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1.

Se o réu não foi encontrado para ser citado e também não constituiu
defensor, como deve proceder o juiz? Explique.

Esgotadas todas as possibilidades de localização do réu, não sendo o mesmo


encontrado para citação pessoal e ainda não tendo constituído defensor, o juiz deve,
inicialmente, citá-lo por edital, estabelecendo um prazo de 15 dias para
comparecimento em cartório, nos termos do art. 361 do CPP. Caso o acusado não
compareça e tampouco constitua defensor, opera-se a inatividade processual ficta,
momento processual em que o juiz deve aplicar o art. 366 do CPP, com a suspensão
do processo e da prescrição até que o réu seja localizado. Se o réu comparecer
pessoalmente, deve indicar seu defensor ou solicitar a nomeação, se não tiver
condições financeiras para tal. Por fim, caso não compareça pessoalmente, mas
comparecendo através de seu advogado constituído através de procuração, será
considerado citado, tendo o prazo de 10 dias para apresentação de resposta à
acusação.

2. Descreva as hipóteses de absolvição sumária no procedimento ordinário.

Após a resposta escrita do acusado, o juiz pode absolver sumariamente o réu, nos
casos de: manifesta causa de exclusão de ilicitude ou culpabilidade (salvo
inimputabilidade), pela atipicidade do fato apresentado (ou seja, não constituir
crime) ou pela extinção de punibilidade do agente (seja por prescrição, decadência
ou outras hipóteses previstas no art. 107 do CP ou lei extravagante).

3. O que diferencia o rito ordinário do rito sumário? Explique.

O rito ordinário está disciplinado nos arts. 395 a 405 do CPP, e aplica-se a crimes
cuja pena máxima cominada for igual ou superior a 4 anos de pena privativa de
liberdade. O rito sumário, por sua vez, está previsto nos arts. 531 a 538 do CPP,
aplicando-se a crimes cuja pena máxima cominada for inferior a 4 anos e superior a
2 anos de pena privativa de liberdade (isso porque se for inferior a 2 anos seria o rito
sumaríssimo). Demais disso, o prazo de realização da audiência de instrução e
julgamento no rito ordinário é de 60 dias, enquanto no sumário é de 30 dias, além do
número de testemunhas no ordinário ser de até 8 testemunhas e no sumário ser de
até 5.

4. O que é termo circunstanciado no procedimento do JECrim?

Termo circunstanciado é o registro do fato típico para os delitos de menor potencial


ofensivo. No Jecrim, não há a instauração de inquérito policial, mas sim deve a
autoridade policial, assim que tenha conhecimento da ocorrência delitiva, lavrar
termo circunstanciado, encaminhando-o imediatamente ao JECrim, com o autor do
fato e a vítima.

5. Explique o instituto da transação penal e diga se é possível tal instituto nas


hipóteses de ação penal privada.

O instituto da transação penal diz respeito a um direito subjetivo do réu, o qual se


trata do oferecimento pelo Ministério Público ao acusado de pena antecipada,
restritiva de direitos ou de multa, uma vez que o Ministério Público verifique que
estão preenchidos os requisitos para tal. É um instituto que visa evitar a instauração
de ação penal, ocorrendo antes do oferecimento de denúncia, aplicado a delitos de
menor potencial ofensivo e contravenções penais cuja pena máxima seja não
superior a dois anos, cumulada ou não com multa. Cumpre destacar, todavia, que a
transação penal é vedada nas hipóteses de: comprovar-se que o réu já tenha sido
condenado, por sentença definitiva, pela prática de crime à pena privativa de
liberdade; quando o réu já tiver sido beneficiado pela transação penal em um
período de cinco anos; se não forem indicados os antecedentes, a conduta social e a
personalidade do agente, além dos motivos e circunstâncias do delito, restando não
ser suficiente a adoção da medida; na Justiça Militar; e em crimes praticados com
violência doméstica e familiar contra a mulher.

Quanto à aplicação de tal instituto nas hipóteses de ação penal privada, apesar de a
Lei nº 9.099/95 prever apenas para ação penal pública incondicionada e
condicionada à representação, hoje predomina o entendimento na jurisprudência e
na doutrina de que, de fato, pela analogia, é possível o oferecimento de transação
penal na ação penal privada, podendo partir do próprio querelante e, caso não o faça
e não haja recusa expressa, pelo Ministério Público.

6. Diferencie pronúncia, impronúncia, absolvição sumária e desclassificação.

A pronúncia é a decisão fundamentada do juiz que acolhe provisoriamente a


pretensão acusatória, verificando sua admissibilidade a partir de indícios suficientes
de existência de autoria e materialidade, na qual se determina que o réu seja
submetido a julgamento no Tribunal de Júri, não se discutindo as agravantes,
atenuantes e causas especiais de diminuição de pena. Nela o juiz não pode exprimir
certezas, de modo que não se influencie os membros do júri. Nela não se forma
coisa julgada material, apenas formal. Contra ela cabe o RESE.

A impronúncia, por sua vez, é uma decisão terminativa, em que o juiz não se
convence naquele momento da existência de indícios suficientes de autoria e
materialidade delitivas nos autos, negando prosseguimento da ação penal e
encerrando o processo sem julgamento de mérito. É o oposto da decisão de
pronúncia. Todavia, é uma decisão repleta de incerteza, pois mesmo que o réu não
seja pronunciado naquela oportunidade, prevê a possibilidade de reabertura do
processo a qualquer tempo se surgirem novas provas, desde que não esteja extinta a
sua punibilidade. Não se forma coisa julgada material, mas sim formal. Contra ela
cabe o recurso de apelação.

