PERCORRENDO LABIRINTOS:
TRAJETÓRIAS E DESAFIOS DE
ESTUDANTES DE ENGENHARIAS E
LICENCIATURAS1
LINDAMIR SALETE CASAGRANDE •
ÂNGELA MARIA FREIRE DE LIMA E SOUZA
RESUMO
O objetivo deste artigo é analisar trajetórias de estudantes de engenharias
e licenciaturas na Universidade Tecnológica Federal do Paraná – UTFPR – e
na Universidade Federal da Bahia – UFBA –, considerando possíveis fatores
relacionados ao gênero que impactem nesses percursos. A pesquisa foi realizada
em duas etapas, sendo a primeira quantitativa e a segunda, na qual foi baseado
este artigo, qualitativa, em que foram entrevistadas/os estudantes de Engenharia
Mecânica e Civil e Licenciatura em Letras e Matemática das duas universidades.
Com o estudo percebeu-se que há diferença nas trajetórias e desafios enfrentados
por homens e mulheres que ousam adentrar em universos acadêmicos socialmente
percebidos como reduto do sexo oposto. Mulheres na engenharia e homens nas
licenciaturas são os mais expostos a preconceitos e discriminações.
ENGENHARIA • LICENCIATURA • HOMENS • MULHERES
This article analyzes the paths of engineering and teaching degree students at the
Federal Technological University of Paraná – UTFPR – and at the Federal University
of Bahia – UFBA – considering possible factors related to gender that impact
these paths. The study was conducted in two stages, the first was quantitative
and the second, in which this article was based, qualitative. Mechanical and civil
engineering students as well as language and mathematics teaching students from
the two universities were interviewed. The study showed that there are differences
in the paths and challenges faced by men and women who dare to enter into
1
academic environments socially perceived as the stronghold of the opposite sex.
Uma versão preliminar deste Women in engineering degrees and men in teaching degrees are the most exposed
estudo foi apresentada
no VI TecSoc/Esocite, to prejudice and discrimination.
realizado no Rio de Janeiro
em outubro de 2015. ENGINEERING • DEGREES • MEN • WOMEN
Lindamir Salete Casagrande e Ângela Maria Freire de Lima e Souza
http://dx.doi.org/10.1590/198053143658
U
MA REALIDADE QUE VEM SENDO DISCUTIDA HÁ DÉCADAS ENTRE FEMINISTAS E ESTUDIOSAS
No capítulo intitulado
“Quem faz engenharia e
licenciatura na UTFPR?
A pesquisa, realizada em 2014, foi composta por duas etapas. A primei-
Análise sob a perspectiva ra, de cunho quantitativo,2 baseou-se nos dados oficiais das duas univer-
de gênero”, que compõe o
livro Entrelaçando gênero sidades pesquisadas. Para a segunda etapa, que teve enfoque qualitativo,
& diversidade: matizes
da divisão sexual do nos valemos de um instrumento experimental, ao qual denominamos
trabalho, a ser publicado
pela editora da UTFPR em de “entrevista virtual”,3 enviado por e-mail a todos/as os/as estudantes
2017, serão apresentados
os dados quantitativos
dos cursos e campi selecionados. Tratava-se de um formulário contendo a
sobre a presença feminina apresentação da pesquisa e seus objetivos, um quadro para levantamen-
nos cursos de engenharia
e licenciatura da UTFPR, to dos dados socioeconômicos dos/as participantes e cinco perguntas
considerando os 13
campi que compunham abertas,4 nas quais não havia nenhuma referência às questões de gêne-
a instituição no ano da
pesquisa. Um dos principais ro, pois o objetivo era direcionar o mínimo possível as respostas. Com
dados dessa etapa da
pesquisa é que as mulheres
base nas respostas às perguntas iniciais, foram elaboradas outras para
são a minoria nos cursos
de engenharia, compondo
aprofundar a entrevista,5 agora direcionando para a questão de gênero,
apenas 16,1% das matrículas que era o foco da pesquisa.
em Curitiba e 29,2% no
total dos campi, e a maioria A distribuição dos estudantes por sexo nos cursos e instituições
nos cursos de licenciatura,
perfazendo 55,2% na capital selecionados para esta pesquisa é apresentada nas tabelas 1 e 2. Observa-
e 60% quando considerados
todos os campi. se que as mulheres são a minoria nas engenharias pesquisadas, não
3
chegando a 15% dos alunos da Engenharia Mecânica em todos os campi
Esse método de coleta de (Tabela 1). A participação feminina na Engenharia Civil é sensivelmen-
dados apresentou pontos
positivos e negativos. te superior àquela verificada na Engenharia Mecânica, porém sempre
Como pontos positivos
destacamos a possibilidade abaixo da metade do total de estudantes do curso. O campus Pato Branco
de envolver um número
maior de participantes. A chama a atenção pelo fato de, na Engenharia Civil, os números relativos
entrevista presencial limita
esse número devido ao
à participação masculina e feminina serem muito próximos, com as mu-
deslocamento dos/as lheres correspondendo a 48,3% do total de estudantes no final de 2013,
participantes e do/a
pesquisador/a, bem como mas é uma exceção. Os dados apresentados nesses cursos convergem
o tempo necessário para a
realização e a transcrição da com aqueles encontrados em outros estudos realizados em nível nacio-
mesma. Com esse aumento
pode-se ter um panorama nal (CARVALHO; CASAGRANDE, 2011; CARVALHO, 2008; CASAGRANDE
mais amplo acerca do objeto
estudado. Destaca-se ainda
et al., 2004; LOMBARDI, 2006a, 2006b; CABRAL, 2005; LIMA E SOUZA,
que os/as participantes
podiam responder de onde
2011; SOBREIRA, 2006; FARIAS, 2007; dentre outros).
estavam e no momento que
melhor lhes aprouvesse.
