Anda di halaman 1dari 9

SEN, Amartya Kumar. Desenvolvimento como liberdade.

São Paulo, 2000: companhia das


Letras.

PREFÁCIO

“[...] as diferentes regiões do globo estão agora mais estritamente ligadas do que jamais
estiveram, não só nos campos da troca, do comércio e das comunicações, mas também quanto
a ideais interativos” (p.09)

“Entretanto, vivemos igualmente em um mundo de privação, destituição e opressão


extraordinárias. [...] Muitas dessas privações podem ser encontradas, sob uma forma ou outra,
tanto em países ricos como em países pobres.” (p.09)

(p.10)
“Considerar a liberdade individual como um comprometimento social.” (p.10)
-reconhecer o papel das diferentes formas de liberdade como forma de combater
desigualdades.
-centralidade da liberdade individual e a força das influências sociais sobre o grau e o alcance
da liberdade individual.
-Liberdade como principal fim e o principal meio do desenvolvimento.
-Desenvolvimento:
“O desenvolvimento consiste na eliminação de privações de liberdade que limitam as escolhas
e as oportunidades das pessoas de exercer ponderadamente sua condição de agente.”
-“A eliminação de privações de liberdade substanciais é constitutiva do desenvolvimento.”
“A importância intrínseca da liberdade humana em geral, como objetivo supremo do
desenvolvimento.”
“Se o ponto de partida da abordagem é identificar a liberdade como o principal objetivo do
desenvolvimento, o alcance da análise de políticas dependente de estabelecer os
encadeamentos empíricos que tornam coerente e convincente o ponto de vista da liberdade
como a perspectiva norteadora do processo de desenvolvimento.”
-Liberdades instrumentais: oportunidades econômicas, liberdades políticas, facilidades
sociais, garantias de transparência e segurança protetora.
- Liberdades substanciais dos indivíduos. (a liberdade de participação política, a oportunidade
de receber educação básica e/ou assistência médica).

INTRODUÇÃO: DESENVOLVIMENTO COMO LIBERDADE

(p.17)
“(...) o desenvolvimento pode ser visto como um processo de expansão das liberdades reais
que as pessoas desfrutam.”

O desenvolvimento acontece no momento em que o indivíduo como agente no processo de


expansão das suas “capacidades” consegue ser livre, tendo em vista ser possível vislumbrar
suas próprias escolhas e que não haja nenhum tipo de “privação”. Ao se falar em privação
delineia-se um processo que vai além de fatores econômicos, um exemplo seria o crescimento
do PNB (Produto Nacional Bruto) mas, nesse sentido não seria o bastante, visto que o
individuo necessita de “liberdades substancias” que só se tornam possíveis quando se tenta
sanar as privações existentes como por exemplo, serviços de educação e saúde, liberdade de
participação em escolhas políticas e decisões públicas. Na perspectiva de SEN o fator
econômico não seria o bastante para se falar em desenvolvimento.

“Mas as liberdades dependem também de outros determinantes, como disposições sociais e


econômicas (por exemplo, os serviços de educação e saúde) e os direitos civis (por exemplo, a
liberdade de participar de discussões e averiguações públicas).”

“De forma análoga, a industrialização, o progresso tecnológico ou a modernização social


podem contribuir substancialmente para expandir a liberdade humana, mas ela depende
também de outras influências.”
(p.18)

“O desenvolvimento requer que se removam as principais fontes de privação de liberdade:


pobreza e tirania, carência de oportunidades econômicas e destituição social sistemática,
negligência dos serviços públicos e intolerância ou interferência excessiva de Estados
repressivos. A despeito de aumento sem precedentes na opulência global, o mundo atual nega
liberdades elementares a um grande número de pessoas- talvez até mesmo à maioria.”
(p.19).

A ausência de liberdades substantivas podem estar ligadas a fatores de pobreza econômicas,


pois quando as pessoas não tem acesso as necessidades básicas de subsistência, como
alimentação, saúde e moradia, se torna mais complexo a questão do desenvolvimento das
capacidades, visto que não possuem recursos mínimos para a sobrevivência, nesse caso um
fator acarreta outros. A privação pode se dá apenas em restrições de participar da vida
social e política quando se fala e governos autoritários.