A absolvição sumária é uma sentença em que o juiz está plenamente convencido de


que não há suporte probatório de que o réu é o autor ou partícipe do fato típico ou de
que o fato existiu, ou quando o fato não constituir infração penal ou incidirem
causas de exclusão de ilicitude ou culpabilidade (salvo a inimputabilidade). É uma
certeza que encerra e absolve o réu tanto da instância como da causa, diferentemente
da impronúncia que instaura uma dúvida com possibilidade de reabertura
processual. Nela há a formação de coisa julgada material. Cabe contra ela o recurso
de apelação.

A desclassificação é quando se dá ao fato narrado uma definição jurídica diversa,


podendo ocorrer tanto na primeira fase como em plenário. A desclassificação pode
ser própria ou imprópria. Na própria é quando há a desclassificação conduz a uma
infração penal que não é de competência do júri, remetendo os autos ao juiz
competente, enquanto a imprópria ocorre a desclassificação para um delito da
competência do júri. Contra ambas as decisões cabe o RESE.

7. O que é o excesso de linguagem de pronúncia? Explique.

O excesso de linguagem (ou eloqüência acusatória) na decisão de pronúncia seria


uma emissão de juízo de valor por parte do magistrado, o que é vedado no
ordenamento jurídico. A decisão de pronúncia deve ser proferida com uma
linguagem sóbria, objetiva, sem excesso de adjetivação, ou seja, não deve haver
excesso de linguagem, sob pena de nulidade, uma vez que se trata de ato meramente
provisório, cabendo ao juiz apenas um juízo de admissibilidade, em que se verifica a
existência de indícios de autoria e materialidade, sendo este apenas um juízo de
probabilidade e não de certeza, não devendo influenciar os jurados através de sua
decisão.

8. Sobre a teoria geral dos recursos, explique o instituto do reformatio in pejus


indireta.

Ao se estudar a teoria geral de recursos, verifica-se que no processo penal é vedada


a reforma na decisão que piore a situação jurídica do réu quando houver apenas
recurso por parte da defesa. Ou seja, se diante de uma decisão, apenas a defesa
recorrer, o juiz não pode prolatar decisão que piore a situação do réu. É o chamado
reformatio in pejus. Decorrendo dessa idéia, também é vedada a reformatio in pejus
indireta. Ela ocorre quando, por acolhimento do pedido da defesa em sede recursal,
anula-se a sentença e, na sequência, ao retornarem os autos para o tribunal, é
prolatada uma nova sentença que piora a situação do réu. Isso é vedado, uma vez
que essa piora decorre indiretamente apenas do recurso interposto pela defesa, o que
seguindo o reformatio in pejus, na forma indireta, também não é permitido.

9. Explique as hipóteses de cabimento de apelação e do RESE


(genericamente).
As hipóteses de cabimento estão previstas no art. 593 do CPP. A Apelação cabe em
face de decisões definitivas, ou com força de definitivas, proferidas por juízo de
primeira instância, podendo modificá-la total ou parcialmente, e ainda podendo ser
ordinária (se o crime objeto do processo for punido com pena de reclusão) ou
sumária (para os delitos com pena de detenção ou prisão simples); Ela tem ainda
caráter residual, cabendo nas hipóteses em que não se pode falar em RESE.

O RESE é normalmente visto como um recurso incidental, uma vez que tem o
condão de impugnar determinadas decisões interlocutórias proferidas no decorrer do
processo penal pelo juízo de primeiro grau, sendo adequados nos casos previstos
taxativamente no art. 581 do CPP ou em leis especiais, com exceção dos incisos XI,
XII, XVII, XIX a XXIV que foram revogados pela lei de execução penal, sendo
agora hipóteses de cabimento de agravo de execução.

10. Descreva as hipóteses de Revisão Criminal e se ela pode ser apresentada em


favor da sociedade.

A revisão criminal é uma ação de impugnação, de competência originária dos


tribunais, com objetivo de anular ou desconstituir sentenças condenatórias ou
absolutórias impróprias transitadas em julgado (sejam elas sentenças de juízes do
primeiro grau ou do Tribunal de Júri, como também acórdãos proferidos por
tribunais). Suas hipóteses de cabimento estão previstas no art. 621 do CPP, sendo
elas: quando a sentença condenatória for contrária ao texto expresso da lei penal ou
à evidência dos autos (também se estendendo a casos de nulidade e,
excepcionalmente, quando houver mudança de entendimento jurisprudencial
relevante e consolidado); quando a sentença condenatória se fundar em
depoimentos, exames ou documentos comprovadamente falsos (é uma situação de
caso judicial penalmente viciado, estando a decisão contaminada, devendo a
sentença ser rescindida); e quando, após a sentença, se descobrirem novas provas de
inocência do condenado ou de circunstância que determine ou autorize diminuição
especial da pena (trata-se de novas provas relevantes que justifiquem a absolvição
ou a eventual diminuição da pena).
Quanto à revisão criminal apresentada em favor da sociedade, seria esta nas
hipóteses de ocorrência de errores in iudicando ou in procedendo nas decisões de
mérito absolutórias transitadas formalmente em julgado, que tenham sido proferidas
contrariamente à lei ou com a verdade dos fatos, a fim de rescindir sentenças
favoráveis ao réu, em prejuízo à sociedade. Muito embora seja aplicada em diversos
ordenamentos jurídicos estrangeiros, ainda não se admite sua aplicação no Brasil.

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