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Teoria da Resistência

dos Solos Arenosos

Discentes: Ablenya Grangeiro de Barros


Maria Natália de Melo Sousa
Outubro, 2018
1 Introdução

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Resistência ao Cisalhamento

O problema da determinação da resistência


cisalhamento nos solos constitui um dos pontos
fundamentais de toda a mecânica dos solos. Uma
avaliação correta deste conceito é um passo
indispensável para qualquer análise da estabilidade
das obras civis.

A capacidade dos solos em suportar cargas,


depende de sua resistência ao cisalhamento, isto é,
da tensão τr que é a máxima tensão que pode atuar
no solo sem que haja ruptura.

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Mecanismos da Resistência ao
Cisalhamento

Terzaghi conceituou essa resistência como


consequência imediata da pressão normal ao plano de
ruptura, que corresponde a pressão grão a grão ou τ r = c +σ tgϕ
pressão efetiva. Isto é, anteriormente considerava-se a
pressão total o que não correspondia ao real fenômeno
de desenvolvimento de resistência interna, mas, na
nova conceituação, amplamente constatada, conclui-se c e ϕ → não são inerentes aos
que somente as pressões efetivas mobilizam resistência materiais e na maioria dos
ao cisalhamento, (por atrito de contato grão a grão). casos, são determinados em
laboratório nas condições
mais desfavoráveis previstas
para o período de utilização
de cada projeto específico
4
A resistência ao cisalhamento é a máxima
pressão de cisalhamento que o solo pode A resistência ao cisalhamento
suportar sem sofrer ruptura. envolve duas componentes:

Quando este máximo é atingido, diz-se que o


solo rompeu.
Atrito Coesão

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Atrito

O atrito é função da interação entre duas


superfícies na região de contato.

Nos materiais granulares (areias), constituídas


de grãos isolados e independentes, o atrito é
um misto de escorregamento (deslizamento)
e de rolamento, afetado fundamentalmente
pelo entrosamento dos grãos.

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Coesão

A atração química entre partículas (potencial


atrativo de natureza molecular e coloidal), Solos Coesivos
principalmente, no caso de estruturas
floculadas, e a cimentação de partículas
(cimento natural, óxidos, hidróxidos e argilas)
podem provocar a existência de uma coesão Solos Não - Coesivos
real.

Segundo Vargas (1977), de uma forma intuitiva, a ● Areias puras e


coesão é aquela resistência que a fração argilosa pedregulhos;
empresta ao solo, pelo qual ele se torna capaz ● Esborroam-se facilmente
de se manter coeso em forma de torrões ou ao serem cortados ou
blocos, ou pode ser cortado em formas diversas escavados.
e manter esta forma.
7
2 Areias
● Comportamento é determinado pelo contato
entre os grãos minerais;
● Possuem teor de finos muito pequeno (<12%);
● Pouca influência da fração argila no conjunto.

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Comportamento das areias

Alta permeabilidade Dissipação da sobrepressão

Representação em laboratório:
ensaios drenados

Resistência em termos de
tensões efetivas
Fonte: As Águas Subterrâneas do Estado de São Paulo. 9
Cadernos de Educação Ambiental. Instituto Geológico, 2009.
Areias fofas x areias compactas

Areias fofas Areias compactas

Fonte: Pinto (2000) Fonte: Pinto (2000)

Compacidade relativa: < 0,33 Compacidade relativa: >0,66


Índice de vazios: baixo Índice de vazios: alto

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3 Ensaios
Resistência ao Cisalhamento em Areias

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Ensaios in situ

◉ Ensaio de palheta ou "Vane Shear Test";


◉ Ensaio padronizado de penetração - Standart Penetration Test (SPT);
◉ Ensaio de penetração estática do cone (CPT) ou "Deepsoundering";
◉ Ensaio pressiométrico (câmara de pressão no furo de sondagem).