“A livre condição de agente não só é, em si, uma parte “constitutiva” do desenvolvimento,


mas também contribui para fortalecer outros tipos de condições de agentes livres. As relações
empíricas que são amplamente examinadas nesse estudo associam dois aspectos da ideia de
‘desenvolvimento como liberdade’” (p.19)

“A ligação entre liberdade individual e realização de desenvolvimento social vai muito além
da relação constitutiva – por mais importante que seja. O que as pessoas conseguem
positivamente realizar é influenciado por oportunidades econômicas, liberdades políticas,
poderes sociais e por condições habilitadoras como boa saúde, educação básica e incentivo e
aperfeiçoamento de inciativas.” (p.19).
Levando em consideração tais perspectivas seria um jogo de mão dupla, pois o indivíduo não
conseguirá ser um livre agente se estiver sendo privado das suas necessidades e impedido de
devolver suas capacidades para alcançar sua liberdade. Senão poderia correr-se o risco de
se tornar, um tanto quanto meritocrático, pois o que se consegue realizar está ligado a
influências e oportunidades sociais, quando o individuo possui liberdades econômicas,
políticas, condições habilitadores (boa saúde, educação, aperfeiçoamento de iniciativas)
nesse sentido, quando essas privações são dizimadas, consequentemente chegará ao papel de
agente livre e poderá desenvolver suas capacidades para a liberdade e o desenvolvimento.

-Dissonância entre renda per capita e a liberdade dos indivíduos para ter uma vida longa e
viver bem. (p.20)

-Exemplos elementares da ideia de “desenvolvimento como liberdade”

1º - Crescimento do PNB ou industrialização- visões mais restritas de desenvolvimento.


-liberdades substantivas (participação política, educação básica ou assistência médica).
-componentes constitutivos do desenvolvimento.
-liberdades e direitos que também contribuem para o progresso econômico (p.20)

2º- Dissonância entre renda per capita e a liberdade dos indivíduos para ter uma vida longa e
viver bem. (p.20)

3º - Papel do mercado como parte do processo de desenvolvimento.


-“a liberdade de troca e transação é ela própria uma parte essencial das liberdades básicas que
as pessoas têm razão de valorizar” (p.21)

“a contribuição do mecanismo de mercado para o crescimento econômico é obviamente


importante, mas vem depois do reconhecimento da importância direta da liberdade de troca-
de palavras, bens, presentes.” (p.21)

“(...) a privação de liberdade econômica, na forma de pobreza extrema, pode tornar a pessoa
uma presa indefesa na violação de outros tipos de liberdade. (...) A privação de liberdade
econômica pode gerar privação de liberdade social, assim como a privação de liberdade social
ou política pode, da mesma forma, gerar a privação de liberdade econômica.” (p.23). (cíclico)

-(...) faz diferença em adotar a visão do desenvolvimento como um processo integrado de


expansão de liberdades substantivas interligadas. (p.23)

O desenvolvimento individual aconteceria com um processo integrado de liberdades


substantivas. Quando as privações acabam no que se refere a questões, tanto econômica
quanto substantivas, existe uma interligação entre os fatores que possibilita ao agente buscar
seu desenvolvimento com liberdade para desenvolver suas capacidades.
PRIVAÇÃO DE LIBERDADE ECONÔMICA PRIVAÇÃO DE LIBERDADE
SOCIAL PRIVAÇÃO DE LIBERDADE ECONÔMICA PRIVAÇÃO DE
LIBERDADE SOCIAL (...)

“[...] o processo de desenvolvimento integrando considerações econômicas, sociais e


políticas.” (p.23)

“O exercício da liberdade é mediado por valores* que, porém, por sua vez, são influenciados
por discussões públicas e interações sociais, que são elas próprias, influenciadas pelas
liberdades de participação.” (p.24)

*Trata-se de valores e costumes estabelecidos socialmente.

