CATE – ECONOMIA BRASILEIRA

1ª AULA
POLÍTICA E FINANÇAS NA REPÚBLICA VELHA
(1889-1930)

1. POLÍTICA
. mudança fundamental
. de um Império centralizado para uma República
descentralizada
. maior poder aos governadores
. financiados pelo imposto sobre exportações
. empréstimos internacionais
. forças armadas próprias
. capacidade de fraudar eleições
. menos de 3% da população votava
. poder do presidente da república depende de obter uma
base de apoio no Congresso
. troca de favores com governadores de SP, MG, RJ,
RS, BA, PE
. negociação de todos os cargos públicos federais

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2. OS PERÍODOS

2.1. PRIMEIRA ETAPA: ANARQUIA MILITAR (1889-1897)

. Império caiu pela incapacidade de um imperador doente negociar
uma base de apoio dentro do exército
. revolucionários não tinham programa comum
. nem sequer eram todos republicanos
. quem proclamou a República foram os vereadores do RJ

2.1. GOVERNO PROVISÓRIO 1889-1991

. presidente governa com poderes ditatoriais
. substitui todos os governadores
. nomeia oficiais do Exército
. congresso prepara nova constituição

2.1.1. POLÍTICA ECONÔMICA: O ENCILHAMENTO

. problema: falta de meios de pagamento para uma economia
movida a trabalho livre

. solução encontrada pelo Ministro da Fazenda (Rui Barbosa)

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 Rui Barbosa

. criação de bancos emissores

. emissão de moeda lastreada em títulos da dívida
pública
. canalizado para capital de giro das empresas rurais e
urbanas
. Lei das SA facilita a capitalização de empresas em bolsa de
valores
. resultado:
. criação de grande quantidade de novas empresas
. ferrovias
. indústria
. comércio
. tanto
. empresas sólidas que sobreviveram

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 . quanto empreendimentos especulativos que faliram
em 1892-93

. 1891: crise cambial importada da Argentina

. difícil medir o impacto no Brasil:
. faltam dados sobre PIB e inflação

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2.2. GUERRA CIVIL E TURBULÊNCIA POLÍTICA (1892-1897)
. 2 golpes militares ao final de 1991
. Deodoro
. Floriano
. revolta da Armada e revolução do Rio Grande do Sul
. governo ditatorial de Floriano
. aumento de gastos militares
. financiados com dívida externa
. falta de condições políticas para estabilizar a economia
. primeiro presidente civil Prudente de Morais não tem base política
. refém de militares
. longa negociação com os credores
. longa negociação entre elites civis estaduais para estabelecer um
regime político de longa duração

2.3. SEGUNDA ETAPA: POLÍTICA DOS GOVERNADORES

(1898-1930)
. mecanismo
. não há partidos políticos nacionais
. partidos republicanos estaduais apóiam governo federal

. governo federal apóia fraude de seus aliados

. governadores controlam toda a bancada

. loteamento de todos os cargos públicos federais

. clientelismo

. não há reeleição

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 . candidato à sucessão definido pelos caciques estaduais

. Presidente da República

. não se reelege

. não se intromete na sucessão

. mito da “política do café-com-leite”

. nunca existiu

. MG e SP não tinham maioria no Congresso

. criado para justificar a Revolução de 30

2.3.1. FUNDING LOAN (1898)

. acordo para resolver um problema de uma dívida externa
impagável no curto prazo
. negociado pessoalmente pelo presidente Campos Sales

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 Campos Sales

. executado sucessivamente pelos ministros Joaquim Murtinho e

Leopoldo Bulhões

. consistiu na consolidação e refinanciamento da dívida externa

. suspensão de amortizações por 13 anos e 3 de carência

para juros

. aumento da arrecadação: tarifa-ouro na alfândega

. contrapartida: política monetária contracionista

. corte drástico nas despesas federais – entre 1897 e 1902:

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 . queda de 44% nos gastos de consumo

. queda de 66% nos investimentos

. entre 1898 e 1906: redução de 54% da oferta de moeda

. preços caíram 30%

. crise bancária (falência de metade dos bancos) e

recessão

. consequência: valorização cambial (acentuada pelo ^

exportações da

borracha)

. aumento das importações

. alívio para importadores e para o governo

. prejuízo para cafeicultores (purga do produtor marginal)

. após 1903: reerguimento econômico promovido pelas obras

públicas no Rio de Janeiro

. porto do Rio e Avenida Central

. financiado com empréstimos externos (só pressionou

orçamento após 1907)

. expansão urbana, crise rural