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Aplicabilidade ao tipo de Solo

Fonte: Apostila UFRJ


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Ensaio Padrozinado de Penetração (SPT)

● ABNT NBR-6484/01 ;
● Investigação direta do subsolo através do
qual pode-se medir a resistência do solo;
● Tipo de solo;
● Profundidade do nível do lençol freático;
● Permite obtenção de amostras;
● Os valores de SPT obtidos dão uma
indicação preliminar bastante útil da
consistência (solos argilosos) ou estado de
compacidade (solos arenosos) das
camadas do solo investigadas.

Fonte: http://www.civil.ist.utl.pt/~jaime/5_ME_cores.pdf
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Ensaio de penetração estática do cone (CPT) ou "Deepsoundering"

● ABNT NBR 3406;


● Medidas quase contínuas da resistência de
ponta e lateral devido à cravação de um
penetrômetro no solo;
● Tipo de solo;
● Parâmetros de resistência ao cisalhamento;
● Capacidade de carga ;
● Custo baixo ( em relação a quantidade de
dados obtidos) e rápida execução;
● Não permite obtenção de amostras;
● Os dados permitem obter boas indicações
das propriedades do solo, ângulo de atrito
interno de areias, e coesão e consistência
das argilas. Fonte: http://www.civil.ist.utl.pt/~jaime/5_ME_cores.pdf
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Ensaio pressiométrico

● ASTM D4719-87;
● Curva de tensão x deformação do solo
prospectado;
Através de correlações é possível obter os seguintes
parâmetros:
● Módulo de elasticidade do solo (E);
● Resistência não drenada dos solos argilosos
saturados (Su);
● Resistência drenada dos solos arenosos (ø);
● Capacidade de carga e recalques em fundações
rasas e profundas.
Fonte:
http://www.damascopenna.com.br/wp-content/uploads/PMT.png 16
Ensaios em laboratório

◉ Ensaio de Compressão Simples - Puramente para Argilas ;


◉ Ensaio de Cisalhamento Direto;
◉ Ensaio de Compressão Triaxial;

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Ensaio Cisalhamento Direto

● ASTM D3080;
● As forças T e N, divididas pela área da seção
transversal do corpo de prova, indicam as
tensões σ e τ que nele estão ocorrendo;
● Permite a obtenção da envoltória de
tensões;
● Não permite a obtenção de parâmetros de
deformabilidade nem dos valores da
pressão neutra;
● Em areias são feitos sempre de forma a que
as pressões neutras se dissipem, e os Fonte: Pinto, 2000
resultados são considerados em termos de
tensões efetivas
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Ensaio Triaxial

● UU - ASTM D2850, CU - ASTM D4767,


CD - ASTM D7181
● Obtenção da envoltória de resistência
de Mohr-Coulomb;
● Impermeabilização total da amostra;
● Controle absoluto da drenagem;
● Medida do valor da pressão neutra.

Fonte:
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/2580463/mod_resource/co
ntent/5/compressib..pdf) 19
4 Análise dos resultados
Em função do ensaio de compressão triaxial adensado
drenado (CD)

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Comportamento Tensão x Deformação
Areias fofas Areias Compactas
Tensão desviadora x deformação axial
Resistência máxima
Tensões
confinantes
Resistência máxima
diretamente
proporcionais à
resistência
Resistência residual

Deformação volumétrica x deformação axial


aumento de
volume No momento
da ruptura
Vrup>Vini

Diminuição de volume

Fonte: Pinto, 2000.


Diminuição de volume
O pico de resistência das areias
compactas e o entrosamento
A diferença de tensões máximas de uma mesma areia em seu estado fofo
e compacto é explicado pelo entrosamento
O entrosamento
representa uma
componente adicional
de resistência que se
manifesta pelo valor de
pico superior a
resistência residual

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Dilatância das areias compactas e
o entrosamento
● Para ocorrer deformação
as esferas devem mover
lateralmente
● Para que ocorra o
cisalhamento, é
necessário o desencaixe
dos grãos, que é
acompanhado de um
aumento de volume do
conjunto.
● Este efeito é chamado
“dilatância”
● Quanto mais compacta a
areia, maior o aumento de
Fonte: Lambe & Whitman, 1969. volume. 23
Comportamento Tensão x
Deformação (ruptura)
● Areias compactas: queda
acentuada de tensão após
atingida a tensão de pico =>
Ruptura “Frágil”, típica em
argilas rijas e duras;

