Atmosferas explosivas
Parte 36: Equipamentos não elétricos para atmosferas explosivas —
Métodos e requisitos básicos
Projeto em Consulta Nacional
APRESENTAÇÃO
1) Este Projeto foi elaborado pela Comissão de Estudo de Vocabulário “Ex”, Graus de Proteção
de Invólucros (Códigos IP), Graus de Proteção de Máquinas Elétricas Girantes, vocabulário
para atmosferas explosivas, ambientes ou edificações protegidas por pressurização, Proteção
por Invólucros Pressurizados (Ex “P”), Ambientes ou Edificações Protegidas por Pressurização,
Ventilação Artificial para Proteção de Analisadores e Equipamentos Não Elétricos para
Atmosferas Explosivas (CE-003:031.005) do Comitê Brasileiro de Eletricidade (ABNT/CB-003),
com número de Texto-Base 003:031.005-008, nas reuniões de:
a) é previsto para ser idêntico à ISO 80079-36:2016, Ed 1.0, que foi elaborada pelo
Technical Committee Equipment for explosive atmospheres (IEC/TC 31), Subcommittee
Non-electricalequipment and protective systems for explosive atmospheres (SC 31M),
conforme ISO/IEC Guide 21-1:2005;
2) Aqueles que tiverem conhecimento de qualquer direito de patente devem apresentar esta
informação em seus comentários, com documentação comprobatória.
© ABNT 2018
Todos os direitos reservados. Salvo disposição em contrário, nenhuma parte desta publicação pode ser modificada
ou utilizada de outra forma que altere seu conteúdo. Esta publicação não é um documento normativo e tem
apenas a incumbência de permitir uma consulta prévia ao assunto tratado. Não é autorizado postar na internet
ou intranet sem prévia permissão por escrito. A permissão pode ser solicitada aos meios de comunicação da ABNT.
Participante Representante
Projeto em Consulta Nacional
Atmosferas explosivas
Parte 36: Equipamentos não elétricos para atmosferas explosivas —
Métodos e requisitos básicos
Projeto em Consulta Nacional
Explosive atmospheres
Part 36: Non-electrical equipment for explosive atmospheres — Basic method and
requirements
Prefácio Nacional
A ABNT chama a atenção para que, apesar de ter sido solicitada manifestação sobre eventuais direitos
de patentes durante a Consulta Nacional, estes podem ocorrer e devem ser comunicados à ABNT
a qualquer momento (Lei nº 9.279, de 14 de maio de 1996).
Ressalta-se que Normas Brasileiras podem ser objeto de citação em Regulamentos Técnicos. Nestes
casos, os órgãos responsáveis pelos Regulamentos Técnicos podem determinar outras datas para
exigência dos requisitos desta Norma.
A ABNT NBR ISO 80079 foi elaborada no Comitê Brasileiro de Eletricidade (ABNT/CB-003), pela
Comissão de Estudo de Vocabulário “Ex”, Graus de Proteção de Invólucros (Códigos IP), Graus
de Proteção de Máquinas Elétricas Girantes, vocabulário para atmosferas explosivas, ambientes ou
edificações protegidas por pressurização, Proteção por Invólucros Pressurizados (Ex “P”), Ambientes
ou Edificações Protegidas por Pressurização, Ventilação Artificial para Proteção de Analisadores
e Equipamentos Não Elétricos para Atmosferas Explosivas (CE-003:031.005). O Projeto circulou em
Consulta Nacional conforme Edital nº XX, de XX.XX.XXXX a XX.XX.XXXX.
Esta Norma é uma adoção idêntica, em conteúdo técnico, estrutura e redação, à ISO 80079-36:2016,
Ed 1.0, que foi elaborada pelo Technical Committee Equipment for explosive atmospheres
(IEC/TC 31), Subcommittee Non-electricalequipment and protective systems for explosive atmospheres
(SC 31M), conforme ISO/IEC Guide 21-1:2005.
Scope
This Standard specifies the basic method and requirements for design, construction, testing and
marking of non-electrical Ex equipment, Ex Components protective systems, devices and assemblies
of these products that have their own potential ignition sources and are intended for use in explosive
atmospheres.
Hand tools and manually operated equipment without energy storage are excluded from the scope
of this Standard. This Standard is not intended to address the safety of static autonomous process
equipment when it is not part of equipment referred to in this Standard.
Projeto em Consulta Nacional
Introdução
Esta Parte da ABNT NBR ISO 80079 aborda, pela primeira vez em um nível internacional, os requisitos
básicos e conceitos de proteção para equipamentos mecânicos instalados em atmosferas explosivas.
Até o presente momento, com algumas exceções, somente o projeto, fabricação, instalação e
Projeto em Consulta Nacional
operação de equipamentos elétricos para atmosferas explosivas tem sido abordado nas Normas ISO
e IEC. Exemplos de equipamentos não elétricos são: acoplamentos, bombas, caixas de engrenagens,
freios, motores hidráulicos e pneumáticos e qualquer combinação de dispositivos para fabricação de
máquinas, ventiladores, motores, compressores, montagens etc.
Embora muitas máquinas, mas nem todas, utilizem um motor elétrico com um tipo de proteção Ex
para sua força motriz, as medidas necessárias para minimizar o risco de ignição nos equipamentos
mecânicos como parte da máquina podem ser diferentes daquelas aplicadas a equipamentos elétricos.
Considerando que equipamentos elétricos operando dentro de seus parâmetros de projeto frequente-
mente contenham fontes efetivas de ignição, como partes centelhantes, isto não é necessariamente
verdade para equipamentos mecânicos, os quais são projetados para operar sem paradas entre perí-
odos predeterminados de manutenção.
Geralmente existem dois cenários para ignição gerada por equipamentos mecânicos que necessitam
ser considerados. Estes são cenários de uma ignição resultante de uma falha no equipamento
mecânico, tal como uma sobretemperatura de mancal ou ignição gerada por operação anormal do
equipamento mecânico, tal como uma superfície quente de um freio.
Experiência têm mostrado que é essencial realizar uma avaliação de risco de ignição abrangente
em um equipamento mecânico completo, de forma a identificar todas as fontes potenciais de ignição
e determinar se estes equipamentos podem se tornar fontes efetivas de ignição durante a vida útil
prevista do equipamento mecânico. Uma vez que estes riscos de ignição são compreendidos e
documentados, é então possível definir as medidas necessárias de proteção, dependendo do nível
de proteção do equipamento (EPL) requerido, de forma a minimizar a probabilidade destas fontes de
ignição se tornarem efetivas.
Fontes potenciais de ignição não são limitadas àquelas geradas pelo equipamento mecânico, mas
incluem também quaisquer fontes de ignição geradas pela operação do equipamento, como por
exemplo, superfícies quentes decorrentes do bombeamento de fluidos quentes e carregamento
eletrostático quando do manuseio de equipamentos plásticos.
NOTA Exemplos seriam equipamentos feitos de plástico (polímeros), como tubulações plásticas e reci-
pientes, que podem se tornar carregados eletrostaticamente devido a um processo externo (e não pela opera-
ção do próprio equipamento), ou partes que podem se tornar aquecidas devido a um processo externo (como
uma tubulação). Estes equipamentos não são considerados “equipamentos não elétricos” por si mesmos.
Se, por outro lado, estes equipamentos são incorporados a equipamentos não elétricos, e puderem se tornar
uma fonte de ignição em função da operação pretendida do equipamento, então estes requerem ser avaliados
em conjunto com o equipamento sob consideração (por exemplo, um tubo plástico como parte de um tanque
de petróleo pode se tornar eletrostaticamente carregado devido à operação deste tanque).
Atmosferas explosivas
Parte 36: Equipamentos não elétricos para atmosferas explosivas —
Métodos e requisitos básicos
Projeto em Consulta Nacional
1 Escopo
Esta Parte da ABNT NBR ISO 80079 especifica os métodos e requisitos básicos para o projeto,
construção, ensaios e marcação de equipamentos “Ex” não elétricos, sistemas de proteção de
componentes “Ex”, dispositivos e montagens destes equipamentos que possuam suas próprias fontes
de ignição e sejam destinados a instalação ou utilização em atmosferas explosivas.
NOTA 1 Equipamentos autônomos estáticos de processo incluem, por exemplo, tanques, vasos, tubulações
fixas e válvulas operadas manualmente que não tenham suas próprias fontes de energia que possam gerar
uma fonte potencial de ignição durante sua operação.
Esta Norma não especifica os requisitos para a segurança além daquelas diretamente relacionadas ao
risco de ignição que possam levar a uma explosão. As condições atmosféricas padrão (relacionadas
com as características de explosão da atmosfera), sob as quais é assumido que o equipamento pode
ser operado são:
Estas atmosferas podem também existir no interior do equipamento. Além disto, a atmosfera externa
pode ser sugada para o interior do equipamento por meio de respiração natural produzida como
resultado da flutuação na pressão e/ou temperatura interna durante a operação do equipamento.
NOTA 2 Embora as condições atmosféricas acima apresentem uma faixa de temperatura de -20 °C a +60 °C,
a faixa de temperatura ambiente normal para o equipamento é de -20 °C a +40 °C, a não ser que seja
especificado e marcado de outra forma. A faixa de -20 °C a +40 °C é considerada apropriada para a maioria
dos equipamentos, e para fabricar todos os equipamentos para o uso com temperatura ambiente acima de
60 °C, poderia apresentar restrições desnecessárias ao projeto.
NOTA 3 Os requisitos desta Norma também podem ser úteis para o projeto, construção, ensaios e marcação
de equipamentos destinados a serem instalados ou utilizados em atmosferas explosivas fora da faixa de
validade indicadas acima. Entretanto, neste caso, a avaliação do risco de ignição, proteção contra ignição
fornecida, ensaios adicionais (se necessários), documentação técnica do fabricante e instruções de uso,
claramente demonstram e indicam a adequação dos equipamentos para as condições que possam ocorrer.
É também reconhecido que alterações na temperatura e pressão podem ter uma influência significativa sobre
as características da atmosfera explosiva, como a inflamabilidade.
Esta Parte da ABNT NBR ISO 80079 especifica os requisitos para projeto e construção de equipamentos
destinados para instalação em atmosferas explosivas, de acordo com todos os Níveis de Proteção de
Equipamento (EPL) para os Grupos I, II e III.
NOTA 4 Não é incomum que os equipamentos projetados e construídos de acordo com esta Norma, para
um EPL em particular, possam ser utilizados em áreas que requeiram um EPL com um nível mais elevado
de segurança pela inclusão da aplicação de medidas adicionais. Estas medidas incluem, por exemplo,
inertização, supressão, ventilação ou contenção, ou, por exemplo, por diluição, drenagem, monitoramento
e desligamento. Estas medidas estão fora do escopo desta Norma.
Esta Norma é complementada ou modificada pelas seguintes normas, relacionadas com tipos
específicos de proteção “Ex”:
—— ABNT NBR ISO 80079-37, Atmosferas explosivas – Parte 37: Equipamentos não elétricos para
atmosferas explosivas – Tipos de proteção não elétricos segurança construtiva “c”, controle de
ignição de fontes “b” e imersão em líquido “k”
A natureza e as fontes de ignição de equipamentos não elétricos devem ser consideradas quando da
aplicação dos tipos de proteção Ex “d”, Ex “p” ou Ex “t” para equipamentos não elétricos (ver Anexo G)
Seção da ABNT NBR IEC 60079-0 Aplicação da ABNT NBR IEC 60079-0 a
Tabela 1 (continuação)
Seção da ABNT NBR IEC 60079-0 Aplicação da ABNT NBR IEC 60079-0 a
Tabela 1 (continuação)
Seção da ABNT NBR IEC 60079-0 Aplicação da ABNT NBR IEC 60079-0 a
Tabela 1 (continuação)
Seção da ABNT NBR IEC 60079-0 Aplicação da ABNT NBR IEC 60079-0 a
Tabela 1 (continuação)
Seção da ABNT NBR IEC 60079-0 Aplicação da ABNT NBR IEC 60079-0 a
Tabela 1 (conclusão)
Seção da ABNT NBR IEC 60079-0 Aplicação da ABNT NBR IEC 60079-0 a
2 Referências normativas
Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação deste documento. Para refe-
rências datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas, aplicam-se
as edições mais recentes do referido documento (incluindo emendas).
ABNT NBR IEC 60079-31, Atmosferas explosivas – Parte 31: Proteção de equipamentos contra
ignição de poeira por invólucro “t”
ABNT NBR ISO 80079-37, Atmosferas explosivas – Parte 37: Equipamentos não elétricos para
atmosferas explosivas – Tipos de proteção não elétricos segurança construtiva “c”, controle de ignição
de fontes “b” e imersão em líquido “k” 1
3 Termos e definições
Para os efeitos deste documento, aplicam-se os termos e definições ABNT NBR IEC 60079-0, e os
seguintes.
3.1.1
possíveis fontes de ignição
tipos de fonte de ignição a serem utilizadas para identificação dos riscos de ignição
—— superfícies quentes;
—— fontes elétricas;
—— eletricidade estática;
—— descargas atmosféricas;
—— radiação ionizante;
—— ultrassom;
Nota 2 de entrada: Ver também Anexo B para informação de possíveis fontes de ignição.
1 A ser publicada.
3.1.2
equipamentos relacionados a fontes de ignição
possíveis fontes de ignição que podem ser geradas pelo equipamento sob consideração, independen-
temente da sua capacidade de ignição
Nota 1 de entrada: Estas são, algumas vezes, chamadas de “fontes de ignição relevantes”, embora isto
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possa levar ao erro de interpretação sobre a fonte de ignição ser relevante em termos de estar presente, em
termos de sua capacidade de ignição ou em termos de estar presente ou não no equipamento.
Nota 2 de entrada: Todos os equipamentos relacionados a fontes de ignição são considerados na análise de
risco de ignição para determinar se estes equipamentos são potenciais fontes de ignição.
3.1.3
potenciais fontes de ignição
fonte de ignição relacionada ao equipamento a qual tem a capacidade de causar a ignição de uma
atmosfera explosiva (por exemplo, capacidade de se tornar efetiva)
Nota 1 de entrada: A probabilidade de se tornarem efetivas determina o EPL (estas podem surgir em operação
normal, mau funcionamento previsto ou mau funcionamento raro).
3.1.4
fontes efetivas de ignição
fontes de ignição potenciais que são capazes de causar a ignição de uma atmosfera explosiva onde
considerações são feitas quando isso ocorrer (por exemplo, surgir em operação normal, mau funcio-
namento previsto ou mau funcionamento raro)
Nota 2 de entrada: Uma fonte de ignição efetiva é uma potencial fonte de ignição que pode causar a ignição
de uma atmosfera explosiva, se medidas de proteção não forem aplicadas.
Nota 3 de entrada: Por exemplo, o calor gerado pelo atrito, que pode ser gerado por um rolamento é uma
possível fonte de ignição. Este componente é uma fonte de ignição relacionada ao equipamento se esta parte
do equipamento conter um rolamento. Se a energia que pode ser produzida pelo atrito no rolamento for capaz
de causar a ignição de uma atmosfera explosiva então este componente é uma fonte potencial de ignição.
A probabilidade desta fonte potencial de ignição ser efetiva depende se o calor gerado pelo atrito irá ocorrer
em uma determinada situação.
3.2
operação normal
operação de equipamentos de acordo com as especificações de projeto e utilizados dentro dos limites
especificados pelo fabricante
Nota 1 de entrada: Falhas (como avaria de selos de bombas, juntas de flange ou liberação de substâncias
causadas por acidentes), que envolve reparo ou desligamento não são consideradas como operação normal.
Nota 2 de entrada: Pequenas liberações de material inflamável podem ser parte da operação normal. Por
exemplo, liberações de substâncias pelo selo, que se baseiam no equipamento estar preenchido com um
fluido que está sendo bombeado são consideradas como pequenas liberações.
3.3.1
mau funcionamento
situação onde o equipamento ou componentes não se comportam de acordo com as suas funções
previstas com relação à proteção contra uma explosão
Projeto em Consulta Nacional
Nota 2 de entrada: Para os efeitos desta Norma, isto pode acontecer devido a diversas razões, incluindo
—— falha de uma (ou mais) das partes componentes de um equipamento, sistema de proteção e componentes;
3.3.2
mau funcionamento previsto
distúrbios ou falhas no equipamento que normalmente ocorrem na prática
3.3.3
mau funcionamento raro
tipo de mau funcionamento, que é de conhecimento acontecer, mas apenas em circunstâncias raras.
Dois maus funcionamentos previstos independentes que, separadamente, não podem criar uma fonte
de ignição, mas que em combinação criam a fonte de ignição são considerados como um único mau
funcionamento raro
3.4
máxima temperatura de superfície
maior temperatura que é atingida em serviço sob condições mais adversas (mas dentro de uma
tolerância especificada) por qualquer parte ou superfície do equipamento, sistema de proteção ou
componente que pode produzir uma ignição da atmosfera explosiva circunvizinha
Nota 1 de entrada: A temperatura máxima de superfície marcada no equipamento e que inclui margens de
segurança dependendo do EPL do equipamento.
Nota 2 de entrada: A temperatura de superfície que é relevante pode ser interna ou externa dependendo do
tipo de proteção em questão
Nota 3 de entrada: Para equipamentos destinados a serem utilizados em atmosferas explosivas de poeira,
esta temperatura ocorre na superfície externa do involucro e pode incluir uma condição de camada de poeira
definida.
