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PROGRAMA JUSTIÇA RESTAURATIVA PARA O SÉCULO 21

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO RIO GRANDE DO SUL

RELATÓRIO DE GESTÃO
EXERCÍCIO 2015
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA

PROGRAMA JUSTIÇA RESTAURATIVA PARA O SÉCULO 21


TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

RELATÓRIO DE GESTÃO
Exercío 2015

Este relatório tem como objetivo demonstrar as ações que se referem


ao processo de implantação inicial do Programa Justiça Restaurativa
para o Século 21 do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do
Sul, ocorridas a partir de novembro de 2014 e ao longo do exercício
de 2015, com ênfase na implantação de 12 projetos-piloto, que
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deram lugar às primeiras Unidades Jurisdicionais de Referência .

Porto Alegre, 2016

1 Conforme deliberação dos(as) Juízes(as) Líderes das Unidades Jurisdicionais Piloto implantadas em 2015, na Oficina de
Avaliação e Planejamento realizada em 24 de novembro de 2015, no Auditório do 23º andar do Foro Central II, as Unidades
Jurisdicionais Piloto, passarão a denominar-se Unidades Jurisdicionais de Referência, por já terem ultrapassado a etapa inicial
de implantação.

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SUMÁRIO

Introdução …....................................................................................................................... 04
1. Identificação …................................................................................................................ 05
2. Estrutura atual do Poder Judiciário RS …........................................................................ 05
3. Equipe de trabalho do Programa JR21 TJRS …................................................................ 06
4. Escritório da Coordenação Estadual do Programa JR21 TJRS …...................................... 06
5. Sobre a Justiça Restaurativa …........................................................................................ 07
6. A Justiça Restaurativa no Brasil …................................................................................... 10
7. A Justiça Restaurativa no Rio Grande do Sul …............................................................... 18
8. Do Programa Justiça Restaurativa para o Século 21 TJRS …........................................... 19
9. Projeto Executivo nº 01 …............................................................................................... 23
9.1.1 Formação de Recursos Humanos para atuação no Programa JR21 TJRS …........... 25
9.1.2 Do objetivo …......................................................................................................... 28
9.1.3 Público Alvo …........................................................................................................ 28
9.1.4 Perfis de Formação …............................................................................................. 28
9.1.5 Da equipe de formadores(as) do Programa JR21 TJRS …....................................... 31
9.1.6 Da execução do processo de Formação Integral Programa JR21 TJRS ….............. 33
9.1.6.1 O processo de Formação Integral do Programa JR21 TJRS na capital …....... 34
9.1.6.2 O processo de Formação Integral do Programa JR21 no interior ….............. 37
9.1.7 Número total de participantes na Formação Integral do Programa JR21 TJRS ….... 44
9.1.8 Número total de horas da Formação Integral do Programa JR21 TJRS …................ 46
9.1.9 Perfil dos(as) participantes do Programa JR21 TJRS, quanto a função …................ 47
9.1.10 Perfil das instituições/órgãos dos parceiros Programa JR21 TJRS …..................... 48
9.1.11 Perfil dos participantes do Programa JR21 TJRS, quanto à vinculação…............... 51
9.1.12 Avaliações dos(as) das atividades presenciais dos(as) …....................................... 53
10. Projeto Executivo nº 02 ….....…...................................................................................... 54
11. Projeto Executivo nº 03 ….............................................................................................. 56
12. Projeto Executivo nº 04 ….............................................................................................. 58
13. Projeto Executivo nº 05 ….............................................................................................. 59
14. Projeto Executivo nº 06 ….............................................................................................. 59
15. Projeto Executivo nº 07 ….............................................................................................. 60
16. Projeto Executivo nº 08 ….............................................................................................. 62

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17. Eventos com a participação de representantes do Programa JR21 TJRS ….................. 63


18. Eventos organizados pelo Programa JR21 TJRS …......................................................... 67
19. Visitas técnicas e de pesquisadores(as) recebidas pelo Programa JR21 TJRS …........... 72
20. Financiamento do Programa JR21 TJRS …................................................................... 74
21. Planejamento, monitoramento e avaliação ….............................................................. 75
Considerações Finais .......................................................................................................... 76
Referências ......................................................................................................................... 78
Anexos

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INTRODUÇÃO

O presente relatório de gestão foi elaborado pela equipe de Coordenação do

Programa Justiça Restaurativa para o Século 21, e objetiva documentar o histórico do

Programa no seu primeiro ano de implementação.

O Programa Justiça Restaurativa para o Século 21 representa uma iniciativa pioneira

do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, um dos precursores da introdução experimental

da Justiça Restaurativa no Brasil, e agora assumindo posição de vanguarda também no

processo de institucionalização dessas novas práticas.

Na abertura do ano de 2016, para quando o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) fixa

para os Tribunais Estaduais, como sua meta 8, a de "Implementar projeto com equipe

capacitada para oferecer práticas de Justiça Restaurativa, implantando ou qualificando pelo

menos uma unidade para esse fim, até 31.12.2016", é com o mesmo senso de

responsabilidade e compromisso com que vem trilhando a construção histórica desde novo

modelo de Justiça, desde quando o tema ainda era desconhecido, que a Justiça Gaúcha

apresenta a seguir o relato do início da institucionalização das práticas restaurativas no

Estado, mediante a implantação das suas primeiras 12 unidades jurisdicionais de referência,

e de um conjunto de atividades correlatas, efetivadas ao longo de 2015.

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1. IDENTIFICAÇÃO

Programa Justiça Restaurativa para o Século 21 do Tribunal de Justiça do Estado do

Rio Grande do Sul – JR21 TJRS.

2. ESTRUTURA ATUAL DO PODER JUDICIÁRIO

O Poder Judiciário do Estado do Rio Grande do Sul é o quarto maior tribunal do país

(os outros são TJSP, TJRJ e TJMG). Na sua estrutura de primeiro grau, conta com 517 Varas,

79 Juizados, 47 Juizados Especiais Cíveis, 7 Juizados Especiais Criminais, 7 Turmas Recursais.

Em termos de estrutura física, o Judiciário gaúcho dispõe de 204 prédios próprios e 17

cedidos/locados, distribuídos em 164 Comarcas. Quanto aos recursos humanos, o TJRS é


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composto por 143 Desembargadores(as) , 622 Juízes(as) de Direito, 37 Pretores, 8.260

servidores e 3.503 estagiários.(RIO GRANDE DO SUL/ TJRS 2016).

O orçamento do TJRS aprovado em 2015 para o Exercício de 2016 é de R$ 2.990

bilhões. Atualmente tramitam no Judiciário gaúcho, ceca de 4,5 milhões de processos. (RIO

GRANDE DO SUL, TJRS 2016).

A administração do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul para o biênio

2014-2015, sob a qual os trabalhos objeto deste relatório foram conduzidos, esteve

composta pelos seguintes Desembargadores:

Presidente: José Aquino Flôres de Camargo

1º Vice-Presidente: Luiz Felipe Silveira Difini

2º Vice- Presidente: Manuel José Martinez Lucas


2 No caso das Desembargadoras, existem 42 mulheres ocupando esse cargo do total de 143, o que
representa um percentual de 29,37% (Fonte: RIO GRANDE DO SUL / TJRS 2016).
3 No caso das Juízas de Direito, existem 314 mulheres ocupando esse cargo, o que representa um
percentual 50,48%. (Fonte: RIO GRANDE DO SUL/TJ RS, 2016)

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3º Vice-Presidente: Francisco José Moesch

Corregedor-Geral da Justiça: Tasso Caubi Soares Delabary

3. EQUIPE DE TRABALHO DO PROGRAMA JR21 TJRS:

Juiz de Direito Coordenador: Leoberto Narciso Brancher


4
Assessoria Técnica Assistente Social Judiciária: Beatriz Gershenson

Secretaria Geral e Assessoria Jurídica: Ms. Ana Paula Flores

Estagiária em Serviço Social: Mariana Roliano

Estágiário em Comunicação Social: Lars Erick Maia Lederhos

Estagiário em Direito: cargo não ocupado

4. ESCRITÓRIO DA COORDENAÇÃO ESTADUAL DO PROGRAMA JR21


TJRS
O magistrado Coordenador do Programa tem seu Gabinete e base de trabalho junto

ao Centro Judicário de Solução de Conflitos e Cidadania (CEJUSC) de Caxias do Sul, a partir de

onde se desloca com frequência regular a Porto Alegre e eventualmente às demais

Comarcas-sede das Unidades em processo de implantação da Justiça Restaurativa.

A equipe de apoio da Coordenação Estadual está instalada atualmente junto ao

CEJUSC - Práticas Restaurativas de Porto Alegre, no Fórum da Comarca de Porto Alegre –

Prédio I – 6º andar – Sala 14.

Telefone: (51) 3259-3634

E-mail: jr21@tj.rs.gov.br

4 A servidora aposentou-se a partir de janeiro de 2016.

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5. SOBRE A JUSTIÇA RESTAURATIVA

Define-se Justiça Restaurativa como sendo "um processo onde todas as partes

ligadas de alguma forma a uma particular ofensa vêm discutir e resolver coletivamente as

consequências práticas da mesma e a suas implicações no futuro” (Tony Marshall).

Posicionada como “um novo foco sobre a Justiça e os crimes” (Howard Zehr), essa

nova compreensão fundamenta-se em princípios cunhados a partir de críticas ao sistema de

justiça penal tradicional – âmbito em que o Estado exerce seu máximo poder de violência e

coerção – e, operativamente, materializa-se mediante um conjunto de práticas de resolução

comunitária de conflitos e problemas, derivadas de tradições ancestrais – representativas da

máxima capacidade de coesionamento e pacificação social. Embora se mostrando

particularmente propícia para tal fim, Justiça Restaurativa não se resume a uma modalidade

de resolução alternativa de conflitos, nem suas aplicações se esgotam no campo das

infrações penais. Uma abordagem restaurativa implica um novo equacionamento das

dinâmicas usualmente mobilizadas na resolução de um problema, conflito ou infração,

substituindo-se os fatores tradicionais por um novo marco lógico, a saber:

Figura 1: Comparativo entre a Justiça Tradicional e a Justiça Restaurativa

Fonte: (RIO GRANDE DO SUL/TJRS JR21, 2014, p. 5)

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A partir desse reposicionamento de pontos de vista, as aplicações de Justiça

Restaurativa passam a reunir teoria e prática de tal modo que suas repercussões

transformativas podem ser segmentadas em dois campos – o campo das PRÁTICAS

RESTAURATIVAS e do ENFOQUE RESTAURATIVO.

Figura 2: Âmbito de Aplicação da Justiça Restaurativa

Fonte: (RIO GRANDE DO SUL/TJRS JR21, 2014, p. 7)

A Justiça Restaurativa está baseada em uma perspectiva de solução de conflitos que

prima pela criatividade e sensibilidade na escuta das vítimas e dos ofensores, mediante a

aproximação entre vítima, agressor, suas famílias e a sociedade na reparação dos danos

causados por um crime ou infração. Dessa forma, o método envolve diferentes pessoas e

instituições na resolução de um conflito, que auxiliam na reparação dos danos causados e na

recuperação social do agressor, aplicando o conceito de corresponsabilidade social do crime.

(BRASIL/CNJ 2016)

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Os marcos normativos internacionais que iniciaram a regulamentação da Justiça

Restaurativa foram os emanados pelo Conselho Econômico e Social (CES) das Organizações

das Nações Unidas (ONU):

✔ Resolução CES/ONU nº 1.999/26, de 28 de julho de 1999, que dispõe

sobre a "Elaboração e aplicação de medidas de mediação e justiça restaurativa em

matéria de justiça criminal", e que também definiu que a Comissão de Prevenção

do Crime e de Justiça Criminal discutisse a conveniência de se formular padrões das

Nações Unidas sobre mediação e justiça restaurativa;

✔ Resolução CES/ONU nº 2.000/14, de 27 de julho de 2000, intitulada

"Princípios básicos sobre a utilização de programas de justiça restaurativa em

matéria criminal", em que também foi requisitado ao Secretário-Geral que

solicitasse aos Estados Membros a às organizações intergovernamentais e não-

governamentais, assim como os institutos que integram do Programa das Nações

Unidas em matéria de prevenção do delito e justiça criminal, que observassem a a

conveniência e os meios necessários a se estabelecer princípios comuns para a

aplicação de programas de justiça restaurativa em matéria criminal, incluindo a

conveniência da elaboração de um novo instrumento para tal objetivo;

✔ Resolução CES/ONU nº 2.002/12, de 24 de julho de 2002, define

Princípios Básicos para a utilização de Programas de Justiça Restaurativa em

Matéria Criminal.

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Em outubro de 2013 a Assembléia-Geral das Nações Unidas aprovou o

Relatório Temático "Justiça Restaurativa para Crianças e Adolescentes" (BRASIL, 2015), cuja

elaboração contou com o concurso de um grupo de especialistas reunidos em Bali,

Indonésia, do qual participou o magistrado gaúcho Leoberto Brancher. O documento foi

traduzido e publicado no Brasil, compondo os materiais didáticos reproduzidos pelo TJRS

para as formações do Programa Justiça Restaurativa para o Século 21.

6. A JUSTIÇA RESTAURATIVA NO BRASIL

A Justiça Restaurativa Restaurativa no Brasil iniciou sua implantação oficial no Brasil

há pouco mais de 10 anos (2004/2005) com o projeto "Promovendo Práticas Restaurativas

no Sistema de Justiça Brasileiro", financiado pelo Programa das Nações Unidas para o

Desenvolvimento – PNUD, e executado pela Secretaria da Reforma do Judiciário (SRJ) do

Ministério da Justiça (MJ), que deu lugar a três projetos pilotos levados a efeito pelos

respectivos parceiros em cada Estado. Teve como experiências iniciais os territórios de Porto

Alegre (RS), São Caetano (SP) e Brasília (DF). Desde o ano de 2005, a Justiça Restaurativa está

em processo de expansão, já tendo sido identificada práticas restaurativas em 15 Estados do

Brasil (BRASIL,CNJ 2015).

Em São Paulo, por exemplo, a Justiça Restaurativa tem sido utilizada em dezenas de

escolas públicas e privadas, auxiliando na prevenção e no agravamento de conflitos. No Rio

Grande do Sul, a prática é utilizada, desde a sua implantação, na área da Infância e

Juventude, especificamente no âmbito das Medidas Socioeducativas, estando em processo

de expansão para outras áreas como: violência doméstica, execução criminal, penas e

medidas alternativas, juizados especiais criminais, Centros Judiciais de Solução de Conflitos e

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Cidadania (CEJUSC), e ainda, na área da infância e juventude, para a área da proteção,

priorizando as práticas restaurativas para a área dos Serviços de Acolhimento – Abrigos

institucionais da Proteção Social Especial de Alta Complexidade, da Política de Assistência

Social. Na Bahia e no Maranhão, o método tem solucionado os crimes de pequeno potencial

ofensivo na área pré-processual. Segundo Brancher (2015), a ideia de Justiça Restaurativa do

Brasil não se restringe ao Poder Judiciário, a ideia é que esse conceito de Justiça possa ser

compartilhado amplamente. (BRASIL/CNJ, 2015)

A utilização dos métodos consensuais de resolução de conflitos no âmbito do Poder

Judiciário brasileiro recebeu o amparo legal do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) por meio

da Resolução nº 125, de 29 de novembro de 2010, que dispõe sobre a Política Judiciária

Nacional de tratamento adequado de conflitos de interesses no âmbito do Poder Judiciário, e

criou os Centros Judiciários de Solução de conflitos e Cidadania – CEJUSCs. A emenda 01 à

Resolução 125 do CNJ, de 31 de janeiro de 2013, veio a incluir a Justiça Restaurativa, entre

os métodos autocompositivos.

Nesse contexto, a Justiça Restaurativa completou seus 10 ano Brasil em acelarado

processo de reconhecimento, como uma alternativa humanizadora à Justiça Tradicional que

possa facilitar o diálogo entre as pessoas na resolução de seus conflitos, e das instituições a

elas relacionadas, em busca da pacificação social, em que é relevante destarcar algumas

ações especialmente relevantes nesse sentido:

A partir da experiência gaúcha e sob articulação da Associação dos Magistrados

Brasileiros (AMB), por sua Assessoria Especial para Difusão da Justiça Restaurativa (função

execida pelo magistrado gaúcho Leoberto Brancher), em agosto de 2014, foi celebrado junto

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ao Conselho Nacional de Justiça(CNJ), o Protocolo de Cooperação Interinstitucional nº

002/2014, publicado no Díário de Justiça de 19 de janeiro de 2015, com o objetivo principal

de difundir os princípios e práticas de Justiça Restaurativa como estratégia de solução

autocompositiva e pacificação de situações de conflitos, violências e infrações penais.

O protocolo foi firmado por 20 instituições nacionais comprometidas em promover

maior resolutuvidade ao Sistema de Justiça Brasileiro, com o apoio do Conselho Nacional de

Justiça (CNJ), sendo elas: Secretaria Nacional dos Direitos Humanos (SDH), Ministério da

Justiça/Sectretaria da Reforma do Judiciário (MJ/SRJ), Ministério da Justiça/Departamento

Penitenciário Nacional (MJ/DEPEN), Tribunais de Justiça dos Estados do Rio Grande do Sul,

Distrito Federal, São Paulo, Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), Associação

Brasileira dos Magistrados da Infância e Juventude (ABRAMINJ), Fórum Nacional da Justiça

Juvenil (FONAJUV), Associação Paulista da Magistratura (APAMAGIS), Associação dos Juízes

do Rio Grande do Sul (AJURIS), Escola Paulista da Magistratura (EPM), Escola Superior da

Magistratura do Rio Grande do Sul (ESM/AJURIS), Associação Terre des hommes (TDH) e

Associação Palas Athena.

Também foram signatários apoiadores do protocolo o Fundo das Nações Unidas

para a Infância (UNICEF), a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a

Cultura (UNESCO) e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).

(BRASIL/CNJ 2014)

Em maio de 2015, a Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), mais uma vez

em parceria com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), lançou a CAMPANHA NACIONAL

JUSTIÇA RESTAURATIVA DO BRASIL: A PAZ PEDE A PALAVRA, que tem como objetivos

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principais a pacificação de conflitos, a difusão de práticas restaurativas e a diminuição da

violência. A adoção das práticas restaurativas está fundamentada pela Resolução do CNJ nº

125, de 29 de novembro de 2010, que regula a Política Judiciária Nacional de tratamento

adequado de interesses no âmbito do Poder Judiciário brasileiro.

A campanha tem como objetivo registrar os 10 anos de implantação oficial dessa

outra visão de Justiça no Brasil, em que 15 estados já adotam as práticas restaurativas, tendo

sido pioneiros no país, os estados de São Paulo, Distrito Federal e Rio Grande do Sul.

(BRASIL/CNJ 2015)

Entre os dias 22 a 24 de julho de 2015, foi realizado, em Brasília, pela Escola

Nacional da Magistratura (ENM), da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), o

primeiro um CURSO DE JUSTIÇA RESTAURATIVA, voltado para magistrados(as), que contou

com a presença de 81 magistrados(as), representantes de 24 Estados brasileiros. O curso foi

uma iniciativa da ENM, que cumpre com a recomendação do Eixo 2 - Mobilização

Institucional Interna, do Programa da AMB que visou dar efetividade ao Protocolo de

Cooperação Interinstitucional firmado em agosto de 2014.

Como encaminhamento final do curso, foi aprovada a CARTA DE COMPROMISSO DA

MAGISTRATURA BRASILEIRA COM A JUSTIÇA RESTAURATIVA, que busca reforçar os

compromissos estatutários da AMB, na defesa do fortalecimento do Poder Judiciário e

promoção dos valores do Estado Democrático de Direito, igualmente responsável pela paz

social, reconhecendo a relevância de um projeto de coesão da sociedade brasileira

(BRASIL/AMB 2015).

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Em agosto de 2015, foi instituído pelo presidente do Conselho Nacional de Justiça

(CNJ), ministro Ricardo Lewandowski, por meio da Portaria nº. 74, de 12 de agosto de 2015,

um Grupo de Trabalho (GT) que vai desenvolver estudos e propor medidas para contribuir

com o desenvolvimento da Justiça Restaurativa no país, método alternativo de solução de

conflito que pode ser utilizado em qualquer etapa do processo criminal. O grupo conta com

representantes do CNJ e magistrados(as) de diversas regiões brasileiras que se destacam pela

difusão da prática, tendo como objetivo a elaboração de uma minuta de resolução para

implantação e estruturação de um sistema restaurativo de resolução de conflitos em

tribunais estaduais e federais.

Fazem parte do GT, magistrados(as) de diversos estados e integrantes do CNJ: o

Secretário-geral do órgão, Fabrício Bittencourt da Cruz; o Secretário-geral adjunto, Bruno

Ronchetti Castro (que coordenou o início dos trabalhos até se desligar do GT para assumir

como Conselheiro do CNJ); o Juiz-auxiliar da Presidência André Gomma de Azevedo; a

Desembargadora do Tribunal de Justiça da Bahia (TJBA) Joanice Maria Guimarães de Jesus; o

Desembargador do Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR) Roberto Portugal Bacellar; o Juiz do

Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) Carlos Donizete Ferreira da Silva; os Juízes do

Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) Egberto de Almeida Penido, Marcelo Nalesso Salmaso

e Vanessa Aufiero da Rocha; as Juízas do TJPR Jurema Carolina da Silveira Gomes e Laryssa

Angélica Copack Muniz; o Juiz do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS) Leoberto

Brancher e o Juiz do Tribunal de Justiça do Mato Grosso do Sul (TJMS) Roberto Ferreira Filho.

O GT deve apresentar minuta de ato normativo para difusão da prática.

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Atualmente, apenas 06 dos 27 Tribunais de Justiça (TJs) possuem normatizações a

respeito da Justiça Restaurativa, seja por meio de resoluções ou de portarias. O ato

normativo, que está em fase final de elaboração, foi feito a partir de uma compilação de

sugestões dos integrantes do GT, e uma minuta apresentada pela desembargadora do

Tribunal de Justiça do Estado da Bahia (TJBA) Joanice Maria Guimarães de Jesus e pelo juiz do

Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJSP) Marcelo Nalesso Salmaso, que centralizam

o recebimento das sugestões feitas pelos demais componentes do grupo de trabalho.

(BRASIL/CNJ 2015)

A consolidação da Justiça Restaurativa é uma das prioridades de gestão do CNJ,

prevista na Portaria CNJ nº 16, de 26 de fevereiro de 2015, que dispõe sobre as diretrizes de

estratégicas da Presidência do Conselho Nacional de Justiça para o biênio 2015-2016.

Em outubro de 2015, o CNJ lançou um edital de convocação pública para a

contratação de uma pesquisa dentro da série "Justiça Pesquisa", no intuito de mapear

programas de Justiça Restaurativa que estão sendo executados no âmbito dos Poderes

Judiciários do Brasil. A pesquisa buscará identificar metodologias e técnicas aplicáveis nas

práticas restaurativas, bem como práticas inovadoras e outras particiularidades das ações,

apontando dificuldades de implantação, formas de gestão, custos dos programas, estruturas

físicas, a capacitação dos recursos humanos, os tipos de conflitos alcançados, penais, as

rotinas, os procedimentos, os fluxos adotados, etc. Além disso, realizará um estudo

comparativo entre diferentes modelos de práticas restaurativas, de acordo com a realidade

social de cada Estado pesquisado. A previsão para apresentação dos resultados da pesquisa é

2017. (BRASIL/CNJ 2015)

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No mês de novembro de 2015, a Justiça Restaurativa foi incluída dentre as metas

do Poder Judiciário do Brasil, no 9º Encontro Nacional do Poder Judiciário, realizado em

Brasília, nos dias 24 e 25 de novembro. No encontro foram aprovadas 8 metas nacionais para

o ano de 2016, metas específicas para os segmentos de Justiça e a Diretriz Estratégica

“Concretude a Proteção dos Direitos Humanos”, tendo sido aprovada como novidade a Meta
5
8, relacionada a implementação da Justiça Restaurativa no Brasil . Participaram do encontro

representantes dos 91 tribunais brasileiros, sob a coordenação do Conselho Nacional de

Justiça (BRASIL/CNJ 2015).

Também em novembro de 2015, em comemoração aos 10 anos da Justiça

Restaurativa no Brasil, por iniciativa da AMB e outras entidades e órgãos brasileiros, com o

apoio do CNJ, foram promovidas uma série de atividades com a presença do professor

norte-americano Howard Zher, que compartilhou sua extensa experiência a respeito da

Justiça Restaurativa em palestras em Brasília, São Paulo e Porto Alegre. A conferência

realizada no Tribunal de Justiça do Distrito Federal, em Brasília, foi retransmitida via Internet

para 67 salas de assistência, distribuídas por todo o país. O professor também gravou um

vídeo com uma mensagem aos brasileiros, em que destacou a importância dos trabalhos

realizados no Brasil no âmbito da Justiça Resaturativa “...de forma muito sistemática e

criativa” (ZEHR, 2015), destacando acreditar que o que o Brasil deve compartilhar sua

experiência com o mundo todo. (BRASIL/AMB 2015)

5 META 8 – Implementar práticas de Justiça Restaurativa (Justiça Estadual) - Justiça


Estadual: Implementar projeto com equipe capacitada para oferecer práticas de Justiça Restaurativa,
implantando ou qualificando pelo menos uma unidade para esse fim, até 31.12.2016.

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Em dezembro de 2015, foi realizado em Brasília, por iniciativa do Departamento

Penitenciário Nacional (DEPEN) do Ministério da Justiça (MJ) um workshop para debater

“Metodologias em Alternativas Penais: Medidas Protetivas de Urgência”, com o objetivo de

discutir as medidas alternativas penais com enfoque restaurativo. O debate contou com a

presença de magistrados(as), gestores(as) federais e estaduais, representantes da sociedade

civil e especialistas no tema de responsabilização de homens agressores, como um

movimento mais amplo que vem sendo vislumbrado pelo DEPEN, em parceria com o CNJ e

com Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), para o aprimoramento

de um modelo de gestão para as alternativas penais. Como produto da discussão, será

elaborado um plano que fundamentará uma política de alternativas penais com enfoque

restaurativo, com o objetivo de reduzir as altas taxas de encarceramento e a pouca

efetividade das sanções penais. . Os magistrados gaúchos Leoberto Brancher (integrante do

GT junto ao Ministério da Justiça) e Andrea Hoch Cenne participaram do encontro.

(BRASIL/CNJ 2015)

No início de 2016, mais precisamente no mês de janeiro de 2016, foi aprovado pelo

presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e do Supremo Tribunal Federal (STF),

ministro Ricardo Lewandowski, o logotipo para a Justiça Restaurativa, criado pela

coordenação de Comunicação Institucional do CNJ, em parceria com o Grupo de Trabalho

(GT) para desenvolvimento da Justiça Restaurativa, intituído pela Portaria CNJ nº 74/2015. O

logotipo remete à ideia de círculo restaurativo, além do envolvimento de diversos atores,

como família e sociedade, na reparação dos danos à vítima. Uma ampla campanha de

divulgação será levada a efeito pelo CNJ em 2016 visando dar publicidade e efetividade da

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iminente Resolução sobre Justiça Restaurativa. (BRASIL/CNJ 2016)

7. A JUSTIÇA RESTAURATIVA NO RIO GRANDE DO SUL:

Em 2005, o Projeto “Justiça para o Século 21 – Instituindo Práticas Restaurativas”,

teve início junto ao 3º Juizado da Infância e Juventude (JIJ) da Comarca de Porto Alegre,

coordenado pelo Juiz de Direito Leoberto Brancher, em articulação com a Associação dos

Juízes do Rio Grande do Sul (AJURIS) e apoiado por demais parceiros, dentre os quais pode-

se destacar: Programa Criança Esperança (UNESCO), Programa das Nações Unidas para o

Desenvolvimento (PNUD), Ministério da Justiça/Secretaria da Reforma do Judiciário (SRJ),

Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República (SEDH).

O principal objetivo do projeto foi expandir a difusão e a aplicação da Justiça

Restaurativa na pacificação de conflitos e violências envolvendo crianças e adolescentes em

Porto Alegre, logo expandindo-se para todo o Rio Grande do Sul, aplicado especialmente no

atendimento de adolescentes em conflito com a lei e em cumprimento de Medidas

Socioeducativas (MSE) em Porto Alegre (RS). A ênfase em resolver conflitos, mais do que

punir transgressões, começa a proliferar, então, na Justiça Estadual da Infância e da

Juventude inspirada nos ideais da Justiça Restaurativa, combinada com a Doutrina da

Proteção Integral da Infância instituída pelo Estatuto da Criança e Adolescente (ECA), bem

como nos movimentos pela Cultura de Paz.

Nesse contexto, a Justiça Restaurativa foi finalmente institucionalizada, no âmbito

do Poder Judiciário do Rio Grande do Sul, com a oficialização da Central de Práticas

Restaurativas do Juizado da Infância e Juventude da Comarca de Porto Alegre (CPR-JIJ), por

meio da Resolução nº 822, de 29 de janeiro de 2010, do Egrégio Conselho da Magistratura

18
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TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(COMAG), em sessão realizada na mesma data. A CPR-JIJ surgiu em 2006, fruto do Projeto

Justiça para o Século 21, com o objetivo de realizar procedimentos restaurativos em

qualquer fase do atendimento do adolescente autor de ato infracional, no âmbito do

atendimento das Medidas Socioeducativas (MSE).

Importante registrar a contribuição da experiência da Justiça Gaúcha na formulação

da Lei Federal nº 12.594, de 18 de janeiro de 2012, que disciplinou o Sistema Nacional de

Atendimento Socioeducativo (SINASE), e que introduziu as práticas restaurativas de forma

pioneira na legislação brasileira, ao incluir como objetivo das medidas um conceito


6
restaurativo de responsabilidade, conforme Art. 1º, § 2º, inciso III , e princípios que referem

expressamente à priorização das soluções restaurativas e autocompositivas das infrações


7 8
envolvendo adolescentes ( Art. 34, incs. II e III ).

8. DO PROGRAMA JUSTIÇA RESTAURATIVA PARA O SÉCULO 21 DO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

O percurso da institucionalização da Justiça Restaurativa no Rio Grande Sul principia

pela oficialização da Central de Práticas Restaurativas (CPR) do Juizado da Infância e

Juventude (JIJ) de Porto Alegre (Resolução nº 822/2010 - COMAG/TJRS), mesma ocasião em

que o Conselho da Magistratura determinou que, a Corregedoria-Geral da Justiça do TJRS

apontasse alternativas para difusão da experiência aos Juizados da Infância e da Juventude

6 Art. 1º, § 2º, inciso III: “A responsabilização do adolescente quanto às consequências lesivas do
ato infracional, sempre que possível incentivando a sua reparação”. (BRASIL, 2012)
7Art. 34 inciso II: “Excepcionalidade da intervenção judicial e da imposição de medidas, favorecendo-
se meios de autocomposição de conflitos”. (BRASIL, 2012)
8 Art. 34 inciso III: “Prioridade a práticas ou medidas que sejam restaurativas e, sempre que possível,
atendam às necessidades das vítimas”. (BRASIL, 2012)

19
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TRIBUNAL DE JUSTIÇA

de todas Comarcas.

Em 2012, por decisão do Conselho de Administração, CONAD do TJRS, a Justiça

Restaurativa passou a ser considerada como uma das linhas de atuação do objetivo

estratégico “Incrementar a Resolução da Demanda” passando a integrar o “Mapa

Estratégico do TJRS 2015 – 2020”. O mapa busca “Implantar novas formas judiciais, pré-

judiciais e administrativas que favoreçam a solução da demanda pela justiça, especialmente

nas ações de massa”. O Mapa Estratégico do TJRS foi originalmente adotado em 22 de

fevereiro de 2010, pelo Órgão Especial. Na esteira da decisão do CONAD TJRS, em 2012 o

Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos (NUPEMEC), também,

aprovou a inclusão da Justiça Restaurativas no rol de serviços a serem prestados pelos

CEJUSCs, ao lado das demais alternativas autocompositivas, referendando a indicação do

CEJUSC de Caxias do Sul – ao qual logo se somaria também o de Pelotas – para

referenciarem a implantação experimental. (RIO GRANDE DO SUL/TJRS Mapa Estratégico

TJRS 2015-2020, pág.9)

Em 2014, uma importante providência no sentido de institucionalizar a Justiça

Restaurativa, no âmbito do Poder Judiciário do Estado do Rio Grande do Sul foi levada a

efeito por meio da deliberação do Egrégio Conselho da Magistratura (COMAG TJRS), nos

autos do expediente administrativo nº. 0010-14/003022-8, em sessão de 21 de outubro de

2014.

A referida deliberação aprovou o parecer da Corregedoria-Geral da Justiça,

propondo a criação do Programa Justiça Restaurativa para o Século 21 (JR21 TJRS), “com o

propósito de difundir, de implantar, de aprimorar e de consolidar a Justiça Restaurativa no

20
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TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Primeiro Grau da Justiça Estadual” (…), “tendo por escopo o planejamento de uma estratégia

de implantação e de utilização do paradigma restaurativo em ramos especiais da prestação

jurisdicional, tais como na Infância e Juventude, na Violência Doméstica e Familiar contra a

Mulher, na Execução Penal, no Direito de Família e no Direito Penal”. Fonte: (RIO GRANDE

DO SUL/TJRS Documento-base do Programa JR21 TJRS, 2014 pág.5).

A execução do projeto foi delegada à Corregedoria-Geral da Justiça do TJRS, com a

designação especial do magistrado Leoberto Brancher para coordenar a iniciativa. Seguiu-se

a apresentação de um planejamento de amplo espectro e longo prazo que, aprovado pelas

instâncias competentes, tomou o nome de Programa Justiça Restaurativa para o Século 21

(JR21), que, sob a denominação de “documento-base” do Programa, passou a a ser

amplamente divulgado e a embasar todos os desdobramentos.

Segundo consta no seu documento-base, o Programa JR21 foi concebido com o

objetivo geral de

“Promover estratégias de pacificação social baseadas na difusão dos princípios e no

desenvolvimento das práticas restaurativas para prevenção e transformação construtiva de

conflitos em âmbito judicial e extrajudicial. “

Para alcançar esse amplo desiderato, a execução do Programa deve orientar-se por

sete objetivos específicos:

1. “Desenvolver as práticas de Justiça Restaurativa em unidades jurisdicionais

do Poder Judiciário do Rio Grande do Sul, e referenciar sua difusão nas demais

políticas públicas e comunidades;

21
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TRIBUNAL DE JUSTIÇA

2. “Consolidar a aplicação do enfoque e das práticas restaurativas na jurisdição

da infância e da juventude, já em desenvolvimento conforme Resolução n. 822/2010

– COMAG;

3. “Desenvolver expertise para aplicação das práticas restaurativas em áreas

jurisdicionais ainda não exploradas, em especial na violência doméstica, juizados

especiais criminais e execuções penais;

4. “Viabilizar a oferta de práticas restaurativas como parte da oferta de

serviços de soluções autocompositivas dos CEJUSCs – Centros Judiciários de Solução

de Conflitos e Cidadania do Rio Grande do Sul;

5. “Produzir e difundir conhecimentos, capacitando recursos humanos para a

atuação em práticas da Justiça Restaurativa e em sua multiplicação.

6. “Apoiar a utilização do enfoque e das práticas restaurativas no âmbito de

políticas e serviços a cargo do poder executivo, notadamente nas áreas de segurança,

assistência social, educação e saúde.

7. “Apoiar a criação e consolidação de serviços de base comunitária para

pacificação de conflitos com base nos princípios e práticas da Justiça Restaurativa.”

O desenvolvimento do Programa esteve voltado para a realização das práticas,

objetivo em torno do qual convergem todas as demais ações. Objetiva-se que a

implementação de iniciativas práticas ocorra ao longo de quatro ESTÁGIOS (estapas ou

módulos): I – PROJETOS-PILOTO, II – CLUSTERS JUDICIAIS, III – POLÍTICAS DO PODER

EXECUTIVO e IV – COMITÊS COMUNITÁRIOS. Fonte: (RIO GRANDE DO SUL/TJRS Documento-

base do Programa JR21 TJRS, 2014).

22
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TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Esses módulos correspondem a ciclos ou estágios, encadeados entre si, de

implementação sequencial no tempo (no que se refere aos compromissos de gestão e

implementação do Programa), mas paralela no espaço (no que se refere à possibilidade de

serem antecipados segundo a disponibilidade de adesões e protagonismos espontâneos das

Unidades Jurisdicionais de Referências e respectivos parceiros).

Em 23 de março de 2015, o Programa foi apresentado a um grupo de

magistrados(as), convidados a atuarem como seus protagonistas iniciais. Com a execução do

Programa organizada sob a forma de “Projetos Executivos”, relativos à implementação de

objetivos determinados, sucederam-se as diversas atividades relativas à sua implementação

que seguem relatadas adiante.

9. PROJETO EXECUTIVO nº 01 - CONSTITUIÇÃO DAS UNIDADES


JURISDICIONAIS PILOTO E FORMAÇÕES DE FACILITADORES EM CÍRCULOS DE
JUSTIÇA RESTAURATIVA E CONSTRUÇÃO DE PAZ.
O marco inicial da efetiva implantação do Programa JR21 TJRS pode ser datado de

08 de maio de 2015, com a assinatura dos Termos de Compromisso de Liderança, pelos(as)

Juízes(as) titulares das Unidades Jurisdicionais de Referência em implantação no exercício de

2015. Os(as) magistrados(as) que aderiram ao programa foram denominados(as) Juízes(as)

Líderes das 12 unidades implantadas.

Seguindo o planejamento do Programa, e observadas as dotações orçamentárias,

foram implantadas 12 Unidades Jurisdicionais de Referência, sendo 08 em Comarcas do

interior: Caxias do Sul, Novo Hamburgo, Pelotas, Passo Fundo, Lajeado, Santa Maria,

Sapiranga e Guaíba, além de 04 unidades na capital.

23
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Suas áreas de aplicação são: violência doméstica, infância e juventude, execuções

criminais, penas e medidas alternativas, juizados especiais criminais, ainda, no âmbito dos

Centros Judiciários de Solução de Conflitos e Cidadania (CEJUSC).

A estratégia do Programa contemplou a criação de Unidades Jurisdicionais de

Referência temáticas, para desenvolvimento de novos expertises nessas distintas áreas

jurisdicionais. Já a implantação nos CEJUSCs, tem por objetivo abrir caminho ao

desenvolvimento da estratégia organizacional, moldada na perspectiva de que, a médio e

longo prazo, a oferta dos serviços restaurativas estejam referenciados a esses Centros.

As 12 Unidades Jurisdicionais de Referência do Programa JR21, que tiveram sua

implantação iniciadas no ano de 2015, e magistrados(as) que firmaram os respectivos

compromisso de liderança, foram as seguintes:

QUADRO 1: Unidades Jurisdicionais de Referência do Programa JR21 TJRS


implantadas em 2015
Unidades Jurisdicionais de Referência – Programa Justiça Restaurativa para o Século 21 TJRS
COMARCAS ÂMBITO DA ATUAÇÃO UNIDADE PILOTO JUIZ(A) LÍDER

NA CAPITAL

1 PORTO ALEGRE EXECUÇÃO PENAL 2º Juizado da 2ª Vara de Execuções Criminais (VEC) Sidinei Brzuska
Presídio Central de Porto Alegre (PCPA)

2 PORTO ALEGRE PENAS E MEDIDAS ALTERNATIVAS Vara de Execução das Penas e Medidas Alternativas Luciano André Losekann
(VEPMA)

3 PORTO ALEGRE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA CONTRA A MULHER 1º Juizado da Violência Doméstica e Familiar contra a Madgéli Frantz Machado
Mulher

4 PORTO ALEGRE INFÂNCIA E JUVENTUDE 1º Juizado da Infância e Juventude Carlos Francisco Gross

2º Juizado da Infância e Juventude Lia Gherke Brandão

3º Juizado da Infância e Juventude Vera Lúcia Deboni

4º Juizado da Infância e Juventude Cleciana Guarda Lara Pech

Projeto Justiça Instantânea Angelo Furian Pontes

NO INTERIOR

5 CAXIAS DO SUL EXECUÇÃO PENAL 1ª Vara de Execuções Criminais (VEC) de Caxias do Sul Milene Fróes Rodrigues Dal Bó

6 NOVO HAMBURO VIOLÊNCIA DOMÉSTICA CONTRA A MULHER Juizado da Violência Doméstica de Novo Hamburgo Andrea Hoch Cenne

7 PELOTAS CEJUSC CEJUSC Pelotas Marcelo Malizia Cabral

8 PASSO FUNDO INFÂNCIA E JUVENTUDE Juizado Regional da infância e Juventude de Passo Fundo Dalmir Franklin de Oliveira Junior

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9 LAJEADO INFÂNCIA E JUVENTUDE Vara de Família Infância e Juventude de Lajeado Luís Antonio de Abreu Johson

10 SANTA MARIA CEJUSC CEJUSC Santa Maria Rafael Pagnon Cunha

11 SAPIRANGA CEJUSC CEJUSC Sapiranga Káren Rick Danilevicz Bertoncello

12 GUAÍBA JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL Juizado Especial Criminal Adjunto (JECRIMA) de Guaíba Paula de Mattos Paradeda

Fonte: (RIO GRANDE DO SUL/TJRS JR21, 2016)


Sistematização (FLORES e ROLIANO, 2016)

9.1.1 FORMAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS PARA ATUAÇÃO NO


PROGRAMA JR21 TJRS
A principal ênfase do Programa JR21 está na formação de pessoas para atuarem na

pacificação de conflitos segundo as abordagens e metodologias restaurativas. Considerando

que, as unidades jurisdicionais das áreas afins à aplicação das práticas restaurativas

costumam atuar junto às diversas redes de serviços mantidos pelo Poder Executivo ou

entidades da sociedade civil, dado seu cunho sócio-assistencial, a arregimentação de

recursos humanos para atuarem no atendimento restaurativo a conflitos procurou mobilizar

atores desses diversos setores, convidados a somarem forças a esse processo de

desenvolvimento e aprendizagem das abordagens restaurativas, em benefício da população

atendida e favorecendo a otimização dos serviços relacionados.

Essa estratégia de arregimentação de equipes funciona num modelo “ganha-

ganha”. Como patrocinador e “anfitrião” do Programa, o Poder Judiciário do RS recebe a

contribuição dos facilitadores em formação que, para atingir a certificação, devem atuar na

solução de casos judicializados ou de alguma forma relacionados às Unidades Jurisdicionais a

que se vinculam. Em contrapartida, as entidades que destinam a carga horária de seus

servidores para atuarem no Programa ganham com a qualificação de seus quadros

profissionais, não apenas formando facilitadores para atuarem internamente, mas também

podendo os facilitadores que mais se dedicarem alcançar a condição de instrutores, e a

25
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partir daí multiplicar as práticas restaurativas de forma autônoma e sustentável no

respectivo institucional.

Numa perspectiva ampliada, além dos ganhos das instituições parceiras, ganha

também, e sobretudo, a sociedade na medida em que proliferam os facilitadores formados e

se capilariza a oferta de solução autocompositivas baseadas na Justiça Restaurativa. Os

espaços de formação em serviço instalados pelo Poder Judiciário do RS, nesse cenário,

tornam-se verdadeiros centros de difusão e aprendizagem de um modelo de Justiça

“multiportas”, capaz de colocar as soluções autocompositivas ao alcance da população nos

mais distintos espaços de convivência e de atendimento, e não apenas dentro do sistema

jurídico-judicial.

Sob essa inspiração, as formações desses recursos humanos foram então

normatizadas pelo “Regulamento da Formação Integral em Justiça Restaurativa e Construção

de Paz”, aprovado em sessão do Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de

Conflitos (NUPEMC), de 08 de setembro de 2015 (Acórdão 5997-15/000202-2), e constitui-se

em 07 atividades formativas distintas, que perfazem um total de 400 horas, executadas na

modalidade presencial e à distância, a saber:

QUADRO 2: Etapas da Formação Integral em Justiça Restaurativa do Programa JR21


TJRS
Atividade Modalidade Carga Horária

1 Oficinas de Planejamento e Gestão Dragon Dreaming (Pré e pós- Presencial 20 horas


curso presencial).

2 Curso Presencial de Formação de Facilitador de Círculos de Justiça Presencial 40 horas


9
Restaurativa e de Construção de Paz Lideranças Restaurativas -

9 A recomendação do programa é que a distribuição das vagas seja de 15 vagas para Facilitadores(as) Judiciais
de Círculos de Justiça Restaurativa e de Construção de Paz e de até 10 vagas para Lideranças Restaurativas.

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Turmas de 25 cursistas

3 Formação Teórico-Prático de Justiça Restaurativa na modalidade à À distância 40 horas


distância (EAD)

4 Estágio Prático na Facilitação de Círculos Presencial 100 horas

5 Atividades de Supervisão na modalidade à distância À distância 40 horas

6 Curso de Formação de Instrutores-Supervisores em Justiça Presencial 40 horas


Restaurativa

7 Estágio Prático como co-instrutor na Formação de Presencial 120 horas


Facilitadores
TOTAL 400 horas
Fonte: (RIO GRANDE DO SUL/TJRS JR21, 2016)
Sistematização (FLORES e ROLIANO, 2016)

Cabe destacar que, das 07 atividades que integram esse processo de formação

constante no regulamento, 05 são voltadas para a formação de facilitadores(as) e 02 delas

são voltadas para a formação de instrutores(as). Registra-se, também, que a coordenação

dos processos de formação presenciais, constantes no presente regulamento, foram

realizadas pelo Juiz de Direito Leoberto Brancher – Coordenador Estadual do Programa JR21

TJRS e pela Assistente Social Judiciária Dra. Beatriz Gershenson. Para as etapas à distância

agregaram-se à equipe de coordenação, o Professor Ms. Afonso Armando Konzen, e Mary

Biancamano – Coordenadora do Centro de Educação à Distância do Poder Judiciário (CEAD


10
PJRS) , localizado no Palácio da Justiça.

10 O CEAD PJRS passou a integrar o Centro de Formação e Desenvolvimento de Pessoas (CJUD), instituído em
07 de outubro de 2015, no âmbito do Poder Judiciário do RS, que tem como objetivo o treinamento, a
capacitação e o aperfeiçoamento continuado dos(as) magistrados(as) e servidores(as), para atendimento ao
objetivo estratégico de elevar a capacidade de realização das pessoas, bem como promover o conhecimento
técnico, científico e institucional. (RIO GRANDE DO SUL/TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO RIO GRANDE DO SUL, 2015).

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9.1.2 DO OBJETIVO
A formação em Justiça Restaurativa e Construção de Paz realizada pelo Programa

Justiça Restaurativa para o Século 21 do Tribunal de Justiça do RS tem por objetivo formar

Facilitadores Judiciais de Círculos de Justiça Restaurativa e de Construção de Paz

(servidores(as) e voluntários(as)) assim como Lideranças Restaurativas (magistrados(as) e

gestores(as) de entidades públicas ou privadas parceiras para a execução do Programa) e

Instrutores-Supervisores (servidores(as) e voluntários(as)), para a implementação de

práticas restaurativas e o desenvolvimento e gestão de projetos com esse objetivo. (RIO

GRANDE DO SUL/JR21 TJRS, 2015)

9.1.3 PÚBLICO ALVO


Servidores judiciais e das demais políticas públicas, ativos ou aposentados, bem

como voluntários, ainda que sem vínculo com a Justiça Estadual, com disponibilidade para

exercer a atividade de Facilitador de Círculos de Construção de Paz, bem como Magistrados,

gestores públicos e ou de organizações não-governamentais que venham a colaborar na

implementação de práticas restaurativas e projetos integrados ao Programa Justiça

Restaurativa para o Século 21. (RIO GRANDE DO SUL/JR21 TJRS, 2015)

9.1.4 PERFIS DE FORMAÇÃO DO PROGRAMA JR21 TJRS


A formação em Justiça Restaurativa e Construção de Paz realizada pelo Programa

Justiça Restaurativa para o Século 21 do Tribunal de Justiça do RS, pressupõe um percurso

formativo com etapas distintas para a certificação nas funções de Facilitadores Judiciais de

Círculos de Justiça Restaurativa e de Construção de Paz (servidores(as) e voluntários(as))

assim como Lideranças Restaurativas (magistrados(as) e gestores(as) de entidades públicas

ou privadas parceiras para a execução do Programa) e Instrutores-Supervisores

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(servidores(as) e voluntários(as)), para a implementação de práticas restaurativas e o

desenvolvimento. Os requisitos para a certificação como Facilitadores Judiciais de Círculos

de Justiça Restaurativa e de Construção de Paz são os seguintes:

QUADRO 3: Requisito para a certificação como Facilitador Judicial de Círculos de


Justiça Restaurativa e de Construção de Paz
Atividade Modalidade Carga Horária

1 Curso Presencial de Formação de Facilitador de Círculos de Justiça Presencial 40 horas


Restaurativa e de Construção de Paz Lideranças Restaurativas

2 Formação Teórico-Prático de Justiça Restaurativa na modalidade à À distância 40 horas


distância (EAD)

3 Estágio Prático na Facilitação de Círculos (10 relatórios de casos Presencial 100 horas
práticos)

4 Atividades de Supervisão na modalidade à distância À distância 40 horas

TOTAL 220 horas


Fonte: (RIO GRANDE DO SUL/TJRS JR21, 2016)
Sistematização (FLORES e ROLIANO, 2016)

Para a certificação como Lideranças Restaurativas (magistrados(as) e gestores(as) de

entidades públicas ou privadas parceiras para a execução do Programa), são previstos os

seguintes requisitos:

QUADRO 4: Etapas da Formação Integral em Justiça Restaurativa do Programa JR21

TJRS, requisito para a certificação como Liderança Restaurativa

Atividade Modalidade Carga


Horária

1 Oficinas de Planejamento e Gestão Dragon Dreaming Presencial 20 horas


(Pré e pós-curso presencial)

2 Curso Presencial de Formação de Facilitador de Círculos Presencial 40 horas


de Justiça Restaurativa e de Construção de Paz

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Lideranças Restaurativas - Turmas de 25 cursistas

3 Formação Teórico-Prático de Justiça Restaurativa na À distância 40 horas


modalidade à distância (EAD)

TOTAL 100 horas


OBS - requisitos exigidos de forma não cumulativa, mas sendo necessário cursar ou 2 ou 3
Fonte: (RIO GRANDE DO SUL/TJRS JR21, 2016)
Sistematização (FLORES e ROLIANO, 2016)

A formação como Instrutores-Supervisores (servidores(as) e voluntários(as)), está

fundamentada nas seguintes etapas:

QUADRO 5: Etapas da Formação Integral em Justiça Restaurativa do Programa JR21


TJRS, requisito para a certificação como Instrutor de Cursos e Supervisor de Práticas de
Círculos de Justiça Restaurativa e de Construção de Paz
Atividade Modalidade Pré-requisitos e
carga horária

1 Prévia certificação no perfil de formação como Presencial pré-requisito


Facilitador Judicial de Círculos de Justiça
Restaurativa e de Construção de Paz;

2 Aprovação em exame de admissão mediante Presencial pré-requisito


relato e supervisão de 5 (cinco) aplicações
distintas de práticas circulares;

3 Realização de formação presencial específica Presencial 40 horas


para instrutores/supervisores proporcionada
pelo programa.

