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19/11/2018 Seminário discute a representação indígena na mídia brasileira – Facom News – questione. exclame. discuta.

Facom News – questione. exclame. discuta.

O blog Facom News é um produto da disciplina Oficina de Comunicação Escrita da Faculdade de Comunicação
da Universidade Federal da Bahia (Facom/U a), realizado por estudantes do primeiro período.

Seminário discute a representação indígena na


mídia brasileira

Renata Almeida

Nesta última sexta-feira (8) foi realizado no auditório da Facom o seminário aberto “Indígenas na
mídia brasileira: um recorte”. O evento, promovido em parceria com o PET-indígena da UFBA, teve a
participação dos professores convidados Clélia Côrtes, Francisco Guimarães, além do Cacique Babau
da nação Tupinambá. O encontro apresentou o relatório da Pesquisa Faces do Brasil com um
panorama sobre a reprodução da imagem indígena no jornalismo diário. Segundo os alunos Joaci
Conceição e Marilúcia Leal, principais responsáveis pelo projeto, há uma excessiva utilização de
estereótipos na abordagem das questões indígenas.

(h ps://facomnews.files.wordpress.com/2013/03/e3yhljqfpsynq8yv-7ihjvxfdphhdjxftujg_5691la.jpg)
Foto: Renata Almeida

O relatório também demonstrou quais foram os critérios utilizados no monitoramento dos veículos, a
metodologia e as conclusões finais. Outra interessante colocação posta em debate é que há uma
perceptível diferença de abordagem das questões indígenas entre os jornais brasileiros analisados: os
de circulação nacional, na maior parte das vezes retratam a luta das tribos indígenas ligadas a
questões políticas e econômicas, enquanto jornais regionais, sobretudo do norte do país, utilizam-se
da etnia de forma caricata para tratar de questões cotidianas.
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O professor Francisco Guimarães, da UNEB, falou sobre a utilização das imagens dos índios nos
livros didáticos de História, nos quais ainda não existe um critério de contextualização crítica dessas
imagens que reforce entre os estudantes a verdadeira figura dos indígenas e do seu papel ativo na
construção de identidade do país. Para complementar, a professora Célia Côrtes, do Instituto de
Humanidades, Artes e Ciências (IHAC) da UFBA, lembrou a importância da promoção de
diversidade cultural dentro das universidades para fortalecer a luta contra a repressão de grupos
étnicos discriminados.

(h ps://facomnews.files.wordpress.com/2013/03/kbx8p4qvksfgvis10fohp3zutqkxnbsz8afqhnfrsnc.jpg)
Foto: Renata Almeida

As críticas mais duras em relação ao papel da mídia brasileira foram feitas pelo Cacique Babau.
Segundo ele, os jornalistas reforçam apenas questões de lutas por terra e acabam por mostrar a
cultura indígena de forma folclórica. Além de negarem aos grupos remanescentes, que possuem
maior grau de inserção na cultura ocidental, a designação de “verdadeiros índios”, o que reforça
preconceitos e distorce o papel da cultura indígena na atualidade.

(h ps://facomnews.files.wordpress.com/2013/03/ts3lq28xddofxsjpz96qslmrjkyour5p4ojjuseroxs.jpg)
Foto: Renata Almeida

Além da participação dos convidados e dos responsáveis pelo projeto, o seminário apresentou o
exibição do documentário “Kahehijegu Uguhutu (O Manejo da Câmera)” da nação Kuikuro. Que
trouxe para debate questões como a utilização de mídias pelas tribos indígenas como instrumento de
perpetuação cultural. O documentário mostrava como a gravação de cantos e rituais podem ser
apresentados para as próximas gerações índios, de forma que não desapareçam com a geração mais
velha. Outro destaque do evento foi o “mingau break”. A adaptação temática do “coffee break”
ofereceu aos convidados mingau e beiju durante o intervalo de 15 minutos da palestra.

O seminário foi encerrado com um debate aberto ao público no qual os convidados responderam a
questões sobre parcerias entre os povos indígenas e o MST, sobre a unificação política das tribos e a
criação de partidos de representação étnica e de proteção ambiental nas áreas de reserva indígena. O
Cacique pontuou a importância da formação de novos jornalistas que retratem de maneira mais
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responsável a questão de grupos socialmente excluídos, lembrando que ao se negar o reconhecimento


cultural de um povo nega-se também todos os direitos subsequentes de um país verdadeiramente
democrático.

A pesquisa, patrocinada pela fundação Ford, é fruto do monitoramento de 23 veículos de


comunicação, entre jornais e revistas regionais e de circulação nacional, realizada no período de 2010
a 2012 pelos alunos bolsistas do grupo Etnomídia, com a coordenação do professor Fernando
Conceição. Este é o segundo relatório realizado pelo grupo; o primeiro foi apresentado em dezembro
do ano passado e abordou a questão dos ciganos na mídia. O terceiro e último relatório, que tratará
da representação do negro pelo jornalismo brasileiro, deverá ser apresentado em dezembro deste ano.
Segundo o professor Fernando Conceição, “o projeto tem como objetivo estudar a imagem de grupos
socialmente discriminados visando a maior democratização da mídia”.

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