Como pontos negativos
TABELA 1
apontamos que cerca de ESTUDANTES DAS ENGENHARIAS, POR CURSO E SEXO, SEGUNDO
50% dos/as participantes INSTITUIÇÃO – 2013
abandonaram a pesquisa
172 CADERNOS DE PESQUISA v.47 n.163 p.168-200 jan./mar. 2017
4
As perguntas abertas
iniciais foram: 1) Quais os
motivos/razões que levaram
você a escolher este curso?
2) Você pensou em outra/s
No que se refere às licenciaturas (Tabela 2), observa-se que os opção/ões de curso? Se
TABELA 2
ESTUDANTES DAS LICENCIATURAS, POR CURSO E SEXO, SEGUNDO
INSTITUIÇÃO – 2013
LICENCIATURA EM LETRAS LICENCIATURA EM MATEMÁTICA
HOMENS MULHERES TOTAL HOMENS MULHERES TOTAL
INSTITUIÇÃO
N % N % N % N % N % N %
UTFPR –
campus 74 31,4 162 68,6 236 100,0 48 55,2 39 44.8 87 100,0
Curitiba
UTFPR –
campus Pato 55 24,1 173 75,9 228 100,0 26 32,5 54 67,5 80 100,0
Branco
UFBA 324 27,7 846 72,3 1170 100,0 174 66,4 88 33,6 262 100,0
Fonte: Registros das Instituições. Elaboração própria.
TABELA 4
PORCENTAGEM DOS PARTICIPANTES DA PESQUISA NO TOTAL DE ALUNOS MATRICULADOS, POR
INSTITUIÇÃO E SEXO, SEGUNDO CURSO
UTFPR – CURITIBA UTFPR – PATO BRANCO UFBA – SALVADOR TOTAL
CURSO
HOMENS MULHERES TOTAL HOMENS MULHERES TOTAL HOMENS MULHERES TOTAL HOMENS MULHERES TOTAL
Lic. em
5,4 3,7 4,2 3,6 5,8 5,3 0,6 1,1 0,9 1,8 2,1 2,0
Letras
Lic. em
6,2 23,1 13,8 4,2 15,4 3,4 4,0 6,8 5,0 4,8 10,5 7,2
Matemática
Eng. Civil 6,8 16,3 10 3,1 5,5 4,3 1,8 2,5 2,5 2,6 5,1 3,4
174 CADERNOS DE PESQUISA v.47 n.163 p.168-200 jan./mar. 2017
Eng.
2,0 9,7 3,3 1,9 6,0 2,5 2,1 7,0 2,6 2,1 8,2 2,8
Mecânica
Fonte: Dados da pesquisa. Elaboração própria.
permanência é utilizado em
oposição ao conceito de que não houve interferência de outras pessoas para essa escolha, porém
evasão, compreendida como
um fenômeno complexo que muitos/as indicaram que, após a opção ser feita, obtiveram o incentivo
envolve fatores históricos,
políticos, econômicos, dos familiares. Fato importante a se destacar é que, entre esses familia-
sociais e psicológicos,
entre outros, conforme res, foram indicados pais, irmãos, tios e primos; as mulheres das famí-
Kira (1998). Significa, no
contexto deste estudo, lias raramente foram citadas, por ambos os sexos. Na fala de Bruno9 fica
continuidade dos estudos
universitários. Dificuldades
evidente a presença masculina entre as pessoas que influenciaram sua
de permanência significam
obstáculos que estudantes
escolha. Nenhuma mulher foi citada. Pode-se imaginar que, quando ele
enfrentam para concluir fala em família, as mulheres estão inclusas, entretanto de forma oculta.
o curso universitário.
Restou-nos a indagação dos motivos que levaram a esse silenciamento
9
Os nomes são fictícios e e invisibilidade das mulheres das famílias. Onde elas estavam? Por que
foram escolhidos pelos/as
próprios/as participantes. não foram lembradas? Elas realmente não tiveram importância?
