Anda di halaman 1dari 11

UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA

DEPARTAMENTO DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS


TAL 453 - TECNOLOGIA DE PRODUTOS LÁCTEOS FERMENTADOS

Iogurte
Tipo Sundae

Ismael
Jonas
José
Mariane Oliveira de Araújo 70098
Rodrigo Antônio Pires Vieira 65698

Viçosa-MG
Introdução

O iogurte é um leite coagulado obtido pela fermentação láctica, efetuada por


Lactobacillus bulgaricus e Streptococcus thermophilus, no leite pasteurizado, com ou
sem adição de leite em pó e/ou outros ingredientes que aumentam o teor de sólidos totais.
Estas bactérias se mantêm em crescimento em associação ou culturas separadas, que são
inoculadas no leite em porções definidas. No início da fermentação, o pH do leite favorece
o desenvolvimento do Streptococcus thermophilus e com o aumento da acidificação,
crescem os Lactobacillus bulgaricus.
O iogurte pode ser dividido em três tipos ou sistema de fabricação: firme, batido
e fluido. O iogurte firme é aquele que a fermentação ocorre no interior da embalagem; o
batido é aquele em que o gel é quebrado, resfriado e embalado após a coagulação e o
produto solidifica novamente, ocorrendo um aumento da viscosidade após a embalagem;
e o iogurte fluido (para beber) é aquele em que o gel é quebrado como no produto batido,
mas é homogeneizado e mantém a consistência líquida. Apesar do aparente contraste dos
produtos finais, os processos de fabricação dos diferentes tipos de iogurtes são similares.
Pode ser classificado também quanto á concentração de gordura, sendo integral,
semidesnatado e desnatado.
A textura é um dos principais componentes da qualidade do iogurte representando
todos os atributos reológicos e estruturais perceptíveis por receptores mecânicos e táteis.
Na fabricação de iogurte, a textura depende de diversos fatores, dentre os quais se
destacam a base láctea, as culturas empregadas e o processamento.
Alguns dos ingredientes que acrescidos ao leite aumentam a firmeza do iogurte
são: o leite em pó integral ou desnatado, soro ou concentrado proteico do soro de leite,
caseinato, amido modificado, pectina, gelatina e gomas (Tamime e Robinson, 1991). A
relação entre o teor de sólidos do leite e a consistência do iogurte melhora quando o teor
de sólidos é aumentado de 12% para 20%. O melhor é iogurte é obtido do leite contendo
de 15% a 16% de sólidos totais, e a maioria dos iogurtes comerciais tem de 14% a 15%
de sólidos totais (Tamime e Robinson, 1991).
Nos iogurtes desnatados ou semidesnatados a quantidade de sólidos totais é
reduzida quando comparada com o iogurte integral. A qualidade destes produtos depende
da textura e do corpo, pois a quantidade de sólidos é muito baixa, assim é comum o uso
de estabilizantes para melhorar a textura e reduzir a separação do soro. Outro método para
aumentar o conteúdo de sólidos totais é a adição de caseinatos e concentrados protéicos
de soro.
As características do iogurte estão relacionadas à sua acidez, que se altera durante
o armazenamento, dependendo da acidez inicial e da temperatura de estocagem (SALJI
& ISMAIL, 1983). No Brasil, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
(MAPA) indica um valor entre 0,6 e 1,5 g de ácido lático/100 g como aceitável para o
iogurte ser liberado para o comércio (BRASIL, 2000). O leite utilizado para fabricação
de iogurte deve apresentar boa qualidade ser higienicamente produzido e manipulado, de
composição físico-química normal, isento de antibióticos e preservativos e não deve ser
utilizado congelado, a fim de evitar defeitos na textura do produto.
Iogurte firme
Denomina-se iogurte tradicional ou firme o produto em que a fermentação do leite
ocorre na própria embalagem.
Os iogurtes que seguem o tipo “sundae” têm o mesmo processo de produção de
iogurtes com consistência firme, se diferenciando apenas na adição de polpa de fruta
primeiramente na embalagem. A fermentação desse tipo de produto ocorre dentro do
recipiente que será comercializado até ser atingido o pH 4,7 a 4,5 (Moraes, 2015).
O termo “tipo sundae” não foi explorado no mercado, mas seu conceito foi incorporado
naturalmente entre os consumidores. ....?

Geleia de abacaxi
A adição de geleias em iogurte vem sendo estudada a um certo tempo e demostrou
ser uma alternativa interessante.
“Geléia de fruta é o produto obtido pela cocção, de frutas, inteiras ou em pedaços,
polpa ou suco de frutas, com açúcar e água e concentrado até consistência gelatinosa”
(ANVISA). Podem ser classificadas em comum e extra, sendo a geleia comum com uma
proporção de 40 partes de frutas para 60 partes de açúcar, e a geleia extra, em proporção
de 50 partes de frutas para 50 partes de açúcar.
Neste trabalho usamos a proporção de geleia comum, com o intuito de ter um
produto menos acidificado, que ao entrar em contato com o iogurte, não venha a causar
algum defeito.
Leite
O leite se compõe principalmente de água, gordura, proteínas, carboidratos
(lactose), cálcio, fósforo e vitaminas. A proporção dos componentes varia segundo sua
procedência. Existem, também, pequenas quantidades de substâncias minerais,
substâncias hidrossolúveis transferidas diretamente do plasma sanguíneo, proteínas
específicas do sangue e traços de enzimas (TRONCO, 2003). A composição aproximada
do leite de vaca está descrita na tabela 1.

