O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte
Lei:
o
Art. 3 São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil os menores de
16 (dezesseis) anos. (Alterado pela Lei nº 13.146, de 2015)
Capacidade é a medida da personalidade. Pode ser de direito ou de fato. A de direito é própria de todo
ser humano, que a adquire assim que nasce (ao começar a respirar) e só a perde quando morre. A de
fato é a aptidão para exercer, pessoalmente, os atos da vida civil, sua aquisição está condicionada à
plenitude da consciência e da vontade. Ocorre capacidade plena quando a pessoa é dotada das duas
espécies de capacidade: a capacidade de direito e a capacidade de fato.
O suprimento da incapacidade absoluta se dá através do instituto da representação, ou seja, o
ordenamento jurídico prevê um sistema em que alguém representa o incapaz, substituindo sua
vontade.
O incapaz responde civilmente, de acordo com o teor do art. 928. “O incapaz responde pelos prejuízos
que causar, se as pessoas por ele responsáveis não tiverem obrigação de fazê-lo, ou não dispuserem
de meios suficientes. Parágrafo único. A indenização prevista neste artigo, que deverá ser equitativa,
não terá lugar se privar do necessário o incapaz ou as pessoas que dele dependem.” determinando a
responsabilidade subsidiária do incapaz.
Não haverá interdição, nos casos de natureza transitória, pois essa pressupõe estado duradouro.
*O artigo sob comento sofreu alteração de acordo com disposto no art. 114, do Estatuto da Pessoa com
Deficiência, Lei n. 13.146, de 06.07.2015, passando a vigorar decorridos 180 dias da data de sua
publicação oficial (art. 127).
Vale ressaltar que o Estatuto da Pessoa com Deficiência, após sua entrada em vigor, causará grade
repercussão sobre o sistema jurídico brasileiro, principalmente na disciplina do Direito Civil. Trazendo
vários avanços para a proteção da dignidade da pessoa com deficiência e essa nova legislação modifica e
revoga alguns artigos do Código Civil. O conceito da pessoa com deficiência está previsto no art. 2º, do
Estatuto: “Considera-se pessoa com deficiência como aquela que tem impedimento de longo prazo de
natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode
obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais
pessoas.
A alteração do art. 3º, do CC através da Lei n. 13.146/15 implica na não existência de pessoa
absolutamente incapaz que seja maior de idade, pois a partir de sua entrada em vigor, apenas pessoas
menores de 16 anos podem ser consideradas absolutamente incapazes.
Enunciado n. 138 da III Jornada de Direito Civil – Art. 3º: A vontade dos absolutamente incapazes, na
hipótese do inc. I do art. 3º é juridicamente relevante na concretização de situações existenciais a eles
concernentes, desde que demonstrem discernimento bastante para tanto.
Enunciado n. 332 da III Jornada de Direito Civil – Art. 1.548: A hipótese de nulidade prevista no inc. I do
art. 1.548 do Código Civil se restringe ao casamento realizado por enfermo mental absolutamente
incapaz, nos termos do inc. II do art. 3º do Código Civil.
o
Art. 4 São incapazes, relativamente a certos atos, ou à maneira de os exercer:
III - aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua
vontade; (Alterado pela Lei nº 13.146, de 2015)
IV - os pródigos.
Parágrafo único. A capacidade dos indígenas será regulada por legislação especial. ( Alterado pela Lei
nº 13.146, de 2015)
Os relativamente incapazes são assistidos, o que difere da regra acima, uma vez que os absolutamente
incapazes são representados. Os atos praticados pelos relativamente incapazes são atos anuláveis,
segundo a legislação. No entanto, os atos por eles praticados são passíveis de ratificação ou confirmação
se não comprometerem direito de terceiro. A limitação do pródigo é restrita, e o curador só precisa
assisti-lo em alguns atos (art. 1.782 do Código Civil).
