A avaliação do conceito “tensão” em música pode ser
subjetiva. Geralmente, quanto mais intervalos de 2as existirem em um acorde, maior será a sua tensão. No entanto, existem exceções a esta regra. Por isto, a densidade do acorde também deve ser levada em consideração. Fundamentalmente, a melhor maneira de se julgar o nível de tensão e de densidade de um acorde é ouvindo-o. Abaixo, temos uma tabela que ilustra a progressão de movimento de tensão e densidade desde leve até forte. Niveis de Tensão Leve à Moderado à Forte 13as e algumas Muitas 5as Acordes Contêm: 7as à 9as & 11as 5as alteradas, 9as, alteradas, 9as, 11as e 13as 11as e 13as
Como regra, níveis consistentes de tensão e de densidade
devem ser mantidos por toda uma harmonização.
No entanto, movimento gradual através do espectro também
é típico e aceitável.
Movimento abrupto de tensão e densidade fortes para leves,
especialmente em pontos de inatividade rítmica, deve ser evitado. Tal movimento geralmente é ineficaz, devido à falta de tensões ocorrente no acorde sustentado, como mostrado no exemplo a seguir. Movimento repentino de tensão e densidade fortes para moderadas é típico em progressões cadenciais. Por exemplo, um acorde dominante com muitas tensões pode resolver em uma tônica ou em um acorde de tensão moderada; isso caracteriza o emprego de tensão e relaxamento, tão comum em toda a música tonal.
Pulos de tensão e densidade fracas para fortes podem ser
úteis para adicionar impacto a uma frase.
Considerações de extensão (posicionamento,
alcance) para acordes de posição cerrada Por questões de extensão (região), acordes graves podem por diversas vezes soar confusos (“sujos”). Acordes com tensões mais leves podem geralmente ser escritos em região um pouco mais grave do que acordes com tensões mais fortes. Verifica-se esta possibilidade especialmente quando as tensões aparecem na parte mais grave do acorde.
Se a voz do soprano descer abaixo do dó central, há uma
possibilidade de um acorde em posição cerrada soe “sujo”. Da mesma forma, podemos verificar tal ocorrência quando a voz mais grave alcançar uma oitava abaixo do dó central. Devemos sempre ouvir os acordes cuidadosamente com a tônica adicionada para determinar a clareza dos mesmos. Se um acorde não soa de maneira clara, utilize as seguintes soluções, na ordem listada, até que a clareza seja obtida. 1) Diminua o nível de tensão.
2) Substitua o acorde original por outro que contenha duas ou
três notas, utilizando dobras.
O método mais típico para se distribuir um acorde de três
notas entre os instrumentos é dobrar a voz mais aguda para fortalecer a melodia.
Quando existem duas dobras entre os quatro instrumentos,
geralmente temos um acorde de duas vozes, com dois instrumentos tocando cada voz. No entanto, se este método criar linhas individuais estranhas ou se a nota mais grave estiver fora do alcance do terceiro instrumento, um acorde de duas notas pode ser dividido, colocando-se a voz mais aguda para três instrumentos, restando apenas a voz mais grave para o quarto instrumento. Nunca devemos dividir um acorde de duas vozes da maneira oposta, com um apenas um instrumento tocando a voz mais aguda e os outros três tocando a voz mais grave.
3) Abandonar o acorde completamente e colocar o grupo
inteiro de instrumentos em uníssono.
Para os acordes em que beiram a um som “sujo”, os critérios
seguintes podem ser utilizados para determinar a sua permissão/restrição. • Qual o nível de dinâmica no momento em que o acorde será ouvido? Se o volume é alto e exige o máximo ou quase isto dos instrumentos, e se as notas tocadas estão no limite grave dos mesmos, então a escolha não será compatível com o nível de dinâmica da seção. Se o volume é mais suave, então haverá menos problemas. • Onde está situado o acorde na frase? Se ele começa uma frase, ele pode não prover impacto suficiente. Se o acorde está inserido em uma passagem de movimento rápido onde ele será ouvido apenas por um instante, ele provavelmente será útil.