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Confusões linguísticas e uma salgalhada de expressões incorretas

 Agente e a gente

Agente – substantivo comum (aquele que age)

Ex: O agente da autoridade multou a Maria.

A gente: (a) determinante (artigo definido) + substantivo coletivo, equivalente a um pronome


pessoal.

Ex: Toda a gente deve cumprir a lei.

Uso correto na escrita: empregar o pronome “nós”.

 Aparte e à parte

Aparte: substantivo que representa uma frase isolada - serve para interromper o que se está a
dizer.

Ex: O aparte que o orador fez foi adequado.

À parte: locução adverbial que significa “de lado”, “em particular”, “isoladamente”.

Ex: Os livros ficam à parte.

 Apartir de

A partir de: locução prepositiva que significa “a principiar em”. Escreve-se separadamente.

Ex: O Inverno começa a partir de 21 de Dezembro.

 Brutal

Adjetivo para bruto (como bestial é para besta). Brutal significa, portanto, irracional, inculto,
estúpido, cruel, desumano, muito rude, grosseiro… A próxima vez que escrever numa rede
social que algo de que gostou bastante é brutal, pense duas vezes.

 Bébé

Escreve-se “bebé”, tal como totó. Na língua portuguesa não existem palavras com dois acentos
(o til não é um acento gráfico, é uma nasalação)
 Beija-la ou beija-a?
O pronome pessoal (o, a, os, as) passa a lo, la, los e las quando a forma verbal à qual está
ligado termina em – r, -s ou – z

Exemplos:

Ele beija a namorada – ele beija-a

Tu beijas a namorada – tu beija-la

Que bom receber um presente – que bom recebê-lo

Ele disse uma mentira – ele disse-a

É feio dizer uma mentira – é feio dizê-la

 Bem-vindo e Benvindo

Bem-vindo tem o sentido de sermos bem acolhidos. Benvindo é um nome próprio.

 Chamaste e chamas-te

Chamaste: pretérito perfeito do indicativo “chamar” na 2ª pessoa do singular.

Ex: Já chamaste a Joana?

Chamas-te: presente do indicativo do verbo “chamar”, na 2ª pessoa do singular + pronome


pessoal reflexo.

Ex: Chamas-te Maria?

 Concerteza

Com certeza: locução adverbial que se escreve separadamente, tal como outras expressões
semelhantes: de certeza, com efeito.

Ex: Iremos resolver o seu pedido, com certeza.

 Conosco

Na realidade é “connosco”. Não, a culpa não é do Acordo ortográfico.

 Derepente
De repente: locução adverbial que se escreve separadamente.

Ex: O vento levou a roupa tão de repente que não tive tempo de a apanhar.

 Derivado a

“Derivado de”; “devido a”. Derivado (que é como quem diz proveniente) é do leite, devido é
uma causa.

 Desfolhar

Desfolhar significa tirar folhas ou pétalas. Se desfolha um livro, arranca as páginas. Já se


“folhear” um livro é possível que seja menos trágico.

 Diminuitivo

A palavra é “diminutivo”

 Debaixo e de baixo

Debaixo: locução prepositivas (utilizada com verbo “estar”). Expressa a ideia de ausência de
movimento

Ex: O gato está debaixo da mesa.

De baixo: locução adverbial (utilizada com verbos de movimento). Referimo-nos a um lugar.

Ex: Aquela mulher mora na rua de baixo.

 Demais e de mais

Demais: (a)determinante ou pronome demonstrativo.

Ex: Portugal e os demais países da Europa votaram a favor dessa lei.

De mais: locução adverbial de quantidade (sinónimo de “demasiado”).

Ex: A mulher gritou de mais e, por isso, ficou rouca.

 Extrato ou estrato
Estrato: substantivo que designa “camada, faixa”.

Ex: Aquela criança pertence a um estrato social elevado.

Extrato: substantivo que refere uma substância extraída de outra.

Ex: Ainda não recebi o meu extrato bancário.

 Em anexo

Vírus linguístico no mundo digital. Anexo significa “junto a, contíguo, incorporado, atado,
preso, ligado a”. Assim, como não dizemos “o ficheiro em junto a”, devemos escrever e dizer
“anexo ficheiro; anexo imagem”. Quanto muito “o anexo contém”, mas por favor não
acrescentem o “junto envio”, que é como que diz “junto envio junto a”.

 Evacuaram-se trinta pessoas

Evacuam-se espaços e não pessoas. As pessoas evacuam, ou seja, expelem excrementos.


