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UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA

CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS – CCT

RELATÓRIO DE VISITA DE CAMPO

JOINVILLE – SC

Joinville
2014
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VISITA ÀS ESTAÇÕES DE TRATAMENTO DE EFLUENTES

Alunos de Engenharia Civil da UDESC, que estão cursando a disciplina de SPC

(Saneamento de Pequenas Comunidades), tiveram a oportunidade de visitar duas estações
de tratamento de efluentes na cidade de Joinville na manhã do dia 9 de outubro de 2014.
A visita estava sob a orientação do professor Alessandro Soares, responsável por esta
disciplina e da professora Virgínia Barros.
A visita foi dividida em duas etapas. No primeiro ponto os alunos se deslocaram
até a rua Corumbá, no bairro Profipo onde fica localizada uma estação de tratamento de
esgoto - ETE PROFIPO. Essa estação tem um pequeno porte e ela se encontra atualmente
em funcionamento porém com problemas de DBO (demanda bioquímica de oxigênio)
devido aos danos nos aeradores. Há uma previsão de uma implantação de um decantador
para um processo de floculação seguido de decantação com adição de sulfato férrico para
melhorar a qualidade do tratamento desse esgoto.
Esse sistema recebe o esgoto sanitário de residências e também de empresas. Ele
chega em um tanque onde passa por gradeamento simples, logo se direciona para uma
caixa de areia seguida de uma tela. Posteriormente o esgoto passa por uma tubulação que
cai em um sistema chamado “Sistema Carrossel”, onde ela fica circulando durante um
determinado tempo por mecanização e recebe oxigenação por meio de aeradores para
misturar a matéria orgânica e formar o chamados flocos biológicos. À medida que o
esgoto passa é degradado pelos microrganismos existentes nos flocos. Depois de
oxigenado e misturado, esse esgoto se clarifica parcialmente e o excedente entra em um
tanque decantador central, onde a velocidade de escoamento é muito pequena e isso faz
com que decante a matéria orgânica ainda presente.
Logo depois o esgoto passa por um vertedor triangular (pois facilita a obtenção da
vazão) e cai em um tanque que posteriormente leva o efluente até a zona de raiz, onde se
encontra uma vegetação pequena, além de pedras e areia que servem para barrar os sólidos
em suspensão e as plantas retém alguns nutrientes (fosforo) ali presentes, diminuindo o
processo de eutrofização nos rios. Ao lado desta zona de raíz se encontra uma caixa de
passagem que leva essa água para um tanque de desinfecção, por meio de adição de cloro
(pastilha de cloro), para remover organismos patogênicos capazes de causar doenças na
população e logo depois a água tratada é descartada no rio Itaum-Açu.
Terminada a visita à ETE Profipo, os alunos foram levados para o segundo ponto
da visita, na rua Rio Velho no bairro Paranaguamirim onde se encontra a outra estação de
tratamento de esgoto – ETE Jarivatuba. É considerada um sistema de grande porte e tem
o licenciamento ambiental com capacidade de até 400 litros por segundo. De acordo com
os responsáveis pela operação da ETE Jarivatuba, atualmente vem registrando vazão
média de 150 litros por segundo, ou seja dobrou a vazão entre 2013 e 2014, devido
ampliação de redes de esgoto em Joinville. E ainda vem aumentando a cada dia.
O sistema consiste em uma sistema estabilização tipo “Australiano” onde o esgoto
é despejado em uma lagoa de estabilização a céu aberto. Ela tem aproximadamente 4
metros de altura de efluente para obter um tratamento anaeróbico – onde a lamina superior
deste efluente que fica em contato com o vento (oxigênio) seja insignificante em relação
ao resto do mesmo.
Posteriormente esse efluente depois de ser tratado anaerobicamente, na lagoa de
estabilização, é despejado em lagoas facultativas. Essas lagoas facultativas possuem uma
altura de útil menor que 4 metros e são maiores em extensão. São ditas facultativas pois
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no fundo dessas lagoas há reações de bactérias anaeróbias e na parte superior são as

bactérias aeróbias que fazem o seu papel. Porém na parte intermediária existem bactérias
facultativas (algas cianofíceas – apresentam um aspecto de cor azul) que fazem
fotossíntese durante o dia, onde há mais oxigenação devido aos ventos e ao longo da noite
elas se comportam mais como anaeróbicas. Depois desse tratamento nas lagoas
facultativas, o esgoto é direcionado para lagoas de maturação onde continua o processo
de nitrificação e posteriormente é feito a desinfecção. Todo este processo é feito por
gravidade para fins mais práticos.
O processo de desinfecção pode ser feito por cloração, onde a matéria orgânica
oxida liberando cloraminas ou também por tratamento de radiação ultravioleta que agem
nos microrganismos presentes na água reduzindo a concentração de patógenos para níveis
não infecciosos. O tempo de detenção do esgoto está em torno de 45 dias.
Depois da visita às duas estações de tratamento os alunos se direcionaram até uma
área, que fica localizada ao lado da estação do Jarivatuba onde está sendo feita um
ambicioso projeto de um tratamento por Lodos Ativados para poder suprir a demanda de
crescimento do despejo de esgoto da cidade de Joinville. Esta nova ETE está projetada
para: 1ª Etapa 600 Litros por segundo e 2ª etapa mais 600 Litros por segundo. Esse
método é importado e patenteado por uma empresa Chilena e que estudos afirmam ter
uma grande eficácia e a Companhia Águas de Joinville conseguiu a aprovação dos
projetos depois de muitos anos de impasses burocráticos e técnicos.
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GALERIA DE FOTOS

1) ETE PROFIPO

Placa ilustrativa de todo o processo da ETE Profipo.

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Chegada do esgoto e o gradeamento.

Placas presentes no sistema para indicar as etapas dos processos.

Caixa de areia e Gradeamento.

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Água chegando no sistema “Carrossel”.

ETE Profipo – Sistema Carrossel.

Aeradores.
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Decantador Central da ETE Profipo.

Vertedor Triangular depois de ter um decantador.

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Zona de Raíz.

Leitos de Secagem (ao lado da zona de Raíz).

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Tanque de Desinfecção (Cloração).

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2) ETE JARIVATUBA

Lagoa de Estabilização.

Lagoa de Estabilização.
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Caixa de Gordura.

Caixa de Gordura.
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Lagoas Facultativas.

Lagoas de Maturação.
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Parte final da lagoa de maturação.

Esgoto já tratado.
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3) PROJETO DA NOVA ETE

Área a ser construída a nova ETE.