do Direito
– Até aos anos 60: Direito da Economia, Regulação
• Morton Horwitz (1980) Hofstra Law Review: "Eu tenho a forte impressão de
que a análise econômica do direito chegou ao auge ."
Para Coase, a externalidade não é causada apenas por uma parte, mas uma parte
será obrigada a sofrer um dano. A externalidade não deve ser internalizada,
necessariamente, pela parte que a causou, embora isso pareça injusto. A
externalidade deve ser internalizada pela parte que a absorver com menor custo.
Isso pode ser injusto, mas, em muitos casos, é mais eficiente.
Um Pouco Mais de Coase
Imagine uma situação que envolva duas atividades, sendo que as ações de uma delas
influem negativamente na outra. Do ponto de vista jurídico, é necessário que se defina
se essa atividade nociva pode ser realizada ou se a parte que está sofrendo o prejuízo
tem o direito de não mais o sofrer. A primeira impressão é a de que a justiça exige que
a parte causadora do dano pague por ele. Entretanto, sob a perspectiva da eficiência, o
direito deve ser alocado à parte que mais o valoriza. No caso de as partes seguirem a o
direito de modo não cooperativo, a alocação de direitos afetará a eficiência. No caso
de as partes negociarem com êxito, a alocação de direitos não importará para a
eficiência. Pressupondo-se que a negociação foi bem sucedida, o uso dos recursos é
eficiente, independentemente da norma legal aplicada
O exemplo Coase: O caso judicial Sturges x
Bridgman
Um fabricante de doces barulhento é vizinho de um médico silencioso, que tem seu trabalho
importunado por aquele, tal que ambos foram à justiça para determinar quem deveria se mudar.
Coase argumenta que independente do juiz julgar que o fabricante deveria parar de usar seu
maquinário ou que o médico deveria se adaptar ao barulho, ambos poderiam atingir um acordo
mutuamente benéfico tal que a eficiência alocativa fosse máxima. Por exemplo, tal que um se
mude e o outro compense-o financeiramente de modo que a alocação de recursos seja
equivalente à produção exercida pela parte que se mudou, caso ficasse no local, ou que uma
parte compense a outra financeiramente pelas adequações necessárias tal que ambas
permaneçam no local, de modo que o ganho mútuo seja máximo. Todavia, Coase argumenta
que os custos de transação envolvidos na barganha são um empecilho a essa. Por exemplo, o
fabricante pode ter que lidar com numerosos vizinhos e casos judiciais, e com alguns que
aproveitem-se deste cenário para exigir compensação mais elevada, acabando com o aspecto
vantajoso da barganha.