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Lidando com as emoções I

Iniciaremos uma série de três textos que irão abordar a importância do controle emocional
antes, durante e depois das aulas. Nesta primeira parte, aprenderemos o que são estados
emocionais e como podemos alterá-los. O objetivo é “fazer intencionalmente com que suas
emoções trabalhem a seu favor, usando-as como uma ajuda para ditar seu comportamento e
seu raciocínio, de maneira a aperfeiçoar seus resultados” (Weisinger, 1997, p. 14).

Espero que estes textos ajudem você a se aprimorar tanto profissionalmente quanto
pessoalmente e que o incentivem a adotar uma postura mais ativa perante a vida,
enfraquecendo a crença de que estamos à mercê de nossas próprias emoções.

Estados emocionais antes das aulas


Pare por uns instantes e reflita sobre as perguntas a seguir:

Como você se sente antes da aula? Como é o diálogo que estabelece consigo próprio? São
palavras motivadoras, carregadas de confiança e entusiasmo ou você fica o tempo todo
reprovando suas idéias? Nos momentos antes de entrar na sala, que tipo de imagens passa
pela sua mente? Você tem o hábito de focalizar seus pensamentos nos problemas que podem
acontecer ou nas estratégias que podem funcionar? Você imagina os alunos, colegas,
professores interessados e participativos ou com “cara de ponto de interrogação”?

Com base nas respostas que obteve, como você avalia as emoções que sente antes das
aulas? São positivas ou negativas? Elas colaboram para que você tenha sucesso nas aulas ou
apenas o prejudicam?

Algumas das piores sensações que se pode experimentar antes das aulas são: ansiedade,
medo, insegurança, pessimismo, raiva, cansaço e falta de motivação. Estes estados limitam
suas atitudes e pensamentos, deixando-o sem recursos para uma aula de qualidade. A boa
notícia, entretanto, é que os estados são passageiros: podem e devem ser manipulados, para
que se obtenha um melhor rendimento dentro da sala de aula. Estamos falando de
Inteligência Emocional – o uso inteligente das emoções.

Encontramos em O’Connor um parágrafo esclarecedor. “Estados bons para a aprendizagem


são a curiosidade, a fascinação, o interesse e a empolgação. Quando as pessoas estão
entediadas, desanimadas, ansiosas ou hostis, nada aprendem.” (2004, p. 84).

O que são estados emocionais?


Estado emocional é uma resultante de nossas representações internas (pensamentos),
fisiologia e comportamentos.

Pensamentos ou representações internas são as imagens, sensações táteis, odores, sabores e


sons que surgem em nossa mente, sejam eles criados ou recordados. Entra aqui, também, o
diálogo interno – aquela conversa que estabelecemos com nós mesmos durante a maior parte
do dia.

Fisiologia é o conjunto das reações bioquímicas que acontecem em nosso organismo, assim
como os batimentos cardíacos, a pressão arterial, o grau de dilatação da pupila, a
temperatura corporal, a concentração de açúcar no sangue, a coloração facial, etc. Não
podemos manipular diretamente os elementos de nossa fisiologia, mas podemos controlá-los
através dos comportamentos.
Comportamentos são nossas atitudes conscientes e inconscientes (reações espontâneas), tais
como a postura corporal, gestos, tensão muscular, palavras, respiração, tom e volume de voz,
entre outros.

Esses três fatores estão interligados e interagem reciprocamente uns com os outros,
determinando um estado emocional. Controlar o estado emocional implica, portanto, em
estarmos conscientes dos fatores citados. No entanto, temos aqui uma via de mão-dupla: se
não exercermos este controle ativo sobre o processo, os estados emocionais determinarão
nossos pensamentos, nossa fisiologia e nossos comportamentos, como podemos visualizar no
diagrama abaixo.

Adaptado de Robbins (2001, p. 51)

Por exemplo, com relação à fisiologia, o estado de ansiedade pode caracterizar-se por
batimentos cardíacos em pulso acelerado, forte pressão arterial, mãos geladas e palidez
facial. Quanto aos comportamentos, o padrão respiratório é superficial e rápido, a fala é
rápida e num tom de voz agudo, os gestos são rápidos e há bastante tensão muscular em
pontos específicos do corpo (abdome, pescoço, maxilar inferior), podendo haver tiques
nervosos. Os pensamentos estão quase sempre focados no fracasso, ou seja, nas coisas que
podem dar errado; o diálogo interno é afobado ou desesperado, com ritmo rápido e conteúdo
pessimista.

Como podemos manipular nossos estados


emocionais?
Para pensar e agir com desenvoltura, e assim ensinar ou aprender precisamos
estar em um estado emocional excelente, onde possa experimentar boas
sensações, como confiança, alegria, entusiasmo, energia e criatividade. Ao
identificar um estado emocional negativo, alguma coisa precisa ser feita. Manipular o estado
emocional implica, assim, em controlar conscientemente a fisiologia, o comportamento e os
pensamentos. A seguir, há algumas dicas de como podemos exercer tal controle.
Fisiologia
Já foi dito anteriormente que não podemos exercer um controle direto sobre nossa fisiologia.
Podemos, na verdade, tentar controlá-la através de nossos comportamentos. Por exemplo:
não podemos controlar diretamente as batidas do nosso coração, mas podemos diminuir
nossa pulsação se respirarmos de forma mais lenta e profunda. Note que “respirar de forma
mais lenta e profunda” é um comportamento; o resultado fisiológico é a desaceleração do
pulso. Podemos, no entanto, usar a fisiologia como um “termômetro”, ou seja, como uma
forma objetiva de avaliarmos nossos estados emocionais.