3.5
máxima energia potencial possível
quantidade máxima de energia que pode ser armazenada no equipamento ou em partes do equipa-
mento e pode se dissipar em energia cinética durante a liberação
3.6
Projeto em Consulta Nacional
tipo de proteção Ex
medidas específicas aplicadas ao equipamento para evitar a ignição de uma atmosfera explosiva
circunvizinha
Nota 1 de entrada: Equipamentos projetados e construídos de acordo com esta Norma para um determinado
EPL podem ser utilizados em áreas que requerem um EPL com maior nível de segurança pela aplicação de
medidas adicionais. Estas medidas incluem, por exemplo, inertização, supressão, ventilação ou confinamento
ou, por exemplo, pela diluição, drenagem, monitoramento e desligamento. Estas medidas estão fora do
escopo desta Norma.
3.7
equipamento não elétrico
equipamento que pode atingir a sua função pretendida mecanicamente
Nota 1 de entrada: Os equipamentos abordados nesta Norma podem ser alimentados por qualquer tipo de
energia, incluindo os equipamentos elétricos.
3.8
temperatura de serviço
Ts
temperatura máxima ou mínima alcançada em pontos específicos do equipamento quando o equi-
pamento opera em condições nominais, incluindo temperatura ambiente e quaisquer outras fontes
externas de aquecimento ou de resfriamento
3.9
componente Ex
parte de equipamento Ex ou um módulo, marcado com o símbolo “U”, o qual não é destinado para ser
utilizado sozinho e requer consideração adicional, quando incorporado ao equipamento Ex ou sistema
para utilização em atmosferas explosivas
3.10
equipamento
máquinas, aparelhagem, dispositivos fixos ou móveis, componentes de controle e instrumentação,
sistemas de detecção ou prevenção que, isoladamente ou em conjunto, são destinados à geração,
transferência, armazenamento, medição, controle e conversão de energia para o processamento
de materiais, e que podem ser capazes de causar uma explosão por meio de suas próprias fontes
de ignição
3.11
equipamento Ex
equipamento onde medidas foram aplicadas para assegurar que as fontes efetivas de ignição são
mitigadas de acordo com o requerido pelo nível de proteção do equipamento (EPL)
Nota 1 de entrada: Isto inclui a avaliação do risco de ignição ou medidas de proteção de acordo com esta
Norma.
a) Equipamentos do Grupo I para minas subterrâneas de carvão com risco da presença do gás
metano (grisu); este grupo abrange dois EPL:
●● EPL Ma;
●● EPL Mb.
b) Equipamentos do Grupo II para locais com uma atmosfera explosiva originada por misturas de ar
e gases, vapores ou névoas inflamáveis; este grupo abrange três EPL:
●● EPL Ga;
●● EPL Gb;
●● EPL Gc.
c) Equipamentos do Grupo III para locais com uma atmosfera explosiva originada por misturas de ar
e poeiras: este grupo abrange três EPL:
●● EPL Da;
●● EPL Db;
●● EPL Dc.
Esta Norma pode ser utilizada em conjunto com um ou mais tipos de proteção “Ex” descritos nas
normas relacionadas na Seção 1, dependendo da avaliação do risco de ignição indicado em 5.2, para
fornecer a proteção requerida.
4.2 Grupo I
Equipamentos do Grupo I são destinados para utilização em minas subterrâneas de carvão suscetíveis
ao gás metano (grisu).
NOTA Os tipos de proteção para o Grupo I levam em consideração a ignição do grisu e a poeira de
carvão, juntamente com proteção física mais robusta para equipamentos para utilização subterrânea.
Equipamentos destinados a minas subterrâneas de carvão onde a atmosfera explosiva, além de grisu,
pode conter proporções significativas de outros gases inflamáveis ou poeiras combustíveis (isto é,
outras substâncias, além do metano ou poeira de carvão), devem ser construídos e ensaiados de acordo
com os requisitos referentes ao Grupo I e também da subdivisão dos Grupos II e III, correspondentes
aos outros significantes gases inflamáveis ou poeiras combustíveis. Estes equipamentos devem então
ser marcados adequadamente.
4.3 Grupo II
Equipamentos do Grupo II são destinados para utilização em locais com uma atmosfera explosiva de
gás, além das existentes em minas suscetíveis ao grisu.
Equipamentos do Grupo II são subdivididos de acordo com a natureza da atmosfera explosiva de gás
para o qual é destinado.
NOTA Esta subdivisão é baseada no máximo interstício experimental seguro (MESG) ou na corrente
mínima de ignição (MIC) da atmosfera explosiva de gás na qual o equipamento pode ser instalado
(ABNT NBR IEC 60079-20-1).
Equipamentos elétricos do Grupo III são destinados para utilização em locais com uma atmosfera
explosiva de poeiras mas não em minas suscetíveis a grisu.
Equipamentos elétricos do Grupo III são subdivididos de acordo com a natureza da atmosfera explosiva
de poeira para o qual são destinados.
●● IIIC: adequado para fibras combustíveis, poeiras não condutoras e poeiras condutoras.
A avaliação do risco de ignição deve levar em consideração os requisitos especiais para poeiras não
condutoras devido a riscos de eletrostática gerados pelas partes móveis isoladas de equipamentos
não elétricos.
Os equipamentos podem ser ensaiados para uma atmosfera explosiva específica. Neste caso, os
equipamentos devem ser marcados adequadamente, ver 11.2-e).
Equipamentos não elétricos para atmosferas explosivas devem atender aos requisitos desta Norma,
e se relevante, aos requisitos modificados pelas partes específicas das ABNT NBR IEC 60079,
ABNT NBR ISO 80079 e ABNT NBR ISO/IEC 80079.
As condições de serviço, instruções para o uso seguro e manutenção requerida para os equipamentos
devem ser especificados pelo fabricante (ver Seção 10).
Equipamentos que tenham sido projetados e construídos de acordo com os requisitos de segurança
aplicáveis das normas industriais relevantes e quando as avaliações do risco de ignição confirmam
que os equipamentos não contêm quaisquer fontes de ignição efetiva em operação normal, os
equipamentos podem ser considerados como EPL Gc ou Dc.
NOTA 1 Não é um requisito desta Norma que o atendimento às normas industriais relevantes seja verificado
por terceira parte.
Quando as avaliações do risco de ignição confirmarem que os equipamentos não contêm quaisquer
Projeto em Consulta Nacional
fontes de ignição efetiva durante operação normal e mau funcionamento previsto, os equipamentos
podem ser considerados como EPL Mb, Gb ou Db.
Quando as avaliações de risco de ignição confirmarem que os equipamentos não contêm quaisquer
fontes de ignição efetiva durante operação normal, mau funcionamento previsto e mau funcionamento
raro, os equipamentos podem ser considerados como EPL Ma, Ga ou Da.
O equipamento deve ser submetido a uma avaliação formal de risco de ignição documentada para
identificar todas as fontes de ignição potenciais que podem ocorrer em operação normal, mau
funcionamento previsto e mau funcionamento raro. Dependendo do nível da proteção do EPL desejado
para o equipamento, mitigações podem ser aplicadas a cada uma destas fontes potenciais de ignição
para minimizar a probabilidade de que estas se tornem efetivas.
O processo deve ser registrado para atender aos requisitos de projeto, construção, instalação, inspe-
ção, ensaios e manutenção quanto às suas medidas de proteção.
NOTA Esta avaliação é tipicamente conduzida utilizando uma tabela que liste cada uma das fontes poten-
ciais de ignição juntamente com a mitigação aplicada (ver exemplo na Tabela B.1.)
Métodos de proteção ou tipos de proteção devem ser atendidos ou aplicados na seguinte ordem:
Projeto em Consulta Nacional
Dependendo do nível de proteção EPL desejado, todas as potenciais fontes de ignição devem ser
consideradas.
Fontes de ignição que são causadas pelo uso incorreto do equipamento, que podem ser razoavelmente
antecipadas, também devem ser consideradas. Ver Anexo E.
No caso do EPL Ma, a avaliação deve listar todas as fontes potenciais de ignição que são ou possam
ser efetivas, tendo em conta a necessidade de ter um alto nível de proteção e pelo fato de que o
equipamento com EPL Ma requer que seja seguro em operação normal, durante mau funcionamento
previsto ou mau funcionamento raro, mesmo quando o equipamento é mantido energizado na presença
de uma liberação de gás.
a) em caso de falha de um método de proteção, pelo menos um segundo método de proteção
independente fornece o nível de proteção requerido, ou;
b) o nível de proteção requerido é assegurado no caso de duas falhas ocorrendo independente-
mente uma da outra.
No caso de equipamentos EPL Mb, a avaliação deve listar todas as fontes potenciais de ignição que
são ou possam ser efetivas, tendo em conta a necessidade de ter um elevado nível de proteção e pelo
fato de que o equipamento com EPL Mb requer que seja seguro em operação normal e durante mau
funcionamento previsto mesmo sob condições severas de operação, em particular aquelas decorrentes
da utilização fora das condições normais de utilização e das condições ambientais especificadas.
Devem ser também listadas as fontes de risco que podem permanecer efetivas mesmo quando o
equipamento é projetado para ser desenergizado no caso da ocorrência de uma atmosfera explosiva.
A avaliação deve indicar os métodos de proteção para minimizar o risco de ignição. Estes métodos
de proteção devem estar em conformidade com esta Norma ou com os tipos de proteção previstos no
seu escopo.
NOTA Um exemplo é quando a concentração de gases inflamáveis no ambiente (por exemplo, 20 % do
LIE – Limite Inferior de Explosividade) é detectada por um detector de gás de grisu, com nível de proteção
EPL Ma, e a fonte de alimentação do equipamento, com nível de proteção EPL Mb, é automaticamente
desligada.
No caso do EPL Ga ou Da, as fontes de ignição listadas devem incluir todas as fontes potenciais de
ignição que são efetivas ou podem se tornar efetivas durante operação normal, mau funcionamento
previsto e mau funcionamento raro. Deve também indicar as medidas que tenham sido aplicadas para
minimizar a probabilidade da fonte de ignição se tornar efetiva. Estas medidas podem estar de acordo
com esta Norma ou com os tipos específicos de proteção padrão listados no escopo desta Norma que
tenham sido aplicados.
No caso do EPL Gb, Db, as fontes de ignição listadas devem incluir todas as fontes potenciais de
ignição que são efetivas ou podem se tornar efetivas durante operação normal e mau funcionamento
previsto. Deve também indicar as medidas utilizadas para minimizar a probabilidade da fonte de
ignição utilizada de acordo com esta Norma e com os tipos específicos de proteção padrão listados no
escopo desta Norma que tenham sido aplicados.
No caso do EPL Gc ou Dc, as fontes de ignição listadas devem incluir todas as fontes potenciais de
ignição que são efetivas ou podem se tornar efetivas durante operação normal. Deve também indicar
as medidas utilizadas para minimizar a probabilidade de ignição de acordo com esta Norma e com
os tipos específicos de proteção padrão listados no escopo desta Norma que tenham sido aplicados.
Quando o EPL requerer avaliação para incluir mau funcionamento previsto ou mau funcionamento
raro, a avaliação também deve considerar aqueles componentes cuja falha podem:
●● causar ignição de uma substância inflamável ou combustível contida em reservatório ou que faça
parte do sistema do equipamento (por exemplo, óleo lubrificante); ou
A avaliação do risco de ignição deve ser baseada nas seguintes informações, sempre que aplicáveis:
●● Descrição do equipamento;
●● Qualquer critério aplicável que tenha sido utilizado, como por exemplo, cargas, resistências,
fatores de segurança e ciclo de trabalho;
NOTA Exemplos de algumas avaliações de risco de ignição realizadas para equipamentos são apresen-
tadas no Anexo C.
●● meios utilizados para eliminar ou minimizar riscos de ignição identificados (por exemplo, de
normas ou outras especificações como descrito na Seção 6);
Os resultados de uma avaliação de risco de ignição devem ser relatados completamente, claramente
organizados e compreensíveis.
NOTA O Anexo B mostra e explica um modelo de relatório de avaliação. Exemplos são apresentados
neste modelo. (Ver Anexo C).
O relatório de avaliação do risco de ignição deve ser incluído na documentação que demonstre
conformidade com os requisitos desta Norma (ver 9.1).
As seções seguintes se referem à avaliação do risco de ignição para diferentes tipos de fontes de
ignição e meios de controle para minimizar o potencial de ignição resultante destas, dependendo do
EPL previsto.
NOTA 2 O risco de ignição devido à descarga atmosférica não é significativo para o fabricante de
equipamento mecânico e são tipicamente considerados pelo usuário no momento da instalação.
6.2.1 Generalidades
Se uma atmosfera explosiva entra em contato com uma superfície quente, pode ocorrer uma ignição.
Não somente a superfície quente por si só pode agir como uma fonte de ignição, mas também uma
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camada de poeira ou um combustível sólido em contato com uma superfície quente e ocorrer ignição
por si só, pode também agir como uma fonte de ignição para uma atmosfera explosiva.
A temperatura máxima de superfície que pode atingir determina se ela pode atuar como uma fonte de
ignição.
Equipamento projetado para uso em uma temperatura ambiente normal na faixa de ‒20 °C até +40 °C
não requer marcação de faixa de temperatura ambiente. Entretanto, equipamento projetado para
utilização em outra faixa de temperatura que não a normal é considerada como especial e requer
marcação da faixa de temperatura ambiente.
NOTA Embora as condições atmosféricas padrão no escopo desta Norma indiquem uma faixa de
temperatura de ‒20 °C a +60 °C, a faixa normal da temperatura ambiente para o equipamento é de ‒20 °C
a +40 °C, a menos que especificado e marcado de outra forma.
A avaliação deve levar em consideração que quaisquer dispositivos montados para limitar a maior
temperatura de superfície (por exemplo, a utilização de um bujão fusível de baixo ponto de fusão
em um acoplamento hidráulico). Quando o dispositivo limitador de temperatura é usado, este deve
preencher os requisitos para o tipo de proteção “b”, controle da fonte de ignição. A temperatura máxima
de superfície deve ser avaliada na temperatura ambiente máxima e no pior caso de operação para o
qual o equipamento é projetado.
A determinação, por medição ou por cálculo, da máxima temperatura de superfície deve ser feita
com o equipamento no pior caso de condições de trabalho, mas com as falhas toleradas pelo tipo de
proteção contra ignição aplicada. A medição ou determinação por cálculo da máxima temperatura de
superfície deve incluir as condições de operação do mau funcionamento previsto para equipamentos
com nível de proteção do equipamento EPL Mb, Gb e Db e para mau funcionamento raro para EPL
Ma, Ga, e Da para o qual não é usado medidas de proteção adicionais.
NOTA 1 A máxima temperatura de superfície do equipamento é usada – como determinado de acordo com
8.2, incluindo margens de segurança fornecidas – para marcação do equipamento com uma temperatura
definida, a classe de temperatura do equipamento ou uma atmosfera explosiva de gás apropriada. A máxima
temperatura de superfície real, medida ou calculada, é tipicamente menor que a máxima temperatura de
superfície marcada como um resultado da aplicação das margens de segurança especificadas em 8.2.
A opção para calcular as máximas temperaturas se aplica a equipamentos que não estejam aptos
a serem ensaiados na prática em máxima ou plena carga pretendida e máxima temperatura ambiente,
por exemplo, para máquinas de grande porte.
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Onde o equipamento se destina e é marcado para uso somente em atmosfera explosiva com um ou
mais gases, a máxima temperatura de superfície não pode exceder a menor temperatura de ignição
dessas atmosferas explosivas de gás.
a) 150 °C em qualquer superfície onde possa formar uma camada de pó de carvão;
b) ou 450 °C onde a formação de camada de poeira de carvão não é esperada (por exemplo, dentro
de um invólucro IP5X), no caso em que:
2) a marcação do símbolo “X”, como detalhado em 11.2 l), é colocada no equipamento e as
condições específicas de utilização devem ser dadas nas instruções.
Tabela 2 (conclusão)
T5 ≤ 100
T6 ≤ 85
Onde a temperatura máxima de superfície depende principalmente das condições de operação (como
um fluido aquecido em uma bomba), e não do equipamento em si, a informação relevante deve ser
dada nas instruções e o equipamento deve ser marcado usando uma faixa de classes de temperatura
ou uma faixa de temperatura (por exemplo, T6...T4, ou 85 °C...150 °C), com a intenção de informar
o usuário sobre essa situação especial (ver Seção 11 em marcação).
NOTA 1 A temperatura máxima de superfície do equipamento inclui a margem de segurança para a tempe-
ratura de autoignição da atmosfera explosiva, ver também 8.2 para mais detalhes.
Áreas de superfície pequena, as quais a temperatura excede àquela permitida para a classificação
de temperatura, devem estar de acordo com a Tabela 3:
Temperatura máxima
Temperatura de superfície para
Temperatura máxima
Área total da máxima de classificação
de superfície para
superfície superfície para Grupo I
classificação T4
classificação T5
(Poeiras excluídas)
≤ 20 mm2 ≤ 275 °C ≤ 150 °C ≤ 950 °C
≥ 20 mm2 e
≤ 200 °C ≤ 150 °C
≤ 1 000 mm2
A temperatura de ignição mínima de grandes volumes (maiores que 1 L) de uma atmosfera explosiva
de gás fechada por um equipamento pode ser menor que a temperatura de autoignição. Esta redução
deve ser levada em consideração para estes casos durante a avaliação de risco de ignição de acordo
com 5.2 se estes volumes forem parte do equipamento.
NOTA 1 Esse efeito acontece principalmente quando as paredes do invólucro da mistura são de tempera-
tura uniforme.
Para equipamentos com nível de proteção EPL Ga, esse efeito é levado em consideração pela margem
de segurança utilizada para determinar a máxima temperatura de superfície de acordo com 8.2.1-b).