*Esse artigo também foi modificado de forma considerável pelo Estatuto da Pessoa com Deficiência, Lei
n. 13.146, de 06.07.2015, como ocorre no inciso II que não considera mais as pessoas com
discernimento reduzido como relativamente incapazes. O legislador manteve a referência apenas aos
ébrios habituais e aos viciados em tóxicos.
§ 1º Para a prova de fatos que só elas conheçam, pode o juiz admitir o depoimento das pessoas a
que se refere este artigo.
*Com as mudanças introduzidas pelo Estatuto da Pessoa com Deficiência, Lei n. 13.146, de 06.07.2015,
no campo das provas, poderão testemunhar aqueles que, por enfermidade ou retardamento mental,
puderem exprimir a sua vontade e os cegos e surdos, quando a ciência do fato que se quer provar
dependa dos sentidos que lhes faltam, desde que a tecnologia assistiva permita-os testemunhar.
Art. 1.518. Até à celebração do casamento podem os pais ou tutores revogar a autorização.
(Alterado pela Lei nº 13.146, de 2015)
A autorização dada pelos pais ou tutores para a celebração do casamento pode ser revogada, não
necessitando ser motivada.
*O artigo sob comento sofreu alteração de acordo com disposto no Estatuto da Pessoa com Deficiência,
Lei n. 13.146, de 06.07.2015, passando a revogar a legitimação do curador para revogar a autorização de
casamento.
CAPÍTULO VIII
Da Invalidade do Casamento
As hipóteses relativas aos impedimento acarretam a invalidade do casamento. Assim como a ausência
de um dos requisitos essenciais de existência do casamento também o tornam nulo, como a capacidade
das partes.
*Resta mencionar que os inciso I do art. 1.548, consta como revogado pelo art. 123, inc. IV, do Estatuto
da Pessoa com Deficiência, Lei n. 13.146, de 06.07.2015. Dessa forma, não se decreta mais a nulidade do
casamento das pessoas com enfermidade mental, sem o necessário discernimento para a prática dos
atos da vida civil.
Enunciado n. 332 da IV Jornada de Direito Civil – Art. 1.548: A hipótese de nulidade prevista no inc. I do
art. 1.548 do Código Civil se restringe ao casamento realizado por enfermo mental absolutamente
incapaz, nos termos do inc. II do art. 3º do Código Civil.
II - do menor em idade núbil, quando não autorizado por seu representante legal;
III - por vício da vontade, nos termos dos arts. 1.556 a 1.558;
V - realizado pelo mandatário, sem que ele ou o outro contraente soubesse da revogação do
mandato, e não sobrevindo coabitação entre os cônjuges;
O artigo sob comento traz as hipóteses de anulabilidade do casamento. Trata-se de rol taxativo. Tendo
em vista sua natureza privada, é passível de confirmação que pode ser feita de forma expressa ou tácita
e só tem legitimidade para propor a ação anulatória o interessado, não sendo possível ser declarada de
ofício pelo juiz. A anulabilidade então, será reconhecida através da ação anulatória, ajuizada
exclusivamente pelo interessado, tendo natureza desconstitutiva e produzindo efeitos retroativos (ex
tunc).
*Com as modificações introduzidas pelo Estatuto da Pessoa com Deficiência, Lei n. 13.146, de
06.07.2015, houve o acréscimo do parágrafo segundo o qual preceitua que a pessoa com deficiência
mental ou intelectual em idade núbil poderá contrair matrimônio, expressando sua vontade
diretamente ou por meio de seu responsável ou curador.
I - o que diz respeito à sua identidade, sua honra e boa fama, sendo esse erro tal que o seu
conhecimento ulterior torne insuportável a vida em comum ao cônjuge enganado;
II - a ignorância de crime, anterior ao casamento, que, por sua natureza, torne insuportável a vida
conjugal;
III - a ignorância, anterior ao casamento, de defeito físico irremediável que não caracterize
deficiência ou de moléstia grave e transmissível, por contágio ou por herança, capaz de pôr em risco a
saúde do outro cônjuge ou de sua descendência; (Alterado pela Lei nº 13.146, de 2015)
Sendo o erro essencial quanto à pessoa, haverá anulabilidade do casamento. Trata-se de rol taxativo,
não admitindo ampliações.
