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Poder Judiciário da União Fls.

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TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOS

Órgão : 3ª TURMA CRIMINAL


Classe : APELAÇÃO
N. Processo : 20150110696616APR
(0020133-69.2015.8.07.0001)
Apelante(s) : ALESSANDRO PEREIRA BARREIRO
Apelado(s) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO
FEDERAL E TERRITÓRIOS
Relator : Desembargador WALDIR LEÔNCIO LOPES
JÚNIOR
Revisor : Desembargador DEMETRIUS GOMES
CAVALCANTI
Acórdão N. : 1048914

EMENTA

DIREITO PENAL. APELAÇÃO CRIMINAL. FURTO


QUALIFICADO MEDIANTE ROMPIMENTO DE OBSTÁCULO.
FURTO PRIVILEGIADO. NÃO RECONHECIMENTO. PENA
PECUNIÁRIA. PROPORCIONALIDADE. APELO
PARCIALMENTE PROVIDO.
1. Para a aplicação do chamado furto privilegiado previsto no
art. 155, §2º, do Código Penal, deve o agente ser primário e a
coisa subtraída ser de pequeno valor, sendo possível a
aplicação do privilégio ao furto qualificado quando a
qualificadora for de ordem objetiva, nos termos da Súmula 511
do STJ.
2. No caso dos autos, embora a primariedade do apelante
tenha sido reconhecida na sentença condenatória e a
qualificadora do rompimento de obstáculo seja de ordem
objetiva, não se pode dizer que os bens furtados juntamente
com o prejuízo das vítimas com o arrombamento das portas
dos veículos são de pequeno valor, pois superaram o valor de
um salário mínimo.
3. A pena pecuniária deve guardar proporcionalidade com a
pena privativa de liberdade.
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4. Apelação criminal conhecida e parcialmente provida.

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ACÓRDÃO

Acordam os Senhores Desembargadores da 3ª TURMA CRIMINAL


do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios, WALDIR LEÔNCIO LOPES
JÚNIOR - Relator, DEMETRIUS GOMES CAVALCANTI - Revisor, NILSONI DE
FREITAS CUSTODIO - 1º Vogal, sob a presidência do Senhor Desembargador
JOÃO BATISTA TEIXEIRA, em proferir a seguinte decisão: CONHECIDO. DEU-
SE PARCIAL PROVIMENTO. UNÂNIME.
, de acordo com a ata do julgamento e notas taquigráficas.
Brasilia(DF), 21 de Setembro de 2017.

Documento Assinado Eletronicamente


WALDIR LEÔNCIO LOPES JÚNIOR
Relator

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RELATÓRIO

Cuida-se de apelação criminal interposta por ALESSANDRO


PEREIRA BARREIRO contra a respeitável sentença da MM. Juíza de Direito da
Terceira Vara Criminal de Brasília, que julgou parcialmente procedente a pretensão
punitiva estatal e o condenou, por incurso no art. 155, §4º, inciso I (por duas vezes)
c/c art. 71, ambos do Código Penal, à pena privativa de liberdade de 2 (dois) anos
e 4 (quatro) meses de reclusão, regime inicial aberto, além do pagamento de
20 (vinte) dias-multa à razão de 1/30 do salário mínimo vigente, corrigido
monetariamente. Foi determinada a substituição da pena privativa de liberdade por
duas restritivas de direitos.
Nas razões recursais de fls. 269-272, a defesa pleiteia o
reconhecimento da causa de diminuição de pena referente ao furto privilegiado (art.
155, §2º, do CP), ao argumento de ser o réu primário, de que a res furtiva e os
prejuízos causados às vítimas foram inferiores ao salário mínimo e de que a
qualificadora do rompimento de obstáculo tem natureza objetiva, conforme Súmula
511 do STJ.
O Ministério Público não apresentou contrarrazões formais (fls.
274).
A Procuradoria de Justiça, às fls. 275-277, manifestou-se pelo
conhecimento e desprovimento da apelação criminal.
É o breve relatório.