4 Participação voluntária na formação de pelo Presencial 120 horas


menos 3 (três) turmas de novos facilitadores
na condição de co-instrutor
Fonte: (RIO GRANDE DO SUL/TJRS JR21, 2016)
Sistematização (FLORES e ROLIANO, 2016)

30
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9.1.5 DA EQUIPE DE FORMADORES(AS) DO PROGRAMA JR21 TJRS

A Formação Integral em Justiça Restaurativa do Programa Justiça Restaurativa para

o Século 21 do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul, no ano de 2015, foi

realizada por uma equipe de formadores(as) composta por: a) Facilitadores(as) das Oficinas

de Planejamento Dragon Dreaming; b) Facilitadores(as) do Curso Presencial de Formação de

Facilitador de Círculos de Justiça Restaurativa e de Construção de Paz e de Lideranças

Restaurativas; c) Professores(as) e tutores(as) do Curso de Formação Teórico-Prático de

Justiça Restaurativa na modalidade à distância (EAD); d) Supervisores(as) na modalidade à

distância (EAD) de Formação. A equipe de Facilitadores(as) das Oficinas de Planejamento e

Gestão Dragon Dreaming (DD) é composta pelos(as) seguintes integrantes:

QUADRO 6: Facilitadores(as) das Oficinas de Planejamento e Gestão


Oficinas de Planejamento e Gestão Dragon Dreaming

Nome dos(as) Facilitadores(as)

1 Daniel Rodrigues

2 Olivia Braschi

3 Pedro Craidy Nerva

4 Sabrina Paroli
Fonte: (RIO GRANDE DO SUL/TJRS JR21, 2016)
Sistematização (FLORES e ROLIANO, 2016)

A composição da equipe de Instrutores (as) do Curso Presencial de Formação de

Facilitador de Círculos de Justiça Restaurativa e de Construção de Paz Lideranças

Restaurativas é a seguinte:

31
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QUADRO 7: Equipe de Instrutores(as) do Curso Presencial de Formação de


Facilitador de Círculos de Justiça Restaurativa e de Construção de Paz Lideranças
Restaurativas
Curso Presencial de Formação de Facilitador de Círculos de Justiça Restaurativa e de Construção de Paz
Lideranças Restaurativas

Nome dos(as) Instrutores(as)

1 Alceu Lima

2 Délcio Cruz Júnior ( em treinamento - desistente)

3 Franciele Lenzi ( em treinamento - concluinte)

4 Katiane Boschetti

5 Lenice Pons Pereira

6 Paulo Henrique Moratelli

7 Rafaela Duso ( em treinamento - concluinte)

8 Sabrina Paroli ( em treinamento - concluinte)


Fonte: (RIO GRANDE DO SUL/TJRS JR21, 2016)
Sistematização (FLORES e ROLIANO, 2016)

O Curso de Formação Teórico-Prático de Justiça Restaurativa na modalidade à


distância (EAD) foi ministrado pelos(as) seguintes professores(as):

QUADRO 8: Equipe de Professores(as) do Curso de Formação Teórico-Prático de


Justiça Restaurativa na modalidade à distância (EAD)
Curso de Formação Teórico-Prático de Justiça Restaurativa na modalidade à distância (EAD)

Nome dos(as) Professores(as)

1 Afonso Armando Konzen

2 Beatriz Gershenson

3 Lenice Pons Pereira


Fonte: (RIO GRANDE DO SUL/TJRS JR21, 2016)
Sistematização (FLORES e ROLIANO, 2016)

32
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Os(as) tutores(as) responsáveis pelo acompanhamento do Curso de Formação

Teórico-Prático de Justiça Restaurativa na modalidade à distância (EAD) foram os(as)

seguintes:

QUADRO 9: Equipe de Tutores(as) – Curso de Formação Teórico-Prático de Justiça


Restaurativa na modalidade à distância (EAD)
Curso de Formação Teórico-Prático de Justiça Restaurativa na modalidade à distância (EAD)

Nome dos(as) Tutores(as)

1 Ana Paula Flores

2 Katiane Boschetti

3 Rafaela Duso

4 Sabrina Paroli
Fonte: (RIO GRANDE DO SUL/TJRS JR21, 2016)
Sistematização (FLORES e ROLIANO, 2016)

A equipe de supervisores(as) responsáveis pela supervisão das atividades práticas a

serem realizadas pelos(as) cursistas, é a seguinte:

QUADRO 10: Equipe de Supervisores(as) na modalidade à distância (EAD)


Supervisão das atividades práticas na modalidade à distância (EAD)

Nome dos(as) Tutores(as)

1 Katiane Boschetti

2 Rafaela Duso

3 Sabrina Paroli
Fonte: (RIO GRANDE DO SUL/TJRS JR21, 2016)
Sistematização (FLORES e ROLIANO, 2016)

9.1.6 DA EXECUÇÃO DO PROCESSO DE FORMAÇÃO INTEGRAL EM


JUSTIÇA RESTAURATIVA E CONSTRUÇÃO DE PAZ
A Formação Integral em Justiça Restaurativa e Construção de Paz do Programa JR21

TJRS (Regulamento – Acordão nº 5997-15/000202-2), das 12 Unidades Jurisdicionais de

33
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Referência foram realizadas a partir do mês de abril, estendendo-se até o mês de dezembro

de 2015. As atividades da formação, nas modalidades presencial e à distância, seguiram um

planejamento executado na capital e nas comarcas do interior vinculadas ao programa, a

saber:

9.1.6.1 O PROCESSO DE FORMAÇÃO INTEGRAL DO PROGRAMA JR21

TJRS NA CAPITAL

Em Porto Alegre, as atividades da Formação Integral em Justiça Restaurativa e

Construção de Paz do Programa JR21 TJRS, na modalidade presencial iniciaram-se em 30 de

abril e foram concluídas em 30 de setembro. Finalizada a etapa presencial, os(as) cursistas

iniciaram a etapa à distância.

QUADRO 11: Unidade Jurisdicional de Referência: 2º Juizado da 2ª Vara de


Execuções Criminais (VEC) – Presídio Central de Porto Alegre (PCPA) - Comarca de Porto
Alegre – Juiz Sidinei Brzuska
Atividade Carga Data de realização da Modalidade Número total de
Horária atividade participantes por
atividade

1 Oficinas de Planejamento e 10 horas 30.04.2015 Presencial 25


Gestão - Pré-curso

2 Curso Presencial de Formação 40 horas De 18 à 21.05.2015 Presencial 21


de Facilitador de Círculos de
Justiça Restaurativa e de
Construção de Paz Lideranças
Restaurativas

3 Oficinas de Planejamento e 10 horas 11.06.2015 Presencial 23


Gestão – Pós-curso

4 Formação Teórico-Prático em 40 horas De 21.08 à À distância 10


Justiça Restaurativa na 14.10.2015
modalidade à distância (EAD) –
1ª Edição

34
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA

5 Estágio Prático na Facilitação de 100 horas Em execução Presencial Em execução


Círculos

6 Atividades de Supervisão na 40 horas A se realizar em 2016 À distância A se realizar em 2016


modalidade à distância

TOTAL 240 horas


Fonte: (RIO GRANDE DO SUL/JR21 TJRS, 2015)
Sistematização (FLORES e ROLIANO, 2016)

QUADRO 12: Unidade Jurisdicional de Referência: Vara de Execução das Penas e


Medidas Alternativas (VEPMA) – Comarca de Porto Alegre – Juiz Luiz André Losekann
Atividade Carga Data de realização da Modalidade Número total de
Horária atividade participantes por
atividade

1 Oficinas de Planejamento e 10 horas 08.06.2015 Presencial 22


Gestão - Pré-curso

2 Curso Presencial de Formação de 40 horas De 29.06 à Presencial 18


Facilitador de Círculos de Justiça 02.07..2015
Restaurativa e de Construção de
Paz Lideranças Restaurativas

3 Oficinas de Planejamento e 10 horas 14.07.2015 Presencial 15


Gestão – Pós-curso

4 Formação Teórico-Prático em 40 horas De 21.08 à À distância 12


Justiça Restaurativa na 14.10.2015
modalidade à distância (EAD) –
1ª Edição

5 Estágio Prático na Facilitação de 100 horas Em execução Presencial Em execução


Círculos

6 Atividades de Supervisão na 40 horas A se realizar em 2016 À distância A se realizar em 2016


modalidade à distância

TOTAL 240 horas


Fonte: (RIO GRANDE DO SUL/JR21 TJRS, 2015)/Sistematização (FLORES e ROLIANO, 2016)

35
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA

QUADRO 13: Unidade Jurisdicional de Referência: 1º Juizado da Violência


Doméstica e Familiar contra a Mulher - Comarca de Porto Alegre – Juíza: Madgéli Frantz
Machado
Atividade Carga Data de realização da Modalidade Número total de
Horária atividade participantes por
atividade

1 Oficinas de Planejamento e 10 horas 12.06.2015 Presencial 30


Gestão - Pré-curso

2 Curso Presencial de Formação 40 horas De 22 à 25.06.2015 Presencial 19


de Facilitador de Círculos de
Justiça Restaurativa e de
Construção de Paz Lideranças
Restaurativas

3 Oficinas de Planejamento e 10 horas 07.07.2015 Presencial 14


Gestão – Pós-curso

4 Formação Teórico-Prático em 40 horas De 21.08 à À distância 14


Justiça Restaurativa na 14.10.2015
modalidade à distância (EAD) –
1ª Edição

5 Estágio Prático na Facilitação de 100 horas Em execução Presencial Em execução


Círculos

6 Atividades de Supervisão na 40 horas A se realizar em 2016 À distância A se realizar em


modalidade à distância 2016

TOTAL 240 horas


Fonte: (RIO GRANDE DO SUL/JR21 TJRS, 2015)
Sistematização (FLORES e ROLIANO, 2016)

QUADRO 14: Unidade Jurisdicional de Referência: Juizado da Infância e Juventude -


Comarca de Porto Alegre – Juíza: Lia Gherke Brandão – 2º JIJ em representação os demais
Juízes(as) do 1º, 3º, 4º e Justiça Instantânea
Atividade Carga Data de realização da Modalidade Número total de
Horária atividade participantes por
atividade

1 Oficinas de Planejamento e 10 horas 25.08.2015 Presencial 152


Gestão - Pré-curso

36
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA

2 Curso Presencial de Formação 40 horas De 21 à 24.09.2015 Presencial 25


de Facilitador de Círculos de
Justiça Restaurativa e de
Construção de Paz Lideranças
Restaurativas

3 Oficinas de Planejamento e 10 horas 30.09.2015 Presencial 25


Gestão – Pós-curso

4 Formação Teórico-Prático em 40 horas De 26.10 à À distância 21


Justiça Restaurativa na 17.12.2015
modalidade à distância (EAD) –
2ª Edição

5 Estágio Prático na Facilitação de 100 horas Em execução Presencial Em execução


Círculos

6 Atividades de Supervisão na 40 horas A se realizar em 2016 À distância A se realizar em


modalidade à distância 2016

TOTAL 240 horas


Fonte: (RIO GRANDE DO SUL/JR21 TJRS, 2015)
Sistematização (FLORES e ROLIANO, 2016)

9.1.6.2 O PROCESSO DE FORMAÇÃO INTEGRAL DO PROGRAMA JR21


NO INTERIOR DO RIO GRANDE DO SUL
Nas comarcas do interior do Rio Grande do Sul, as atividades da Formação Integral

em Justiça Restaurativa e Construção de Paz do Programa JR21 TJRS, na modalidade

presencial, iniciaram em 28 de abril e foram concluídas em 05 de outubro de 2015.

Posteriormente à conclusão da formação na modalidade presencial, os(as) participantes

inciaram o curso na modalidade à distância.

QUADRO 15: Unidade Jurisdicional de Referência: 1ª Vara de Execuções Criminais


(VEC) – Comarca de Caxias do Sul (RS) – Juíza Líder: Milene Fróes Rodrigues Dal Bó
Atividade Carga Data de realização da Modalidade Número total de
Horária atividade participantes por
atividade

1 Oficinas de Planejamento e 10 horas 28.04.2015 Presencial 17

37
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Gestão - Pré-curso

2 Curso Presencial de Formação 40 horas De 11 à 14.05.2015 Presencial 24


de Facilitador de Círculos de
Justiça Restaurativa e de
Construção de Paz Lideranças
Restaurativas

3 Oficinas de Planejamento e 10 horas 20.05.2015 Presencial 21


Gestão – Pós-curso

4 Formação Teórico-Prático em 40 horas De 21.08 à À distância 19


Justiça Restaurativa na 14.10.2015
modalidade à distância (EAD) –
1ª Edição

5 Estágio Prático na Facilitação de 100 horas Em execução Presencial Em execução


Círculos

6 Atividades de Supervisão na 40 horas A se realizar em 2016 À distância A se realizar em


modalidade à distância 2016

TOTAL 240
horas
Fonte: (RIO GRANDE DO SUL/JR21 TJRS, 2015)
Sistematização (FLORES e ROLIANO, 2016)

QUADRO 16: Unidade Jurisdicional de Referência: Juizado da Violência Doméstica –


Comarca de Novo Hamburgo (RS) – Juíza Líder: Andrea Hoch Cenne
Atividade Carga Data de realização da Modalidade Número total de
Horária atividade participantes por
atividade

1 Oficinas de Planejamento e 10 horas 29.04.2015 Presencial 18


Gestão - Pré-curso

2 Curso Presencial de Formação de 40 horas De 28 à 28.05.2015 Presencial 21


Facilitador de Círculos de Justiça
Restaurativa e de Construção de
Paz Lideranças Restaurativas

3 Oficinas de Planejamento e 10 horas 10.06.2015 Presencial 16


Gestão – Pós-curso

4 Formação Teórico-Prático em 40 horas De 21.08 à À distância 14

38
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Justiça Restaurativa na 14.10.2015


modalidade à distância (EAD) –
1ª Edição

5 Estágio Prático na Facilitação de 100 horas Em execução Presencial Em execução


Círculos

6 Atividades de Supervisão na 40 horas A se realizar em 2016 À distância A se realizar em


modalidade à distância 2016

TOTAL 240
horas
Fonte: (RIO GRANDE DO SUL/JR21 TJRS, 2015)
Sistematização (FLORES e ROLIANO, 2016)

QUADRO 17: Unidade Jurisdicional de Referência: Centro Judiciário de Solução de


Conflitos e Cidadania (CEJUSC) – Comarca de Pelotas – Juiz Líder: Marcelo Malizia Cabral
Atividade Carga Data de realização Modalidade Número total de
Horária da atividade participantes por
atividade

1 Oficinas de Planejamento e 10 horas 18.05.2015 Presencial 18


Gestão - Pré-curso

2 Curso Presencial de Formação de 40 horas De 15 à 18.06.2015 Presencial 24


Facilitador de Círculos de Justiça
Restaurativa e de Construção de
Paz Lideranças Restaurativas

3 Oficinas de Planejamento e 10 horas 13.07.2015 Presencial 31


Gestão – Pós-curso

4 Formação Teórico-Prático em 40 horas De 21.08 à À distância 21


Justiça Restaurativa na 14.10.2015
modalidade à distância (EAD) –
1ª Edição

5 Estágio Prático na Facilitação de 100 horas Em execução Presencial Em execução


Círculos

6 Atividades de Supervisão na 40 horas A se realizar em 2016 À distância A se realizar em

39
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA

modalidade à distância 2016

TOTAL 240 horas


Fonte: (RIO GRANDE DO SUL/JR21 TJRS, 2015)
Sistematização (FLORES e ROLIANO, 2016)

QUADRO 18: Unidade Jurisdicional de Referência: Juizado Regional da Infância e


Juventude – Comarca de Passo Fundo – Juiz Líder: Dalmir Franklin de Oliveira Junior
Atividade Carga Data de realização Modalidade Número total de
Horária da atividade participantes por
atividade

1 Oficinas de Planejamento e 10 horas 09.06.2015 Presencial 93


Gestão - Pré-curso

2 Curso Presencial de Formação de 40 horas De 06 à 09.07.2015 Presencial 25


Facilitador de Círculos de Justiça
Restaurativa e de Construção de
Paz Lideranças Restaurativas

3 Oficinas de Planejamento e 10 horas 05.08.2015 Presencial 31


Gestão – Pós-curso

4 Formação Teórico-Prático em 40 horas De 21.08 à À distância 25


Justiça Restaurativa na 14.10.2015
modalidade à distância (EAD) –
1ª Edição

5 Estágio Prático na Facilitação de 100 horas Em execução Presencial Em execução


Círculos

6 Atividades de Supervisão na 40 horas A se realizar em 2016 À distância A se realizar em


modalidade à distância 2016

TOTAL 240
horas
Fonte: (RIO GRANDE DO SUL/JR21 TJRS, 2015)/Sistematização (FLORES e ROLIANO, 2016)

40
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA

QUADRO 19: Unidade Jurisdicional de Referência: Vara de Família Infância e


Juventude – Comarca de Lajeado – Juiz Líder: Luís Antonio de Abreu Johnson
Atividade Carga Data de realização Modalidade Número total de
Horária da atividade participantes por
atividade

1 Oficinas de Planejamento e 10 horas 18.06.2015 Presencial 66


Gestão - Pré-curso

2 Curso Presencial de Formação de 40 horas De 20 à 23.07.2015 Presencial 25


Facilitador de Círculos de Justiça
Restaurativa e de Construção de
Paz Lideranças Restaurativas

3 Oficinas de Planejamento e 10 horas 04.08.2015 Presencial 26


Gestão – Pós-curso

4 Formação Teórico-Prático em 40 horas De 21.08 à À distância 25


Justiça Restaurativa na 14.10.2015
modalidade à distância (EAD) –
1ª Edição

5 Estágio Prático na Facilitação de 100 horas Em execução Presencial Em execução


Círculos

6 Atividades de Supervisão na 40 horas A se realizar em 2016 À distância A se realizar em


modalidade à distância 2016

TOTAL 240
horas
Fonte: (RIO GRANDE DO SUL/JR21 TJRS, 2015)
Sistematização (FLORES e ROLIANO, 2016)

QUADRO 20: Unidade Jurisdicional de Referência: Centro Judiciário de Solução de


Conflitos e Cidadania (CEJUSC) – Comarca de Santa Maria - Juiz Líder: Rafael Pagnon Cunha
Atividade Carga Data de realização Modalidade Número total de
Horária da atividade participantes por
atividade

1 Oficinas de Planejamento e 10 horas 22.06.2015 Presencial 59


Gestão - Pré-curso

2 Curso Presencial de Formação de 40 horas De 17 à Presencial 26

41
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Facilitador de Círculos de Justiça 20.08.2015


Restaurativa e de Construção de
Paz Lideranças Restaurativas

3 Oficinas de Planejamento e 10 horas 04.09.2015 Presencial 24


Gestão – Pós-curso

4 Formação Teórico-Prático em 40 horas De 26.10 à À distância 13


Justiça Restaurativa na 17.12.2015
modalidade à distância (EAD) –
2ª Edição

5 Estágio Prático na Facilitação de 100 horas Em execução Presencial Em execução


Círculos

6 Atividades de Supervisão na 40 horas A se realizar em À distância A se realizar em


modalidade à distância 2016 2016

TOTAL 240 horas


Fonte: (RIO GRANDE DO SUL/JR21 TJRS, 2015)
Sistematização das autoras (2016).

QUADRO 21: Unidade Jurisdicional de Referência: Centro Judiciário de Solução de


Conflitos e Cidadania (CEJUSC) – Comarca de Sapiranga – Juíza Líder: Káren Rick Danilevicz
Bertoncello
Atividade Carga Data de realização Modalidade Número total de
Horária da atividade participantes por
atividade

1 Oficinas de Planejamento e 10 horas 03.08.2015 Presencial 36


Gestão - Pré-curso

2 Curso Presencial de Formação de 40 horas De 08 à 11.09.2015 Presencial 25


Facilitador de Círculos de Justiça
Restaurativa e de Construção de
Paz Lideranças Restaurativas

3 Oficinas de Planejamento e 10 horas 29.09.2015 Presencial 21


Gestão – Pós-curso

4 Formação Teórico-Prático em 40 horas De 26.10 à À distância 18


Justiça Restaurativa na 17.12.2015
modalidade à distância (EAD) –
2ª Edição

42
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA

5 Estágio Prático na Facilitação de 100 horas Em execução Presencial Em execução


Círculos

6 Atividades de Supervisão na 40 horas A se realizar em À distância A se realizar em


modalidade à distância 2016 2016

TOTAL 240 horas


Fonte: (RIO GRANDE DO SUL/JR21 TJRS, 2015)
Sistematização (FLORES e ROLIANO, 2016)

QUADRO 22: Unidade Jurisdicional de Referência: Juizado Especial Criminal -


Comarca de Guaíba – Juíza Líder: Paula de Mattos Paradeda
Atividade Carga Data de realização Modalidade Número total de
Horária da atividade participantes por
atividade

1 Oficinas de Planejamento e 10 horas 24.08.2015 Presencial 16


Gestão - Pré-curso

2 Curso Presencial de Formação 40 horas De 14 à 17.09.2015 Presencial 25


de Facilitador de Círculos de
Justiça Restaurativa e de
Construção de Paz Lideranças
Restaurativas

3 Oficinas de Planejamento e 10 horas 05.10.2015 Presencial 16


Gestão – Pós-curso

4 Formação Teórico-Prático em 40 horas De 26.10 à À distância 15


Justiça Restaurativa na 17.12.2015
modalidade à distância (EAD) –
2ª Edição

5 Estágio Prático na Facilitação de 100 horas Em execução Presencial Em execução


Círculos

6 Atividades de Supervisão na 40 horas A se realizar em À distância A se realizar em


modalidade à distância 2016 2016

TOTAL 240 horas


Fonte: (RIO GRANDE DO SUL/JR21 TJRS, 2015)
Sistematização (FLORES e ROLIANO, 2016)

43
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA

9.1.7 NÚMERO TOTAL DE PARTICIPANTES NAS ATIVIDADES DA


FORMAÇÃO INTEGRAL EM JUSTIÇA RESTAURATIVA DO PROGRAMA JR21 TJRS
(presenciais e à distância)
Em relação ao total de participantes nas atividades da Formação Integral em Justiça

Restaurativa do Programa JR21 TJRS, conforme planejamento incial do programa para o ano

de 2015, a meta inicial de formação de Facilitadores Judiciais de Círculos de Justiça

Restaurativa e Construção de Paz e Lideranças Restaurativas era de 300 participantes. Esse

total referiu-se ao fato de que, se tratavam de 12 unidades jusridicionais de referência a

participarem do processo de formação, e para cada turma do cursos presencial, a previsão

foi de 25 alunos(as).

Nesse contexto, em relação às Oficinas de Planejamento e Gestão Dragon

Dreaming, realizadas nas 12 unidades jurisdicionais de referência, o número total de

participantes foi de 815. Desses 552 participantes, estiveram presentes nas oficinas pré-

curso presencial e 263 das oficinas pós-curso. Conforme regulamento da formação, as

oficinas acontecem como etapas anteriores e posteriores ao Curso Presencial de Formação

de Facilitador de Círculos de Justiça Restaurativa e de Construção de Paz e Lideranças

Restaurativas, num total de 10 horas cada oficina, totalizando 20 horas. As oficinas tem como

objetivo "...estimular as práticas colaborativas, a promover o empoderamento das equipes, o

fortalecimento de comunidades e a sustentabilidade do projeto". Nas oficinas não existe

limitação mínima ou máxima de participantes, visto que seu principal objetivo é envolver as

comunidades na realização das práticas restaurativas locais, sempre observando a realidade

e peculiaridades de cada comunidade. (RIO GRANDE DO SUL/TJRS JR21 Documento-base do

Programa JR21 TJRS, 2015).

44
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Quanto ao Curso Presencial de Formação de Facilitador de Círculos de Justiça

Restaurativa e de Construção de Paz e Lideranças Restaurativas, dos(as) 300 participantes

previstos(as) como meta inicial de implantação do programa, concluíram a formação

presencial 278 participantes, cumprindo com 92,66% da meta de implantação. No curso

presencial, a limitação de 25 participantes por turma, se justifica pelo fato de que as

atividades são predominantemente vivenciais.

Em relação ao Curso de Formação Teórico-Prátcio em Justiça Restaurativa na

modalidade à distância (EAD), participaram da formação à distância 210 cursistas, sendo 142

participantes da 1ª Edição, que aconteceu de 21 de agosto à 14 de outubro de 2015, e 68

participantes da 2ª Edição, de 26 de outubro à 17 de dezembro de 2015. O percentual efetivo

de participantes nessa etapa foi de 75,53% (210 participantes), quando comparado com o

número total de alunos(as) que participaram do curso presencial (278 participantes).

QUADRO 23: Número total de participantes nas atividades da Formação Integral em


Justiça Restaurativa e Construção de Paz do Programa JR21 TJRS, nas modalidade presenciais
e à distância, no ano de 2015:
Atividade Período de realização da Número total de participantes da atividade no
atividade no ano de 2015 ano de 2015

1 Oficinas de Planejamento De 28.04 à 05.10.2015 Pré-curso Pós-curso TOTAL


e Gestão – Pré e pós
552 participantes 263 815
participantes participantes

2 Curso Presencial de De 11.05 à 24.09.2015


Formação de Facilitador 278
de Círculos de Justiça participantes
Restaurativa e de
Construção de Paz
Lideranças Restaurativas

3 Formação Teórico- 1ª Edição 142 participantes


Prático em Justiça De 21.08 à 14.10.2015 TOTAL

45
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Restaurativa na 2ª Edição 68 participantes 210 participantes


modalidade à distância De 26.10 à 17.12..2015
(EAD) – 1ª Edição
Fonte: (RIO GRANDE DO SUL/JR21 TJRS, 2015)
Sistematização (FLORES e ROLIANO, 2016)

9.1.8 NÚMERO TOTAL DE HORAS QUE ENVOLVERAM AS ATIVIDADES


DA FORMAÇÃO INTEGRAL EM JUSTIÇA RESTAURATIVA DO PROGRAMA JR21
TJRS (PRESENCIAL E À DISTÂNCIA)
A Formação Integral em Justiça Restaurativa e Construção de Paz do Programa JR21,

constitui-se em 07 atividades distintas (presenciais e à distância), sendo que, 05 delas são

voltadas para a formação de facilitadores, e as outras 02 para a formações de

instrutores/supervisores. As atividades presenciais foram realizadas nas comarcas das

Unidades Jurisdicionais de Referência vinculadas ao programa, na capital e no interior, e as

atividades à distância contaram com o suporte da equioe do Centro de Educação à Distância

do Poder Judiciário do Rio Grande do Sul (CEAD- PJRS). As atividades da Formação Integral

em Justiça Restaurativa do Programa JR21 TJRS totalizaram, em 2015, 800 horas, distribuidas

da seguinte forma:

QUADRO 24: Quantitativo de horas/aula (presenciais e à distância) que envolveram


as atividades da Formação Integral em Justiça Resatuarativa do Programa JR21 TJRS, no ano
de 2015.
Atividade Carga horária de Quantidade de Quantidade total de
cada atividade oficinas/cursos horas/aula de cada
realizados atividade

1 Oficinas de Planejamento e 10 horas/aula 12 oficinas 120 horas/aula


Gestão Dragon Dreaming - Pré-
curso

2 Curso Presencial de Formação de 40 horas/aula 12 cursos 480 horas/aula


Facilitador de Círculos de Justiça

46
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Restaurativa e de Construção de
Paz Lideranças Restaurativas

3 Oficinas de Planejamento e 10 horas/aula 12 oficinas 120 horas/aula


Gestão Dragon Dreaming – Pós-
curso

4 Formação Teórico-Prático em 40 horas/aula 2 cursos 80 horas/aula


Justiça Restaurativa na
modalidade à distância (EAD) – 1ª
e 2ª edição.

5 TOTAL DE HORAS/AULA DAS ATIVIDADES DE FORMAÇÃO DO PROGRAMA 800 horas aula


JR21 TJRS
Fonte: (RIO GRANDE DO SUL/JR21 TJRS, 2015)
Sistematização (FLORES e ROLIANO, 2016)

9.1.9 PERFIL DOS(AS) DE PARTICIPANTES DAS ATIVIDADES DA


FORMAÇÃO INTEGRAL EM JUSTIÇA RESTAURATIVA DO PROGRAMA JR21 TJRS,
QUANTO À FUNÇÃO
O Regulamento da Formação Integral em Justiça Restaurativa do Programa JR21

TJRS, prevê a formação de Facilitadores Judiciais de Círculos de Justiça Restaurativa e

Construção de Paz e Lideranças Restaurativas, conforme critérios diferenciados de formação

descritos no item 8.1.4. Cabe ressaltar que, existe a possibilidade dos participantes se

habilitarem para a realização das duas funções, conforme a realidade local de cada unidade

jurisdicional de referência.

Nesse contexto, estão em processo de formação 210 Facilitadores Judiciais de

Círculos de Justiça Restaurativa e Construção de Paz, 57 Lideranças Restaurativas, e ainda,

11 participantes que realizarão as duas funções, perfazendo o total de 278

facilitadores/lideranças em formação.

47
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA

QUADRO 25: Perfil dos(as) participantes das atividades da Formação Integral em


Justiça Restaurativa do Programa JR21 TJRS, quanto à função
PERFIL DOS(AS) DE PARTICIPANTES DAS ATIVIDADES DA FORMAÇÃO INTEGRAL EM JUSTIÇA
RESTAURATIVA DO PROGRAMA JR21 TJRS, QUANTO À FUNÇÃO

Perfis de Formação Quantidade de participantes


em formação

1- Facilitadores Judiciais de Círculos de Justiça 210 participantes


Restaurativa e Construção de Paz

2 Lideranças Restaurativas 57 participantes

3 Formação completa (Facilitadores Judiciais de Círculos 11 participantes


de Justiça Restaurativa e Construção de Paz
/Lideranças Restaurativas)
TOTAL 278 participantes
Fonte: (RIO GRANDE DO SUL/TJRS JR21, 2016)
Sistematização (FLORES e ROLIANO, 2016)

9.1.10 PERFIL DAS INSTITUIÇÕES/ORGÃOS DOS PARCEIROS DO


PROGRAMA JR21 TJRS E QUANTIDADE DE PARTICIPANTES

O Regulamento da Formação Integral em Justiça Restaurativa do Programa JR21

TJRS, prevê como seus potenciais participantes: servidores(as) judiciais e das demais políticas

públicas, ativos(as) ou aposentados(as), bem como voluntários(as), ainda que sem vínculo

com a Justiça Estadual, com disponibilidade para exercer a atividade de Facilitador de

Círculos de Construção de Paz, bem como Magistrados(as), gestores(as) públicos e/ou de

organizações não-governamentais que venham a colaborar na implementação de práticas

restaurativas e projetos integrados ao Programa Justiça Restaurativa para o Século 21.

48
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Dessa forma, estão em formação enquanto Facilitadores Judiciais de Círculos de

Justiça Restaurativa e de Construção de Paz e Lideranças Restaurativa do Programa JR21

TJRS, participantes com vinculação ou não com o Poder Judiciário do RS, além de

participantes advindos(as) de indicação de outras entidades/órgãos parceiros(as) na

execução do programa, bem como voluntários(as), perfazento o total de 278

facilitadores/lideranças em formação.

QUADRO 26: Perfil das instituições/órgãos dos parceiros do Programa JR21 TJRS e
quantidade de participantes
Instituição/órgão Quantidade de Percentual (%)
participantes
1 Poder Executivo Municipal/Assistência Social 40 14,38%

2 Poder Judiciário 32 11,51%

3 Organizações da sociedade civil 27 9,71%

4 Poder Executivo Estadual/SUSEPE 24 8,63%

5 Universidades 20 7,19%

6 Voluntários(as) 18 6,47%

7 Poder Executivo Municipal/Educação 17 6,11%

8 Conselho da Comunidade 10 3,59%

9 Poder Executivo Estadual/FASE 10 3,59%.

10 Poder Executivo Estadual/Brigada Militar 10 3,59%

11 Poder Executivo Municipal/Saúde 09 3,23%

12 Poder Executivo Estadual/Policia Civil 08 2,87%

13 Poder Executivo Estadual/Educação 07 2,51%

14 Poder Executivo Municipal/Políticas para as Mulheres 07 2,51%

15 Ministério Público RS 06 2,15%

16 Poder Executivo Municipal/Segurança Pública 05 1,79%

17 Poder Executivo Estadual/Assistência Social 05 1,79%

49
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA

18 Poder Executivo Municipal/Conselho Tutelar 04 1,43%

19 Poder Executivo Municipal/Secretaria Administração 03 1,07%

20 OAB RS 02 0,71%

21 Poder Executivo Estadual/Defensoria Pública 02 0,71%

22 Poder Executivo Municipal/Habitação 02 0,71%

23 Poder Executivo Estadual/Saúde 02 0,71%

24 Poder Executivo Municipal/Desenvolvimento Social 01 0,35%

25 Poder Executivo Estadual/Direitos Humanos 01 0,35%

26 Poder Executivo Estadual/Políticas para as Mulheres 01 0,35%

27 Poder Executivo Municipal/Guarda Municipal 01 0,35%

28 AJURIS 01 0,35%

29 Poder Executivo Municipal/Direitos Humanos 01 0,35%

30 Poder Legislativo Municipal 01 0,35%

31 Poder Executivo Municipal/Departamento Jurídico 01 0,35%

TOTAL 278 100%

Fonte: (RIO GRANDE DO SUL/TJRS JR21, 2015)


Sistematização (FLORES e ROLIANO, 2016)

Gráfico 1 – Referente ao quadro 26

50
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Gráfico 2 – Referente ao quadro 26

9.1.11 PERFIL DOS(AS) PARTICIPANTES DAS ATIVIDADES DE FORMÇÃO


INTEGRAL EM JUSTIÇA RESTAURATIVA, QUANTO ÀS SUAS VINCULAÇÕES
INSTITUCIONAIS

O Regulamento da Formação Integral em Justiça Restaurativa do Programa JR21

TJRS, prevê como seus potenciais participantes: servidores(as) judiciais e das demais

políticas públicas, ativos(as) ou aposentados(as), bem como voluntários(as), ainda que sem

vínculo com a Justiça Estadual, com disponibilidade para exercer a atividade de Facilitador

de Círculos de Construção de Paz, bem como Magistrados(as), gestores(as) públicos e/ou

de organizações não-governamentais que venham a colaborar na implementação de

práticas restaurativas e projetos integrados ao Programa Justiça Restaurativa para o Século

21.

Nesse contexto, estão em formação enquanto Facilitadores Judiciais de Círculos de

Justiça Restaurativa e de Construção de Paz e Lideranças Restaurativa do Programa JR21

TJRS, 07 magistrados(as), 20 servidores(as) do Poder Judiciário – 1º grau, e 251 participantes

51
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não vinculados(as) ao Poder Judiciário do RS, advindos(as) de entidades e órgãos

parceiros(as) na execução do programa, bem como voluntários(as), perfazento o total de

278 facilitadores/lideranças em formação.

QUADRO 27: Perfil dos(as) participantes das atividades da Formação Integral em


Justiça Restaurativa do Programa JR21 TJRS, quanto às suas vinculações institucionais
PERFIL DOS(AS) DE PARTICIPANTES DAS ATIVIDADES DA FORMAÇÃO INTEGRAL EM
JUSTIÇA RESTAURATIVA DO PROGRAMA JR21 TJRS, QUANTO À VINCULAÇÃO
INSTITUCIONAL

Perfis participantes quanto vinculação instrucional Quantidade %

1- Participantes não vinculados ao Poder Judiciário 251 90,28%

2 Servidores(as) do Poder Juiciário – 1º Grau 20 7,19%

3 Magistrados(as) 7 2,51%
TOTAL 278 100%
Fonte: (RIO GRANDE DO SUL/TJRS JR21, 2016)
Sistematização (FLORES e ROLIANO, 2016)

Gráfico 3 – Referente ao quadro 27

52
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9.1.12 AVALIAÇÕES DOS(AS) PARTICIPANTES DAS ATIVIDADES


PRESENCIAIS DE FORMAÇÃO INTEGRAL DE CADA UNIDADE JURISDICIONAL DE
REFERÊNCIA

QUADRO 28: Sistematização das avaliações do Curso de Formação para Facilitadores


para a Formação de Círculos de Paz, realizadas pelos cursistas na fase presencial.
Total de
AVALIAÇÃO GERAL DO CURSO MB B R NS SO
respostas

Motivação pessoal para participar 226 84,07% 15,05% 0,88% - -

Horário de realização 227 68,72% 27,76% 3,08% 0,44% -

Carga horária 226 61,50% 34,52% 3,98% - -

Época da realização 227 68,72% 30,40% 0,44% 0,44% -

Local 227 79,30% 18,50% 2,20% - -

Apoio técnico 227 85,02% 14,10% 0,44% 0,44% -

Qualidade e organização do material


227 87,67% 12,33% - - -
utilizado

Compatibilidade do curso com as


227 81,50% 18,50% - - -
necessidades e expectativas

Vinculação do curso com a sua realidade


227 80,18% 18,06% 1,76% - -
ou experiência profissional

No seu conjunto, o curso foi 227 90,31% 9,69% - - -

Como você define seu aproveitamento no


224 79,02% 20,98% - - -
curso

AVALIAÇÃO DAS DINÂMICAS DAS AULAS Total de


MB B R NS SO
E DO CONTEÚDO PROGRAMÁTICO Respostas

Qualidade das atividades desenvolvidas 227 89,87% 10,13% - - -

Tempo destinado para as atividades


226 69,03% 28,76% 2,21% - -
desenvolvidas

Relação das atividades com os objetivos


226 84,96% 14,60% 0,44% - -
do curso

Relevância do curso desenvolvido para


227 89,43% 9,25% 0,88% 0,44% -
uma ideia inicial sobre a temática

53
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Dinâmicas realizadas 227 89,43% 10,57% - - -

Participação da turma nas dinâmicas 227 88,11% 11,45% 0,44% - -

Compromisso do grupo para execução das


227 85,02% 14,98% - - -
tarefas

Relação dos diálogos realizados com os


225 87,56% 12,44% - - -
conteúdos trabalhados

Coerência entre os recursos utilizados


com os conteúdos trabalhados (apostila, 221 84,62% 14,93% 0,45% - -
apresentações, filmes, etc)
Legenda: MB = Muito Bom; B = Bom; R = Regular; NS = Não Satisfatório; SO = Sem condições de opinar.
Fonte: Rio Grande do Sul/TJRS, 2015)
Sistematização (FLORES e ROLIANO, 2016)

10. PROJETO EXECUTIVO 02 – COMITÊS COMUNITÁRIOS DE JUSTIÇA E


CONSTRUÇÃO DE PAZ: “COMITÊS DE PAZ”
Desde a decisão do CONAD TJRS em 2012 , e convênio firmado com o Tribunal de

Justiça do RS em julho de 2013, o modelo organizacional proposto para incorporção da

Justiça Restaurativa, no âmbito do Judiciário Gaúcho vem se configurando no CEJUSC de


11
Caxias do Sul. Nesta comarca, um amplo Programa Municipal de Pacificação Restaurativa

vem sendo implantado em colaboração entre o Poder Executivo Municipal, a Universidade

de Caxias do Sul e uma Fundação Privada, com a parceria e suporte técnico do Poder

Judiciário do RS. É nessa Comarca também que está tendo lugar um dos principais

"laboratórios" da Justiça Restaurativa no Estado, representativo do "Eixo IV" das etapas

previstas no documento-base do Programa JR21, relativo à criação de uma rede de comitês

comunitários de pacificação restaurativa.

11 O Programa Municipal de Pacificação Restaurativa de Caxias do Sul foi instituído pela Lei
Municipal nº 7.754, de 29 de abril de 2014.

54
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A proposta do JR21, baseada na experiência dos Comitês Comunitários de Justiça

Juvenil do Canadá, é de que a constituição desses Comitês sejam assentada sobre quatro

pilares:

● Força de trabalho do voluntariado;

● Gestão por entidade da sociedade civil;

● Co-financiamento por subvenção governamental;

● Credenciamento e supervisão judicial (CEJUSC).

Denominado "Voluntários da Paz", o projeto piloto caxiense - embora de âmbito

local - deverá servir à testagem e validação da estratégia de comunitarização da Justiça

Restaurativa proposta pelo Programa JR21. Está sendo financiado com recursos da Prefeitura

Municipal de Caxias do Sul e do Fundo das Prestações Pecuniárias Alternativas arrecadas

pela Vara de Execuções Criminais de Caxias do Sul, através da Fundação Caxias. Sua execução

está a cargo do Programa Municipal de Pacificação Restaurativa, em parceria com a

Universidade de Caxias do Sul (formações) e com a Fundação Terre des Hommes, da Suíça

(módulo relativo às famílias e escolas), e com apoio de diversas de instituições locais. O

projeto tem por objetivo inicial a formação de uma rede de 1.000 facilitadores voluntários

para atuação em situações não conflitivas. A partir desse contigente objetiva-se selecionar

um grupo de 150 facilitadores para aprofundarem a formação, a fim de atuarem em

situações de maior complexidade.

Prevenção Geral: Círculos de Diálogo e Sensibilização, Círculos de Fortalecimento de


Equipes de Trabalho, Círculos de Fortalecimento de Vínculos Familiares,
Círculos de Construção de Senso de Comunidade.

Conflitos Crianças e Adolescentes / Conflitos escolares, confl itos familiares envolvendo crianças e
Não infracional: adolescentes, evasão escolar (Fichas de comunicação de aluno

55
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infrequente – FICAIs).

Conflitos referente Adolescentes / Atos infracionais de menor potencial ofensivo (fl uxo diversório conf.
Ato Infracional: Sinase art. 35, inc. II); Acompanhamento das medidas socioeducativas
de meio aberto;

Conflitos referente Adultos: Conflitos familiares em geral, inclusive ref. Idosos, confl itos de
vizinhança (inclusive atendimento a ocorrências relativas a infrações
penais de pequeno potencial ofensivo, como alternativa penal para
adultos), acompanhamento com enfoque restaurativo às Alternativas
Penais de Adultos (PSCs, livramentos condicionais, medidas protetivas,
medidas cautelares e mesmo prisões domiciliares).

Com carga horária total de 44 horas-aula presenciais (divididas entre aulas prático-

vivenciais, oficina de planejamento e encontros de supervisão), as formações tiveram início

em caráter experimental em novembro de 2015 (50 facilitadores, formados em caráter

experimental) e prosseguirão ao longo de 2016, com a primeira turma iniciada em 15 de

fevereiro, dando início à formação de 40 turmas de 25 alunos, sendo 4 a cada mês, entre

fevereiro e novembro.

11. PROJETO EXECUTIVO 03 - INTEGRAÇÃO DA JUSTIÇA RESTAURATIVA


NO FORO (CEJUSC) DE PORTO ALEGRE
Este presente projeto executivo visou a dar consecução, no âmbito da Comarca de

Porto Alegre, a um dos objetivos específicos do Programa Justiça para o Século 21, que é o de

“Viabilizar a oferta de práticas restaurativas como parte da oferta de serviços de soluções

autocompositivas dos CEJUSCs - Centros Judiciários de Solução de Conflitos e Cidadania do Rio

Grande do Sul.”

Com esse propósito foi formulado um plano de trabalho visando extinguir, e assim,

transferir as atribuições da Central de Práticas Restaurativas (CPR) do Juizado da Infância e da

Juventude (JIJ) para o CEJUSC - Práticas Restaurativas de Porto Alegre, criando junto a ele

uma equipe de trabalho capaz de absorver aquelas competências, bem como ampliar suas

56
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atribuições – alinhando esse CEJUSC da Capital ao planejamento geral do Programa JR21, e,

também, possibilitando que os serviços de atendimento restaurativo passem a respeitar o

padrão de qualidade referencial do "CEJUSC Modelo", projetado para funcionar em Porto

Alegre como base de amostragem e difusão de boas práticas autocompositivas para as

demais Comarcas.

O plano de trabalho em tela tem por objetivos:

1. Oferecer suporte administrativo e técnico às Unidades Jurisdicionais de

Referência da capital, integrando as experiências e promovendo atividades que visem

à ampliação da oferta de serviços;

2. Criar oportunidade de efetivação dos estágios práticos e oferecer encontros

de supervisão aos facilitadores em formação;

3. Intercambiar disponibilidades de facilitadores entre as Unidades

Jurisdicionais de Referência de Porto Alegre, e arregimentar novos facilitadores;

4. Disponibilizar atendimento restaurativo, em caráter eventual e via CEJUSC, a

demandas oriundas de outras Unidades Jurisdicionais de Referência da capital, com

ênfase na Infância e Juventude e Presídio Central de Porto Alegre (PCPA).

Formulado em consenso entre a Coordenação do Programa JR21, a Coordenação do

CEJUSC, a Direção do Foro e os(as) juízes(as) que representam as quatro Unidades de

Referência da Capital, o projeto já se encontra em execução com a designação de dois

servidores administrativos, aguardando-se a aprovação da designação de um cargo de

assessor de juiz para suprir as demandas técnicas da equipe.

57
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12. PROJETO EXECUTIVO Nº 04 – WORKSHOP MODELO DE GESTÃO E


INTEGRAÇÃO DAS MEDIDAS SOCIOEDUCATIVAS DE MEIO ABERTO, PENAS
RESTRITIVAS DE DIREITOS & ALTERNATIVAS À PRIVAÇÃO DA LIBERDADE SOB
O ENFOQUE RESTAURATIVO
Essa atividade foi realizada no período de 27 a 29 de maio de 2015, na Escola

Superior da Magistratura (ESM) da Ajuris em Porto Alegre, com a cooperação técnica da

Fundação Terre des Hommes Lausanne, da Suíça, por sua representação no Brasil, que

custeou todas as despesas da iniciativa. O encontro reuniu magistrados(as) e técnicos(as)

das Unidades Jurisdicionais de Referência da área da Infância e Juventude ( Porto Alegre,

Caxias e Lajeado) e a Vara de Execução Penal de Meio Aberto de Porto Alegre (VEPMA), bem

como equipes técnicas dos respectivos parceiros junto ao Poder Executivo (SUSEPE, e

Prefeituras de Porto Alegre, Caxias do Sul e Lajeado). Sob a condução do consultor espanhol

Victor Herrero Escrisch, e teve por objetivos

1. Oferecer subsídios conceituais e práticos para construção de procedimentos

de gestão de medidas socioeducativas em meio aberto e sua replicação em âmbito

do sistema penal;

2. Estabelecer critérios e instrumentos unificados para o acompanhamento e

monitoramento do atendimento socioeducativo não privativo de liberdade.

Dada a relevância estratégica e atualidade do seu conteúdo programático com

vistas à reconfiguração das execuções penais e penais juvenis de meio aberto, e

correspondente reformulação de políticas públicas no setor, essa atividade teve participação

de representantes de diversos setores do Governo Federal: Secretaria da Reforma do

Judiciário (SRJ) e Departamento Penitenciário Nacional (DEPEN) do Ministério da Justiça, da

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Secretaria Nacional de Direitos Humanos (SDH) e Ministério do Desenvolvimento Social e

Combate à Fome (MDS).

13. PROJETO EXECUTIVO Nº 05 – CELEBRAÇÃO DOS 10 ANOS DA


JUSTIÇA RESTAURATIVA NO RS E NO BRASIL - ATIVIDADES DE
ENCERRAMENTO DO ANO
Esse conjunto de atividades, que envolveram encontros de sensibilização,

divulgação, capacitação e planejamento, alusivas aos 10 anos da JR no Brasil e no RS,

aconteceram em Porto Alegre nas duas últimas semanas de novembro e primeira de

dezembro de 2015. Foram realizadas em parceria com o Centro de Proteção à Criança e ao

Adolescente – CPCA, um dos mais importantes parceiros não-governamentais da Justiça

Restaurativa no Rio Grande do Sul, e com a cooperação da Associação dos Magistrados

Brasileiros (AMB) e com o Consulado-Geral do Canadá em São Paulo.

Ao mesmo tempo que buscaram realçar a contribuição da Justiça Gaúcha na

construção da trajetória da Justiça Restaurativa no Brasil, essas atividades também

objetivaram marcar o encerramento das atividades do primeiro ano de implantação do

Programa JR21, reunindo os protagonistas das diversas Unidades de Referência para relatar

suas experiências e celebrar seus primeiros resultados.

14. PROJETO EXECUTIVO Nº 06 - EXPANSÃO DA JUSTIÇA


RESTAURATIVA NO PRESÍDIO CENTRAL DE PORTO ALEGRE
Em particular, o projeto executivo ora apresentado refere-se a um desdobramento

do Projeto Piloto de Implantação do Programa junto à 2a Vara de Execuções Criminais da

Capital, que jurisdiciona o Presídio Central de Porto Alegre (PCPA), liderada pelo magistrado

Sidinei Brzuska, por solicitação de quem, e tendo em vista a relevância do impacto social da

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proposta, está sendo assumido também como afeto à Coordenação-Geral do Programa.

Nesse sentido, o presente projeto visa a dar consecução, no âmbito da referida

jurisdição, a dois dos objetivos específicos do Programa Justiça para o Século 21, que são os

de “Desenvolver expertise para aplicação das práticas restaurativas em áreas jurisdicionais

ainda não exploradas, em especial na violência doméstica, juizados especiais criminais e

execuções penais”, bem como de “Apoiar a utilização do enfoque e das práticas restaurativas

no âmbito de políticas e serviços a cargo do poder executivo, notadamente nas áreas de

segurança, assistência social, educação e saúde”.