● Areias fofas ou pouco


compactas: O esforço máximo
é mantido com o aumento da
deformação => Ruptura
Fonte: http://www.ufjf.br/nugeo/files/2009/11/ms2_unid05-P1.pdf
“Plástica” é típica em argilas
moles ou médias. 24
Análise das Envoltórias de Ruptura

● Plotar os círculos com os Areias fofas Areias Compactas


estados de tensão da ruptura;

● Tensões de ruptura
proporcionais à tensão de
confinante => passa pela origem.

● Significado físico

● Envoltória das areias compactas:


ângulo de atrito interno e ângulo
de atrito residual
Fonte: Pinto, 2000

Critério de ruptura de Mohr-Coulomb


● c: intercepto coesivo
● Φ: ângulo de atrito interno 25
Não-linearidade da envoltória
de resistência
Aproximando a envoltória a uma reta
Envoltória real de ruptura

● influência das tensões confinantes no entrosamento e no ângulo de atrito;


● algum tipo de cimentação entre grãos (que pode ser destruída à medida que as
tensões aumentam);
● A quebra das partículas 26
Índice de vazios crítico
Areia com Índice de Vazios Após a ruptura, todos os
Crítico corpos de prova tendem a
um mesmo indice de vazios
e < e crit - Dilata antes de romper → índice de vazios crítico
e > e crit - Rompe na compressão

Fonte: Pinto, 2000 27


Índice de vazios crítico
O Índice de vazios de uma areia não é uma característica do
material, mas depende da tensão confinante a que ela está
Definição:
submetida.

O Índice de vazios crítico


pode ser considerado
como o índice de vazios
em que a areia sofre
deformação sem variação
de volume, que é o
estágio para o qual a areia
tende ao ser rompida,
independentemente do
índice de vazios inicial.

Fonte: Pinto, 2000


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Variação do ângulo de atrito
com a pressão confinante
Na realidade, os diversos círculos de Mohr na
ruptura conduzem a envoltórias de
resistência curvas.

Sabe-se que as areias não apresentam


coesão. Sob pressão confinante nula, um
corpo de prova de areia não se mante. Por
isso, ao invés de se ajustar uma reta à
envoltória curva, prefere-se considerar que o
ângulo de atrito interno varia com a pressão
confinante.

Essa variação é mais sensível quanto mais


compacta estiver a areia e quanto menos
resistentes forem os grãos. Em virtude das
forças transmitidas pelos grãos.

Fonte: Pinto, 2000 29


Características das
5 areias e sua influência
no ângulo de atrito

Características que diferenciam as diversas


areias intrísecas ao material e sua relação
com a resistência ao cisalhamento

30
Características das areias e sua
influência no ângulo de atrito

Distribuição granulométrica e formato dos grãos

Distribuição Partículas Entrosamento Ângulo de atrito


granulométrica irregulares

Grãos grossos na Grãos finos na Partículas Partículas


matriz fina grossa arredondadas angulares
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Características das areias e sua
influência no ângulo de atrito

Tamanho dos grãos

● O ângulo de atrito varia pouco com a


variação do tamanho dos grãos;

● Tamanhos dos grãos interfere


indiretamente em outras propriedades:

● areias mais grossas tendem a ser mais bem


graduadas (distribuição granulométrica)

● areias grossas tendem a se apresentar


muito mais compactas do que as areias
finas (compacidade)
Mesmo coeficiente de não uniformidade, mas
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com tamanho médio das partículas diferentes.
Características das areias e sua
influência no ângulo de atrito

Resistência dos grãos


Embora o processo de ruptura por cisalhamento nas areias seja causado
predominantemente por escorregamento e rolagem dos grãos, se os grãos não resistirem
às forças a que estão submetidos e se quebrarem, isso refletirá no comportamento global.

