Turma A
Vantagens:
Exigências de calor e pressão são inferiores durante o processamento, quando comparado com
termoplásticos, gerando economia de energia;
As resinas de poliéster insaturado são praticamente sempre utilizadas com reforços de fibras de
vidro Compósitos.
Compósitos – Matrizes Termofixas
Termorrígidos (ou termofixos): geralmente líquidas em temperatura ambiente, as resinas
termorrígidas são formuladas (adição dos aditivos de cura) e curadas (em temperatura ambiente ou
em temperaturas elevadas) para obtenção do produto final;
Vantagens:
Processamento é facilitado, uma vez que a resina inicial se encontra no estado liquido;
Fibras apresentam boa molhabilidade em resinas termorrígidas, gerando produtos com menor fração de
vazios e porosidade;
Exigências de calor e pressão são inferiores durante o processamento, quando comparado com
termoplásticos, gerando economia de energia;
Moldagem necessita de tempos de cura relativamente grandes, resultando em menores taxas de produção
em comparação com compósitos de matriz termoplástica;
Uma vez curado e solidificado, o compósito de matriz termorrígida não pode ser reformado, para obtenção
de produtos com outras geometrias;
Termorrígidos não podem ser reciclados das formas usuais utilizadas para termoplásticos.*
Compósitos – Matrizes Termofixas
Tipos:
Resinas de poliéster insaturado: baixa resistência térmica (120 a 150°C), baixo custo;
Resinas epóxi: média resistência térmica (230 a 260°C), custo mais elevado, maior resistência mecânica;
Resinas imídicas: elevada resistência térmica (315 a 480°C), custo muito elevado.
Parâmetros importantes:
Fibras de vidro, carbono, metálicas (Al, Cu, AgO, Tg, Ag, Ni, Mo), aramida (Kevlar), madeira, sisal, papel
Kraft, algodão, acrilonitrila, nylon, etc; podem ser curtas (utilizadas geralmente paras aplicações onde
aspectos estruturais são secundários) ou longas/contínuas (utilizadas em aplicações estruturais);
Particulados: óxido de alumínio, trióxido de antimônio, carbonato de bário, CaCO3, caulim, terra
diatomácea, óxido de magnésio, carbonato de magnésio, mica, microsilicato, sílica, talco, TiO2,
vermiculita, argilas; CaCO3 e argilas (adição entre 25 e 40%) atuam reduzindo o encolhimento.
Compósitos – Reforços
Propriedades físicas das fibras mais utilizadas como reforços em CMP termofixas:
Compósitos – Reforços
Tipos de CMP termofixas e processos de conformação:
Compósitos – Reforços
Tipos de reforços:
Compósitos – Matrizes Termofixas - Processamento
Existem inúmeros métodos de fabricação de produtos de compósitos de matriz polimérica (CMP)
termorrígidas para satisfazer o projeto das peças desejadas;
Alguns métodos são mais apropriados para cura térmica e alguns mais apropriados para curas em
temperatura ambiente;
Cura.
Sistemas de impregnação:
Moldagem em autoclave/hidroclave;
Pultrusão (pultrusion);
Em um molde com geometria adequada, aplica-se um agente desmoldante (agente que, aplicado na
superfície do molde, evita que a peça moldada tenha aderência);
Desmoldante de sacrifício: película do produto forma um filme que sai junto com a peça retirada;
Desmoldante semipermanente: a superfície do molde é tratada para ter uma baixa tensão e baixa porosidade evitando
assim a aderência da peça no molde;
Gel coats são resinas contendo pigmentos, cargas, agentes tixotrópicos e outros aditivos;
Funções: proteger o laminado contra a ação das intempéries, raios UV e ação da água; conferir acabamento colorido,
liso e brilhante à superfície da peça e servir de base para aplicação de pinturas;
A cada camada de reforço sobreposta é efetuada a impregnação com a resina pré-formulada com agente
endurecedor adequado;
Características dos laminados: compósitos que apresentam uma fração volumétrica de reforço
inferior a 40%; são observadas frações volumétricas de vazios (por exemplo, bolhas de ar) de cerca
de 15%.