Ainda em fase de articulação, este projeto contou com três encontros preparatórios

interinstitucionais e diversas atividades relativas à negociação de parceria com o Governo do

Estado (especialmente Secretaria de Segurança e SUSEPE) e Governo Federal (Departamento

Penitenciário Nacional (DEPEN/MJ)), visando obter as parcerias institucionais, bem como os

recursos financeiros, humanos necessários à sua viabilização. Embora com sua evolução

retardada em virtude das dificuldades de alinhamento interinstitucional, permanece a

disposição do colega responsável, ainda que diminuindo a envergadura da proposição

original.

15. PROJETO EXECUTIVO Nº 07 – PROMOVENDO PRÁTICAS


RESTAURATIVAS EM COOPERAÇÃO COM A BRIGADA MILITAR
Por ainda resumida em algumas ações de articulação e uma reunião preliminar, esse

projeto nasce do reconhecimento da relevância do papel da Brigada Militar do RS, em sua

atividade de policiamento ostensivo, no tratamento inicial a situações de crimes e conflitos –

notadamente no que se refere, a médio e longo prazos, ao seu papel na constituição dos

serviços de ponta para o atendimento restaurativo projetados pelo Eixo IV do Documento-

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Base do Programa JR21, representados pelos Comitês Comunitários de Pacificação

Restaurativa.

Essa linha de articulação teve origem também nas iniciativas dos colegas Marcelo

Malízia Cabral e Luiz Antônio Johnson, responsáveis, respectivamente, pelas Unidades de

Referência do CEJUSC de Pelotas (RS) e da Vara de Família Infância e Juventude de Lajeado

(RS), que já vinham iniciando atividades prospectivas de cooperação com a Brigada Militar

nas respectivas jurisdições, e por outro lado, nas gestões do Tribunal de Justiça Militar, por

intermédio do Juiz Fábio Bittencourt, interessado no sentido de propor a inclusão da Justiça

Restaurativa na pauta daquela Corte (como resolução alternativa de conflitos decorrentes

das atividades de policiamento). Em razão do programa local baseado na Secretaria

Municipal de Segurança Pública e Proteção Social (SSPPS) da Prefeitura de Caxias do Sul, a

experiência de Justiça Restaurativa como política pública de segurança do Programa Caxias

da Paz também foi convidada para associar-se à iniciativa.

Inaugurado por uma reunião na Corregedoria-Geral da Justiça no dia 27 de

novembro de 2015, e ainda por ser desenvolvido de forma colaborativa conforme proposição

constante na ata desse primeiro encontro, o objetivo desse projeto é, integrar e propor uma

pauta conjunta para essas diversas iniciativas, colocando-as sob uma perspectiva

metodológica comum, sob inspiração da experiência canadense – onde a “Real Polícia

Montada Canandense” foi a principal responsável pelo processo de mobilização e formações

visando à implantação dos Comitês Comunitários de Justiça Juvenil.

61
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TRIBUNAL DE JUSTIÇA

16. PROJETO EXECUTIVO Nº 08 – PROTOCOLO DE COOPERAÇÃO PARA


UMA POLÍTICA DE ESTADO DE JUSTIÇA RESTAURATIVA E DE CONSTRUÇÃO DA
PAZ NO RIO GRANDE DO SUL
A iniciativa visa à celebração de um protocolo de cooperação entre os Poderes de

Estado do Rio Grande do Sul, acompanhados pelo Ministério Público (MP/RS) e pela

Defensoria Pública, no intuito de unificar ações relacionadas à difusão e implantação da

Justiça Restaurativa no Estado, especialmente no âmbito governamental.

Relacionada à implementação do “Eixo III do planejamento estabelecido no

Documento-Base do Programa JR21”, a proposição evolui em termos práticos a partir da

necessidade de uma ação integrada, ao nível das cúpulas institucionais, para respaldar,

potencializar e gerar convergência entre as iniciativas de base, dispersas entre os vários

segmentos funcionais e institucionais já relacionados à implantação das Unidades-Piloto, que

mobilizaram amplamente os mais diversos segmentos das políticas públicas no Estado.

As articulações e tratativas nesse sentido foram realizadas ao final de 2015, tendo a

Secretaria da Justiça e Direitos Humanos (SJDH) sido designada pelo Governador para

responder pela interlocução externa com as demais instituições, bem como internamente

para articular os demais órgãos de governo relacionados.

Todo processo de negociação, incluindo a redação e revisão do convênio foi então

ultimada, apenas não tendo ainda surgido oportunidade para sua celebração.

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17. EVENTOS COM A PARTICIPAÇÃO DE REPRESENTANTES DO


PROGRAMA JR21 TJRS
Durante o ano de 2015, o Programa Justiça para o Século 21 do Tribunal de Justiça do

Rio Grande do Sul, participou de inúmeros eventos nacionais e internacionais, em que

discutiu-se a Justiça Restaurativa e temas a ela correlatos, conforme segue:

QUADRO 29: Eventos com a participação de representantes do Programa JR21 TJRS


Eventos com representação do Programa JR21 TJRS
Data Evento Instituição/órgão Local Objetivo Representante
idealizador

1 26 a 30.01.2015 Congresso Mundial de Governo Suíço em Centro Apresentar painel sobre a Juiz Leoberto
Justiça Juvenil parceria com a Internacional reforma do Sistema de Brancher –
Fundação Terre des de Justiça Juvenil; Realizar Coord. Estadual
hommes Conferências troca de experiências Programa JR21
de Genebra – práticas, partilha de ideias, TJRS
CICG inovações e exemplos
(Genebra, positivos no âmbito da
Suíça) Justiça Juvenil Restaurativa.

2 26.03.2015 Reunião com a SMED SMED Discutir práticas Juiz Leoberto


Secretária Municipal de Caxias do Sul (RS) Caxias do Sul restaurativas no âmbito da Brancher –
Educação (SMED) da (RS) política municipal de Coord. Estadual
Prefeitura de Caxias do educação de Caxias do Sul . Programa JR21
Sul – Marléa Ramos TJRS

3 11.05.2015 Curso para Escola Judicial do Escola Palestrar sobre Justiça Juiz Leoberto
Magistrados(as) Escola Estado de Sergipe – Judicial do Restaurativa para Brancher –
Judicial do Estado de EJUSE (SE) Estado de Magistrados(as) do Estado Coord. Estadual
Sergipe – EJUSE (SE) Sergipe – do Sergipe Programa JR21
EJUSE (SE) TJRS

4 12.05.2015 Lançamento da Conselho Nacional Local: Hotel O projeto tem como Juiz Leoberto
Campanha Nacional de Justiça (CNJ) e Manhattan principais objetivos a Brancher –
Justiça Restaurativa do Associação dos Plaza – SHN. pacificação de conflitos, a Coord. Estadual
Brasil Magistrados Brasília(DF) difusão de práticas Programa JR21
Brasileiros (AMB) restaurativas e a diminuição TJRS
da violência. A prática da
Justiça Restaurativa é
incentivada pelo CNJ por
meio do Protocolo de
Cooperação para a Difusão
da Justiça Restaurativa,
firmado em agosto do ano
2014.

63
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5 01.06.20155 Workshop: Terre des hommes e Escola Ministrar oficina no Juiz Leoberto
“Fortalecimento do Escola Superior do Superior do encontro, que tem como Brancher –
modelo de gestão das Ministério Público Ministério objetivo fortalecer o Coord. Estadual
medidas do Estado do Ceará Público do empoderamento de Programa JR21
socioeducativas de (ESMP) do Ceará estado do conceitos e técnicas dos TJRS
meio aberto”. Ceará (ESMP) profissionais, quanto a um
modelo de gestão das
medidas socioeducativas
em meio aberto com base
em um enfoque
restaurativo.

6 02.06.2015 Workshop: “Práticas e Terre des hommes e Escola Ministrar oficina no Juiz Leoberto
enfoque restaurativo no Escola Superior da Superior da encontro, que tem por Brancher –
atendimento ao Magistratura do Magistratura objetivos sensibilizar atores Coord. Estadual
adolescente em conflito Estado do Ceará do Estado do do sistema de justiça sobre Programa JR21
com a lei”. (ESMEC) Ceará o paradigma restaurativo no TJRS
(ESMEC) atendimento
socioeducativo.

7 03.06.2015 Encontro Cearense de Escolas Superiores Escola Palestrar sobre “A justiça Juiz Leoberto
Justiça Juvenil: da da Magistratura, do Superior juvenil restaurativa: novas Brancher –
prevenção à justiça Ministério Público, Ministério perspectivas de Coord. Estadual
restaurativa da Defensoria Público do atendimento ao Programa JR21
Pública, Governo do Estado do adolescente em conflito TJRS
Estado do Ceará e Ceará (ESMP) com a lei”; Participar da
Terre des hommes solenidade de assinatura do
Termo de Cooperação para
impulsionar a Justiça
Restaurativa no Ceará, etc.

8 18.06.2015 Reunião do Sistema MP RS MP RS Apresentação do Programa Juiz Leoberto


Municipal Lajeado (RS) Lajeado (RS) JR21 TJRS no Comitê Brancher –
Socioeducativo Socioeducativo Local do Coord. Estadual
(SIMASE) de Lajeado SIMASE de Lajeado - RS Programa JR21
TJRS

9 01.07.2015 Cerimônia de Secretaria do Auditório Palestrar na cerimônia de Juiz Leoberto


Lançamento do Projeto Trabalho e FPE(RS) lançamento do Projeto Brancher –
““Práticas Restaurativas Desenvolvimento Práticas Restaurativas na Coord. Estadual
na Fundação de Social (STDS)/FPE RS FPE (RS) sobre: “Justiça Programa JR21
Proteção Especial (FPE Restaurativa com Foco no TJRS
RS) Acolhimento Institucional”

10 22 a 24.07.2015 Curso para Associação Palestrar e organizar o Juiz Leoberto


Magistrados(as) sobre Magistrados Curso para Magistrados(as) Brancher –
Justiça Restaurativa Brasileiros sobre Justiça Restaurativa, Coord. Estadual
(AMB)/Escola enquanto membro da Programa JR21
Nacional da Comissão Científica da AMB TJRS
Magistratura(ENM) sobre JR.

11 14.09.2015 Ato de Assinatura do Secretaria dos Universidade Participar do ato de


Acordo de Cooperação Direitos Humanos da de Caxias do Assinatura do Acordo de

64
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TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Técnica entre a Presidência da Sul Cooperação Técnica entre a


Secretaria dos Direitos República (SDH/PR) Secretaria dos Direitos
Humanos da Humanos da Presidência da
Presidência da República e a Universidade
República e a de Caxias do Sul
Universidade de Caxias
do Sul

12 17.09.2015 Projeto CNJ(DF) Plenário do Debater a construção Juiz Leoberto


“Desenvolvimento da CNJ - Brasília minuta do ato normativo Brancher –
Justiça Restaurativa” - (DF) que disporá sobre a Política Coord. Estadual
(Resolução CNJ Nacional para Programa JR21
74/2015) implementação, difusão e TJRS
expansão da Justiça
Restaurativa no âmbito de
todo o Poder Judiciário do
Brasil.

13 05.10.2015 Audiência Pública TCE(RS) PUCRS/ Palestrar no Painel: Juiz – Coord.


Política e Segurança: Faculdade de Execução Penal e Gestão Estadual
Desafios da Segurança Direito Prisional no RS Programa JR21
Pública no RS TJRS e Sidinei
Brzusca – Juiz do
2º Juizado da
VEC Presídio
Central de Porto
Alegre.

14 29 a 31.10.2015 XXII Congresso AMB e Associação Rio Quente Participar e ministrar Juiz Leoberto
Brasileiro de dos Magistrados de Goiás (GO) Oficina Especial sobre Brancher –
Magistrados Goiás (ASMEGO) “Círculo de Justiça Coord. Estadual
Restaurativa” Programa JR21
TJRS e Juiza Vera
Lúcia Deboni – 3º
Juizado da
Infância e
Juventude de
Porto Alegre -
TJRS

15 18 a 22.10.2015 3ª Oficina do Comitê Universidade de Universidade Representar o Brasil na . 3ª Juiz Leoberto


Pedagógico para a Genebra (Suiça), de Genebra Oficina do Comitê Brancher –
discussão da “Formação Terre des hommes e (Suiça) Pedagógico para a discussão Coord. Estadual
on line em Justiça do Instituto da “Formação on line em Programa JR21
Juvenil com enfoque Internacional para Justiça Juvenil com enfoque TJRS
restaurativo”. os Direitos da restaurativo”. O curso
Criança (Sion, Suíça). acontecerá em 05 idiomas:
francês, inglês, espanhol,
árabe e português, com
previsão de início em 2016.

16 04 a 07.11.2015 XII Congresso Nacional ANADEP Faculdade de Palestrar no Painel: Justiça Juiz Leoberto

65
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PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA

dos Defensores Públicos Direito restaurativa e a atuação na Brancher –


(ANADEP) Positivo área da Infância e Coord. Estadual
Curitiba (PR) Juventude Programa JR21
TJRS

17 06.11.2015 Os Rumos da Justiça MP(PR) Auditório do Participar de Mesa Redonda Juiz Leoberto
Restaurativa no Estado MP(PR) sobre “Os Rumos da Justiça Brancher –
do Paraná Restaurativa no Estado do Coord. Estadual
Paraná”. Programa JR21
TJRS

18 30.11.2015 Projeto CNJ(DF) Plenário do Idem ao item 1. Juiz Leoberto


“Desenvolvimento da CNJ - Brasília Brancher –
Justiça Restaurativa” - (DF) Coord. Estadual
(Resolução CNJ Programa JR21
74/2015) TJRS

19 01.12.2015 Reunião com a SDH(RS) Sala reuniões Discutir a pactuação de Juiz Leoberto
Secretaria dos Direitos SDH(RS) Termo de Cooperação entre Brancher –
Humanos (SDH) do Porto Alegre o Poder Judiciário do RS, Coord. Estadual
Estado do Rio Grande (RS) por meio do Programa JR21 Programa JR21
do Sul para a difusão da Justiça TJRS
Restaurativa no âmbito do
Governo do Estado do Rio
Grande do Sul

20 02.12.2015 Reunião com a equipe FASC Auditório da Discutir a aplicação e Juiz Leoberto
de trabalhadores(as) da FASC difusão da Justiça Brancher –
Fundação de Assistência Porto Alegre Restaurativa no âmbito da Coord. Estadual
Social e Cidadania (RS) FASC como metodologia de Programa JR21
(FASC) da Prefeitura de trabalho. TJRS
Porto Alegre

21 10 e 11 de Workshop Temático: Departamento Auditório do Discutir o espaço da Justiça Juiz Leoberto


dezembro de 2015 Metodologias em Penitenciário DEPEN(MJ) Resaturativa en quanto Brancher –
Alternativas Penais: Nacional (DF) metodologia no âmbito das Coord. Estadual
Medidas Protetivas de (DEPEN/MJ) e alternativa penais. Programa JR21
Urgência Programa das TJRS e Juíza de
Nações Unidas para Direito Andrea
o Desenvolvimento Hoch Cenne –
(PNUD/ONU) Juizado da
Violência
Doméstica de
Novo Hamburgo

22 08 a 10 de ECA 25 anos: pela Conselho Nacional Auditório Viabilizar a escuta de atores Ana Paula Flores
dezembro de 2015 prioridade absoluta dos dos Direitos da Hotel Carlton sociais sobre as – Assessora do
direitos da criança e Criança e do Brasília (DF) perspectivas e desafios dos Programa JR21
adolescente Adolescente 25 anos do ECA; Pactuar TJRS
(CONANDA) agendas positivas para os
Direitos Humanos das
Crianças e Adolescentes;
Propor subsídios para a X

66
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Conferência Nacional dos


Direitos das Crianças e
Adolescentes, que
acontecerá em Brasília.
Ficou consignado no
relatório final do encontro,
a proposta de inclusão das
práticas restaurativas com
um princípio do ECA, a ser
aprovada na conferência
vindoura.

23 14 de dezembro de Reunião no Conselho Comissão Especial Auditório do Discutir uma minuta de Ana Paula Flores
2015 Estadual de Educação de Direitos Humanos Conselho normatização sobre Direitos – Assessora do
do Estado do Rio do Conselho Estadual de Humanos para a Sistema Programa JR21
Grande do Sul Estadual de Educação Estadual de Ensino, TJRS e Anita
Educação do RS Porto Alegre incluindo o tema da Justiça Maurique –
(RS) Restaurativa. Coordenadora
do CEJUSC
Práticas
Restaurativas de
Porto Alegre

Fonte: (RIO GRANDE DO SUL/TJRS JR21, 2016)


Sistematização (FLORES e ROLIANO, 2016)

18. EVENTOS ORGANIZADOS PELO PROGRAMA JR21 TJRS

O Programa Justiça para o Século 21 do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, no

ano de 2015, organizou algumas atividades e eventos sobre sobre Justiça Restaurativa e

temas relacionados, com a participação de palestrantes nacionais e internacionais,

magistrados(as), servidores(as), outros convidados(as) e comunidade em geral.

QUADRO 30: Eventos organizados pelo Programa JR21 TJRS

Data Atividade/evento Organização Local Objetivo Participantes Número de


participantes

1 05.05.2015 Visita do Embaixador Programa JR21 Palácio da Discutir e trocar Representantes do 30


do Canadá no Brasil, TJRS/AJURIS e Justiça experiências sobre TJRS/Presidente e participantes
Jamal Khokhar, ao Consulado do Canadá Justiça Direção do Tribunal,
Tribunal de Justiça do em São Paulo Restaurativa entre Corregedoria Geral
Estado do Rio Grande o Brasil e O Canadá de Justiça, JR21, 3º
do Sul JIJ, NUPEMEC;
Secretário Estadual

67
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TRIBUNAL DE JUSTIÇA

de Direitos
Humanos;
representantes da
AJURIS; Ministério
Público; Cônsul de
Brasília; Cônsul em
Porto Alegre;
Assessora de
Diplomacia no Brasil
Dina Trascher.

2 08.05.2015 Cerimônia de Programa JR21 TJRS Miniaudit Formalizar a Representantes da 40


assinatura dos Termos ório do adesão das Direção do TJRS; da participantes
de Compromisso de 23º andar Unidades Corregedoria Geral
Liderança das do Fórum Jurisdicionais de Justiça;
Unidades de Porto Referência ao Magistrados(as)
Jurisdicionais de Alegre – Programa JR21 Líderes das Unidades
Referência ao Prédio II TJRS em Jurisdicionais de
Programa JR21 TJRS. implantação no Referência;
ano de 2015 Magistrados(as)
convidados(as), da
AJURIS; do Centro
de Promoção da
Criança e
Adolescente (CPCA).

3 27 a Workshop: Modelo de Programa JR21 TJRS Escola Discutir subsídios Representantes do 30


29.05.2015 Gestão e Integração em parceria com a Superior conceituais e Ministério da Justícia participantes
(manhã e da Medidas Fundação Terre des da práticos para (Chile); Presidência
tarde) Socioeducativas em hommes Magistrat construção de da República/Sec.
Meio Aberto, Penas ura da procedimentos de dos Direitos
Restritivas de Direitos Ajuris gestão de medidas Humanos(SDH);
e Alternativas à Porto socioeducativas MJ/Sec. da Reforma
Privação de Liberdade Alegre em meio aberto e do
sob o enfoque (RS) sua replicação no Judiciário(SRJ)/MJ/D
restaurativo âmbito do sistema epartamento
penal; Estabelecer Penitenciário
critérios e Nacional (DEPEN);
instrumentos Ministério do
unificados para o Desenvolvimento
acompanhamento Social e Combate à
e monitoramento Fome (MDS); Terre
do sistema des hommes da
socioeducativo. América Latina e do
Brasil; Secretaria do
Trabalho,
Desenvolvimento
Social e Combate à
Fome (SETRA) –
Ceará (CE), do Poder

68
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Judiciário do RS (3º
JIJ POA, JIJ Lajeado;
VEPMA, Projeto
Justiça Instantânea,
JR21 TJRS);
Prefeitura de Porto
Alegre/FASC,
Prefeitura de Caxias
do Si/CREAS,
Prefeitura Lajeado,
Central de Práticas
Restaurativas
Comunitárias (CPCA).

4 28.05.2015 Mesa redonda: Programa JR21 TJRS Auditório Evento aberto Público em geral 30
(noite) Enfoque Restaurativo em parceria com a da Escola participantes
nas Medidas de Meio Fundação Terre des Superior
Aberto e Penas hommes da
Alternativas Magistrat
ura da
Ajuris
Porto
Alegre
(RS)

5 28.09.2015 Reunião de Programa JR21 TJRS Miniaudit Discutir a Representantes do 30


(manhã e apresentação do Coordenação Estadual ório do ampliação e MJ/DEPEN; TJRS participantes
tarde) Projeto de e Unidade 23º andar fortalecimento da JR21 TJRS, VEPMA,
Cooperação entre o Jurisdicional de do Fórum Justiça CEJUSC Práticas
Programa Justiça Referência Presídio de Porto Restaurativa na Restaurativas,
Restaurativa para o Central de Porto Alegre – Unidade VEC/PCPA,
Século 21 e o Alegre (PCPA) Prédio II Jurisdicional de Corregedoria Geral;
Departamento Referência Ministério Público
Penitenciário Nacional Presídio Central de RS; SUSEPE RS;
(DEPEN) do Ministério Porto Alegre Brigada Militar,
da Justiça (MJ) (PCPA). Secretaria Estadual
de Saúde; Polícia
Assessoria da Civil; Comissão de
reunião: Cristiane Direitos Humanos
Gantus Encinas – OAB; Direitos
Consultora Externa Humanos Prisão;
GPESC PUCRS.

6 23.11.2015 Celebrando os 10 anos Programa JR21 TJRS e Auditório Magistrados(as) Apresentar as 200
(tarde) da Justiça parceiros (ver folder da Escola Líderes das experiências práticas participantes
Restaurativa no Brasil em anexo) Superior Unidades de implantação das
e no RS: da Jurisdicionais de Unidades
“Implantando a Magistrat Referência, Jurisdicionais de
Justiça Restaurativa ura da servidores(as), e Referência do
para o Século 21: Ajuris comunidade em Programa JR21 TJRS
Painel de Porto geral, implantadas no ano

69
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TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Experiências”. Alegre de 2015.


(RS)

7 23.11.2015 Celebrando os 10 anos Programa JR21 TJRS e Auditório Magistrados(as) Discutir os 300
(noite) da Justiça parceiros (ver folder do Teatro Líderes das fundamentos, participantes
Restaurativa no Brasil em anexo) do Foro Unidades perspectivas e
e no RS: Central de Jurisdicionais de desafios da Justiça
“Implantando a Porto Referência, Restaurativa no
Justiça Restaurativa Alegre servidores(as), mundo, no Brasil e
para o Século 21: (RS) – docentes, no RS.
Conferência com o Prédio II estudantes,
Professor Howard pesquisadores,
Zehr “Justiça profissionais que
Restaurativa: atuam com Justiça
Fundamentos, Restaurativa, e
Desafios e comunidade em
Perspectivas”. geral.

8 24.11.2015 Celebrando os 10 anos Programa JR21 TJRS e Miniaudit Representantes Avaliar o processo de participantes
(manhã e da Justiça parceiros (ver folder ório do TJRS /Corregedoria implantação das
tarde) Restaurativa no Brasil em anexo) 23º andar Geral de Justiça, unidades
e no RS: “Oficina de do Fórum Magistrados(as) jurisdicionais de
Avaliação e de Porto Líderes das referência em 2015 e
Planejamento JR21 – Alegre – Unidades discutir perspectivas
Encontro dos Prédio II Jurisdicionais de de fortalecimento e
Juízes(as) para o Referência implantação de nova
Século 21”. implantadas em unidades para 2016.
2015, e
Magistrados(as)
parceiros para
possíveis
implantações me
2016.

Assessoria da
reunião: Cristiane
Gantus Encinas e
Maristela Carrara
– Consultora
Externa

9 24.11.2015 Celebrando os 10 anos Programa JR21 TJRS Miniaudit Discutir a Representantes do 30


(noite) da Justiça Coordenação Estadual ório do ampliação e TJRS JR21 TJRS, participantes
Restaurativa no Brasil e Unidade 23º andar fortalecimento da CEJUSC Práticas
e no RS: Jurisdicional de do Fórum Justiça Restaurativas,
“Fortalecendo a Referência Presídio de Porto Restaurativa na VEC/PCPA, VEC
Justiça Restaurativa Central de Porto Alegre – Unidade Caxias do Sul,
na Unidade de Alegre (PCPA) Prédio II Jurisdicional de Ministério Público
Jurisdicional de Referência RS; SUSEPE RS;
Referência – Vara de Presídio Central de Brigada Militar,
Execuções Criminais Porto Alegre Secretaria Estadual

70
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TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(VEC) – Presídio (PCPA). de Saúde;


Central de Porto Procuradoria Geral
Alegre (PCPA) Assessoria da do Estado do RS, etc.
reunião: Cristiane
Gantus Encinas e
Maristela Carrara –
Consultoras
Externas

10 24 a Celebrando os 10 anos Programa JR21 TJRS e Escola Formar de Servidores do Poder 15


26.11.2015 da Justiça Consulado do Canadá Superior Facilitadores de Judiciário do RS das participantes
(manhã e Restaurativa no Brasil em São Paulo. da Conferências de comarcas de São
tarde) e no RS: “Formação Magistrat Grupo Familiar na Leopoldo, Novo
de Facilitadores de ura da área da Violência Hamburgo, Porto
Conferências de Ajuris Doméstica Alegre; MP RS
Grupo Familiar – Porto Pelotas; Secretaria
Violência Doméstica” Alegre Estadual de Direitos
(RS) Humanos;
Prefeitura de São
Leopoldo;
representantes da
OAB RS;
Voluntários(as).

11 26.11.2015 Celebrando os 10 anos Programa JR21 TJRS e Auditório Evento aberto. Público em geral 30
(noite) da Justiça parceiros (ver folder da Escola participantes
Restaurativa no Brasil em anexo) Superior
e no RS: “Comitês da
Comunitários de Magistrat
Justiça Juvenil no ura da
Canadá” Ajuris
Porto
Alegre
(RS)

12 27.11.2015 Celebrando os 10 anos Programa JR21 TJRS e Sala de Promover uma Representantes do 20
(manhã) da Justiça Consulado do Canadá Reuniões aproximação TJ/RS Corregedoria participantes
Restaurativa no Brasil em São Paulo. da interinstitucional Geral de Justiça,
e no RS: “Reunião Corregedo entre as áreas da Programa JR21,
Interinstitucional das Participação dos ria Geral Justiça e CEJUSC Pelotas, Vara
áreas da Justiça e Instrutores de Justiça de Segurança Pública Família Infância e
Segurança e Restaurativa do Justiça/Pal do Rio Grande do Juventude de
representantes da Canadá: Mary Hicks e ácio da Sul em torno da Lajeado, 3º JIJ, VEC
Justiça Restaurativa Jean Jacques Justiça Justiça Presídio Central;
no Canadá” Beauchamp e Dina Porto Restaurativa, com Brigada
Trascher – Consulado Alegre o objetivo de Militar/Comando
do Canadá em São (RS) discutir as Policiamento POA,
Paulo (por telefone) possibilidades de BM Lajeado, BM
aplicação das Pelotas BM Presídio
práticas Central POA;
restaurativas no Secretaria Municipal

71
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA

âmbito da Brigada de Segurança Pública


Militar e da Justiça e Proteção Social de
Militar. Caxias do Sul;
Tribunal de Justiça
Militar.

13 30.11 à Celebrando os 10 anos Programa JR21 TJRS e Escola Formar de Servidores do Poder 23
04.12.2015 da Justiça Consulado do Canadá Superior Facilitadores e Judiciário do RS das articipantes
(manhã e Restaurativa no Brasil em São Paulo. da Instrutores de comarcas de São
tarde) e no RS: “Formação Magistrat Conferências de Leopoldo, Porto
de Facilitadores e Participação dos ura da Grupo Familiar Alegre; Servidores da
Instrutores para Instrutores de Justiça Ajuris Prefeitura de Caxias
Conferências de Restaurativa do Porto do Sul; Facilitadores
Grupo Familiar” Canadá: Mary Hicks e Alegre e Instrutores que já
Jean Jacques (RS) atuam com
Beauchamp. formação em JR no
Programa JR21 TJRS;
SUSEPE RS; Tribunal
de Justiça Militar; a
Voluntários(as).

Fonte: (RIO GRANDE DO SUL/TJRS JR21, 2016)

19. VISITAS TÉCNICAS E DE PESQUISADORES(AS) RECEBIDAS PELO


PROGRAMA JR21 TJRS

O Programa Justiça para o Século 21 do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, no

ano de 2015, recebeu visitas técnicas e de pesquisas relacionadas à Justiça Restaurativa. As

visitas recebidas foram de outros Trubunais de Justiça do Brasil, universidades,

pesquisadores independentes, etc.

QUADRO 31: Visitas técnicas e de pesquisadores(as) recebidas pelo Programa JR21

TJRS

Data Órgão/universidad Cidade/Estado Nome dos(as) Título da Pesquisa Objetivo da


e visitantes/pesquisadores(as visita
)

1 07 a Poder Judiciário do Natal (RN) Juiz de Direito Dr. José - Conhecer a


10.07.2015 Rio Grande do Dantas de Paiva - metodologia e o
Norte / da Coordenador Estadual da processo de
Coordenadoria Infância e Juventude seleção dos
Estadual da Infância (CEJA/RN) casos

72
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA

e da Juventude - Secretário Executivo João atendidos; o


(CEIJ/RN) Francisco de Souza fluxograma do
(CEJA/RN) programa; as
atribuições dos
como subsídio
para
implantação da
Justiça
Restaurativa no
Poder Judiciário

do RN.

2 23 e Universidade Pernambuco(PE) Mestranda Maria Augusta “Dez anos de justiça restaurativa Pesquisa
24.07.2015 Federal de Costa B. C Leão no Brasil: uma perspectiva crítica acadêmica
Pernambuco (PE) dos projetos-piloto de Porto
Nível Mestrado Alegre, São Caetano do Sul e
Núcleo Bandeirante”
O objetivo foi analisar os projetos
à luz das teorias de justiça
restaurativa e analisar a relação
entre os projetos com o sistema
de justiça penal tradicional.

3 1º a 03.09 de Universidade João Pessoa (PB) Mestranda Tâmara Ramalho Compreendendo a Justiça Pesquisa
2015 Federal da Paraíba de Sousa Amorim Restaurativa como prática no acadêmica
Centro de Ciências âmbito da Justiça Juvenil
Humanas e Letras
Programa de Pós-
graduação em
Psicologia Social

4 07 a Universidade São Luís (MA) Mestranda Carla Costa Pinto Pesquisa: “A efetivação da Pesquisa
11.12.2015 Federal do Proteção Integral e o Ato acadêmica
Maranhão/Program Infracional: pensando a Justiça
a de Pós-graduação Restaurativa como prática no
em Direito e âmbito das Promotorias
Instituições do Especializadas da Infância e
Sistema de Justiça Juventude da Comarca da Grande
Nível Mestrado Ilha”.

Fonte: (RIO GRANDE DO SUL/TJRS JR21, 2016)


Sistematização (FLORES e ROLIANO)

73
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PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA

20. FINANCIAMENTO DO PROGRAMA JR21 TJRS

O financiamento das ações do Programa Justiça para o Século 21 do Tribunal de

Justiça do Rio Grande do Sul, no ano de 2015, se deu por meio de dotações orçamentárias

advindas da Corregedoria Geral de Justiça (CGJ) e do Núcleo Permanente de Métodos

Consensuais e Solução de Conflitos (NUPEMEC), a saber:

QUADRO 32: Fontes, tipos de despesas e valores do financiamento do Programa


JR21 TJRS
Fonte do recurso Valor (R$) Tipos de de despesas Observações
1 Orçamento R$ 110.160,00 Despesas com professores (as) e Formações executadas em
NUPEMEC 2015 tutores(as) na formação EAD, parceria com o Centro de
assessoria externa na área Educação à Distância do
planejamento, monitoramento e Poder Judiciário (CEAD
avaliação, diárias para magistrados(as) PJRS).
e servidores(as) para participação nos
eventos promovidos pelo Programa
JR21 TJRS no ano 2015.
2 Orçamento R$ 229.500,00 Despesas com honorários, Formações executadas em
Corregedoria Geral alimentação, deslocamento, material parceria com a Escola
de Justiça 2015 de expediente e e outras despesas de Superior Magistratura
professores(as) na realização de (ESM) da AJURIS.
despesas necessárias à realização das
formações presenciais do Programa
JR21 TJRS.
Fonte: (RIO GRANDE DO SUL/TJRS JR21, 2016)
Sistematização (FLORES e ROLIANO, 2016)

21. PLANEJAMENTO, MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO

O Monitoramento e Avaliação está previsto como uma linha de ação do Programa

JR21 TJRS (Linha V), e pode acontecer em 03 âmbitos: a) Monitoramento e Avaliação Interna;

b) Avaliação Externa; c) Fórum de Pesquisadores.(RIO GRANDE DO SUL, TJRS JR21, 2014 p.

74
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA

62)

No ano de 2015, o programa contou com uma equipe de assessoria externa que,

contribuiu no processo de planejamento, monitoramento e avaliação em momentos distintos

da sua execução. Esse processo de assessoria contemplou, inclusive, a Oficina de Avaliação e

Planejamento JR21 – Encontro dos Juizes(as) para o Século 21, realizada em 24 de novembro,

no miniauditório do 23º andar do Fórum de Porto Alegre – Prédio II, em que participaram

Juizes(as) Líderes das Unidades Jurisdicionais de Referência do programa em implantação em

2015, bem como magistrados(as) convidados(as) enquanto potenciais lideres de unidades de

referência a serem implantadas em 2016.

Como produto dessa assessoria, resultou o documento "JR 21 – Avaliação Ciclo 2015

e Planjemamento 2016", datado de 18 de janeiro de 2016 e de autoria das consultoras

Cristiane Gantus e Maristela Carrara, que consta como anexo desse relatório.

75
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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Por maior o nosso esforço de comunicação e objetivação dos dados informativos,

estamos cientes de que o conteúdo essencial deste relatório possivelmente não tenha sido

transimitido.

Assim como não há como expressar o sentido profundo da diferença feita na

trajetória existencial de um ser humano libertado da aflição de um conflito através de um

encontro restaurativo, não há tampouco como documentar e reportar as repercussões sutis

de um processo de mudança tal como a Justiça Restaurativa propõe, e tal como o Programa

Justiça Restaurativa para o Século 21 está possibilitando alavancar no âmbito do Poder

Judiciário gaúcho e demais instituições envolvidas. Porque não há como objetivar a maior

parte das informações sobre as dimensões políticas e culturais processo de transformações

aqui iniciado: só sabemos que elas estão ocorrendo, e por toda parte.

Ainda está por ser explorado o indicador capaz de medir o efeito da realização de

círculos restaurativos entre alunos de uma sala de aula; entre adolescentes de uma unidade

socioeducativa; entre familiares e amigos de uma mulher que sofria violências, e agora

fazem um plano de como a protegerão; entre líderes de facções criminosas presos, a fim de

poderem compreender o trabalho que será proposto individualmente ao conjunto dos

apenados; com a família de um preso em vias de progredir de regime, reunindo forças para

se sustentar em liberdade; entre servidores em greve numa determinada Comarca,

estreitando laços de convivência; entre empregados de uma empresa evitando com isso

animosidades no trabalho e licenças de saúde; entre colaboradores do religioso que reune

sua comunidade para dialogar em círculos e difundir a paz; entre as famílias reunidas por um

76
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TRIBUNAL DE JUSTIÇA

facilitador comunitário, envolvendo os menores que furtaram um mercadinho para se

desculparem e repararem a vítima, sem levar a ocorrência a registro policial; entre os

moradores do entorno de uma ONG que instala um centro comunitário de justiça

restaurativa; entre os habitantes de um município que constitui por lei sua política pública

de pacificação restaurativa...

Enfim...muito além do que as informações expostas ao longo dessas páginas podem

transmitir, já que elas falam apenas daquilo que se move, está aquilo que é movido (e co-

movido) neste movimento transformador – cuja aprendizagem essencial é o despertar de

uma nova dimensão de inteligência, ética e coletiva, capaz de lidar com a complexidade e

turbulência dos tempos atuais, recolocando a Justiça como valor, e no centro das relações.

Como coordenadores dessa iniciativa, só temos a agradecer a todos os coletivos

que esteveram à frente e por detrás de todas essas realizações, que são inúmeras, e à

sabedoria que inspirou as lideranças institucionais que vem tornando possível essa

caminhada.

77
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TRIBUNAL DE JUSTIÇA

REFERÊNCIAS

MARSHAL, T.F., 1999. Restorative Justice : An Overview (London: Home

Office).
BRASIL, Conselho Nacional de Justiça. www.cnj.jus.br. Acesso em Jan.2016

BRASIL. Associação dos Magistrados Brasileiros. www.amb.org.br. Acesso em Jan.

2016.

BRASIL. Lei Federal nº 12.594, de 18 de janeiro de 2012. Sistema Nacional de

Atendimento Socioeducativo (SINASE). Disponível em

http://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/_Ato2011-2014/2012/Lei/L12594.htm. Acesso em

Jan 2016

BRASIL. Organizações das Nações Unidas no Brasil. Disponível em:

https://nacoesunidas.org/ Acesso em Jan. 2016

RIO GRANDE DO SUL, Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul.

Www.tjrs.jus.br Acesso em Jan. 2016.

ZEHR, Howard. Justiça Restaurativa: teoria e prática. Tradução: Tônia Van Acker.

São Paulo: Palas Athena, 2012.

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TRIBUNAL DE JUSTIÇA

PROGRAMA JUSTIÇA RESTAURATIVA PARA O SÉCULO 21 
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

RELATÓRIO DE GESTÃO 2015
ANEXOS
PROJETO EXECUTIVO 01
CONSTITUIÇÃO DAS UNIDADES JURISDICIONAIS PILOTO E FORMAÇÕES DE FACILITADORES
EM CÍRCULOS DE JUSTIÇA RESTAURATIVA E DE CONSTRUÇÃO DE PAZ

REGULAMENTO DA FORMAÇÃO

1
PROJETO EXECUTIVO 01
CONSTITUIÇÃO DAS UNIDADES PILOTO E FORMAÇÕES DE
FACILITADORES EM CÍRCULOS DE CONSTRUÇÃO DE PAZ
RESUMO EXECUTIVO
O presente documento resume o projeto apresentado nos autos do
expediente administrativo nº 0010-14/003022-8, para dar consecução à
proposta de criação de um projeto especial “com o propósito de difundir,
de implantar, de aprimorar e de consolidar a Justiça Restaurativa no
Primeiro Grau da Justiça Estadual”, apresentada pela eg. Corregedoria-
Geral de Justiça e aprovada pelo eg. Conselho da Magistratura em sessão
de 21.10.2014.

4
SOBRE A JUSTIÇA RESTAURATIVA
Uma abordagem restaurativa implica um novo equacionamento das
dinâmicas usualmente mobilizadas na resolução de um problema, conflito
ou infração, substituindo-se os fatores tradicionais por um novo marco
lógico:

4
OBJETIVOS
OBJETIVO GERAL:

• Promover estratégias de pacificação social baseadas na difusão dos


princípios e no desenvolvimento das práticas restaurativas para
prevenção e transformação construtiva de conflitos em âmbito
judicial e extrajudicial.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

• Desenvolver as práticas de Justiça Restaurativa em unidades


jurisdicionais do Poder Judiciário do Rio Grande do Sul, e referenciar
sua difusão nas demais políticas públicas e comunidades.

• Consolidar a aplicação do enfoque e das práticas restaurativas na


jurisdição da infância e da juventude, já em desenvolvimento
conforme Resolução nº 822/2010 – COMAG.

• Desenvolver expertise para aplicação das práticas restaurativas em


áreas jurisdicionais ainda não exploradas, em especial na violência
doméstica, juizados especiais criminais e execuções penais.

• Viabilizar a oferta de práticas restaurativas como parte da oferta de


serviços de soluções autocompositivas dos CEJUSCs - Centros
Judiciários de Solução de Conflitos e Cidadania do Rio Grande do Sul.

• Produzir e difundir conhecimentos, capacitando recursos humanos


para a atuação em práticas da Justiça Restaurativa e em sua
multiplicação.

4
• Apoiar a utilização do enfoque e das práticas restaurativas no
âmbito de políticas e serviços a cargo do poder executivo,
notadamente nas áreas de segurança, assistência social, educação e
saúde.

• Apoiar a criação e consolidação de serviços de base comunitária para


pacificação de conflitos com base nos princípios e práticas da Justiça
Restaurativa.

4
DIFUSÃO OPERACIONAL
Por mais que constitua um objetivo relevante “per se”, a aplicação de
práticas restaurativas na esfera judicial não deverá constituir um fim em si mesmo,
senão que representar um fator de difusão operacional dessas novas concepções e
habilidades junto às redes de serviços – notadamente segurança, assistência,
educação e saúde - e comunidades.

4
PROPAGAÇÃO
Ao conjugar a POLÍTICA JUDICIÁRIA com as POLÍTICAS DO PODER
EXECUTIVO, a presente iniciativa propõe-se a servir como disparador de um
processo sistêmico de difusão, aprendizagem e implantação de serviços de
fortalecimento de comunidades e de atenção a conflitos, induzindo um autêntico
MOVIMENTO SOCIAL em prol da restauração da justiça e da construção da paz –
formando-se assim um processo social de propagação tridimensional.

4
CAMPOS DE ATUAÇÃO
Por estarem compreendidos num contexto de complexidade
sistêmica e de relacionamentos interdependentes, a consecução dos
objetivos aqui pautados deverá ser buscada através de diversos
campos de atuação.

4
DESENVOLVIMENTO
O desenvolvimento do Programa estará voltado para a realização das
práticas, objetivo em torno do qual convergem todas as demais ações, e deverá
ocorrer através de quatro MÓDULOS: I - PROJETOS PILOTOS, II - CLUSTERS
JUDICIAIS, III - POLÍTICAS DO PODER EXECUTIVO e IV COMITÊS COMUNITÁRIOS.

4
MÓDULO I
UNIDADES-PILOTO

Em âmbito judicial, os projetos-piloto ou unidades-piloto correspondem a


Unidades Jurisdicionais e Administrativas que aderirem voluntariamente ao
Projeto, predispondo-se a sediar a implantação, testagem, avaliação,
sistematização e compartilhamento da experiência.

MÓDULO II
FORMAÇÃO DE CLUSTERS

A possibilidade de adesão e a oferta de formações para facilitadores


deverão ser abertas a quaisquer unidades jurisdicionais ou administrativas
interessadas no âmbito do Poder Judiciário, objetivando expandir mais
rapidamente as implantações contando com a adesão voluntária de magistrados e
servidores.

MÓDULO III
POLÍTICAS DO PODER EXECUTIVO

Em parceria com o Poder Executivo, esse âmbito de desenvolvimento visa à


criação de serviços difusos de atendimento restaurativo nos mais diversos espaços
de serviços prestados pelas diferentes políticas públicas, notadamente nas áreas de
segurança, assistência social, educação e saúde.

4
MÓDULO IV
COMITÊS COMUNITÁRIOS

A criação de uma rede de Comitês Comunitários de Pacificação


Restaurativa, originados, apoiados e supervisionados em com a colaboração da
política judiciária de pacificação restaurativa de conflitos, e atuando em estreita
cooperação com as demais instituições do Sistema de Justiça e com as diversas
políticas públicas, agrega ao conjunto das iniciativas o componente de interação
com o Poder Executivo e a sociedade civil e corresponde à consecução dos
objetivos do programa em seu grau máximo.

4
LINHAS DE AÇÃO / ATIVIDADES
Os objetivos do Programa, desdobrado ao longo dos diferentes módulos, serão
deverão ser perseguidos através da efetivação das seguintes linhas de ação:

4
CONTEÚDOS INSTRUMENTAIS
A bem de proporcionar sinergia e facilitar avanços, sempre que
oportunos e adequados, recomenda-se estarem associados os
seguintes conteúdos complementares que servirão de apoio à
implementação das práticas da Justiça Restaurativa:

4
II - PROJETO EXECUTIVO 01
Módulo I – UNIDADES PILOTO

Linha de Ação III - FORMAÇÕES

Instrumental III – CÍRCULOS DE CONSTRUÇÃO DE PAZ

UNIDADES-PILOTO

Em âmbito judicial, os projetos-piloto ou unidades-piloto correspondem a


Unidades Jurisdicionais e Administrativas que aderirem voluntariamente ao
Projeto, predispondo-se a sediar a implementação, testagem, avaliação,
sistematização e compartilhamento da experiência.

Sua adoção como estratégia organizacional visa a respeitar os diferentes


estágios de aprendizagem e maturação (“estado da arte”) dos conhecimentos
teóricos e práticos sobre Justiça Restaurativa em suas aplicações às diferentes
matérias jurisdicionais e administrativas correspondentes, assumindo as
atribuições específicas no sentido de desenvolver o respectivo campo de
conhecimento e promover sua difusão junto às parcerias locais, e junto ao
respectivo cluster judicial em âmbito estadual.

Áreas das Unidades-Piloto Propostas:

• Violência Doméstica Contra Mulher

• Juizado Especial Criminal

• Execução Penal

• Juizado da Infância e da Juventude

4
1
• CEJUSC em Comarca de Grande Porte

• CEJUSC em Comarca Pequeno Porte

• Gestão de Pessoas (âmbito administrativo)

Observação: embora já de antemão definidos os CEJUSCs como “locus” natural


da JR na estrutura judicial, a indicação de alguns desses Centros também como
sedes de experiências-piloto diz respeito à testagem e sistematização das práticas
restaurativas nesse âmbito, no que se refere à estrutura organizacional e às rotina
de serviços não necessariamente afetas a uma área jurisdicional específica.

As atividades a seguir ilustram os compromissos a serem assumidas por parte


das lideranças dos projetos-piloto, distribuídas pelos campos de atuação:

PROMOVER ENFOQUE RESTAURATIVO (Campo I)

Difusão - Promover sensibilizações, grupos de estudos, investigações acadêmicas e


debates políticos a respeito do tema, visando à difusão do paradigma restaurativo;

Formações – Organizar cursos e formações, teóricos e práticos, em Justiça


Restaurativa, Facilitação de Círculos, e conteúdos instrumentais correlatos.

Implantações - Estimular projetos que se baseiem em abordagens restaurativas a


cargo dos parceiros, de forma a evitar a judicialização de conflitos, ou qualificar
direta ou indiretamente o atendimento aos usuários, ainda que não aplicados
diretamente a situações de conflito;

1
OBS – Embora já de antemão definidos os CEJUSCs como “locus” natural da JR na estrutura judicial, a
indicação de alguns desses Centros também como sedes de experiências-piloto diz respeito à
testagem e sistematização das práticas restaurativas nesse âmbito, no que se refere à estrutura
organizacional e às rotina de serviços não necessariamente afetas a uma área jurisdicional específica.

4
APLICAR PRÁTICAS RESTAURATIVAS (Campo II)

Marco legal - Levantar o contexto normativo incidente, apreciando a sua possível


adequação à aplicação das práticas restaurativas, especialmente no aspecto
procedimental;

Local e casos - Identificar oportunidades e viabilizar espaço físico para a realização


das práticas restaurativas;

Fluxos - Mapear e sistematizar fluxos das rotinas operacionais no que se refere à


derivação e encaminhamentos a práticas restaurativas, visando padronizar
procedimentos com vistas à posterior multiplicação.

Práticas - Aplicar as práticas, avaliar processos e respectivos resultados, inclusive


mediante parcerias acadêmicas específicas.

Supervisão - Organizar e manter encontros de supervisão de práticas e de gestão

ARTICULAR REDES (Campo III)

Articulação Sistema Justiça - Identificar e articular parcerias para implementar o


projeto piloto junto aos demais operadores jurídicos e técnicos da respectiva área
jurisdicional, descrevendo o respectivo rol de possíveis atribuições relativamente
aos procedimentos restaurativos;

Articulação Rede - Articular e integrar a proposta junto às redes de atendimento,


notadamente nas áreas de segurança e de apoio psicossocial, e de instituições da
sociedade civil.

Recursos Humanos - Arregimentar e mobilizar recursos humanos, abrangendo


servidores judiciais, do quadro de outros serviços públicos ou contratados para tal
finalidade, e voluntários, para facilitação de encontros restaurativos.

4
PROMOVER AMBIENTAÇÃO RESTAURATIVA (Campo IV)

Desjudicialização - Considerando os fluxos de atendimento desde a origem das


situações de conflito e seus desdobramentos iniciais, identificar possibilidades,
articular condições e testar a aplicação de práticas restaurativas em âmbito
extrajudicial, como meio de prevenir a judicialização;

 Capilarização - Estimular a aquisição de habilidades para condução de práticas


restaurativas em âmbito comunitário, organizações da sociedade civil, e assim
também ao longo de todos os fluxos da redes de atendimento nas áreas de
segurança, assistência, educação e saúde.

 Pactuação de Fluxos administrativos – Sistematizar e pactuar fluxos alternativos,


objetivando validar soluções de âmbito administrativo que evitem a judicialização
de conflitos.

 PROMOVER TRANSFORMAÇÃO PESSOAL E INSTITUCIONAL (Campo V)

 Reconfiguração de fluxogramas de serviço e organogramas de atuação


interinstitucional no que se refere à interação entre o Poder Judiciário e as redes
de serviços

 Sistematização e Compartilhamento - Documentar a experiência, sistematizar e


compartilhar aprendizagem com relação a futura divulgação e formações visando
às implantações em contextos semelhantes.

4
FORMAÇÕES / 2015

Curso de Facilitadores em Círculos de Construção de Paz

Programa será iniciado mediante a oferta de 12 turmas do


“Curso de Facilitadores de Círculos de Construção de Paz”, com 60
horas aulas, em turmas para 25 alunos.

O primeiro objetivo dessas formações será atender a


constituição dos pilotos. De um total de 25 vagas, serão destinadas
entre 15 a 20 para a equipe que vai atuar diretamente no piloto –
incluindo o(s) magistrado(s) titular(es), servidores judiciais envolvidos,
em como gestores e servidores das políticas públicas relacionadas, e
eventuais voluntários que atuarão na implantação do projeto.

O remanescente será reservado para convite a magistrados ou


servidores técnicos de varas que integrem o mesmo cluster, e que
tenham interesse na futura implantação das práticas restaurativa,
como forma de aproximação inicial com a proposta e integração ao
cluster.

A carga horária será dividida 3 em etapas:

ETAPA OBJETIVO / PARTICIPANTES Carga horária


CONTEÚDO

PRÉ-CURSO Apresentar o J21, Comitê Gestor 10


compor o Comitê (Magistrado, Técnicos
Pactuação e horas-aula
Gestor do Piloto, Judiciais, Gestores e
pré-
alinhando Parceiros da Rede - até

4
planejamento expectativas locais e 10 pessoas)
do Piloto pactuando
compromissos de
implementação

CURSO Curso propriamente Comitê Gestor e equipe 40


dito dos futuros facilitadores
Formação de Horas-aula
Facilitadores

PÓS-CURSO Pactuação de Comitê Gestor e equipe 10


compromissos e dos futuros facilitadores
Planejamento horas-aula
fechamento do
final
plano de execução
com o grupo
ampliado

Foram estimadas junto à Corregedoria para realizarem-se no ano


de 2015 12 turmas de facilitadores, a serem assim distribuídas:

PROJETO PILOTO TURMAS

Pilotos Violência Doméstica Contra Mulher 2

Juizado Especial Criminal 1

Execução Penal 2

Juizado da Infância e da Juventude 1

CEJUSC em Comarca de Grande Porte 1

4
CEJUSC em Comarca Pequeno Porte 1

Gestão de Pessoas (âmbito administrativo) 1

Outras áreas / Comarcas a definir 3

Total 12

CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO

Módulo I –Linha de Ação III – Instrumental III

UNIDADES PILOTO - FORMAÇÕES – CÍRCULOS DE CONSTRUÇÃO DE PAZ

ATIVIDADE FEV MAR ABR MAI JUN JUL

Ajustes finais CGJ e Escola AJURIS

Apresentação Proposta

Definição e Pactuação Pilotos

Reprodução Material Didático

Formação Equipe Piloto 1

Formação Equipe Piloto 2

Formação Equipe Piloto 3

Formação Equipe Piloto 4

Formação Equipe Piloto 5

Formação Equipe Piloto 6

Formação Equipe Piloto 7

Formação Equipe Piloto 8

4
Formação Equipe Piloto 9

Preparativos Coordenação-Geral

Preparativos Coordenação Piloto: articulação Parcerias Piloto, Oficina


Planejamento (1 dia), Arregimentação Equipe

: Curso de Formação Facilitadores ( 4 dias)

Encaminhamentos da Coordenação Piloto: consolidação do planejamento,


delegação de tarefas, responsáveis, recursos e cronograma de execução

4
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA

PROGRAMA JUSTIÇA RESTAURATIVA PARA O SÉCULO 21 
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

RELATÓRIO DE GESTÃO 2015
ANEXOS
PROJETO EXECUTIVO 02 
COMITÊS COMUNITÁRIOS DE PACIFICAÇÃO RESTAURATIVA
PROGRAMA DE FORMAÇÃO VOLUNTÁRIOS DA PAZ

1
PROJETO EXECUTIVO 02
IMPLEMENTAÇÃO EIXO IV - ÂMBITO EXTRAJUDICIAL
COMITÊS COMUNITÁRIOS DE JUSTIÇA E CONSTRUÇÃO DE PAZ
“COMITÊS DE PAZ”
“É função dos Governos garantir a ordem.
Mas só as comunidades podem construir a paz.”
(Daniel Van Ess)
PROJETO EXECUTIVO 02

O presente documento se refere a uma etapa de implementação do Programa


Justiça Restaurativa para o Século 21 – TJRS ( aprovado pelo eg. Conselho da
Magistratura em sessão de 21.10.2014, Exp. Admin. Nº 0010-14/003022-8), criado
para o fim de “difundir, de implantar, de aprimorar e de consolidar a Justiça
Restaurativa no Primeiro Grau da Justiça Estadual”, .

O presente projeto executivo visa a dar consecução, no âmbito da Comarca de


Caxias do Sul, a um dos objetivos específicos do Programa Justiça para o Século 21, que
é o de “Apoiar a criação e consolidação de serviços de base comunitária para
1
pacificação de conflitos com base nos princípios e práticas da Justiça Restaurativa.”

DESCRIÇÃO:

As presentes anotações destinam-se a fazer avançar o Eixo (Estágio IV) do


Programa Justiça Restaurativa para o Século 21 - ESTÁGIO IV / COMITÊS DE PAZ.

O desenho organizacional dos Comitês será inspirado na experiência canadense


dos Comitês Comunitários de Justiça Juvenil, seguindo um modelo comunitário híbrido
combinando entidade civil, voluntariado e subvenção social.

A criação de uma rede de Comitês Comunitários de Justiça e Construção de


Paz (Comitês de Paz), corresponde à consecução dos objetivos do Programa Justiça
Restaurativa para o Século 21 em seu grau máximo.

Partindo dos esforços conjuntos das instituições do Sistema de Justiça, do


Poder Executivo e da Sociedade Civil em torno do objetivo de constituir uma ampla
rede de pacificação social com inspiração nos princípios e práticas da Justiça
Restaurativa, o surgimento desses Comitês deverá ser estimulado como ponto de
convergência do processo de aprendizagem social e empoderamento das
comunidades.

1
Conforme documento-base cuja íntegra encontra-se disponível em
http://www.tjrs.jus.br/export/poder_judiciario/tribunal_de_justica/corregedoria_geral_da_justica/p
rojetos/projetos/justica_sec_21/J21_TJRS_cor.pdf

4
Sugere-se que os Comitês sejam baseados em quatro pilares de sustentação,
sintetizando o conjunto das ações de integração sistêmica e interinstitucional
pautados pelo Programa:

 Gestão por Entidade da Sociedade Civil

 Força de Trabalho composta por Facilitadores Voluntários

 Subvenção Governamental

 Credenciamento e Supervisão Judicial (via CEJUSCs)

A proposta é de que a sua criação, e correspondente oferta de serviços esteja


inicialmente voltada à pacificação de conflitos e violências envolvendo crianças,
adolescentes e seu entorno familiar e comunitário, sem prejuízo de poder-se ampliar
para o atendimento de demanda do público adulto. Podem ser listadas como âmbitos
de aplicação e demanda potencial para os Comitês:

 Infância e Juventude / Não-infracional:

· Conflitos Escolares

· Conflitos familiares envolvendo crianças e adolescentes

· Evasão Escolar (Fichas de comunicação de aluno infrequente – FICAIs)

 Infância e Juventude / Infracional:

· Atos infracionais de menor potencial ofensivo (fluxo diversório conf. Sinase


art. 35, inc. II);

· Acompanhamento das medidas socioeducativas de meio

 Adultos:

· Conflitos familiares em geral, inclusive ref. Idosos

· Conflitos de vizinhança (inclusive atendimento a ocorrências relativas a


infrações penais de pequeno potencial ofensivo, como alternativa penal para adultos)

4
· Acompanhamento com enfoque restaurativo às Alternativas Penais de Adultos
(PSCs, livramentos condicionais, medidas protetivas, medidas cautelares e, mesmo,
prisões domiciliares).

PROGRESSIVIDADE

A criação desses Comitês com foco inicial em infância e juventude, a par de


constituir um objetivo de elevado valor social em si, permitirá fazer avançar a
estruturação de uma política pública de tratamento restaurativo de conflitos em
âmbito extrajudicial justamente com relação àquela área de aplicação na qual, por
razões históricas, o paradigma restaurativo já se encontra mais difundido.

Por esse caminho, outrossim, objetiva-se dar início à construção de uma rede
de serviços restaurativos de base comunitária que, embora surgida da potencialização
de uma área de maior sensibilidade social, abertura e flexibilidade do marco jurídico
como é o caso da infância e juventude, possa abrir passagem para uma progressiva
aquisição de habilidades e consequente ampliação da oferta de serviços para atender
outros conflitos entre população adulta, notadamente de natureza não penal ou em
que eventual enquadramento penal não se mostre de gravidade ou densidade jurídica
preponderante à conflitiva social subjacente, recomendando-se seu enfrentamento
por vias alternativas.

Possíveis áreas de ampliação progressiva abrangem casos de infrações de


menor potencial ofensivo atribuídas a adultos, atualmente direcionados aos Juizados
Especiais Criminais, ou ainda conflitivas domésticas, de natureza não criminal ou
violenta, abrangendo mulheres e idosos.

Um aspecto estratégico da proposta compreende também o acompanhamento


de medidas de meio aberto, a começar por adolescentes infratores e, a depender da
disponibilidade dos atores locais, podendo evoluir também para o acompanhamento
das alternativas penais relativas a imputáveis.

TERRITORIALIDADE

“Comunidade como o lugar onde as pessoas vivem”.

4
Característica marcante dos Comitês residirá também na sua inserção
vinculada a determinado território e assim entrelaçada às respectivas redes
comunitárias (presentes pela vinculação a uma entidade civil e voluntariado),
oferecendo-se como alternativa de acesso direto pelas partes ou encaminhamento
pelos serviços da rede de serviços que não disponham de capacidade de atendimento
restaurativo, ou, ainda, como alternativa para evitar a criminalização de condutas
segundo a própria autoridade policial, ou reverter contextos de fragilidade social que
poderão causar a evolução de trajetórias infracionais.

4
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA

PROGRAMA JUSTIÇA RESTAURATIVA PARA O SÉCULO 21 
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

RELATÓRIO DE GESTÃO 2015
ANEXOS
PROJETO EXECUTIVO 03 
INTEGRAÇÃO DA JUSTIÇA RESTAURATIVA 
NO FORO (CEJUSC) DE PORTO ALEGRE

1
PROJETO EXECUTIVO 03
INTEGRAÇÃO DA JUSTIÇA RESTAURATIVA
NO FORO (CEJUSC) DE PORTO ALEGRE
PROJETO EXECUTIVO 03

O presente documento se refere a uma etapa de implementação do Programa


Justiça Restaurativa para o Século 21 – TJRS ( aprovado pelo eg. Conselho da
Magistratura em sessão de 21.10.2014, Exp. Admin. Nº 0010-14/003022-8), criado
para o fim de “difundir, de implantar, de aprimorar e de consolidar a Justiça
Restaurativa no Primeiro Grau da Justiça Estadual”, .

O presente projeto executivo visa a dar consecução, no âmbito da Comarca de


Porto Alegre, a um dos objetivos específicos do Programa Justiça para o Século 21, que
é o de “Viabilizar a oferta de práticas restaurativas como parte da oferta de serviços
de soluções autocompositivas dos CEJUSCs - Centros Judiciários de Solução de Conflitos
1
e Cidadania do Rio Grande do Sul.”

DESCRIÇÃO:

As presentes anotações visam a subsidiar a discussão entre a Administração e


Magistrados envolvidos na implantação das Práticas Restaurativas junto ao Foro
Central de Porto Alegre, através da criação de serviço de referência técnica e
administrativa junto ao CEJUSC, mantendo-se a identidade dos projetos-piloto em fase
de implantação assim como da Central de Práticas Restaurativas do Juizado da Infância
e da Juventude, que foi experiência pioneira na implantação da Justiça Restaurativa no
Judiciário brasileiro.

OBJETIVO GERAL:

Organizar no Foro de Porto Alegre, localizando-o na estrutura do CEJUSC,


serviço de referência e apoio técnico e administrativo à implantação dos projetos
pilotos e à ampliação da oferta de práticas de Justiça Restaurativa, em âmbito judicial
e extrajudicial, com ênfase nas áreas da infância e juventude e no Presídio Central,
incluindo a formação de novos facilitadores e atendimentos restaurativos.

1
Conforme documento-base cuja íntegra encontra-se disponível em
http://www.tjrs.jus.br/export/poder_judiciario/tribunal_de_justica/corregedoria_geral_da_justica/p
rojetos/projetos/justica_sec_21/J21_TJRS_cor.pdf

4
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

1. OBJETIVO 1 - Suporte administrativo e técnico à ampliação da JR na Capital -


Oferecer suporte administrativo e técnico às Unidades Jurisdicionais Piloto,
integrando as experiências e promover atividades visando à ampliação da
oferta de serviços;

2. OBJETIVO 2 - Estágios práticos e supervisão - Criar oportunidade de efetivação


dos estágios práticos e oferecer encontros de supervisão aos facilitadores em
formação.

3. OBJETIVO 3 - Integração e arregimentação de facilitadores - Intercambiar


disponibilidades de facilitadores entre as Unidades Piloto, e arregimentar novos
facilitadores;

4. OBJETIVO 4 - Atendimento restaurativo via CEJUSC -


Disponibilizar atendimento restaurativo, em caráter eventual e via CEJUSC, a
demandas oriundas de outras Unidades Jurisdicionais, com ênfase na infância e
juventude e Presídio Central.

CONTEXTUALIZAÇÃO:

Ao longo de 2015, através do Programa Justiça Restaurativa para o Século 21, o


TJRS está promovendo a implantação de 4 Projetos-Piloto de Justiça Restaurativa no
Foro de Porto Alegre ( 1º Juízo da Violência Doméstica, 2 ª Vara de Execuções Criminais
– Presídio Central, Vara de Execução das Penas e Medidas Alternativas, e Juizado
Regional da Infância e Juventude, este abrangendo os 5 Juízos).

Esta proposição considera portanto um redesenho das práticas restaurativas no


cenário da Capital, considerando o novo contexto ditado pelo Programa Justiça
Restaurativa para o Século 21 – TJRS, no qual as práticas restaurativas estão sendo
estendidas para as mais diversas aplicações da jurisdição criminal, sendo que ao Foro
da Capital será destinado 1/3 do investimento do TJRS em 2015 na formação de novas
equipes de facilitadores.

Tais facilitadores são oriundos de diversas instituições públicas e organizações


não-governamentais parcerias, e a eles deverão juntar-se, progressivamente, outras

4
parcerias e outros facilitadores que já historicamente fizeram parte da construção da
Justiça Restaurativa em Porto Alegre (previsto inclusive no Regulamento da Formação
o “aproveitamento de créditos” de formações anteriores oferecidas pela Escola da
AJURIS).

Daí a necessidade de um planejamento capaz de produzir integração e sinergia,


a princípio entre os 4 diferentes projetos-piloto, e a partir deles, entre os distintos
campos de atividade e respectivos atores – lideranças e facilitadores.

Segundo a perspectiva estratégica do Programa, a oferta de serviços


restaurativos, e correspondente processo de aprendizagem, deverá convergir junto
aos CEJUSCs. Circunstancialmente, possibilita-se que as atividades abrangidas pelos
“projetos-piloto” fiquem vinculados às Unidades Jurisdicionais que os sediam, o que se
justifica a bem fortalecer as experiências pontuais e temáticas a que se referem. Essa a
escolha dos colegas que lideram os projetos na Capital.

Essa escolha não exclui, por outro lado, a conveniência de estabelecer-se no


Foro da Capital um serviço que sirva de referência às diferentes áreas de aplicação,
possibilitando também intercambiar a disponibilidade de facilitadores formados pelo
Programa Justiça 21 junto às diferentes unidades piloto, bem como arregimentar-se
voluntários entre pessoas que já contavam com formação anterior – considerando o
histórico de 10 anos de Justiça Restaurativa em Porto Alegre.

Atendimento prioritário:

Embora tendo o CEJUSC como referência de apoio técnico e administrativo


para levar a Justiça Restaurativa às diversas áreas jurisdicionais, sugere-se ao menos
em momento inicial seja dada prioridade aos atendimentos relacionados às áreas da
infância e juventude, e de casos envolvendo apenados em cumprimento de pena no
Presídio Central de Porto Alegre, e respectivos familiares.

Justificam-se essas prioridades, quanto à primeira, em consideração ao atual


fluxo já instalado para atendimento de casos encaminhados pela área infracional do
Juizado da Infância e Juventude. Quanto à segunda, a fim de ampliar a oferta de
práticas restaurativas àquela população que representa o maior foco de propagação
de violência na Região Metropolitana.

4
DESENVOLVIMENTO:

OBJETIVO 1 - suporte administrativo e técnico:

Uma equipe de apoio para o desenvolvimento das atividades da Justiça


Restaurativa na Capital se faz necessária. Nesse sentido, a proposta é compor esse
espaço equipe que seria responsável não pelo atendimento dos casos, mas por
articular, mobilizar, gerir e prestar apoio técnico a um quadro de facilitadores a ser
composto por servidores, judiciais ou dos serviços públicos relacionados, bem como
por voluntários.

Além de organizar o fluxo de atendimento a casos no âmbito do próprio CEJUSC


e promover atividades de interesse comum, também caberia à equipe do CEJUSC servir
como ponto de referência e oferecer apoio às Secretarias dos diversos projetos pilotos
no que se refere às respectivas atribuições.

OBJETIVO 2 - Estágios práticos e supervisão:

Ao longo de 2015 o Programa Justiça 21 terá disponibilizado para formação na


Capital um total de 100 vagas para novos facilitadores. São servidores judiciais, de
outras instituições públicas e voluntários, oriundos por indicação dos 8 magistrados
que firmaram compromisso de promover práticas restaurativas nas suas respectivas 4
áreas jurisdicionais: Vara de Execuções Criminais (2ª Vara – Presídio Central), Vara de
Execução de Penas e Medidas Alternativas, Vara de Violência Doméstica Contra
Mulher (2ª Vara), Juizado da Infância e Juventude (os 5 juízos).

Assim, muito embora mobilizados para atuar junto às respectivas jurisdições,


estes facilitadores, que assumem compromisso de efetivar 10 casos práticos, poderão
passar a ter no CEJUSC um espaço alternativo para efetivarem e supervisionarem suas
práticas e concluírem mais rapidamente suas formações.

OBJETIVO 3 - Integrar e arregimentar facilitadores.

O Regulamento da Formação Integral em Justiça Restaurativa e Construção de


Paz contempla a possibilidade de integração ao programa aos alunos que tenham

4
formações equivalentes àquelas oferecidas pelo Programa, desde que devidamente
reconhecidas, mediante aproveitamento de créditos. Assim, o CEJUSC poderá tornar-
se esse espaço de referência para reciclagem e reintegração ao circuito de
aprendizagem das práticas restaurativas a diversos facilitadores capacitados –
especialmente aqueles já anteriormente formados via Escola da AJURIS, e eventuais
outros parceiros, que se encontram atualmente dispersos.

Nesse sentido, objetivar-se -á também ativar relações interinstitucionais, e


servir de espaço para formação em serviço de instrutores / supervisores para as
instituições parcerias.

Considerando a possibilidade estabelecida no Regulamento de Formações para


que os facilitadores treinados no Programa Justiça 21 tornarem-se futuros instrutores,
poderão ser acolhidos no CEJUSC estagiários residentes, em regime de formação
intensiva, visando a acelerar os respectivos processos de aprendizagem de forma a tão
breve possível poderem multiplicar as práticas da Justiça Restaurativa junto às
respectivas instituições. Ao longo desse período de “residência”, esses facilitadores
deverão também servir como facilitadores dos fluxos interinstitucionais relacionados
às instituições de origem.

OBJETIVO 4 - Atendimento restaurativo via CEJUSC

Articulada a força de trabalho mínima necessária à manutenção de uma agenda


de serviços, o atendimento pelo CEJUSC mediante práticas restaurativas passaria a ser
oferecido de forma regular, a começar pelas áreas jurisdicionais prioritárias, seguindo-
se o atendimento às demandas residuais dos demais juízos envolvidos nos projetos
pilotos, e havendo disponibilidade, atendendo também às demandas de outras
jurisdições.

Estrutura / Recursos Humanos.

1 Oficial Escrevente

1 Assistente Social

1 Estagiário de Serviço Social

4
Facilitadores – servidores dedicados à formação e voluntários

Conselho Gestor:

O setor de Justiça Restaurativa do CEJUSC de Porto Alegre deverá ficar sob a


coordenação administrativa do Juiz que exercer a Coordenação do CEJUSC, com apoio
técnico da Coordenação do Programa Justiça para o Século 21 na sua fase de
implantação inicial.

Para integrar os diversos juízos interessados, as deliberações de interesse


comum serão submetidas a um Conselho Gestor, composto pela Coordenação do
CEJUSC, do Programa Justiça 21, e pelos magistrados líderes dos projetos pilotos de
implantação da JR na Capital.

ENCAMINHAMENTOS:

1. Distribuir, discutir e aprovar a presente proposição junto à Corregedoria,


Direção do Foro da Capital e magistrados envolvidos.

2. Delegar à Coordenação do Programa Justiça 21 os encaminhamentos iniciais


necessários para a implementação do presente plano, em colaboração com a
Coordenação do CEJUSC.

3. Designar o servidor Marcos Grawer, Oficial Escrevente disponibilizado pela


Direção do Foro para secretariar os encaminhamentos iniciais do presente
plano;

4. Gestionar a designação de servidor técnico com dedicação exclusiva e um


estagiário para sua implementação;

5. Identificar e organizar encontro com os facilitadores treinados em 2015 para


apresentar a possibilidade de intensificação das práticas junto ao CEJUSC, e
organizar lista de disponibilidades / horários de atendimento;

6. Identificar e organizar encontro com facilitadores que sejam servidores de


outras instituições interessados em intensificar suas formações, e gestionar
parcerias buscando tenham viabilizadas as condições para servirem como
"estagiários residentes".

4
7. Identificar e reunir facilitadores já anteriormente treinados pela Escola da
AJURIS, possibilitando integração como voluntários para realização das práticas
via CEJUSC.

8. Buscar casos para atendimento restaurativo via CEJUSC, inicialmente com


ênfase no Juizado da Infância e da Juventude e no Presídio Central.

4
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA

PROGRAMA JUSTIÇA RESTAURATIVA PARA O SÉCULO 21 
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

RELATÓRIO DE GESTÃO 2015
ANEXOS
PROJETO EXECUTIVO 04 
PROGRAMA E RELATÓRIO DO 
WORKSHOP MODELO DE GESTÃO E INTEGRAÇÃO DAS MEDIDAS SOCIOEDUCATIVAS EM
MEIO ABERTO, PENAS RESTRITIVAS DE DIREITO & ALTERNATIVAS À PRIVAÇÃO DA
LIBERDADE SOB O ENFOQUE RESTAURATIVO

1
WORKSHOP:

Modelo de gestão & integração


das medidas socioeducativas de meio aberto,
penas restritivas de direitos & alternativas à
privação de liberdade sob o enfoque
restaurativo.

Iniciativa:

Em colaboração com:
Data 27, 28 e 29 de Maio de 2015

Carga horária 24h. Manhã: 8h às 12h Tarde: 13:30h às 17h

Total de 25 atores estratégicos, entre Juízes, Promotores, Defensores Públicos e


participantes técnicos judiciais. Representantes DEPEN, SDH e do MDS. Técnicos da
assistência social das prefeituras de Porto Alegre e Caxias do Sul e
facilitadores.

Local: Escola da Associação de Juízes do Rio Grande do Sul. Endereço: Rua


Celeste Gobbato, 81. Bairro: Praia de Belas. Porto Alegre/RS

Objetivos  Dar subsídios conceituais e práticos para construção de procedimentos


de gestão de medidas socioeducativas em meio aberto e sua replicação
em âmbito do sistema penal;

 Estabelecer critérios e instrumentos unificados para o


acompanhamento e monitoramento do atendimento socioeducativo não
privativo de liberdade.

Conteúdo Dia 27/05/15


programático
 Enfoque restaurativo e suas contribuições na gestão e execução das
medidas socioeducativas: A experiência de Terre des hommes na
América Latina
 Diferenciação conceitual e metodológica sobre modelos de
organização, gestão e execução de medidas socioeducativas;
 Conceitos básicos do acompanhamento e controle das medidas não
privativas de liberdade;
 Reparação dos danos às vítimas e participação da comunidade
 Trabalhos em grupo: conceitos norteadores para o modelo de gestão
local

28/05/15

 Elementos centrais no âmbito da gestão de controle das medidas


socioeducativas: Comunicação da decisão judicial; citações,
apresentações; PIA, Plano de Cumprimento; Tipos de Relatórios
 Elementos básicos no âmbito da gestão da intervenção junto aos
adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa:
entrevistas, visitas domiciliares, intervenções e relatórios;
 Trabalhos em grupo: Inicio da construção do modelo de gestão com
foco nos elementos centrais de controle e intervenção.
29/05/15

 Estrutura do modelo de gestão (Fluxo, ferramentas, instituições

2
intervenientes, aspectos de monitoramento e controle).

 Trabalho em grupo: Plano de ação para finalização do modelo


(metas, prazos e responsáveis)

Metodologia Exposições audiovisuais;


Realização de trabalhos em grupos;
Debates sobre situações do cotidiano.
Facilitador Victor Herrero Escrich: Especialista em modelo de gestão e execução de
medidas socioeducativas. Conselheiro técnico em Justiça Juvenil de Terre
des hommes para América Latina e Caribe
Realização Terre des hommes e AJURIS

Avaliação Preenchimento de fichas individuais

Certificado Pelos organizadores do evento

Realização:

3
WORKSHOP

MODELO DE GESTÃO:
Integração das medidas socioeducativas de meio aberto, penas
restritivas de direitos e alternativas à privação de liberdade sob o
enfoque restaurativo.

Iniciativa:

Em colaboração com:
SUMÁRIO

1. APRESENTAÇÃO..............................................................................................................................3

2. REALIZADORES DO EVENTO............................................................................................................4

3. OBJETIVOS E METODOLOGIA .........................................................................................................6

4. WORKSHOP MODELO DE GESTÃO: .................................................................................................7

4.1. PRIMEIRO DIA: 27.05 ...................................................................................................................7

4.1.1. Modelos de gestão sob enfoque restaurativo. .........................................................................7

4.1.2. Conceitos Básicos .................................................................................................................9

4.2 SEGUNDO DIA: 28.05 ..................................................................................................................14

4.2 1. Modelos de Gestão, Organização e Intervenção ................................................................14

4.2.2 Instrumentos de Gestão das Medidas .................................................................................15

4.3 TERCEIRO DIA: 29.05 ..................................................................................................................17

4.3.1 Revisão dos Principais Pontos..............................................................................................17

4.3.2 Produções Coletivas do Grupo ............................................................................................20

5. AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM E ENCAMINHAMENTOS. ...........................................................23

ANEXO: Programa do workshop ...........................................................................................................25

2
1. APRESENTAÇÃO

No período de 27 a 29 de Maio de 2015 Terre des hommes Lausanne no Brasil em


parceria com o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, a Escola Superior da Magistratura
do Rio Grande do Sul (AJURIS) e o Programa Justiça para o Século 21, realizaram workshop
sobre modelo de gestão de medidas socioeducativas e em âmbito do sistema penal de adultos
jovens, com fins de fornecer subsídios quanto aos aspectos conceituais e práticos de
implantação de um modelo de gestão com enfoque restaurativo que permita aos participantes
revisitar suas práticas profissionais e estabelecer diretrizes para revisão e aperfeiçoamento do
gerenciamento da execução das medidas socioeducativas e não privativas de liberdade.

O documento ora apresentado é referente aos principais debates surgidos durante os três
dias do evento que ocorreu na sede da AJURIS em Porto Alegre-RS com a participação de
gestores e técnicos dos centros de referência especializada da assistência social dos
municípios de Porto Alegre, Caxias do Sul e Lajeado, juízes, direção da AJURIS,
Coordenador do Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (SINASE) da Secretaria
de Direitos Humanos, representante do Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à
Fome, grupo gestor do Programa Justiça para o Século 21 e representantes do Departamento
de Penas Alternativas (DEPEN) da Secretaria de Reforma do Judiciário do Ministério da
Justiça.

O workshop foi conduzido pelo especialista Victor Herrero Scrich, conselheiro temático
em justiça juvenil da Terre des hommes que além dos princípios norteadores do enfoque
restaurativo orientou os participantes sobre o modelo de gestão com base na expertise de Tdh
na América Latina e Caribe, especialmente no Brasil com foco nas lições aprendidas com a
constituição, mobilização e ações do grupo de trabalho na cidade de Fortaleza-Ce que vem
elaborando um modelo de gestão e execução das medidas socioeducativas em meio aberto.

Ao final, a avaliação dos participantes apontou a pertinência e relevância da temática e a


contribuição da mesma para o trabalho que ora desempenham, sendo disponibilizada a
plataforma virtual da Escola Nacional do SINASE para a continuidade dos trabalhos iniciados
neste workshop com fins de implantação de um modelo de gestão integrado entre os três
municípios participantes.

Organizadores do evento

3
2. REALIZADORES DO EVENTO

O Workshop Modelo de Gestão foi uma iniciativa construída coletivamente, com o


intuito de contribuir para o aperfeiçoamento da implantação da lei 12594/12, que instituiu o o
Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo, por meio do fortalecimento da rede de
atendimento e das medidas socioeducativas em meio aberto. Além disso, buscou propiciar um
momento de troca de experiências e possibilidades de ações articuladas junto ao sistema penal
de adultos. Estiveram envolvidas em sua organização as seguintes instituições:

 Terre des hommes Lausanne no Brasil (Tdh Brasil): Organização não


governamental sem fins lucrativos que faz parte da Fondation Terre des hommes
(Tdh), organização suíça cuja missão é a promoção, garantia e defesa dos direitos de
crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade. No Brasil, Tdh promove
experiências piloto de Justiça Juvenil, contribuindo com formações, assessoramento,
iniciativas de incidência política, comunicação e articulação do sistema de garantia de
direitos exercendo, também, papel de articulador na temática de Justiça Juvenil
Restaurativa no Brasil, em especial nos estados do Ceará, Pará, Piauí, Maranhão e Rio
Grande do Norte.

 Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJ-RS): representando o Poder


Judiciário gaúcho, cujo compromisso institucional é tornar-se um Poder cuja grandeza
seja representada por altos índices de satisfação da sociedade; cuja força seja
legitimada pela competência e celeridade com que distribui justiça; cuja riqueza seja
expressa pela simplicidade dos processos produtivos, pelo desapego a burocracias e
por desperdícios nulos.

 Associação dos Juízes do Rio Grande do Sul (AJURIS) : Associação fundada em 11


de agosto de 1944, congregando magistrados do Estado do Rio Grande do Sul, com a
finalidade de, entre outros objetivos, prestar assistência aos seus associados, promover
a formação e o aprimoramento profissional e zelar pela afirmação das garantias
constitucionais da Magistratura. Desde 1980, a AJURIS mantém a primeira Escola
Superior de Magistratura do Brasil, com a missão de preparar, formar e aperfeiçoar
magistrados e alunos em busca de boas práticas e da excelência da prestação
jurisdicional.

4
 Programa Justiça para o Século 21: Desenvolvido pela AJURIS e Tribunal de
Justiça do estado do Rio Grande do Sul, o programa Justiça para o Século 21 tem o
objetivo de divulgar e aplicar as práticas da Justiça Restaurativa na resolução de
conflitos em escolas, ONGs, comunidade e Sistema de Justiça da Infância e Juventude
como estratégia de enfrentamento e prevenção à violência em Porto Alegre.
Implementado desde o ano de 2005, na 3° vara da Infância e da Juventude da capital
gaúcha, o Programa Justiça para o Século 21 é articulado pela Associação dos Juízes
do Rio Grande do Sul.

5
3. OBJETIVOS E METODOLOGIA

O Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8.069/90) prevê as medidas


socioeducativas desde sua edição, em 1990, mas somente em 2006 as primeiras iniciativas no
sentido de organizar e orientar a execução dessas medidas surgiram, sob a forma da
Resolução 119 de 2006 do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente
(CONANDA). Seis anos depois, foi promulgada a Lei 12.594 de 2012, instituindo o Sistema
Nacional de Atendimento Socioeducativo (SINASE) e regulamentando a execução das
medidas socioeducativas destinadas a adolescente que pratique ato infracional.

O SINASE traz as grandes linhas guia e princípios fundamentais para a execução


socieducativa sem definir, entretanto, fluxos de procedimento, gestão e monitoramento desta
execução, deixando esta tarefa para as unidades executoras – tanto nos municípios quanto nos
estados. Partindo dessa constatação, o objetivo do Workshop Modelo de Gestão foi
justamente fechar tais lacunas, iniciando a discussão, em Porto Alegre e nos municípios
vizinhos, de um Modelo de Gestão construído a partir das boas práticas locais e em
consonância com a legislação nacional, unificando o fluxo de procedimentos desde a emissão
da sentença condenatória (ou homologatória da Remissão) até o arquivamento do processo de
execução da medida socioeducativa. Além disso, o workshop buscou estabelecer o diálogo
entre o sistema socioeducativo para adolescentes com a execução penal de adultos,
especificamente, das transações penais, visando fortalecer o acompanhamento dos jovens
adultos que, na adolescência, foram autores de atos infracionais.

Desta forma, buscou-se de maneira específica : (1) dar subsídios conceituais e práticos
para construção de procedimentos de gestão de medidas socioeducativas em meio aberto e sua
replicação em âmbito do sistema penal para adultos e (2) estabelecer critérios e instrumentos
unificados para o acompanhamento e monitoramento do atendimento socioeducativo não
privativo de liberdade. Para isto, utilizou-se de metodologia com exposições dialogadas
audiovisuais, realização de trabalhos em grupos e debates sobre situações do cotidiano
trazidas pelos participantes, de forma a se discutir os conceitos e princípios da gestão e
monitoramento das medidas socioeducativas através das vivências dos profissionais que
executam as medidas em meio aberto.

6
4. WORKSHOP MODELO DE GESTÃO:

4.1. PRIMEIRO DIA: 27.05

4.1.1. Modelos de gestão sob enfoque restaurativo.

A necessidade de se discutir um Modelo de Gestão parte da necessidade de se definir


uma linguagem comum e um fluxo comum para os procedimentos de execução das medidas
socioeducativas. Isso permite (a) uma comunicação clara entre os atores implicados nos
processos penais e socioeducativos; (b) ferramentas de gestão individual de cada medida para
a equipe que acompanha os adolescentes ou adultos em cumprimento de medida (ou pena no
caso dos adultos) e (c) oferece ferramentas de gestão para a coordenação do serviço
acompanhar, apoiar e monitorar as equipes de execução. Nesse sentido, importa que o Modelo
seja construído coletivamente por todos os atores implicados no processo, assim como que ele
seja consubstanciado em um documento por escrito, com valor normativo legitimado por
tais atores e, portanto, exigível de qualquer um deles.

O Modelo de Gestão aqui proposto é construído segundo um Enfoque Restaurativo, ou


seja, fundamentando nos princípios da Justiça Restaurativo todos os procedimentos penais ou
socioeducativos, buscando o objetivo de prevenir a violência e o ato infracional, por meio do
fortalecimento dos atores do sistema de justiça juvenil. Com base no conceito de “prevenção”
estabelecido pela Organização Mundial de Saúde, um atendimento assim estabelecido
funcionaria como prevenção secundária e terciária, ou seja, de pessoas em vulnerabilidade ou
em situação de risco, categorias nas quais se enquadram os adolescentes que estão em conflito
com a lei ou cumprimento de medida socioeducativa. Pode-se dizer, portanto, que a
construção de um Modelo de Gestão com Enfoque Restaurativo parte de três pontos inciais:

 Prevenção da violência e o do delito.


 Fortalecimento das instituições do sistema de justiça juvenil.
 A privação de liberdade como o último recurso.

Sendo a Justiça Restaurativa um modelo de responsabilização infracional e penal,


quando nos propomos a definir procedimentos e orientações metodológicas, é preciso ter
claro o que é responsabilidade e quem a define ou determina. Um encaminhamento

7
importante em qualquer modelo de gestão, portanto, é a definição deste no documento
normativo.

Em se tratando do sistema socioeducativo (e, por analogia, do sistema penal), podemos


reconhecer 03 níveis de responsabilidades:

1. A responsabilidade do adolescente sobre o ato infracional cometido, cobrada através


de sua responsabilidade com o cumprimento da medida (de caráter formal e objetivo);

2. A responsabilidade do adolescente com sua vida e seu projeto de vida (de caráter
pedagógico e subjetivo);

3. A responsabilidade dos operadores do sistema sobre as ações que vão incidir não só
sobre o adolescente, mas também sobre as vitimas e a comunidade.

Em relação ao primeiro nível de responsabilidade cumpre destacar que trabalhar, com


os adolescentes, como eles se sentem em relação ao ato que cometeram é um questionamento
importante para o processo de responsabilização.

No segundo nível, é muito importante salientar que na execução das medidas é muito
importante a diferenciação entre a medida socioeducativa (enquanto processo) e o objetivo da
medida socioeducativa (enquanto transformação do projeto de vida do adolescente): muitas
vezes a medida vai ser cumprida objetivamente (p.ex., com a prestação a contento do Serviço
à Comunidade) sem que, com isso, se alcance o objetivo da medida (transformação subjetiva
do adolescente).

O Modelo de Gestão, portanto, deve se preocupar em estabelecer uma cadeia de


procedimentos que permita, ao máximo, a instituição de uma intervenção transformadora, o
que pode ser obtido através do enfoque restaurativo. Em outras palavras, a pergunta a ser feita
é “Como integrar o cumprimento da medida como o cumprimento do objetivo da medida?”

Ainda neste nível de responsabilidade, um alerta importante, segundo Victor Herrero, é


que embora se relacionem, o Modelo de Gestão (que define como a medida será
objetivamente gerenciada) não se confunde com o Modelo de Intervenção (que define como
a medida irá intervir subjetivamente junto ao adolescente, ou seja, na transformação de sua
conduta), tema que será aprofundado posteriormente. Por ora, é importante compreender que
o processo de responsabilização deve ser pedagógico desde sua “porta de entrada”, em âmbito
policial, e que é necessário respeitar os limites determinados nas sentenças, ou seja, os

8
profissionais da execução socioeducativa, não podem estender medidas e restringir mais
direitos em busca da “resignação” ou “transformação” de um indivíduo.

Quanto ao terceiro nível, o alerta é de que trabalhar em uma abordagem restaurativa nos
exige um conjunto de responsabilidades nossas enquanto Rede de Apoio, para que o Sistema
funciona corretamente em todos os passos desse processo. Nesse sentido, precisamos ser
muito técnicos e muito profissionais, pois se vamos exigir responsabilidade dos adolescentes
eles também nos vão exigir a nossa responsabilidade.

É preciso lembrar, ainda, que o Sistema Socioeducativo brasileiro possui um caráter


duplo, possuindo, ao mesmo tempo, um caráter socioassistencial e um caráter jurídico-
judicial. O Modelo de Gestão deve cuidar, portanto, em clarificar essa natureza dúplice dos
atores do Sistema.

4.1.2. Conceitos Básicos


O estabelecimento de um Modelo de Gestão inicia-se, obrigatoriamente, pelo
nivelamento conceitual entre os diversos atores do Sistema Socioeducativo, o que permite o
compromisso de responsabilização de todos os atores e a clareza de informações diante do
adolescente a fim de esclarecer o cumprimento da medida.

Desta maneira, coletivamente, os atores do Sistema Socioeducativo devem identificar os


conceitos mais importantes presentes nos seus cotidianos e rotinas, estabelecendo um
significado comum para cada um deles. Entre os conceitos possíveis para este nivelamento
estão: responsabilidade, responsabilização, remissão e reincidência.

Do ponto de vista do Enfoque Restaurativo, os conceitos importantes a serem definidos


(e algumas reflexões acerca deles) são :

A) VÍTIMA :
O conceito de vítimas é muito complexo, há vítimas de atos com ou sem violência,
diretas e indiretas, etc, de forma que vítimas diferentes reagem de forma diversa aos atos
infracionais. Sendo assim, a vítima não é somente a pessoa alvo do delito, mas todos os
sujeitos que sofrem, ainda que indiretamente, as consequencias daquele ato infracional ou
violência. A família da vítima ou do ofensor também podem ser consideradas vítimas, assim
como atores coletivos, tais como associações de vítimas ou mesmo o coletivo da comunidade.

9
Por esta lógica, o próprio agressor também pode ser vítima (do sistema social, das agressões
institucionais, etc).

O facilitador ilustrou a importância deste conceito com um exemplo da sua prática: na


realidade da Espanha existem Serviços no Judiciário especializados em ouvir as vítimas e
uma rede de serviços públicos que às atendem, assim, existe todo um atendimento de atenção
às vítimas. Outro exemplo trazido pelo facilitador diz respeito à a realidade da Colômbia:
quando se inicia a responsabilização por ato infracional, simultaneamente a um processo
penal tendo um adolescente como réu é aberto um outro processo, de reestabelecimento de
direitos. Como o adolescente em conflito com a lei também é vítima de um conjunto de
questões, a MSE tem que ter este duplo foco de responsabilização e restituição. Quando se
entende a violência a partir de uma perspectiva ecológica (Modelo Ecológico da Violência)
pode-se compreender todas as nuances do conceito de vítima.

Tal conceito é especialmente importante no Enfoque Restaurativo porque um dos


principais objetivos da Justiça Restaurativa é atender aos interesses legítimos das vítimas,
partindo do pressuposto que, diante das diferentes reações, alguns interesses podem ser até
compreensíveis, mas não são legítimos, tais como o desejo de vingança. O processo penal
com aplicação de penas nem sempre é o melhor caminho quando o objetivo é interromper o
ciclo da violência, em muitos casos é possível pensar que alguma mediação poderia ter sido
mais efetiva pedagogicamente para resolução do conflito.

Para promover atenção às vítimas, um dos aspectos a considerar dentro de um Modelo


de Gestão é a necessária noção de articulação sistêmica no sentido de gerir os gastos e
reorganização dos serviços. Na noção de justiça atual, não existe um olhar voltado ao cuidado
com a vítima, que aparece no processo de responsabilização como fonte de informações
(testemunha). O Ministério Público, inclusive, atua institucionalmente, representando os
interesses da sociedade em geral, e não das necessidades individuais geradas na vítima em
decorrência do ato infracional. Os procedimentos previstos no Modelo de Gestão que se
pretenda restaurativo, portanto, precisam prever de que forma, direta ou indireta, a execução
da medida irá cuidar dos interesses da vítima. Nesse sentido, é preciso uma rediscussão das
redes de vínculos, fortalecimento das famílias como redes primárias e reorganização,
ressignificação das redes de atendimento.

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B) COMUNIDADE:

A comunidade é o espaço complexo onde vamos encontrar as respostas para as


dificuldades dos adolescentes e onde podemos articular as potencialidades para manter o
vínculo dos adolescentes com a comunidade. No Enfoque Restaurativo, a comunidade tem um
papel protagônico na definição das responsabização do adolescente, partindo da compreensão
que o vínculo entre adolescente e comunidade reforçam o sentido de responsabilidade da
medida.

O facilitador ressaltou que, dentro de um Modelo de Gestão de Medidas


Socioeducativas, ou alternativas à privação de liberdade para adultos, esse papel protagônico
da comunidade se concretiza por meio de processos de articulação. Ou seja, no modelo com
enfoque restaurativo, a comunidade é o espaço em que os serviços de execução identificam os
recursos a serem articulados para garantir o cumprimento da medida socioeducativa, bem
como os direitos do adolescente. O papel do serviço de execução é identificar os recursos
comunitários, articulá-los e decidir, na elaboração do Plano Individual de Atendimento de
cada adolescente que recursos devem ser acionados como critério de cumprimento da medida
e quais são definidos como garantia de direitos.

C) ENFOQUE RESTAURATIVO:
Com base nos aspectos apontados anteriormente, o Enfoque Restaurativo no
atendimento socioeducativo se concretiza através de um Modelo de Gestão que busque
atender aos interesses legítimos das vitimas, responsabilizando o adolescente através da
articulação com a comunidade, segundo os princípios da Justiça Juvenil Restaurativa. Ou seja,
mais do que a utilização das técnicas, o enfoque restaurativo compreende a criação de
procedimentos e orientações norteadas pelo paradigma restaurativo.

D) REPARAÇÃO DE DANO:

Tal qual o conceito de vítima, o conceito de reparação de dano também possui sua
multiplicidade, na medida em que exige que o Modelo de Gestão esteja atento à forma de
atender as possibilidades diversas da reparação. A reparação de dano, se bem feita, pode

11
atender, de uma só vez, a necessidade legítima da vítima (direta e/ou indireta) e ao processo
pedagógico junto ao adolescente autor do ato infracional.

Para o facilitador, vale salientar que, embora a Reparação de Dano exista isoladamente,
como medida autônoma prevista no Estatuto da Criança e do Adolescente, com execução e
monitoramento realizados pelo Poder Judiciário, a reparação, enquanto conceito dentro do
enfoque restaurativo, pode ser transversal a todas as medidas.

O enfoque restaurativo não está apenas em realizar acordos reparatórios. É necessário


dirigir um olhar restaurativo, às vítimas o que implica reconhecer que, nem sempre, a vítima
deseja uma reparação. Muitas vezes a vítima não quer se defrontar com o adolescente, não
deseja a reparação. Mas é importante salientar que a vítima não é “sempre a mesma” durante
o processo, que ela pode mudar seu modo de perceber: a mesma vítima que, em dado
momento, não estava disposta a aceitar a reparação pode, em outro momento, aceitá-la. Além
disso, cabe lembrar que a Justiça Restaurativa pretende atender aos interesses legítimos das
vítimas. Queimar o agressor, pior exemplo, não é um interesse legítimo. Outra questão em
relação ao olhar reparador é que sempre existe a possibilidade de uma reparação indireta. A
PSC pode ser vista como uma reparação indireta à sociedade em relação a um ato praticado.

Durante o Workshop, nas reflexões apresentadas entre os participantes, surgiu o debate


acerca do próprio conceito de socioeducação pelo que discutiu-se, também, a natureza penal
do atendimento socioeducativo. Em sua natureza, o Direito Penal surge para limitar o poder
do estado, porém hoje estamos diante da possibilidade de retrocessos no sistema penal, uma
vez que o Brasil parece não compreender a natureza da responsabilização penal do Sistema
Socioeducativo, relacionado ao indivíduo a partir dos doze anos de idade. O estado exerce a
prática da coerção sobre a violência e o ato infracional cometido pelos adolescentes, o que
ocorre de fato no Estatuto da Criança e do Adolescente, mas que a sociedade não percebe,
“iludida” pela lógica da impunidade.

Segundo os participantes, atualmente o enfoque é muito punitivo sobre os adolescentes


e por muitas vezes de forma mais severa que em âmbito dos adultos, mas falar sobre sistema
penal de adolescentes (uma terminologia muito debatida em âmbito do sistema de justiça
juvenil em Porto Alegre) não ecoou em nossa sociedade, nem mesmo nos atores do sistema de
justiça juvenil e o resultado disse é que atualmente vê-se a compreensão da sociedade de que
as medidas socioeducativas não responsabilizam o adolescente e daí este forte movimento
pelo rebaixamento da idade penal.
12
E) SOBRE RESPONSABILIDADE
Resgatando o debate já realizado no primeiro dia do Workshop, a ireia de
responsabilidade estabelecida em três níveis distintos foi retomada, desta vez, identificada
como a Responsabilidade Penal, Responsabilidade do adolescente e Responsabilidade dos
operadores do sistema.

 Responsabilidade penal (responsabilidade sobre o ato infracional): é marcada pela


sentença, é a definição da sanção penal aplicada diante do fato.

 Responsabilidade do adolescente (responsabilidade sobre sua vida e projeto de


vida): é o processo educativo de responsabilização, trabalhando aspectos que levaram
à prática do ato infracional e trabalhando a empatia do adolescente em relação à vítima
e às consequências do seu ato. Responsabilidade, neste nível, é um conceito
pedagógico, terapêutico e de mudança pessoal.

 Responsabilidade dos operadores do sistema: como operadores do sistema, temos


uma responsabilidade que precisamos assumir. Trata-se de uma responsabilidade
pessoal e profissional, que envolve identificar o nosso papel no sistema, em cada uma
de suas etapas (se na gestão, na organização ou na intervenção). Essa responsabilidade
dos operadores do sistema envolve, também, pensar nas possíveis vítimas que
existirão caso não façamos o nosso trabalho.

13
4.2 SEGUNDO DIA: 28.05

4.2 1. Modelos de Gestão, Organização e Intervenção


No segundo dia, o facilitador iniciou o Workshop lembrando que a gestão das medidas
socioeducativas permeia três conceitos centrais: GESTÃO, ORGANIZAÇÃO e
INTERVENÇÃO. Uma coisa é gestar uma MSE, outra coisa é intervir. Há papéis muito
diferentes, mas temos que ter uma confluência de objetivos. O Modelo de Gestão,
necessariamente, deve ser o primeiro modelo a ser discutido quando da regulamentação de um
serviço de atendimento socioeducativo. Entretanto, não é a única ferramenta de
regulamentação deste sistema, coexistindo com os outros dois modelos que dele dependem e
com os quais se relaciona.

O Modelo de Gestão estabelece a lógica de execução da medida, como por exemplo, se


ela deve seguir um enfoque retributivo ou um enfoque restaurativo, se ocorre por meio do
atendimento direto ou da articulação com os recursos comunitários e, a partir daí, define os
fluxos de procedimentos e instrumentos de gestão que serão adotados no serviço. Tem a ver
com conhecer o material humano com o qual se está trabalhando. Quando se pensa em
Modelo de Gestão, deve-se diferenciar dois níveis : (1) a gestão do serviço, ou seja, da
política pública de atendimento socioeducativo, as instituições envolvidas, fluxos de
comunicação, papéis dos técnicos e parceiros e (2) a gestão de cada medida, ou seja, o
planejamento e monitoramento das atividades a serem realizadas pelo adolescente, cuja
grande ferramenta é o Plano Individual de Atendimento.

O Modelo de Organização define, dentro do Modelo de Gestão escolhido, os


diferentes papéis dos diferentes atores (institucionais e individuais), identifica recursos,
estabelece organogramas administrativos e funcionais, a quantidade e qualidade dos
profissionais necessários, etc., de forma que Modelos de Gestão diferentes, necessariamente,
exigirão Modelos de Organização diferentes. O Modelo de Organização trata da rotina
administrativa que faze ponte entre a gestão e a intervenção, e que permite o bom
funcionamento do Serviço. A organização é decorrência da gestão e dos objetivos da
intervenção.

O Modelo de Intervenção diz respeito a toda intervenção direta junto ao adolescente,


dizendo respeito às metodologias e técnicas a serem utilizadas no sentido de garantir que os
procedimentos estabelecidos no Modelo de Gestão sejam desenvolvidos de forma a alcançar

14
os objetivos da medida socioeducativa. Uma preocupação especial no Modelo de Intervenção,
que pode terminar por ter reflexos no Modelo de Gestão (do ponto de vista de exigir
modificações) é a da abordagem de gênero, ou seja, diferentes intervenções a serem tomadas
em se tratando de adolescentes homens ou mulheres, segundo as especifidades de cada gênero
(como tratar adolescentes grávidas, por exemplo, ou dos motivos que levam mulheres a
cometer atos infracionais; distintos, em sua maioria, dos motivos do público masculino). A
saúde mental deve ser outra preocupação importante.

Claro está que, embora diferentes, os três modelos supracitados interdependem um do


outro, articulando-se de forma a garantir o correto funcionamento do sistema socioeducativo.
Melhorando nossa gestão, podemos identificar que material humano estamos trabalhando que
logicamente apoia também na intervenção. Para isso, é importante fazer a separação entre
gestionar a medida, intervir e organizá-la bem.

4.2.2 Instrumentos de Gestão das Medidas


Instrumentos de Gestão são as ferramentas utilizadas pela equipe responsável pela
execução das medidas socioeducativas com o objetivo de monitorar e supervisionar a
execução da medida de cada adolescente. Alguns dos instrumentos de gestão explorados no
Workshop foram:

 Citações: são instrumentos de convocação dos adolescentes para comparecimento


presencial à unidade de execução da medida socioeducativa ou a algum outro recurso
comunitário articulado para a execução da medida. As citações devem ser entregues
por canal oficial, com registro físico do recebimento ou não, e devolvidas à unidade de
execução. Uma possibilidade é articular a polícia para tanto ou, ainda, por oficiais de
justiça do Poder Judiciário.

 Coordenador da medida: é o profissional da equipe que a representa


institucionalmente, sendo responsável por toda a comunicação oficial com outros
atores do Sistema Socioeducativo, sobretudo, com os atores do Sistema de Justiça.
Outra função importante do coordenador da medida é de concentrar, em si, o “peso”
da palavra final nos aspectos disciplinares, de forma que o técnico possa intervir com
segurança sem romper os vínculos estabelecidos com o adolescente em face da
necessidade de cobrança de responsabilidades.

15
 Plano Individual de Atendimento (PIA): instrumento de planejamento e gestão de
cada medida individual, tem papel central no Modelo de Gestão, uma vez que é
através do PIA que se registra, para cada adolescente, os critérios individualizados de
cumprimento da medida, de acordo com os limites da sentença judicial, bem como
prevê as medidas de garantia de direitos. No PIA são estabelecidos, objetivamente, os
compromisos da família e instituições que especificam a responsabilidade de ambos
em seu compromisso com a medida mas, sobretudo, os critérios de cumprimento para
o adolescente.

 Visita domiciliar: é uma técnica de atendimento não é para citar o adolescente. Tem
objetivo bem concreto de permitir ao técnico conhecer o contexto e a realidade dos
adolescentes para obter ou confirmar dados que vão ser importantes para os relatórios
dos técnicos ou pra o planejamento da medida.

 Relatórios dos Recursos comunitários: são os relatórios elaborados pelas instituições


e atores comunitários que possuem contato prévio com o adolescente (antes da
imposição da medida) para fornecer subsídios para elaboração do PIA, ou ainda, com
as instituições e atores comunitários que acompanham o adolescente em virtude da
execução da medida, de acordo com a previsão do PIA, para fornecer subsídios para a
elaboração dos Relatórios Técnicos e de Supervisão.

 Relatórios Técnicos: são os relatórios elaborados pelos técnicos de execução das


medidas, de acordo com sua qualificação profissional, com base tanto nos relatórios
dos Recursos Comunitários quanto nas outras ferramentas de gestão (atendimentos
individuais, visitas domiciliares, etc). Relatórios Técnicos servem para subsidiar os
Relatórios de Supervisão.

 Relatórios de Supervisão: de responsabilidade do coordenador da medida, são os


relatórios que comunicam ao Poder Judiciário acerca do progresso da execução da
medida. Podem ser relatórios de cumprimento, descumprimento, circunstanciais, de
solicitação de encerramento, de acompanhamento especial, etc.

Todos esses procedimentos devem estar descritos e orientados por escrito,


caracterizando o modelo de gestão.

16
4.3 TERCEIRO DIA: 29.05

4.3.1 Revisão dos Principais Pontos


O facilitador recapitulou os pontos centrais referentes a um modelo de gestão,
destancando os emelentos centrais de aprendizagem, antes de convidar o grupo para, a partir
das reflexões trabalhadas nos últimos dias, começar a pensar alguns pontos do que poderia vir
a ser um Modelo de Gestão para os três municípios envolvidos no workshop.

Para tanto, utilizou o Modelo de Gestão atualmente sendo construído no município de


Fortaleza-CE, com vistas a ilustrar o modelo com a experiência prática. Uma cópia desse
modelo foi entregue a cada um dos três grupos formados para as atividades de construção
coletiva. Sendo assim, partiu-se do seguinte fluxo de procedimentos:

SENTENÇA

ACOLHIDA (SERVIÇO DE MSE )

COMPARECEU NÃO COMPARECEU (NC)


↓ ↓
ELABORAÇÃO DO PIA PROVISÓRIO 1° BUSCA DO SERVIÇO (se NC)
↓ ↓

ELABORAÇÃO DO PIA DEFINITIVO 2° BUSCA DO SERVIÇO (se NC)


↓ ↓
CORRESPONDÊNCIA: INFORMANDO
INTERVENÇÃO E INFORMES QUE SERÁ DADA CIÊNCIA AO
JUIZ

Sobre cada um dos elementos do fluxo acima foi colocado o que segue:

1. Sentença: A execução penal é uma atividade de natureza mista (ato jurisdicional e ato
administrativo). A EXECUÇÃO da MSE foi a grande esquecida do sistema penal.
Fazemos boas leis, fazemos boas sentenças, acreditando que acaba ali. Na verdade, a
sentença não é o Fim, mas o Início do processo. Na sentença, o trabalho está apenas
começando. Uma sentença é muito mais que um ato jurídico. Uma sentença determina
duas coisas: (1) que direitos serão restringidos e (2) quais são os objetivos da
Medida Socioeducativa aplicada.

Os objetivos da MSE vão para além da sentença, pois envolvem trabalhar para que

17
não haja outras violações no decorrer da execução. Trabalhamos com prevenção
secundária (reabilitação perante o ato cometido) e terciária (prevenindo que haja
novas vítimas futuras).

Historicamente, os objetivos das MSE foram norteados por três visões: uma visão
Punitiva, uma visão Reabilitadora e uma visão Restaurativa. Um visão restaurativa,
como já dito, envolve contemplar os interesses legítimos das vítimas e envolve um
olhar reparador, direta ou indiretamente.

Importante: Na Espanha, na fase inicial de recepção da sentença, atos que geraram


uma hipótese de sociopatia chegam ao serviço com uma avaliação do perito médico
forense apensa à sentença.

2. Acolhida: a Acolhida no Serviço de MSE, em Fortaleza, ocorre em grupo. Jovens e


pais/responsáveis são atendidos simultaneamente, em dois diferentes grupos, nos quais
são instruídos sobre a natureza, objetivo e procedimentos das medidas de Liberdade
Assistida e de Prestação de Serviços à Comunidade.

3. Adolescentes comparecidos: quando o adolescente comparece, é elaborado um PIA


preliminar, que deve ser entregue em 15 dias ao JIJ. Analisadas as necessidades do
adolescente (demandas de saúde, educacionais, de integração social) o mesmo é
encaminhado aos locais da rede de atendimento. O Serviço pode se pensar como o
“princípio e fim da Medida”, ou pode funcionar de maneira integrada à rede,
contando, EFETIVAMENTE com a parceria de outros setores para o
ACOMPANHAMENTO quando fosse o caso. O exemplo dado foi o caso de um
adolescente dependente químico.

4. PIA Preliminar: O PIA PRELIMINAR do adolescente concluiria que o tratamento da


dependência química seria a primeira providência a ser tomada (e a mais importante
de toda a execução). O Serviço de saúde correspondente também avaliaria o
adolescente, enviando inclusive um informe (avaliação escrita) das necessidades
terapêuticas do mesmo (modalidades de intervenção, frequência ao serviço,
diagnóstico, prognóstico, medicações). Essa avaliação subsidiará o PIA definitivo e
estará apensa a ele.

18
5. PIA Definitivo: O PIA DEFINITIVO, com a análise diagnóstica do CREAS e do
Serviço de Saúde, bem como de outros para os quais o PIA preliminar encaminhou o
jovem é entregue ao JIJ três meses após a acolhida do jovem no CREAS. O PIA não é
apenas um compromisso do adolescente. É também um compromisso familiar e
institucional. Esse PIA pormenorizado é o instrumento de gestão chave, o grande guia
da execução, o seguimento e o controle perante o juiz.

6. Intervenção e informes periódicos: A solicitação de informes é a FERRAMENTA


BÁSICA DE ACOMPANHAMENTO DO MEIO ABERTO. Ou seja, no exemplo
anterior: Uma vez encaminhado para o serviço de saúde correspondente, o CREAS
não continuaria atendendo o adolescente semanalmente, o atendimento seria do
serviço de saúde. Sabedor de que se trataria de encaminhamento judicial, o serviço de
saúde produziria informes periódicos ao CREAS dando conta da evolução do
tratamento. Seria a partir desses informes e a partir dos retornos de outros
encaminhamentos (da educação, da cultura, e de outras análises prévias que realizou
sobre o caso) que o CREAS emitiria os relatórios, anexando, inclusive, os informes
que obteve junto a outros serviços da rede para embasar-se. Os documentos
constariam de uma folha de rosto, assinada pelo Coordenador da Unidade (CREAS),
um apanhado geral com conclusões a partir dos informes, assinado pelo técnico de
MSE e os informes recebidos pelo CREAS, em anexo. As ações que compreendem a
intervenção propriamente dita são as entrevistas, as visitas domiciliares, a solicitação
de informes aos demais serviços e a elaboração de informes para o juiz.

Na intervenção, como já salientado, há que fazer uma opção metodológica:


a) Podemos crer que “tudo começa e termina em nós” e que somos o
princípio e o fim da MSE ou
b) Podemos crer que somos articuladores.

Assim, há que se fazer a pergunta: Meu papel é intervir ou meu papel é articular, fazer
encaminhamentos e monitorar?

7. Adolescentes NÃO comparecidos: IMPORTANTE: Visita domiciliar NÃO É


instrumento de Busca Ativa ou de entrega de convocações, visita domiciliar tem que

19
ter um objetivo, não deve ser usada para outros fins. Na Espanha, os adolescentes que
não compareceram à acolhida são CONVOCADOS através do chefe do Serviço de
MSE, via correspondência ou telefonema. A correspondência é assinada somente pelo
coordenador do CREAS. São feitas duas buscas dessa forma. Caso, ainda assim, o
adolescente não compareça, é enviada uma terceira convocação por escrito,
informando que será dada ciência ao juiz.

4.3.2 Produções Coletivas do Grupo

No último dia do Workshop os participantes foram divididos em subgrupos e foram


orientados a que partindo de suas realidades locais explorassem as possibilidades de
construção de um Modelo de Gestão de medidas socioeducativas ou alternativas à privação de
liberdade com base em um enfoque restaurativo.

Para isso, foram criados três grupos temáticos: Conceitos norteadores, ferramentas de
gestão e fluxos de procedimentos sobre os quais os respectivos grupos temáticos abordariam
os pontos relevantes necessários para revisão e implantação de um modelo de gestão nos
municípios. Ao final, os grupos apresentaram os debates construídos internamente.

Em síntese, o primeiro grupo trabalhou o tema “conceitos norteadores”, considerando


ser necessário que na perspectiva de implantar um modelo de gestão, os seguintes temas são
fundamentais:

 Medida socioeducativa: por eles compreendida como sanção penal como


consequência ao reconhecimento judicial do cometimento de crime ou contravenção
penal, com as garantias constitucionais e processuais de modo a limitar a ação do
estado na liberdade do sujeito (natureza jurídica) e com os objetivos de desaprovação,
integração social e responsabilização.

 Responsabilização penal: poder estatal juridicamente limitado de submissão coercitiva


do sujeito à provação ou restrição de direitos, especialmente a liberdade, por
consequência de infração à lei penal

 Responsabilidade: processo subjetivo e empático de assumir a participação ilícita e


suas consequências sociais, jurídicas e pessoais, aderindo a possibilidade de reparação
de seus atos.

20
 Outros conceitos são considerados pelo grupo como importante de serem definidos:
programas x serviços (SUAS e SINASE); o que é descumprimento, o conceito de
autoridade, reparação (dano), vitima, comunidade, monitoramento/ atendimento/
acompanhamento/ intervenção, controle, objetivo da medida socioeducativa e
articulação interinstitucional e co-responsabilidade entre as políticas setoriais e co-
responsabilidade da comunidade e família e conceito de matricialidade. Território.
Importante também identificar o que já está pactuado mas que não está registrado;

O grupo que trabalhou o tema referente às ferramentas de gestão, destacou em seus


debates os seguintes aspectos como estruturantes ferramentas para a gestão das
medidas socioeducativas:

 Serviços: protocolos e fluxos inter setoriais; regime mensal de


atendimento; senso Sistema único de assistência social (SUAS); fluxo
das medidas socioeducativas; de monitoramento das entidades que
recebem os adolescentes para Prestação de Serviço à Comunidade
(PSC); ferramentas de acompanhamento. Sinteticamente, consideraram
ser importante detalhar em um manual de gestão das medidas
socioeducativas sobre:

 Gestão do sistema socioeducativo: plano municipal de atendimento


socioeducativo; consleho gestor/comissão intersectorial. É importante
pensar no conceito de gestão do sistema para correlacionar ao conceito
de responsabilização dos atores do sistema

 Gestão do serviço socioeducativo: protocolos intersectoriais e fluxos


com educação e com serviços de saúde, cultura, exporte/lazer etc.

 Reuniões periódicas de articulação com a rede comunitária (intersetorial


e socioassistencial)

 RMA (regime mensal de atendimento): com maior controle da


sistematização dos dados de atendimento

 Censo SUAS que subsidia as ações dos CREAS

 Fluxo das MSE (ajustes dos fluxos de atendimento)

21
 Monitoramento das entidades socioassistenciais que atuam em
colaboração com os CREAS, por exemplo

 Gestão de medida = acompanhamento do atendimento

Por sua vez, o grupo que trabalhou com o fluxo das medidas socioeducativas fez um
mapeamento dos serviços existentes nos municípios, partindo do contexto de Porto Alegre
para depois identificar o que havia de necessidade e dificuldades referentes ao fluxo de
atendimento.

Em síntese, os principais pontos levantados por este grupo referente à implantação de


um modelo de gestão integrado foram:

 A importância do fortalecimento do projeto referente ao Centro integrado de


justiça instantânea. Qualquer situação que envolve o ato infracional, a “porta de
entrada” é a delegacia que fica no centro integrado, seguindo para Defensoria
Pública, Ministério Público, Juizado da infância e há necessidade de fortalecer a
comunicação e o fluxo existente entre estes atores;

 Atualmente é a partir da justiça instantânea que o fluxo vem sendo estabelecido


quanto as medidas socioeducativas (isto é, a partir do judiciário se define a
execução das medidas em meio aberto ou fechado) e considera-se que a Justiça
Restaurativa pode ser executada em qualquer etapa (pre processual ou
processual) a partir da justiça instantânea;

 Há necessidade de refletir os papeis e procedimentos adotados dos que hoje


estão implantados, identificando também o que se necessita criar;

 O mapeamento de fluxo junto ao judiciário não dialoga com os outros


equipamentos anteriores ao judiciário, que não estão previstas em um fluxo
completo;

 Um aspecto fundamental é a necessidade de fortalecimento da sincronização


entre o judiciário e a rede de serviços, com técnicos de referência suficientes
para garantir esta articulação;

22
 É preciso também refletir sobre o tempo desde quando o adolescente é
apreendido e o tempo de execução de todo o processo; existindo uma
discrepância enorme entre esse tempo;

 Na revisão dos fluxos atualmente estabelecidos precisa ser perguntado quais são
os passos a serem executados, para que serve, quem tem o que fazer o quê e por
que; definindo conceitos e papeis. Há necessidade de ser melhor orientado
quanto aos procedimentos e quem é responsável para intervir quando o
adolescente não cumpre a medida (referindo-se a figura do coordenador da
medida apresentado por Victor Herrero).

5. AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM E ENCAMINHAMENTOS.


No final do encontro, algumas questões centrais são abordadas pelos participantes como
pontos chave de sua aprendizagem e reflexão durante os três dias do workshop e perspectivas.
Destacaram:
 Há necessidade de ampliar a discussão conceitual para o âmbito nacional, inclusive via
coordenação nacional do SINASE.
 No âmbito do Ministério do Desenvolvimento Social será proposto uma consultoria
sobre fluxo, protocolo e PIA e discutir isto entre gestores tripartites;
 Reexaminar o que foi feito (em âmbito do CREAS) e definir em que ponto estão para
direcionar os ajustes e revisões necessários. Há necessidade de alinhamento
conceitual, mas inserir estas reflexões em outras políticas públicas e comprometê-las;

 O que foi visto no workshop requer revisão de procedimentos tanto a nível interno
(entre os municípios como em âmbito nacional) e que podem ocorrer ao mesmo
tempo, haja vista a presença no workshop da Coordenação do SINASE e do MDS.
Entretanto há necessidade de se pautar a temática do modelo de gestão para os
gestores e técnicos dos espaços de atuação com vistas a por em prática as orientações
propostas no workshop;

 Alinhar as questões no workshop refletidas com o plano municipal de atendimento


socioeducativo. Há necessidade de alinhamento conceitual; há questões que precisam
ser melhor discutidas e entendidas para que não se pare aqui (referindo-se ao
gerenciamento das medidas, o fluxo etc);

23
 A implantação de um modelo de gestão poder-se-ia começar por um piloto, pelos
municípios e não em âmbito nacional, pois há pontos que geram dúvidas e, por isso,
com um piloto se poderia trabalhar melhor os conceitos, os fluxos, os procedimentos
enfim o modo de gestão das medidas socioeducativas;

 O fato de no workshop ter focado as três experiências municipais, se poderia


estabelecer espaço de diálogo para criar entre eles um alinhamento comum,
respeitando as especificidades dos contextos municipais.

 Quanto a execução penal: do ponto de vista técnico foi muito rico a experiência de
trocar conhecimento com os profissionais que atuam em âmbito do sistema juvenil.
Teria que se refletir a possibilidade de seguirem juntos com o sistema de justiça
juvenil ou em separados; mas é rico trabalhar juntos em alguns momentos pelo fato de
que no sistema de justiça juvenil tem um atendimento humanizado e o direito penal
tem uma visão garantista. Reforçou-se que quando se fala de sistema penal de
adolescentes não é de punição, mas de que se compreenda que o processo
socioeducativo é de responsabilização.

 A parceria estabelecida entre sociedade civil, através da presença da Terre des


hommes, o sistema de justiça juvenil e a assistência social que se vivenciou durante
estes três dias, mostra uma nova proposta que deve ser fortalecida quando se pensa em
um modelo de gestão e também de execução das medidas socioeducativas;

 O coordenador do SINASE cedeu o espaço da plataforma virtual da escola nacional do


SINASE (e que já encontra-se em funcionamento) com fins de que este grupo avance
nos debates e estratégias de construção do modelo de gestão. Isto poderia se dar
imediatamente. Para isto foi proposto que Tdh atuasse como animadora do grupo.

24
ANEXO: Programa do workshop
Data 27, 28 e 29 de Maio de 2015

Carga horária 24h. Manhã: 8h às 12h Tarde: 13:30h às 17h

Total de 25 atores estratégicos, entre Juízes, Promotores, Defensores Públicos e técnicos judiciais.
participantes Representantes DEPEN, SDH e do MDS. Técnicos da assistência social das prefeituras de Porto
Alegre e Caxias do Sul e facilitadores.

Local: Escola da Associação de Juízes do Rio Grande do Sul. Endereço: Rua Celeste Gobbato, 81.
Bairro: Praia de Belas. Porto Alegre/RS
Objetivos  Dar subsídios conceituais e práticos para construção de procedimentos de gestão de medidas
socioeducativas em meio aberto e sua replicação em âmbito do sistema penal;
 Estabelecer critérios e instrumentos unificados para o acompanhamento e monitoramento
do atendimento socioeducativo não privativo de liberdade.

Conteúdo Dia 27/05/15


programático  Enfoque restaurativo e suas contribuições na gestão e execução das medidas
socioeducativas: A experiência de Terre des hommes na América Latina
 Diferenciação conceitual e metodológica sobre modelos de organização, gestão e
execução de medidas socioeducativas;
 Conceitos básicos do acompanhamento e controle das medidas não privativas de
liberdade;
 Reparação dos danos às vítimas e participação da comunidade
 Trabalhos em grupo: conceitos norteadores para o modelo de gestão local

28/05/15
 Elementos centrais no âmbito da gestão de controle das medidas socioeducativas:
Comunicação da decisão judicial; citações, apresentações; PIA, Plano de Cumprimento;
Tipos de Relatórios
 Elementos básicos no âmbito da gestão da intervenção junto aos adolescentes em
cumprimento de medida socioeducativa: entrevistas, visitas domiciliares, intervenções e
relatórios;
 Trabalhos em grupo: Inicio da construção do modelo de gestão com foco nos elementos
centrais de controle e intervenção.

29/05/15
 Estrutura do modelo de gestão (Fluxo, ferramentas, instituições intervenientes, aspectos
de monitoramento e controle).

 Trabalho em grupo: Plano de ação para finalização do modelo (metas, prazos e


responsáveis)

Metodologia Exposições audiovisuais; Realização de trabalhos em grupos; Debates sobre situações do


cotidiano.
Facilitador Victor Herrero Escrich: Especialista em modelo de gestão e execução de medidas
socioeducativas. Conselheiro técnico em Justiça Juvenil de Terre des hommes para América
Latina e Caribe
Realização Terre des hommes e AJURIS

Avaliação Preenchimento de fichas individuais

Certificado
Pelos organizadores do evento
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA

PROGRAMA JUSTIÇA RESTAURATIVA PARA O SÉCULO 21 
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

RELATÓRIO DE GESTÃO 2015
ANEXOS
PROJETO EXECUTIVO 05 
PROGRAMAÇÃO DE ENCERRAMENTO DAS ATIVIDADES DO ANO ‐ CELEBRAÇÃO DOS 10
ANOS DA JUSTIÇA RESTAURATIVA NO RS E NO BRASIL

1
CELEBRANDO
1 ANO DO PROGRAMA JUSTIÇA RESTAURATIVA PARA O SÉCULO 21
10 ANOS DE JUSTIÇA RESTAURATIVA NO RS
10 ANOS DE JUSTIÇA RESTAURATIVA NO BRASIL
BALANÇO E PERSPECTIVAS
ATIVIDADES DE ENCERRAMENTO DO ANO
Caros Colegas:

Dentro de poucas semanas ocorrerão as diversas atividades de


encerramento deste primeiro ano / ciclo do Programa Justiça Restaurativa
para o Século 21:

1) Celebrando 10 anos de Justiça Restaurativa no Brasil - Painel de


experiências e conferência do prof. Howard Zehr (23.11)
2) Oficina de Avaliação e Planejamento (24.11).
3) Formação Facilitadores Violência Doméstica metodologia Conferência
Grupo Familiar (24, 25 e 26)
4) Comitês Comunitários de Justiça Juvenil Restaurativa no Canadá Palestra
Pública (26.11)
5) Formação Facilitadores e Instrutores de Conferência Grupo Familiar -
Aplicações Diversas / Comitês Comunitários Justiça Juvenil (30.11, 01 a
04.12)

Seguem informações detalhadas, e especificação das providências a cargo de


cada um dos colegas e respectivas equipes.

Sugerimos uma leitura atenta e compartilhada com seus principais


colaboradores, para assegurar os necessários encaminhamentos.

Registro que tanto é possível pela generosidade de muitos colaboradores.


Dentre eles, destaco nossa gratidão:

 À AMB do colega João Ricardo dos Santos Costa, que está trazendo o
Zehr ao Brasil;
 À VEPMA do colega Luciano Losekan, que disponibilizou recursos para
subsidiar boa parte das atividades com os palestrantes internacionais.
 Ao Frei Luciano Bruxel, do CPCA - Centro de Promoção da Criança e do
Adolescente, parceiro histórico da JR em POA, cuja instituição estará
"ancorando" a parte pública dessas atividades.

4
 Ao Consulado do Canadá no Brasil, co-patrocinador das formações.
 À atual Administração do TJ, que bancou a Justiça Restaurativa como
política institucional.
 Às várias gestões da AJURIS e da Escola da AJURIS, que nos permitiram
chegar até aqui.

Dito isso, vamos lá. Em frente, firmes e fortes, nem um passo atrás, nem para
tomar impulso.

Grande abraço!

Leoberto

4
PROGRAMAÇÃO I
Celebrando 10 anos de Justiça Restaurativa no Brasil
Data - Dia 23 - Segunda

Horário das 14h a 21h

Local - PUC / Teatro do Prédio 40

Programa

12h30 - 13h30 - Credenciamento

13h30 - 14h30 - Abertura "Celebrando JR" - CPCA / JR21 / PUC

14h30 - 15h30 - Relatos Experiências ( 3 JIjs)

15h30 - 16h30 - Relatos Experiências ( 3 VECs)

16h30 - 17h30 - Relatos Experiências (3 CEJUSCs)

17h30 - 18h30 - Relatos Experiências (2 Maria Penha + 1 JECrim)

18h30 - 19h00 - Intervalo / retirada aparelhos tradução

19h00 – Solenidade Abertura da Conferência Howard Zehr

19h30 – Conferência Howard Zehr

Orientações e solicitações aos colegas:

 CONVOCAÇÃO - Nos próximos dias, os colegas receberão convocação


da CGJ. Será paga diária ressarcitória;
 ROTEIRO APRESENTAÇÕES Nos próximos dias também estaremos
remetendo um roteiro padrão para as apresentações.
 TEMPO Programar 15 a 20 minutos para cada apresentações;

4
 PESSOAL E INTRANSFERÍVEL Contamos com a presença de cada colega
para a apresentação, mesmo que o tempo seja compartilhado
com algum colaborador.
 RESERVA DE VAGAS Estamos reservando 10 vagas para cada Projeto
Piloto. Por favor indicar relação nominal definitiva dos participantes
até 13.11 - pelo mail jr21@tj.rs.gov.br
 INFORMATIVO ESPECIAL A imprensa do TJ estará editando um
Informativo Especial alusivo à JR. Haverá uma página para noticiar as
atividades de cada Projeto Piloto. Sugerimos preparar (a) uma frase /
parágrafo com impressões pessoais do Juiz sobre o respectivo projeto
(b) relato de um caso e (c) foco / direcionamento da implantação da JR
no piloto.
 ALEGRIA! Este é o nosso grande momento de celebração. Ajude na
divulgação. Motive seu pessoal e organize o grupo para comparecer.
Se puder, traga um banner ou faixa identificando sua equipe. Alegria
na torcida.

PROGRAMAÇÃO II
Formação Facilitadores Conferências de Grupo Familiar -
Violência Doméstica – com JJ Beauchamp & Mary Hicks
Data - Dias 24, 26 e 26 - terça a quinta
Horário das 9h as 12h / das 14h as 187h00
Local - Escola da AJURIS
Público - 10 facilitadores

Orientações e solicitações aos colegas:

4
 Apenas 10 vagas
 Tradução sucessiva (sem aparelhos)
 Pré-reservas / distribuição das vagas:
o 4 vagas (2 vagas para cada um) para os 2 pilotos Maria da
Penha-2015 (POA / Madgeli e NH / Andrea)
o 2 vagas para São Leopoldo (Michele - implantação 2016 )
o 1 vaga para o CEJUSC Pelotas (conforme solicitação Marcelo,
que já incluiu a VD no CEJUSC desde o planejamento do Curso)
o 3 vagas a definir – aguardando inscrições

 Inscrições com Ana Paula, jr21@tj.rs.gov.br. Reservas válidas até 13 de


novembro.

Os Juízes interessados podem participar como ouvintes (dias 25 e 26, pois


24 teremos a reunião de planejamento)

PROGRAMAÇÃO III

Oficina de Avaliação e Planejamento JR21 - Encontro


dos Juízes para o Século 21
Data - Dia 24 - terça
Horário das 8h30 as 12h / das 14h as 17h30
Local - Auditório do Forum II
Público - Juízes dos pilotos de 2015, juízes convidados para implantações
em 2016, colegas da CGJ

Facilitadoras: Cristiane Gantus (SP), Maristela Carrara (RJ), Beatriz


Ghersensom (RS).

Programa

4
8h30 - Abertura
9h00 a 11h – BALANÇO - Rodada de auto-avaliação (juízes líderes – 10
minutos cada piloto) abordando expectativas e resultados (a) quanto aos
respectivos projetos e (b) à coordenação do JR21, (c) aprendizagens
essenciais
11h a 12h - Comentários avaliativos pelas facilitadoras
12h - 14h - Intervalo
14h - 14h30 – Um ano do Programa Justiça Restaurativa para o Século 21
- Balanço e perspectivas de futuro - Leoberto
14h30 - 16h – PERSPECTIVAS - Propostas para 2016 (a) continuidade do
JR21 (b) continuidade dos pilotos (c) implantação de novos pilotos (d)
projetos especiais - desdobramentos dos pilotos

16h - 16h30 – Intervalo

16h30 - 17h30 – ENCAMINHAMENTOS Síntese das contribuições


recolhidas pelas facilitadoras / observadoras (material a ser recolhido
para posterior sistematização)

Orientações e solicitações aos colegas:

 Os juízes líderes 2015 serão os principais “conteudistas” da


avaliação e planejamento, que seguirá dinâmica participativa;
 Se possível, reflita com a equipe e traga de forma planejada suas
avaliações, propostas e demais contribuições.
 Os convidados para futuras implantações também estão chamados
para colaborar, mas sua presença tem por principal efeito mobilizar
adesões e criar envolvimento visando novas implantações para
2016.

PROGRAMAÇÃO IV

4
Conferência sobre os Comitês Comunitários de Justiça
Juvenil no Canadá - com JJ Beauchamp & Mary Hicks
Data - Dia 26 - quinta
Horário: 19h a 21h
Local - Escola da AJURIS - Auditório
Público - Núcleo JR da AJURIS (cadastro geral), facilitadores JR21, parceiros
da rede em geral (FASE, FASC, etc.)

Orientações e solicitações aos colegas:

 Participação e apoio na divulgação;

PROGRAMAÇÃO V
Semana da Paz em Casa - Justiça Restaurativa em casos
de Violência Doméstica no Canadá - com JJ Beauchamp
& Mary Hicks

Data - Dia 27 - sexta


Horário: a definir

Local – Auditório do Palácio da Justiça Público - Público do evento da Semana


da Paz em Casa

Orientações e solicitações aos colegas:

 Participação e apoio na divulgação;

PROGRAMAÇÃO VI

4
Formação Facilitadores e Instrutores para Conferências
de Grupo Familiar - com JJ Beauchamp & Mary Hicks

Data - Dias 30.11 a 04.12 (segunda a sexta)


Horário das 9h as 12h / das 14h as 187h00
Local - Escola da AJURIS
Público - 20 facilitadores
Objetivo - Formar facilitadores e instrutores em Conferências de Grupo
Familiar, para aplicações diversas áreas como Justiça Juvenil, Justiça
Criminal, Presídios, Comitês Comunitários

Orientações e solicitações aos colegas:

 Tradução sucessiva
 Apenas 20 vagas
 Pré-reservas / distribuição das vagas:
o 10 vagas para os pilotos (1 para cada Piloto, menos os de
Violência Doméstica)
o 5 para instrutores JR21
o 5 para juízes

 Inscrições com Ana Paula, jr21@tj.rs.gov.br. Reservas válidas até 13 de


novembro.

Contamos com o engajamento e participação de todos.

Abçs,
Leoberto

4
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA

PROGRAMA JUSTIÇA RESTAURATIVA PARA O SÉCULO 21 
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

RELATÓRIO DE GESTÃO 2015
ANEXOS
PROJETO EXECUTIVO 06 
 EXPANSÃO DA JUSTIÇA RESTAURATIVA NO PRESÍDIO CENTRAL DE PORTO ALEGRE

1
PROJETO EXECUTIVO 06  
EXPANSÃO DA JUSTIÇA RESTAURATIVA  
NO PRESÍDIO CENTRAL DE PORTO ALEGRE 
com foco no potencial impacto  
nos indicadores de violência  
da região metropolitana 
(Subsídios para uma elaboração colaborativa) 

 
 

      PROJETO  EXECUTIVO 06 

  O  presente  documento  refere‐se  ao  desenvolvimento  do  Programa  Justiça 


Restaurativa para o Século 21 – TJRS ( aprovado pelo eg. Conselho da Magistratura em 
sessão  de  21.10.2014,  Exp.  Admin.    Nº  0010‐14/003022‐8),  criado  para  o  fim  de 
“difundir,  de  implantar,  de  aprimorar  e  de  consolidar  a  Justiça  Restaurativa  no 
Primeiro Grau da Justiça Estadual”. 

  Em  particular,  o  projeto  executivo  ora  apresentado1  refere‐se  a  um 


desdobramento  do  Projeto  Piloto  de  Implantação  do  Programa  junto  à  2a  Vara  de 
Execuções  Criminais  da  Capital,  que  jurisdiciona  o  Presídio  Central  de  Porto  Alegre, 
liderada pelo magistrado Sidinei Brzuska, por solicitação de quem, e tendo em vista a 
relevância do impacto social da proposta, está sendo assumido também como afeto à 
Coordenação‐Geral do Programa.    

  Nesse sentido, o presente projeto visa a dar consecução, no âmbito da referida 
jurisdição, a dois dos objetivos específicos do Programa Justiça para o Século 21, que 
são  os  de  “Desenvolver  expertise  para  aplicação  das  práticas  restaurativas  em  áreas 
jurisdicionais  ainda  não  exploradas,  em  especial  na  violência  doméstica,  juizados 
especiais criminais e execuções penais”, bem como de “Apoiar a utilização do enfoque 
e  das  práticas  restaurativas  no  âmbito  de  políticas  e  serviços  a  cargo  do  poder 
executivo, notadamente nas áreas de segurança, assistência social, educação e saúde”.  

  O  Documento‐Base  do  Programa  Justiça  Restaurativa  para  o  Século  21  –  TJRS 


está disponível no site do TJRS2. 

PARTE I – REUNIÃO DIA 09.09.2015 ‐ ANOTAÇÕES PRELIMINARES 

                                                            
1
  Em razão da metodologia de planejamento colaborativo adotada, o que consta aqui e por ora são as 
anotações que deverão subsidiar a oportuna elaboração do projeto em si. 
2

  http://www.tjrs.jus.br/export/poder_judiciario/tribunal_de_justica/corregedoria_geral_da_just
ica/projetos/projetos/justica_sec_21/J21_TJRS_cor.pdf 

       4
 

  Uma reunião preparatória à elaboração da presente proposta foi realizada em 
09.09.2015,  no  CEJUSC  de  Porto  Alegre,  contando  com  representantes  da  2ª  VEC, 
Justiça 21, MP, SUSEPE, BM e Secretaria Estadual da Saúde. 

  As  sugestões  colhidas  nesse  encontro  foram  sistematizadas  no  conjunto  de 
lâminas copiadas a seguir – as quais foram apresentadas como ponto de partida e fio 
condutor da Oficina de Planejamento realizada em 28.09.2015. 

 
 

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PARTE II – OFICINA DE PLANEJAMENTO DIA 28.09.2015 ‐ SUBSÍDIOS PARA EXPANSÃO 
DA JUSTIÇA RESTAURATIVA NO PCPA 

  Memória de reunião realizada no dia 28.09.2015 para apresentação do Projeto 
de  Cooperação  entre  a  2ª  Vara  de  Execuções  Criminais  de  Porto  Alegre,  o  Programa 
Justiça  Restaurativa  para  o  Século  21  objetivando  a  implantação  das  Práticas 
Restaurativas,  no  Presídio  Central  de  Porto  Alegre  (PCPA)  aos  demais  parceiros 
institucionais,  com  a  presença  da  Direção  do  Departamento  Penitenciário  Nacional, 
(DEPEN)  do  Ministério  da  Justiça  (MJ).  Versão  consolidada  após  compartilhamento, 
revisão  e  absorção  de  sugestões.  Assessoria  da  reunião:  Cristiane  Gantus  Encinas  – 
Consultora. 

II.A – AGENDA COMPARTILHADA E DEFINIÇÕES SOBRE O CONTEÚDO DO PROJETO 

Título  Projeto de expansão da Justiça Restaurativa no Presídio 
Central de Porto Alegre com foco no potencial impacto nos 

       4
 

indicadores de violência da região metropolitana. 

Objetivos e  • Intensificar a aplicação do enfoque e de práticas 
Público Alvo  restaurativas,  objetivando alcançar a totalidade da população 
  de presos nos seguintes aspectos: 

• Práticas restaurativas coletivas (reflexão, diálogo) 

• Individuais (convivência entre presos, fortalecimento 
familiar, entre outras.) 

• Entre pavilhões e galerias 

• Entre familiares de presos (interno e externo) 

• Envolver a todos, progressivamente, num esforço de 
resolução não‐violenta de conflitos tanto em âmbito interno, 
quanto externo, buscando adesão a um desafio de 
autopreservação e consequente redução de confrontos 
violentos entre si, ou com relação a eventuais vítimas, quando 
se encontrem em liberdade.  

Local do Projeto  • Internamente, no Presídio Central de Porto Alegre. 

  • Externamente, abrangendo a área de competência do PCPA e 
partindo daí, incidir com foco nas regiões conflagradas pela 
violência, sobretudo 

homicídios.  

Forma de  • Plano de cooperação multi‐institucional
viabilização 

       4
 

Instituições  • SUSEPE 
convidadas a 
compor o projeto  • MINISTÉRIO PÚBLICO 

  • DEFENSORIA PÚBLICA 

• OAB 

• POLÍCIA CIVIL 

• BRIGADA MILITAR 

• INSTITUIÇÕES ACADÊMICAS 

• DEPEN (Departamento Penitenciário Nacional) 

• SENASP (Secretaria Nacional de Segurança Pública) 

• SRJ (Secretaria de Reforma do Judiciário)  

Possíveis fontes  Poder Judiciário (TJ pessoal CC e VEPMA)
de recursos 
MP (pessoal CC) 
 
SUSEPE (pessoal) 

DEPEN (investimentos e contratações do projeto) 

SENASP Secretária Nacional Regina Miki / Plano de redução de 
homicídios)  

Necessidades para  Recursos financeiros e de RH a serem levantados: 
a viabilização do 
projeto   

  Custeio da obra / equipamento das instalações 

       4
 

Disponibilização de um CC para coordenação geral 

Disponibilização de dois CCs para assessoria 

Secretaria 

Equipe de facilitadores (quadro da SUSEPE ou 
contratados?) 

Treinamentos: formação e supervisão continuada dos 
facilitadores 

Atividades complementares 

Consultoria em gestão dos processos e projetos incluindo 
assessoria para o planejamento, execução, 
acompanhamento dos planos de ação, implementação 
de melhorias necessárias além de ações específicas 
voltadas para a integração / motivação / 
monitoramento periódico da equipe e 
acompanhamento dos indicadores de desempenho do 
projeto.  

Próximos passos  • Organizar registros resultantes do encontro;

  • Compartilhar material apresentado na reunião e registros 
resultantes do encontro aos representantes das instituições 
participantes; 

• Participantes levam a proposta ao conhecimento das 
respectivas instituições / instâncias internas de maior 
hierarquia decisória. 

       4
 

• Com as informações sobre o projeto, articulam o consenso 
entre as instituições objetivando a celebração de um Protocolo 
Interinstitucional de Intenções 

• Celebra‐se o Protocolo Interinstitucional de Intenções 

• Finaliza‐se a elaboração e orçamentação do plano geral;  

 • Celebram‐se Termos de Parceria, ou Termos de Cooperação, 
ou Convênios, com objetivos específicos e para implementar 
ações determinadas. 

• Inicia‐se a execução conforme forem sendo disponibilizados 
os meios.  

II.B ‐ PESPECTIVAS PARA UMA COOPERAÇÃO INTERINSTITUCIONAL 

INSTITUIÇÃO  EXPECTATIVAS / RESPONSABILIDADE

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO RS – Programa  Iniciativa, apoio e articulação 
Justiça Restaurativa para o Século 21  institucional 

Contratação de RH (CC 

Para Coordenação‐Geral)  

Suporte técnico através do Programa 

Justiça 21 

Formações e consultorias (via Escola da 
AJURIS)  

       4
 

MINISTÉRIO PÚBLICO  Apoio e articulação institucional. 

Contratação de RH (CCs para equipe de 
Coordenação)  

DEFENSORIA PÚBLICA  Apoio e articulação institucional.  

Atendimentos e encaminhamentos 
presos e famílias  

SUSEPE  Apoio e articulação institucional 

Conveniamentos com Governo Federal 
e execução financeira, co‐
financiamento 

Disponibilização de recursos humanos e 
espaços físicos 

POLÍCIA CIVIL  Apoio e articulação institucional  

Sensibilização de equipes 

Mapeamento dos homicídios 

 Designação de um Delegado 
responsável pelo gerenciamento e 
fluxo de informações  

BRIGADA MILITAR Apoio e articulação institucional 

Sensibilização de equipes 

Mapeamento dos homicídios 

       4
 

Disponibilização de recursos humanos 

Designação de um Oficial para auxiliar 
no mapeamento dos grupos, dentro e 
fora da prisão, em apoio à equipe 
técnica  

DEPEN (Departamento Penitenciário  Apoio e articulação institucional, suporte 
Nacional)  técnico, financiamento e multiplicação 
da aprendizagem 
 

SENASP (Secretaria Nacional de  Apoio institucional, suporte técnico, co‐
Segurança Pública)   financiamento 

SRJ (Secretaria de Reforma do Judiciário)  Apoio institucional, suporte técnico, co‐
financiamento 

OAB  Apoio e articulação institucional 

INSTITUIÇOES  ACADÊMICAS  Produção e difusão de conhecimento. 
Pesquisas, monitoramento e avaliação. 
 
Seminários técnicos e atividades de 
extensão / 

formação  

II. C – SUGESTÃO DE ORGANOGRAMA DA ARTICULAÇÃO DO PROJETO  

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       4
 

II.D ‐ LISTA DE PERGUNTAS SOBRE O PROJETO. 

As perguntas estão agrupadas por temas. As respostas estão em construção. 

TEMA  PERGUNTAS E RESPOSTAS (EM CONSTRUÇÃO) 

Liderança  • A quem procuramos?

  • Poder Judiciário: Âncora de articulação ‐gestão política, técnica 
e representação do projeto. 

• SUSEPE: Âncora de gestão administrativa, co‐gestão técnica e 
execução do projeto.  

Aportes  • Qual será o apoio financeiro do DEPEN?
financeiros e 
• Como serão os termos de cooperação entre as instituições? 
parcerias 
• Que instituição irá apoiar o quê? 
 
• Como quantificar os custos de formação (necessidade – formar 
20 profissionais por ano, 100 em cinco anos – DEPEN?) 

• Como viabilizar a cedência / designação de servidores para 
serem qualificados para trabalhar diretamente no projeto 
(SUSEPE e BM?) 

• Como estabelecer fluxo diário de dados dos homicídios nas 
áreas de abrangência das facções do PCPA ( Cívil => BM => 
Equipe Projeto)  

       4
 

Conceitos  • Conceituação de práticas e JR – Como equalizar a 
nomenclatura?  
 

Continuidade  • Que mecanismos– políticas de Estado – serão criados para 
garantir a continuidade do projeto? 
 
• Qual a implicação nas demais jurisdições (presos preventivos)? 

• Como evitar ou reduzir a rotatividade para não perder os 
servidores treinados? 

• É possível um pacto para contornar politização nas 
transferências, prevendo avaliação e ratificação pela 
coordenação do projeto?  

Riscos  • Em que medida este projeto irá fortalecer ou não a 
criminalidade? Qual a estratégia?  
 

Segmentação  • Como serão tratados os público‐alvo líderes e liderados do 
nos  presídio (diferentes extratos da população carcerária)?  
atendimentos 

Credibilidade  • Como gerar credibilidade para o projeto?

  • Como garantir a confiança no projeto?  

Disseminação  • Como fazer do presídio central um polo irradiador de JR? 

  • Como viabilizar que a equipe atuante dentro do PCPA possa 
atender a totalidade das demandas / conflitos tanto dos presos 
quanto dos respectivos familiares e vítimas? 

• Como envolver lideranças de comunidades atingidas para 

       4
 

participação em práticas restaurativas que ocorram dentro do 
PCPA?  

Abordagem  • Conveniência ou convicção, qual a abordagem? 

  • Redução de danos?  

Envolvimento  • Como os policiais serão envolvidos?
policial 
• Como mapear os fatos violentos envolvendo as polícias, como 
 
autores ou vítimas (levantamentos quantitivos, 
georeferenciados, percentuais)? 

• Como, a partir desse mapeamento, identificar pessoas e 
comunidades afetadas, para que sejam chamadas para os 
círculos restaurativos?  

OUTRAS  • Como integrar com execução de penas cumpridas em meio 
QUESTÕES /  aberto? 
ANOTAÇÕES 
IMPORTANTES  • Como incluir no plano a SENASP (plano de redução de 
  homicídios)? 

• É possível incluir estratégias restaurativas em questões 
relativas ao patronato? 

• Como envolver e comprometer a SUSEPE no projeto e na JR? 

• Como trazer os profissionais das redes de serviço 
(especialmente saúde, mas também assistência) das áreas 
conflagradas? 

• Como proporcionar o diálogo entre presos e técnicos de saúde 
e a melhora do atendimento nessa área, com vistas a contribuir 

       4
 

como fator de redução da violência?

• Semelhante a um SAC, elaborar um conjunto de perguntas e 
respostas sobre a JR e suas aplicações no presente projeto para 
divulgação (site Justiça 21 entre outros).  

Algumas referencias: 

http://www.premioinnovare.com.br/praticas/primeiro‐patronato‐penitenciario‐municipal‐do‐
brasil/  (vide detalhamento da prática na explicação do processo de implantação – que 
cita a utilização de técnicas de JR 

http://www.depen.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=38 

CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO 

(INSERIR IMAGEM) 

LISTA DE PRESENÇAS 

NOME  INSTITUIÇÃO E‐MAIL 

Cristiane Gantus  Oficina de Gestão crisgantus@oficinadegestao.com 

Pedro Lunari    Rede Dragon  pedrolunaris@gmail.com 


Dreaming 

Guilherme Dornelles  GPESC‐PUCRS guilherme.augustus@gmail.com 

Marcelli Cipriani  GPESC‐PUCRS marcellicipriani@hotmail.com 

Raffaella Pallamolla  GPESC‐PUCRS raffaellapp@terra.com.br 

       4
 

Gabriel Oliveira Bicca  Polícia Civil gabriel‐bicca@pc.rs.gov.br 

Sidinei José Brzuska  VEC POA sjbrzuska@tj.rs.gov.br 

Mara Borba Minotto   Susepe/DTP diretora.dtp@susepe.rs.gov.br 

Renata M. Dotta  SES/RS  renata‐panichi@saude.rs.gov.br 


Panichi 

Milene Costa Ribeiro  Susepe/PCPA milene‐ribeiro@susepe.rs.gov.br 

Miguel Angelo Souza  Brigada Militar miguel‐godoy@bm.rs.gov.br 


Godoy 

Rodrigo de Souza  VEC‐POA rsimmi@gmail.com 


Simmi 

Simone Félix  Susepe (PCPA) simone‐marques@susepe.rs.gov.br


Marques 

Ana Paula Flores  TJRS (JR21) anaflores@tj.rs.gov.br 

Celso Rodrigues  Direitos Humanos na  santograal63@hotmail.com 

Prisão 

Marcus Rito  DEPEN/MJ marcus.rito@mj.gov.br 

Renato de Vitto  DEPEN/MJ renato.vitto@mj.gov.br 

Luciano André  VEPMA/TJRS losekann@tj.rs.gov.br 


Losekann 

       4
 

Marli Ane Stock  Susepe/RS ane@susepe.rs.gov.br 

Gilmar Bortolotto MP  bortolotto@mp.rs.gov.br 

Ivana Kist Hoppes  MP  ivanak@mp.rs.gov.br 


Ferrazzo 

Leoberto Brancher PJ  brancher@tj.rs.gov.br 

Marcos Felipe  PJ/CEJUSC‐JR mgrawer@tj.rs.gov.br 


Gräwer 

Alexandre Pacheco CGJ/TJ  ascpacheco@tj.rs.gov.br 

Rodrigo Puggina  Comissão DH –  rpuggina@terra.com.br 


OAB/RS 

PARTE III – REUNIÃO INFORMAL DIA 24.11.2015 – SUGESTÕES DE


ENCAMINHAMENTO

  N dia 24.11.2015, com a presença das consultoras Cristiane Gantus e Maristela 
Carrara,  da  Procuradora  do  Estado  Roberta  Siqueira,  e  alguns  dos  participantes  dos 
encontros anteriores representantes do Poder Judiciário, o Ministério Público, a SUSEPE 
e   Brigada Militar, alguns pontos foram retomados e ficando as anotações seguintes:  
 Os limites e implicações do princípio da confidencialidade que se realizem no ambiente
prisional devem ser cuidadosamente discutidos. As exceções de regra feitas em
doutrina (informações sobre fatos relevantes a investigações criminais, p. ex) podem
inviabilizar a adesão de apenados e ou tornar sem efeito o propósito da realização das
práticas restaurativas.

 A amplitude do projeto do PCPA poderá ser reduzida, para viabilizar o início da


execução. Iniciar com foco territorial restrito a Porto Alegre (e não região
metropolitana).

 Enfatizada a necessidade de buscar acordos institucionais para assegurar equipe com


perfil profissional com expertise para atuar no Projeto Presídio Central de Porto Alegre,
e garantir sua estabilidade;

 Articular assinatura de Protocolo de Intenções com o Poder Executivo Estadual para


promover Justiça Restaurativa mais amplamente e paralelamente fazer avançar o

       4
 

projeto do PCPA e efetivar convênio "guarda-chuva" na área penitenciária como um


todo, contemplando 03 pilotos: Porto Alegre; Caxias do Sul e Canoas.
 

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ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA

PROGRAMA JUSTIÇA RESTAURATIVA PARA O SÉCULO 21 
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

RELATÓRIO DE GESTÃO 2015
ANEXOS
PROJETO EXECUTIVO 07 
PROMOVENDO PRÁTICAS RESTAURATIVAS 
EM COOPERAÇÃO COM A BRIGADA MILITAR

1
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Porto Alegre, 27 de novembro de 2015.