Apesar de não ser facilmente quantificada, é dada em função de:

● Composição mineralógica (quartzo> feldspato e mica);


● Formato das partículas (grão arredondado > grão angular);
● Pressão confinante no ensaio (tendem a quebrar as partículas);
● Tamanho das partículas (maior o grão, maior a tendência de quebra).

33
Características das areias e sua
influência no ângulo de atrito

Presença de água
A influência da água nos ângulos de atrito das
areias saturadas é muito pequena, exceto nos
casos em que os grãos forem muito irregulares e
fissurados, pois a água reduz a resistência nos
cantos das partículas.

Em condições não saturadas, a presença de água


cria uma pressão neutra negativa provocada
pelos meniscos nas interfaces ar-água (sucção).
Essa tensão eleva a tensão efetiva, a qual gera
um ganho de resistência temporário, que pode
desaparecer com a saturação ou secagem
(coesão aparente). 34
Características das areias e sua
influência no ângulo de atrito

Envelhecimento das areias

● O fenômeno de envelhecimento consiste no aumento da rigidez com o


tempo, sem variação de volume, que é associado à interação físico-química
entre as partículas;
● A areia em seu estado natural apresenta uma deformabilidade muito menor
do que quando revolvida e colocada no mesmo índice de vazios;
● Um aterro de areia apresenta rigidez maior após alguns anos de construído;
● O módulo de elasticidade aumenta, mas não a resistência à ruptura, pois
mesmo com o fenômeno de envelhecimento as ligações entre partículas já
se desfizeram e as ligações adquiridas com o envelhecimento são muito
frágeis.
35
Resultados ensaio de
cisalhamento direto

Ensaio triaxial CD Ensaio de cisalhamento direto

● Tensões ● Tensões de cisalhamento


desviadoras

● Deformações ● Deslocamentos
axiais horizontais da parte
superior do CP
● Variações de
volume ● Variações de altura do CP

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E se não houver drenagem?
Carregamentos sem possibilidade de drenagem tendem a ocorrer principalmente
em areias finas, com baixos coeficientes de permeabilidade, submetidas a
solicitações dinâmicas, como os terremotos.

A água fica sobre


pressão negativa Aumento da tensão
Areias compactas (sucção) pois tende a efetiva e aumento da
expandir sem entrada resistência
de água

A água fica sob pressão Diminuição da tensão


positiva, pois tende a efetiva e redução da
Areias fofas resistência que podem
diminuir o volume e
não há tempo de causar a liquefação
dissipar a sobrepressão (tensão efetiva zero)
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Liquefação das areias

Fenômeno que ocorre pela diminuição da resistência efetiva e da rigidez dos solos sob ação
de forças externas cíclicas ou monotônicas.
Ocorre geralmente em depósitos suscetíveis de materiais saturados que, submetidos a
tensões cisalhantes, apresentam tendência de contração de volume.
Visto que os poros do solo estão totalmente preenchidos com água, o tempo necessário para
a drenagem é comparativamente maior do que o tempo de aplicação do carregamento, e
essa tendência de contração de volume na condição não drenada corresponde a um
aumento do valor da pressão do fluido presente nos poros do solo.
Se durante o carregamento a poropressão aumenta gradualmente até um valor igual ao da
tensão de confinamento, a tensão efetiva atuante no esqueleto do material é reduzida a zero,
e, em consequência, o material perde completamente sua resistência ao cisalhamento,
comportando-se como um líquido viscoso.

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Liquefação das areias
Solo
Carregamento Comportamentos
Arenoso
Transiente Dinâmicos
Saturado
Compacidade
Dinâmico ou Dilatante Inicial
Monotônico
Contrativo Estado de
Tensão
atuante

39
Liquefação das areias

Simulação de um
terremoro

Fonte:
https://www.youtube.com/watch?v=pMm
XPXvdOAg&t=8s

40
Obrigada!

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