*Como efeito da alteração introduzida pelo Estatuto da Pessoa com Deficiência, Lei n. 13.146, de
06.07.2015, foram modificados dois incisos do art. 1.557, CC, dispositivo que consagra as hipóteses de
anulação do casamento por erro essencial quanto à pessoa. O seu inciso III passou a conter uma
ressalva, eis que é anulável o casamento por erro no caso de ignorância, anterior ao casamento, de
defeito físico irremediável que não caracterize deficiência ou de moléstia grave e transmissível, por
contágio ou por herança, capaz de pôr em risco a saúde do outro cônjuge ou de sua descendência.
(Destacamos a ressalva). Outra consequência foi a revogação do inciso IV do mesmo artigo.
TÍTULO IV
Da Tutela, da Curatela e da Tomada de Decisão Apoiada
*O art. 115 do Estatuto da Pessoa com Deficiência, Lei n. 13.146, de 06.07.2015, alterou o este título
passando a vigorar decorridos 180 dias da data de sua publicação oficial (art. 127).
CAPÍTULO II
Da Curatela
Seção I
Dos Interditos
III - os ébrios habituais e os viciados em tóxico; (Alterado pela Lei nº 13.146, de 2015)
V - os pródigos.
Trata-se de encargo exercido por alguma pessoa com a finalidade de proteger e administrar a vida e os
bens de outrem que não se encontra em condições físicas ou mentais de cuidar de seus próprios
interesses. Sua natureza é essencialmente assistencial, como no caso da tutela. Para o seu
estabelecimento é necessário procedimento judicial.
*Esse artigo sofreu alteração pelo Estatuto da Pessoa com Deficiência, Lei n. 13.146, de 06.07.2015,
ficando revogado os incisos II e IV.
Art. 1.768. O processo que define os termos da curatela deve ser promovido: (Alterado pela Lei
nº 13.146, de 2015) (Vide Lei n º 13.105, de 2015)
*O artigo sob comento sofreu alteração pelo Estatuto da Pessoa com Deficiência, Lei n. 13.146, de
06.07.2015, introduzindo uma alteração em matéria de interdição, a saber, se será passível o processo
de interdição ou se exequível juridicamente apenas uma demanda com nomeação de um curador.
Resta mencionar que o art. 1.768, consta como revogado pelo art. 1.072, inc. II, do Novo CPC, Lei n.
13.105, de 17.03.2015, passando a vigorar a partir de 1 ano da data de sua publicação oficial (art. 1.045).
Dessa forma, essa alteração permanecerá em vigor por pouco tempo. Essa matéria será tratada no
NCPC nos arts. 747 a 758.
Art. 1.769. O Ministério Público somente promoverá o processo que define os termos da
curatela: (Alterado pela Lei nº 13.146, de 2015) (Vide Lei n º 13.105, de 2015)
I - nos caso de deficiência mental ou intelectual; (Alterado pela Lei nº 13.146, de 2015)
II - se não existir ou não promover a interdição alguma das pessoas designadas nos incisos I e II
do artigo antecedente;
III - se, existindo, forem menores ou incapazes as pessoas mencionadas no inciso II. (Alterado
pela Lei nº 13.146, de 2015)
O Ministério Público terá legitimidade ativa nos caso de deficiência mental ou intelectual e nos demais
casos que constam dos incisos do art. 1.769. Esse artigo foi alterado pelo Estatuto da Pessoa com
Deficiência.
*Importante mencionar que o art. 1.769 consta como revogado pelo art. 1.072, inc. II, do Novo CPC (Lei
n. 13.105, de 17.03.2015). Em consequência, a matéria abordada nesse dispositivo será tratada pelo
NCPC em seu art. 748, dispondo que o Ministério Público só promoverá interdição em caso de doença
mental grave: a) se as pessoas designadas nos incisos I, II e III do art. 747 não existirem ou não
promoverem a interdição; e b) se, existindo, forem incapazes as pessoas mencionadas nos incisos I e
II do art. 747.
Art. 1.771. Antes de se pronunciar acerca dos termos da curatela, o juiz, que deverá ser assistido por
equipe multidisciplinar, entrevistará pessoalmente o interditando. (Alterado pela Lei nº 13.146, de
2015) (Vide Lei n º 13.105, de 2015)
As causas que ensejam a curatela requerem assistência especializada tendo em vista que podem surgir
questões de ordem técnica das quais o juiz não tenha pleno conhecimento. Assim, antes de manifestar-
se acerca dos termos da curatela o juiz assistido por equipe multidisciplinar, entrevistará pessoalmente
o interditando.
*Cabe mencionar que o art. 1.771 perderá sua vigência em um curto período, pois consta como
revogado pelo art. 1.072, inc. II, do Novo CPC (Lei n. 13.105, de 17.03.2015). A matéria será disciplinada
pelo art. 751, NCPC, que trata da situação da seguinte forma: o interditando será citado para, em dia
designado, comparecer perante o juiz, que o entrevistará minuciosamente acerca de sua vida, negócios,
bens, vontades, preferências e laços familiares e afetivos e sobre o que mais lhe parecer necessário para
convencimento quanto à sua capacidade para praticar atos da vida civil, devendo ser reduzidas a termo
as perguntas e respostas.
Parágrafo único. Para a escolha do curador, o juiz levará em conta a vontade e as preferências do
interditando, a ausência de conflito de interesses e de influência indevida, a proporcionalidade e a
adequação às circunstâncias da pessoa.
Uma vez pronunciada a interdição, o juiz determinará, segundo as potencialidades da pessoa, os limites
da curatela, observada as restrições constantes do art. 1.782, e indicará curador. No momento da
escolha do curador será dada preferência à vontade do interditando.
*Mesmo destino, de revogação, ocorrerá com o art. 1.772, pelo art. 1.072, inc. II, do Novo CPC.
Enunciado n. 574 da VI Jornada de Direito Civil – Art. 1.772: A decisão judicial de interdição deverá fixar
os limites da curatela para todas as pessoas a ela sujeitas, sem distinção, a fim de resguardar os direitos
fundamentais e a dignidade do interdito (art. 1.772).
Art. 1.775-A. Na nomeação de curador para a pessoa com deficiência, o juiz poderá estabelecer curatela
compartilhada a mais de uma pessoa. (Introduzido pela Lei nº 13.146, de 2015)
*O Estatuto da Pessoa com Deficiência incluiu o art. 1.775-A que aborda a possibilidade de curatela
compartilhada segundo a apreciação do juiz no momento da nomeação de curador para a pessoa com
deficiência.
Art. 1.777. As pessoas referidas no inciso I do art. 1.767 receberão todo o apoio necessário para
ter preservado o direito à convivência familiar e comunitária, sendo evitado o seu recolhimento em
estabelecimento que os afaste desse convívio. (Alterado pela Lei nº 13.146, de 2015)
A nova redação desse dispositivo estabelece que as pessoas que por causa transitória ou
permanente não puderem exprimir sua vontade receberão todo o apoio necessário para ter preservado
o direito à convivência familiar e comunitária, sendo evitado o seu recolhimento em estabelecimento
que os afaste desse convívio. Bem o contrário da antiga previsão do Código.
Esse dispositivo foi revogado pelo Estatuto da Pessoa com Deficiência. A antiga redação do art.
1.780 contia a seguinte redação “A requerimento do enfermo ou portador de deficiência física, ou, na
impossibilidade de fazê-lo, de qualquer das pessoas a que se refere o art. 1.768, dar-se-lhe-á curador
para cuidar de todos ou alguns de seus negócios ou bens”.