Memória de Reunião Interinstitucional das áreas da


Justiça e Segurança Pública do Rio Grande do Sul &
Representantes da Justiça Restaurativa no Canadá

Data: 27 de novembro de 2015 – sexta-feira - das 9h às 12h


Local: Sala de Reuniões da Corregedoria-Geral de Justiça – Palácio da Justiça
Coordenação: Leoberto Brancher – Juiz de Direito – Coordenador Estadual do Programa Justiça
Restaurativa para o Século 21 do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul, por
delegação do Exmo. Corregedor-Geral da Justiça, Desembargador Tasso Cauby Soares
Delabary.
Assessoria da reunião: Ana Paula Flores – Assessora Programa JR21 TJRS
Tradução: Fátima Debastiani

Nome Função/instituição Cidade


Participantes Tasso Caubi Soares Delabary Desembargador Corregedor-Geral TJ RS Porto Alegre
José Luiz Vieira Leal Juiz-Corregedor TJ RS Porto Alegre
Leoberto Brancher Juiz Coordenador Programa JR21 TJRS Porto Alegre
Marcelo Malizia Cabral Juiz Coordenador CEJUSC Pelotas
Luís Antonio de Abreu Johnson Juiz Vara Família Infância e Juventude Lajeado
Sidinei Brzusca Juiz Vara Execuções Criminais – Presídio Central Porto Alegre Porto Alegre
Vera Lúcia Deboni Juíza do 3º Juizado da Infância e Juventude Porto Alegre
Mario Yukio Ikeda Ten. Coronel - Brigada Militar – Comando Policiamento POA Porto Alegre
Karine Pires Soares Brum Capitã - Brigada Militar Lajeado
Humerto Teixeira Santos Coronel – Brigada Militar – Comando CRPO Vale Taquari Lajeado
Hélio M. Schauren Jr Capitão – Brigada Militar Lajeado
Miguel Angelo Souza Godoy Capitão - Brigada Militar - Presídio Central Porto Alegre
Carlos Magno da Silva Vieira Major – Brigada Militar – Comando Presídio Central Porto Alegre
Roberto Soares Louzada Secretário Municipal da Segurança Pública e Proteção Social Caxias do Sul
Fábio Duarte Fernandes Juiz Militar do Tribunal de Justiça Militar Porto Alegre
André Luís Ottonelli Pithan Ten. Coronel – Brigada Militar - Comando BPM Pelotas Pelotas
Jean Jacques Beauchamp Instrutor de Justiça Restaurativa - Canadá Canadá
Mary Hicks Instrutora de Justiça Restaurativa - Can Canadá
Fátima Debastiani Tradutora e facilitadora restaurativa Porto Alegre
Ana Paula Flores Assessora – Programa JR21 TJRS Porto Alegre
Dina Trascher Consulado do Canadá em São Paulo (participação por telefone) São Paulo/Canadá

Objetivo • Promover uma aproximação interinstitucianal das áreas da Justiça e Segurança


do Rio Grande do Sul em torno da Justiça Restaurativa, com o objetivo de discutir
as possiblidades de aplicação das práticas restaurativas no âmbito da Brigada
Militar e da Justiça Militar.
Pauta • Breve apresentação dos Programa Justiça para o Século 21 do TJ RS - Dr.
Leoberto Brancher – Juiz de Direito – Coordenador Estadual do programa;
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA

• Exposição do papel da Real Polícia Montada Canadense na difusão e


implantação dos serviços de Justiça do Canadá – Mary Hicks e Jean Jacques
Beauchamp;
• Apresentação de possibilidades de colaboração e interinstitucional, em âmbito
local, envolvendo:
• Aplicação de práticas restaurativas em conflitos entre Pms e população
(TJM);
• Possibilidades de aplicação de práticas restaurativas e mediação de
conflitos na atividade de policiamento, em cooperação entre Poder
Judiciário e BM (experiências de Pelotas e Lajeado);
• Cooperação da Brigada Militar na criação de Comitês Comunitários de
Justiça Restaurativana (experiência de Caxias do Sul);
• Possibilidades de cooperação internacional com o Governo do Canadá, suas
Cortes de Justiça e RCMP em torno desses objetivos.

Instituições ● TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO RS (Programa Justiça Restaurativa para o Século


envolvidas 21)

● BRIGADA MILITAR

● TRIBUNAL DE JUSTIÇA MILITAR

● CONSULADO DO CANADÁ EM SÃO PAULO

Encaminham • Enviar ofício ao comando da Brigada Militar e ao TJM, com cópia da ata, relatando a
entos reunião;
• Formar um Grupo de Trabalho para dar início às discussões e articulação de uma
proposta de cooperação;
• Solicitar a designação de representantes para comporem o grupo e para dar
encaminhamentos às deliberações e encaminhamentos propostos, considerando os
participantes da reunião;
• Propor a realização de um Termo de Cooperação entre o Poder Judiciário, Brigada
Militar e Tribunal de Justiça Militar para difusão das práticas restaurativas;
• Marcar uma reunião do Grupo de Trabalho para Março de 2016;
• Agregar o Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos
(NUPEMEC) do TJRS ao processo, com vistas às formações também em conciliação
e mediação;
• Entregar documento elaborado pelo Grupo de Trabalho a ser entregue em visita
institucional ao comando da Brigada Militar, Tribunal de Justiça Militar e outros
envolvidos;
• Marcar visitas do Grupo de Trabalho ao 12º BPM de Caxias do Sul, às unidades da
BM de Porto Alegre, Lajeado e Pelotas;
• Avaliar a possibilidade de evolução para a implementação de uma política pública
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA

estadual com planejamento, monitoramento e avaliação, a partir de consensos


formatados pelo Grupo de Trabalho;
• Não descuidar do rigor em relação à distinção de métodos em relação à mediação,
conciliação e justiça restaurativa, não dispensando nenhum método autocompositivo
de resolução de conflitos;
• Evitar a atuação de policiais como facilitadores em procedimentos de justiça
restaurativa, embora sem restrições para que atuem como conciliadores ou
mediadores. Promover monitoramento e avaliações comparativas quanto a esses
papéis.
• Propor intercâmbio de experiências e boas práticas na área da Justiça Restaurativa
em sua interface com as atividades de Policiamento entre Brasil e Canadá.
Fotos
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA

PROGRAMA JUSTIÇA RESTAURATIVA PARA O SÉCULO 21 
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

RELATÓRIO DE GESTÃO 2015
ANEXOS
PROJETO EXECUTIVO 08 
PROTOCOLO DE COOPERAÇÃO PARA UMA POLÍTICA DE ESTADO DE 
JUSTIÇA RESTAURATIVA E DE CONSTRUÇÃO DA PAZ 
NO RIO GRANDE DO SUL

1
Estado do Rio Grande do Sul
Poder Judiciário
Tribunal de Justiça

PROCESSO Nº 0010-15/004232-6

DEPARTAMENTO DE COMPRAS – DEC

PROTOCOLO DE COOPERAÇÃO PARA UMA POLÍTICA DE ESTADO DE JUSTIÇA


RESTAURATIVA E DE CONSTRUÇÃO DA PAZ NO RIO GRANDE DO SUL

PROTOCOLO DE COOPERAÇÃO INTERPODERES que entre si celebram o TRIBUNAL


DE JUSTIÇA DO RIO GRANDE DO SUL, inscrito no CNPJ sob o n° 89.522.064/0001-
66, neste ato representado por seu Presidente, o Excelentíssimo Senhor
Desembargador José Aquino Flôres de Camargo, o GOVERNO DO ESTADO DO RIO
GRANDE DO SUL, inscrito no CNPJ sob o n° CNPJ sob o nº 87.934.675/0001-96,
neste ato representado pelo Excelentíssimo Senhor Governador José Ivo Sartori, a
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, inscrita no CNPJ
sob o nº 88.243.688/0001-81, neste ato representada pelo seu Presidente, o
Excelentíssimo Senhor Deputado Estadual Edson Brum, o MINISTÉRIO PÚBLICO DO
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, inscrito no CNPJ sob nº 93.802.833/0001-57,
neste ato representado pelo Excelentíssimo Senhor Procurador-Geral de Justiça
Marcelo Lemes Dornelles, e a DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DO RIO GRANDE
DO SUL, inscrita no CNPJ sob o nº 74.704.636/0001-50, neste ato representada
pelo Excelentíssimo Senhor Defensor Público-Geral do Estado Nilton Leonel
Arnecke Maria, objetivando ações colaborativas entre os PODERES DO ESTADO DO
RIO GRANDE DO SUL, visando ao desenvolvimento colaborativo de uma política
de Estado para a Justiça Restaurativa e da Construção da Paz no Rio Grande do
Sul, o que fazem:

RELEMBRANDO:

As reiteradas recomendações constantes em estudos, documentos técnicos e


normas no âmbito das Nações Unidas indicando a desjudicialização do tratamento
de conflitos e a adoção da Justiça Restaurativa na prevenção e no enfrentamento
da violência e da criminalidade, em especial as disposições da Resolução

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Poder Judiciário
Tribunal de Justiça

2002/12 do Conselho Econômico e Social da ONU;

As disposições já vigentes na Legislação brasileira que indicam expressamente a


aplicação dos princípios e técnicas baseadas na Justiça Restaurativa, em especial
a Lei Federal 12.594/2012;

As recomendações emanadas pelo Conselho Nacional de Justiça e pelo Conselho


Nacional do Ministério Público no sentido de indicar como definitiva a
incorporação das práticas da Justiça Restaurativa pelo Sistema de Justiça
Brasileiro;

Os objetivos do Programa Justiça Restaurativa para o Século 21, do Poder Judiciário


do Rio Grande do Sul, proposto e executado pela Corregedoria-Geral da Justiça,
que contempla a participação de servidores das políticas públicas do Estado do
Rio Grande do Sul e Municípios, bem como entidades e voluntários da sociedade
civil e movimentos comunitários;

A celebração em 2015 do 10º aniversário introdução oficial da Justiça Restaurativa


no Sistema de Justiça Brasileiro, período que teve no Rio Grande do Sul uma das
suas mais relevantes bases de testagem, validação e difusão nacional, e a
oportunidade de expansão das aprendizagens sociais correspondentes;

E CONSIDERANDO AINDA:

O reconhecimento compartilhado pelos Poderes de Estado do Rio Grande do Sul


em torno da necessidade de criar alternativas capazes promover maior
resolutividade e sustentabilidade às intervenções do Sistema de Justiça e serviços
correlatos, especialmente no âmbito da Segurança Pública, da Assistência Social,
da Educação e da Saúde, com vista ao atendimento a pessoas em situação de
vulnerabilidade social, bem como as pertinentes ao enfrentamento de conflitos,
infrações, violências, drogadição e criminalidade;

O reconhecimento, igualmente compartilhado no sentido da validade das


proposições teóricas e práticas do denominado “paradigma restaurativo” de
Justiça, notadamente sua aptidão para promover intervenções mais amigáveis,
baseadas na participação e no senso de corresponsabilidade, bem como na
aprendizagem e transformação direta das pessoas envolvidas em crimes e
conflitos, suas famílias, redes profissionalizadas, instituições e comunidades
envolvidas em cada caso;

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Poder Judiciário
Tribunal de Justiça

A intenção comum de promover a aprendizagem social decorrente da superação


não violenta de conflitos pelo seu alcance político, pedagógico e emancipatório da
cidadania, considerando terem por base a apropriação, pelas pessoas e
comunidades, das concepções e atitudes culturais, bem como das habilidades
comunicativas e metodológicas correspondentes à autocomposição restaurativa
de conflitos;

RESOLVEM celebrar o presente PROTOCOLO DE COOPERAÇÃO afirmando seu


propósito de atuação conjunta nos termos seguintes:

CLÁUSULA PRIMEIRA - OBJETIVO GERAL:

Promover estratégias de pacificação social baseadas na difusão dos princípios e


no desenvolvimento das práticas restaurativas para prevenção e transformação
construtiva de conflitos em âmbito judicial e extrajudicial.

CLÁUSULA SEGUNDA - OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

A consecução do objetivo geral do presente protocolo será perseguida mediante


atividades como:

2.1. MOBILIZAÇÃO SOCIAL E DIFUSÃO CULTURAL – abrangendo a promoção de


palestras, conferências e seminários técnicos, grupos de estudos, publicações,
estimulação de redes sociais, promoção de boas práticas, intercâmbio e
compartilhamento de experiências e indicadores. Estas ações serão incentivadas
pela Comissão Executiva, que apresentará norteadores e referências, sempre
respeitando a trajetória eleita para cada localidade, visando que estas ações
fortaleçam um alinhamento básico sobre as experiências brasileiras em curso;

2.2. PROMOÇÃO DO ENFOQUE RESTAURATIVO E DA CULTURA DE PAZ - abrangendo


a rediscussão de políticas, serviços e programas de atendimento, especialmente
na área da infância e juventude, nas suas mais diversas aplicações, seja na
educação, assistência, saúde, segurança e justiça, objetivando alinhamento com
o paradigma participativo, humanizante, dialógico e responsabilizante da Justiça
Restaurativa, assim como dos valores de tolerância e solidariedade voltados à
promoção de uma Cultura de Paz;

2.3. FORMAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS E APLICAÇÃO DOS CONCEITOS DA


JUSTIÇA RESTAURATIVA E SUAS PRÁTICAS - abrangendo atividades de formação e

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aprendizagem permanente, visando à mais ampla difusão dos conceitos teóricos,


principalmente, relacionados à mudança de paradigma que a Justiça Restaurativa
propõe nos diferentes níveis de sua implementação, e às habilidades na
facilitação de conflitos, sem prejuízo da atuação prática, pesquisas e avaliações,
visando à criação de políticas públicas e a oferta de serviços nestas áreas;

2.4. APOIO À IMPLANTAÇÃO DE PROGRAMAS - abrangendo elaboração normativa,


assessoramento à gestão técnica e administrativa, alocação de recursos
humanos e financeiros, como estratégia de implementação e estruturação de
programas e planos de atendimento fundados no paradigma restaurativo.

CLÁUSULA TERCEIRA – DA IMPLEMENTAÇÃO:

As instituições signatárias formarão uma Comissão Executiva que será


responsável pelo planejamento e consecução dos objetivos desta parceria:

3.1. Em 30 (trinta) dias da assinatura do presente as partes indicarão os


componentes da Comissão Executiva, podendo o Governo do Estado indicar
representantes das Secretarias de Governo, Fundações e demais Órgãos
representativos das áreas envolvidas.

3.2. No prazo de 90 (noventa) dias, cada instituição firmatária relacionará as


atividades que já venha realizando e outras que se proponha a realizar, seja
individualmente, seja no âmbito da presente cooperação, em prol dos objetivos
alinhados no presente protocolo, bem como suas sugestões quanto a outras
atividades que possam vir a ser desenvolvidas de forma conjunta.

3.3. No prazo de 150 (cento e cinquenta) dias a contar do presente protocolo, a


Comissão Executiva sistematizará as proposições recolhidas e viabilizará seu
compartilhamento por meio eletrônico, bem como proporá calendário de
atividades e sistemática de reuniões.

3.4. Os objetivos do presente Protocolo de Cooperação serão implementados


mediante Projetos, Termos de Cooperação e ou Convênios Específicos, e poderá
receber a adesão de outros entes de Estado, organismos e entidades
governamentais e não governamentais de âmbito estadual ou municipal, ou a
firmar cooperação com países estrangeiros e agências das Nações Unidas,
mediante prévia aprovação dos signatários deste Instrumento, por intermédio da
Comissão Executiva.

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Poder Judiciário
Tribunal de Justiça

3.5. Por delegação da Comissão Executiva, poderão ser formadas Comissões


Temáticas para desenvolver, implementar e monitorar projetos ou aplicações
setoriais específicos.

3.6. A Coordenação Técnica e Institucional da Comissão Executiva será exercida


por representante do Poder Judiciário; cabendo ao Poder Executivo, por
intermédio da Secretaria da Justiça e dos Direitos Humanos, sua Coordenação
Administrativa e a Secretaria Executiva.

3.7. Respeitados os limites dos compromissos ora assumidos, fica delegada à


Comissão Executiva a atribuição de promover eventuais adaptações do presente
protocolo, incluindo acréscimos ou redefinição de suas metas e objetivos
específicos, sempre que justificadas pela melhor consecução do seu objetivo
geral.

CLÁUSULA QUARTA

O prazo de vigência do presente Termo de Cooperação é de 3 (três) anos, com


início nesta data, com a publicação da respectiva súmula no Diário da Justiça
Eletrônica, podendo ser rescindido no todo ou em quaisquer de suas cláusulas a
qualquer tempo mediante aviso escrito com antecedência de, no mínimo, 30
(trinta) dias.

CLÁUSULA QUINTA

O presente Protocolo não implica, por si, em qualquer desembolso, a qualquer


título, presente ou futuro, sendo vedada a transferência de recursos financeiros
entre os partícipes.

E, assim, por estarem justos e acordados, firmam o presente.

Porto Alegre, 18 de dezembro de 2015.

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL


Presidente Desembargador José Aquino Flores de Camargo

GOVERNO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL


Governador José Ivo Sartori

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Poder Judiciário
Tribunal de Justiça

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL


Deputado Estadual Edson Brum

MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL


Procurador Geral de Justiça Marcelo Lemos Dornelles

DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL


Defensor Público-Geral do Estado Nilton Leonel Arnecke Maria

Testemunhas:

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ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA

PROGRAMA JUSTIÇA RESTAURATIVA PARA O SÉCULO 21 
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

RELATÓRIO DE GESTÃO 2015
ANEXOS
GALERIA DE FOTOS

1
DOS EVENTOS ORGANIZADOS PELO PROGRAMA JR21 TJRS

1 - Visita do Embaixador do Canadá no Brasil, Jamal Khokhar, ao Tribunal de Justiça do Estado


do Rio Grande do Sul.
Data: 05.05.2015
Local: Palácio da Justiça

2 – Cerimônia de assinatura dos Termos de Compromisso de Liderança das Unidades


Jurisdicionais de Referência ao Programa JR21 TJRS.
Data: 08.05.2015
Local: Miniauditório do 23º andar do Fórum de Porto Alegre – Prédio II
3 - Workshop: Modelo de Gestão e Integração de Medidas Socioeducativas em Meio Aberto,
Penas Restritivas de Direitos e Alternativas à Privação de Liberdade sob enfoque restaurativo
Data: 27 a 29 de maio de 2015
Local: Escola Superior da Magistratura da Ajuris de Porto Alegre

4- Mesa redonda: Enfoque Restaurativo nas Medidas de Meio Aberto e Penas alternativas
Data: 28.05.2015
Local: Escola Superior da Magistratura da Ajuris de Porto Alegre
5 - Celebrando os 10 anos de Justiça Restaurativa no Brasil e no RS: “Implantando a Justiça
Restaurativa para o Século 21”
Data: 23.11.2015
Local: Auditório da Escola da Magistratura da AJURIS de Porto Alegre

6 - Celebrando os 10 anos de Justiça Restaurativa no Brasil e no RS: “Implantando a Justiça


Restaurativa para o Século 21” - Conferência com o Professor Zher “Justiça Restaurativa:
Fundamentos, Desafios e Perspectivas.
Data: 23.11.2015
Local: Auditório do teatro do Foro Central de Porto Alegre - Prédio II
7 - Celebrando os 10 anos de Justiça Restaurativa no Brasil e no RS: “Implantando a Justiça
Restaurativa para o Século 21” Oficina de Avaliação e Planejamento JR21 – Encontro dos Juízes
(as)
Data: 24.11.2015
Local: Miniauditório do 23º andar do Fórum de Porto Alegre – Prédio II

8 - Celebrando os 10 anos de Justiça Restaurativa no Brasil e no RS: “Fortalecimento a Justiça


Restaurativa na Unidade Jurisdicional de Referência – Vara de Execuções Criminais – Presídio
Central de Porto Alegre”.
Data: 24.11.2015
Local: Miniauditório do 23º andar do Fórum Central II de Porto Alegre
9 - Celebrando os 10 anos de Justiça Restaurativa no Brasil e no RS: “Formação de facilitadores
de conferências de Grupo Familiar” - Violência Doméstica
Data: 24 a 26 de julho de 2015
Local: Escola Superior da Magistratura da Ajuris

10 - Celebrando os 10 anos da Justiça Restaurativa no Brasil e no RS: “Reunião Interinstitucional


das áreas da Justiça e Segurança e representantes da Justiça Restaurativa no Canadá”
Data: 27.11.2015
Local: Sala de Reuniões da Corregedoria Geral de Justiça/ Palácio da Justiça Porto Alegre.
DOS EVENTOS COM REPRESENTAÇÃO DO PROGRAMA JR21 TJRS

1 - Congresso Mundial de Justiça Juvenil


Data: 26 a 30 de janeiro de 2015
Local: Centro Internacional de Conferências em Genebra - Suíça

2- Lançamento da Campanha Nacional Justiça Restaurativa do Brasil


Data: 12.05.2015
Local: Hotel Manhatam Plaza-SHN.
3 – Palestra: Práticas e enfoque restaurativo no atendimento de adolescentes em conflito com a
lei
Data: 02.06.2015
Local: Escola Superior da Magistratura do Estado do Ceará

4 - Encontro Cearense de Justiça Juvenil: Da prevenção à Justiça Restaurativa


Data: 03.06.2015
Local: Escola Superior do Ministério Público do Ceará (ESMEC)
5 - Cerimônia de lançamento do projeto “Práticas Restaurativas na Fundação de Proteção
Especial (FPE RS)
Data: 01.07.2015
Local: Auditório FPE (RS) – Porto Alegre (RS)

6 - Curso para Magistrados(as) sobre Justiça Restaurativa


Data: 22 a 24 de Julho de 2015
Local: AMB/ Escola Nacional da Magistratura – Brasília (DF)
7 - Audiência Pública de Política e Segurança Pública no RS.
Data: 05.10.2015
Local: PUCRS/Faculdade de Direito – Porto Alegre (RS)

8 - XXII Congresso Brasileiro de Magistrados OFICINA DE JUSTICA RESTAURATIVA


Data: 29 a 31 de outubro de 2015
Local: Rio Quente – Goiás (GO)
9 - 3ª Oficina do Comitê Pedagógico para a discussão da “Formação on line em Justiça Juvenil
com enfoque restaurativo”
Data: 18 a 22 de outubro de 2015
Local: Universidade de Genebra na Suiça

10 - XII Congresso Nacional dos Defensores Públicos (ANADEP)


Data: 04 a 07 de novembro de 2015
Local: Faculdade de Direito Positivo – Curitiba (PR)
11 - Os rumos da Justiça Restaurativa no Estado do Paraná
Data: 06 de novembro de 2015
Local: Auditório do Ministério Público do Paraná – Curitiba (PR).

12 - Projeto “Desenvolvimento da Justiça Restaurativa”


Data: 30.11.2015
Local: Plenário do CNJ – Brasília (DF)
13 - Workshop Temático: Metodologias em Alternativas Penais: Medidas Protetivas de Urgência.
Data: 10 e 11 de dezembro de 2015
Local: Auditório do DEPEN (MJ)

14 - Reunião no Conselho Estadual de Educação do Estado do Rio Grande do Sul


Data: 14.12.2015
Local: Auditório do Conselho Estadual de Educação do Estado do RS – Porto Alegre (RS)
DAS ATIVIDADES PRESENCIAIS DA FORMAÇÃO INTEGRAL EM JUSTIÇA
RESTAURATIVA E CONSTRUÇÃO DE PAZ: Oficinas de Planejamento e Gestão
Dragon Dreaming - Pré e pós-cursos presenciais e Curso Presencial de Formação
de Facilitador de Círculos de Justiça Restaurativa e de Construção de Paz e
Lideranças Restaurativas

NA CAPITAL:

1- 2º Juizado da 2ª Vara de Execuções Criminais (VEC) Presídio Central de POA


(PCPA) /Juiz de Direito Sidnei Brzuska.

1.1- Oficina de Planejamento e Gestão Dragon Dreaming Pré-curso / 30 de maio de 2015

1.2- Curso Presencial de Formação de Facilitadores de Círculos de Justiça Restaurativa e


de Paz e Lideranças Restaurativas/ 18 a 21 e 25 de abril de 2015.
1.3- Oficina de Planejamento e Gestão Dragon Dreaming Pós-curso/ 11 de junho de 2015

2- Vara de Execução de Penas e Medidas Alternativas (VEPMA) de POA (RS) / Juiz


de Direito Luciano André Losekann

2.1- Oficina de Planejamento e Gestão Dragon Dreaming Pré-curso/ 8 de junho


2.2 - Curso Presencial de Formação de Facilitadores de Círculos de Justiça Restaurativa
e de Paz e Lideranças Restaurativas / 29 de junho a 2 de julho de 2015

2.3- Oficina de Planejamento e Gestão Dragon Dreaming Pós-curso / 14 de Julho de 2015


3 - 1º Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher de POA (RS) / Juíza
de Direito Madgéli Frantz.

3.1- Oficina de Planejamento e Gestão Dragon Dreaming Pré-curso/ 12 de Junho de 2015

3.2- Curso Presencial de Formação de Facilitadores de Círculos de Justiça Restaurativa e


de Paz e Lideranças Restaurativas/ 22 a 25 de Junho de 2015
3.3- Oficina de Planejamento e Gestão Dragon Dreaming Pós-curso 7 de Julho de 2015

4- 1º,2º,3º e 4º Juizados da Infância e da Juventude (JIJ's) e Justiça Instantânea de


POA (RS) / Juízes(as) de Direito Carlos Gross, Lia Brandão, Vera Lúcia Deboni,
Cleiciane Pech e Angelo Pontes.

4.1- Oficina de Planejamento e Gestão Dragon Dreaming Pré-curso / 25 de agosto de


2015
4.2- Curso Presencial de Formação de Facilitadores de Círculos de Justiça Restaurativa e
de Paz e Lideranças Restaurativas / 21 a 24 de setembro de 2015

4.3- Oficina de Planejamento e Gestão Dragon Dreaming Pós-curso / 30 de setembro de


2015
NO INTERIOR:

5- 1ª Vara de Execuções Criminais (VEC) de caxias do Sul. / Juíza de Direito Milene


Dal Bó.

5.1- Oficina de Planejamento e Gestão Dragon Dreaming Pré-curso/ 28 de abril de 2015

5.2- Curso Presencial de Formação de Facilitadores de Círculos de Justiça Restaurativa e


de Paz e Lideranças Restaurativas/ 11 a 14 de maio de 2015
5.3- Oficina de Planejamento e Gestão Dragon Dreaming Pós-curso / 20 de maio

6- Juizado de Violência Doméstica de Novo Hamburgo./ Juíza de Direito Andrea


Hoch Cenne

6.1- Oficina de Planejamento e Gestão Dragon Dreaming Pré-curso./ 29 de abril de


2015.
6.2- Curso Presencial de Formação de Facilitadores de Círculos de Justiça Restaurativa e
de Paz e Lideranças Restaurativas./ 25 a 28 de maio de 2015

7- CEJUSC Pelotas/ Juiz de Direito Marcelo Malizia Cabral.

7.1- Oficina de Planejamento e Gestão Dragon Dreaming Pré-curso./ 18 de maio


7.2- Curso Presencial de Formação de Facilitadores de Círculos de Justiça Restaurativa e
de Paz e Lideranças Restaurativas./ 15 a 18 de junho

7.3- Oficina de Planejamento e Gestão Dragon Dreaming Pós-curso./ 13 de julho


8 – Vara da Infância e da Juventude de Passo Fundo./ Juiz de Direito Dalmir
Franklin.

8.1- Oficina de Planejamento e Gestão Dragon Dreaming Pré-curso./ 9 de Junho de 2015.

8.2- Curso Presencial de Formação de Facilitadores de Círculos de Justiça Restaurativa e


de Paz e Lideranças Restaurativas./ 6 a 9 Julho de 2015.
8.3- Oficina de Planejamento e Gestão Dragon Dreaming Pós-curso./ 5 de agosto de 2015

9- Vara da Família, Infância e Juventude de Lajeado./ Juiz de Direito Luiz Antonio


Abreu Jhonson.

9.1- Oficina de Planejamento e Gestão Dragon Dreaming Pré-curso./ 16 de junho de


2015.
9.2- Curso Presencial de Formação de Facilitadores de Círculos de Justiça Restaurativa e
de Paz e Lideranças Restaurativas./ 20 a 23 de agosto de 2015.

9.3- Oficina de Planejamento e Gestão Dragon Dreaming Pós-curso./ 18 de agosto de


2015.
10- CEJUSC Santa Maria. / Rafael Pagnon Cunha

10.2- Curso Presencial de Formação de Facilitadores de Círculos de Justiça Restaurativa


e de Paz e Lideranças Restaurativas/ 17 a 20 de agosto de 2015
10.3- Oficina de Planejamento e Gestão Dragon Dreaming Pós-curso/ 4 de setembro

11- CEJUSC de Sapiranga/ Káren Rick Bartoncello

11.1- Oficina de Planejamento e Gestão Dragon Dreaming Pré-curso./ 3 de agosto de


2015
11.2- Curso Presencial de Formação de Facilitadores de Círculos de Justiça Restaurativa
e de Paz e Lideranças Restaurativas./ 8 a 11 de setembro de 2015

12- Juizado Especial Criminal Ajunto (JECRIMA) de Guaíba./ Juiza de Direito Paula
de Mattos Paradeda.
12.1- Oficina de Planejamento e Gestão Dragon Dreaming Pré-curso./ 17 de setembro de
2015

12.2- Curso Presencial de Formação de Facilitadores de Círculos de Justiça Restaurativa


e de Paz e Lideranças Restaurativas./ 14 a 17 de setembro de 2015
12.3- Oficina de Planejamento e Gestão Dragon Dreaming Pós-curso./ 5 de outubro de
2015.
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA

PROGRAMA JUSTIÇA RESTAURATIVA PARA O SÉCULO 21 
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

RELATÓRIO DE GESTÃO 2015
ANEXOS
RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO (CICLO 2015) 
E PLANEJAMENTO (CICLO 2016)

1
JR 21 – Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul

Avaliação - Ciclo 2015


Planejamento - Ciclo 2016

Consultoria
Cristiane Gantus e Maristela Carrara
18 de janeiro de 2016
TJRS – J21

Índice

I- Resultados coletados durante oficina de avaliação


e planejamento – 24 de novembro de 2015 ............................................. p. 03
II - Sumário de respostas ao questionário de avaliação complementar ......... p. 07
III - Gráficos de representação de resultados do questionário de
monitoramento base .................................................................................. p. 09
IV - Avaliação técnica ....................................................................................... p. 13
V- Sugestões técnicas para próximos passos ............................................... p. 15
VII - Anexos
Anexo I - Respostas ao questionário de avaliação complementar ........... p. 17
Anexo II – Respostas ao questionário de monitoramento base ................ p. 28

Consultoria 2
Cristiane Gantus e Maristela Carrara
18 de janeiro de 2016
TJRS – J21

I – Resultados coletados durante oficina de avaliação


e planejamento
Objetivos excelentes são:

S - Específicos

M - mensuráveis

A - atingíveis

R – relevantes

T – temporais

PONTOS POSITIVOS DOS PILOTOS

• engajamento das equipes


• apoio institucional do TJRS
• chegada de gente nova
• metodologia da implantação (gestão e planejamento)
• incorporação da proposta pelos colegas
• diversificação de áreas de aplicação da JR
• poder de contagio da ideia
• acesso de suporte
• coragem e sensibilidade
• adesão das redes
• responsabilidade com a continuidade
• liderança do Dr. Leoberto
• desdobramentos espontâneos
• poder de catalisação institucional
• possibilidade de fazer a diferença na vida das pessoas
• qualidade do curso presencial
• horizontalidade das relações
• adaptabilidade do programa em diversas regiões
• supervisão/reunião presencial
• resultados positivos do trabalho nas instituições parceiras
• efetiva resolução do conflito
• enfoque preventivo
• auto-responsabilização e empoeiramento das pessoas
• ... espaço físico

OPORTUNIDADES DE MELHORIA PARA OS PILOTOS

• falta de clareza quanto aos aspectos metodológicos


 um juiz facilitador
 qual o papel do advogado
 assistente social
 psicólogo
• horizontalidade
• necessidade de capacitação permanente
• infraestrutura
Consultoria 3
Cristiane Gantus e Maristela Carrara
18 de janeiro de 2016
TJRS – J21

• falta de sensibilização dos colegas parceiros


• falta de um plano de trabalho e gestão do projeto (diretrizes mínimas)
• falta de plano de monitoramento e avaliação
• dificuldade de acesso as partes em horário comercial
• dificuldade de quebrar cultura de retribuição entre as vitimas (sensibilização Pré círculos)
• falta de conhecimento dos envolvidos no ato/conflito (material de divulgação)
• acesso EAD
• espaço físico, recursos humanos e materiais
• falta de clareza quanto a colaboração do CEJUSC
• estratégia de recrutamento de voluntários (não tem)
• instrumentos para estabilização dos quadros de voluntários
• Facilitadores
• falta de liberação de tempo para investir no projeto Instituições parceiras)
• supervisão EAD muito superficial (questões não resolvidas)
• aprimorar técnicas do EAD pra fazer melhor uso do recurso
• investimento em facilitador “máster” que esteja disponível para dar apoio local e atuar como multiplicador.
• Formação direcionada para facilitadores que vão se comprometer em atuar
• Evasão: horário das aulas interativas
• Investimento para maior participação de voluntários em atividades
• Necessidade urgente de estratégia de recrutamento e retenção dos voluntários
• Estratégia para manter engajado o funcionário que se aposenta
• Voluntários da SUSEPE (carcereiros) – falta disponibilidade – sensibilização da SUSEPE – condução dos presos
• Supervisão das práticas (diferente de supervisão dos psicanalistas)
• Mudanças de paradigmas dos membros do Ministério Publico

SUGESTÕES DE COMO TRASNFORMAR AS OPORTUNIDADES DE MELHORIA EM AÇÕES / PROJETOS

• Utilizar da verba da VEC para capacitações continuadas – direcionado do fundo de prestações pecuniárias (Ex: Caxias
do Sul)
• Requisitar uma dotação orçamentária do TJ para a implementação do programa – pensar em uma política do TJ – trazer
para dentro do judiciário a responsabilidade por este serviço, com estrutura orçamentária.
• Institucionalizar o programa através do CEJUSC, inserindo o programa JR21 no NUPEMEC;
• Completar e distribuir a Cartilha Informativa para usuários do serviço e advogados;
• Propiciar os colegas e equipes de outras comarcas contato direto com os núcleos (Caxias, Pelotas, Porto Alegre) que já
adquiriram mais experiência no programa – promover a troca de experiências entre as diversas iniciativas no Estado;
• Tour entre os programas para conhecimento;
• Instrumentalizar os gestores (capacitação em gestão especificamente) para que eles possam assumir a liderança de
seus programas;
• Definir o papel do juiz gestor e de outras partes envolvidas;
• Capacitar o apoio administrativo do programa para cuidar do contato direto com o usuário do serviço;
• Criar fluxograma de funcionamento do programa;
• Qualificar os processos de formação continuada e supervisão (facilitador “máster”) - necessidade de investir na
qualificação do quadro de funcionários devido à limitações orçamentárias para contratação de consultores externos;
• Identificar voluntários capacitados para exercer posições de liderança (curso de supervisores locais)
• Incentivar pilotos para identificarem 2 pessoas para a próxima capacitação;
• Substituir a supervisão do EAD pela auto supervisão (20 encontros presenciais de 2 horas);
• Proporcionar cursos de formação teórica pela escola da AJURIS em cada comarca para suprir os créditos da formação
do EAD (sugestão de cancelar o EAD);
• Mudar o formato do EAD, que funciona para alguns aspectos – ter um tutor, ter acesso a material, etc. Deixar o curso
mais leve e disponível como recurso, não como instrumento principal de treinamento (tornando-o não obrigatório);
• Adaptar o EAD para facilitar o acesso técnico e tornar uma plataforma amigável (ver o modelo da ENFAM);
• Encaminhas uma avaliação do EAD com todos os usuários (professores e cursistas envolvidos)
• Firmar convênios e termos de cooperação para a liberação de tempo de funcionários internos e de parceiros – deixando
claro que o tempo investido no projeto é tempo de serviço;
• Demandar um fluxo diferenciado para prover meios de funcionamento e recursos infraestruturas;

Consultoria 4
Cristiane Gantus e Maristela Carrara
18 de janeiro de 2016
TJRS – J21

• Desenvolver e implantar um plano de monitoramento e avaliação;


• Verificar instrumentos de registro (substitutivo do plano de monitoramento e avaliação neste momento);
• Intensificar campanhas de sensibilização para aumentar nível de participação de vítimas (dentro do entendimento de
que ela não precisa necessariamente participar do círculo para que aconteça a prática restaurativa) – sugestão de
utilizar cartas para comunicação entre vítima e ofensor como opção;
• Supervisão das práticas – responsabilidade da coordenação do programa e do magistrado liderando a iniciativa;
• Reunião mensal de supervisão com facilitadores – teleconferência com pessoas mais experientes para discussão de
dificuldades (Skype, messenger, etc.).

PARA 2016

• Acolher e sensibilizar os novos juízes com maiores detalhes sobre o projeto


• Tornar a reunião de planejamento e avaliação uma prática de gestão do projeto
• Piloto significa experiência, adesão, testagem
• É preciso que o programa possua relevâncias estatísticas mínimas para criar corpo e virar unidade
• Melhorar os fluxos de funcionamento
• Método de capacitação
• Implantação direcionada aos CEJUSC’s
• Mudar a nomenclatura dos que já foram pilotos para Unidades de Referência
• Identificar as resistências aos projetos e criar estratégia para neutralizá-la
• Estruturar o serviço
• Formar convênio interestadual guarda-chuva
• Trabalhar / sensibilizar os juízes
• Aplicar JR nos Cas
• Oferecer círculos de celebração

SERÁ QUE

Não dá para:

• Implantar
• Capacitar
• Mobilizar
• Fazer mais divulgação interna e externa junto a mídia
• Sensibilizar
• Estruturar
• Avaliar / Monitorar Qualitativa e Quantitativamente?
• Fortalecer?
• Consolidar?
• Reproduzir?
• Integrar?
• Estabelecer novas parcerias?
• Financiar?
• Exemplificar?
• Profissionalizar a gestão?
• Sensibilizar a comunidade?
• Diversificar as formações?

PAPEL DO JUIZ LIDER

• Motivar.
• Captar talentos.
• Engajar pessoas.
• Captar parceiros e recursos.

Consultoria 5
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• Monitorar reuniões.
• Monitorar avaliações.
• Estabelecer metodologia para coleta estatística.
• Fazer diagnósticos.
• Selecionar os casos para encaminhamento para JR.
• Estar presente.
• Dar o exemplo.
• Fornecer orientação técnica-jurídica.
• Sensibilizar a comunidade da região para o método da JR, no sentido de criar uma cultura que prese a importância e o
poder dos círculos.

PAPEL DA COORDENAÇÃO DO PROGRAMA

• Escutar os pilotos ( o que estão fazendo hoje), participar da avaliação e melhoria dos trabalhos.
• Estruturar junto à administração do tribunal (kit básico para implementar os pilotos).
• Conseguir condições mínimas para o trabalho.
• Sensibilizar internamente o Tribunal.
• Facilitar a comunicação entre os pilotos, em especial daquelas práticas que estão fazendo a diferença.
• Recolher e sistematizar as boas práticas dos pilotos, incluindo gestões locais, em um documento que pode servir de
formação para novos líderes e gestores.
• Recolher também as práticas não exitosas para compor este guia e a aprendizagem coletiva.
• Ser o motivador.
• Criar um grupo de e-mails com os gestores e base de dados.
• Criar uma lista de discussão Juízes de JR
• Possibilitar a troca dos roteiros dos círculos.
• Divulgar as ações e resultados.
• Ter um local com todo o acervo de todo o material
• Formar grupos de trabalho para viabilizar todos os projetos
• Criar uma tabela de indicadores / roteiro básico para as medições. Ex. Número de Círculos processuais, Número de Pré-
Círculos, Número de pessoas atendidas nos círculos entre outros.

MELHOR FORMA DE REALIZAR A GESTÃO DO PILOTO

• Roteirizar um fluxo de trabalho.


• Elaborar um manual para o funcionamento.
• Capacitar os Juízes em gestão de projetos.
• Sensibilizar e arregimentar pessoas para trabalharem na facilitação dos círculos .
• Coordenar o processo de formação continuada e supervisão.
• Coordenar processos de avaliação e talvez mesmo de planejamento periódico (por ex. Semestralmente) junto com toda
a equipe de facilitadores como forma de aumentar o engajamento.

Consultoria 6
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II - Sumário de respostas ao questionário de


avaliação complementar
PERGUNTAS SUMARIO DE RESULTADOS

Com relação à Gestão e • Pessoa capacitada e com atribuição exclusiva


Planejamento, o que está • Reuniões mensais de supervisão Formação continuada dos
funcionando na implantação facilitadores
dos pilotos da JR e deve ser • Grupos de estudos sobre JR
mantido? • Reuniões periódicas entre facilitadores e rede envolvida
• Encontros mensais de planejamento e avaliação dos círculos
realizados
• Relatórios das situações atendido
Quais necessidades a • Encaminhamento de casos forma imediata à equipe técnica com
Coordenação do Projeto JR21 atribuição na realização da experiência restaurativa
precisaria atender para • Supervisão com a participação dos Instrutores de JR
potencializar a Gestão e o
• Manter o canal aberto para dirimir dúvidas e trocar experiências
Planejamento em sua
comarca? • Realizar uma jornada de recuperação/revisão da Etapa de
Formação Online
• Fornecer modelos de gestão e planejamento
• Seguir em acompanhamento
• De pelo menos, um servidor para atividades administrativas
• Incremento de pessoal para implantar as práticas restaurativas
Com relação aos Recursos • A possibilidade de resolver o conflito no "cerne" ante à
Humanos alocados para a participação da vítima
implantação do piloto, quais • A própria ideia do projeto
foram os fatores que
• Pedido de cedência de horas para 6 servidoras da SUSEPE
engajaram o seu pessoal a
trabalhar no projeto? • Divulgação do tema e da proposta, com espaços para reflexão na
comunidade. Engajamento e adesão de lideranças,
coordenadores e demais pessoas da rede de serviços do
Município.
• Motivação pessoal / identificação com o projeto
• Os facilitadores que se mobilizaram e aderiram ao projeto
Quais necessidades a • Publicação de dados acerca dos resultados obtidos (quantos
Coordenação do Projeto JR21 processos obtiveram sucesso com a experiência)
precisaria atender para • Divulgação de casos concretos em que a experiência restaurativa
potencializar a atuação do seu foi crucial para a mediação do conflito
pessoal?
• Reuniões mensais de supervisão para os Facilitadores com a
presença dos Instrutores, fisicamente ou através de vídeo
conferência
• Colaborar no estabelecimento e acompanhamento da Secretaria
Local.
• Incremento do suporte administrativo
• Interlocução com a alta administração do TJRS para que
disponibilize maior número de técnicos (assistentes sociais,
psicólogos e oficiais escreventes)
• Termos no CEJUSC um servidor específico e exclusivo, bem
como estagiários que pudessem atuar diretamente nos projetos
da Justiça Restaurativa.
Como poderia ser viabilizada a • Reuniões periódicas com a participação de funcionários do
integração e troca de gabinete e cartório.
conhecimento entre as • Encontros presenciais ou virtuais para a troca de conhecimentos
jurisdições que fazem parte entre as unidades.
Consultoria 7
Cristiane Gantus e Maristela Carrara
18 de janeiro de 2016
TJRS – J21

dos Pilotos de Implantação da • Grupo de e-mail e/ou outras mídias (ex: whatsapp)
JR? • Encontros entre comarcas
• Reuniões itinerantes e/ou temáticas, ou ainda, por encontros
sistemáticos entre representantes das jurisdições, desde que
esses representantes assumam o compromisso de divulgar
/partilhar com o grupo os resultados dos encontros.
Quais necessidades a • Criação de fluxo cartorário e entre os projetos de forma a
Coordenação do Projeto JR21 sistematizar e conferir eficiência ao tramite/encaminhamento à
precisaria atender para experiência restaurativa
potencializar a troca de • disponibilizar um canal de comunicação.
conhecimento entre as • Agendar os encontros, preparar roteiros para eles e prever ajuda
jurisdições que fazem parte do de custo
projeto? • Manter atualizadas as informações na plataforma online
• Reuniões trimestrais, Encontros, conferências
Quais necessidades a • Preparação de um modelo de apresentação padrão
Coordenação do Projeto JR21, • Remeter material sobre a JR21
precisaria atender para • Apoio através de materiais e suporte técnico.
potencializar a divulgação • Elaboração de vídeos
local?
Quais são as potenciais • Defensoria Pública,
parcerias locais que podem • Município,
propiciar apoio (financeiro ou • Universidades,
outros) para a continuidade do • Brigada Militar
projeto na sua comarca? • Núcleo de Justiça Restaurativa, conforme Lei Municipal em
Caxias do Sul, além dos Poderes Executivo e Legislativo.
• Comunidades de base e de origem dos egressos,
• Sistema "S" e verbas federais das penas e medidas alternativas.
• Empresas privadas,
• Escolas
Que padrões de documentos • Relatório técnico elaborado pelo facilitador.
relativos a JR, vc. utiliza na • Audiência de apresentação.
sua jurisdição e em que • Cartas convite
momento? • Fichas de atendimento (ficha de cadastro e dados pessoais do
participante)
• Fichas para preenchimento da estatística
• Pesquisas de satisfação
• Termo de consentimento,
• Termo de acordo,
• Termo de acordo - quadro prático,
• Termo de consentimento livre e esclarecido para pesquisa
• Termo de não realização de acordo
• Ficha de presença
PONTOS DE ATENÇÃO • Sensibilização dos participantes
• Padronização dos Registros Estatísticos
• Padronização dos Formulários e Fluxos de atendimento
• Curso EAD
• Demora existente entre a realização da audiência de
apresentação e contato da equipe técnica para realização do
círculo
• Engajamento dos facilitadores treinados
• Divulgação da JR
• Recursos Humanos
• Acompanhamento e supervisão dos facilitadores formados
PONTOS POSITIVOS • Competência dos Facilitadores que repassaram o curso
• Capacitação presencial
• Dinâmica do círculo
• Relatos positivos dos participantes dos círculos
Consultoria 8
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III – Gráficos de representação de resultados do


questionário de monitoramento base

Consultoria 9
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A. Círculos de Sensibilização

Número de círculos de sensibilização por categoria


N=93
40
36
35

30
Número de círculos

25 23

20

15
9
10 7 6 6 5
5

0
Sensibilização não Sensibilização de Sensibilização de Sensibilização de Sensibilização de Sensibilização de Sensibilização em
definido servidores membros da parceiros vítimas ofensores casos de conflito
comunidade familiar
Categoria

Número de participantes por tipo de círculo de sensibilização


N=1004

430
Número de participantes

202

126 115

60
40 31

Sensibilização não Sensibilização de Sensibilização de Sensibilização de Sensibilização em Sensibilização de Sensibilização de


definido servidores parceiros membros da casos de conflito vítimas ofensores
comunidade familiar
Tipo de círculo de sensibilização

Consultoria 10
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B. Círculos Restaurativos

Número de círculos restaurativos por categoria


N = 14
11
Número de círculos

2
1

Conflito escolar Pré-processual Vítima-ofensor


Categoria

Número de partcipantes por tipo de círculo restaurativo


N = 106
94
Número de participantes

8
4

Conflito escolar Pré-processual Vítima-ofensor


Tipo de círculo restaurativo

Consultoria 11
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C. Pré-círculos

Número de pré-círculos por categoria


N=16

6 6
Número de círculos

1 1

Conflito familiar Não definido Ato infracional Pré-processual Cível - família


Categoria

Consultoria 12
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IV – Avaliação técnica
CAPACITAÇÃO E APRENDIZADO CONTINUADO

O curso EAD pode não ser a forma mais apropriada para treinamento nesta fase de implantação pois apresenta problemas de
acessibilidade e engajamento.

Os encontros mensais não estão acontecendo em todos os projetos, mas onde estão acontecendo podem proporcionar uma
troca de conhecimento e lições aprendidas muito valiosa. É importante investigar mais a fundo como estas reuniões tem
acontecido, e se proporcionam esta oportunidade de forma adequada, até para que a experiência possa se replicar em outros
projetos e ser trocara entre projetos periodicamente.

As reuniões de troca de conhecimento são instrumento essencial durante toda a duração do projeto e deveriam contar com a
presença (virtual ou presencial) de experts que possam guiar as equipes neste início de implementação. Quanto mais os
facilitadores se sentirem apoiados e seguros no trabalho que desenvolvem, mais segurança proporcionam às partes para optar
pelo círculo*.

*Alguns projetos relataram que as partes não se sentiram seguras o suficiente durante o pre-circulo e desistiram do círculo (ver
relatórios de monitoramento base). Com o auxílio de apoio técnico, os facilitadores poderiam discutir estes desafios mais a
fundo e encontrar alternativas além do encontro pessoal entre as partes, por exemplo.

FLUXO DE ENCAMINHAMENTO DE CASOS

A demora no encaminhamento de casos é prejudicial não só por que desencoraja as partes, mas por que acaba fazendo da
experiência restaurativa algo burocrático nos mesmos moldes do processo judicial. É importante se criar um fluxo onde as
partes recebem a atenção devida e as informações necessárias para que a decisão de participar do círculo seja bem informada
e proporcione segurança.

Importante atentar para o perigo de as vítimas perceberem o processo restaurativo como uma forma de amenizar as
consequências para o ofensor.

SUPERVISÃO

A supervisão dos círculos é crucial na fase inicial de implantação pois ela permite que não se formem vícios de comportamento
que são prejudiciais ao projeto – situações difíceis e duvidas no manejo das relações entre as partes devem ser discutidas
imediatamente para que sejam encaminhadas de forma adequada.

A supervisão de círculos pode ser dar de forma vertical, com a promoção de encontros periódicos entre facilitadores, e também
com a provisão de suporte técnico durante encontros e/ou pontualmente. A necessidade de apoio técnico especializado foi
relatada tanto na oficina de avaliação quanto nos questionários respondidos posteriormente.

GESTÃO DO PROJETO

Importante também nesta fase identificar os padrões de gestão e planejamento que estão sendo adotados, considerando as
consequências da escolha de um ou outro modelo. É uma discussão rica que deveria envolver todos os participantes do piloto
antes que o projeto seja expandido.

Há uma grande variedade no tipo de fluxo de atendimento, na pessoa que toma a decisão de encaminhar o caso para um
processo restaurativo, e no processo de contato com as partes – todas estas variações afetam diretamente as partes e os
resultados obtidos, e devem ser estudadas mais a fundo.

