= = ∴ 𝐹 = 𝑃. 𝜋. 𝑅 2
𝐴 𝜋. 𝑅 2
substituindo, tem-se: