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Grupo I
Lê com atenção o excerto do conto “Assobiando à vontade”, de Mário Dionsio, e responde às
!uest"es !ue te são co#ocadas de $orma comp#eta, c#ara e precisa%
Assobiando à vontade
#$%
10 & carro seguia morosamente e repleto como os outros. elimente, ainda havia alguns
homens corretos na cidade e algumas mulhereinhas que conheciam o seu lugar. (ó
graças a isso as senhoras que tinham arriscado os seus sapatos e os seus chapéus
naquela refrega e alguns cavalheiros respeitveis conseguiam sentar-se.
!os primeiros momentos de viagem, as pessoas voltavam-se nos )ancos, preocupadas,
tentando ver
15 se o marido, uma amiga, um filho, no teriam ficado em terra. &s que seguiam de pé
ousavam dar um passo no interior do carro, a ver se teria ficado algum lugar vago por
acaso. /avia logo protestos na plataforma. 0epois as pessoas acomodavam-se o melhor
que podiam, punham os )raços no ar para livrar os em)rulhos do aperto, fechavam )em
os casacos e as malas onde levavam o dinheiro, o condutor pu+ava energicamente o
cordo da campainha muitas vees, lotaço completa, e o carro arrastava-se em sil1ncio.
20 #$% Em dada altura, porém, na plataforma de trs levantou-se )ur)urinho. 2rotestos.
3ndignaço. 4a)eças voltaram-se no interior do carro. E viu-se um homeninho a
empurrar toda a gente e a dier que havia lugares ' frente, que o dei+assem passar. Em
vo lhe asseguravam que no havia lugar nenhum, que no podia passar, que no fosse
)ruto. & homem empurrava e teimava que havia lugares ' frente. 7anto empurrou que
furou. 7anto furou que conseguiu entrar no interior do elétrico, avançou e foi sentar-
25 se num lugar de lado que estava efetivamente vago l ' frente, ao lado duma senhora por
sinal opulenta.
oi um espanto geral e silencioso. !inguém tinha reparado no lugar. E menos que ninguém, co-
mo é fcil de compreender, a própria senhora opulenta. 7odos os atrevidos t1m sorte.
& homem, que usava um chapéu coçado e um so)retudo castanho )astante
lustroso nas )andas, no se sentou propriamente. Enterrou-se no lugar, com as mos
enfiadas pelas algi)eiras dentro. 8ue
30 sujeito9 0evia ser mais novo do que parecia por causa do ca)elo grisalho e da )ar)a por
faer. A senhora opulenta franiu a testa e reme+eu-se no lugar, se assim se pode dier, como
quem procura ocupar menos espaço. !a verdade, apenas se instalou melhor. A sua intenço
era faer o homeninho reparar na inconveni1ncia da atitude que tomara. :as ele no viu nada
disso ou fingiu que no viu. &lhou vagamente as pessoas que tinha na frente, estendeu os
l)ios e começou a asso)iar. A asso)iar muito ' von35 tade no interior do carro9 #$%
:rio 0ion;sio, <Asso)iando ' =ontade>, O Dia Cinzento e Outros Contos , ?.@ ed., is)oa, 2u)licaç"es Europa-América, BCDD
pontosG '% Hefere o que distingue as pessoas <elegantes> linha DG das outras <centenas de
(% 0escreve duas das reaç"es dos passageiros nos <primeiros momentos de viagem>
linha BJG. F pontosG
)% 4aracteria
F pontosG direta e indiretamente o <homeninho>.
algumas mulhereinhas que conheciam o seu lugar.> linhas BK e BBG e e+plicita o seu sentido.
F pontosG
+% 4lassifica o narrador quanto ' presença e ponto de vista, justificando a tua resposta.
F pontosG
Hesponde aos itens que se seguem, de acordo com as orientaç"es que te so dadas.