Todos os processos e fluxos necessitam revisão e avaliação quanto à adequação. Nem sempre é recomendável que haja um
padrão entre todos os pilotos, mas é preciso conhecer mais profundamente as circunstâncias de cada projeto para chegar a
esta conclusão.

Consultoria 13
Cristiane Gantus e Maristela Carrara
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Em todas as atividades (oficina e questionários) fala-se se de falta de incremento de pessoal para a realização do projeto – do
ponto de vista de gestão, deve-se considerar a sustentabilidade do projeto e sua capacidade de expansão dentro do modelo
adotado nesta primeira fase. Deve-se discutir as repercussões deste desafio a curto e médio prazo e considerar outras
alternativas ao uso de pessoal das Varas exclusivamente.

Importante atentar para a questão da acessibilidade e disponibilidade para participação nos círculos – como facilitar ao máximo
para as partes envolvidas (horário de funcionamento, local onde os círculos são realizados, disponibilidade de facilitadores,
etc.). Houve relatos de desistência das partes devido à falta de disponibilidade para comparecer ao círculo em horário
comercial e falta de recursos para deslocamento (veja formulários de monitoramento base).

MONITORAMENTO E AVALIACAO

Dos 12 projetos participantes do piloto, apenas 7 responderam aos questionários complementares. É possível que a falta de
resposta de 5 projetos seja uma reflexão da falta de recursos humanos para documentação do projeto; de qualquer forma, é
recomendável uma continuação do diálogo com estes projetos de forma a encorajar e apoiar sua participação em atividades
futuras.

A grande maioria de círculos até o momento são círculos de sensibilização, o que é natural no início da implantação do projeto.
No entanto, seria importante considerar a divisão do trabalho entre facilitadores de círculos sensibilização e facilitadores de
círculos restaurativos – são competências diferentes que podem ser potencializadas – para que a partir de 2016 se aumente o
foco em círculos restaurativos.

A prática de monitoramento e avaliação serve como instrumento de aprendizado, correção de modelos que não sejam
adequados, desenvolvimento profissional dos facilitadores, engajamento da comunidade e aumento do potencial da JR,
divulgação do projeto e obtenção de apoio interno e externo.

Há grande variedade na documentação do projeto (tanto de procedimentos quanto de monitoramento e avaliação), indo de zero
documentação até o uso de dados para divulgação em websites institucionais. É de extrema importância avaliar agora o que se
tem feito em cada projeto e como este tipo de documentação e divulgação podem afetar os resultados.

SENSIBILIZACÃO E DIVULGACAO

O engajamento se deu através da crença na própria ideia da JR, o que é muito positivo. Para operadores da justiça que
identificam o abismo que existe entre o que chamamos de justiça e a prática da rotina judiciaria, é natural que a ideia de
humanização seja atraente. Importante potencializar esta vantagem no início da implantação, mas ao mesmo tempo criar
instrumentos de monitoramento e de correção de vícios que podem, a longo prazo, contribuir para resultados diversos daqueles
esperados.

Alguns projetos tem utilizado o engajamento e compromisso dos facilitadores para transforma-los em divulgadores da JR em
comunidades fora das Varas e instituições participantes. Os facilitadores são figuras de extrema importância no processo
restaurativo e o fato de não serem autoridades judiciais os aproxima da comunidade naturalmente. Seria interessante descobrir
como potencializar a atuação dos facilitadores fora das Varas em atividades de educação popular e engajamento da
comunidade.

Deve-se discutir se a divulgação do projeto deve ser padronizada e/ou centralizada o mais rápido possível. Caso se opte pela
descentralização, importante criar instrumentos que capacitem os divulgadores para que se crie uma imagem positiva do
projeto.

REQUISITOS PARA PARTICIPACAO NO PROJETO

Deve-se reavaliar a viabilidade das exigências feitas para participação no projeto (ex. Secretaria de documentação) em um
contexto de poucos recursos humanos e considerar alternativas viáveis. Talvez nesta fase inicial de implantação seja
importante que a coordenação do projeto ofereça meios e apoio para que estes requisitos sejam cumpridos. Nos comentários
técnicos acima mencionamos algumas formas de envolvimento da coordenação central em muitos dos requisitos. Seria
importante engajar todos os pilotos da primeira fase em uma discussão técnica e aprofundada sobre os papeis de cada um no

Consultoria 14
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18 de janeiro de 2016
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cumprimento destes objetivos; as participações na oficina e questionários sugerem que ainda haja grande confusão com
relação a divisão de papeis no projeto.

V – Sugestões técnicas para os próximos passos


• Fortalecer o projeto piloto antes de sua expansão. Antes de promover a expansão do projeto para outras Varas,
fortalecer o projeto piloto para que dele sejam gerados verdadeiros modelos de implantação da pratica restaurativa. A
grande variedade de áreas envolvidas (escolas, violência doméstica, etc.) enriquece a experiência e potencializa a criação
de modelos altamente adaptáveis no momento de expansão.
• Opções para fornecimento de RH. Investigar mais a fundo as opções de suprimento de necessidade de recursos
humanos para os projetos, o que impacta o fluxo de gestão, documentação, rapidez no atendimento das partes e
acessibilidade ao projeto. Considerar o desenvolvimento de um projeto de recrutamento e gerenciamento de voluntários
para complementar a disponibilização do serviço sendo oferecido por funcionários e facilitadores treinados. A utilização de
voluntários como facilitadores também aproxima o projeto da comunidade e auxilia na divulgação do paradigma
restaurativo;
• Análise diagnóstica para necessidades de capacitação. Elaboração de análise diagnóstica para identificação de
necessidades de capacitação tanto metodológica quando de gestão entre todos os envolvidos no projeto de referência,
criando assim um mapeamento de treinamento básico para futuros projetos segmentado por público alvo;
• Manual de padrões e procedimentos. Criação de um manual procedimental para implantação de pilotos baseado nas
melhores práticas dos projetos de referência e nos fluxos de processos da capacitação ao pós-círculo;
• Avaliação e Monitoramento. Desenvolvimento de um sistema básico de avaliação e monitoramento de acordo com as
capacidades locais e disponibilidade de dados atuais que alavanque um aprofundamento futuro nas atividades de
monitoramento e avaliação;
• Necessidades de Recursos. Levantamento de todos os recursos financeiros e não financeiros necessários a
implantação do projeto (transporte, espaço físico, equipamento, recursos humanos, etc.) para facilitação das atividades
almejadas;
• Supervisão. Levantamento de profissionais que possam acompanhar e guiar (mesmo que remotamente) o trabalho de
facilitadores e participar em encontros de troca de conhecimento.
• Acompanhamento e aprendizado contínuo. Promoção de reuniões periódicas à distância com os projetos individuais
locais (com ou sem apoio profissionalizado) para a discussão de oportunidades de aprimoramento da gestão do programa;
• Estratégias de sensibilização e divulgação da JR. Revisão da estratégia de sensibilização e divulgação da JR entre
comunidades e parceiros.

PROJETOS / ATIVIDADES SUGERIDOS PARA O ATENDIMENTO DAS NECESSIDADES DE FORTALECIMENTO E


CONSOLIDAÇÃO DOS PILOTOS DE JR

PROJETO / ATIVIDADES OBJETIVO


Análise diagnóstica para Elaboração de análise diagnóstica para identificação de necessidades de
necessidades de capacitação tanto metodológica quando de gestão entre todos os envolvidos
capacitação no projeto de referência, criando assim um mapeamento de treinamento
básico para futuros projetos segmentado por público alvo
Manual de padrões e Criação de um manual procedimental para implantação de pilotos
procedimentos baseado nas melhores práticas dos projetos de referência e nos fluxos de
processos de ponta-a-ponta da capacitação ao pós-círculo.
Manual de gestão da JR Criação de um manual sugerindo formulários e fluxos para a gestão do
processo de JR de ponta a ponta (incluindo todas as etapas do processo:

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necessidades de recursos para a implantação, triagem de casos, registros de


dados para avaliação e monitoramento, formas de arquivamento de
documentos, acompanhamento e encerramento de casos, entre outros. )
Avaliação e Monitoramento. Desenvolvimento de um sistema básico de avaliação e monitoramento de
acordo com as capacidades locais e disponibilidade de dados atuais que
alavanque um aprofundamento futuro nas atividades de monitoramento e
avaliação.
Gestão do conhecimento Criação de plataforma compartilhada para registro dos aprendizados com o
Projeto.
Estratégias de Revisão da estratégia de sensibilização e divulgação da JR entre
comunidades e parceiros.
sensibilização e divulgação
da JR.
Projeto supervisão Criação de uma sistemática para supervisão e formas de facilidade de acesso.

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Anexo I - Respostas ao questionário de avaliação


complementar

Identificação da Unidade Jurisdicional de Referência (Piloto):


Texto de resposta, respostas 7x, Não respondido 0x

Projeto Justiça Instantânea


CEJUSC - PELOTAS
Juizado da Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher - Comarca de Novo Hamburgo
VARA DE EXECUÇÕES CRIMINAIS DE CAXIAS DO SUL
Vara de Família, Infância e Juventude de Lajeado/RS
VARA DE EXECUÇÃO DE PENAS E MEDIDAS ALTERNATIVAS DE PORTO ALEGRE
CEJUSC - SAPIRANGA

Com relação à Gestão e Planejamento, o que está funcionando na implantação


dos pilotos da JR e deve ser mantido?
Texto de resposta, respostas 7x, Não respondido 0x

Pessoa capacitada e com atribuição exclusiva para a realização da experiência restaurativa.


As reuniões mensais de supervisão da equipe com os facilitadores estão funcionando muito bem e devem ser
mantidas porque é uma oportunidade para a troca de experiências, planejamento das ações e fortalecimento dos
vínculos.
A equipe está realizando reunião mensal para avaliar, monitorar e discutir os casos
A formação continuada dos facilitadores e a acessibilidade para demandas que se fazem necessárias.
Grupos de estudos sobre JR, reuniões periódicas entre facilitadores e rede envolvida na proposta restaurativa,
relatórios das situações atendidas, planejamento.
Sim, mas com necessidade de distribuir, ao longo do tempo, as atividades. Não há tempo suficiente para envolver-se,
todo o tempo, com as práticas restaurativas, mormente ante a insuficiência de pessoal técnico e de apoio para
prosseguir nessa jornada. O Projeto está escudado quase que exclusivamente na pessoa de 1 magistrado e de 1
técnica (assistente social), o que é notoriamente insuficiente.
A equipe de facilitadores em formação tem realizado encontros mensais de planejamento e avaliação dos círculos
realizados, encontros estes que devem ser mantidos.

Quais necessidades a Coordenação do Projeto JR21 precisaria atender para


potencializar a Gestão e o Planejamento em sua comarca?
Texto de resposta, respostas 7x, Não respondido 0x

Encaminhamento de forma imediata à equipe técnica com atribuição na realização da experiência restaurativa. Vem se
observado demora no encaminhamento dos casos o que vem acarretando tanto a descrebilidade na experiência por
partes dos envolvidos, como resultados não exitosos na solução dos casos, consistindo em reiteração de atos judiciais
e consequente encaminhamento às medidas de praxe.
A Coordenação poderia providenciar uma supervisão com a participação dos Instrutores de JR, o que, aliás, foi
solicitado pelos facilitadores em algumas reuniões no CEJUSC
Acredito que temos um canal aberto para dirimir dúvidas e trocar experiências, fato que considero positivo
Realizar uma jornada de recuperação/revisão da Etapa de Formação Online, o que também fortaleceria a motivação;
Fornecer modelos de gestão e planejamento;
Seguir em acompanhamento.
De, pelo menos, um servidor para atividades administrativas.
Ainda estamos aguardando supervisão para os círculos.
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Incremento de pessoal para implantar as práticas restaurativas e permitir se deleguem as atividades, fazendo o "link"
do projeto Voltar a Confiar (onde se realizam os Círculos Restaurativos) - para o qual, até o momento, não se obteve
qualquer apoio do TJRS - com a comunidade de destino e de vivência dos egressos do sistema prisional que passam
pela VEPMA.
A Gestão e Planejamento na Comarca de Sapiranga tem se desenvolvido de forma satisfatória. Um fator que prejudica
o bom andamento dos trabalhos é a questão do tempo dedicado ao projeto. Nem sempre é possível reunir todos os
facilitadores, eis que todos desenvolvem atividades em várias instituições.

Com relação aos Recursos Humanos alocados para a implantação do piloto,


quais foram os fatores que engajaram o seu pessoal a trabalhar no projeto?
Texto de resposta, respostas 7x, Não respondido 0x

A solução mais "proveitosa" do conflito, tentando resolver o conflito no "cerne" ante à participação da vítima; o que de
forma prática acarreta a não reincidência do adolescente com a prática de ato infracional da espécie (menor potencial
ofensivo), bem como a valorização da vítima.
A possibilidade de se alcançar excelentes resultados com a Justiça Restaurativa no tratamento de conflitos
A própria ideia do projeto
Pedido de cedência de horas para 6 servidoras da SUSEPE (expectativa de que este fator, que iniciará em janeiro de
2016, venha a engajar mais).
Divulgação do tema e da proposta, com espaços para reflexão na comunidade. Engajamento e adesão de lideranças,
coordenadores e demais pessoas da rede de serviços do Município.
única e exclusivamente a motivação pessoal. O número de pessoas envolvidas é notoriamente insuficiente e teme-se
pela continuidade de um projeto dessa magnitude se não houver RH suficientes.
Os facilitadores que se mobilizaram e aderiram ao projeto pois acreditaram na proposta e identificaram-se com os
objetivos e valores envolvidos.

Quais necessidades a Coordenação do Projeto JR21 precisaria atender para


potencializar a atuação do seu pessoal?
Texto de resposta, respostas 7x, Não respondido 0x

Ressaltar a importância das práticas restaurativas na solução do conflito em especial através da publicação de dados
acerca dos resultados obtidos (quantos processos obtiveram sucesso com a experiência), bem como a divulgação de
casos concretos em que a experiência restaurativa foi crucial para a mediação do conflito.
Reuniões mensais de supervisão para os Facilitadores com a presença dos Instrutores, fisicamente ou através de
vídeo conferência, para tirar dúvidas e fortalecer os facilitadores.
A motivação existe, mas acredito que o trabalho somente não é expandido por falta de apoio das chefias, bem como
da própria estrutura do serviço, quanto aos servidores do município e da polícia civil
Sugere-se a participação em algum momento de reunião com a equipe, propiciando maior percepção da relevância do
projeto;
Colaborar no estabelecimento e acompanhamento da Secretaria Local.
Necessário incremento do suporte administrativo e supervisão são as necessidades imediatas.
Interlocução com a alta administração do TJRS para que disponibilize maior número de técnicos (assistentes sociais,
psicólogos e oficiais escreventes) para atender as diversas necessidades e nuances de um projeto dessa magnitude.
Acredito que seria importante termos no CEJUSC um servidor específico e exclusivo, bem como estagiários que
pudessem atuar diretamente nos projetos da Justiça Restaurativa.

Como poderia ser viabilizada a integração e troca de conhecimento entre as


jurisdições que fazem parte dos Pilotos de Implantação da JR?
Texto de resposta, respostas 7x, Não respondido 0x

Reuniões periódicas com a participação de funcionários do gabinete e cartório.

Consultoria 18
Cristiane Gantus e Maristela Carrara
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TJRS – J21

Poderiam ser agendados encontros presenciais ou virtuais para a troca de conhecimentos entre as unidades.
Grupo de e-mail e/ou outras mídias (ex: whatsapp)
Por meio de reuniões itinerantes e/ou temáticas, ou ainda, por encontros sistemáticos entre representantes das
jurisdições, desde que esses representantes assumam o compromisso de divulgar /partilhar com o grupo os resultados
dos encontros.
Além dos canais já existentes, sugerimos encontros presenciais, pelo menos periodicamente .
Encontros trimestrais, em finais de semana, em local previamente definido (exemplo: sede campestre da Ajuris).
Uma das formas mais práticas e eficazes atualmente são os meios virtuais. Também encontros entre comarcas e
talvez nas próprias comarcas proporcionariam uma troca de ideias e experiências.

Quais necessidades a Coordenação do Projeto JR21 precisaria atender para


potencializar a troca de conhecimento entre as jurisdições que fazem parte do
projeto?
Texto de resposta, respostas 7x, Não respondido 0x

Criação de fluxo cartorário e entre os projetos de forma a sistematizar e conferir eficiência ao tramite/encaminhamento
à experiência restaurativa.
disponibilizar um canal de comunicação.
Talvez criar o grupo de conversas por áreas de jurisdições
Agendar os encontros, preparar roteiros para eles e prever ajuda de custo, caso seja necessário;
Manter atualizadas as informações na plataforma online.
conforme acima
Reuniões trimestrais
Encontros, conferências.

Por favor, compartilhe os aprendizados de 2015 com relação à sensibilização


das partes para participação nos círculos:
Texto de resposta, respostas 6x, Não respondido 1x

O adolescente infrator e seu responsável legal, em regra, concordam a participação na experiência restaurativa. Vem-
se observando a dificuldade da equipe técnica responsável pela realização do círculo restaurativo em incutir na vítima
a vantagem em participar da experiência. Aliado à resistência da vítima, a demora no encaminhamento muitas vezes
acarreta no próprio adolescente infrator o sentimento de "desimportância" na restauração, acarretando o seu não
comparecimento ao précirculo e consequente prosseguimento do feito, perdendo-se aí o objetivo pretendido pela
justiça restaurativa.
Os Facilitadores fazem o contato com as partes sensibilizando-as no pré-circulo para que participem do círculo
As partes são convidadas em audiência. Posteriormente, entra-se em contato telefônico para explicar melhor o projeto,
porém muitos deixaram de comparecer, alegando que não poderiam faltar ao trabalho, ou mesmo por dificuldades
financeiras para o transporte. Em alguns casos, conseguimos o transporte para que pudesse ser realizado o círculo de
paz
O fator mais importante é estar inteiramente presente no momento da comunicação com as partes, respeitando a
decisão de cada um, mas mostrando todos os pontos de vista possíveis para abordar o problema em questão.
Ainda estamos iniciando esta caminhada, com muito diálogo, sensibilização mútua e estudos.
A realização dos círculos é algo novo e que, aos poucos, vai sendo difundido na comunidade. É interessante perceber
que, antes de participar dos círculos, as pessoas sentem-se inseguras e ansiosas, Mas, ao conhecerem o trabalho,
sentem-se realizadas e engajadas.

Por favor, compartilhe os aprendizados de 2015 com relação ao envolvimento


dos membros da comunidade:
Texto de resposta, respostas 7x, Não respondido 0x
Consultoria 19
Cristiane Gantus e Maristela Carrara
18 de janeiro de 2016
TJRS – J21

Sem comentários.
Os membros da comunidade geralmente participam quando são convidados. Todavia quando se refere a processos
criminais é mais difícil o envolvimento porque a vítima na maioria das vezes almeja uma sentença condenatória e o réu
acredita tratrar-se de uma manobra para realizar sua prisão, o que dificulta seu comparecimento ao Foro.
As ideias sobre JR foram divulgadas pela imprensa, sites (OAB, jornal local) e também no âmbito da Universidade.
A comunidade e o indivíduo estão profundamente ligados; consegue-se mostrar isso ao próximo quando o facilitador
sente essa consciência em si mesmo.
O conhecimento é fundamental, especialmente nesta fase, inclusive com divulgação de círculos realizados (sucessos
e insucessos...)
Os membros da comunidade, a exceção dos egressos, não conseguiram ou participaram, após a capacitação como
facilitadores, do projeto. isso está programado para o ano de 2016, com todas as dificuldades que a falta de pessoal
para trabalhar da "linha de ponta" ocasiona.
O fato de que os facilitadores atuam em diferentes áreas na comunidade, possibilita uma maior divulgação do projeto
e, aos poucos, os círculos de construção de paz vão se tornando parte importante na construção da paz.

Por favor, compartilhe os aprendizados de 2015 com relação à capacitação


do(s) facilitador(es):
Texto de resposta, respostas 7x, Não respondido 0x

Sem comentários.
A capacitação dos Facilitadores foi excelente. Os Voluntários ficaram satisfeitos com o curso. Houve algumas
reclamações quanto ao curso EAD, por falta de tempo de alguns voluntários para acessar a plataforma.
Particularmente, entendo que o curso presencial foi maravilhoso. Em relação ao EAD, não tive problemas para acessar
e acompanhar as aulas, porém, a equipe que não faz parte do Judiciário, encontrou dificuldades.
O fim do processo traz a certeza de que a participação na capacitação foi a melhor coisa que poderia ter sido feita com
o tempo de cada um.
Além do compartilhamento, o apoio da coordenação e a supervisão são fundamentais.
Muito boa. A JR é uma proposta interessante, mas, como dito, necessita do envolvimento das pessoas. Não se nota
esse envolvimento ou pelo menos a disposição por parte da alta administração do TJRS, que "acha" tudo muito bonito,
mas, na realidade, não investe RH e materiais no desenvolvimento do projeto.
A capacitação presencial foi uma experiência única e gratificante. Todos se envolveram e se deixaram sensibilizar. O
Curso EAD parece ser mais complicado, eis que exige uma organização em relação ao tempo e aconteceu num
período de muitas atividades.

Por favor, compartilhe os aprendizados de 2015 com relação à atuação do(s)


facilitador(es) na prática:
Texto de resposta, respostas 7x, Não respondido 0x

Com base nos relatórios apresentados nos procedimentos em trâmite no Projeto Justiça Instantânea percebe-se certa
dificuldade encontrada pelos facilitares na realização da experiência restaurativa. Aliada à existência de poucas
pessoas capacitadas, ultimamente não se observa muito empenho na localização das partes e realização do círculo. A
demora existente entre a realização da audiência de apresentação e contato da equipe técnica para realização do
círculo acarretou em grande número de processo cujo resultados da experiência foram negativos, havendo
Os Facilitadores são muito competentes e comprometidos no tratamento dos casos encaminhados . As pessoas que
participam dos círculos ficam muito satisfeitas e gratificadas.
Nem todos os facilitadores que fizeram o curso se engajaram e colocaram em prática o trabalho. No entanto, o grupo
que permaneceu está começando a realizar círculos de paz em suas áreas de atuação (CREAS, CRAS, Casa Viva
Mulher). Os servidores do Poder Judiciário que realizaram o curso estão realizando os círculos, inclusive fora do
ambiente do Fórum.
Percebeu-se pouca segurança para iniciar e um pouco de desarticulação do grupo, visto que cerca de 1/3 dos
participantes tem praticado. No entanto, os facilitadores que têm praticado relatam sobre a importância de uma boa
preparação e da persistência para realizar as práticas, uma vez que eventualmente são apresentadas resistências,
sejam internas de cada um, ou externas, por ser algo inovador.

Consultoria 20
Cristiane Gantus e Maristela Carrara
18 de janeiro de 2016
TJRS – J21

Aprendemos que esta proposta precisa ser realizada a seu tempo, gradativamente, respeitando aprendizagens
individuais e grupais.
Nesse aspecto, excelente. O aprendizado foi incrível e motivador.
Os facilitadores vem realizando círculos e sentindo-se bem, desenvolvendo cada vez mais suas habilidades. A prática
traz novos desafios e incentiva a todos, que desejam dar continuidade e ampliar sua atuação.

Por favor, compartilhe os aprendizados de 2015 com relação à dinâmica do


Círculo:
Texto de resposta, respostas 7x, Não respondido 0x

Sem comentários.
São realizados pré-círculos e círculos restaurativos pelos Facilitadores com os envolvidos no conflito.
´Todos os facilitadores que já realizaram os círculos de paz elogiaram muito a metodologia, em especial no que tange
ao objeto da palavra. Conseguimos fazer com que todos os participantes pudessem falar e também serem ouvidos.
Procedimento poderoso e bem aceito, porém, também é preciso relaxar ao perceber que são necessários mais
encontros para estabelecer e estabilizar o respeito ao objeto da palavra.
A partir dos primeiros círculos realizados percebeu-se que a comunicação melhorou significativamente, que as
pessoas que participaram saíram satisfeitas e que há muito para avançar.
Muito boa. Na área de atuação da VEPMA, os CR são essenciais na questão do resgate da autoestima e
fortalecimento de vínculos familiares. Mas, reitre-se, para isso necessitamos de pessoas trabalhando na equipe, que
hoje, em verdade, não existe.
A dinâmica do círculo é surpreendente e realizada de acordo com o "público-alvo" a ser atingido. A cada círculo, é
possível descobrir novas formas de sensibilizar as pessoas.

Por favor, compartilhe os aprendizados de 2015 com relação ao feedback das


partes após o processo:
Texto de resposta, respostas 7x, Não respondido 0x

Sem comentários.
As partes que participam do processo saem satisfeitas geralmente e muito agradecidas por terem participado do
círculo.
Os participantes dos círculos apresentaram um relato bastante positivo após a prática da atividade. Não ouvimos
nenhuma crítica negativa, ao contrário: pediram que fossem realizados mais encontros, pois acharam a prática
bastante satisfatória.
Percepção da importância crucial de investir nos relacionamentos.
Conforme acima
Muito boa. Pessoas emocionadas, motivadas e animadas com as perspectivas de vida após a realização dos CR.
O feedback, na maioria das vezes, é bastante positivo e demonstra um crescimento e uma sensibilização dos
participantes. Na grande maioria das vezes, o círculo proporciona descobertas e realizações.

Quais são as potenciais parcerias locais que podem propiciar apoio (financeiro
ou outros) para a continuidade do projeto na sua comarca?
Texto de resposta, respostas 7x, Não respondido 0x

Sem comentários.
Defensoria Pública, Município, Universidades, Brigada Militar
Poder executivo e legislativo municipal
Núcleo de Justiça Restaurativa, conforme Lei Municipal em Caxias do Sul, além dos Poderes Executivo e Legislativo.
Ainda não é possível afirmar (mas possivelmente com o Município)
Comunidades de base e de origem dos egressos, Sistema "S" e verbas federais das penas e medidas alternativas.

Consultoria 21
Cristiane Gantus e Maristela Carrara
18 de janeiro de 2016
TJRS – J21

Prefeitura Municipal, SESI, Empresas privadas, escolas

Como o Juiz Gestor poderia potencializar estas parcerias?


Texto de resposta, respostas 7x, Não respondido 0x

Sem comentários.
Fazendo contato com possíveis parceiros para que se unisse ao Projeto.
Providenciar encontros para divulgar o Programa
Mantendo-se em comunicação com as parcerias.
Participando ativamente deste processo e estimulando sua evolução.
Conquanto houvesse recursos humanos, o Projeto pode adquirir, para os egressos, nível estadual. Do contrário, será
iniciativa isolada e que tende a fracassar quando o magistrado-gestor deixar a unidade jurisdicional. O velho problema
da "pessoalização" e não-institucionalização de projetos.
Através de reuniões (círculos) que apresentassem o trabalho e os benefícios que ele traz.

Quais necessidades a Coordenação do Projeto JR21 precisaria atender para


potencializar estas parcerias locais?
Texto de resposta, respostas 7x, Não respondido 0x

Sem comentários.
Ajudar na divulgação e no contato com os possíveis parceiros a fim de sensibiliza-los a integrar o projeto da JR
Talvez envio de material impresso sobre a JR21
Continuando em proximidade e comunicação com a gestão da unidade jurisdicional.
Permanecer como referência (estudo, orientação e, muito especialmente, supervisão)
Disponibilizar às unidade-piloto pessoas que possam auxiliar mais diretamente na realização de atividades. Sugiro que
se incremente mais em qualidade dos projetos desenvolvidos e não tanto da quantidade de projetos-piloto. Tende-se a
perder em qualidade quando a quantidade é excessiva.
Seria importante o apoio no sentido de fornecer material de divulgação e apoio em reuniões e encontros.

De que forma você imagina sensibilizar / envolver / divulgar localmente a JR?


Texto de resposta, respostas 7x, Não respondido 0x

Sem comentários.
Através da divulgação em jornais e internet sobre os resultados positivos da implantação da JR.
Realizando palestras (ex, no âmbito universitário), divulgando o trabalho que já foi realizado no jornal local,
promovendo encontros com o Poder Executivo e Legislativo Municipal para expor o Programa JR21
Convidando a comunidade a participar e divulgando os resultados na mídia local.
conforme expressos nos planos de ação
Por meio do Projeto Voltar a Confiar, desenvolvido pela VEPMA. (metodologia em anexo) Mas este programa, até
agora, carece do apoio e interesse do TJRS, muito lento e burocrático nessa área. Talvez destacar um Juiz-
Corregedor para atender ao projeto seria mais interessante, servindo como
Através de visitas às escolas, instituições, secretarias e empresas, a fim de divulgar o trabalho. Também através dos
meios virtuais.

Como você imagina envolver a comunidade na divulgação da JR?


Texto de resposta, respostas 7x, Não respondido 0x

Sem comentários.

Consultoria 22
Cristiane Gantus e Maristela Carrara
18 de janeiro de 2016
TJRS – J21

Divulgando-se os resultados positivos a comunidade vai tomando conhecimento e se encarrega também de divulgar
aos demais
Por intermédio da divulgação e exposição do trabalho
Comparando os resultados desse outro olhar com os resultados do olhar tradicional;
Propiciando a reflexão quanto às reais necessidades da comunidade.
através dos meios de comunicação e rede de serviços do Município
Por meio do Projeto Voltar a Confiar, desenvolvendo CR nas comunidades de atendimento e onde os egressos
residem.
Através das escolas, que são disseminadoras da informação.

Quais necessidades a Coordenação do Projeto JR21, precisaria atender para


potencializar a divulgação local?
Texto de resposta, respostas 7x, Não respondido 0x

Sem comentários.
manter um canal aberto de comunicação com as possíveis parcerias.
Talvez remeter material sobre a JR21
Sugestão de preparação de um modelo de apresentação padrão.
A confecção de material (por escrito, vídeos, etc.) seria interessante.
Descentralizar a divulgação, já que esta só corre a partir da iniciativa de cada um dos gestores.
Apoio através de materiais e suporte técnico.

Você organizou uma Secretaria de Documentação (conforme Regulamento das


Formações)? Quem ficou responsável?
Texto de resposta, respostas 7x, Não respondido 0x

A equipe técnica vinculada ao Projeto é a responsável.


Sim. O Cejusc mantém arquivados em sua secretaria os documentos relativos a JR e sua estatística. As Instituições
parceiras que realizam atendimentos em suas dependências também mantém um arquivo das fichas de atendimento e
resultados.
Não temos pessoal para tanto. A própria Magistrada fica responsável
Está encaminhada essa organização a partir de janeiro.
A servidora da SUSEPE Daiane Carbonera é a responsável, sendo que estará 2 dias da semana cedida para este
trabalho.
Ainda não está definido, por falta de pessoal. Por enquanto está centralizado no CEJUSC e na secretaria do MP.
Não
A secretaria está organizada junto ao CEJUSC, que até o momento fica junto à Segunda Vara Cível e Vara da Infância
e Juventude. Para 2016, o CEJUSC será reestruturado e atendido separadamente.

Como se dá o fluxo de atendimento na sua comarca?


Texto de resposta, respostas 7x, Não respondido 0x

Realizada audiência de apresentação, oportunidade em que o representado e seu responsável legal aceitam a
participação na experiência restaurativa, o procedimento é encaminhado ao Foro Central (Central de Práticas
Restaurativas) para designação de técnico responsável para realização da experiência. Após, o técnico, de posse dos
autos, contata as partes e, utilizando a estrutura do Projeto Justiça Instantânea, realiza a experiência restaurativa.
São encaminhados processos cíveis, criminais e de apuração de ato infracional para a JR, para atendimento pelos
facilitadores, a critério dos Juízes titulares das referidas Varas. Também são atendidos casos pré-processuais
encaminhados ao Cejusc e casos que ocorrem nas instituições parceiras, tais como escolas, fase, creas, presídio,
promotoria de educação, secretaria de justiça social e segurança, casemi e etc.

Consultoria 23
Cristiane Gantus e Maristela Carrara
18 de janeiro de 2016
TJRS – J21

Havendo judicialização do conflito, a Magistrada seleciona os casos aptos para círculos na audiência, bem como a
Oficial Escrevente que realizou o curso seleciona os casos analisando os processos ou com as partes, quando estas
comparecem para atendimento no JVD.
Os parceiros (CREAS, CRAS, Viva Mulher) também realizam círculos em famílias/mulheres por estes atendidas
Há casos que são identificados pelos servidores da SUSEPE, ou por outros parceiros, sendo que estes passarão pela
aprovação da Coordenação Institucional da Justiça Restaurativa Regional (SUSEPE) e pela anuência da VEC. Outros
casos judicializados são encaminhados por audiência, e nesses casos a Central Judicial de Solução de Conflitos e
Cidadania (CEJUSC) organiza a realização das práticas.
Casos do MP e do JIJ são encaminhados para os encontros de facilitadores e estes, ao aceitarem, agendam os
círculos.
Conforme projeto e metodologia do Programa Voltar a Confiar, disponível na Vara.
Até o presente momento, os círculos estão sendo feitos na comunidade e, a partir de 2016, as demandas judiciais
serão atendidas.

Está utilizando algum registro estatístico sobre a atuação dos facilitadores? Se


sim, quais os indicadores?
Texto de resposta, respostas 7x, Não respondido 0x

Ainda não. No entanto, existe a meta de organização nesse sentido pelo gabinete para o ano que vem de coleta dos
dados.
Sim. Mensalmente são totalizados os dados de todo trabalho realizado, fazendo-se a estatística não só dos
atendimentos no Cejusc, mas também individualmente de todas as instituições parceiras, com a divulgação dos
resultados no Blog do Cejusc Pelotas. Os dados indicam que a JR tem avançado, vem crescendo a cada dia e com
bons resultados.
No Foro houve o encaminhamento de 35 casos de processos para a justiça restaurativa. Na rede pública de ensino
seis escolas estão recebendo o atendimento da justiça restaurativa, tendo sido realizados 156 círculos de atendimento
atingindo 1259 pessoas.
Quanto a rede externa foram atingidas no período entre a capacitação (junho de 2015) e o mês de outubro 223
pessoas.
não
A atuação dos facilitadores é registrada por ofícios, e-mails e relatórios. Ainda não foram criados outros indicadores,
mas estatisticamente percebe-se até hoje a atuação de cerca de 30% dos facilitadores.
Estamos iniciando
Não, pois temos apenas 2 facilitadores em atuação e que trabalham com muitas dificuldades.
Estamos iniciando os registros dos círculos realizados.

Que padrões de documentos relativos a JR, vc. utiliza na sua jurisdição e em


que momento?
Texto de resposta, respostas 7x, Não respondido 0x

Relatório técnico elaborado pelo facilitador. Audiência de apresentação.


São utilizadas cartas convite para convidar as partes, fichas de atendimento (ficha de cadastro do participante, ficha
com dados pessoais do participante), fichas para preenchimento da estatística, pesquisas de satisfação, termo de
consentimento, termo de acordo, termo de acordo - quadro prático, termo de consentimento livre e esclarecido para
pesquisa e termo de não realização de acordo
Ficha de presença. Após o curso EAD, utilizamos os formulários que foram disponibilizados.
Aqueles fornecidos pelo Projeto Piloto, os relatórios do CEJUSC e os relatórios que eram utilizados pelo extinto Projeto
de Justiça Restaurativa da SUSEPE. Quanto ao termo de consentimento, está sendo utilizado o modelo dos dois
últimos (CEJUSC e SUSEPE - quando usa-se um, não usa-se o outro).
Improvisamos a partir do que foi fornecido pela coordenação
Estamos firmando, para 2016, parceria com a FADERGS, que monitorará externamente o Projeto Voltar a Confiar e,
dentro dele, as práticas restaurativas.
Utilizamos os modelos de convite e relatório.

Consultoria 24
Cristiane Gantus e Maristela Carrara
18 de janeiro de 2016
TJRS – J21

Como se dá o fluxo do atendimento na sua comarca?


Texto de resposta, respostas 7x, Não respondido 0x

Realizada audiência de apresentação, oportunidade em que o representado e seu responsável legal aceitam a
participação na experiência restaurativa, o procedimento é encaminhado ao Foro Central (Central de Práticas
Restaurativas) para designação de técnico responsável para realização da experiência. Após, o técnico, de posse dos
autos, contata as partes e, utilizando a estrutura do Projeto Justiça Instantânea, realiza a experiência restaurativa.
São encaminhados processos cíveis, criminais e de apuração de ato infracional para a JR, para atendimento pelos
facilitadores, a critério dos Juízes titulares das referidas Varas. Também são atendidos casos pré-processuais
encaminhados ao Cejusc e casos que ocorrem nas instituições parceiras, tais como escolas, fase, creas, presídio,
promotoria de educação, secretaria de justiça social e segurança, casemi e etc.
Já respondido supra
Encaminhamentos via emial.
Pretende-se organizar formulários de encaminhamentos e registrar todos os movimentos de cada caso, para aprimorar
o monitoramento e avaliação das práticas.
conforme acima
Conforme metodologia do Programa Voltar a Confiar.
Os círculos ainda estão sendo realizados na comunidade e propostos pelos facilitadores em seus locais de trabalho e
instituições que atendem.

No papel de juiz gestor, o que estou disposto a mudar na minha atuação em


2016 para fortalecer o programa?
Texto de resposta, respostas 7x, Não respondido 0x

Continuar fomentando o programa com o encaminhamento de casos, incentivando, em especial, o Ministério Público
na viabilidade/eficácia da experiência restaurativa.
Estou disposto a fazer as mudanças que se fizerem necessárias para fortalecer cada vez mais o programa. Estou
disposto a promover as reuniões de supervisão mensais com a participação de instrutores de JR (de forma física ou
virtual), conforme já requerido pelos facilitadores, a fim de melhorar cada vez mais a qualidade dos encontros.
Maior aproximação com Poder Executivo e Legislativo para divulgação e obtenção de apoio para o programa
Abertura e audácia na implantação de práticas, porém, mantendo o rigor ético, observando as diretrizes e valorizando
o foco do processo: o ser humano.
Participar mais ativamente dos grupos de estudos e reuniões.
1) Firmar termo de cooperação com a FADERGS para monitorar externamente o Programa Voltar a Confiar, no qual se
desenvolvem os CR;
2) Obter o apoio da nova administração do TJRS para o desenvolvimento do Programa, já que na atual gestão pouco
ou nada andou;
3) Tentar conseguir outras parcerias, independentemente de apoio do TJRS, se não for possível obter auxílio maior
para desenvolver o Programa VC.
4) Divulgar o Programa, por meio de cartilha que está a ser elaborada pelo DAG.
Em 2016, com a criação da secretaria e com servidor e estagiários específicos no CEJUSC, a ideia é ampliar o
atendimento à comunidade e intensificar os círculos de construção da paz vinculados a ações judiciais.

PROMOVER ENFOQUE RESTAURATIVO: Difusão, Formações, Implantações.


O que foi feito em 2015? O que pretende fazer em 2016?
Texto de resposta, respostas 7x, Não respondido 0x

Sem comentários.
O Cejusc Pelotas recebe processos cíveis, criminais e de apuração de ato infracional para a JR, para atendimento
pelos facilitadores. Também são atendidos casos pré-processuais encaminhados ao Cejusc e casos que ocorrem nas
instituições parceiras, tais como escolas, fase, creas, presídio, promotoria de educação, secretaria de justiça social e
segurança, casemi e, também, que são encaminhados pelos cras, conselho de idosos e quais quer outros órgãos ou
atendendo diretamente a população que busca o cejusc. Implantamos também o projeto "Bons Vizinhos" com a
Consultoria 25
Cristiane Gantus e Maristela Carrara
18 de janeiro de 2016
TJRS – J21

atuação dos facilitadores em condomínios populares da cidade. Promovemos, ainda, a divulgação da JR nos mais
variados meios de comunicação. A implantação está sendo feita em diversas instituições que formaram parceria com o
Cejusc Pelotas. Para 2016 pretendemos manter as ações iniciadas e ampliar ainda mais o atendimento qualificando
cada vez mais nossos facilitadores.
Foram realizadas palestras na Universidade FEEVALE, projetos de círculos com os servidores do Poder Judiciário
para divulgação do Programa, Realização de círculos com alunos de Direito, encontros mensais com os parceiros para
fortalecer a equipe, divulgação no jornal local e nos sites da OAB e da FEEVALE.
Para o ano de 2016, pretendemos dar seguimento aos círculos com servidores do PJ da Comarca de Novo Hamburgo,
aproximação com o Poder Executivo e Legislativo Municipal para divulgação e respaldo dos servidores municipais que
integram o nosso grupo, bem como realizar parcerias com os JVD de São Leopoldo e Canoas para divulgar o
Programa
2015 - 1º Encontro de Justiça Restaurativa no Sistema Prisional; Reuniões de facilitadores; Solicitação de carga
horária dos servidores.
2016 - 2º Encontro de Justiça Restaurativa no Sistema Prisional; Reuniões e grupos de estudo sistemáticos;
Elaboração de projeto prevendo ações para o ano; Inclusão de reflexões e proposições acerca do papel da
comunidade na inclusão do público egresso do sistema carcerário.
conforme planos de ações enviados
No ano de 2015, procuramos, aos poucos, implantar o programa VC. Para 2016: parceria com a FADERGS e efetuar o
link do programa com as comunidades de origem dos egressos, para lá se realizarem os Círculos de Construção de
paz.
Em 2015, o foco principal foi a formação de facilitadores e fortalecimento dos vínculos estabelecidos entre eles.
Através de reuniões mensais, foi sendo construída a estratégia de trabalho. Para 2016, o objetivo é manter a coesão
do grupo e ampliar o trabalho.

APLICAR PRÁTICAS RESTAURATIVAS: Marco legal, Local e casos, Fluxos,


Práticas, Supervisão. O que foi feito em 2015 e o que pretende fazer em 2016?
Texto de resposta, respostas 7x, Não respondido 0x

Sem comentários.
Em Pelotas a Justiça Restaurativa já está implantada desde 2013, quando foi realizado o 1º Curso ministrado pela Key
Pranis. Desde então foram atendidos processos encaminhados pelas diversas varas do Foro para a justiça
restaurativa, foram realizados atendimentos nas escolas da rede pública e atendidos casos nos Cras e casos
encaminhados ao Cejusc. Os atendimentos são feitos em diversos locais, como no Foro, escolas, Cras, instituições
parceiras: UCPEL, CREAS, Escolas, Ministério Público, Presídio, Fase, Casemi, Secretaria de Justiça Social e
Segurança.
Os Facilitadores realizam círculos de apresentação, de reflexão, de paz, pré-círculos e círculos com as partes
envolvidas em conflitos, ou para prevenção dos conflitos. Mensalmente é realizada reunião de supervisão com todos
os colaboradores, ocasião em que são relatados os casos, esclarecidas eventuais dúvidas e planejada as ações
futuras.
Para 2016 pretendemos dar continuidade aos trabalho e projetos iniciados, bem como ampliar a rede e as ações,
visando atingir o maior número possível de pessoas.
Não "mapeamos" fluxos. Realizamos a maioria dos círculos no ambiente do Fórum, com círculos de fortalecimentos de
mulheres vítimas e também círculos de homens acusados de práticas de violência doméstica. Realizamos círculos
com os servidores do PJ da Comarca. Os parceiros estão realizando círculos no ambiente de atendimento específico
de cada um (Casa Viva Mulher, CREA, CRAS). Também foi realizado círculo na residência de uma vítima idosa e na
Horta Comunitária, com mulheres atendidas por eles.
Em 2016 pretendemos mapear os fluxos.
2015 - Fluxos pouco definidos, participação em supervisão no Núcleo (Municipal) de Justiça Restaurativa, elaboração
de materiais (artigo sobre confidencialidade);
2016 - Aprimorar o trabalho em rede e a clareza dos fluxos, criar meios mais efetivos de apoio aos facilitadores.
conforme planos de ações
Mesmos objetivos da resposta anterior.
O planejamento foi feito e os ajustes e avaliações são feitos através das reuniões mensais.

Consultoria 26
Cristiane Gantus e Maristela Carrara
18 de janeiro de 2016
TJRS – J21

ARTICULAR REDES: Articulação Sistema Justiça, Articulação Rede, Recursos


Humanos. O que foi feito em 2015? O que pretende fazer em 2016?
Texto de resposta, respostas 7x, Não respondido 0x

Sem comentários.
Foi feia a divulgação interna e externa da Justiça Restaurativa através de notícias veiculadas no jornal, internet e
televisão, panfletagem em vários órgãos e eventos e foi realizado curso de capacitação para facilitadores.
Pretendemos manter o trabalho iniciado e expandi-lo.
Somente trabalhamos com o nosso grupo. Em 2016 pretendemos solidificar o atendimento e mapear fluxos.
2015 - Discussões em reunião de facilitadores culminaram na elaboração de artigo que foi utilizado para o coletivo
(tema confidencialidade); Indicação de 2 servidores para realizar curso de formação de facilitador promovido pela rede
municipal, os quais poderão atuar como voluntários no projeto Piloto; Aproximação com a rede municipal por parceria
com CEJUSC; Inclusão do projeto Piloto na supervisão do Núcleo JR.
2016 - A relação com o Poder Executivo Municipal promoverá a capacitação de 1000 facilitadores, onde muitos
poderão ser voluntários do projeto; Quatro servidores da SUSEPE terão 1 dia/sem para práticas e dois servidores
terão 2 dias/semana para trabalhar exclusivamente no projeto.
conforme planos de ações
Já respondido anteriormente.
A articulação foi pensada e executada desde o princípio através do chamamento de diversas instituições que
indicaram representantes para serem facilitadores e difundirem o trabalho na comunidade como um todo.

PROMOVER AMBIENTAÇÃO RESTAURATIVA: Desjudicialização,


Capilarização, Pactuação de fluxos administrativos. O que foi feito em 2015? O
que pretende fazer em 2016?
Texto de resposta, respostas 7x, Não respondido 0x

Sem comentários.
Foram feitas várias parcerias com instituições interessadas, nas quais foram capacitados funcionários e nesses locais
são realizados pré-círculos e círculos restaurativos. Pretendemos manter as parcerias criadas em 2015 e ampliar a
rede em 2016.
Desjudicialização: a partir dos fluxos de atendimento e de aplicação de práticas restaurativas com orientação
extrajudicial houve a diminuição da judicialização dos casos e conflitos
Capilarização: ações realizadas em Postos de Justiça Comunitária, CRAS, CREAS, Escolas, Condomínios, com
implantação de políticas públicas para a pacificação social e resolução adequada dos conflitos, através da
conscientização da comunidade por meio de Palestras, Pré-Círculos e Círculos restaurativos, Campanhas e Projetos
Sociais
Pactuação de fluxos administrativos: os entendimentos e acordos são firmados pelos participantes: Termos de
Compromisso - entendimento
Como respondido anteriormente, ainda não mapeamos fluxos, pretendemos fazê-lo em 2016
2015 - Criou-se um processo de aproximação com o paradigma restaurativo.
2016 - Desenvolvimento de fluxos que promovam práticas restaurativas antes de outras medidas judicializadas, assim
como, desenvolvimento de diálogo entre as práticas já judicializadas e o enfoque restaurativo.
conforme planos de ações
Já respondido anteriormente.
O trabalho vem sendo construído junto às instituições e divulgado na comunidade.

PROMOVER TRANSFORMAÇÕES: Reconfiguração dos Fluxogramas de


Serviço e Organograma Interinstitucional, Sistematização e Compartilhamento.
O que foi feito em 2015? O que pretende fazer em 2016?
Texto de resposta, respostas 7x, Não respondido 0x

Consultoria 27
Cristiane Gantus e Maristela Carrara
18 de janeiro de 2016
TJRS – J21

Sem comentários.
Os casos são atendidos no cejusc ou por instituições parceiras, pelos facilitadores conforme modelos de atendimento,
preenchendo as fichas encaminhadas aos facilitadores e mensalmente na reunião de supervisão é entregue o material
informativo, para fins de estatística, sendo que os demais documentos, tais como fichas de cadastro ficam arquivadas
na própria instituição que fez o atendimento. Em 2016 será mantido o modelo.
Como respondido anteriormente, ainda não mapeamos fluxos, pretendemos fazê-lo em 2016
2015 - Foram realizadas reuniões para definições e percebeu-se a necessidade de promoção de maior suporte e
motivação aos facilitadores.
2016 - Expectativa de que o tempo de dedicação dos servidores a partir da combinação de cedência realizada para
2016, além da definição do responsável pela Secretaria Local, junto com o acompanhamento da Coordenação do
Projeto Piloto, venham a propiciar mais clareza e melhoramento dos processos.
conforme planos de ações
Em desenvolvimento, em virtude da implantação gradual do Programa Voltar a Confiar.
Apesar do pouco tempo de trabalho realizado em 2015, muitas práticas aconteceram e outras estão sendo articuladas.
Para 2016, o objetivo é ampliar e melhorar o trabalho.

Outras contribuições / observações:


Texto de resposta, respostas 7x, Não respondido 0x

Sem comentários.
Os Facilitadores sentem necessidade de uma supervisão mensal com a presença do instrutor de Justiça Restaurativa.
Como o prazo era exíguo, e em função do acúmulo de jurisdição nessa época do ano, encaminhei somente hoje, de
forma muito resumida. Fico à disposição para esclarecimentos.
- Em relação à articulação da rede, cabe informar que a SUSEPE, por meio dos mesmos facilitadores que participam
do Projeto Piloto, compõe a Comissão de Paz do Núcleo de Justiça Restaurativa, prevista conforme Lei Municipal. O
Projeto Piloto ainda não foi integrado a esta Comissão e pensa-se em como promover da melhor forma possível essa
sinergia.
- Percebe-se um bom campo de atuação das práticas restaurativas a intervenção na relação entre as partes em
momentos de audiência, embora para isto vir a ocorrer seja necessário que a equipe de facilitadores esteja
suficientemente fortalecida.
- É imprescindível a formação continuada dos facilitadores, para garantir o sucesso da experiência.
Orientação, apoio técnico/humano e, muito especialmente, uma supervisão maior.
Já respondidas nos questionamentos anteriores.
A Justiça Restaurativa vem transformar a sociedade e o Poder Judiciário. Na comarca de Sapiranga, estamos
iniciando um trabalho que será trilhado com muita alegria, com vontade de vencer os desafios.