Para equipamentos com nível de proteção EPL Gb, a margem de segurança deve ser a mesma que
usada para equipamentos EPL Ga de acordo com 8.2.1-b), a menos que ensaios de autoignição de
grandes volumes confirmem a adequação.
Projeto em Consulta Nacional
NOTA 3 O Anexo H fornece mais informações de temperaturas de autoignição determinadas para grandes
volumes.
Superfícies quentes externas expostas às atmosferas explosivas sob condições de ambiente aberto
(convecção livre), por exemplo, partes de equipamentos em atmosferas de hidrocarbonetos, podem
precisar de temperaturas de superfície mais elevadas para inflamar uma atmosfera do que a tempe-
ratura de autoignição do material combustível. Se isso for utilizado durante a avaliação de risco de
ignição, a incapacidade de inflamar uma atmosfera deve ser confirmada de acordo com 8.2.2.
6.2.7.1 Generalidades
Equipamentos do Grupo III devem ser definidos pela real temperatura máxima de superfícies e devem
ser marcados adequadamente.
Onde a temperatura de superfície real máxima não depende do equipamento em si, mas principalmente
das condições operacionais (como um fluido aquecido por meio de uma bomba), a informação
relevante deve constar nas instruções de uso e o equipamento deve ser marcado utilizando uma faixa
de temperatura (por exemplo, T85 °C…T150 °C) de maneira a informar o usuário sobre esta situação
especial (ver Seção 11 sobre marcação)
A temperatura máxima de superfície determinada (ver 8.2) não pode exceder a máxima temperatura
de superfície atribuída.
Onde a avaliação de risco de ignição demonstrar que chamas e gases quentes serão causados
pela utilização prevista do equipamento, medidas apropriadas devem ser tomadas para minimizar
a probabilidade de ignição de acordo com o nível de proteção EPL previsto e estas medidas
documentadas.
6.4.1 Generalidades
Como resultado de atrito, impacto ou processos de abrasão como moagem, partículas podem se
separar do material sólido e se tornarem quentes devido à energia utilizada no processo de separação.
Projeto em Consulta Nacional
Se estas partículas consistem de substâncias oxidáveis, por exemplo, ferro ou aço, as partículas
podem ser submetidas a um processo de oxidação, atingindo dessa maneira temperaturas mais
elevadas. Estas partículas (fagulhas) podem inflamar gases inflamáveis e vapores e certas misturas
de poeiras/ar (especialmente misturas de poeira metálica/ar). Em poeira depositada, combustão lenta
pode ser causada pelas faíscas e isto pode ser uma fonte de ignição para uma atmosfera explosiva.
Impactos únicos entre partes metálicas não precisam ser considerados como potencial fonte de ignição
na avaliação de risco de ignição se as seguintes condições forem atingidas:
Ou:
a) a velocidade de impacto é menor que 1 m/s e o potencial máximo de energia de impacto é menor
que 500 J e
1) alumínio, titânio e magnésio em combinação com aço ferrítico não é utilizado, ou
2) alumínio em combinação com aço inoxidável (≥ 16,5 % Cr) pode ser utilizado somente se o
aço inoxidável não estiver apto a corroer e o óxido de ferro e/ou as partículas oxidadas não
puderem ser depositadas na superfície (referências apropriadas para as propriedades do aço
inoxidável devem ser fornecidas na documentação técnica e nas instruções de uso), ou
4) aço duro não é utilizado onde pode ter impacto em granito, ou
5) alumínio em combinação com alumínio é somente utilizado se óxido de ferro e/ou partículas
oxidadas não puderem ser depositadas na superfície
2 Aço duro é entendido como sendo todos os tipos de aço endurecido (superfície endurecida ou tratada
termicamente de uma outra maneira para melhorar a dureza superficial) ou outros tipos de aço com dureza
Vickers maior que 230 HV (de acordo com a ISO 6507 com ensaio de carga ≥ 98 N).
ou
b) Onde a combinação de metais não centelhantes 3 é usada e a velocidade de impacto é menor
ou igual a 15 m/s e o potencial máximo de energia é menor que 60 J para atmosferas de gases/
vapores ou menor que 125 J para atmosferas de poeiras.
Projeto em Consulta Nacional
Fontes de ignição geradas por impacto não precisam ser consideradas fontes de ignição efetivas se a
velocidade de impacto for menor que 15 m/s e o potencial máximo de energia for menor que os valores
informados nas Tabelas 4, 5, 6 e 7.
Por outro lado, se os valores de energia excederem os valores informados nas Tabelas 4, 5, 6 e 7, isso
não significa necessariamente que a fonte de ignição vai se tornar efetiva. Neste caso, a avaliação de
risco de ignição precisa considerar todos os aspectos e pode mostrar que a probabilidade do impacto
é pequena o suficiente para ser aceitável.
Se as energias de impacto forem maiores que aquelas informadas nas seguintes tabelas, estas
então necessitam ser avaliadas. Neste caso, considerações devem ser feitas de quando ocorrem e
onde são possíveis de inflamar uma atmosfera explosiva (por exemplo, em operação normal, mau
funcionamento esperado ou mau funcionamento raro), o que determina o pretendido nível de proteção
do equipamento EPL.
Quando puder ser demonstrado com parâmetros operacionais definidos por uma análise FMEA
(Análise de efeitos e modos de falhas) ou outro método igualmente efetivo que um impacto único
causado por uma falha mecânica pode não acontecer, isto não necessita ser considerado como uma
fonte de ignição efetiva dependendo do nível de proteção do equipamento EPL.
NOTA Em alguns casos, a combinação de aço inoxidável/aço inoxidável pode evitar faísca por impacto
único. A experiência tem demonstrado que o uso de garfos revestidos com cobre em empilhadeiras reduz
o risco de ignição de faíscas de impacto e aquecimento momentâneo por atrito a um nível bem baixo e que
essa construção é adequada para aplicações de Equipamentos Grupo IIB.
3 Metais não centelhantes são, por exemplo, cobre (Cu), zinco (Zn), estanho (Sn), chumbo (Pb), alguns latões
(CuZn) e bronze (CuSn), que são metais não ferrosos de alta condutividade térmica e são difíceis de oxidar.
Faíscas podem somente ser geradas por estes materiais quando são usados em combinação com materiais de
dureza extremamente alta.
5 J (Hidrogênio)
IIC 60 J
3 J (Hidrocarbonetos incluindo acetileno)
IIB 125 J 10 J
IIA 125 J 20 J
NOTA Estes critérios não se aplicam para atmosferas com gases inflamáveis como dissulfeto de carbono,
monóxido de carbono e óxido de etileno.
Da 125 J 20 J
Db e Dc 500 J 80 J
NOTA Estes valores não se aplicam para explosivos pirotécnicos ou poeiras autoreativas que não fazem
parte do escopo desta Norma.
Atrito e processos de moagem podem gerar faíscas ou superfícies quentes e devem ser considerados.
Para superfícies quentes, 6.2 se aplica.
Para uma fonte de ignição potencial por atrito ser considerada efetiva depende de quando isso acontece,
por exemplo: sob operação normal, mau funcionamento previsto ou mau funcionamento raro.
NOTA Uma velocidade relativa de contato de 1 m/s é frequentemente utilizada como o valor-limite, abaixo
do qual fontes de ignição por atrito não são capazes de inflamar uma atmosfera explosiva. As contaminações
de interstícios com poeiras resultam em fontes de ignição por atrito em baixas rotações (por exemplo, em
rolamentos, vedações, atuadores mecânicos lineares ou acoplamentos mecânicos). Há algumas poucas
exceções, por exemplo, com poeiras de extrema sensibilidade à ignição como enxofre e atmosferas explosivas
de gás, como por exemplo, hidrogênio e etileno, onde há uma alta carga de contato. Outras fontes de ignição
sensíveis de misturas de gás/ar são também prováveis de inflamarem, por exemplo, acetileno, dissulfeto de
carbono, monóxido de carbono, oxido de etileno.
Quando a avaliação de risco de ignição mostrar que há um risco de ignição por atrito, impacto ou faíscas
resultantes de abrasão, então os requisitos para invólucros metálicos da ABNT NBR IEC 60079-0
se aplicam.
Quando equipamentos elétricos são utilizados em conjunto com equipamentos mecânicos, os equipa-
mentos elétricos devem estar de acordo com as partes pertinentes da série de ABNT NBR IEC 60079.
NOTA Rádio frequência (RF), ondas eletromagnéticas incluindo radiação óptica, radiação ionizante
e radiação ultrassônica são também consideradas na ABNT NBR IEC 60079-0.
Quando uma fonte de ignição devido a correntes elétricas de fuga for criada por correntes elétricas
de fuga do próprio equipamento, esta deve ser devidamente considerada (por exemplo: processos
acionados por indução, como ocorre com o escorregamento de um acoplamento magnético).
Estas fontes de ignição normalmente não são relevantes para os fabricantes de equipamentos não
elétricos. Se fontes externas de correntes parasitas puderem afetar a proteção contra explosão do
equipamento, as Instruções devem incluir orientações para a redução do risco de ignição.
Projeto em Consulta Nacional
NOTA Correntes parasitas podem fluir em sistemas elétricos condutores ou partes dos sistemas:
—— como resultado de um curto circuito ou de um curto à terra devido a falhas nas instalações elétricas;
—— como resultado de uma indução magnética externa (por exemplo, próximo a instalações com correntes
elétricas elevadas ou radiofrequência); e
—— como resultado de descargas atmosféricas (ver normas apropriadas, por exemplo, IEC 62305)
NOTA BRASILEIRA A Série ABNT NBR 5419 é baseada na Série IEC 62305, Partes 1 a 4.
6.7.1 Generalidades
Descargas capazes de gerar ignições devido à eletricidade estática podem ocorrer sob determinadas
condições. A descarga de partes isoladas eletrostaticamente e carregadas pode facilmente levar
a faíscas capazes de causar uma ignição. Com partes eletrostaticamente carregadas feitas de
materiais não condutivos, que incluem a maioria dos plásticos e alguns outros materiais, descargas
ramificadas podem ocorrer. Em casos especiais, durante processos de separação rápida (como em
filmes em movimento sobre roletes, correias transportadoras, operações com braços de carregamento
e transferências de grandes quantidades de hidrocarbonetos) ou por combinação de materiais
condutivos e não condutivos, a propagação de descargas ramificadas é também possível. Descargas
propagantes podem ocorrer também em material a granel.
Descargas do tipo corona não são capazes de gerar a ignição de atmosferas explosivas e as descargas
do tipo atmosféricas nunca foram observadas em nuvens carregadas eletrostaticamente do tamanho
encontrado nas instalações industriais.
Descargas capazes de gerar ignição, descargas propagantes ramificadas e descargas cônicas podem
causar a ignição de atmosferas explosivas, dependendo da sua energia de descarga eletrostática.
Descargas ramificadas podem causar a ignição de quase todas as atmosferas explosivas de gases
ou vapores inflamáveis. Independentemente de seu MIE (Minimum Ignition Energy), as poeiras
combustíveis não causam explosão por descargas ramificadas, desde que não exista a presença de
gases ou vapores inflamáveis.
Os requisitos para partes não condutivas dos equipamentos e para camadas não condutivas das
partes metálicas somente são aplicáveis se estas forem expostas a atmosferas explosivas e se existir
um mecanismo previsível de carregamento eletrostático.
Todas as partes condutoras do equipamento devem ser dispostas de forma que não seja provável
de existir uma diferença de potencial de risco entre estas partes. Se existir uma possibilidade de que
partes metálicas isoladas possam se tornar eletrostaticamente carregadas e atuarem como uma fonte
de ignição, então terminais de aterramento devem ser instalados.
Descargas propagantes ramificadas são consideradas como sendo uma fonte efetiva de ignição
para atmosferas explosivas. Estas descargas podem surgir do carregamento altamente eficiente de
camadas e revestimentos não condutivos sobre superfícies metálicas. As ocorrências de descargas
propagantes ramificadas podem ser evitadas em equipamentos na medida em que seja assegurado
que a tensão de ruptura através das camadas seja inferior a 4 kV, ou que seja excluído qualquer
mecanismo de carregamento eletrostático mais forte que um atrito manual das superfícies.
Para equipamentos do Grupo III, descargas ramificadas propagantes podem também ser evitadas na
medida em que seja assegurado que a espessura das camadas não condutivas seja maior que 8 mm.
NOTA 1 Para estas camadas, com uma espessura maior que 8 mm, as descargas ramificadas podem
ocorrer, mas para equipamentos de EPL Da, Db e Dc, elas não são consideradas como uma fonte de ignição,
uma vez que elas não são capazes de causar a ignição de uma atmosfera de poeira combustível.
Equipamentos com áreas de superfície não condutivas projetadas em qualquer direção com mais
de 10 000 mm2 (para EPL Ma e Mb) devem ser projetadas de forma que, sob condições normais de
utilização, manutenção e limpeza, o risco de ignição devido a cargas eletrostáticas seja evitado.
Este requisito deve ser atendido por uma das seguintes formas:
a) seleção adequada do material de forma que a resistência superficial, medida de acordo com o
método indicado em 8.4.8 não exceda 109 Ω a (23 ± 2) °C e (50 ± 5) % de umidade relativa ou
1011 Ω medida a (30 ± 5) % de umidade relativa a (23 ± 2) °C;
b) o tamanho, formato e disposição, ou outros métodos de proteção, de tal forma que não seja
prevista a ocorrência do risco de cargas eletrostáticas. Este requisito pode ser atendido pela
utilização do ensaio indicado no Anexo D, desde que descargas ramificadas propagantes não
possam ocorrer (ver 6.7.3);
c) Limitando a espessura em até 2 mm, quando o material não condutivo for um revestimento sobre
um metal aterrado (superfície condutora) desde que descargas ramificadas propagantes não
possam ocorrer (ver 6.7.3).
NOTA As medidas de acordo com b) e c) podem limitar somente as descargas ramificadas, mas não as
descargas ramificadas propagantes.
Equipamentos do Grupo II, quando partes são suscetíveis de se tornarem eletrostaticamente car-
regadas devem ser projetados de forma que, sob condições normais de utilização, manutenção
e limpeza, ignição por cargas eletrostáticas sejam evitados.
Projeto em Consulta Nacional
Este requisito deve ser atendido por uma das seguintes formas:
a) seleção adequada do material de forma que a resistência superficial do invólucro, medida de
acordo com o método indicado em 8.4.8 não exceda 109 Ω a (23 ± 2) °C e (50 ± 5) % de umidade
relativa ou 1011 Ω medida a (30 ± 5) % de umidade relativa a (23 ± 2) °C;
b) o tamanho, formato e disposição, ou outros métodos de proteção, de tal forma que não seja
prevista a ocorrência do risco de cargas eletrostáticas. Para EPL Gb, este requisito pode ser
atendido pela utilização do ensaio indicado no Anexo D, desde que descargas ramificadas
propagantes não possam ocorrer (ver 6.7.3);
c) pela limitação da área da superfície projetada em qualquer direção de partes não condutivas
do equipamento possível de se tornar eletrostaticamente carregada, como indicado a seguir na
Tabela 8, desde que descargas ramificadas propagantes não possam ocorrer (ver 6.7.3).
d) se o material não condutivo para equipamentos do Grupo II for um revestimento sobre uma
superfície aterrada ou superfície condutiva que possa se tornar eletrostaticamente carregada,
a espessura é limitada a não mais que 2 mm, para os casos de gases e vapores inflamáveis do
Grupo IIA e IIB, ou não mais que 0,2 mm para os casos de gases e vapores inflamáveis do Grupo
IIC, desde que, em ambos os casos, descargas ramificadas propagantes não possam ocorrer
(ver 6.7.3).
NOTA As medidas de acordo com b), c) e d) podem limitar somente as descargas ramificadas, mas não
as descargas ramificadas propagantes.
e) quando os riscos da ignição por descargas eletrostáticas não puderem ser evitados pelo projeto
do equipamento, a marcação deve incluir um sufixo “X”, de acordo o indicado em 11.2 l) e
uma plaqueta de advertência de acordo com o item a) da Tabela 11. As medidas relevantes de
segurança a serem aplicadas em serviço devem ser indicadas nas instruções do equipamento,
ver Seção 10.
Projeto em Consulta Nacional
Para equipamentos do Grupo III, as descargas ramificadas não causam a ignição de atmosferas
de poeiras combustíveis, e, desta forma, não existe uma restrição sobre a espessura ou a área de
superfície destes revestimentos, desde que descargas ramificadas não possam ocorrer. Quando
descargas ramificadas propagantes puderem ocorrer, os requisitos apresentados em 6.7.3 se aplicam.
Processos que possam causar compressões adiabáticas ou ondas de choque que possam produzir
uma ignição devem ser evitados, ou de outra forma protegidos.
●● EPL Ma e Ga: Isto deve ser assegurado no caso de operação normal, mau funcionamento previsto
ou mau funcionamento raro.
●● EPL Mb e Gb: Isto deve ser assegurado no caso de operação normal e mau funcionamento
previsto.
NOTA 1 Compressões adiabáticas e ondas de choque de risco podem ser frequentemente reduzidas por
meio de um projeto adequado, de forma a limitar a taxa de compressão, por exemplo, as guias e as válvulas
entre as seções do sistema onde as taxas de alta pressão estão presentes, devem somente ser abertas de
forma lenta.
NOTA 2 Motores de combustão interna, a pistão, à prova de explosão irão frequentemente utilizar um
projeto especial para controlar estes riscos resultantes da compressão adiabática dentro do motor.
Substâncias pirofóricas, que apresentem a tendência de autoignição, devem ser evitadas sempre que
possível.