Tabela 1. Composição média do leite de vaca.

Componente Composição Media %

Água 87,0
Sólidos totais 13,0
Gordura 3,9
Proteínas 3,4
Lactose 4,8

Minerais 0,8

Fonte: ABLV (2008)

Diferentes leites apresentam variações quanto ao volume e quanto à relação entre


os seus componentes. Essas variações dependem de fatores como espécie animal, raça,
individualidade animal, intervalo entre ordenhas, variação durante a ordenha, período de
lactação, estação do ano, alimentação, temperatura, doenças, idade do animal e condições
climáticas (PINHEIRO; MOSQUIM, 1991).

Streptococcus Thermophilus

Características Gerais
Streptococcus thermophilus é uma bactéria ácido láctica essencialmente utilizada
para fins comerciais, que inclui a produção de iogurtes. E uma bactéria Gram-positiva
termofílica com uma taxa de crescimento ótima a 45 ° C. Ela é capaz de gerar energia na
forma de ATP, por respiração aeróbica; no entanto, sem a presença de oxigênio, ainda
pode produzir ATP através da fermentação. S. thermophilus não possui enzimas do
citocromo, oxidase e catalase. Não tem motilidade e não forma esporos. Embora S.
thermophilus esteja intimamente relacionada com outros estreptococos patogênicos
(como S. pneumoniae e S. pyogenes), S. thermophilus é classificada como uma espécie
não patogênica.
Lactobacillus delbrueckii subsp. bulgaricus

Características Gerais
. São bactérias Gram-positivas, anaeróbicas facultativas, não móveis e não
formadoras de esporos, em forma de bastonete, (faixa de tamanho de célula = 0,5-0,8 x
2,0-9,0 mm) consideradas bactérias ácido lácticas e industrialmente importantes. Como
outras bactérias ácido lácticas, são tolerantes a acidez, e não podem sintetizar porfirinas
e possuem um metabolismo estritamente fermentativo com o ácido láctico como o
principal produto final. (Axelsson, 1998; Hammes e Vogel, 1995; Kandler e Weiss,
1986). Dentro do gênero Lactobacillus, L. delbrueckii fazem parte do agregado
homofermentativo, que produzem ácido D-láctico a partir de açúcares hexose através da
via Embden-Meyerhof e são incapazes de fermentar pentoses (Axelsson, 1998). A espécie
L. delbrueckii contém três subespécies, L. delbrueckii subsp. delbrueckii, L. delbrueckii
subsp. lactis e L. delbrueckii subsp. bulgaricus. L. delbrueckii subsp. bulgaricus cresce
em um número relativamente restrito de carboidratos e normalmente requer ácido
pantotênico e niacina (Hammes e Vogel, 1995).

Leite em pó
O leite em pó é um derivado do leite natural, sendo uma forma moderna de
consumo do mesmo, este é obtido pela desidratação do leite, que pode ser integral,
semidesnatado ou desnatado. A água que é o maior componente do leite “in natura”, com
aproximadamente 87,5%, é eliminada através de um processo que envolve operações
unitárias, evaporação e secagem por pulverização (atomização, nebulização), restando o
extrato seco do leite e uma pequena quantidade de água, cerca de 2,5% a 4,0%.

A adição de leite em pó desnatado é efetuada com a proposta de aumentar o


conteúdo de extrato seco desengordurado (E.S.D) do leite, visando aumentar a capacidade
de retenção de água das proteínas, prevenindo assim o problema da sinérese (separação
da água do coágulo), além de aumentar a consistência do produto final. Geralmente o leite
em pó desnatado é adicionado antes do tratamento térmico em uma proporção que varia
de 1 a 5 %.
Açúcar
A sacarose é o açúcar mais empregado na fabricação de iogurte. Pode ser
adicionada diretamente ao leite ou, no caso de iogurte batido com polpa de frutas, ser
adicionado juntamente com a polpa na forma de geleia.
No caso da adição de açúcar ao leite, este deve ser misturado ao leite em pó
desnatado e adicionado ao leite antes do tratamento térmico, uma vez que o mesmo
apresenta maior solubilidade a altas temperaturas.
Além disto, o tratamento térmico permite destruir os microrganismos, presentes
no açúcar, principalmente leveduras, as quais podem provocar estufamento da
embalagem durante a vida de prateleira do produto.
A quantidade utilizada depende do gosto do mercado, em geral é adicionado na
faixa de 5 a 12 % em relação ao volume de leite. Acima de 12 % pode ocorrer a inibição
das culturas lácticas do iogurte devido ao efeito osmofílico. A quantidade de açúcar a ser
adicionada, depende da concentração de açúcar presente na polpa ou suco da fruta e da
doçura estabelecida para o produto final.
A adição de adoçantes ao leite é normalmente aplicada na fabricação de leites
fermentados light ou diet em quantidades mínimas estabelecidas pela legislação. Os
adoçantes mais utilizados em leites fermentados são: sacarina, aspartame, ciclamato,
estévia e sorbitol.
Materiais e métodos

