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EXIGIR EXPERIÊNCIA E FORMAÇÃO TÉCNICA PARA CARGOS DE GESTORES:

O Brasil, comparado com outros sistemas de referência, oferece poucos incentivos


para a formação de gestores em saúde. O mercado brasileiro incentiva a formação de
especialistas em detrimento de generalistas e gestores. No Reino Unido, 78% da
liderança de hospitais públicos é formada por não-médicos. Nos EUA, o número é
ainda maior (95%). No Brasil, a maioria dos gestores de unidades de saúde,
ambulatórios e hospitais são escolhidos por indicação política.

COMO? Criação de projeto de lei que reduza cargos de confiança na saúde. Exceção
seria apenas cargos de ministro, secretários de estado e de municípios. Estipular
critérios técnicos e de experiência no SUS para preenchimento de cargos de gestão na
saúde, como em hospitais, por exemplo.

Melhorar a gestão hospitalar:


Segundo um estudo feito em 2014 pelo Tribunal de Contas da União (TCU), a falta de
medicamentos e materiais nos hospitais públicos do país está mais relacionada a
falhas na gestão do que à ausência de recursos. É importante desatrelar a gestão dos
hospitais a cargos políticos, e o responsável pela saúde pública do município ou estado
deve, necessariamente, indicar gestores com experiência não só na área médica, mas
em gestão hospitalar.

Sistemas de informação:
Uma parte fundamental dos sistemas de saúde de países como Espanha, Suécia,
Noruega ou Reino Unido é a reunião e integração das informações de cada paciente,
em um perfil com seu histórico de saúde. Essa ficha, informatizada, disponibiliza aos
profissionais de saúde exames, diagnósticos, internações e médicos responsáveis pelos
pacientes, dados que ajudam em futuros tratamentos. No Reino Unido, essas
informações, acessadas em qualquer lugar do país por meio do nome ou número do
paciente, são compiladas pelo Centro de Informações em Saúde e Atenção Social
(Health and Social Care Information Centre, HSCIC) e estão passando por uma
reformulação em 2014. O objetivo é melhorar a quantidade dos dados para prevenir
doenças e diminuir a desigualdade dos atendimentos.

AUMENTAR INTEGRAÇÃO ENTRE SISTEMAS DE DADOS EM SAÚDE E TRANSPARÊNCIA


DE DADOS AO USUÁRIO:

O Brasil tem hoje vários sistemas de dados em saúde fragmentados. Por falta da
integração, existe repetição desnecessária de exames pedidos por diferentes
profissionais. Além disso, profissionais de saúde e o cidadão não têm controle sobre
quais exames e consultas já foram realizados ou quais remédios foram prescritos. Em
2016 foi feito um projeto que possibilitará que os profissionais de saúde tenham
acesso ao mesmo prontuário único, simultaneamente e em diferentes instituições. O
documento coletará dados em cada contato do paciente no SUS. Avanço na
informatização também pode permitir maior poder de controle ao usuário.

Investir em atenção primária:


A atenção primária (medicina preventiva), como programas de saúde da família,
mutirões de vacinação e programas de remédio em casa, é fundamental para aliviar os
gastos com internações decorrentes ao agravamento de doenças que poderiam ser
facilmente evitadas. Isso diminuiria o custo de atendimentos em pronto-socorros e
hospitais e melhoraria a saúde pública no Brasil como um todo.

AUMENTAR COBERTURA DA ATENÇÃO PRIMÁRIA:


É praticamente consensual entre especialistas a importância de aumentar a cobertura
e a qualidade dos serviços na atenção primária, área que responde pelo atendimento
nas unidades de saúde. Considerado porta de entrada para o SUS, esse modelo
favorece atendimento perto do local de moradia e cuidado continuado. Pesquisas
apontam que 80% dos problemas de saúde podem ser resolvidos na atenção básica.
Mas o nível de eficiência hoje da rede é de apenas 63%, segundo dados do Banco
Mundial. Principais problemas são falta de organização, recursos humanos e baixo
acesso a tecnologias

AMPLIAR PARTICIPAÇÃO DE ENFERMEIROS E OUTROS PROFISSIONAIS:


Municípios podem aumentar muito o acesso e a eficiência da atenção primária usando
mais a mão de obra de enfermeiros e outros profissionais de saúde em serviços como
pré-natal, puericultura, cuidado de crônicos e doentes de sífilis, HIV e tuberculose. O
uso de multiprofissionais reduz o custo do sistema e aumenta o acesso. No Reino
Unido, ter o primeiro contato com o paciente por meio de enfermeiros gerou uma
redução de até 2% nos gastos com atenção primária.

MELHORAR SISTEMA DE REGULAÇÃO DE FILAS NO SUS:

Uma das opções é usar a telemedicina como ferramenta para tornar a atenção
primária mais resolutiva, evitando encaminhamentos desnecessários a especialistas. A
partir da análise de protocolos clínicos, o serviço também é capaz de priorizar casos
mais urgentes de uma fila de espera. No Rio Grande do Sul, a regulação conseguiu
reduzir o tempo de espera em 60%. Outra opção é centralizar a gestão das filas nas
regiões de saúde e criar critérios diferentes de acesso, não só por ordem de chegada,
mas também por risco, a exemplo do adotado em outros países, como Inglaterra.

Mudar os formandos de quantitativo para qualitativo:


O problema, de fato, é que muitos não recebem formação adequada para exercer a
Medicina ao terminar a graduação, justamente porque o Estado aposta no ensino
quantitativo, e não qualitativo. Autoriza frequentemente abertura de faculdades sem
estrutura mínima, sem vínculo real com hospital-escola, sem modelo pedagógico
eficaz e que tenha condições de ser aplicado, sem corpo docente de bom nível, e por
aí vai. Isso sem falar que não tem coragem de enfrentar alguns maus empresários da
educação, fechando escolas já seguidamente reprovadas em exames do próprio
Ministério da Educação, pelo desconhecimento de que, quando um curso é ruim para
100 alunos, continua sendo para 50

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