Quando estas substâncias tiverem que ser processadas, as medidas de proteção necessárias devem
ser adaptadas para cada caso em particular. As seguintes medidas de proteção podem ser adequadas:
●● inertização;
●● estabilização;
●● melhoria na dissipação do calor, por exemplo, pela divisão da substância em porções menores;
Os materiais de fabricação que reagem de forma perigosa com as substâncias que estiverem sendo
processadas devem ser evitados.
Para as medidas de proteção contra os riscos devido a impactos e atrito envolvendo oxidação
(ferrugem) e metais leves (como alumínio, magnésio ou outras ligas), ver 6.4.
NOTA Materiais que não são normalmente pirofóricos podem se tornar pirofóricos sob determinadas con-
dições, por exemplo, na armazenagem de enxofre contendo produtos de petróleo ou na moagem de metais
leves em atmosferas inertes.
7 Considerações adicionais
7.1 Depósito de poeiras e outros materiais no interstício de partes móveis
A avaliação do risco de ignição deve considerar o risco de ignição que é proveniente de poeiras
ou outros materiais depositados entre duas partes móveis ou de uma parte móvel e outra parte
fixa. Se a poeira ou outro material permanecer em contato com a mesma parte móvel por um longo
período de tempo, esta pode aquecer e causar a queima da poeira depositada ou outro material que
posteriormente pode causar a ignição de uma atmosfera explosiva. Mesmo partes que se movem
devagar podem causar um elevado aumento de temperatura
Em certos tipos de equipamentos de manipulação de poeiras, esse tipo de risco de ignição não pode
ser evitado. Neste caso, uma ou mais medidas protetivas devem ser utilizadas.
A avaliação do risco de ignição deve considerar o risco de ignição que é proveniente de poeiras ou
outros materiais depositados ou revestidos entre os componentes fixos de um corta-chamas.
NOTA Corta-chamas autônomos são definidos pela ABNT NBR ISO 16852.
Invólucros que podem ser abertos mais rapidamente que o tempo necessário para uma fonte de ignição
se tornar não efetiva (por exemplo, para permitir o resfriamento das partes quentes internas para uma
temperatura de superfície abaixo da classe de temperatura marcada ou da máxima temperatura de
superfície na marcação do equipamento), devem ser marcados com o aviso em b) da Tabela 11.
Alternativamente, o equipamento pode ser marcado com o aviso de c) da Tabela 11.
NOTA A informação anterior sobre marcação também é requerida que seja incluída no manual, de acordo
com a Seção 10.
7.4.1 Generalidades
Os seguintes requisitos, e também aqueles de 8.3, devem ser aplicados para invólucros não metálicos
e partes não metálicas de equipamentos que sejam relevantes, de acordo com a avaliação de risco
Projeto em Consulta Nacional
de ignição, para proteção contra explosão, por exemplo, partes plásticas, janelas de vidro etc., e para
camadas não condutivas em partes metálicas.
Os materiais devem ser especificados e documentados de acordo com 9.1. Esta especificação deve
incluir os detalhes de especificação apresentados para invólucros não metálicos e partes de invólucros
da ABNT NBR IEC 60079-0.
Como alternativa ao índice de temperatura TI, o índice de temperatura relativo (RTI-mecânico) pode
ser determinado de acordo com a ANSI/UL 746B.
Elastômeros devem ter uma faixa de temperatura de operação contínua (COT- continuous operating
temperature) que inclui a temperatura mínima, que é abaixo ou igual à temperatura mínima de serviço,
e a temperatura máxima, que é ao menos 20 K acima da temperatura máxima de serviço.
Deve ser assegurado que as partes necessárias para manter o nível de proteção contra explosão
não possam ser removidas sem intenção ou inadvertidamente. Isso pode ser alcançado, como por
exemplo, o uso de fechos que necessitam de uma ferramenta ou chave para serem removidos.
NOTA Visores de vidro são comumente utilizados para verificar o status (por exemplo, nível, qualidade)
de agentes lubrificantes utilizados para equipamentos com partes rotativas.
Antes da tomada de decisão sobre o ensaio a realizar, deve ser verificado se o dano de um visor de
vidro é provável de acontecer, dependendo de sua localização e posição de montagem, e se o dano
pode resultar em:
a) perda de líquidos que podem levar a funcionamento seco espontâneo e não seja possível ser
detectada em um ciclo de manutenção de rotina ou
b) uma autoignição do produto que vazou porque entrou em contato com superfícies quentes e
portanto pode agir como uma fonte de ignição para a atmosfera explosiva.
Se a perda de líquido não é perigosa de acordo com a) ou autoignição não é relevante de acordo
com b), um visor de vidro danificado não é considerado crítico para o tipo de proteção e um ensaio de
impacto de acordo com 8.3.1 não precisa ser realizado.
Projeto em Consulta Nacional
Para equipamentos projetados para serem desenergizados quando uma atmosfera explosiva é
detectada, o manual deve incluir orientações sobre:
●● prevenção de riscos de ignição que podem ser causados como resultado da desenergização.
8 Verificações e ensaios
8.1 Generalidades
Não é necessário repetir os ensaios que já tenham sido conduzidos em componentes Ex.
NOTA Devido aos fatores de segurança incorporados nos tipos de proteção, a incerteza de medição
inerente à boa qualidade de equipamentos de medição calibrados regularmente é considerada não ter efeito
prejudicial significativo e não precisa ser levada em conta ao fazer as medições necessárias para verificar
a conformidade do equipamento com os requisitos da parte aplicável da ABNT NBR ISO 80079.
8.2.1 Generalidades
A temperatura máxima de superfície deve ser determinada sob as condições mais adversas, na carga
mais desfavorável, definidas pelo fabricante e de acordo com o EPL. A determinação da temperatura
máxima de superfície deve levar em conta o funcionamento normal para equipamentos EPL Gc e
Dc, mau funcionamento esperado para equipamentos EPL Gb e Db e de ambos os defeitos, maus
funcionamentos esperados e raros para equipamentos EPL Ga e Da e quaisquer medidas adicionais
para controlar ou limitar a temperatura máxima da superfície.
As condições adversas definidas pelo fabricante devem considerar o ciclo de trabalho e a máxima
sobrecarga contínua que pode ocorrer sem ativar os dispositivos de proteção de sobrecarga.
Da mesma forma para o Grupo I, EPL Mb, a determinação da temperatura máxima da superfície deve
levar em conta os maus funcionamentos previstos que não sejam possíveis de ser ignorados em
virtude do equipamento que está sendo projetado para ser desenergizado em caso de uma atmosfera
explosiva.
A medição das temperaturas da superfície e temperaturas de outras partes, conforme indicada nesta
Norma e nas Normas específicas para os tipos de proteção pretendido, deve ser feita ainda no ar,
com o equipamento montado na sua posição normal de serviço. O movimento do ar, devido à função
do equipamento, é permitida. A temperatura do ponto mais quente do equipamento em contato com
a atmosfera explosiva deve ser determinada resultando na temperatura de superfície mais elevada.
Projeto em Consulta Nacional
Para equipamentos que podem normalmente ser utilizados em diferentes posições, a temperatura
em cada posição deve ser determinada e a temperatura mais alta deve ser considerada. Quando
a temperatura é determinada apenas para certas posições, esta situação deve ser especificada no
relatório de ensaio e instruções. O equipamento deve também ser marcado - com a inclusão do
símbolo de marcação “X” como detalhado em 11.2-I).
NOTA 1 A informação de marcação citada também é incluída nas instruções como requerido na Seção 10.
Considera-se que a temperatura final é atingida quando a taxa de elevação da temperatura não
excede 2 K/h ou após a operação de qualquer dispositivo limitador de temperatura que faz parte do
equipamento.
Onde não exista um dispositivo limitador de temperatura, o resultado deve ser corrigido para a
temperatura ambiente máxima especificada na classificação pela adição da diferença entre a
temperatura ambiente utilizada no ensaio e a temperatura ambiente nominal para a temperatura
medida.
b) Para equipamentos do Grupo II, EPL Ga, 80 % da temperatura máxima de superfície marcada
ou 80 % da temperatura máxima de superfície correspondente à classe de temperatura marcada
ou 80 % da temperatura de autoignição, em graus Celsius, da substância indicada na marcação.
NOTA 2 Este fator de segurança aumentado para equipamentos mecânicos EPL Ga, comparado com
equipamentos elétricos, é necessário, uma vez que os maus funcionamentos mecânicos que necessitam
ser considerados para equipamentos EPL Ga, não são facilmente representados pela determinação da
temperatura de superfície.
i) menor que 5 K para classes de temperatura T6, T5, T4 e T3 (ou temperatura máxima de
superfície marcada ≤ 200 °C), e
d) Para equipamentos do Grupo III: a temperatura máxima de superfície marcada no equipamento,
a qual deve ser a temperatura máxima de superfície real.
Onde a medição direta da temperatura de superfície não pode ser praticada, outros métodos podem
ser aplicados, como por exemplo: por meio de cálculos.
Projeto em Consulta Nacional
8.2.2.1 Generalidades
Em casos especiais, os limites das temperaturas descritas anteriormente podem ser excedidos se
houver evidência documentada de que a atmosfera explosiva pode não ser inflamada pela superfície
aquecida considerada.
A amostra deve ser ensaiada para demonstrar que ela não causa autoignição de uma mistura inflamável
quando ensaiada na presença de uma mistura de gás/ar especificada como descrito em 8.2.2.2.
A avaliação deve incluir as condições de acordo com o EPL requerido, fornecidas em 8.2.1.
Ensaios de ignição são conduzidos para determinar a temperatura em que a autoignição ocorre
ou para determinar a máxima temperatura que não ocorre a autoignição. As seguintes margens de
segurança são aplicadas para esta temperatura:
Estas margens de segurança devem ser garantidas por meio de experiência de partes similares ou por
ensaios do próprio equipamento em misturas representativas para a classe de temperatura específica.
8.2.2.2 Procedimento
O ensaio deve ser realizado com a parte do equipamento atendendo a uma das seguintes condições:
a) montado no equipamento como pretendido e precauções devem ser tomadas para garantir que a
mistura do ensaio esteja em contato com a parte a qual se deseja ensaiar, ou
b) montado em um modelo que garanta resultados representativos. Neste caso, esta simulação
deve levar em conta o efeito de outras partes do equipamento na proximidade da peça que está
sendo ensaiada que afeta a temperatura da mistura e o fluxo da mistura ao redor da parte que
está sendo ensaiada como um resultado de ventilação e efeitos térmicos.
A parte do equipamento deve ser ensaiada sob condição normal de operação ou sob condições de mau
funcionamento especificadas na Norma para o tipo de proteção que produz a mais alta temperatura
de superfície. O ensaio deve ser continuado, quer até que o equilíbrio térmico do componente e das
partes circundantes seja atingido ou até a temperatura do componente cair.
Onde a falha de componente provoca a queda de temperatura, o ensaio deve ser repetido cinco vezes
em cinco amostras adicionais do componente. Onde, em operação normal ou sob condições de mau
funcionamento especificadas na Norma para o tipo de proteção, a temperatura de mais de uma parte
exceder a classe de temperatura do equipamento, o ensaio deve ser realizado com todas as partes
nas suas máximas temperaturas.
A margem de segurança requerida em 8.2 deve ser atingida ou pela elevação da temperatura
ambiente na qual o ensaio está sendo realizado ou, quando possível, pela elevação da temperatura
do componente sob ensaio e outras superfícies adjacentes relevantes pela margem requerida.
Para o Grupo I, a mistura do ensaio deve ser uma mistura homogênea entre 6,2 % e 6,8 %, v/v metano
e ar.
Projeto em Consulta Nacional
a) uma mistura homogênea entre 22,5 % e 23,5 % v/v de éter dietílico e ar, ou
b) uma mistura de éter dietílico e ar obtida pela evaporação intencional de uma pequena quantidade
de éter dietílico dentro da câmara de ensaio enquanto o ensaio de ignição estiver sendo conduzido.
Para outras classes de temperatura, uma mistura adequada de ensaio deve ser selecionada.
A aparência de uma chama fria deve ser considerada com uma ignição. A detecção de uma ignição
deve ser, quer por inspeção visual ou por medição da temperatura, como por exemplo, por meio de
um termopar.
Quando uma peça de equipamento é submetida a ensaio correspondente com o baixo risco de um
perigo mecânico, ela deve ser marcada com a letra “X” de acordo com 11.2-I).
A maioria das aplicações para o Grupo I podem ser consideradas como de alto risco e, convém
que, qualquer ensaio de resistência ao impacto seja feito em um nível de risco alto, exceto onde o
fabricante, claramente, especifica as circunstâncias especiais que permite que níveis de risco baixo
sejam aplicados.
Além de serem submetidos ao ensaio de resistência ao impacto de acordo com 8.3.1, equipamentos
de mão ou equipamentos carregados junto ao corpo, prontos para utilização, devem ser submetidos
ao ensaio de queda da ABNT NBR IEC 60079-0 onde o termo “equipamentos elétricos”, usado por
este ensaio, deve ser considerado como “equipamento não elétrico”.
O ensaio de resistência ao impacto e o ensaio de queda não podem produzir danos que invalidem o
nível de proteção do equipamento.
Após o ensaio do equipamento, peças fundidas e componentes não podem ser deslocados ou
deformados causando contato com as partes móveis.
Quando, de acordo com esta Norma ou com as normas específicas do tipo de proteção, relacionadas
Projeto em Consulta Nacional
na Seção 1, ensaios devem ser realizados como uma função da máxima e mínima temperatura de
serviço permissível, estas temperaturas de ensaio devem ser:
●● para a maior temperatura, a máxima temperatura de serviço (ver 6.2.2) acrescida de pelo menos
10 K, mas não mais do que 15 K;
●● para a menor temperatura, a mínima temperatura de serviço (ver 6.2.2) reduzida de pelo menos
5 K, mas não mais do que 10 K.
●● duas amostras devem ser submetidas ao ensaio de resistência térmica ao calor (ver 8.4.4), ao
ensaio de resistência térmica ao frio (ver 8.4.5), aos ensaios mecânicos (ver 8.4.7) e finalmente
aos ensaios específicos para o tipo de proteção Ex pretendido;
●● duas amostras devem ser submetidas aos ensaios de resistência a óleos e graxas (ver 8.4.6),
aos ensaios mecânicos (ver 8.4.7) e finalmente aos ensaios específicos para o tipo de proteção
Ex pretendido;
●● duas amostras devem ser submetidas aos ensaios de resistência dos fluidos hidráulicos para
aplicação em mineração (ver 8.4.6), aos ensaios mecânicos (ver 8.4.7) e finalmente aos ensaios
específicos para o tipo de proteção Ex pretendido.
Os ensaios devem ser realizados em duas amostras as quais devem ser submetidas aos ensaios
de resistência térmica ao calor (ver 8.4.4), aos ensaios de resistência térmica ao frio (ver 8.4.5),
aos ensaios mecânicos (ver 8.4.7) e finalmente aos ensaios específicos para o Tipo de Proteção Ex
pretendido.
Temperatura de
serviço Condição do ensaio Condição alternativa do ensaio
Ts
Projeto em Consulta Nacional
0
672+30 h
Ts ≤ 70 °C a (90 ± 5) % , UR
a Ts (20 ± 2) °C
(mas com temperatura de ensaio não menor que 80 °C)
0
504+30 h
0 a (90 ±5) % UR
672+30 h
70 °C < Ts ≤ 75 °C a (90 ±2) °C
a (90 ± 5) % UR 0
seguido por 336+30 h seco
a Ts (20 ±2) °C
a Ts (20 ±2) °C
0 0
336+30 h 504+30 h
a (90 ± 5) % UR a (90 ± 5) % UR
Ts > 75 °C a (95 ± 2) °C, a (90±2) °C
0 0
seguido por 336+30 h seco seguido por 336+30 h h seco
a Ts (20 ± 2) °C a Ts (20 ± 2) °C
Ts é a temperatura definida em 3.8 e NÃO pode incluir o aumento indicado em 8.4.1
Na conclusão do ensaio de acordo com a Tabela 9, os invólucros ou partes dos invólucros em materiais
não metálicos que foram ensaiados devem ser submetidos a (20 ± 5) °C e umidade relativa de
0
(50 ± 5) % por 24+48 h , seguido pelo ensaio de resistência térmica ao frio (8.4.5).
NOTA 1 Os valores de ensaios dados na Tabela 9 incluem duas condições de ensaios. As condições
mostradas na segunda coluna foram utilizadas nas edições anteriores da ABNT NBR IEC 60079-0:2013
e permitam que os resultados de ensaios obtidos anteriormente permaneçam válidos para esta edição.
As condições mostradas na terceira coluna foram adicionadas para permitir ensaio a condições de temperatura/
umidade que são mais prontamente atingíveis por meio de um aumento no tempo do ensaio.
NOTA 2 É geralmente conhecido que vidro e materiais cerâmicos não são adversamente afetados pelo
ensaio de resistência térmica ao calor, e o ensaio pode não ser necessário.
A resistência térmica ao frio deve ser determinada submetendo-se o invólucro e partes de invólucros
de materiais não metálicos, dos quais o tipo de proteção depende, ao acondicionamento por 24h +20
em uma temperatura correspondente à mínima temperatura de serviço reduzida, de acordo com 8.4.1.
NOTA É geralmente conhecido que vidro e materiais cerâmicos não são adversamente afetados pelo
ensaio de resistência térmica ao frio, e o ensaio pode não ser necessário.
Ao final do ensaio, as amostras do invólucro em questão devem ser removidas do banho líquido,
cuidadosamente enxugadas e depois acondicionadas por (24 ± 2) h no ambiente do laboratório.