-Cinco tipos distintos de liberdade vistos de uma perspectiva “instrumental” (p.25)

Liberdade facilidades oportunidades garantias de segurança


política econômicas sociais trasparência protetora

Cada um desses tipos


distintos de direitos e
oportunidades ajuda a
promovera capacidade
geral de uma pessoa. Eles
podem ainda atuar
complementando-se
mutuamente.

*Esquema representativo da página 25.

“As políticas públicas visando o aumento das capacidades humanas e das liberdades
substanciais em geral podem funcionar por meio da promoção dessas liberdades distintas e
inter-relacionadas.” (p.25)

“As liberdades não são apenas os fins primordiais do desenvolvimento, mas também os meios
principais. (...) Liberdades políticas (na forma de liberdade de expressão e eleições livres)
ajudam a promover a segurança econômica. Oportunidades sociais (na forma de serviços de
educação e saúde) facilitam a participação econômica. Facilidades econômicas (na forma de
oportunidades de participação no comércio e na produção) podem ajudar a gerar a abundância
individual, além de recursos públicos para os serviços sociais. Liberdades de diferentes tipos
podem fortalecer umas às outras.” (p. 25-26).

“Com oportunidades sociais adequadas, os indivíduos podem efetivamente moldar seu


próprio destino e ajudar uns aos outros.” (p.26)

1. A PERSPECTIVA DA LIBERDADE

“Geralmente temos excelentes razões para desejar mais renda ou mais riqueza. Isso não
acontece porque elas sejam desejáveis por si mesmas, mas porque são meios admiráveis para
termos mais liberdade para levar o tipo de vida que temos razão para valorizar.” (p.28)

“A utilidade da riqueza está nas coisas que nos permite fazer – as liberdades substantivas que
ela nos ajuda a obter.” (p.28)

“O desenvolvimento tem que estar relacionado sobretudo com a melhoria de vida que
levamos e das liberdades que desfrutamos. Expandir as liberdades que temos razão para
valorizar não só torna a vida mais rica e mais desimpedida, mas também permite que sejamos
seres sociais mais completos, pondo em prática nossas volições, interagindo com o mundo em
que vivemos e influenciando esse mundo.” (p.29)

FORMAS DE PRIVAÇÃO DE LIBERDADE

“Um número imenso de pessoas em todo o mundo é vítima de várias formas de privação de
liberdade. Fomes coletivas continuam a ocorrer em determinadas regiões, negando a milhões
a liberdade básica de sobreviver. (...) Além disso, muitas pessoas têm pouco acesso a serviços
de saúde, saneamento básico ou água tratada, e passam a vida lutando contra a morbidez
desnecessária, com frequência sucumbindo à morte prematura. Nos países mais ricos é
demasiado comum haver pessoas imensamente desfavorecidas, carentes das oportunidades
básicas de acesso a serviços de saúde, educação funcional, emprego remunerado ou segurança
econômica ou social ”(grifo meu. p.29).

“No que se refere a outras privações de liberdade, a um número enorme de pessoas em


diversos países do mundo são sistematicamente negados a liberdade política e os direitos civis
básicos.” (p.30).

“Como as liberdades políticas e civis são elementos constitutivos da liberdade humana, sua
negação é, em si, uma deficiência. Ao examinarmos o papel dos direitos humanos no
desenvolvimento, precisamos levar em conta tanto a importância constitutiva quanto a
importância instrumental dos direitos civis e liberdades.” (p.31).

PROCESSOS E OPORTUNIDADES

“A privação de liberdade pode surgir em razão de processos inadequados (como violação do


direito ao voto ou de outros direitos políticos ou civis), ou de oportunidades inadequadas que
algumas pessoas têm para realizar o mínimo do que gostariam (incluindo a ausência de
oportunidades elementares como a capacidade de escapar de morte prematura, morbidez ou
fome involuntária).” (p.31).