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VOTOS

O Senhor Desembargador WALDIR LEÔNCIO LOPES JÚNIOR - Relator


Presentes os pressupostos de admissibilidade, conheço da
apelação criminal.
O MPDFT ofereceu denúncia contra ALESSANDRO PEREIRA
BARREIRO e DIARLE VIEIRA BRAGA, devidamente qualificados nos autos, por
incurso nas sanções descritas no art. 155, §2º, inciso I e IV, c/c art. 69, ambos do
Código Penal.
Narrou a denúncia, aditada às fls. 194-195, inverbis:

1º FATO -
No período compreendido entre 15h e 18h do dia 17 de junho de 2015, nas
proximidades da Faculdade Projeção, Sandú Norte, Taguatinga/DF, os
denunciados, conscientes e voluntariamente, com ânimo de
assenhoramento definitivo e divisão de tarefas, mediante rompimento de
obstáculo, subtraíram em proveito da dupla: 01 (um) extintor de incêndio,
marca RIDDEL, 01 (um) fone de ouvido para aparelho celular; e 02 (dois)
estojos transparentes, marca Calina jóias, com diversas jóias pessoais, de
dentro do veículo Fiat/Palio Attractive 14.0, placa PAE 5772/DF de
propriedade de Viviane Lopes José.
Consta dos autos que Viviane estacionou o seu veículo Fiat/Palio Attractive
14.0, placa PAE 5772/DF. Ao retornar, por volta das 18h, observou papéis
pelo chão do carro, mas não percebeu a prática de furto. Após, por volta das
22h, recebeu ligação da Polícia Militar informando que haviam apreendidos
os objetos de sua propriedade. Na ocasião, reconheceu seus pertences e
percebeu que a fechadura do veículo havia sido arrombada.
Apurou-se que os objetos subtraídos pelos denunciados, salvo o extintor de
incêndio, estavam dentro do porta-luvas do veículo da vítima.

2º FATO -
Na referida data, no período entre 19h e 21h, no estacionamento da
faculdade PROCESSUS, SEPS 708/908, Asa Sul, Brasília/DF, os
denunciados, conscientes e voluntariamente, com ânimo de
assenhoramento definitivo, divisão de tarefas e mediante rompimento de

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obstáculo, subtraíram para si: 01 (um) extintor de incêndio, marca RESIL, 01


(um) estojo com diversas maquiagens, de dentro do veículo Hyundai, HB20,
1.0 Comfort, placa PAE 8404/DF, de propriedade de Hayanne Stephany
Schneider.
Na referida data, os policiais militares Manoel e Heleno realizavam
patrulhamento de rotina, quando ouviram pelo rádio a notícia de que os
denunciados tentavam entrar em carro no estacionamento da Faculdade
Processus. Ato contínuo, se deslocaram para o referido local e avistaram os
denunciados na condução do veículo Fiat/Uno Mille IE, placa JEN 9680-DF,
empreendendo fuga. Alcançados pelos policiais nas proximidades das
quadras 708/709, foi realizada a busca no veículo Fiat/Uno Mille IE, placa
JEN 9680-DF, de propriedade do denunciado Diarle, onde foram
encontrados os objetos acima relacionados bem como 01 (uma) camisa
masculina, marca Gangster (Cf. Auto de Apresentação e Apreensão nº
753/2015, fls. 21/22).
Os referidos objetos foram apreendidos e depois restituídos às vítimas (Cf.
Auto de Apresentação e Apreensão nº 753/2015, fls. 21/22; Termo de
Restituição nº 294/2015, fl. 23 e Termo de Restituição nº 295/2015, fl. 24).