Projeto em Consulta Nacional
Subsequentemente, cada uma das amostras do invólucro deve passar pelos ensaios mecânicos de
acordo com 8.4.7.
No caso de partes não metálicas de equipamentos relevantes ao nível de proteção, ensaios mecânicos
devem ser realizados de acordo com 8.3.
●● Os pontos de impacto devem ser nas partes externas potencialmente expostas ao impacto.
Se o invólucro de material não metálico é protegido por um outro invólucro, somente as
partes externas da montagem deve ser submetida aos ensaios de impacto;
O ensaio de queda para equipamentos de mão ou carregados junto ao corpo, devem ser realizados
na menor temperatura de ensaio, de acordo com 8.4.1.
9 Documentação
9.1 Documentação técnica
O fabricante deve preparar documentos que forneçam uma especificação completa e correta dos
aspectos de segurança à explosão do equipamento.
Esta documentação deve incluir relatório de avaliação do risco de ignição e, quando necessário, os
itens a seguir devem estar de acordo com este relatório:
●● descrição do equipamento;
O fabricante deve realizar verificações ou ensaios necessários para garantir que o equipamento não
elétrico seja produzido em conformidade com a documentação técnica.
NOTA Não é a intenção desta subseção exigir 100 % de inspeção das partes. Métodos estatísticos
podem ser empregados para verificar a conformidade.
9.3 Certificado
O fabricante deve preparar, ou ter preparado, um certificado confirmando que o equipamento está
em conformidade com os requisitos desta Norma, juntamente com as suas outras partes aplicáveis
e Normas adicionais mencionadas na Seção 1. O certificado pode se referir a equipamento Ex ou
componente Ex.
Ao marcar o equipamento de acordo com a Seção 11, o fabricante atesta a sua própria responsabilidade
de que o equipamento foi construído de acordo com os requisitos aplicáveis em Normas pertinentes
de segurança.
10 Instruções
A documentação que atende aos requisitos de 9.1 deve incluir instruções que forneçam no mínimo as
seguintes características:
●● uma recapitulação da informação com a qual o equipamento está marcado, exceto o número de
série (ver Seção 11), juntamente com qualquer informação adicional adequada para facilitar a
manutenção (por exemplo, endereço do importador, da assistência técnica etc.);
—— colocação em serviço;
—— utilização;
—— montagem e desmontagem;
—— manutenção;
—— instalação;
—— ajuste;
Projeto em Consulta Nacional
—— detalhes que permitem que uma decisão seja tomada para identificar se o equipamento pode
ser utilizado com segurança na área pretendida sob as condições operacionais previstas;
●● quando necessário, as características essenciais das ferramentas que podem ser montadas no
equipamento;
●● uma lista das normas, incluindo a data de emissão, com a qual o equipamento é declarado
conforme. O certificado pode ser usado para satisfazer a este requisito;
11 Marcação
11.1 Localização
O equipamento deve ser marcado legível e indelevelmente na parte principal no exterior do equipa-
mento e deve estar visível antes da instalação do equipamento.
NOTA 2 Quando a marcação for localizada em uma parte removível do equipamento, uma marcação em
duplicidade no interior do equipamento pode ser útil durante a instalação e manutenção ajudando a evitar
confusão com equipamentos similares. Orientação adicional para equipamentos extremamente pequenos e
componentes Ex é fornecida na ABNT NBR IEC 60079-0 e em 11.4.
11.2 Generalidades
f) para equipamento Grupo II, o símbolo indicando a classe de temperatura ou a temperatura
máxima de superfície em graus Celsius, ou ambos. Quando a marcação inclui ambos, a classe de
temperatura deve ser marcada por último entre parênteses. Acessórios utilizados para conexão
de partes de equipamentos não necessitam ser marcados com classe de temperatura;
Equipamento para Grupo II, com temperatura máxima de superfície maior que 450 °C, deve
ostentar somente a inscrição da temperatura máxima de superfície em graus Celsius e a unidade
de medida °C. Exemplo: 600 °C.
Equipamento para Grupo II, projetado e marcado para uso com um gás em particular, não precisa
ter uma temperatura de referência.
Onde a real temperatura máxima de superfície não depende do equipamento em si, mas prin-
cipalmente das condições de operação (como um fluido aquecido em uma bomba), uma única
classe de temperatura ou máxima temperatura de superfície não pode ser marcada pelo fabricante.
Uma referência a esta situação deve ser incluída na marcação pelo uso da marcação de uma
faixa T ou uma faixa de temperatura (por exemplo, T6…T4 ou 85 °C…150 °C) e a informação
relevante deve ser dada nas Instruções;
g) para equipamento do Grupo III, a temperatura máxima de superfície em graus Celsius e a unidade
de medida °C precedida da letra “T” (por exemplo, T90 °C);
h) o EPL “Ma”, “Mb”, “Ga”, “Gb”, “Gc”, “Da”, “Db” ou “Dc” como apropriado;
i) onde apropriado, para equipamentos do Grupo I, II e III, a marcação da temperatura ambiente
como indicado na Tabela 10:
Temperatura ambiente
Equipamento Marcação adicional
em serviço
Máxima: + 40 °C
Normal Nenhuma
Mínima: – 20 °C
Declarada pelo fabricante Ta ou Tamb com a faixa especial, por
Especial e especificada nas exemplo, “0 °C ≤ Ta ≤ 60 °C”, ou o
instruções de uso símbolo “X”
j) um número de série (um número de lote pode ser considerado como alternativa ao número de
série);
NOTA 2 Para algumas certificações regionais de terceira parte, o caractere de separação “.” é algumas
vezes substituído por outro designador de separação como “ATEX”.
Projeto em Consulta Nacional
l) se Condições Específicas de Utilização forem aplicáveis, o símbolo “X” deve ser mencionado após
a referência do certificado descrita em k). O uso de uma marcação de advertência informando
instruções apropriadas pode ser usada como uma alternativa ao requisito de marcação “X”;
NOTA 3 A intenção é que os requisitos para Condições Específicas de Utilização, por exemplo,
posição de montagem, sejam passadas ao usuário junto com qualquer outra informação relevante nas
Instruções de Uso.
m) qualquer marcação adicional determinada nas Normas específicas para os Tipos de Proteção
relativos, como descritos na Seção 1;
n) as marcações de c) a h) devem ser inseridas na mesma linha na ordem que cada uma é informada
em c) a h) e cada uma deve ser separada por um pequeno espaço.
Onde qualquer uma das marcações de advertência a seguir forem requeridas no equipamento, o
texto como descrito na Tabela 11, seguido da palavra “ATENÇÃO”, pode ser substituídos por texto
tecnicamente equivalente. Múltiplos avisos podem ser combinados em um aviso equivalente.
Em equipamentos muito pequenos onde o espaço é limitado, uma redução na marcação é permitida e
todas as demais marcações podem ser fornecidas na embalagem e nos documentos que acompanham,
mas ao menos as seguintes informações são requeridas no equipamento em si:
Equipamentos não elétricos de acordo com esta Norma para EPL Gb, para uso em atmosferas
explosivas do Grupo IIB e temperatura de ignição superior a 135°C.
Anexo A
(informativo)
A.1.1 EPL Ma
Aplicar os requisitos apropriados desta Norma. Se apenas um tipo de proteção não for adequado para
fornecer proteção para EPL Ma, será necessário empregar simultaneamente dois tipos de proteção.
A.1.2 EPL Mb
Identificação das fontes potenciais de ignição que são efetivas, ou que possam se tornar efetivas, em
operação normal e em mau funcionamento previsto, no evento de condições de operação severas
como aquelas resultantes de manuseio inadequado e mudanças nas condições ambientais.
Se fontes de ignição efetivas forem identificadas, aplicar os requisitos apropriados para ao menos o
nível de proteção Mb de uma das normas para o específico tipo de proteção de ignição informado na
Seção 1.
Identificação das fontes potenciais de ignição que são efetivas, ou que possam se tornar efetivas, em
operação normal, em casos de mau funcionamento previsto e em casos de mau funcionamento raro.
Se fontes de ignição efetivas forem identificadas, aplicar os requisitos apropriados para ao menos EPL
Ga e Da de uma das normas para o específico tipo de proteção contra ignição informado na Seção 1
desta Norma. Se apenas um tipo de proteção não for adequado para fornecer proteção para EPL Ga
ou Da, é necessário empregar simultaneamente dois tipos de proteção independentes, cada um deles
adequado para EPL Gb ou Db, de acordo com Seção 5.
Identificação das fontes potenciais de ignição que forem efetivas ou que possam se tornar efetivas em
operação normal e em casos de mau funcionamento previsto.
Se fontes de ignição efetivas forem identificadas, aplicar os requisitos apropriados para ao menos EPL
Gb e Db de uma das normas para o específico tipo de proteção contra ignição informados na Seção 1.
Identificação das fontes potenciais de ignição que são efetivas ou que possam se tornar efetivas em
operação normal.
Se fontes de ignição efetivas forem identificadas, aplicar os requisitos apropriados para ao menos EPL
Projeto em Consulta Nacional
Gc ou Dc de uma das normas para o específico tipo de proteção contra ignição informado na Seção 1.
Anexo B
(informativo)
B.1.1 Generalidades
Não é obrigatório efetuar os registros sobre a avaliação do risco de ignição em um modo específico.
Mas é útil efetuar os registros de uma forma bem estruturada, de modo a assegurar a clareza e
compreensão. Entretanto, o uso de uma tabela é recomendável para representar a estrutura do
procedimento de avaliação e, deste modo, permitindo fácil reavaliação e auxiliando a compilação dos
documentos técnicos.
O Anexo C mostra diferentes exemplos de registros de avaliação do risco de ignição usando um esquema
de registros. Com isso é possível proceder de uma maneira clara, para estruturar metodicamente e
identificar afirmativas, medidas e evidências, por exemplo, partes essenciais da documentação técnica.
Entretanto, deve facilitar o preenchimento objetivo dos requisitos pelos fabricantes. Esta maneira de
relatório fornece todas as informações necessárias para assimilação e não pode requerer informações
adicionais além desta Tabela.
NOTA O relatório de avaliação de risco apresentado no Anexo C desta Norma é somente uma das
alternativas. Diferentes formas de relatórios são possíveis, desde que os requisitos sejam completamente
abrangidos (ver 5.2.6). Partes não utilizadas da Tabela podem ser deixadas em branco ou podem ser
removidas.
1) identificação dos riscos de ignição (análises dos riscos de ignição e de suas causas);
2) estimativas e avaliações preliminares dos riscos de ignição (estimativa dos riscos de ignição
determinada na etapa 1, relativa à frequência de sua ocorrência e comparação com o EPL
pretendido);
3) determinação das medidas (determinação de medidas de proteção, se necessárias, para redução
da probabilidade do risco de ignição, de acordo com a etapa 2);
4) estimativa final do risco de ignição e categorização (estimativa dos riscos de ignição relativas
à frequência de sua ocorrência após a inclusão das medidas de proteção indicadas na etapa 3);
adicionais de proteção, o processo de avaliação necessita ser revisado, de forma a verificar as novas
falhas potenciais ou riscos de ignição. Convém que atenção particular seja dada para novas interde-
pendências ou combinações de mau funcionamento, se aplicável para o EPL pretendido.
Esta etapa resultará em uma lista completa com todas as fontes de risco de ignição aplicáveis ao
equipamento que está sendo avaliado (ver Seção 4, 5.2.1 e Seção 6). A princípio, convém que a lista
das fontes de ignição conhecidas, representando os diferentes mecanismos físicos de ignição seja
avaliada (ver Tabela B.1). Convém que sejam determinados os possíveis tipos de fontes de ignição
(ver Tabela B.2, Coluna 1-a).
Relacionadas com
Fontes de ignição possíveis o equipamento Motivo
Sim/Não
No interior e no exterior –
Compressão de gás inflamável, atrito
Superfícies quentes Sim
das palhetas, ingresso de material
particulado
Partículas podem produzir pontos
Centelhas mecânicas Sim
quentes
Temperatura da compressão interna a
Externo: Não ser medida – temperatura do gás
Chamas, gases quentes
Interno: Sim a ser medida diretamente no ponto de
exaustão
Centelhas elétricas Não Não presente
Correntes elétricas parasitas e
Não Não presente
proteção catódica contra corrosão
Palhetas, vedações, filtros dos gases
Eletricidade estática Sim
de exaustão, válvula do tipo boia
Descargas atmosféricas Não Não presente
Ondas eletromagnéticas Não Não presente
Radiação ionizante Não Não presente
Relacionadas com
Fontes de ignição possíveis o equipamento Motivo
Sim/Não
Projeto em Consulta Nacional
Subsequentemente, convém que estas fontes de ignição sejam consideradas separadamente com
relação às diferenças em:
●● variações construtivas;
●● condições de operação ou ciclos de carga, incluindo suas variações (regime de partida, parada,
ciclos de carga etc.);
●● influências do meio ambiente (temperatura, pressão, umidade, fonte de alimentação de energia etc.);
●● parâmetros dos materiais ou suas interdependências (metálicos, não metálicos, líquidos eletros-
taticamente carregáveis etc.);
1 2
Análise do risco de Avaliação da frequência de ocorrência sem a aplicação
ignição de medidas adicionais
Projeto em Consulta Nacional
a b a b c d e
Descrição da
funcionamento raro
causa básica
operação normal
funcionamento
Não relevante
Durante mau
Durante mau
Razões para
No.
previsível
avaliação
Durante
Fonte de
ignição (Quais
potencial condições
originaram
o risco de
ignição?)
Sem carregamento
Partes de
durante a operação
material não
normal; material é
metálico com
Descarga uma parte externa
1 resistência X
eletrostática do invólucro;
de superfície
carregamento pode
superior a
ser feito por uma
109 Ω
pessoa (operador).
Características construtivas (por exemplo, material não condutivo com resistência inferior a 1 GΩ)
podem ser adotadas desde que não sejam substituídas porque são necessárias por outras razões
(ver a Tabela B.2, Coluna 1 b). Tipos de Proteção como à prova de explosão “d” (ver ABNT NBR IEC
60079-1) ou Controle de fonte de ignição “b” (ver ABNT NBR ISO 80079-37) não convém que sejam
considerados neste primeiro passo. De outra maneira pode ser ignorado que essas medidas não são
necessárias ou que outras medidas são mais efetivas ou podem reduzir custos. Para a análise de risco
de ignição, convém que todas as fontes de informação disponíveis sejam usadas (discussões com
especialistas de laboratórios, universidades, usuários, outros fabricantes etc.) e todos os exemplos
acessíveis sejam examinados. No caso de equipamento muito complexo, convém que uma análise
do risco de ignição seja complementada por um ou mais métodos sistemáticos como FMEA ou FTA.
NOTA A IEC 60812, pertinente ao FMEA (Failure Mode and Effect Analysis), e a IEC 61025, pertinente ao
FTA (Fault tree analysis), se aplicam a estes métodos sistemáticos.
Nesta etapa os riscos de ignição individuais são avaliados para determinar com qual frequência uma
fonte de ignição individual pode se tornar efetiva (ver a Tabela B.2, Coluna 2). Ao fazer isto, as fontes
de ignição são consideradas exatamente na forma em que são estabelecidas na Coluna 1, ou seja,
sob a inclusão das características construtivas que serão aplicadas em qualquer caso. Do resultado da
estimativa preliminar de risco de ignição [ver a Tabela B.2, Coluna 2-a) a d)], fica claro quais medidas
adicionais são necessárias na etapa 3 a fim de atender o EPL desejado. Na Tabela B.2, Coluna 2
e, as razões para os resultados da avaliação podem ser reportadas, se não forem autoexplicativas
(ver 5.2.6).
Os resultados das estimativas individuais e as decisões podem não ser de validade geral, por exemplo,
para um grupo completo de produtos como bombas, freios ou engrenagens. Como regra geral, estes
Se a avaliação mostrar que a aplicação é necessária para alcançar o EPL desejado, medidas
protetivas adequadas são determinadas nesta etapa (ver Tabela B.3, Coluna 3). É necessário para
definir estas medidas de tal modo que possíveis fontes de ignição não possam se tornar efetivas ou a
probabilidade destas fontes de ignição se tornarem efetivas seja suficientemente baixa. Convém que
estas medidas não sejam confundidas com tipos de proteção de acordo com a lista na Seção 1. O termo
medidas protetivas significa, em um sentido mais amplo, medidas com o propósito de proteção contra
explosão. Portanto, os termos contem também todas as medidas durante a fase de colocação em
serviço, manutenção e reparo, operação, avisos de atenção, investigações experimentais fornecendo
evidências etc. que diminuem a probabilidade de fontes de ignição se tornarem efetivas. Tipos de
proteção são apenas um subconjunto das medidas.