Quando perguntamos sobre a influência de familiares nas escolhas
DESAFIOS DA PERMANÊNCIA
Ao serem questionados sobre as dificuldades e facilidades para a per-
manência na universidade, inicialmente os/as estudantes indicaram a
questão de infraestrutura, o fato de a universidade ser gratuita, os pro-
fessores (tanto de forma positiva quanto negativa), enfim, coisas mais
relacionadas com o geral do que com o pessoal. Porém esse não era o
objetivo da pesquisa. Então partimos para perguntas que abordavam as
questões de gênero. Dentre as respostas surgiram as indicações de que
o meio universitário pode ser cruel com os/as estudantes que fogem ao
padrão do que é visto como normal. As mulheres que optaram por enge-
nharia foram as que mais relataram ocorrência do que Pierre Bourdieu
(1999) denominou de violência simbólica no discurso de colegas, de pro-
Além do quê, há a falácia de pensar que todo homem que faz Letras
é homossexual. O que, ao meu ver, afasta possíveis interesses por
parte de alguns rapazes por conta desse achismo. [...] tenho ami-
gos que relatam que logo que ingressaram na faculdade deixaram
claro que não eram gays, até como forma de socialização com as
mulheres. (Lai, Letras, Salvador)
Até hoje, nada que seja algo levado a sério, até porque elas vêm de
meus amigos, por exemplo: “as menininhas de civir”, “civil só tem
menininhas”, até já ouvia antes de mudar de curso, mas sei que é
tudo brincadeira, nada que se leve a sério. (Pedro, Engenharia Civil,
Pato Branco)
fica evidente a distinção feita por Silvia Yannoulas (2011, p. 271) entre
os termos feminilização e feminização. Para a autora, o aumento quan-
titativo de mulheres em determinada área denomina-se feminilização
e o aspecto qualitativo “que alude às transformações de significado e
valor social de uma profissão ou ocupação em decorrência de um aporte
maior de mulheres nessa profissão ou ocupação” denomina-se feminiza-
ção. Considerando a situação da Engenharia Civil em Pato Branco, é pos-
sível inferir que estamos diante de um caso de feminilização do curso,
que pode ter sido percebida como feminização por estudantes daquele
campus e, por consequência, acarretando a desvalorização do mesmo e a
transformação em lugar impróprio para os rapazes/homens.
Outro fato a se destacar aparece no depoimento de Ricardo, ao
PERCORRENDO LABIRINTOS: TRAJETÓRIAS E DESAFIOS DE ESTUDANTES DE ENGENHARIAS E LICENCIATURAS
Estamos usando no
masculino, pois não foi
preferir pessoas de determinado sexo, não se está proporcionando as
citada nenhuma professora mesmas oportunidades de crescimento a todos/as os/as estudantes.
como agente das situações
preconceituosas.
R: Eu acho que sim, mas já ouvi falar de professores que são mais
prestativos com alunas. (Maria, Engenharia Mecânica, Curitiba)
EXPECTATIVAS FUTURAS
Quando questionados/as acerca de como se viam daqui a dez anos, a
maioria se mostrou bastante otimista. Salientamos que se entende por
expectativa profissional o “processo contínuo, fruto de sua pertinência a um
grupo social em que concretiza as relações de produção de si mesmo e da
realidade na qual se insere” (MACÊDO; ALBERTO; ARAUJO, 2012, p. 781).
Dessa forma, entende-se que as expectativas dos/as participantes foram
construídas com base no meio em que estão inseridos e naquilo que a
sociedade espera de cada um/a. Pode-se inferir que o sucesso profissio-
nal depende da capacidade de cada um, do esforço e dedicação pesso-
al, porém, não se pode deixar de considerar a influência do meio, da
socialização, dos estímulos ofertados a cada um/a. Alguns/mas estudan-
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O estudo aqui apresentado traça um breve panorama acerca da trajetória
dos/as estudantes no meio universitário, apontando obstáculos e desafios
colocados para uns/umas e não para outros/as. Os depoimentos demons-
tram que o meio acadêmico está permeado do que Bourdieu (1999) deno-
minou de violência simbólica. Uma violência que se manifesta de forma
sutil e que muitas vezes sequer é percebida como tal. Cabe destacar que
a maioria dos/as participantes percebe as situações como violentas, mas
reagem de modo diferente, dependendo da fonte. Quando a manifestação
de preconceito parte dos/s colegas, a reação é imediata, porém, quando
esta parte de um professor, há limitações pelo temor de represálias. Cabe
destacar que tal comportamento desses profissionais da educação é de-
plorável. Agir de forma preconceituosa dificulta e às vezes impossibilita a
permanência de modo especial das mulheres nas engenharias. Nenhum/a
estudante de licenciatura fez esse relato.
Os dados apontam ainda que tanto homens quanto mulheres
percebem as barreiras que são impostas a quem ousa fugir do padrão
socialmente construído para cada um dos sexos. Verificou-se que os/as
participantes desta pesquisa são politizados, havendo muitos homens e
mulheres feministas. Talvez os/as machistas não tenham visto o projeto
como interessante e, por isso, não responderam à pesquisa.
Evidencia-se, ainda, a necessidade de ações que diminuam a inci-
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Recebido em: NOVEMBRO 2015 | Aprovado para publicação em: SETEMBRO 2016
Lindamir Salete Casagrande e Ângela Maria Freire de Lima e Souza CADERNOS DE PESQUISA v.47 n.163 p.168-200 jan./mar. 2017 201