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Abstract
Mixed states were almost forgotten during the last century and in modern
diagnostic criteria of DSMIV and ICD 10 they were characterized as episodes
with manic and depressive syndromes simultaneously, described as mixed
mania, dysphoric mania or depression during mania. Validation studies
investigated various cutoff points, depending on the number of depressive
symptoms during manic episodes. There are also growing evidences on the
existence of depressive mixed states, already described by Kraepelin; they are
characterized by depressive episodes with at least 3 manic symptoms. Data on
therapeutics are limited and were derived from clinical studies in manic
episodes, which included patients with mixed states. Rapid cycling is defined
as the presence of at least 4 distinct affective episodes in a one year period,
i.e. manic, hypomanic, depressive or mixed, in the course of the bipolar disorder.
Treatment is difficult and includes identification of risk factors, such as
hypothyroidism and substance related disorders. In mixed states and rapid
cycling antidepressants should be avoided, if possible. In this study we present
different clinical forms of mixed states, as well as guidelines for the sequential
treatment of mixed states and rapid cycling affective disorders, according to
existing evidences in the literature.
Key words: Bipolar disorder, mixed states, rapid cycling, clinical presentation,
treatment, guidelines
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ignorados pelos sistemas diagnósticos oficiais. Eles são fenomenologia e também pode associar-se a abuso de
representados por episódios depressivos com alguns estimulantes e substâncias sedativo-hipnóticas com
sintomas hipomaníacos (por exemplo, pensamentos finalidade terapêutica ou à procura de sensações.
rápidos ou grandiosos, aumento da libido, ativação No estudo EPIMAN os principais sintomas
psicomotora) e têm importância clínica fundamental, preditivos de mania mista encontrados foram humor
porque tais deprimidos “unipolares” respondem mal a depressivo e idéias de suicídio (Akiskal et al., 1998).
antidepressivos e necessitam tratamento com estabili- Nesse sentido, os estados mistos depressivos em
zadores do humor, antipsicóticos ou eletroconvul- bipolares tipo I recentemente vêm sendo validados
soterapia (Akiskal et al., 2000; Marneros, 2001). (Perugi et al., 2001). Os principais sintomas encon-
trados foram agitação, depressão psicótica com humor
irritável, pressão de discurso e/ou fuga de idéias.
Quadro clínico Estudando estados mistos depressivos em bipolares
tipo II deprimidos e deprimidos unipolares, ainda não
Segundo Marneros (2001), o único acréscimo concei- incluídos no DSM-IV, Akiskal e Benazzi (2003)
tual desde Weygandt (1899; apud Marneros, 2001) foi relataram uma associação de agitação psicomotora
introduzido por Akiskal et al. (2000) e vem sendo com o transtorno afetivo bipolar (TAB), na tentativa
sistematicamente investigado nos últimos anos, pois de validar o estado misto depressivo por meio de
partiu da observação de que estados mistos surgem características demográficas e clínicas, curso e história
quando um temperamento irrompe no episódio de pólo familiar. Compararam pacientes com depressão maior
oposto (Tabela 1). Resultaria de temperamento hiper- e TAB tipo II pelo DSM-IV e definiram o estado misto
tímico + depressão, temperamento depressivo + mania pela presença de depressão associada a pelo menos
psicótica ou ciclotimia + depressão (Tabela 1). O pri- três sintomas maníacos: o risco de agitação psicomotora
meiro tipo aparece com o tratamento de depressões lenti- foi 30 vezes maior no quadro misto, que esteve mais
ficadas “unipolares” em indivíduos de temperamento associado a TAB tipo II, sexo feminino, sintomas
hipertímico estável, que nunca tiveram episódios de depressivos atípicos e história familiar de TAB. Em
euforia. Freqüentemente são diagnosticados como tendo estudo mais recente observaram que 23% dos
“depressão agitada” e abusam de estimulantes e álcool. deprimidos e 76,9% dos TAB tipo II tinham estados
O segundo grupo foi investigado em mais de 200 mistos caracterizados pela combinação de irritabili-
pacientes e geralmente é psicótico, incongruente com o dade, agitação psicomotora e aceleração de pensa-
humor. O abuso de álcool pode contribuir com o quadro mentos (Benazzi et al., 2004).
clínico ou complicá-lo, e pode superpor-se a transtornos Koukopoulos e Koukopoulos (1999) já haviam
esquizoafetivos e aos buffées delirantes dos franceses descrito a depressão agitada como um estado misto
(Marneros, 2001). A associação de depressão retardada depressivo (Tabela 2) e preferiram a terminologia
a um fundo ciclotímico instável de base modifica sua “depressão ansiosa excitada” ou “depressão excitada”.
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comorbidades com tais transtornos, que eventual- caso não tenha sido prescrito, ou trocar o antipsicótico
mente se instalam a partir da infância e adolescência (Hirschfeld et al., 2004).
(Lewinsohn et al., 1995). Em casos resistentes há duas opções a indicar: a
clozapina ou a eletroconvulsoterapia (ECT), esta parti-
cularmente em estados mistos ou mania grave na
Tratamento gestação (Hirschfeld et al., 2004). Apesar de não exis-
tirem estudos randomizados, controlados com ECT
A terapêutica de pacientes em estados mistos pode ser
especificamente nos estados mistos, no estudo desse
difícil, dadas as características clínicas e de comorbi-
tipo realizado na mania o maior preditor de resposta
dade mencionadas. Sintomas psicóticos e risco de suicí-
à ECT foi a presença de sintomas depressivos no início
dio ou heteroagressividade são mais comuns e
do tratamento (Hirschfeld et al., 2004). Episódios
freqüentemente é necessário internar o paciente.
mistos psicóticos geralmente necessitam tratamento
Estados mistos são preditores de resposta pobre ao
com antipsicóticos.
lítio e, em geral, requerem mais tratamentos combi-
nados que outros tipos de episódios (Montgomery et Anticonvulsivantes
al., 2000; Hirschfeld et al., 2004).
A maioria dos estudos psicofarmacológicos na Análises secundárias de um estudo controlado duplo-
mania engloba episódios maníacos e mistos indistinta- cego, que comparou ácido valpróico, lítio e placebo,
mente, de modo que a literatura a respeito da tera- sugeriram que pacientes com sintomas depressivos
pêutica dos estados mistos se superpõe à do tratamento acentuados durante a mania e múltiplos episódios
antimaníaco. Por conta disso, resultados específicos anteriores respondiam melhor ao valproato que ao lítio.
acerca de estados mistos se originam de análises Dois outros estudos controlados em estados mistos,
secundárias dos dados pesquisados em estudos clínicos um deles randomizado, apontaram para a superiori-
de mania. dade do valproato em relação ao lítio, tanto na melhora
De acordo com a segunda edição do Practice dos sintomas maníacos, como dos depressivos
Guideline for the Treatment of Patients with Bipolar (Montgomery et al. , 2000; Hirschfeld et al., 2004).
Disorder (Hirschfeld et al., 2004), os medicamentos Nos estudos com a carbamazepina seus efeitos
de primeira escolha para estados mistos graves e foram confundidos pela administração concomitante
episódios maníacos graves são combinações de lítio e de outros medicamentos, inclusive antidepressivos
antipsicótico ou valproato e algum antipsicótico, reco- (Hirschfeld et al., 2004). Uma análise posterior de
mendados com “confiança clínica substancial”. Em recente estudo duplo-cego controlado com placebo
pacientes com estados mistos menos graves, pode ser evidenciou eficácia na subamostra de pacientes em
suficiente a monoterapia com o lítio, o valproato ou estados mistos (Weisler et al., 2004). A oxcarbazepina,
algum antipsicótico atípico, como a olanzapina, po- apesar de não ter sido investigada em estados mistos,
dendo-se dar preferência ao valproato em relação ao poderia ser indicada em substituição à CBZ por não
lítio. Antipsicóticos típicos possuem perfil de efeitos induzir o próprio metabolismo, melhor perfil de efeitos
colaterais mais benigno que os atípicos e as evidências colaterais e menor taxa de interações farmacológicas
favorecem a indicação da olanzapina, seguida pela (Hirschfeld et al., 2004).
risperidona. Alternativas incluem a carbamazepina Entre os anticonvulsivantes mais novos, não há
(CBZ) ou a oxcarbazepina (OXC) em substituição a evidências de eficácia da lamotrigina nos estados
lítio ou valproato. Antidepressivos devem ser suspensos mistos e a gabapentina se mostrou inferior ao placebo
na medida do possível. como coadjuvante ao tratamento com lítio ou valproato
Os antidepressivos poderiam ser usados quando (Yatham et al., 2002; Hirschfeld et al., 2004). Entre-
o tratamento com estabilizadores do humor reduziu tanto, ela foi eficaz no tratamento da fobia social e
significativamente os sintomas maníacos, mas não possivelmente do transtorno do pânico, podendo ser
os depressivos, ou quando a gravidade da mania é indicada em combinação com outros estabilizadores
muito menor que a da depressão e o paciente está em do humor na comorbidade de TAB com transtornos
tratamento vigoroso com estabilizadores do humor ansiosos (Yatham et al., 2002). Em estudos abertos o
(Montgomery et al., 2000). topiramato apresentou evidências de melhora em
Nos casos de recaídas, apesar da adesão ao trata- mania, hipomania e estados mistos, mas faltam resul-
mento, a conduta é a mesma descrita na mania: oti- tados a partir de estudos controlados (Yatham et al.,
mizar doses dos tratamentos de primeira escolha e 2002). Seu potencial efeito na redução de peso pode
adicionar ou suspender algum antipsicótico, e nos torná-lo uma opção interessante no uso combinado com
casos de resposta insuficiente recomenda-se acres- alguns estabilizadores do humor (Yatham et al., 2002).
centar outra medicação de primeira escolha. Opções
alternativas, em ordem decrescente de evidências, Antipsicóticos atípicos
incluem adicionar CBZ ou OXC, em vez de outro trata- Em análises secundárias de estudos abertos de conti-
mento de primeira escolha, adicionar um antipsicótico, nuação com amostras suficientes, a olanzapina se
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mostrou eficaz nos pacientes com estados mistos A ciclagem rápida ocorre em torno de 20% dos
(Hirschfeld et al., 2004) e, em estudos controlados bipolares, principalmente nos de tipo II, mas as
duplos-cegos, a olanzapina foi superior ao placebo nas maiores prevalências foram encontradas em pacientes
subamostras de estados mistos (Baldessarini et al., com formas resistentes ou provenientes de serviços
2003). Faltam estudos acerca dos outros antipsicóticos especializados. Entre os fatores de risco estão sexo
atípicos nestes quadros clínicos. feminino, temperamento ciclotímico, abuso/depen-
dência de substâncias, hipotireoidismo subclínico e uso
Combinações excessivo de antidepressivos (Akiskal et al., 2000).
Em pacientes que tiveram recaídas maníacas, ou
resposta incompleta ao tratamento, é necessário Tratamento
adicionar outro medicamento e estudos controlados de
lítio com antipsicótico e valproato com antipsicótico Em geral, a ciclagem rápida é de difícil tratamento
sugeriram maior eficácia ou início de ação mais rápido e, em virtude dos fatores de risco, o primeiro passo
com as combinações, comparadas às monoterapias no tratamento é a identificação das condições que
(Hirschfeld et al., 2004). Apesar de não fazerem menção podem contribuir para a ciclagem rápida, como
particular aos estados mistos, em estudos controlados, hipotireoidismo e uso de álcool ou drogas (Hirschfeld
randomizados, duplos-cegos com placebo, foram et al., 2004). Os antidepressivos devem ser retirados,
estudados neurolépticos adicionados a valproato ou na medida do possível, pois podem agravar o curso
placebo, lítio ou valproato a olanzapina ou placebo, lítio do transtorno bipolar.
ou valproato a risperidona ou placebo, e lítio, valproato O tratamento inicial da ciclagem rápida deve
ou carbamazepina a risperidona ou placebo. Nesta incluir lítio ou valproato e a lamotrigina serve de alter-
última combinação, o tratamento foi mais eficaz quando nativa. Muitos pacientes necessitarão de combinação
se excluiu o grupo da CBZ (Hirschfeld et al., 2004). de medicamentos (Hirschfeld et al., 2004). Na fase
aberta de um estudo de estabilização de ciclagem
rápida com lítio e valproato, a maioria dos pacientes
apresentava depressão, não estados mistos ou mania,
sugerindo que a ação do lítio ou dele com o valproato é
mais antimaníaca e que a ciclagem rápida se carac-
Ciclagem rápida terizava principalmente por depressões recorrentes
(Hirschfeld et al., 2004).