3 4
Medidas aplicáveis para prevenir que a fonte de Frequência da ocorrência incluindo todas as
ignição se torne efetiva medidas
a b c a b c d e f
Referências
para considerações
funcionamento raro
Em respeito a este
Durante operação
(normas,
Não necessário
risco de ignição
Documentação
funcionamento
EPL resultante
Durante mau
Durante mau
necessárias
Restrições
adicionais
regras Técnica
previsível
Descrição
normal
técnicas,
da ‒ (evidência incluindo
resultados
medida recursos listados na
experimentais
coluna 3 a)
conhecidos
da literatura)
‒ especificações
Maior do material (7.42 e
área ISO 80079-36,
7.4.3); IIB
menor 6.7.5 c), 7.4.2 X Ga Da
‒ lista de peças, IIIC
que e 7.4.3
posição Z;
2 500 mm2
‒ Desenho N° Y
A Tabela B.3 inclui a descrição da medida (ver Tabela B.3, Coluna 3 a), a referência mostrando a capa-
cidade da medida em evitar ou reduzir o risco de ignição (ver Tabela B.3, Coluna 3 b) e o link para as
especificações necessárias ou evidências para a inclusão na documentação técnica (ver Tabela B.3,
Coluna 3 c). Convém que o link para as especificações necessárias ou evidências seja fornecido para
cada medida, a fim de cumprir os requisitos para a documentação técnica. Durante a compilação da
documentação técnica, convém que atenção seja dada aos seguintes aspectos:
Nesta etapa, uma conclusão da estimativa de risco de ignição individual (apenas uma única linha
da tabela de avaliação) é realizada em relação à frequência de sua ocorrência, considerando a
informação relatada nas etapas 1 e 2 e as medidas determinadas na etapa 3 [ver Tabela B.3, Coluna
4-a) a d)]. A partir deste é seguida diretamente a categorização resultante relativa ao risco de ignição
individual [ver Tabela B.3, Coluna 4-e)]. Além disso, em adição ao EPL determinado, restrições do uso
pretendido são frequentemente necessárias. Estas restrições podem se referir à classe de temperatura
ou máxima temperatura de superfície, a uma subdivisão específica [ver Tabela B.3, Coluna 4-f)] ou,
possivelmente, em uma atmosfera explosiva de uma única substância em que o produto pode ou
não ser utilizado. Além disso, convém que seja dada atenção a outras limitações do uso pretendido
decorrentes da temperatura ambiente, pressão ambiente, fontes de alimentação etc.
Anexo C
(informativo)
É enfatizado que a avaliação dos riscos de ignição seja sempre dependente do projeto específico e do
uso pretendido do produto. Portanto, os exemplos a seguir de avaliações de risco de ignição não são
completos nem diretamente aplicáveis aos produtos específicos sem uma análise detalhada.
Os exemplos atentam aos riscos potenciais de ignição e a sua avaliação. Importância específica é
dada às medidas aplicadas para prevenir que a fonte de ignição se torna efetiva. Para o efeito de
evidência, a identificação e especificação dos componentes causadores dos riscos de ignição e a
descrição das medidas aplicadas formam parte da documentação técnica essencial.
1 2 3 4
Avaliação da frequência de
Medidas aplicadas para evitar que a fonte de Frequência de ocorrência com as
Risco de ignição ocorrência sem aplicação de uma
ignição se torne efetiva medidas aplicadas
medida adicional
a b a b c d e a b c a b c d e f
Descrição/ Base
causa- raiz Documentação
Nº
técnica
Fonte de Descrição (citação de
(quais Razões para a normas,
ignição da medida
raro
raro
previsível
previsível
potencial aplicada
de ignição
Não relevante
Não relevante
de ignição?) experimentais)
—— especificações
Limitando a
Avaliação é do material
resistência
Componentes fornecida por (7.4.2; 7.4.3);
superficial
de material uma norma
para não
não metálico (harmonizada); —— lista de peças,
JUL 2018
X
1 com mecanismos posição:... X
ABNT/CB-003
são excluídos
utilizados
8.4.8
53/97
Projeto em Consulta Nacional Tabela C.2 (continuação)
54/97
1 2 3 4
Avaliação da frequência de
Medidas aplicadas para evitar que a fonte de Frequência de ocorrência com as
Risco de ignição ocorrência sem aplicação de uma
ignição se torne efetiva medidas aplicadas
medida adicional
a b a b c d e a b c a b c d e f
Descrição/ Base
causa- raiz Documentação
Nº técnica
Fonte de Descrição (citação de
(quais Razões para a normas,
ignição da medida
raro
raro
previsível
previsível
potencial aplicada
de ignição
Não relevante
Não relevante
de ignição?) experimentais)
Não carregado
durante
—— especificações
Componentes operação
do material
de material normal;
Maior área (7.4.2; 7.4.3);
não metálico material é uma
Descarga 7.4.2; 7.4.3; Ga
menor que
JUL 2018
(operador)
Projeto em Consulta Nacional
Tabela C.2 (continuação)
1 2 3 4
Avaliação da frequência de
Medidas aplicadas para evitar que a fonte de Frequência de ocorrência com as
Risco de ignição ocorrência sem aplicação de uma
ignição se torne efetiva medidas aplicadas
medida adicional
a b a b c d e a b c a b c d e f
Descrição/ Base
causa- raiz Documentação
Nº
técnica
Fonte de Descrição (citação de
(quais Razões para a normas,
ignição da medida
raro
raro
previsível
previsível
potencial aplicada
de ignição
Não relevante
Não relevante
de ignição?) experimentais)
Exemplos de
processos
onde o
Limitação —— condições
carregamento
do uso específicas
possa gerar
pretendido: para utilização
uma quantia
JUL 2018
significante Regra
Descarga líquidos com IEC/TS Ga
esvaziamento
podem ser Capítulo..,
de vasos,
utilizados Seção....
transferência
de líquidos,
agitação
55/97
Projeto em Consulta Nacional Tabela C.2 (conclusão)
56/97
1 2 3 4
Avaliação da frequência de
Medidas aplicadas para evitar que a fonte de ignição Frequência de ocorrência com as
Risco de ignição ocorrência sem aplicação de uma
se torne efetiva medidas aplicadas
medida adicional
a b a b c d e a b c a b c d e f
Descrição/ Base
causa- raiz Documentação
Nº
técnica
Fonte de (citação de
(quais Razões para Descrição da normas,
ignição
condições a avaliação medida aplicada regras (evidência incluindo
potencial
de ignição
Durante mau
Durante mau
Durante mau
Durante mau
Não relevante
Não relevante
funcionamento raro
funcionamento raro
funcionamento previsível
funcionamento previsível
de ignição?) experimentais)
Critério de
condutividade
e condições de
uso da correia;
limitação da
velocidade
JUL 2018
máxima devido
ABNT/CB-003
por exemplo,
pela exclusão de
conversores de
frequência para
evitar excesso
de velocidade
EPL resultante incluindo todos os riscos existentes de ignição: b b
1 2 3 4
a B a b c d e a b c a b c d e f
Descrição/ Base
causa-raiz Documentação
Nº
técnica
Fonte de Descrição (citação de
(quais Razões para normas,
ignição da medida
condições a avaliação regras (evidência incluindo
potencial aplicada
de ignição
Durante mau
Durante mau
Durante mau
Durante mau
Não relevante
Não relevante
funcionamento raro
funcionamento raro
funcionamento previsível
funcionamento previsível
de ignição?) experimentais)
A temperatura
máxima da
superfície sob —— relatório de
as condições ensaio n°....
mais adversas. Sobre o ensaio
Acionamento Um sistema de de tipo térmico
JUL 2018
ABNT/CB-003
57/97
Projeto em Consulta Nacional Tabela C.3 (continuação)
58/97
1 2 3 4
Avaliação da frequência de
Medidas aplicadas para evitar que a fonte de Frequência de ocorrência com as
Risco de ignição ocorrência sem aplicação de uma
ignição se torne efetiva medidas aplicadas
medida adicional
a B a b c d e a b c a b c d e f
Descrição/ Base
Documentação
causa-raiz
Nº técnica
Fonte de (citação de
(quais Razões para Descrição da normas,
ignição (evidência
condições a avaliação medida aplicada regras
potencial
de ignição
incluindo aspectos
Durante mau
Durante mau
Durante mau
Durante mau
Não relevante
Não relevante
originam técnicas,
relevantes listados
funcionamento raro
funcionamento raro
funcionamento previsível
funcionamento previsível
de ignição?) experimentais)
O rolamento é
calculado de
acordo com a
ISO 281 para
uma vida útil
especificada.
JUL 2018
Um mau
ABNT/CB-003
Rolamento
funcionamento
rolamento de Db
durante “c” ensaio de
esfera raro nestas
operação tipo térmico
condições. A
normal
temperatura
máxima de
superfície é
determinada sob
as condições
mais adversas
(110 °C)
Projeto em Consulta Nacional
Tabela C.3 (conclusão)
1 2 3 4
a B a b c d e a b c a b c d e f
Descrição/ Base
causa-raiz Documentação
Nº
técnica
Fonte de Descrição (citação de
(quais Razões para a normas,
ignição da medida
condições avaliação regras (evidência incluindo
potencial aplicada
de ignição
Durante mau
Durante mau
Durante mau
Durante mau
Não relevante
Não relevante
funcionamento raro
funcionamento raro
funcionamento previsível
funcionamento previsível
de ignição?) experimentais)
A entrada
de energia
mecânica
pode causar
Aquecimento aquecimento.
de um A temperatura —— relatório de
JUL 2018
ABNT/CB-003
Elevação
máxima de
temperatura
ΔT 3 K
EPL resultante incluindo todos os riscos existentes de ignição: b b
a O procedimento de avaliação da conformidade para um sistema de monitoramento de acordo com o controle da fonte de ignição “b” é variável e depende do EPL.
b O EPL resultante não pode ser indicado neste caso.
59/97
Projeto em Consulta Nacional
Tabela C.4 ‒ Casos comuns demostrando o uso do esquema – Centelha mecânica (continua)
60/97
1 2 3 4
Avaliação da frequência de
Medidas aplicadas para evitar que a fonte de ignição se Frequência de ocorrência com
Risco de ignição ocorrência sem aplicação de uma
torne efetiva as medidas aplicadas
medida adicional
a B a b c d e a b c a b c d e f
descrição/
Base
causa-raiz Documentação
Nº
técnica
Fonte de (citação de
(quais Razões para a Descrição da
ignição normas, regras
condições avaliação medida aplicada (evidência incluindo
de ignição
potencial técnicas,
Durante mau
Durante mau
Durante mau
Durante mau
Não relevante
Não relevante
funcionamento Raro
funcionamento Raro
funcionamento previsível
funcionamento previsível
experimentais)
ignição?)
O eixo transmissor
é projetado com um
A quebra do
rolamento adicional
A quebra do rolamento deve
de emergência para
rolamento ser considerada
evitar contato entre
de um um mau —— relatório de
o agitador e o vaso
equipamento
JUL 2018
1 2 3 4
Avaliação da frequência de
Medidas aplicadas para evitar que a fonte de Frequência de ocorrência com as
Risco de ignição ocorrência sem aplicação de uma
ignição se torne efetiva medidas aplicadas
medida adicional
a B a b c d e a b c a b c d e f
descrição/ Base
causa-raiz Documentação
Nº
técnica
Fonte de Descrição (citação de
(quais Razões para a normas,
ignição da medida
condições avaliação regras (evidência incluindo
potencial aplicada
de ignição
Durante mau
Durante mau
Durante mau
Durante mau
Não relevante
Não relevante
funcionamento Raro
funcionamento Raro
funcionamento previsível
funcionamento previsível
ignição?) experimentais)
Atrito
mecânico —— Medidas
A folga
Centelhas não pode construtivas
mínima entre
geradas ser excluído. EN de projeto de
Centelha os elementos Gb
2 mecanicamente X Avaliação é 14986:2005, acordo com X
mecânica rotativos e o Db
pelo atrito de um fornecida por desenho
JUL 2018
4.15
invólucro é
ABNT/CB-003
61/97
Projeto em Consulta Nacional Tabela C.4 (continuação)
62/97
1 2 3 4
a B a b c d e a b c a b c d e f
descrição/ Base
causa-raiz
Nº Documentação técnica
Fonte de Descrição (citação de
(quais Razões para normas,
ignição da medida (evidência incluindo
condições a avaliação regras
potencial aplicada
de ignição
aspectos relevantes
Durante mau
Durante mau
Durante mau
Durante mau
Não relevante
Não relevante
funcionamento Raro
funcionamento Raro
riscos de resultados
Restrições necessárias
funcionamento previsível
funcionamento previsível
ignição?) experimentais)
—— relatório de
ensaio n°. …
sobre o ensaio de
Um invólucro tipo térmico
resistente à
pressão de —— Atestado de
JUL 2018
1 2 3 4
a B a b c d e a b c a b c d e f
descrição/
Base Documentação
causa-raiz
Nº técnica
Fonte de Razões Descrição (citação de
ignição (quais para a da medida normas, regras (evidência
potencial condições avaliação aplicada
de ignição
Durante mau
Durante mau
Durante mau
Durante mau
Não relevante
Não relevante
originam quais
resultados relevantes listados
funcionamento Raro
funcionamento Raro
riscos de
Restrições necessárias
funcionamento previsível
funcionamento previsível
experimentais)
na coluna 1)
EPL resultante deste risco
ignição?)
a a
JUL 2018
63/97
ABNT/CB-003
PROJETO ABNT NBR ISO 80079-36
JUL 2018
Os aspectos sobre a operação normal (EPL Gc) são aquecimentos durante operação contínua com
carga máxima à temperatura ambiente máxima. A pressão do fluido nos pontos de entrada e saída
da bomba deve ser considerada, bem como as características de corrosividade e de temperatura do
fluido processado e bombeado. Se a temperatura máxima de superfície depender não somente da
bomba, mas principalmente do fluido aquecido que estiver sendo bombeado, a classe de temperatura
não pode ser determinada pelo fabricante. Esta deve ser determinada pelo usuário, de acordo com as
informações fornecidas pelo fabricante (ver Seção 10).
Mau funcionamento raro (EPL Ga, não considerado na Tabela C.5), pode ser decorrente de operação
com pressão de “shut-off”, onde a descarga ou a tubulação de saída estiver bloqueada, da falha de
um dispositivo de controle de ignição ou de um risco de ignição recém-criado, em consequência da
combinação de dois maus funcionamentos esperados.
1 2 3 4
Avaliação da frequência de
Medidas aplicadas para evitar que a fonte de ignição Frequência de ocorrência com as
Risco de ignição ocorrência sem aplicação de uma
se torne efetiva medidas aplicadas
medida adicional
a B a b c d e a b c a b c d e f
Descrição/ Base
causa-raiz Documentação
Nº
técnica
Fonte de (citação de
(quais Razões para Descrição da normas,
ignição
condições a avaliação medida aplicada regras (evidência incluindo
potencial
de ignição
Durante mau
Durante mau
Durante mau
Durante mau
Não relevante
Não relevante
funcionamento Raro
funcionamento Raro
funcionamento previsível
funcionamento previsível
de ignição?) experimentais)
A temperatura
máxima de
superfície é
determinada
sob as
A bomba condições mais
JUL 2018
—— relatório de
Perdas temperatura K). Um by-pass
operação
normal menor taxa de
fluxo. O volume
residual mínimo
do tanque de
armazenamento
é especificado.
65/97
Projeto em Consulta Nacional Tabela C.5 (continuação)
66/97
1 2 3 4
a B a b c d e a b c a b c d e f
Descrição/ Base
Nº causa-raiz
Documentação técnica
Fonte de Razões Descrição (citação de
ignição (quais para a da medida normas,
(evidência incluindo
potencial condições avaliação aplicada regras
de ignição
aspectos relevantes
Durante mau
Durante mau
Durante mau
Durante mau
Não relevante
Não relevante
funcionamento Raro
funcionamento Raro
Restrições necessárias
funcionamento previsível
funcionamento previsível
ignição?) experimentais)
—— relatório de
ensaio n°. …
A temperatura sobre o ensaio
máxima de de tipo térmico
superfície é
—— atestado de
determinada
conformidade
JUL 2018
sob as e instruções
ABNT/CB-003
condições do sistema de
1 2 3 4
a B a b c d e a b c a b c d e f
Descrição/ Base
causa-raiz Documentação
Nº
técnica
Fonte de (citação de
Descrição
(quais Razões para normas,
ignição da medida
condições a avaliação regras (evidência incluindo
potencial aplicada
de ignição
Durante mau
Durante mau
Durante mau
Durante mau
Não relevante
Não relevante
funcionamento Raro
funcionamento Raro
funcionamento previsível
funcionamento previsível
de ignição?) experimentais)
A temperatura
máxima de
superfície
(ΔT 30K) é
determinada
sob as
JUL 2018
condições
ABNT/CB-003
máximo são
especificados.
A sobrecarga
é limitada e
desligada antes
de alcançar o
limite da classe
de temperatura
67/97
Projeto em Consulta Nacional Tabela C.5 (continuação)
68/97
1 2 3 4
a B a b c d e a b c a b c d e f
Descrição/ Base
Documentação
causa-raiz
Nº técnica
Fonte de Descrição (citação de
(quais Razões para a normas,
ignição da medida (evidência
condições avaliação regras
potencial aplicada
de ignição
incluindo aspectos
Durante mau
Durante mau
Durante mau
Durante mau
Não relevante
Não relevante
funcionamento Raro
funcionamento Raro
riscos de resultados
Restrições necessárias
funcionamento previsível
funcionamento previsível
ignição?) experimentais)
Somente
Equipamento é utilizado IIB
Motor elétrico Série ABNT
Equipamento elétrico é uma equipamento —— certificado e
4 dentro da X NBR IEC X Gb T3
elétrico possível fonte elétrico com instruções
montagem 60079 Gb
de ignição certificado de
conformidade.
JUL 2018
ABNT/CB-003
O rolamento é
mecânico do
Atrito do uma vida útil n°.:....,
rotor não pode Seção 5 e
rotor em especificada.