DOIS PAPÉIS DA LIBERDADE

 LIBERDADE DOS INDIVÍDUOS  EXPANSÃO DAS CAPACIDADES 


DESENVOLVIMENTO

“Essas capacidades podem ser aumentadas pela política pública, mas também, por outro lado,
a direção da política pública pode ser influenciada pelo uso efetivo das capacidades
participativas do povo.” (p.32)

“O êxito de uma sociedade deve ser avaliado, primordialmente segundo as liberdades


substantivas que os membros dessa sociedade desfrutam.” (p.32)

“Ter mais liberdade melhora o potencial das pessoas para cuidar de si mesmas e para
influenciar o mundo, questões centrais para o processo do desenvolvimento.” (p.33)

POBREZA E DESIGUALDADE

“Existem boas razões para que se veja a pobreza como uma privação de capacidades básicas,
e não apenas como baixa renda. A privação de capacidades elementares pode refletir-se em
morte prematura, subnutrição significativa (especialmente em crianças), morbidez persistente,
analfabetismo muito disseminado e outras deficiências.” (p.35)

Valores e o processo de valoração

“A liberdade individual é essencialmente um produto social, e existe uma relação de mão


dupla entre (1) as disposições sociais que visam expandir as liberdades individuais e (2) o uso
de liberdades individuais não só para melhorar a vida de cada um, mas também para tornaras
disposições sociais mais apropriadas e eficazes.” (p.46)

2. OS FINS E OS MEIOS DO DESENVOLVIMENTO

É principalmente uma tentativa de ver o desenvolvimento como processo de expansão das


liberdades reais que as pessoas desfrutam. Nessa abordagem, a expansão da liberdade é
considerada (1) o fim primordial e (2) o principal meio do desenvolvimento. Podemos chamá-
los, respectivamente, o “papel construtivo” e o “papel instrumental” da liberdade no
desenvolvimento. (p.52)

Papel constitutivo
Relaciona-se a importância da liberdade
substantiva no enriquecimento da vida
humana. (grifo meu)
Liberdades substantivas
Incluem capacidades elementares como por
exemplo ter condições de evitar privações
como fome, a subnutrição, a morbidez O desenvolvimento envolve expansão dessas
evitável e a morte prematura, bem como as e de outras liberdades básicas.
liberdades associadas a saber ler e a fazer
cálculos aritméticos, ter participação política
e liberdade de expressão.
Liberdades Instrumentais
O papel instrumental da liberdade concerne Essas liberdades instrumentais tendem a
ao modo como diferentes tipos de direito, contribuir para a capacidade geral de a pessa
oportunidades e intitulamentos contribuem viver mais livremente, mas também têm
para a expansão da liberdade humana em efeito de complementar umas às outras.
geral e, assim, para a promoção do
desenvolvimento.
Referem-se ás oportuniades que as pessoas
tem para determinar quem deve governar e
com base em que princípios, além de
Liberdades políticas incluírem a possibilidade de fiscalizar e
criticar as autoridades, de ter liberdade de
expressão política e uma imprensa sem
censura, de ter liberdade de escolher entre
diferentes partidos políticos etc.
São oportunidades que os indivíduos têm
Facilidades econômicas para utilizar recursos econômicos com
propósitos de consumo, produção ou troca.
São as disposições que a sociedade
Oportunidades sociais estabelecenas áreas de educação, saúde etc.,
as quais influênciam a liberdade substantiva
de o indivíduo viver melhor.
Referem-se as necessidadesde sinceridade
As garantias de transparência que as pessoas podem esperar:a liberdadede
lidar uns com os outros sob garantias de
dessegredo e clareza.
É necessária para proporcionar uma rede de
A segurança protetora segurança social, impedindo que a população
afetadasseja reduzida à miséria objeta e, em
alguns casos, até mesmo à fome e a morte.

“Analogicamente, a criação de oportunidades sociais por meio de serviços como educação


pública, serviços de saúde e desenvolvimento de uma imprensa livre e ativa pode contribuir
para o desenvolvimento econômico e para uma redução significativa das taxas de mortalidade.
A educação das taxas de mortalidade, por sua vez, pode ajudar a reduzir as taxas de
natalidade, reforçando a influência da educação básica – em especial da alfabetização e
escolaridade das mulheres – sobre o comportamento das taxas de fecundidade.” (p.58)