Geleia
 400 g de abacaxi
 600 g de açúcar
 150 mL de água
Iogurte
 2 L de Leite
 100g de Leite em pó integral
 30 mL de Cultura lática Lactobacillus bulgaricus e 30 mL Streptococcus
thermophilus
 200 g de Açúcar
Fluxograma de processo de iogurte tipo sundae

Elaboração da mistura

Tratamento térmico da mistura


79-81 °C/15'

Resfriamento da mistura 43-45


°C

Adição das culturas

Preparo da embalagem para


envase - calda

Envase

Fermentação, até a acidez


desejada, por volta de 63 - 65 % .

Resfriamento do produto < 10 °C


Processamento de iogurte tipo sundae:

1 - Elaboração da mistura:
Processo onde ocorre a mistura de leite em pó instantâneo integral, sacarose e leite integral. Até
que ocorra a solubilização do leite em pó e da sacarose, facilitado pelo pré aquecimento do leite
em torno de 40-45 °C.
2 - Tratamento térmico :
Aquecimento da mistura até 79 – 81 °C, por 15 minutos, para fins de aumento de viscosidade e
eliminação de possíveis microrganismos .
3 - Resfriamento da mistura :
Ocorre o resfriamento da mistura, até 43 – 45 °C, temperatura adequada para a inoculação dos
microrganismos. Resfriamento feito em banhos com água gelada e gelo.
4 - Adição das culturas :
Nessa etapa ocorre a adição de microrganismos térmofilos, em quantidades iguais.
5 - Preparo da embalagem para envaze :
No fundo da embalagem é colocado a calda, para que seja colocado o iogurte na próxima etapa.
6 - Envase :
Adição do iogurte, ainda sem viscosidade e com baixa acidez.
7 - Fermentação do iogurte :
Ocorre a fermentação dos carboidratos e a produção de ácido, em torno de 65 % de ácido lático.
8 – Resfriamento do produto :
Ocorre o resfriamento, para que a atividade dos microrganismos seja controlada e a produção de
ácido seja estabilizada.
Referências

AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA - ANVISA. Legislação .


Acesso em: 25 jun. 2008.

AXELSSON, L. 1998. Lactic acid bacteria: classification and physiology, pp. 1-72. In,
S. Salminen and A. Von Wright (eds). Lactic Acid Bacteria: Microbiology and Functional
Aspects, 2nd edition. Marcel Dekker, Inc, New York.

BOLOTIN, Quinquis, Renault, Sorokin. "Complete sequence and comparative genome


analysis of the dairy bacterium Streptococcus thermophilus." Nature Biotechnology 22,
1554 – 1558. November 14 2004.

BRASIL ANVISA. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução da Diretoria


Colegiada - Resolução - CNNPA nº 12, de 1978. Geleia de frutas.

BRASIL. Ministério da Agricultura e do Abastecimento, Secretaria de Defesa


Agropecuária, Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal. Padrões de
identidade e qualidade de leites fermentados. Resolução nº5, de 13/11/2000. Diário
Oficial da União, Brasília, 27 nov. 2000. Seção I, p. 9.

FOSCHIERA, J. L. Indústria de Laticínios: Industrialização do leite, Análises e Produção


de Derivados. Porto Alegre. Suliani Editografia Ltda. 2004.

MORAES, A. E. A. (2015). Iogurte tipo sundae: chegou para ficar. Disponível em


<http://www.milkpoint.com.br/industria/radartecnico/probioticos/iogurtetiposundae-
chegouparafica r93480n.aspx>. Acesso em: 05 de jun de 2018.

PINHEIRO, A. J. R.; MOSQUIM, M. C. A. V. Apostila: Processamento de leite de


consumo. Dep. Tecnologia de Alimentos. UFV: Viçosa, 183p, 1991.

SALJI, J. P; ISMAIL, A. A. Effect of initial acidity of plain yogurt on acidity changes


during refrigerated storage. Journal of Food Science, v. 48, n. 1, p. 258-259, 1983.

TENCHINI DE MACEDO, N.L.; Apostila Tecnologia de Fabricação de Leites


Fermentados. Instituto de Laticínios Cândido Tostes. Novembro 2000

TRONCO, V. M. Manual para inspeção da qualidade do leite. Santa Maria: Editora


UFSM, 2003.

Anda mungkin juga menyukai