Moldagem Manual (Hand Lay-Up)
Barco produzido pelo processo de moldagem manual de CMP termorrígidas (hand lay-up).
Moldagem Manual (Hand Lay-Up)
Vantagens:
Investimento de capital muito baixo (custo dos equipamentos é desprezível quando comparado a outros
processos);
Processo simples e versátil (qualquer tipo de fibra pode ser usada com qualquer tipo de orientação);
Custo para produção de um protótipo é baixo (um molde simples pode ser usado para fazer uma peça);
Custo das matérias-primas (resina, reforço) baixo em comparação com a tecnologia dos pré-impregnados.
Desvantagens:
Processo muito trabalhoso (apropriado sobretudo para criação de protótipos e peças grandes);
Utilização de um dispositivo que realiza a aspersão de uma mistura de fibras curtas e resina, envolvendo
toda a superfície do molde;
No momento da aspersão, a resina pode estar previamente formulada, ou então, o agente endurecedor
(ou iniciador) pode ser adicionado durante a aspersão;
A regularidade nas frações volumétricas do laminado é dada por regulagem previa no cabeçote da pistola e
no motor do cortador;
Processo econômico;
Desvantagens:
https://www.youtube.com/watch?v=qoH9bLwvByA
Moldagem a Vácuo (Vacuum Bag)
A qualidade do componente melhora, devido a uma maior eficiência na retirada do excesso de resina
que porventura seja adicionada durante o processo de moldagem, e pela retirada de voláteis e de bolhas
de ar;
Pode-se obter compósitos com frações volumétricas de fibras de até 50% e frações volumétricas de
vazios inferiores a 5%.
Moldagem a Vácuo (Vacuum Bag)
https://www.youtube.com/watch?v=P-zI9xbwxZY&t=167s
Lâmina de Moldagem Composta (LMC)
O uso de pré-impregnados se restringia a aplicações na indústria aeronáutica e espacial, onde o
custo é fator secundário;
LMC (ou sheet moulding compound, SMC): produto formulado (reforço, resina e aditivos) tendo
uma alta porcentagem de carga mineral agregada de baixo custo;
Pode ser obtida com mantas de fibras picadas, fibras contínuas ou com uma mistura de dois tipos
de reforço;
Exemplos de LMC.
Moldagem em Autoclave/Hidroclave
O pré-impregnado é transformado em compósitos por meio de empilhamento e compactação das
laminas que o formam;
Essa compactação pode ser realizada tanto em prensas quanto em autoclaves e hidroclaves,
equipamentos que utilizam um meio gasoso e um meio liquido, respectivamente, como meio
físico de compactação;
Para aplicações estruturais de grande porte a moldagem por autoclave atende satisfatoriamente
as necessidades. A autoclave de moldagem é basicamente uma estufa pressurizada, onde são
realizadas as operações de cura do pré-impregnado.
Moldagem em Autoclave/Hidroclave
O processo de moldagem se inicia com o empilhamento das camadas formadas pelas lâminas de
pré-impregnados sobre o molde, previamente revestido com desmoldante;
Após esse período, todo o sistema é despressurizado e a temperatura obedece um ciclo pré-
determinado de resfriamento, quando então a peça é retirada para acabamento;
Permite produção de partes de peças com maior fração volumétrica de fibras (mais que 60%);
Muito adequado para fazer protótipos. Tem vantagem de baixo custo instrumental, mas alto investimento
na autoclave/hidroclave;
Menores problemas associados com a saúde dos operários dado a inexistência de resina líquida (menor
conteúdo de voláteis).
Moldagem em Autoclave/Hidroclave
Limitações:
Despesas em material não recuperável (filme desmoldante, material de absorção, saco para vácuo, etc.);
O processo tem início pela disposição do reforço com orientação apropriada no molde,
previamente tratado com produto desmoldante;
Para maior produtividade, o projeto do molde deve contemplar ângulos de saída para extração
imediata do componente;
Desvantagens:
Temperatura do processo;
Pressão;
Viscosidade da resina;
Posicionamento do reforço;
Teor fibra/matriz;