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UNIVERSIDADE FEEVALE

Felipe Luiz Coltro

Resenha – As aventuras de Pi

NOVO HAMBURGO
2014
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RESENHA

O filme inicia quando Pi, adulto, começa a contar sua história para um escritor, que
vai ao encontro do protagonista por estar interessado em como ele poderia lhe dar uma prova
da existência de Deus.
Quando Pi era pequeno, vivia com sua família em uma cidade da Índia. Pi, durante a
infância, estava em um período em que começou a questionar sua fé, e tais dúvidas
permitiram que ele se aproximasse de Jesus e de mais conhecimento sobre alguns tipos de
religiões. Em uma conversa, em um jantar familiar, o pai lhe diz que prefere que o filho
acredite em algo que o pai discorde do que acreditar em tudo cegamente. Isso é algo que, no
meu ponto de vista, acreditando em várias coisas que podem ser contrárias ou mesmo
diferentes em um determinado aspecto, você estará sendo imparcial, o que pode impedir de
afirmar com certeza ou formar uma opinião mais crítica, e isso pode interferir na observação
sensata e racional.
No decorrer do filme, o pai de Pi, que é dono de um zoológico, embarca com a
família em um navio, e nele precisa levar todos os animais junto a eles. Durante a viagem,
uma tempestade atinge o navio, fazendo com que ele afunde. A família de Pi morre, e ele
consegue embarcar em um pequeno barco, junto com a zebra, o orangotango, a hiena e o
tigre, Richard Parker. Mais tarde, restam apenas Pi e o tigre, e eles precisam aprender a
conviver juntos para sobreviver. Pi precisa contabilizar a comida, e arranjar carne para o tigre,
através da pescaria. Ele também aprende a lidar com suas próprias emoções e angústias, que
são postas a prova constantemente, pois ele tem de se manter motivado para continuar lutando
pela sua sobrevivência. No filme, ele diz que sem Richard Parker ele teria morrido, pois o
medo do tigre o manteve alerta, e atender as necessidades do felino se tornaram seu propósito
de vida. Após uma tempestade, ele acaba em uma ilha, e depois de sair desta ele chega a
outras terras, onde é encontrado por algumas pessoas. Ante disto, Richard Parker sai do barco
e se separa de Pi, que é tomado por tristeza e chora ao ver que seu companheiro nem sequer
olhou para trás antes de deixar o garoto.
A salvo, Pi responde a dois repórteres, contando a história de ser naufrágio. Eles não
acreditam na história contada pelo menino, e então ele conta uma outra versão, substituindo
os personagens originais por seres humanos, que representam, em uma analogia, os animais,
dando à história uma perspectiva mais aceitável.
2

Pi fala ao escritor sobre as duas histórias, e lhe diz que não era possível saber qual
era verdadeira ou falsa, e, ao questionar sobre qual delas o escritor prefere, a resposta foi que
sua favorita era a do tigre. No final, Pi fala que o mesmo pode ser aplicado à crença em Deus.
Nas observações acontece o mesmo. Tudo depende do ponto de vista e da opinião da
pessoa sobre um fato específico. Quem analisa algo o faz de acordo com as próprias crenças e
convicções, tendo como base suas próprias experiências para formar sua avaliação e chegar a
uma conclusão. Isso que acontece no filme, ao ouvir duas versões da aventura de Pi, o escritor
acredita na do tigre, não por ser a mais convincente, mas por ser a que se encaixa melhor em
sua própria compreensão, por ser a história que tem mais vida e mais magia na narrativa do
próprio Pi, e isso faz com que tal história tenha um caráter muito mais aceitável. Ao pensar
em Deus e em como escolhemos ou não acolhê-lo em nossa vida, podemos pensar por este
mesmo caminho, e, ao admitir a presença de algo maior, percebemos os acontecimentos de
nossa vivência de uma maneira mais surpreendente, com mais encanto e fascínio. Por isso as
lentes que uma pessoa usa para enxergar o mundo são tão importantes, pois elas podem
definir se o indivíduo irá levar uma vida que vai ser caracterizada pela alegria ou tristeza, pelo
extraordinário ou desencanto, pelo ódio ou amor, pela fé ou pela falta dela.

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