Evacuar significa esvaziar, desocupar, esventrar, esquartejar. Podemos sempre anunciar que
“retirámos trinta pessoas”

 Fato

Não, “facto” não perdeu o “C”, tão pouco “contacto”

 Há e à

Há: presente do indicativo do verbo “haver”, diz respeito a um determinado período de tempo
e tem o mesmo significado de “existir”.

Ex: Há instantes ouvi uma declaração do ministro na rádio.

À: Contração da preposição “a” com o determinante (artigo definido feminino) “a”, exprime
um determinado ponto no tempo e no espaço.

Ex: À medida que anoitece, a cidade ganha especial encanto

 Há cerca de e acerca de

Há cerca de: presente do indicativo do verbo “haver” na 3ª pessoa do singular + locução


prepositiva (sinónimo de “aproximadamente”).

Ex: Há cerca de dois anos que não viajo para o estrangeiro.


Acerca de: Locução prepositiva, sinónimo de “a respeito de, sobre”.

Ex: A conferência foi acerca da segurança nas estradas.

 Haver: haviam, houveram

O verbo haver no sentido de existir é impessoal. Quer dizer que se conjuga apenas na terceira
pessoa do singular, independentemente de se lhe seguir uma palavra no plural. A mesma regra
é aplicada quando o verbo haver está no infinitivo, conjugado com um verbo auxiliar. Neste
caso o auxiliar terá de ficar também na terceira pessoa do singular, pois o verbo principal
continua a ser o verbo haver.

Exemplos: Vai haver problemas (e não vão haver problemas). Começa a haver problemas e não
começam a haver problemas.

Conjuga-se no plural quando o verbo haver é utilizado como auxiliar de outro verbo.

Por exemplo:

Hão de dizer que esta matéria não é difícil.

Nunca utilizar há dem. O verbo conjuga-se eu hei de, tu hás de, ele há de, nós havemos de, vós
haveis de e eles hão de.

Com o novo acordo ortográfico nestas situações o verbo deixa de ser hifenizado, passando a
ocorrer hão de.

 Há anos atrás…

O verbo haver já abarca a de passagem de tempo. Se digo “há dez anos, há dois dias, há uma
hora”, isso significa que me refiro a um período de tempo que já passou. Assim, para quê
insistir no “atrás”. Por acaso dizemos “passados dez anos volvidos”

 Interviu

A forma correta é interveio, pois o verbo intervir conjuga-se como vir (inter + vir)

 Já agora

Ora se é “já”, não significa que é “agora”?

 Logotipo, estereotipo
São palavras esdrúxulas e como tal acentuadas graficamente na terceira sílaba a contar do
final. Tal como arquétipo, protótipo, biótico escreve-se estereótipo e logótipo. É acentuada e o
“ó” é aberto

 Mau estar

Escreva-se e diga-se mal-estar, tal como bem-estar, pois não diz “bom-estar”.

 Melhor e mais bem

Melhor significa mais bem. Melhor utiliza-se quando o advérbio aparece isoladamente ou
modifica a ação do verbo. Por exemplo: “ele trabalha melhor que o irmão” ou “pensando
melhor, isto é fácil”.

Mais bem utiliza-se quando o advérbio bem intensifica um particípio passado (ou adjetivo
verbal. Por exemplo: Isto está mais bem feito, mais bem pintado (e não melhor feito, melhor
pintado).

 Onde e aonde

Para além de uma enjoativa muleta verbal, “onde” é:

a) um pronome interrogativo (sinónimo de “em que lugar”);

Ex: Onde estiveste ontem à noite?

b) pronome relativo (sinónimo de “no/na qual”).

Ex: A casa onde os avós moram tem mais de cem anos.

Aonde: a) Pronome interrogativo (sinónimo de “a/para que lugar”);

Ex: Aonde foste ontem à noite?

b) Advérbio de lugar (sinónimo de “ao lugar que”).

Ex: Vai aonde te leva o coração.

 Organigrama

Por favor, leia-se e grafe-se “organograma”


 Particípios passados duplos: ser ganho/ter ganhado

Tal como os outros verbos nestas circunstâncias, segue a seguinte regra: usa-se os auxiliares
"ter" e "haver" com o particípio regular (ganhado). Nas outras situações, utiliza-se o particípio
irregular (ganho) e está associado, igualmente aos verbos "ser" e "estar".

O mesmo se aplica com outros particípios, por exemplo:

“Tinham imprimido muitas fotocópias”. “As fotocópias foram impressas”

“Ambos tinham manifestado a sua vontade”

Ter-me-ei expressado bem?

 Porque e por que

Porque: a) conjugação causal ou explicativa.

Ex: Não saí, porque estava cansada.

Por que: a) Preposição + pronome relativo.

Ex: Por que razão não saíste ontem?

