No início da Guerra Fria a palavra imperialismo era utilizada pelas duas potências para
denunciar/acusar o “expansionismo” do oponente;
Termo, embora tenha sido muito utilizado para referir-se às políticas externas dos EUA
e à atuação das grandes multinacionais pela esquerda radical, caiu em desuso depois
de 1989;
Contudo, torna-se pauta novamente após o 11/09 e “explicitando a tendência ao
militarismo e ao unilateralismo já em curso” nos EUA (novo Imperialismo);
Militarismo x Imperialismo (não podem ser considerados como sinônimos);
Militarismo: associado à corrida armamentista, e à tentativa de redefinir o “equilíbrio
de poder” em função de alguma transformação geopolítica significativa;
Marxismo: Militarismo é um subproduto do imperialismo; “No debate clássico tal visão
se consubstanciava na recorrente tese de que o militarismo era coordenado e insuflado
pelos cartéis nacionais das grandes potências, com o intuito de expandir a sua
influência sobre o mercado mundial. Depois da segunda Guerra Mundial, a tendência
mudou”;
Depois do 11/09:
1. Novo tipo de militarismo;
2. Acelerou um tipo pervertido de militarismo;
Histórico do termo
França, 1830: termo Impérialiste abriu espaço para Impérialisme: usados para designar
os partidários do “império” napoleônico;
Logo em seguida o termo ganhou uma acepção crítica: denúncia às pretensões
“cesarianas” de Luis Napoleão;
“Pouco tempo depois esta expressão conservou este mesmo sentido básico, quando
passou a ser utilizada por franceses e ingleses contrários ao expansionismo francês. No
entanto, no mundo anglo-saxônico, a palavra imperialismo ganhou força somente na
década de 1870, em plena era vitoriana, como uma crítica à política de Disraeli, que
tinha como objetivo converter as colônias inglesas – caracterizadas pelo próprio como
“uma pedra atada ao nosso pescoço” – em membros autônomos de um império
unificado, isto é, visava à constituição de uma “federação imperial””;
Tentativas de reabilitação do termo: enfatizar o caráter civilizador da expansão inglesa
e cristalização de uma federação imperial britânica;
“Difusão da ideologia do “fardo do homem branco”: os britânicos - ou seus sucessores-
tinham a dupla missão de civilizar os povos atrasados e de abrir os seus territórios em
benefício do mundo”;
Identificação: imperialismo e colonialismo britânico (intensificação da batalha
ideológica e vastidão do Império);
“A proliferação destes estudos está intimamente ligada à nítida intensificação da
rivalidade entre as nações qualificadas de imperialistas que marcou o período 1870-
1914”;
Debate: Clivagem: Imperialismo e Capitalismo
“De um lado situam-se as diversas e heterogêneas interpretações que separam os dois
fenômenos, alegando que o imperialismo é muito mais antigo do que o capitalismo e
que, portanto, este jamais pode determinar o imperialismo. De outro, situam-se as
interpretações que estabelecem um vínculo orgânico entre capitalismo e imperialismo.
No primeiro caso, há duas grandes variantes: o capitalismo modera as tendências
imperialistas ou, alternativamente, o capitalismo não é a causa do imperialismo mas,
em algumas circunstâncias, pode intensificar os seus efeitos. No segundo caso, há pelo
menos um ponto de convergência: o esforço da análise incide na ênfase da
especificidade do imperialismo capitalista ou, em termos mais gerais, nas diversas
formas com que a rivalidade econômica preside ou, alternativamente, se funde com a
rivalidade política”;
Discussões
Interpretações Liberais
J. Hobson
Norman Angell
Schumpeter
Interpretações Marxistas
Rosa Luxemburg
Lênin
Rudolf Hilferding
Nikolai Bukharin
Considerações Finais