Centelha ser excluído. ABNT NBR
5 condições de X Um mau —— desenho n°: X Gb
mecânica A quebra do ISO 80079-37
funcionamento funcionamento .....
rolamento “c”
a seco é geralmente
deve ser
considerado —— sobre o
considerada.
um incidente projeto
raro nestas
condições
Projeto em Consulta Nacional
Tabela C.5 (continuação)
1 2 3 4
a B a b c d e a b c a b c d e f
Descrição/
Base Documentação
causa-raiz
Nº técnica
Fonte de Descrição (citação de
(quais Razões para
ignição da medida normas, regras (evidência
condições a avaliação
potencial aplicada
de ignição
Durante mau
Durante mau
Durante mau
Durante mau
Não relevante
Não relevante
originam
resultados relevantes listados
funcionamento Raro
funcionamento Raro
quais riscos
Restrições necessárias
funcionamento previsível
funcionamento previsível
experimentais)
na coluna 1)
EPL resultante deste risco
de ignição?)
limitação do
uso pretendido: —— instruções
somente capítulo....,
líquidos com seção…..
condutividade
alta
JUL 2018
ATENÇÃO
ABNT/CB-003
69/97
Projeto em Consulta Nacional Tabela C.5 (conclusão)
70/97
1 2 3 4
a B a b c d e a b c a b c d e f
Durante mau
Durante mau
Durante mau
Durante mau
Não relevante
Não relevante
funcionamento Raro
funcionamento Raro
Restrições necessárias
funcionamento previsível
funcionamento previsível
experimentais)
Demais fontes de
7 ... ...
ignição
EPL resultante incluindo todos os riscos existentes de ignição: Gb T3
a Requerida limitação do uso pretendido.
JUL 2018
ABNT/CB-003
Riscos potenciais de ignição gerados por superfícies quentes, centelhas mecânicas e carregamento
eletrostático, como, por exemplo, em um vaso de mistura, são avaliados pelo fabricante. Centelhas
mecânicas podem ser geradas devido a colisões de partes do agitador ou entre as partes do agitador
e o vaso ou por contato entre partes do agitador com contaminantes. Outras possibilidades de contato
com atrito são devidas a vibrações do eixo do agitador, em função de velocidades críticas de rotação,
oscilações externas ou em consequência de falha de rolamento.
O agitador é projetado e fabricado de forma que atenda às suas funções de segurança dentro dos
limites das condições operacionais especificadas pelo fabricante. Se um agitador for, por exemplo,
combinado com vaso não estacionário, pode não ser previsto que o alinhamento básico seja
satisfatório somente com o uso dos manuais de operação. O alinhamento seguro entre as partes
móveis é assegurado pelo projeto conceitual do equipamento. Este requisito pode ser atendido pelo
dispositivo de fixação mecânica e um circuito de segurança. Convém que seja evitada a má utilização
de suportes construtivos do vaso. Convém que agitadores não sejam montados sobre vasos onde
estes não sejam previstos (como, por exemplo, vasos intermediários de materiais).
Equipamentos com EPL Gc não originam fontes de ignição efetivas durante operação normal. Um
exemplo é o carregamento devido à agitação de materiais carregáveis em suspensão e fluidos.
Estes riscos de ignição podem não ser evitados somente pelo projeto do equipamento. Neste caso
convém que a atmosfera explosiva seja evitada, a qual é uma restrição do uso pretendido. A escolha
dos materiais, o dimensionamento adequado e a consideração das distâncias mínimas entre partes
móveis e fixas também são considerados, de forma a se evitar a ocorrência de centelhas mecânicas
e superfícies quentes.
Para atender aos requisitos do EPL Gb, os maus funcionamentos previstos da aparelhagem são
evitados, por exemplo, defeitos de uma vedação com canal lubrificado devido à ausência de
lubrificação. O monitoramento do nível do fluido de lubrificação, incluindo a atuação de um dispositivo de
desligamento é considerado como sendo adequado. Exemplos adicionais para maus funcionamentos
previstos são: desgastes mecânicos, vida útil excedida do sistema de lubrificação ou corrosão.
Para equipamentos com EPL Ga, são considerados a ocorrência de mau funcionamento raro e os
riscos de ignição como consequência da ocorrência de dois maus funcionamentos previstos. Como
exemplo, a falha de rolamento do tipo esfera de um eixo-guia é mencionada aqui. Os rolamentos que
são usados em zona 1 podem ser avaliados para atender aos requisitos de EPL Gb, mas no caso
de uma falha no rolamento podem criar um risco de ignição em zona 0. Ações apropriadas seriam,
por exemplo, um dispositivo de monitoramento contínuo para o rolamento, incluindo uma chave de
desligamento. Outros exemplos são: estabilidade insuficiente, operação não permitida em frequência
crítica de rotação, perda de partes, falhas do dispositivo de segura nça ou a entrada de misturas
explosivas no interior de partes do equipamento não protegidas adequadamente, devido à falha dos
elementos de vedação, por exemplo, gaxetas ou vedações de equipamentos rotativos.
Para equipamentos com EPL Ga, a combinação de dois maus funcionamentos raros ou um mau
funcionamento raro em combinação com um mau funcionamento previsto pode ser desconsiderada.
Nestes casos, um risco de ignição é considerado suficientemente improvável. Exemplos são, de um
lado, o atrito entre o eixo e o vaso, mesmo em casos em que uma rigidez adequada seja utilizada
para as partes que exerçam influência sobre o movimento do eixo e, por outro lado, a operação
na frequência crítica de rotação, mesmo que esta rotação não seja possível, em função do projeto
do agitador.
72/97
1 2 3 4
Avaliação da frequência de ocorrência Medidas aplicadas para evitar que a fonte de Frequência de ocorrência com as
Risco de ignição
sem aplicação de uma medida adicional ignição se torne efetiva medidas aplicadas
a B a b c d e a b c a b c d e f
Descrição/ Base
causa-raiz Documentação
Nº técnica
Fonte de Descrição (citação de
(quais Razões para a normas,
ignição da medida
condições avaliação regras (evidência incluindo
potencial aplicada
de ignição
Durante mau
Durante mau
Durante mau
Durante mau
Não relevante
Não relevante
funcionamento raro
funcionamento raro
funcionamento previsível
funcionamento previsível
de ignição?) experimentais)
Partes condutoras Ligação
—— especificação
isoladas criam equipotencial
do material
um capacitor, entre as
Partes (7.3.2)
o qual, por partes,
Descarga elétricas
1 X exemplo, pode aterramento 6.7.2 X Ga
eletrostática condutoras —— lista de peças,
ser carregado da carcaça,
isoladas posição: …
por indução informação
JUL 2018
(ou desenho
eletrostática a um para a
ABNT/CB-003
nº: …)
perigo estático. instalação
1 2 3 4
Avaliação da frequência de
Risco de Medidas aplicadas para evitar que a fonte de ignição Frequência de ocorrência com as
ocorrência sem aplicação de uma
ignição se torne efetiva medidas aplicadas
medida adicional
a B a b c d e a b c a b c d e f
Descrição/ Base
Documentação
Nº causa-raiz
técnica
Fonte de (citação de
(quais Razões para a Descrição da normas,
ignição (evidência incluindo
condições avaliação medida aplicada regras
potencial aspectos relevantes
de ignição
Durante mau
Durante mau
Durante mau
Durante mau
originam técnicas,
Não relevante
Não relevante
listados na coluna
quais riscos resultados
funcionamento raro
funcionamento raro
1)
Restrições necessárias
experimentais)
funcionamento previsível
funcionamento previsível
de ignição?)
Sem
carregamento
—— especificação
durante
do material
operação
Resistência de (6.7, 7.4.2,
Partes normal;
7.4.3)
superfície
isolantes, por material é a 6.7.5 e
Descarga < 1 GΩ a 50
3 exemplo, de X parte externa X Ga IIB
eletrostática % de umidade Tabela 8 —— lista de peças,
material não do invólucro;
JUL 2018
Limitação do
uso pretendido:
—— condições
somente
específicas
Uso de líquido líquidos com
Carregamento para utilização
carregável tem condutividade
eletrostático segura
Descarga tendência a alta IEC/TS
4 do líquido X X Ga sima
eletrostática estática durante (> 1 000 pS/m) 60079-32-1
durante —— alerta nas
operação podem ser
agitação Instruções,
normal utilizados (como
capítulo...,
alternativa,
seção...
inertização é
necessária)
73/97
Projeto em Consulta Nacional Tabela C.6 (continuação)
74/97
1 2 3 4
Avaliação da frequência de ocorrência
Risco de Medidas aplicadas para evitar que a fonte de ignição se Frequência de ocorrência com
sem aplicação de uma medida
ignição torne efetiva as medidas aplicadas
adicional
a B a b c d e a b c a b c d e f
Descrição/ Base
causa-raiz
Nº Documentação técnica
Fonte de Descrição (citação de
(quais Razões para a normas,
ignição da medida (evidência incluindo
condições avaliação regras
potencial aplicada aspectos relevantes
de ignição
Durante mau
Durante mau
Durante mau
Durante mau
originam técnicas,
Não relevante
Não relevante
listados na coluna 1)
quais riscos resultados
funcionamento raro
funcionamento raro
Restrições necessárias
experimentais)
funcionamento previsível
funcionamento previsível
de ignição?)
Projeto de acordo
com o estado —— medidas
Não
Atrito do da arte, fator de ABNT NBR construtivas,
Superfície requeridas
5 eixo dentro X serviço > 3 para ISO 80079-37 projeto de acordo X Ga
quente medidas
do invólucro todas as partes “c” com o desenho
adicionais
efetivas sujeitas à nº. …
flexão
—— relatório de ensaio
n°. … sobre o
JUL 2018
ensaio de tipo
ABNT/CB-003
térmico
Quebra do
do rolamento Seção 5,
para a
deve ser será detectado ABNT NBR monitoramento
zona 0 (o
Superfície considerada mau por um sensor ISO 80079- (comprado de um
6 rolamento X X Ga T3
quente funcionamento térmico. fornecedor externo)
é localizado 37 “c” e
raro (para Temperatura para uso em
na zona 1
equipamento com máxima < 150 “b” atmosfera explosiva
próximo ao
EPL a) °C (tipo de e da utilização como
flange de
proteção b) um dispositivo de
separação
monitoramento para
do vaso)
controle de fonte de
ignição “b” (tipo “b1”
de prevenção de
ignição)
Projeto em Consulta Nacional
Tabela C.6 (continuação)
1 2 3 4
Avaliação da frequência de
Risco de Medidas aplicadas para evitar que a fonte de ignição se torne Frequência de ocorrência com
ocorrência sem aplicação de uma
ignição efetiva as medidas aplicadas
medida adicional
a B a b c d e a b c a b c d e f
Descrição/
Base
causa-raiz —— Documentação
Nº.
técnica
Fonte de Razões (citação de
(quais Descrição da
ignição para a normas, regras
condições medida aplicada —— (evidência incluindo
potencial avaliação
de ignição
Durante mau
Durante mau
Durante mau
Durante mau
Não relevante
Não relevante
originam
resultados
funcionamento raro
funcionamento raro
funcionamento previsível
funcionamento previsível
experimentais)
de ignição?)
—— relatório de ensaio n°.
Quebra do … sobre o ensaio de
rolamento tipo térmico
de um
equipamento A quebra do —— certificado e
com EPL rolamento será instruções do sistema
JUL 2018
Seção 5,
(redutor) com por atrito um sensor (comprado de um
75/97
Projeto em Consulta Nacional Tabela C.6 (continuação)
76/97
1 2 3 4
Avaliação da frequência de
Risco de Medidas aplicadas para evitar que a fonte de ignição se torne Frequência de ocorrência com
ocorrência sem aplicação de uma
ignição efetiva as medidas aplicadas
medida adicional
a B a b c d e a b c a b c d e f
Descrição/ Base
causa-raiz
Nº Documentação técnica
Fonte de (citação de
(quais Razões para Descrição da normas,
ignição (evidência incluindo
condições a avaliação medida aplicada regras
potencial
de ignição
aspectos relevantes
Durante mau
Durante mau
Durante mau
Durante mau
Não relevante
Não relevante
originam técnicas,
listados na coluna 1)
funcionamento raro
funcionamento raro
funcionamento previsível
funcionamento previsível
de ignição?) experimentais)
—— relatório de ensaio
n°. … sobre o
ensaio de tipo
A temperatura
térmico
máxima de
superfície é
—— certificado e
JUL 2018
determinada sob
instruções do
ABNT/CB-003
aquecimento as condições
Aquecimento sistema de
X X Ga T4
quente relativo um sistema de ISO 80079-37
T4 durante externo) para uso
do selo monitoramento “b”
operação em atmosfera
mecânico e limitação de
normal explosiva e da
rotativo temperatura (tipo
utilização como
de proteção “b1”).
um dispositivo de
O limite máximo
monitoramento para
de temperatura é
controle de fonte de
100 °C.
ignição “b” (tipo “b1”
de prevenção de
ignição)
Projeto em Consulta Nacional
Tabela C.6 (continuação)
1 2 3 4
Avaliação da frequência de
Medidas aplicadas para evitar que a fonte de ignição se Frequência de ocorrência com
Risco de ignição ocorrência sem aplicação de uma
torne efetiva as medidas aplicadas
medida adicional
a B a b c d e a b c a b c d e f
Descrição/ Base
causa-raiz
Nº Documentação técnica
Fonte de (citação de
(quais Razões para a Descrição da normas,
ignição (evidência incluindo
condições avaliação medida aplicada regras
potencial
de ignição
aspectos relevantes
Durante mau
Durante mau
Durante mau
Durante mau
Não relevante
Não relevante
originam técnicas,
listados na coluna 1)
funcionamento raro
funcionamento raro
funcionamento previsível
funcionamento previsível
de ignição?) experimentais)
—— Certificado e
instruções do
sistema de
Equipamento
Sistema de monitoramento
Geração não projetado
monitoramento (comprado de um
de centelha para passagem
de nível do fornecedor externo)
JUL 2018
mecânica de líquido de
líquido (tipo “b1” para uso em
ABNT/CB-003
de líquido de
não aceitável pode ser
superfície controle de fonte de
excluído
ignição “b” (tipo “b1”
de prevenção de
ignição)
77/97
Projeto em Consulta Nacional Tabela C.6 (continuação)
78/97
1 2 3 4
Avaliação da frequência de
Medidas aplicadas para evitar que a fonte de ignição se torne Frequência de ocorrência com
Risco de ignição ocorrência sem aplicação de uma
efetiva as medidas aplicadas
medida adicional
a B a b c d e a b c a b c d e f
Descrição/ Base
causa-raiz
Nº Documentação técnica
Fonte de Razões Descrição (citação de
ignição (quais para a da medida normas,
(evidência incluindo aspectos
potencial condições avaliação aplicada regras
de ignição
Durante mau
Durante mau
Durante mau
Durante mau
Não relevante
Não relevante
originam técnicas,
1)
funcionamento raro
funcionamento raro
funcionamento previsível
funcionamento previsível
de ignição?) experimentais)
—— medidas construtivas,
projeto de acordo com
o desenho nº....
A distância
mínima entre —— ertificado e instruções
Atrito os elementos do sistema de
JUL 2018
não for
centralizado na unidade e da utilização como
de fixação do um dispositivo de
vaso. monitoramento para
controle de fonte de
ignição “b” (tipo “b1” de
prevenção de ignição)
Projeto em Consulta Nacional
Tabela C.6 (continuação)
1 2 3 4
Avaliação da frequência de
Medidas aplicadas para evitar que a fonte de ignição Frequência de ocorrência com
Risco de ignição ocorrência sem aplicação de uma
se torne efetiva as medidas aplicadas
medida adicional
a B a b c d e a b c a b c d e f
Base
Descrição/causa-
Nº Documentação
raiz
técnica
Fonte de (citação de
Razões para a Descrição da normas,
ignição (quais condições avaliação medida aplicada regras (evidência incluindo
potencial
de ignição
originam quais
aspectos relevantes
Durante mau
Durante mau
Durante mau
Durante mau
técnicas,
Não relevante
Não relevante
riscos de
resultados listados na coluna 1)
funcionamento raro
funcionamento raro
ignição?)
Restrições necessárias
experimentais)
funcionamento previsível
funcionamento previsível
sistema de
ABNT/CB-003
monitoramento
79/97
Projeto em Consulta Nacional Tabela C.6 (continuação)
80/97
1 2 3 4
Avaliação da frequência de
Medidas aplicadas para evitar que a fonte de ignição Frequência de ocorrência com
Risco de ignição ocorrência sem aplicação de uma
se torne efetiva as medidas aplicadas
medida adicional
a B a b c d e a b c a b c d e f
Descrição/causa- Base
Nº Documentação
raiz
técnica
Fonte de Descrição (citação de
Razões para a
ignição (quais condições da medida normas, regras
avaliação (evidência incluindo
potencial aplicada
de ignição
Durante mau
Durante mau
Durante mau
Durante mau
Não relevante
Não relevante
riscos de resultados
listados na coluna 1)
funcionamento raro
funcionamento raro
ignição?) experimentais)
Restrições necessárias
funcionamento previsível
funcionamento previsível
—— relatório de
ensaio n°. …
Forçar que as sobre o ensaio
juntas sejam de tipo térmico
seguras com
ABNT NBR
Centelha Desprendimento Juntas não uma medida
13 X ISO 80079-37 —— medidas X Ga
mecânica do eixo seguras adicional,
“c” construtivas,
por exemplo,
projeto de
JUL 2018
fixação com
acordo com n°
ABNT/CB-003
parafuso
—— medidas
Durabilidade
PROJETO ABNT NBR ISO 80079-36
1 2 3 4
Avaliação da frequência de
Medidas aplicadas para evitar que a fonte de ignição se Frequência de ocorrência com as
Risco de ignição ocorrência sem aplicação de uma
torne efetiva medidas aplicadas
medida adicional
a B a b c d e a b c a b c d e f
Descrição/ Base
Nº causa-raiz
Documentação técnica
Fonte de (citação de
(quais Razões para Descrição da normas,
ignição (evidência incluindo
condições a avaliação medida aplicada regras
potencial aspectos relevantes
de ignição
Durante mau
Durante mau
Durante mau
Durante mau
originam técnicas,
Não relevante
Não relevante
listados na coluna 1)
quais riscos resultados
funcionamento raro
funcionamento raro
Restrições necessárias
experimentais)
funcionamento previsível
funcionamento previsível
de ignição?)
determinação da
ABNT/CB-003
rotação crítica
—— marcação na
plaqueta da faixa
de rotação crítica
81/97
Projeto em Consulta Nacional Tabela C.6 (continuação)
82/97
1 2 3 4
Avaliação da frequência de
Medidas aplicadas para evitar que a fonte de ignição Frequência de ocorrência com as
Risco de ignição ocorrência sem aplicação de uma
se torne efetiva medidas aplicadas
medida adicional
a B a b c d e a b c a b c d e f
Descrição/ Base
Nº causa-raiz Documentação
técnica
Fonte de (citação de
(quais Razões para a Descrição da normas,
ignição
condições avaliação medida aplicada regras (evidência incluindo
potencial
de ignição
aspectos relevantes
Durante mau
Durante mau
Durante mau
Durante mau
Não relevante
Não relevante
funcionamento raro
funcionamento raro
Restrições necessárias
experimentais)
funcionamento previsível
funcionamento previsível
ignição?)