Após regular instrução, foi julgada parcialmente procedente a


pretensão punitiva estatal deduzida na denúncia para condenar ALESSANDRO
PEREIRA BARREIRO por incurso no art. 155, §4º, inciso I (por duas vezes), c/c art.
71, ambosdo Código Penal. DIARLE VIEIRA BRAGA foi absolvido, com fulcro no art.
386, inciso VII, do CPP.
Recorre ALESSANDRO PEREIRA BARREIRO, pleiteando o
reconhecimento do furto privilegiado.
Registro que a materialidade e a autoria estão devidamente
comprovadas no processo, em especial pela confissão do réu, e não foram objeto de
insurgência no recurso, motivo pelo qual desnecessárias maiores considerações
sobre a matéria.
DO PEDIDO DE RECONHECIMENTO DO FURTO PRIVILEGIADO.
Condenado pela prática do delito de furto qualificado pelo
rompimento de obstáculo (CP, art. 155, §4º, inciso I), pretende o apelante o
reconhecimento da prática de furto privilegiado, ao argumento de que ele é primário,
os bens subtraídos e os prejuízos suportados pelas vítimas foram inferiores ao

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salário mínimo e a qualificadora do rompimento de obstáculo tem natureza objetiva,


conforme Súmula 511 do STJ.
Razão não lhe assiste.
Prevê o §2º do artigo 155 do Código Penal que "se o de criminoso é
primário, e é de pequeno valor a coisa furtada, o juiz pode substituir a pena reclusão
pela de detenção, diminuí-la de um a dois terços, ou aplicar somente a pena de
multa."
Já nos termos do entendimento da Súmula 511 do STJ, "é possível o
reconhecimento do privilégio previsto no §2º do art. 155 do CP nos casos de crime
de furto qualificado, se estiverem presentes a primariedade do agente, o pequeno
valor da coisa e a qualificadora for de ordem objetiva".
Portanto, para a aplicação do chamado "furto privilegiado" deve o
agente preencher os dois requisitos previstos no dispositivo citado, sendo possível a
aplicação do privilégio às figuras qualificadas do §4º do art. 155 do CP quando a
qualificadora for de ordem objetiva.
No caso dos autos, embora a primariedade do apelante tenha sido
reconhecida na sentença condenatória e a qualificadora do rompimento de obstáculo
(circunstância inquestionável na prova dos autos - laudos periciais de fls. 114-118 e
119-126) seja de ordem objetiva, não se pode dizer que os bens furtados são de
pequeno valor.
Isso porque o efetivo prejuízo da vítima deve ser avaliado de uma
forma mais ampla, não se limitando à própria res, mas, como no caso, também aos
danos realizados nos veículos, onde as portas foram arrombadas, conforme laudos
periciais de fls. 114-118 e 119-126.
Conforme se extrai dos autos, ALESSANDRO PEREIRA BARREIRO
subtraiu, mediante rompimento de obstáculo (art. 155, §4º, inciso I, do CP), qual
seja, o arrombamento das portas dos veículos Fiat/Palio Attractive e Hyundai HB20,
diversos bens das proprietárias Viviane Lopes José e Hayanne Stephany Scheider.
No veículo Fiat/Palio Attractive, de propriedade de Viviane Lopes
José foram subtraídos os seguintes bens: 1 (um) extintor de incêndio, marca KIDDE
(avaliado em R$ 110,00), 1 (um) fone de ouvido para aparelho celular (avaliado em
R$ 10,00) e 2 (dois) estojos transparentes, marca Calina Joias, com diversas joias
pessoais. Já no veículo Hyundai HB20, de propriedade de Hayanne Stephany
Scheider, foram subtraídos: 1 (um) extintor de incêndio, marca RESIL (avaliado em
R$ 110,00) e 1 (um) estojo com diversas maquiagens.
Conforme se observa do Laudo de Avaliação Indireta de fls. 104-
105, os dois extintores e o fone de ouvido foram avaliados em R$ 230,00 (duzentos