O passo inicial para quebrar um estado emocional destrutivo é mudar nossa respiração e
postura física/facial. Uma pessoa deprimida respira lentamente, sua cabeça e olhos estão a
maior parte do tempo para baixo, já ouviu a
expressão "estou para baixo hoje"?

Neste caso, basta aumentar a velocidade da respiração, olhar para cima e direita
(preferencialmente), se movimentar mais rápido, dar uns pulinhos, fazer umas caretas,
balançar os braços, sorria! Lembre-se de alguma experiência que você considere muito boa,
algo que você tenha sido bem sucedido positivamente e saiba disso,
aumentando estas imagens...
Garanto que depois disso você estará em um estado muito diferente... se precisar insista,
repita.
Se você quiser, é claro. De qualquer forma a escolha é sua, só você pode decidir o que é
melhor. Poderá achar um pouco ridículo fazer isso e tenho certeza que mais ridículo e
imprudente é sentir-se mal.
Certamente estes passos o ajudarão a quebrar um estado mas não será suficiente para
resolver completamente, pois podem haver implicações mais sérias (crenças, conflitos) que
podem ser descobertas e trabalhadas .

Comportamento
Você deve adequar seu comportamento ao estado desejado, ou seja: se quiser sentir alegria,
você precisa fazer as mesmas coisas que faz quando está alegre. Pule, sorria, cante ou
assobie uma música de que gosta. Se quiser sentir tranqüilidade, acomode-se
confortavelmente na sua cama ou no seu sofá predileto, respire de forma tranqüila,
movimente-se vagarosamente, ouça uma música que o deixe nesse estado.

Dê atenção aos vários aspectos do seu comportamento (postura corporal, gestos, tensão
muscular, palavras, respiração, tom e volume de voz, etc.), imaginando como você agiria de
acordo com cada um deles, em função do estado emocional que deseja criar. Se você tiver
dúvidas de como fazer isso, use a criatividade e “finja que” que você já está sentindo o
estado emocional desejado.

Pensamentos
O que você faria se... ganhasse na loteria? Como você se manifestaria ao ver o
bilhete premiado? O que diria para você mesmo e para as outras pessoas? Você
compraria um carro novo? De que cor? De qual marca e modelo? Você poderia
comprar uma mansão de frente para o mar! Você poderia aplicar o dinheiro e viver
apenas com o rendimento mensal, sem precisar trabalhar!

Voltando à realidade... caso tenha realmente experimentado em sua mente a sensação de ser
milionário, você produziu representações internas, ou seja, você vivenciou um pouco de
alegria e entusiasmo a partir de sua imaginação criativa.

Assim, para conseguir determinado estado emocional, você deve criar ou lembrar de
imagens, sensações táteis, sons, odores e sabores a ele associados. Tudo que você precisa
fazer é produzir, na mente, o contexto no qual sentiria o estado desejado.

Desta forma, ao associarmos as mudanças de pensamento às de comportamento, teremos


uma maneira muito efetiva de alterarmos nossos estados emocionais.

Aprendendo através de um exemplo


Vamos supor que você sinta muita ansiedade antes das aulas e deseje criar um estado de
tranqüilidade. Acompanhe cada uma das etapas sugeridas a seguir, baseadas no que
aprendemos sobre controle emocional:
- Com relação ao comportamento, respire várias vezes de forma profunda e tranqüila. Relaxe
os músculos de seu corpo, inclusive os músculos faciais. Dê atenção às sensações corporais,
ao contato do seu corpo com a cadeira (ou com o local onde estiver). Se tiver que conversar
com alguém, faça-o num tom de voz mais grave e num ritmo de fala mais lenta. Gesticule de
forma mais lenta e harmoniosa, evitando movimentos bruscos. Se possível, procure sentar-se
ao invés de ficar andando de um lado para outro.

- Quanto aos pensamentos, focalize todos os aspectos positivos de sua aula. Crie uma
imagem mental dos alunos interessados e participativos. Você pode deixar essas imagens
maiores e mais nítidas, mais coloridas e mais brilhantes. Imagine-se confiante e
entusiasmado, falando com desenvoltura e com boa dicção. Estabeleça um diálogo interno
positivo, como se você estivesse ouvindo os conselhos de um colega mais experiente. Deixe
essa voz interior calma e suave para induzir seu estado de relaxamento.

Se agir assim antes de entrar na sala de aula, estará exercitando sua inteligência emocional
e, com certeza, estará dando um enorme passo para anular a ansiedade, conquistando a
tranqüilidade desejada.

Bandler "Para que ser você mesmo se pode ser alguém que valha mais a pena?".

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