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PEREIRA, Caio Mário da Silva. Instituições de direito civil. 18. ed . Rio de Janeiro: Forense, 2003.
p. 175/176.
10 . .... . . . . . . . . . . . . . . . . . . ...... ... .. ..... .. . . . ....... . ... . . . . . . . . .ROl N' 21- Maio-Jun/2014- ASSUNTO ESPECIAL- DOUTRINA ROl N' 21 - Maio-Jun/2014- ASSUNTO I
Apenas para corroborar tal entendimento, o eg. Superior Tribunal de Jus- que possam exerce
tiça manifesta-se no mesmo sentido, conforme se vê: nulidade do ato juri
do ato, impondo-s~
Civil. Recurso especial. Condomínio. Alienação de parte ideal por condômino. tratada na petição i
Estado de indivisão do bem. Direito de preferência dos demais condôminos.
Na hipótese de o bem se encontrar em estado de indivisão, seja ele divisível ou Importante obsen
indivisível , o condômino que desejar alienar sua (ração ideal do condomíni o art. 504 do Código Civ
deve obrigatoriamente notificar os demais condôminos para que possam exercer anulável no momento e1
o direito de preferência na aquisição, nos termos do art. 1.139 do CC 1916. transação.
Precedentes da Quarta Turma . Neste momento, •
Recurso especial conhecido e provido. lidade de ajuizar uma a
compulsória, devendo c
(STJ, REsp 489.860, Reiª Min. Nancy Andrighi , j. 27.1 0.2004) reivindi car para si a que
iuperior Tribunal de Jus- que possam exercer o direito de preferência, via de consequência, importa na
nulidade do ato jurídi co, bem assim do próprio documento público formalizador
do ato, impondo-se, desse modo, o aco lhimento da pretensão desenvolvida re-
arte ideal por condômino. tratada na petição inicial.
s demais condôminos.
visão, seja ele divisível ou Importante observar que, considerando o prazo de 180 dias previsto no
ção ideal do condomínio art. 504 do Código Civil, o negódo jurídico deixará de ser nulo e passará a
s para que possam exercer anulável no momento em que os condôminos interessados tomarem ciência da
rt. 1.139 do CC 1916. transação.
Neste momento, os coproprietários terão, no prazo de 180 dias, a libera-
lidade de ajuizar uma ação judicial , tecnicamente conhecida por adjudicação
compulsória, devendo depositar o valor estipulado do negócio, com o fim de
). 2004) reivindicar para si a quota-parte alienada a terceiro estranho.
tal do Estado do Paraná, Além disso, na hipótese de a notificação da ali enação da quota-parte
ser enviada aos demais coproprietários, estes deverão manifestar seu direito de
preferência na aquisição. Nesse caso, embora o Código Civil, em seu art. 504,
ULADA COM DEPÓSITO não defina prazo específico para tal manifestação, esta deverá ser realizada em
)OMÍNIO PRO INDIVISO
prazo razoável.
TO DOS DEMAIS CON-
iO DO ART. 504 DO CÓ- Neste sentido é o entender dos atualizadores da obra do ilustre jurista
IL DE 1916)- SENTENÇA Pontes de Miranda, conforme demonstra-se:
ECURSO CONHECIDO E A falta de previsão no Código, a melhor forma de suprir a lacuna do art. 504 está
, ou seja, em que os can- nas seguintes teses: (a) o condómino-ali ena nte é livre para assinar um prazo de
foram previamente defini- resposta aos outros coproprietários; (b) esse período deveria conferir tempo ra-
uperior ao módulo rural ), zoável à reflexão dos afrontados, assim entendido um prazo não inferior a trinta
essário, primeiramente, o dias. O efe ito da inércia dos demais condóminos é a perda do direito de prefe-
te seja observado o direito rência que se lhes atribuiu o art. 504. 2
tela. Ante a inobservânc ia
devendo os autos retorna- Não obstante o quanto anteriormente exposto, importante salientar que
! com a citação do terce iro
o Código Civil Brasileiro, em diversos temas, considerou como prazo razoável
'• nos termos do art. 47 do
aque le não inferior a trinta dias, conforme se pode comprovar na leitura dos
arts. 303, 592, 1 .081, § 1º, 1.1 09, 1 .145 e 1 .481 e, taxativamente, o art. 1 .807.
Jlgamento: 05.1 0.2005)
Com relação à legislação esparsa, encontramos na Lei nº 6.404/1976
(" Lei das S/A "), em seu art. 171 , § 4º, previsão de que o prazo para exercício do
la oferta da quota-parte
direito de preferência em caso de venda de quotas é de, no mínimo, 30 dias.
Importante analogia, por fim, encontra-se ainda na Lei nº 8.245/1991
a a notificação dos de- ("Lei de Locações"), a qual prevê, em seu art. 28, o prazo de trinta dias, após ter
juri sprudência entende
/ sido notificado, para o locatário exercer o seu direito de preferência .
Assim, con~uímos que (i) a venda de quota-parte de condomínio tem
lor Luiz César Nicolau , como premissa indhpensável à sua va lidade a notificação dos demais condô-
'lá, nos autos da Apela-
em alienar a•sua
2 PONTES DE MIRANDA. Direito das coisas: condomínio, edifício de apartamentos. Atualizado por Jefferson
Carús Guedes , Otávio Luiz Rodrigues Júnior. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2012.
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minas para que possam exercer ou não o seu direito de preferência; (ii) o prazo
para resposta, embora não assinalado pela lei deve ser um prazo considerado
razoável para que o notificado tenha a oportunidade de avaliar a proposta re-
cebida pelo condômino, assim como os documentos relativos à proposta ven-
da; (iii) entendem a doutrina e a jurisprudência que um prazo razoável não
seria inferior a trinta dias; (iv) a falta de notificação dos demais condôminos
Direito de Preferê1
para que exerçam o direito de preferência acarreta a nulidade do ato de venda;
(v) o condômino preterido no seu direito de preferência tem o direito de, no
LUANA Cl
prazo de 180 dias após tomar conhecimento da venda, depositar o preço pago
Advogada
pelo terceiro e requerer a adjudicação compulsória para si do quinhão vendido;
lntegrada1
e (vi) da data em que o condômino tomar conhecimento da venda até o final do
prazo de 180 dias que se seguem, o ato de venda passa a ser anulável.