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e trinta reais), não sendo possível a avaliação indireta dos demais bens, inclusive
das joias da vítima Viviane, a qual informou que eram de prata (mídia de fl. 181).
Além dos bens subtraídos, as vítimas tiveram prejuízos com o
conserto dos carros. A vítima Hayanne Sthephany Scheider declarou, em Juízo, que
não chegou a arrumar a porta do veículo Hyundai HB20, pois custaria cerca de R$
2.000,00 (dois mil reais) em razão da codificação da chave, o que exigiria a troca do
segredo de todas as portas, de modo que só trocou uma fechadura que custou R$
100,00 (cem reais). Já a vítima Viviane Lopes José, afirmou que gastou cerca de R$
100,00 (cem reais) no conserto da fechadura arrombada (mídia de fl. 181)
Como se vê, considerando o laudo de avaliação indireta de fls. 104-
105 e os custos ainda não concretizados para o conserto das portas dos veículos, a
res não apresenta pequeno valor, trazendo abalo financeiro significativo ao
patrimônio das vítimas, não estando, dessa maneira, preenchido um dos requisitos
que autorizam o reconhecimento do furto privilegiado.
Consoante consignou a douta Procuradoria, "é possível inferir que o
conjunto ultrapassa o parâmetro permitido, repercutindo de forma considerável no
patrimônio das vítimas. Assim, não se pode falar que o prejuízo suportado pelas
vítimas é ínfimo, quando as despesas com o arrombamento dos veículos das vítimas
superam o valor de um salário mínimo" (fl. 273).
Nesse sentido, já decidiu esta eg. Corte:

APELAÇÃO CRIMINAL. TENTATIVA DE FURTO QUALIFICADO.


ABSOLVIÇÃO. IMPOSSIBILIDADE. DESCLASSIFICAÇÃO PARA FURTO
PRIVILEGIADO. AFASTAMENTO DA QUALIFICADORA DA CHAVE MIXA.
PORTE DE ARMA. ATENUANTE DA CONFISSÃO ESPONTANEA.
RECURSO DA DEFESA PROVIDO PARCIALMENTE. RECURSO DO
MINISTÉRIO PÚBLICO DESPROVIDO.
1. Aconfissão extrajudicial do réu juntamente com o depoimento prestado
pelos policiais na delegacia e em juízo formam um conjunto probatório
suficiente para manter a condenação por tentativa de furto qualificado.
2. Os depoimentos de policiais, no desempenho da função pública, são
dotados de credibilidade e confiabilidade que somente podem ser
derrogados diante de evidências em sentido contrário.
3. Para que o agente seja beneficiado pelo reconhecimento do furto
privilegiado, necessária a constatação de sua primariedade e do

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pequeno valor da coisa subtraída - requisito este não atendido quando


o prejuízo com o arrombamento do veículo da vítima superou o valor
de um salário mínimo. (...)
(Acórdão n.921329, 20140510101510APR, Relator: SILVANIO BARBOSA
DOS SANTOS, Revisor: JOÃO TIMÓTEO DE OLIVEIRA, 2ª TURMA
CRIMINAL, Data de Julgamento: 18/02/2016, Publicado no DJE:
24/02/2016. Pág.: Sem Página Cadastrada. - grifo nosso)
PENAL. PROCESSO PENAL. FURTO QUALIFICADO PELO
ROMPIMENTO DE OBSTÁCULO. ART. 155, § 4º, INCISO I, DO CÓDIGO
PENAL. PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA. INAPLICABILIDADE. VALOR
DA RES FURTIVA E OFENSIVIDADE DA CONDUTA. VALIDADE DO
LAUDO DE AVALIAÇÃO ECONÔMICA INDIRETA. AUSÊNCIA DE
PREJUÍZO. AFASTAMENTO DA QUALIFICADORA. IMPOSSIBILIDADE.
DESCLASSIFICAÇÃO PARA FURTO PRIVILEGIADO. INVIABILIDADE.
DOSIMETRIA. CONFISSÃO. SÚMULA 231 DO STJ. RECURSO A QUE SE
NEGA PROVIMENTO.
1. A importância de R$ 530,00 (quinhentos e trinta reais) não pode ser tida
como de insignificante valor, se levado em consideração que se aproxima
de um salário mínimo, referencial este de remuneração de um mês de
trabalho de um operário.
2. Não há irregularidade na realização do laudo por meio indireto, desde que
observadas as suas normas de regência.
3. No furto cometido mediante destruição de vidro de veículo para subtração
de objeto em seu interior, incide a qualificadora do rompimento de
obstáculo. Precedentes do STJ.
4. Arecente orientação do Supremo Tribunal Federal e do Superior
Tribunal de Justiça é no sentido de que a figura do furto privilegiado é
compatível, em casos excepcionais, com a do furto qualificado. Na
hipótese, todavia, considerando o elevado valor da res furtiva, inviável
a desclassificação para o furto privilegiado.
5. Embora presente a atenuante da confissão espontânea do réu, esta não
tem o efeito de diminuir a pena aquém do mínimo legal, em obediência à
Súmula 231 do Superior Tribunal de Justiça.
6. Recurso a que se nega provimento.
(Acórdão n.676930, 20080810092478APR, Relator: JOÃO TIMÓTEO DE
OLIVEIRA, Revisor: SOUZA E AVILA, 2ª Turma Criminal, Data de
Julgamento: 09/05/2013, Publicado no DJE: 17/05/2013. Pág.: 416)

