COMO? Criação de projeto de lei que reduza cargos de confiança na saúde. Exceção
seria apenas cargos de ministro, secretários de estado e de municípios. Estipular
critérios técnicos e de experiência no SUS para preenchimento de cargos de gestão na
saúde, como em hospitais, por exemplo.
Sistemas de informação:
Uma parte fundamental dos sistemas de saúde de países como Espanha, Suécia,
Noruega ou Reino Unido é a reunião e integração das informações de cada paciente,
em um perfil com seu histórico de saúde. Essa ficha, informatizada, disponibiliza aos
profissionais de saúde exames, diagnósticos, internações e médicos responsáveis pelos
pacientes, dados que ajudam em futuros tratamentos. No Reino Unido, essas
informações, acessadas em qualquer lugar do país por meio do nome ou número do
paciente, são compiladas pelo Centro de Informações em Saúde e Atenção Social
(Health and Social Care Information Centre, HSCIC) e estão passando por uma
reformulação em 2014. O objetivo é melhorar a quantidade dos dados para prevenir
doenças e diminuir a desigualdade dos atendimentos.
O Brasil tem hoje vários sistemas de dados em saúde fragmentados. Por falta da
integração, existe repetição desnecessária de exames pedidos por diferentes
profissionais. Além disso, profissionais de saúde e o cidadão não têm controle sobre
quais exames e consultas já foram realizados ou quais remédios foram prescritos. Em
2016 foi feito um projeto que possibilitará que os profissionais de saúde tenham
acesso ao mesmo prontuário único, simultaneamente e em diferentes instituições. O
documento coletará dados em cada contato do paciente no SUS. Avanço na
informatização também pode permitir maior poder de controle ao usuário.
Uma das opções é usar a telemedicina como ferramenta para tornar a atenção
primária mais resolutiva, evitando encaminhamentos desnecessários a especialistas. A
partir da análise de protocolos clínicos, o serviço também é capaz de priorizar casos
mais urgentes de uma fila de espera. No Rio Grande do Sul, a regulação conseguiu
reduzir o tempo de espera em 60%. Outra opção é centralizar a gestão das filas nas
regiões de saúde e criar critérios diferentes de acesso, não só por ordem de chegada,
mas também por risco, a exemplo do adotado em outros países, como Inglaterra.