CAPÍTULO III
Da Tomada de Decisão Apoiada
(Incluído pela Lei nº 13.146, de 2015)
Art. 1.783-A. A tomada de decisão apoiada é o processo pelo qual a pessoa com deficiência elege pelo
menos 2 (duas) pessoas idôneas, com as quais mantenha vínculos e que gozem de sua confiança, para
prestar-lhe apoio na tomada de decisão sobre atos da vida civil, fornecendo-lhes os elementos e
informações necessários para que possa exercer sua capacidade.
o
§ 1 Para formular pedido de tomada de decisão apoiada, a pessoa com deficiência e os apoiadores
devem apresentar termo em que constem os limites do apoio a ser oferecido e os compromissos dos
apoiadores, inclusive o prazo de vigência do acordo e o respeito à vontade, aos direitos e aos interesses
da pessoa que devem apoiar.
o
§ 2 O pedido de tomada de decisão apoiada será requerido pela pessoa a ser apoiada, com indicação
expressa das pessoas aptas a prestarem o apoio previsto no caput deste artigo.
o
§ 3 Antes de se pronunciar sobre o pedido de tomada de decisão apoiada, o juiz, assistido por equipe
multidisciplinar, após oitiva do Ministério Público, ouvirá pessoalmente o requerente e as pessoas que
lhe prestarão apoio.
o
§ 4 A decisão tomada por pessoa apoiada terá validade e efeitos sobre terceiros, sem restrições, desde
que esteja inserida nos limites do apoio acordado.
o
§ 5 Terceiro com quem a pessoa apoiada mantenha relação negocial pode solicitar que os apoiadores
contra-assinem o contrato ou acordo, especificando, por escrito, sua função em relação ao apoiado.
o
§ 6 Em caso de negócio jurídico que possa trazer risco ou prejuízo relevante, havendo divergência de
opiniões entre a pessoa apoiada e um dos apoiadores, deverá o juiz, ouvido o Ministério Público, decidir
sobre a questão.
o
§ 7 Se o apoiador agir com negligência, exercer pressão indevida ou não adimplir as obrigações
assumidas, poderá a pessoa apoiada ou qualquer pessoa apresentar denúncia ao Ministério Público ou
ao juiz.
o
§ 8 Se procedente a denúncia, o juiz destituirá o apoiador e nomeará, ouvida a pessoa apoiada e se for
de seu interesse, outra pessoa para prestação de apoio.
o
§ 9 A pessoa apoiada pode, a qualquer tempo, solicitar o término de acordo firmado em processo de
tomada de decisão apoiada.
§ 10. O apoiador pode solicitar ao juiz a exclusão de sua participação do processo de tomada de decisão
apoiada, sendo seu desligamento condicionado à manifestação do juiz sobre a matéria.
§ 11. Aplicam-se à tomada de decisão apoiada, no que couber, as disposições referentes à prestação de
contas na curatela.”
Além dos já consagrados institutos protetivos de pessoa com deficiência, tutela e curatela, surge o
instituto da tomada de decisão apoiada através da Lei nº 13.146, de 2015. O legislador conceituou a
tomada de decisão apoiada como o processo pelo qual a pessoa com deficiência elege pelo menos duas
pessoas idôneas para prestar-lhe apoio na tomada de decisão sobre atos da vida civil, fornecendo-lhes
os elementos e informações necessários para que possa exercer a sua capacidade. O beneficiário
manterá sua capacidade de fato, mesmo nos atos específicos em que os apoiadores ajudem na tomada
de decisão. Vale destacar que o objetivo do apoio é fornecer qualidade de vida à pessoa com
deficiência, sendo o papel dos apoiadores se manter fiel ao termo levado a juízo. A decisão tomada por
pessoa apoiada terá validade e efeitos sobre terceiros, sem restrições, desde que esteja inserida nos
limites do apoio acordado. O término do acordo firmado pode ser solicitado pela pessoa apoiada a
qualquer tempo.