 Perca

A perca é um tipo de peixe. A única relação com o verbo ter é no presente do conjuntivo (“que
eu nunca perca a esperança”). O uso correto será perda: “sem perda de tempo, e sem que eu
perca a esperança, deixem a perca para o almoço”.

 Pudesses, quisesses e fizesses

Pudesses: Verbo “poder” que se encontra no Infinitivo Pessoal.

Ex: Se pudesses trazer a minha camisola, agradecia-te.

Todas as formas verbais do verbo “querer” se escrevem com “s”, enquanto as formas do verbo
“fazer” se escrevem com “z”.

Quisesse: Se eu quisesse fazia uma grande festa.

Fizesse: Era bom que fizesse mais um trabalho para melhorar as suas notas

Acrescentando uma nota ao verbo querer:


Querer – tentar obter algo

Crer – acreditar em algo

 Quaisqueres?

O determinante indefinido qualquer é uma palavra composta por aglutinação, tal


como malmequer, lengalenga ou pontapé. O plural deste tipo de palavras forma-se,
normalmente, flexionando apenas o segundo elemento. Assim, temos malmequeres,
lengalengas, pontapés. No entanto, no caso de quaisquer, só o primeiro elemento se flexiona,
pelo que podemos dizer que se trata de uma exceção à regra geral. Podemos dizer quais queres
se usarmos o pronome qual no plural, seguido do verbo querer conjugado na segunda pessoa
do singular, no Presente do Indicativo.

 Salganhada

Salgalhada, que é como quem diz trapalhada. É mais fácil pronunciar “salganhada”, mas o
correto é mesmo salgalhada.

 Saiem e caiem

Nos verbos terminados em “air” as formas da 3ª pessoa do plural do Presente do Indicativo


não têm “i”.

Ex: Eles saem mais tarde à sexta-feira.

Ex: As folhas caem em abundância no Outono

 Se não e senão

Senão: a) substantivo comum que significa “defeito, inconveniente”;

Ex: Esta sala tem um senão, é muito fria.

Ex: Não há bela sem senão.

b) advérbio de exclusão (sinónimo de “apenas”);

Ex: Não tenho senão duas saias.

c) Conjunção (sinónimo de “caso contrário”).

Ex: Despacha-te senão chegamos atrasados.

Se não: Preposição + pronome relativo.


Ex: Se não puderes sair, telefona-me!

 Sobretudo e sobre tudo

Sobretudo: a) substantivo comum;

Ex: Traz o teu sobretudo, porque está muito frio.

b) advérbio de modo (sinónimo de “principalmente”).

Ex: Gosto muito de ler, sobretudo livros policiais.

Sobre tudo: preposição + pronome indefinido.

Ex: As turistas vão falar sobre tudo o que viram.

 Trás e traz

Trás: preposição.

Ex: Na parte de trás da casa há uma passagem secreta.

Traz: verbo trazer no Presente Indicativo (3ª pessoa, singular) ou no Imperativo (2ª pessoa,
singular).

Ex: O teu irmão traz uma gabardina nova.

Ex: Traz-me o meu casaco, por favor!

 Tal qual ou tal e qual?

Tal qual é a forma correta, pois significa tal como. Não dizemos “tal e como”. Não empregue
as duas juntas: “tal qual como…”

 Ter de e ter que

Ter de remete-nos para uma obrigação, um dever, uma necessidade, um interesse. Ter que
significa ter algo para, ter algo que. Em caso de dúvida, diga e escreva sempre “ter de”

Exemplos: “Tenho tanto que fazer”. “Tem algo que se coma?”

Tem de começar a definir perfis. Tem de ir na última carruagem do comboio.

Experimente a substituir o “de” pelo “que”:

“Tenho tanto de fazer”. “Tem algo de se coma?”


 Ter que ver ou ter a ver?

Ter a ver trata-se de uma expressão importada do francês. É um galicismo. – incorreto, não
usar.

Ter que ver é a construção mais correta em português. Significa estar relacionado com.

 Tragédia humanitária

Humanitário é aquele que promove o bem-estar do Homem. Não consigo ver a lógica de uma
tragédia que promova o bem-estar humano, tão pouco uma catástrofe que seja em prol da
Humanidade. Deve dizer-se e escrever-se tragédia humana (relativa ao homem). Humanitário
poderemos usar aquando da referência, por exemplo, a ajuda humanitária.

 Trocar e destrocar

Na gíria generalizou-se o uso deste verbo que significa: “trocar notas por moedas de igual
valor”.

Se pretende trocar uma nota por moedas, deve dizer-se “trocar uma nota por moedas” e
nunca destrocar (des + trocar = desfazer a troca de).

Ex: Por favor, pode trocar esta nota de dez euros?

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