Anexo II – Respostas ao questionário de monitoramento


base

Consultoria 28
Cristiane Gantus e Maristela Carrara
18 de janeiro de 2016
Total

No. Pós-círculo realizado? Observações quanto ao pós-


Vara Categoria Tipo de caso sub-categoria Resultados
participantes (sim ou não) círculo
1 Pelotas JR CASO DE VIOLÊNCIA ESCOLAR 5 escolar ENTENDIMENTO TOTAL 0
2 Pelotas JR CASO DE VIOLÊNCIA ESCOLAR 5 escolar ENTENDIMENTO PARCIAL 0
3 Pelotas JR CASO DE VIOLÊNCIA ESCOLAR 5 escolar ENTENDIMENTO PARCIAL 0
4 Pelotas JR CASO DE VIOLÊNCIA ESCOLAR 5 escolar ENTENDIMENTO PARCIAL 0
5 Pelotas JR CASO DE VIOLÊNCIA ESCOLAR 18 escolar SOLUÇÃO DO CONFLITO 0
6 Pelotas JR CASO DE VIOLÊNCIA ESCOLAR 7 escolar ENTENDIMENTO TOTAL 0
7 Pelotas JR CASO DE VIOLÊNCIA ESCOLAR 8 escolar NÃO INFORMADO 0
8 Pelotas JR CASO DE VIOLÊNCIA ESCOLAR 8 escolar NÃO INFORMADO 0
9 Pelotas JR CASO DE VIOLÊNCIA ESCOLAR 9 escolar NÃO INFORMADO 0
10 Pelotas JR CASO DE VIOLÊNCIA ESCOLAR 9 escolar NÃO INFORMADO 0
11 Pelotas JR CASO ESCOLAR – CÍRC. REFLEXAÇÃO 15 escolar ENTENDIMENTO 0
12 Pelotas JR AMEAÇA – PROC. CRIMINAL 6 pré-processual NÃO HOUVE ENTENDIMENTO 0
13 Pelotas JR AMEAÇA – PROC. CRIMINAL 2 pré-processual ENTENDIMENTO 0
Ofensor e vítima – resgate e
fortalecimento dos vínculos,
14 Novo Hamburgo JR Círculo na Casa Viva Mulher - 10/12/2005 4 vítima - ofensor 0
reflexão sobre a violência e
impactos na família
Não chegou a ser realizado o
círculo, pois o adolescente,
15 Passo Fundo Pre Ato infracional - Furto 2 ato infracional autor do ato inracional, não 0
compareceu aos encontros
agendados.
A adolescente, em tese autora
do ato infracional, estava muito
16 Passo Fundo Pre Ato infracional - Tentativa de Homicídio 1 ato infracional fragilizada e não aceitou 0
participar de círculo com a
vítima
Realizado apenas o pré-
círculo com a ofendida, que
foi professora do ofensor. A
professora relatou o quanto
seria importante a realização
do círuclo com os demais
17 Passo Fundo Pre Ato infracional - Ameaça 1 ato infracional 0
professores da esocla, que
também já estiveram em
conflito com o adolescente.
Realizadas diversas tentativas
sem obtenção de êxito quanto
ao contato com o adolescente.

A adolescente, vítima, veio


18 Passo Fundo Pre Ato infracional – Lesão Corporal 2 ato infracional acompanhada da mãe, que 0
não aceitou tocar no assunto.
A vítima compreendeu o pré-
círculo e está disposto a
conversar com os familiares
do ofensor, mas prefere
aguardar para conversar com
19 Passo Fundo Pre Ato infracional – Tentativa de homicídio 1 ato infracional o ofensor. 0
Foram marcados dois
encontros com o ofensor e
sua família, mas apesar de
aceitarem participar do pré-
círculo, não comparecem.
Houve a explanação dos
princípios da Justiça
Ato infracional – Tentativa de Homicídio Restaurativa, no entanto o
20 Passo Fundo Pre 1 ato infracional 0
ofensor relata que ainda não
consegue se colocar frente a
frente com a vítima.
Realizados os pré-círculos
com os pais da criança, a
Dissolução de União Estável – fortalecimento de vínculos
genitora informou não ter
21 Passo Fundo Pre familiares com o filho do casal – pedido de guarda 2 cível - família 0
condições emocionais para
compartilhada (encaminhado pela Vara de Família)
dialogar com o ex-
companheiro.
em andamento ; família está
22 POA VD Pre relações familiares 5 familiar agradecida pelo espaço de 0
fala
23 POA VD Pre relações familiares 2 familiar em andamento 0
em andamento; família
24 POA VD Pre relações familiares 3 familiar resolveu buscar ajuda 0
terapêutica
25 POA VD Pre relações familiares 1 familiar em andamento 0
26 POA VD Pre relações familiares 3 familiar em andamento 0
em andamento; realizado 1º
27 POA VD Pre relações familiares 1 familiar 0
pre-circulo
Foram realizados três pré-
círculos com os envolvidos,
28 Passo Fundo Pre Acolhimento Institucional – fortalecimento de vínculos 8 não definido que são diversos familiares. O 0
círculo será realizado no dia
18/12/2015.
Realizado o pré-círculo, os
29 Passo Fundo Pre Acolhimento institucional – fortalecimento de vínculos 5 não definido envolvidos aceitaram participa 0
do círculo.
CASO AINDA EM
30 Pelotas Pre PRÉ-PROCESSUAL AGRESSÕES CASA DAS MENINAS 2 3 pré-processual 0
ANDAMENTO
Criação de vínculos e um
grupo para conversar sobre a Compromisso assumido para realizar
31 Passo Fundo Sensibilizacao Círculo de Diálogo com pais – Projeto para o CEJUME 12 comunidade 0
educação dos filhos no século mais três encontros.
XXI
Alguns pais novos e outros qu
ejá haviam participado; Compromissos assumidos de rever a
32 Passo Fundo Sensibilizacao Círculo de Diálogo com pais – Projeto para o CEJUME 11 comunidade 0
dinâmicas reflexinas sobre a forma de diálogo com os filhos.
educação dos jovens hoje.
Alguns pais novos e outros Compromisso dos pais e interese em
que já haviam participado; dar continuidade aos círculos dizendo
33 Passo Fundo Sensibilizacao Círculo de Diálogo com pais – Projeto para o CEJUME 12 comunidade 0
dinânimas reflexivas sobre a o quanto mudou as atitudes deles em
educação dos jovens hoje. relação aos filhos após os encontros.
Objetivo do encontro:
desenvolver, por meio de um
Rever os compromissos com realce
círculo de celebração, um
para os valores que nos agregam e
34 Passo Fundo Sensibilizacao Círculo de Diálogo com pais – Projeto para o CEJUME 12 comunidade olhar retrospectivo das ações 0
sustentam, dando continuidade aos
desenvolvidas no ano de 2015,
trabalhos em 2016.
comemorando os trabalhos
realizados.
construção do projeto de
prepraração e qualificação
35 POA VD Sensibilizacao grupo de mulheres 11 comunidade 0
das mulheres para o trabalho,
parceria com o Senac/RS
Fortalecimento de vínculos entre mulheres com sintomas de Melhora na auto-estima/
36 Sapiranga Sensibilizacao 8 comunidade sim Resultados positivos
depressão Reconhecer-se no outro
Olhar amigo/ Sentimento de
37 Sapiranga Sensibilizacao Fortalecimento de vínculos com aluno de Ensino Médio 13 comunidade sim Resultados positivos
pertencimento
38 Sapiranga Sensibilizacao Auto-estima com mulheres com excesso de peso 24 comunidade Melhora na auto-estima sim Resultados positivos
A escolha do Curso Superior com alunos do 3º ano do Descoberta de possíveis
39 Sapiranga Sensibilizacao 12 comunidade sim Resultados positivos
Ensino Médio caminhos

Page 1
Total

Fortalecer laços da família de


40 Novo Hamburgo Sensibilizacao Círculo na residência de vítima idosa – novembro de 2015 9 familiar 0
vítima (mulher idosa)
Há necessidade de equipe técnica na
Vara, a ser provida pelo TJRS, para
melhoria do trabalho e
41 POA Sensibilizacao CR para fortalecimento de vínculos familiares 27 familiar Muito bons 0 encaminhamentos pós-circulo, o que,
infelizmente, não existe. O trabalho
fica prejudicado se não há equipe de
apoio.
Reconhecimento de suas
42 Sapiranga Sensibilizacao Conflito Familiar com adolescentes 14 familiar sim Resultados positivos
limitações
Família com situação de
violência e vulnerabilidade –
43 Novo Hamburgo Sensibilizacao Círculo realizado no CRAS - 11/12/2015 6 familiar 0
resgate e fortalecimento de
vínculos
melhora na comunicação e
44 POA VD Sensibilizacao relações familiares 4 familiar compromisso de tratarem-se 0
com respeito
Reflexão quanto à
transformação dos
45 Caxias Sensibilizacao Círculo de Construção da Paz - Círculo de Diálogo 4 não definido comportamentos interpessoais 0
e reflexões sobre saúde, delito
e conjuntura social.

Reflexão quanto à
transformação dos
46 Caxias Sensibilizacao Círculo de Construção da Paz - Círculo de Diálogo 4 não definido comportamentos interpessoais 0
e reflexões sobre saúde, delito
e conjuntura social.

Reflexão quanto à
transformação dos
47 Caxias Sensibilizacao Círculo de Construção da Paz - Círculo de Diálogo 3 não definido comportamentos interpessoais 0
e reflexões sobre saúde, delito
e conjuntura social.
Quebra de Paradigmas,
aproximação entre as
48 Caxias Sensibilizacao Círculo de Construção da Paz - Círculo de Diálogo 7 não definido pessoas, promoção de 0
tranquilidade e de estabilidade
emocional.
Reflexão quanto à
transformação dos
49 Caxias Sensibilizacao Círculo de Construção da Paz - Círculo de Diálogo 2 não definido comportamentos interpessoais 0
e reflexões sobre saúde, delito
e conjuntura social.
Diminuição de ansiedades,
fortalecimento de autoestima e
de autoconfiança,
50 Caxias Sensibilizacao Círculo de Construção da Paz - Círculo de Diálogo 10 não definido 0
aproximação das pessoas
participantes, reflexão sobre o
futuro.
APRESENTAÇÃO DO
51 Pelotas Sensibilizacao CASO ESCOLAR – CÍRC. APRESENTAÇÃO 13 não definido 0
TRABALHO
APRESENTAÇÃO DO
52 Pelotas Sensibilizacao CASO ESCOLAR– CÍRC. APRESENTAÇÃO 13 não definido 0
TRABALHO
APRESENTAÇÃO DO
53 Pelotas Sensibilizacao CASO ESCOLAR– CÍRC. APRESENTAÇÃO 13 não definido 0
TRABALHO
APRESENTAÇÃO DO
54 Pelotas Sensibilizacao CASO ESCOLAR– CÍRC. APRESENTAÇÃO 14 não definido 0
TRABALHO
APRESENTAÇÃO DO
55 Pelotas Sensibilizacao CASO ESCOLAR – CÍRC. APRESENTAÇÃO 20 não definido 0
TRABALHO
APRESENTAÇÃO DO
56 Pelotas Sensibilizacao CASO ESCOLAR – CÍRC. APRESENTAÇÃO 20 não definido 0
TRABALHO
APRESENTAÇÃO DO
57 Pelotas Sensibilizacao CASO ESCOLAR – CÍRC. APRESENTAÇÃO 20 não definido 0
TRABALHO
APRESENTAÇÃO DO
58 Pelotas Sensibilizacao CASO ESCOLAR – CÍRC. APRESENTAÇÃO 20 não definido 0
TRABALHO
APRESENTAÇÃO DO
59 Pelotas Sensibilizacao CASO ESCOLAR – CÍRC. APRESENTAÇÃO 15 não definido 0
TRABALHO
APRESENTAÇÃO DO
60 Pelotas Sensibilizacao CASO ESCOLAR – CÍRC. APRESENTAÇÃO 16 não definido 0
TRABALHO
APRESENTAÇÃO DO
61 Pelotas Sensibilizacao CASO ESCOLAR – CÍRC. APRESENTAÇÃO 16 não definido 0
TRABALHO
APRESENTAÇÃO DO
62 Pelotas Sensibilizacao CASO ESCOLAR – CÍRC. APRESENTAÇÃO 16 não definido 0
TRABALHO
APRESENTAÇÃO DO
63 Pelotas Sensibilizacao CASO ESCOLAR – CÍRC. APRESENTAÇÃO 17 não definido 0
TRABALHO
APRESENTAÇÃO DO
64 Pelotas Sensibilizacao CASO ESCOLAR – CÍRC. APRESENTAÇÃO 10 não definido 0
TRABALHO
APRESENTAÇÃO DO
65 Pelotas Sensibilizacao CASO ESCOLAR – CÍRC. APRESENTAÇÃO 11 não definido 0
TRABALHO
APRESENTAÇÃO DO
66 Pelotas Sensibilizacao CASO ESCOLAR – CÍRC. APRESENTAÇÃO 18 não definido 0
TRABALHO
APRESENTAÇÃO DO
67 Pelotas Sensibilizacao CASO ESCOLAR – CÍRC. APRESENTAÇÃO 18 não definido 0
TRABALHO
APRESENTAÇÃO DO
68 Pelotas Sensibilizacao CASO ESCOLAR – CÍRC. APRESENTAÇÃO 20 não definido 0
TRABALHO
69 Pelotas Sensibilizacao CASO ESCOLAR – CÍRC. REFLEXAÇÃO 13 não definido ENTENDIMENTO 0
70 Pelotas Sensibilizacao CASO ESCOLAR – CÍRC. REFLEXAÇÃO 13 não definido ENTENDIMENTO 0
71 Pelotas Sensibilizacao CASO ESCOLAR – CÍRC. REFLEXAÇÃO 2 não definido ENTENDIMENTO 0
72 Pelotas Sensibilizacao CASO ESCOLAR – CÍRC. REFLEXAÇÃO 2 não definido ENTENDIMENTO 0
73 Pelotas Sensibilizacao CASO ESCOLAR – CÍRC. REFLEXAÇÃO 4 não definido ENTENDIMENTO 0
74 Pelotas Sensibilizacao CASO ESCOLAR – CÍRC. REFLEXAÇÃO 2 não definido ENTENDIMENTO 0
75 Pelotas Sensibilizacao CASO ESCOLAR – CÍRC. REFLEXAÇÃO 4 não definido ENTENDIMENTO 0
76 Pelotas Sensibilizacao CASO ESCOLAR – CÍRC. REFLEXAÇÃO 5 não definido ENTENDIMENTO 0
Há necessidade de equipe técnica na
Vara, a ser provida pelo TJRS, para
melhoria do trabalho e
77 POA Sensibilizacao CR para fortalecimento da auto-estima 25 não definido Muito bons 0 encaminhamentos pós-circulo, o que,
infelizmente, não existe. O trabalho
fica prejudicado se não há equipe de
apoio.
Há necessidade de equipe técnica na
Vara, a ser rovida pelo TJRS, para
melhoria do trabalho e
78 POA Sensibilizacao CR para fortalecimento da auto-estima 25 não definido Muito bons 0 encaminhamentos pós-circulo, o que,
infelizmente, não existe. O trabalho
fica prejudicado se não há equipe de
apoio.
Melhora da auto-estima e
79 Sapiranga Sensibilizacao Conflitos na busca de trabalho - adolescentes 8 não definido sim Resultados positivos
abertura de novos horizontes
Fortalecimento da auto-estima,
80 Sapiranga Sensibilizacao Auto-estima - mulheres 7 não definido sim Resultados positivos
reestabelecimento da alegria
Mulheres em privação de
liberdade refletiram sobre
81 Caxias Sensibilizacao Círculo de Construção da Paz - Círculo de Diálogo 5 ofensores 0
autocuidado e
relacionamentos.
Homens em privação de
liberdade refletiram sobre
82 Caxias Sensibilizacao Círculo de Construção da Paz - Círculo de Diálogo 4 ofensores dificuldades e potencialidades, 0
reafirmando desejo de
mudança.

Page 2
Total

Expressão de angustias,
possibilitando partilhá-las com
o grupo e assim diminuir o mal
estar, fortalecimento de
83 Caxias Sensibilizacao Círculo de Construção da Paz - Círculo de Diálogo 6 ofensores 0
autoconhecimento e da
harmonia do grupo de trabalho
(público apenados
trabalhadores da cozinha)
Ressonâncias, aumento da
abertura para novas
84 Caxias Sensibilizacao Círculo de Construção da Paz - Círculo de Diálogo 5 ofensores possibilidades de contrução de 0
cada um (foco de preparação
para a liberdade)
Obs – foram realizadas entrevistas
Círculo com ofensores Trabalhar questões de gênero, individuais e, posteriormente, seis
85 Novo Hamburgo Sensibilizacao 6 ofensores 0
(não obtive a data precisa) responsabilização encontros, sendo um deles em forma
de Círculo de Paz
Execução de Medida – Semiliberdade – rompimento de
86 Passo Fundo Sensibilizacao 5 ofensores Restauração do vínculo sim satisfatório
vínculo entre os internos
Esclarecimento a respeito da
proposta da JR e círculos de
construção de paz –
conscientização para a
87 Passo Fundo Sensibilizacao Sensibilização dos Vereadores 25 parceiros 0
aprovação da Lei Municipal de
Pacificação e Práticas
Restaurativas, posteriormente
aprovada.
Sensilibilização do Secretário
e de alguns servidores com
possível realização de curso
para capacitação de mais 25
88 Passo Fundo Sensibilizacao Sensibilização - Secretaria da Saúde 10 parceiros 0
facilitadores, a ser contratado
e realizado pela Secretaria
Municipal da Saúde em janeiro
de 2016.

Trabalho de apresentação dos


89 Passo Fundo Sensibilizacao Círculo de Diálogo 40 parceiros círculos de construção de paz 0
para professores indígenas.
Novas formas de ver e
90 Sapiranga Sensibilizacao Fortalecimento de vínculos - pastores 8 parceiros sim Resultados positivos
trabalhar com a comunidade
Valorização do papel do
91 Sapiranga Sensibilizacao Papel dos diretores de escola na comunidade 3 parceiros sim Resultados positivos
diretor
Contato com os objetivos do
92 Sapiranga Sensibilizacao Divulgação do círculo para diretores de escolas do Estado 5 parceiros sim Resultados positivos
Círculo de Construção de Paz
Fortalecimento de vínculos com professores do Ensino
93 Sapiranga Sensibilizacao 35 parceiros Valorização sim Resultados positivos
Privado
Olhar mais empático dos
Agentes Penitenciários com os
94 Caxias Sensibilizacao Círculo de Construção da Paz - Círculo de Aprendizagem 15 servidores apenados; envolvimento, 0
adesão e receptividade com o
paradigma restaurativo.

Este círculo teve como objetivo


oportunizar o encontro dos
servidores desta casa prisiona
para que pudessem dialogar e
fazer um entendimento de uma
situação difícil, a qual os
afetou emocionalmente e
institucionalmente.
No círculo foi possibilitado a
expressão genuína dos seus
sentimentos pessoais, bem
como a expressão dos
sentimentos despertados com
95 Caxias Sensibilizacao Círculo de Construção da Paz – Círculo de Compreensão 7 servidores relação a colega envolvida 0
diretamente na situação.
Como resultado, foi
disponibilizado um espaço de
continente, apoio e valorização
aos servidores.
Ao final, os mesmos trouxeram
uma vivência pessoal difícil,
porém, desta "fizeram do limão
uma limonada", ou seja,
refletiram e trabalharam a
questão de conseguir
apreender de forma positiva
com as adversidades da vida.

Aproximação dos Agentes


Penitenciários com o
96 Caxias Sensibilizacao Círculo de Construção da Paz - Círculo de Aprendizagem 5 servidores paradigma restaurativo, 0
reflexão sobre a importância
de cada um para o todo.
proximação dos Agentes
Penitenciários com o
paradigma restaurativo,
97 Caxias Sensibilizacao Círculo de Construção da Paz - Círculo de Aprendizagem 6 servidores 0
reflexão sobre enfoque
protetivo e cuidador da
função.
Humanização, melhora
98 Novo Hamburgo Sensibilizacao Círculo Servidores Fórum - 15/07/2015 9 servidores atendimento das partes e 0
advogados, senso de equipe
Humanização, apresentação
99 Novo Hamburgo Sensibilizacao Círculo Servidores Direção do Foro - 24/07/2015 4 servidores 0
do Programa
Humanização para
Círculo Servidores Juizado de Violência Doméstica -
100 Novo Hamburgo Sensibilizacao 4 servidores atendimento às vítimas, 0
28/07/2015
apresentação do Programa
Humanização, melhora
101 Novo Hamburgo Sensibilizacao Círculo Servidores Fórum - 31/07/2015 5 servidores atendimento das partes e 0
advogados, senso de equipe
Humanização, melhora
102 Novo Hamburgo Sensibilizacao Círculo Servidores Fórum - 11/08/2015 9 servidores atendimento das partes e 0
advogados, senso de equipe
Humanização, melhora
103 Novo Hamburgo Sensibilizacao Círculo Servidores Fórum - 17/08/2015 6 servidores atendimento das partes e 0
advogados, senso de equipe
Humanização, melhora
104 Novo Hamburgo Sensibilizacao Círculo Servidores Fórum - 25/08/2015 8 servidores atendimento das partes e 0
advogados, senso de equipe
Humanização, melhora
105 Novo Hamburgo Sensibilizacao Círculo Servidores Fórum - 08/09/2015 7 servidores atendimento das partes e 0
advogados, senso de equipe
Humanização, melhora
106 Novo Hamburgo Sensibilizacao Círculo Servidores Fórum - 15/09/2015 9 servidores atendimento das partes e 0
advogados, senso de equipe
Humanização, melhora
107 Novo Hamburgo Sensibilizacao Círculo Servidores Fórum - 18/09/2015 9 servidores atendimento das partes e 0
advogados, senso de equipe

Page 3
Total

Humanização, melhora
108 Novo Hamburgo Sensibilizacao Círculo Servidores Fórum - 22/09/2015 8 servidores atendimento das partes e 0
advogados, senso de equipe
Humanização, melhora
109 Novo Hamburgo Sensibilizacao Círculo Servidores Fórum - 25/09/2015 7 servidores atendimento das partes e 0
advogados, senso de equipe
Humanização, melhora
110 Novo Hamburgo Sensibilizacao Círculo Servidores Fórum - 28/09/2015 9 servidores atendimento das partes e 0
advogados, senso de equipe
Humanização, melhora
111 Novo Hamburgo Sensibilizacao Círculo Servidores Fórum - 06/10/2015 8 servidores atendimento das partes e 0
advogados, senso de equipe
Motivação, atualização das
112 Novo Hamburgo Sensibilizacao Círculo com a Equipe JR de NH 07/10/2015 10 servidores 0
atividades, engajamento
Humanização, melhora
113 Novo Hamburgo Sensibilizacao Círculo Servidores Fórum - 13/10/2015 7 servidores atendimento das partes e 0
advogados, senso de equipe
Humanização, melhora
114 Novo Hamburgo Sensibilizacao Círculo Servidores Fórum - 19/10/2015 7 servidores atendimento das partes e 0
advogados, senso de equipe
Motivação, atualização das
115 Novo Hamburgo Sensibilizacao Círculo com a Equipe JR de NH 03/12/2015 9 servidores 0
atividades, engajamento
Esclarecimentos sobre a JR e
Os participantes demonstraram
fortalecimento dos vínculos
116 Passo Fundo Sensibilizacao Fortalecimento de Vínculos – equipe JIJ Passo Fundo 14 servidores sim interesse em continuar realizando
entre Juiz, servidores e
estes encontros.
estagiários.
círculo de celebração do ano
117 POA VD Sensibilizacao grupo de servidores 20 servidores de 2015, e revitalização dos 0
laços do grupo
118 Novo Hamburgo Sensibilizacao Círculo de vítimas - 26/06/2015 5 vítimas Fortalecimento sim Ver item 21
119 Novo Hamburgo Sensibilizacao Círculo de vítimas - 03/07/2015 6 vítimas Fortalecimento sim Ver item 21
120 Novo Hamburgo Sensibilizacao Círculo de vítimas - 10/07/2015 6 vítimas Fortalecimento sim Ver item 21
121 Novo Hamburgo Sensibilizacao Círculo de vítimas - 17/07/2015 5 vítimas Fortalecimento sim Ver item 21
Verificar a situação das
As vítimas saíram fortalecidas em sua
122 Novo Hamburgo Sensibilizacao Círculo com vítimas (pós -círculo) 13/11/2015 5 vítimas vítimas que já participaram dos 0
autoestima.
encontros anteriores
Mulheres em situação de
vulnerabilidade/violência
Círculo realizado na Horta Comunitária Joanna de Angelis
123 Novo Hamburgo Sensibilizacao 13 vítimas doméstica atendidas pela horta 0
12/12/2015
– fortalecimento e resgate de
autoestima

Page 4
Oficina de Avaliação 2015
& Planejamento 2016
MONITORAMENTO BASE PROGRAMA JR21 TJ RS

Unidade Jurisdicional de Referência: Vara de Execução Criminal


Comarca: Caxias do Sul

Por favor preencha dados de monitoramento para cada círculo realizado na sua jurisdição em ordem cronológica.
(sendo o no. 1 correspondente ao primeiro círculo realizado, e assim por diante)

Círculo nº Tipo de caso No. de Resultados alcançados neste cícrulo Pós-círculo Observaçõ
participantes realizado? es quanto
além do (sim ou não) ao pós-
facilitador círculo
1 Círculo de Construção da Paz - 15 Olhar mais empático dos Agentes Penitenciários com os apenados; Não
Círculo de Aprendizagem envolvimento, adesão e receptividade com o paradigma restaurativo.
2 Círculo de Construção da Paz – 7 Este círculo teve como objetivo oportunizar o encontro dos servidores Não
Círculo de Compreensão desta casa prisional para que pudessem dialogar e fazer um
entendimento de uma situação difícil, a qual os afetou emocionalmente
e institucionalmente.
No círculo foi possibilitado a expressão genuína dos seus sentimentos
pessoais, bem como a expressão dos sentimentos despertados com
relação a colega envolvida diretamente na situação.
Como resultado, foi disponibilizado um espaço de continente, apoio e
valorização aos servidores.
Ao final, os mesmos trouxeram uma vivência pessoal difícil, porém,
desta "fizeram do limão uma limonada", ou seja, refletiram e
trabalharam a questão de conseguir apreender de forma positiva com
as adversidades da vida.
3 Círculo de Construção da Paz - 5 Aproximação dos Agentes Penitenciários com o paradigma Não
Círculo de Aprendizagem restaurativo, reflexão sobre a importância de cada um para o todo.
4 Círculo de Construção da Paz - 6 proximação dos Agentes Penitenciários com o paradigma restaurativo, Não
Círculo de Aprendizagem reflexão sobre enfoque protetivo e cuidador da função.
5 Círculo de Construção da Paz - 4 Reflexão quanto à transformação dos comportamentos interpessoais e Não
Círculo de Diálogo reflexões sobre saúde, delito e conjuntura social.
6 Círculo de Construção da Paz - 4 Reflexão quanto à transformação dos comportamentos interpessoais e Não
Círculo de Diálogo reflexões sobre saúde, delito e conjuntura social.
7 Círculo de Construção da Paz - 3 Reflexão quanto à transformação dos comportamentos interpessoais e Não
Círculo de Diálogo reflexões sobre saúde, delito e conjuntura social.
8 Círculo de Construção da Paz - 7 Quebra de Paradigmas, aproximação entre as pessoas, promoção de Não
Círculo de Diálogo tranquilidade e de estabilidade emocional.
9 Círculo de Construção da Paz - 2 Reflexão quanto à transformação dos comportamentos interpessoais e Não
Círculo de Diálogo reflexões sobre saúde, delito e conjuntura social.
10 Círculo de Construção da Paz - 5 Mulheres em privação de liberdade refletiram sobre autocuidado e Não
Círculo de Diálogo relacionamentos.
11 Círculo de Construção da Paz - 4 Homens em privação de liberdade refletiram sobre dificuldades e Não
Círculo de Diálogo potencialidades, reafirmando desejo de mudança.
12 Círculo de Construção da Paz - 6 Expressão de angustias, possibilitando partilhá-las com o grupo e Não
Círculo de Diálogo assim diminuir o mal estar, fortalecimento de autoconhecimento e da
harmonia do grupo de trabalho (público apenados trabalhadores da
cozinha)
13 Círculo de Construção da Paz - 10 Diminuição de ansiedades, fortalecimento de autoestima e de Não
Círculo de Diálogo autoconfiança, aproximação das pessoas participantes, reflexão sobre
o futuro.
14 Círculo de Construção da Paz - 5 Ressonâncias, aumento da abertura para novas possibilidades de Não
Círculo de Diálogo contrução de cada um (foco de preparação para a liberdade)

Data: 18 de dezembro de 2015


Responsável pela sistematização das informações: Daiane Carbonera
Cargo/função: Técnica Superior Penitenciária/Psicóloga, servidora da SUSEPE
E-mail: daiane-carbonera@susepe.rs.gov.br
Telefone: 54-91559251/54-32283502/54-32281988 ramal 1102
Oficina de Avaliação 2015
& Planejamento 2016
MONITORAMENTO BASE PROGRAMA JR21 TJ RS

Unidade Jurisdicional de Referência: Juizado Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher


Comarca: Novo Hamburgo

Por favor preencha dados de monitoramento para cada círculo realizado na sua jurisdição em ordem cronológica.
(sendo o no. 1 correspondente ao primeiro círculo realizado, e assim por diante)

Círculo nº Tipo de caso No. de participantes Resultados alcançados neste cícrulo Pós-círculo Observações quanto ao pós-
além do facilitador realizado? círculo
(sim ou não)
1 Círculo de vítimas - 26/06/2015 05 Fortalecimento sim Ver item 21
2 Círculo de vítimas - 03/07/2015 06 Fortalecimento sim Ver item 21
3 Círculo de vítimas - 10/07/2015 06 Fortalecimento sim Ver item 21
4 Círculo Servidores Fórum - 09 Humanização, melhora atendimento das não
15/07/2015 partes e advogados, senso de equipe
5 Círculo de vítimas - 17/07/2015 05 Fortalecimento sim Ver item 21
6 Círculo Servidores Direção do 04 Humanização, apresentação do não
Foro - 24/07/2015 Programa
7 Círculo Servidores Juizado de 04 Humanização para atendimento às não
Violência Doméstica - 28/07/2015 vítimas, apresentação do Programa
8 Círculo Servidores Fórum - 05 Humanização, melhora atendimento das não
31/07/2015 partes e advogados, senso de equipe
9 Círculo Servidores Fórum - 09 Humanização, melhora atendimento das não
11/08/2015 partes e advogados, senso de equipe
10 Círculo Servidores Fórum - 06 Humanização, melhora atendimento das não
17/08/2015 partes e advogados, senso de equipe
11 Círculo Servidores Fórum - 08 Humanização, melhora atendimento das não
25/08/2015 partes e advogados, senso de equipe
12 Círculo Servidores Fórum - 07 Humanização, melhora atendimento das não
08/09/2015 partes e advogados, senso de equipe
13 Círculo Servidores Fórum - 09 Humanização, melhora atendimento das não
15/09/2015 partes e advogados, senso de equipe
14 Círculo Servidores Fórum - 09 Humanização, melhora atendimento das não
18/09/2015 partes e advogados, senso de equipe
15 Círculo Servidores Fórum - 08 Humanização, melhora atendimento das não
22/09/2015 partes e advogados, senso de equipe
16 Círculo Servidores Fórum - 07 Humanização, melhora atendimento das não
25/09/2015 partes e advogados, senso de equipe
17 Círculo Servidores Fórum - 09 Humanização, melhora atendimento das não
28/09/2015 partes e advogados, senso de equipe
18 Círculo Servidores Fórum - 08 Humanização, melhora atendimento das não
06/10/2015 partes e advogados, senso de equipe
19 Círculo com a Equipe JR de NH 10 Motivação, atualização das atividades, -----
07/10/2015 engajamento
20 Círculo Servidores Fórum - 07 Humanização, melhora atendimento das não
13/10/2015 partes e advogados, senso de equipe
21 Círculo Servidores Fórum - 07 Humanização, melhora atendimento das não
19/10/2015 partes e advogados, senso de equipe
22 Círculo com vítimas (pós -círculo) 05 Verificar a situação das vítimas que já ___ As vítimas saíram fortalecidas em
13/11/2015 participaram dos encontros anteriores sua autoestima.

23 Círculo com ofensores 06 Trabalhar questões de gênero, não Obs – foram realizadas
(não obtive a data precisa) responsabilização entrevistas individuais e,
posteriormente, seis encontros,
sendo um deles em forma de
Círculo de Paz
24 Círculo na residência de vítima 09 Fortalecer laços da família de vítima não
idosa – novembro de 2015 (mulher idosa)

25 Círculo com a Equipe JR de NH 09 Motivação, atualização das atividades, -----


03/12/2015 engajamento
26 Círculo na Casa Viva Mulher - 04 Ofensor e vítima – resgate e não
10/12/2005 fortalecimento dos vínculos, reflexão
sobre a violência e impactos na família
27 Círculo realizado no CRAS - 06 Família com situação de violência e -----
11/12/2015 vulnerabilidade – resgate e
fortalecimento de vínculos
28 Círculo realizado na Horta 13 Mulheres em situação de -----
Comunitária Joanna de Angelis vulnerabilidade/violência doméstica
12/12/2015 atendidas pela horta – fortalecimento e
resgate de autoestima

Data: 18/12/2015
Responsável pela sistematização das informações: Andrea Hoch Cenne
Cargo/função: Magistrada
E-mail: cenne@tj.rs.gov.br
Telefone:051 9679-3492
Oficina de Avaliação 2015
& Planejamento 2016
MONITORAMENTO BASE PROGRAMA JR21 TJ RS

Unidade Jurisdicional de Referência: JUIZADO REGIONAL DA INFÂNCIA E DA JUVENTUDE


Comarca: PASSO FUNDO

Por favor preencha dados de monitoramento para cada círculo realizado na sua jurisdição em ordem cronológica.
(sendo o no. 1 correspondente ao primeiro círculo realizado, e assim por diante)

Círculo nº Tipo de caso No. de participantes Resultados alcançados neste Pós-círculo Observações quanto ao pós-
além dos círculo realizado? círculo
facilitadores (sim ou não)
1 Fortalecimento de Vínculos – 14 Esclarecimentos sobre a JR e sim Os participantes demonstraram
equipe JIJ Passo Fundo fortalecimento dos vínculos entre interesse em continuar realizando
Juiz, servidores e estagiários. estes encontros.
2 Sensibilização dos Vereadores 25 Esclarecimento a respeito da não
proposta da JR e círculos de
construção de paz –
conscientização para a aprovação
da Lei Municipal de Pacificação e
Práticas Restaurativas,
posteriormente aprovada.
3 Sensibilização - Secretaria da 10 Sensilibilização do Secretário e de não
Saúde alguns servidores com possível
realização de curso para
capacitação de mais 25
facilitadores, a ser contratado e
realizado pela Secretaria Municipal
da Saúde em janeiro de 2016.
4 Ato infracional - Furto 2 Não chegou a ser realizado o não
círculo, pois o adolescente, autor do
ato inracional, não compareceu aos
encontros agendados.
5 Ato infracional – Tentativa de 1 Houve a explanação dos princípios não
Homicídio da Justiça Restaurativa, no entanto
o ofensor relata que ainda não
consegue se colocar frente a frente
com a vítima.
6 Execução de Medida – 5 Restauração do vínculo sim satisfatório
Semiliberdade – rompimento de
vínculo entre os internos
7 Ato infracional - Tentativa de 1 A adolescente, em tese autora do não
Homicídio ato infracional, estava muito
fragilizada e não aceitou participar
de círculo com a vítima
8 Ato infracional - Ameaça 1 Realizado apenas o pré-círculo com não
a ofendida, que foi professora do
ofensor. A professora relatou o
quanto seria importante a realização
do círuclo com os demais
professores da esocla, que também
já estiveram em conflito com o
adolescente. Realizadas diversas
tentativas sem obtenção de êxito
quanto ao contato com o
adolescente.
9 Ato infracional – Lesão Corporal 2 A adolescente, vítima, veio não
acompanhada da mãe, que não
aceitou tocar no assunto.
10 Ato infracional – Tentativa de 1 A vítima compreendeu o pré-círculo não
homicídio e está disposto a conversar com os
familiares do ofensor, mas prefere
aguardar para conversar com o
ofensor.
Foram marcados dois encontros
com o ofensor e sua família, mas
apesar de aceitarem participar do
pré-círculo, não comparecem.
11 Acolhimento Institucional – 8 Foram realizados três pré-círculos não
fortalecimento de vínculos com os envolvidos, que são
diversos familiares. O círculo será
realizado no dia 18/12/2015.
12 Acolhimento institucional – 5 Realizado o pré-círculo, os não
fortalecimento de vínculos envolvidos aceitaram participar do
círculo.
13 Dissolução de União Estável – 2 Realizados os pré-círculos com os não
fortalecimento de vínculos pais da criança, a genitora informou
familiares com o filho do casal – não ter condições emocionais para
pedido de guarda compartilhada dialogar com o ex-companheiro.
(encaminhado pela Vara de
Família)
14 Ato infracional – Tentativa de 1 Agendado pré-círculo com o genitor não
homicídio da vítima, o mesmo não
compareceu. Informou a existência
de novos conflitos, como ameças
realizadas pelo adolescente à
família da vítima. Não foi possível
realizar círculo com os demais
membros da família, pois o único
contato foi feito com o genitor da
vítima.
15 Círculo de Diálogo 40 Trabalho de apresentação dos Não
círculos de construção de paz para
professores indígenas.
16 Círculo de Diálogo com pais – 12 Criação de vínculos e um grupo Não Compromisso assumido para
Projeto para o CEJUME para conversar sobre a educação realizar mais três encontros.
dos filhos no século XXI
17 Círculo de Diálogo com pais – 11 Alguns pais novos e outros qu ejá Não Compromissos assumidos de
Projeto para o CEJUME haviam participado; dinâmicas rever a forma de diálogo com os
reflexinas sobre a educação dos filhos.
jovens hoje.
18 Círculo de Diálogo com pais – 12 Alguns pais novos e outros que já Não Compromisso dos pais e interese
Projeto para o CEJUME haviam participado; dinânimas em dar continuidade aos círculos
reflexivas sobre a educação dos dizendo o quanto mudou as
jovens hoje. atitudes deles em relação aos
filhos após os encontros.
19 Círculo de Diálogo com pais – 12 Objetivo do encontro: desenvolver, Não. Rever os compromissos com
Projeto para o CEJUME por meio de um círculo de realce para os valores que nos
celebração, um olhar retrospectivo agregam e sustentam, dando
das ações desenvolvidas no ano de continuidade aos trabalhos em
2015, comemorando os trabalhos 2016.
realizados.

Data: 18/12/2015
Responsável pela sistematização das informações: Gabriela Ferraz Zanella
Cargo/função: Assessora de magistrado
E-mail: gabrielazanella@tj.rs.gov.br
Telefone: 54-3311-5377 – ramal 1128
Oficina de Avaliação 2015
& Planejamento 2016
MONITORAMENTO BASE PROGRAMA JR21 TJ RS

Unidade Jurisdicional de Referência: CEJUSC


Comarca: PELOTAS

Por favor preencha dados de monitoramento para cada círculo realizado na sua jurisdição em ordem cronológica.
(sendo o no. 1 correspondente ao primeiro círculo realizado, e assim por diante)

Círculo nº Tipo de caso No. de participantes Resultados alcançados neste cícrulo Pós-círculo Observações quanto ao pós-
além do facilitador realizado? círculo
(sim ou não)
1 CASO ESCOLAR – CÍRC. 13 APRESENTAÇÃO DO TRABALHO
APRESENTAÇÃO
2 CASO ESCOLAR– CÍRC. 13 APRESENTAÇÃO DO TRABALHO
APRESENTAÇÃO
3 CASO ESCOLAR– CÍRC. 13 APRESENTAÇÃO DO TRABALHO
APRESENTAÇÃO
4 CASO ESCOLAR– CÍRC. 14 APRESENTAÇÃO DO TRABALHO
APRESENTAÇÃO
5 CASO DE VIOLÊNCIA ESCOLAR 5 ENTENDIMENTO TOTAL
6 CASO DE VIOLÊNCIA ESCOLAR 5 ENTENDIMENTO PARCIAL
7 CASO DE VIOLÊNCIA ESCOLAR 5 ENTENDIMENTO PARCIAL
8 CASO DE VIOLÊNCIA ESCOLAR 5 ENTENDIMENTO PARCIAL
9 CASO DE VIOLÊNCIA ESCOLAR 18 SOLUÇÃO DO CONFLITO
10 CASO ESCOLAR – CÍRC. 20 APRESENTAÇÃO DO TRABALHO
APRESENTAÇÃO
11 CASO ESCOLAR – CÍRC. 20 APRESENTAÇÃO DO TRABALHO
APRESENTAÇÃO
12 CASO ESCOLAR – CÍRC. 20 APRESENTAÇÃO DO TRABALHO
APRESENTAÇÃO
13 CASO ESCOLAR – CÍRC. 20 APRESENTAÇÃO DO TRABALHO
APRESENTAÇÃO
14 CASO ESCOLAR – CÍRC. 15 APRESENTAÇÃO DO TRABALHO
APRESENTAÇÃO
15 CASO ESCOLAR – CÍRC. 16 APRESENTAÇÃO DO TRABALHO
APRESENTAÇÃO
16 CASO ESCOLAR – CÍRC. 16 APRESENTAÇÃO DO TRABALHO
APRESENTAÇÃO
17 CASO ESCOLAR – CÍRC. 16 APRESENTAÇÃO DO TRABALHO
APRESENTAÇÃO
18 CASO ESCOLAR – CÍRC. 17 APRESENTAÇÃO DO TRABALHO
APRESENTAÇÃO
19 CASO DE VIOLÊNCIA ESCOLAR 7 ENTENDIMENTO TOTAL
20 CASO ESCOLAR – CÍRC. 10 APRESENTAÇÃO DO TRABALHO
APRESENTAÇÃO
21 CASO ESCOLAR – CÍRC. 11 APRESENTAÇÃO DO TRABALHO
APRESENTAÇÃO
22 CASO ESCOLAR – CÍRC. 18 APRESENTAÇÃO DO TRABALHO
APRESENTAÇÃO
23 CASO ESCOLAR – CÍRC. 18 APRESENTAÇÃO DO TRABALHO
APRESENTAÇÃO
24 CASO ESCOLAR – CÍRC. 20 APRESENTAÇÃO DO TRABALHO
APRESENTAÇÃO
25 CASO ESCOLAR – CÍRC. 13 ENTENDIMENTO
REFLEXAÇÃO
26 CASO ESCOLAR – CÍRC. 13 ENTENDIMENTO
REFLEXAÇÃO
27 CASO DE VIOLÊNCIA ESCOLAR 8 NÃO INFORMADO
28 CASO DE VIOLÊNCIA ESCOLAR 8 NÃO INFORMADO
29 CASO DE VIOLÊNCIA ESCOLAR 9 NÃO INFORMADO
30 CASO DE VIOLÊNCIA ESCOLAR 9 NÃO INFORMADO
31 AMEAÇA – PROC. CRIMINAL 6 NÃO HOUVE ENTENDIMENTO
32 CASO ESCOLAR – CÍRC. 2 ENTENDIMENTO
REFLEXAÇÃO
33 CASO ESCOLAR – CÍRC. 2 ENTENDIMENTO
REFLEXAÇÃO
34 CASO ESCOLAR – CÍRC. 4 ENTENDIMENTO
REFLEXAÇÃO
35 CASO ESCOLAR – CÍRC. 2 ENTENDIMENTO
REFLEXAÇÃO
36 CASO ESCOLAR – CÍRC. 4 ENTENDIMENTO
REFLEXAÇÃO
37 CASO ESCOLAR – CÍRC. 5 ENTENDIMENTO
REFLEXAÇÃO
38 AMEAÇA – PROC. CRIMINAL 2 ENTENDIMENTO
39 CASO ESCOLAR – CÍRC. 15 ENTENDIMENTO
REFLEXAÇÃO
40 PRÉ-PROCESSUAL 3 CASO AINDA EM ANDAMENTO
AGRESSÕES CASA DAS
MENINAS 2

Obs.: Os dados acima são apenas dos círculos realizados pelos Facilitadores de Justiça Restaurativa vinculados ao CEJUSC – Pelotas (rede interna), no ano de
2015, de abril até o mês de novembro. Informamos, ainda, que ocorreram muitos pré-círculos, principalmente em casos de processos criminais, mas as partes não
aceitaram participar do círculo.

Data: 17/12/2015
Responsável pela sistematização das informações: Marília Reis Gonçalves
Cargo/função: Oficial Escrevente – Gestora do CEJUSC - Pelotas
E-mail:cejuscplt@tj.rs.gov.br
Telefone:(53) – 32794900 - Ramal 1737
Oficina de Avaliação 2015
& Planejamento 2016
MONITORAMENTO BASE PROGRAMA JR21 TJ RS

Unidade Jurisdicional de Referência: 1º Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a


Mulher
Comarca: Porto Alegre

Por favor preencha dados de monitoramento para cada círculo realizado na sua jurisdição em ordem cronológica.
(sendo o no. 1 correspondente ao primeiro círculo realizado, e assim por diante)

Círculo nº Tipo de caso No. de participantes Resultados alcançados neste Pós-círculo Observações quanto ao pós-
além do facilitador cícrulo realizado? círculo
(sim ou não)
1 relações familiares 05 em andamento ; família está não
agradecida pelo espaço de fala
2 relações familiares 02 em andamento não
3 relações familiares 03 em andamento; família resolveu não
buscar ajuda terapêutica
4 relações familiares 01 em andamento não
5 relações familiares 03 em andamento não
6 relações familiares 04 melhora na comunicação e vai ser agendado
compromisso de tratarem-se com
respeito
7 relações familiares 01 em andamento; realizado 1º pre-
circulo
8 grupo de mulheres 11 construção do projeto de não
prepraração e qualificação das
mulheres para o trabalho, parceria
com o Senac/RS
9 grupo de servidores 20 círculo de celebração do ano de não
2015, e revitalização dos laços do
grupo

Data:18/12/2015
Responsável pela sistematização das informações: Madgéli Frantz Machado e Ivete Machado Vargas
Cargo/função: Juíza de direito - titular do 1º JVDFAM e facilitadora de círculos
E-mail: MFMachado@tj.rs.gov.br e imvargas@tj.rs.gov.br
Telefone:32106500, ramal 1043 (Gabinete) e 97077959 (Ivete)
Oficina de Avaliação 2015
& Planejamento 2016
MONITORAMENTO BASE PROGRAMA JR21 TJ RS

Unidade Jurisdicional de Referência: VARA DE EXECUÇÃO DE PENAS E MEDIDAS


ALTERNATIVAS DE PORTO ALEGRE
Comarca: PORTO ALEGRE

Por favor preencha dados de monitoramento para cada círculo realizado na sua jurisdição em ordem cronológica.
(sendo o no. 1 correspondente ao primeiro círculo realizado, e assim por diante)

Círculo nº Tipo de caso No. de participantes Resultados alcançados neste Pós-círculo Observações quanto ao pós-
além do facilitador cícrulo realizado? círculo
(sim ou não)
1 CR para fortalecimento da auto- 25 Muito bons Não Há necessidade de equipe técnica
estima na Vara, a ser provida pelo TJRS,
para melhoria do trabalho e
encaminhamentos pós-circulo, o
que, infelizmente, não existe. O
trabalho fica prejudicado se não
há equipe de apoio.
2 CR para fortalecimento da auto- 25 Muito bons Não Há necessidade de equipe técnica
estima na Vara, a ser rovida pelo TJRS,
para melhoria do trabalho e
encaminhamentos pós-circulo, o
que, infelizmente, não existe. O
trabalho fica prejudicado se não
há equipe de apoio.
3 CR para fortalecimento de Muito bons Não Há necessidade de equipe técnica
vínculos familiares 27 na Vara, a ser provida pelo TJRS,
para melhoria do trabalho e
encaminhamentos pós-circulo, o
que, infelizmente, não existe. O
trabalho fica prejudicado se não
há equipe de apoio.
Data: 18/12/2015
Responsável pela sistematização das informações: Luciano André Losekann
Cargo/função:Juiz de Direito
E-mail: losekann@tj.rs.gov.br
Telefone:51-3210-6673
Oficina de Avaliação 2015
& Planejamento 2016
MONITORAMENTO BASE PROGRAMA JR21 TJ RS

Unidade Jurisdicional de Referência: CEJUSC


Comarca: Sapiranga

Por favor preencha dados de monitoramento para cada círculo realizado na sua jurisdição em ordem cronológica.
(sendo o no. 1 correspondente ao primeiro círculo realizado, e assim por diante)

Círculo nº Tipo de caso No. de participantes Resultados alcançados neste Pós-círculo Observações quanto ao pós-
além do facilitador cícrulo realizado? círculo
(sim ou não)
1 Conflito Familiar com 14 Reconhecimento de suas limitações Sim Resultados positivos
adolescentes
2 Conflitos na busca de trabalho - 8 Melhora da auto-estima e abertura Sim Resultados positivos
adolescentes de novos horizontes
3 Fortalecimento de vínculos - 8 Novas formas de ver e trabalhar Sim Resultados positivos
pastores com a comunidade
4 Auto-estima - mulheres 7 Fortalecimento da auto-estima, Sim Resultados positivos
reestabelecimento da alegria
5 Papel dos diretores de escola na 3 Valorização do papel do diretor Sim Resultados positivos
comunidade
6 Divulgação do círculo para 5 Contato com os objetivos do Círculo Sim Resultados positivos
diretores de escolas do Estado de Construção de Paz
7 Fortalecimento de vínculos entre 8 Melhora na auto-estima/ Sim Resultados positivos
mulheres com sintomas de Reconhecer-se no outro
depressão
8 Fortalecimento de vínculos com 13 Olhar amigo/ Sentimento de Sim Resultados positivos
aluno de Ensino Médio pertencimento
9 Auto-estima com mulheres com 24 Melhora na auto-estima Sim Resultados positivos
excesso de peso
10 Fortalecimento de vínculos com 35 Valorização Sim Resultados positivos
professores do Ensino Privado
11 A escolha do Curso Superior com 12 Descoberta de possíveis caminhos Sim Resultados positivos
alunos do 3º ano do Ensino Médio

Data: 18/12/2015
Responsável pela sistematização das informações: Marciana Bernardes da Silva
Cargo/função: Oficial Escrevente
E-mail: marcianabs@tj.rs.gov.br
Telefone: 92744814

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