“Também sofrem influência, por outro lado, do apoio público substancial no fornecimento das
facilidades (como serviços básicos de saúde ou educação fundamental) que são cruciais para a
formação e aproveitamento das capacidades humanas. È necessário atentar ambos os tipos de
determinantes das liberdades individuais.” (p.59)
“(...) pois a renda – propriamente definida – tem enorme influência sobre o que podemos ou
não podemos fazer.” (p. 92)

“Os bens primários são meios de uso geral que ajudam qualquer pessoa a promover seus
próprios fins, como ‘direitos de liberdades e oportunidades, renda e riqueza e as bases sociais
do respeito próprio.’” (p.92)

“Analogicamente, nos Estados Unidos e na Europa ocidental hoje em dia, um família pode ter
dificuldades para participar da vida da comunidade se não possuir alguns bens específicos
(como telefone, televisão ou automóvel), que na vida comunitária em países pobres são
desnecessários. Nessa análise, o enfoque tem que incidir sobre liberdades geradas pelos bens,
e não sobre os bens em si mesmo.” (p.94)

“A ‘capacidade’ de uma pessoa consiste nas combinações alternativas de funcionamento cuja


realização factível para ela. Portanto, a capacidade é um tipo de liberdade: a liberdade
substantiva de realizar combinações alternativas de funcionamentos (ou, menos formalmente
expresso, a liberdade para ter estilos de vida diversos).” (p.95)

“(...) a pobreza deve ser vista como privação das capacidades que uma pessoa possui, ou seja,
das liberdades substantivas para levar o tipo de vida que ela tem razão para valorizar. Nessa
perspectiva, a pobreza deve ser vista como privação das capacidades básicas em vez de
meramente como baixo nível de renda, que é o critério tradicional de identificação da
pobreza.” (p.109)

-a falta de renda pode ser a razão primordial da privação de capacidades de uma pessoa.

“(...) a privação relativa de rendas pode resultar em privação absoluta de capacidades. Ser
relativamente pobre em um país rico pode ser uma grande desvantagem em capacidade,
mesmo quando a renda absoluta da pessoa é elevada pelos padrões mundiais.” (p.111, grifo do
autor).

“Por exemplo as dificuldades que alguns grupos de pessoas enfrentam para ‘participar da vida
em comunidade’ podem ser cruciais para qualquer estudo de ‘exclusão social’. A necessidade
de participar da vida de uma comunidade pode induzir demandas por equipamentos
modernos.” (p.112)

“Precisamos, então, de uma estrutura avaliatória apropriada; precisamos também de


instituições que atuem para promover nossos objetivos e comprometimentos valorativos, e,
ademais, de normas de comportamento e de raciocínio sobre o comportamento que nos
permitam realizar o que tentamos realizar.” (p.284)

“Qualquer afirmação de responsabilidade social que substitua a responsabilidade individual


só pode ser, em graus variados, contraproducente. Não existe substituto para a
responsabilidade individual.” (p.322)

“Contudo, as liberdades substantivas que desfrutamos para exercer nossas responsabilidades


são extremamente dependente das circunstâncias pessoais, sociais e ambientais. Uma criança
que é negada a oportunidade do aprendizado escolar básico não só é destituída na juventude,
mas desfavorecida por todo a vida (como alguém incapaz de certos atos básicos que
dependem de leitura, escrita e aritmética). O adulto que não dispõe de recursos para receber
um tratamento médico para uma doença que o aflige não só é vítima da morbidez evitável e
da morte possível escapável, como também pode ter negada a liberdade para realizar várias
coisas – para si mesmo e para os outros- que ele pode desejar como um ser humano
responsável. O trabalhador adscritício nascido na semi-escravidão, a menina submissa tolhida
por uma sociedade repressora, o desamparado trabalhador sem terra, desprovido dos meios
substanciais para auferir rendas, todos esses indivíduos são privados não só de bem-estar, mas
do potencial para levar uma vida responsável, pois essa depende do gozo de certas liberdades
básicas. Responsabilidade requer liberdade.” (p.322 - grifo meu)

“A liberdade tem mil encantos a mostrar, que os escravos, por mais satisfeitos, não hão de
provar.” (p.337)

“O desenvolvimento é realmente um compromisso muito sério com as possibilidades de


liberdades.” (337)

Anda mungkin juga menyukai