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Dessa forma, indefiro a pretendida causa de diminuição de pena.


DA DOSIMETRIA DA PENA.
Na primeira fase de fixação da pena, diante da ausência de
circunstâncias judiciais desfavoráveis, a MM. Juíza singular estabeleceu
corretamente a pena-base no mínimo legal, ou seja, em 2 (dois) anos de reclusão.
Na segunda fase, a d. Sentenciante, apesar de reconhecer a
atenuante daconfissão espontânea, diante do óbice proclamado na Súmula 231
do STJ, manteve adequadamente a pena intermediária em 2 (dois) anos de
reclusão.
Na terceira fase, ausentes causas de diminuição e de aumento de
pena, a reprimenda definitiva foi corretamente fixada em 2 (dois) anos de reclusão.
Por fim, a MM. Juíza sentenciante, após convencer-se da prática de
2 (dois) crimes de furto qualificado pelo recorrente, e de entender que as infrações
configuraram crime continuado, nos termos do art. 71 do Código Penal, promoveu
o aumento da pena na fração mínima de 1/6 (um sexto), o que se mostrou acertado.
Dessa forma, mantida a fração de 1/6 (um sexto), a reprimenda
definitivamente foi corretamente imposta em 2 (dois) anos e 4 (quatro) meses de
reclusão.
Para manter a desejável proporcionalidade entre a pena corporal e a
de multa, reduzo esta para 11 (onze) dias-multa, calculados à base de 1/30 (um
trigésimo) do salário mínimo vigente à época dos fatos.
DO REGIME INICIAL E DA SUBSTITUIÇÃO DA PENA.
Conservo o regime aberto imposto para cumprimento inicial da pena
privativa de liberdade, nos termos do artigo 33, § 2º, "c", do Código Penal.
Igualmente, correta a substituição da pena privativa de liberdade por
duas restritivas, porquanto satisfeitos os requisitos do art. 44 do Código Penal.
DO DISPOSITIVO.
Ante o exposto, conheço do apelo e a ele DOU PARCIAL
PROVIMENTO para reduzir a pena pecuniária do apelante para 11 (onze) dias-
multa, à razão de 1/30 (um trigésimo) do salário mínimo vigente à época da prática
do crime.
Comunique-se na forma da Resolução n. 172, de 8 de março de
2013, do Conselho Nacional de Justiça.
É o meu voto.

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O Senhor Desembargador DEMETRIUS GOMES CAVALCANTI - Revisor


Com o relator

A Senhora Desembargadora NILSONI DE FREITAS CUSTODIO - Vogal


Com o relator

DECISÃO

CONHECIDO. DEU-SE PARCIAL PROVIMENTO. UNÂNIME.

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