Entrada
acidental de Formação Informação ao
itens metálicos de múltiplas usuário para
Centelha como centelhas se prevenir a
17 X - —— instruções X Ga
mecânica ferramenta não houver queda de itens
pelo acesso presença de metálicos dentro
humano (boca líquido do vaso
JUL 2018
de visita)
ABNT/CB-003
Ventilação
1 2 3 4
Avaliação da frequência de ocorrência
Medidas aplicadas para evitar que a fonte de ignição Frequência de ocorrência com
Risco de ignição sem aplicação de uma medida
se torne efetiva as medidas aplicadas
adicional
a B a b c d e a b c a b c d e f
Descrição/ Base
Documentação
Nº causa-raiz
técnica
Fonte de (citação de
(quais Razões para a Descrição da normas,
ignição (evidência
condições avaliação medida aplicada regras
potencial incluindo aspectos
de ignição
Durante mau
Durante mau
Durante mau
Durante mau
originam técnicas,
Não relevante
Não relevante
relevantes listados
quais riscos resultados
funcionamento raro
funcionamento raro
na coluna 1)
Restrições necessárias
experimentais)
funcionamento previsível
funcionamento previsível
de ignição?)
demais
19 ... acessos de ...
ignição
IIB
EPL resultante incluindo todos os riscos existentes de ignição: Ga
T3a
a Requerida limitação do uso pretendido.
JUL 2018
ABNT/CB-003
83/97
ABNT/CB-003
PROJETO ABNT NBR ISO 80079-36
JUL 2018
Anexo D
(normativo)
D.1 Generalidades
Este Anexo descreve o ensaio para determinar se um material não condutivo é capaz de ser carregado
a ponto de produzir descargas ramificadas e, desta forma, pode agir como uma fonte de ignição para
uma atmosfera explosiva de gás com o ar ou uma mistura de vapor com o ar. Este ensaio é realizado
com a própria peça, ou com uma amostra plana de área de 225 cm2 do mesmo material com o qual o
equipamento é construído.
O tamanho da amostra plana é importante, porque a evidência experimental mostra que 225 cm2 é
um valor ótimo para a superfície da área, em termos de densidade de distribuição de cargas. Outros
fatores que influenciam a validade dos resultados dos ensaios são a umidade do ambiente do ensaio,
a qual necessita ser mantida em 30 % de umidade relativa a (23 ± 2) °C, de forma a minimizar a fuga
da carga eletrostática. É também importante para este ensaio o tamanho do eletrodo de descarga
da centelha, para produzir uma única centelha. Eletrodos muito pequenos podem levar a múltiplas
centelhas por descarga ou a descargas corona de baixa energia. Desta forma, um eletrodo esférico
com um diâmetro de (25 ± 5) mm (ver Figura D.2) necessita ser utilizado para produzir um único ponto
de descarga por centelha. Além disto, o nível de transpiração da pessoa que executa o ensaio também
influencia nos resultados.
Após a conclusão de cada um dos métodos de carregamento, a carga “Q” de uma superfície típica de
descarga é medida. Isto é feito pela descarga da amostra por meio de um eletrodo esférico (com um
diâmetro de (25 ± 5) mm) em um capacitor de valor fixo conhecido “C” e medindo a tensão “V” neste.
A carga “Q” é dada pela equação Q = C.V, onde C é o valor do capacitor fixo, em Faraday, e “V” é o
valor da maior tensão. Este procedimento é utilizado para encontrar o método que produz a carga
mais elevada medida, para a avaliação da inflamabilidade da descarga, de acordo com D.4.2.4.
Quando existe uma tendência geral de decréscimo das cargas armazenadas durante estes ensaios,
convém que novas amostras sejam utilizadas para os ensaios subsequentes. Convém que o valor
mais elevado seja utilizado para o procedimento de avaliação, de acordo com D.4.2.4.
NOTA Em alguns casos, as propriedades do material carregado podem ser alteradas, devido às descargas,
de forma que a carga transferida diminua nos ensaios subsequentes. Devido à possibilidade de descargas
múltiplas dos tecidos, estas amostras são consideradas conservativas por este método.
Como este tipo de experimento pode ser influenciado, por exemplo, pela transpiração da pessoa que
executa o ensaio, convém que seja demonstrado por um experimento de calibração com um material
de referência de PTFE que a carga transferida é de pelo menos 60 nC.
A amostra de ensaio inclui tanto o componente real quanto, se isto não for prático, em função de seu
tamanho ou de seu formato, uma placa plana de 150 mm × 150 mm × 6 mm do material não condutivo.
A aparelhagem de ensaio é formada por:
a) fonte de alimentação de alta-tensão c.c., capaz de produzir pelo menos 30 kV;
b) voltímetro eletrostático (0 V a 10 V), com incerteza de medição de 10 % ou melhor e uma resis-
tência de entrada maior que 109 Ω;
c) capacitor de 0,10 μF para uma tensão de pelo menos 400 V (um capacitor de 0,01 μF é também
adequado, se a resistência de entrada do voltímetro for maior que 1010 Ω);
d) pano de algodão com tamanho suficiente para evitar o contato entre a amostra de ensaio e os
dedos do operador durante o processo de fricção;
e) pano de poliamida com tamanho suficiente para evitar o contato entre a amostra de ensaio e os
dedos do operador durante o processo de fricção;
f) cabos ou pinças em PTFE capazes de mover a amostra de ensaio sem descarregar a superfície
carregada;
g) disco plano em PTFE com área de 100 cm2, como uma referência altamente carregável;
i) eletrodo com ponta única ou um feixe de eletrodos com ponta única, montados em uma placa
comum, conectada ao polo negativo de uma fonte de alimentação de alta-tensão c.c.
D.4 Procedimento
D.4.1 Condicionamento
Todos os ensaios são conduzidos em um ambiente com temperatura de (23 ± 2) °C e a uma umidade
relativa não superior a 30 %.
Limpar a peça de ensaio com álcool isopropílico, lavar com água destilada e secar, por exemplo, com
um forno de secagem a uma temperatura não superior a 50 °C. Armazenar em um ambiente por 24 h,
a (23 ± 2) °C e a uma umidade relativa não superior a 30 % ± 5 %.
Colocar a amostra sobre uma mesa de madeira ou uma placa metálica aterrada (espessura de
pelo menos 10 mm), com sua superfície para cima. Carregar a superfície da amostra por meio de
fricção por 10 vezes com o pano de poliamida. A última fricção precisa terminar na borda da amostra.
Mover a amostra cuidadosamente para fora da mesa, sem descarregá-la. Se este procedimento não
for possível, a amostra deve ser fixada em um local entre o teto e o piso do ambiente do ensaio,
distante o bastante de qualquer parede, e a amostra deve ser carregada. Descarregar a amostra pela
aproximação lenta do eletrodo esférico em um capacitor de 0,1 µF ou 0,01 µF (Figura D.2), até que a
descarga ocorra, e medir a tensão no voltímetro, imediatamente após a remoção do eletrodo esférico
da amostra (a tensão decresce com o tempo, devido à entrada do voltímetro possuir uma resistência
Projeto em Consulta Nacional
não infinita). A carga da superfície é dada pela fórmula Q = C.V, onde V é a tensão no capacitor no
instante t = 0 s. Convém que o ensaio seja repetido 10 vezes. Deve ser assegurado que somente
uma única descarga seja registrada e que o interstício de centelhamento seja de pelo menos 1,5 mm
no caso de Grupos I e IIA, 1,0 mm para o caso do Grupo IIB e 0,5 mm para o caso do Grupo IIC.
Se houver alguma dúvida, deve ser utilizado um medidor de campo elétrico (field mill) para verificar a
tensão antes do descarregamento (convém que esta tensão seja > 6 kV para o Grupo I e Grupo IIA,
> 4 kV para o Grupo IIB e > 2 kV para o Grupo IIC). Se as tensões que ocorrerem forem muito baixas,
isto leva a resultados que são muito conservadores.
Devido ao possível efeito de carregamento próprio das superfícies da mesa, é recomendado elevar
a amostra no ar e provocar um descarregamento neste ponto.
NOTA As descargas que ocorrem em espaçamentos menores que 2 mm para o Grupo IIA, 1,0 mm para o
Grupo IIB e 0,5 mm para o Grupo IIC possuem menores capacidades de gerar uma ignição do que o previsto
pela sua carga transferida, devido ao efeito de resfriamento (quenching) nos eletrodos.
Posicionar o eletrodo de spray acima da amostra de ensaio 30 mm do centro da superfície exposta e
carregá-lo com uma tensão de pelo menos 30 kV entre o eletrodo negativo e o terra. Mover a amostra
de ensaio durante 1 min, de forma a carregar toda a superfície e descarregar a amostra de acordo
com D.4.2.1. Convém que o ensaio seja realizado 10 vezes. Convém que o valor mais elevado seja
utilizado para o procedimento de avaliação de D.4.2.4. Se o eletrodo, de acordo com a Figura D.3,
legenda item 4, for utilizado, os 100 eletrodos do tipo agulha são colocados sobre a superfície da
amostra de ensaio, uma alta-tensão é aplicada durante alguns segundos e então os eletrodos são
removidos. A alta-tensão deve ser desligada somente quando os eletrodos tiverem sido removidos
para um local distante da amostra, de forma a evitar descargas eletrostáticas a partir da amostra de
ensaio carregada de volta para o eletrodo.
Nos seguintes casos, o carregamento por influência com uma fonte de alimentação de alta-tensão c.c.
não é adequado e não pode ser utilizado:
2) a amostra de ensaio é revestida com metal se, de acordo com 6.7.3, puderem ocorrer descargas
ramificadas propagantes;
3) a amostra de ensaio possui formato côncavo. Neste caso, utilizar D.4.2.1.
AVISO – Nos casos 1) a 3), fortes descargas podem ocorrer, o que representa um risco para a saúde
da pessoa que realiza o ensaio e pode destruir os instrumentos de medição.
Se a carga transferida do material de referência estiver claramente acima de 60 nC e a carga máxima
transferida Q medida em qualquer das amostras de ensaio acima indicadas for menor que:
1 2
3 4
Legenda
3 CM(0,1µF)
4
Legenda
Figura D.2 ‒ Descarregamento da superfície carregada da amostra de ensaio com uma sonda
conectada à terra por um capacitor de 0,1 µF
1
Projeto em Consulta Nacional
30
3
4
Legenda
Figura D.3 ‒ Carregamento pela influência de uma fonte de alimentação de alta-tensão c.c.
Anexo E
(informativo)
E.1 Generalidades
As explanações indicadas a seguir são destinadas a auxiliar o fabricante do equipamento “Ex”
durante a preparação da avaliação do risco de ignição. Uma abordagem é explicada sobre como a má
utilização razoavelmente prevista (ver 5.2.1) pode ser considerada e pode formar parte de um relatório
de avaliação, apresentado no Anexo B.
●● Quais intervenções são necessárias pelas pessoas ou precisam ser assumidas durante a utili-
zação do equipamento, considerando as atividades de transporte, armazenamento, instalação,
operação, manutenção e reparo?
●● Quais utilizações anormais típicas devido à falta de cuidados são bem conhecidas durante estas
atividades?
●● Quais operações não previstas realizadas por pessoas que possam estar em contato com o
equipamento (não somente as pessoas relacionadas com as atividades indicadas acima, mas
também outras pessoas, como pessoal de limpeza, operadores, bombeiros etc.) podem ser
antecipadas?
de advertência nos manuais de instruções ou etiquetas, por exemplo, na forma de pictogramas sobre
o equipamento sejam adotadas. Convém que formas lógicas, ergonômicas e simples de operação
do equipamento sejam estabelecidas. Em alguns casos, a utilização de ferramentas especiais (como
para ajustes ou conexão mecânica) pode assegurar que somente especialistas bem treinados e
equipados possam ser considerados para a intervenção e que manipulações não desejadas sejam
evitadas. Quando etiquetas de advertência precisam ser utilizadas, convém que atenção seja dada
Projeto em Consulta Nacional
para se assegurar que estas sejam duráveis e fixadas em uma parte apropriada sobre o equipamento.
Não convém que conteúdo de informações permita má interpretação e que precise ser compreendido
independentemente da utilização de linguagem, como, por exemplo, pela utilização de símbolos ou
de figuras.
Anexo F
(informativo)
Propriedades
do material Não condutivo Dissipativo Condutivo
+
Superfície com Camada
Acumulação Granel Superfície extremidades Capacitância
de carga dupla
condutoras
Tipos de Propagação
Propagantes Ramificadas Corona Faísca
descargas ramificada
Anexo G
(normativo)
Os conceitos de proteção para os tipos de proteção “d”, “p” e “t” são baseados, respectivamente, nos
tipos de proteção disponíveis para equipamentos elétricos:
A natureza e as fontes de ignição de equipamentos não elétricos devem ser consideradas quando
aplicados os tipos de proteção “d”, “p” ou “t” para equipamentos não elétricos.
Anexo H
(informativo)
NOTA 1 Dados da Tabela H.1 podem diferir dos dados da Figura H.1, já que os autores de referência da
Figura H.1 não necessariamente utilizaram o método de ensaio de acordo com a ABNT NBR IEC 60079-20-1.
NOTA 2 Convém tomar cuidados ao extrapolar os dados da Figura H.1 para volumes maiores.
Temperatura
Combustível de autoignição
°C
Dissulfeto de carbono 90
Ciclo-hexano 244
Ácido acético 510
Tolueno 530
Éter dietílico 175
Pentano 243
Etanol 400
Metanol 440
Acetona 539
Benzeno 498
NOTA 3 Dados para o anidrido isobutírico e etanodiol não estão disponíveis a partir da ABNT NBR IEC 60079-20-1.
700
200 mL
600 2L
Projeto em Consulta Nacional
500
A/T (°C)
400
300
200
100
0
0 1 2 3 4 5 6
Log (V/mL)
Anexo I
(informativo)
Níveis de proteção do equipamento (EPL), como definido na ABNT NBR ISO 80079-36, são relacionados
aos correspondentes Grupos de Equipamento e Categorias de Equipamento, de acordo com a Tabela I.1.
O mesmo se aplica se uma norma fizer referência a um uso pretendido de equipamento em zonas de
acordo com as definições das ABNT NBR IEC 600709-10-1 e ABNT NBR IEC 60079-10-2.
Bibliografia
[2] ABNT NBR IEC 60079-10-1, Atmosferas explosivas – Parte 10-1: Classificação de áreas –
Atmosferas explosivas de gás
[3] ABNT NBR IEC 60079-10-2, Atmosferas explosivas – Parte 10-2: Classificação de áreas –
Atmosferas de poeiras explosivas
[6] IEC TS 60079-32-1, Explosive atmospheres – Part 32-1: Electrostatic hazards, guidance
[7] IEC 60079-32-2, Explosive atmospheres – Part 32-2: Electrostatics hazards – Tests
[8] IEC 60812, Analysis techniques for system reliability – Procedure for failure mode and effects
analysis (FMEA)
[11] ISO 281, Rolling bearings – Dynamic load ratings and rating life
[12] ISO 6507-1, Metallic materials – Vickers hardness test – Part 1: Test method
[13] ISO 6507-4, Metallic materials – Vickers hardness test – Part 4: Tables of hardness values
[15] ISO 16852, Flame arresters – Performance requirements, test methods and limits for use
[16] EN 13237, Potentially explosive atmospheres – Terms and definitions for equipment and protective
systems intended for use in potentially explosive atmospheres
[17] EN 1127-1, Explosive atmospheres – Explosion prevention and protection – Part 1: Basic concepts
and methodology
[18] EN 1755, Safety of industrial trucks – Operation in potentially explosive atmospheres – Use in
flammable gas, vapour, mist and dust
[19] EN 15198, Methodology for the risk assessment of non-electrical equipment and components for
intended use in potentially explosive atmospheres
[20] CLC/TR 50404, Electrostatics. Code of practice for the avoidance of hazards due to static electricity
[21] Beyer, M.: On the Method of Ignition Hazard Assessment for Explosion Protected Non Electrical
Equipment, Ex-Magazine 31 (2005), pp. 78 - 85
[22] Beyer, M.: Assessment Method for Ignition Hazards Caused by Mechanical Ignition Sources, 2nd
Projeto em Consulta Nacional
Petroleum and Chemical Industry Conference (PCIC) Europe, Basle, 2005, pp. 131 - 138