A definição de TAB com ciclagem rápida é arbitrária e
se originou da observação de pacientes resistentes à Anticonvulsivantes
litioterapia (Kilzieh e Akiskal, 1999). Representa um Em relatos de casos e estudos abertos com cicladores
diagnóstico realizado a posteriori, o que explicaria a rápidos, o valproato demonstrou ser eficaz, assim como
discrepância da literatura referente aos fatores de risco a carbamazepina (Soares, 2000). Em um estudo aberto
(Akiskal et al., 2000). O TAB cujo episódio inicial é de valproato em monoterapia ou associação, efeitos
depressivo tem risco maior de desenvolver ciclagem benéficos foram observados nos pacientes que entra-
rápida que o que se inicia com estados mistos ou mania/ ram no estudo em mania ou estado misto, não em
hipomania. O tratamento com antidepressivos prova- depressão (Hirschfeld et al., 2004). Não há estudos
velmente favorece a evolução para ciclagem rápida. controlados confirmando a superioridade destes em
De acordo com a CID-10 e o DSM-IV pacientes relação ao lítio. No único estudo duplo-cego rando-
com ciclagem rápida (CR) apresentam pelo menos mizado, controlado com placebo, 100 mg a 300 mg de
quatro episódios afetivos ao ano de depressão, mistos lamotrigina foram administrados a cicladores rápidos
e mania ou hipomania, representando, portanto, um tipo I e II por seis meses. Ela foi superior ao placebo
especificador de curso do TAB. O TAB com ciclagem em TAB tipo II, não em tipo I, provavelmente pela
rápida pode ser definido de acordo com a duração dos eficácia antidepressiva superior à ação antimaníaca
sintomas maníacos e depressivos: ciclagem rápida: (Hirschfeld et al., 2004). Poucos estudos abertos e
≥ 4 episódios ao ano; ciclagem ultra-rápida: ≥ 4 por relatos de casos de topiramato associado a outros
mês; ciclagem ultradiana ≥ 4 durante o dia (Akiskal medicamentos sugerem possível benefício em
et al., 2000). Distingue-se da ciclotimia, cujo curso e cicladores rápidos, mas não há estudos com a gaba-
sintomas não preenchem critérios sindrômicos. pentina (Yatham et al., 2002).
Aparentemente esta condição é transitória durante
a evolução da doença e não representa um novo Antipsicóticos atípicos
subtipo. Depois de dois a quatro anos, a maioria dos Estudos abertos com pequenas amostras apontam para
pacientes retorna a um padrão com ciclos mais longos a utilidade do uso coadjuvante da olanzapina (Gonzalez-
(Akiskal et al., 2000). Pinto et al., 2002) e da quetiapina (Vieta et al., 2002)
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em cicladores rápidos, mas não há estudos clínicos personalidade, faltando esclarecer melhor o quadro
controlados ou randomizados. A clozapina também se clínico de estados mistos que não preenchem os
mostrou eficaz em bipolares resistentes a partir de critérios rígidos do DSM-IV. O tratamento, em
relatos de casos e estudos retrospectivos (Soares, 2000). princípio, é o mesmo do da mania, mas podem
necessitar mais de tratamentos combinados de lítio
Conclusões ou anticonvulsivantes (valproato) com antipsicóticos
ou entre si, sendo reservado ECT para casos
Estados mistos e ciclagem rápida são considerados resistentes. Na ciclagem rápida, antes de mais nada,
quadros de difícil tratamento medicamentoso, condição deve-se afastar possíveis fatores associados, como
agravada pelo fato de serem pouco estudados. A diver- hipotireoidismo ou abuso de substâncias, e por
sidade psicopatológica dos estados mistos gera caracterizarem quadros de mais difícil controle, via
problemas no diagnóstico diferencial com transtornos de regra, respondem melhor a tratamentos combi-
ansiosos, associados ao uso de substâncias e de nados e são menos responsivos ao lítio.
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