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MBA GESTÃO ESTRATÉGICA DE PESSOAS – BELO HORIZONTE

CURSO/ CÓDIGO DA
021.2018.0003
TURMA
DISCIPLINA ÉTICA E RESPONSABILIDADE CORPORATIVA

PROFESSOR (A) MARIA ERMELINDA SIMÕES LAZZAROTO

ALUNA: AMANDA RIBEIRO DO CARMO

RESENHA CRÍTICA: ATIVIDADE II

O case sobre a Samarco traz uma reflexão sobre o que se deve e o que não se deve fazer
para que uma empresa possua uma responsabilidade social corporativa, conforme a teoria
socioeconômica, o que será explanado mais adiante.

Inicialmente, importante destacar que a mineradora Samarco, exerce o capitalismo liberal,


ou seja, em que se busca o lucro máximo, a competição árdua e cumprimento da lei e de
valores éticos convenientes ao aumento deste lucro. O que deveria ser o contrário,
principalmente pelo tipo de atividade que esta empresa exerce. Ela deveria pautar suas
ações no capitalismo social (ou consciente, ou humano), buscando ser responsável,
sustentável, colaborativa, solidária, e o lucro ser consequência.

No tocante à gestão realizada pela Samarco, teoricamente, é na modalidade High-Profile,


ou seja, profundamente preocupada com o aspecto socioambiental, investindo
pesadamente neste aspecto e divulgando o que faz a esse respeito. Entretanto, o que se
pode verificar é uma gestão False-Profile ou Green-Washing, ou seja, somente
aparentando estar preocupada com o aspecto socioambiental, mas verdadeiramente não
investe e não está preocupada com este aspecto. Apenas divulga em altos brados que
acredita e faz. No fundo está realmente preocupada com o lucro obsessivo e imediato.

Conforme descrito no texto do site oficial da mineradora, a missão de “otimizar a


transformação dos recursos minerais em valor para a sociedade, de forma segura, eficiente
e inovadora, hoje e no futuro. A visão de “ser reconhecida pela superação e reconstrução
das relações sociais, ambientais e econômicas.” E seus valores são: “respeito às pessoas,
integridade, mobilização para resultados e segurança, “com uma gestão ampla e eficiente
de riscos.”
Ao verificar o acidente ambiental que ocorreu em 2015, não é bem isso que se pode
perceber na prática. Esta tragédia de Mariana revela que os padrões da responsabilidade
social corporativa, do discurso da Samarco, não foram suficientes para proteger a
sociedade das localidades atingidas.

Portanto, há uma ausência, na prática, do exercício de mineração responsável com ações


preventivas, com uma cultura eficiente de minimizar os riscos de prejuízos e danos ao
desenvolvimento das comunidades do seu entorno. A empresa demonstrou não satisfazer
os interesses destas pessoas que são também partes interessadas (stakeholders).

Uma mineradora, assim como outras empresas, deve buscar a realização do chamado
capitalismo consciente, com desenvolvimento social, econômico e humano das
comunidades envolvidas, para que sejam sustentáveis e autossuficientes após o término
das atividades.

Sobre este tema do capitalismo consciente, importante destacar que ele deve se dar como
um movimento nas empresas e seus pilares são: propósito maior, entendendo-se aí que o
objetivo da empresa não é apenas gerar lucro, mas sim valor para a sociedade; o segundo
pilar é o da liderança na qual a concretização do Capitalismo Consciente requer a plena
atuação de líderes conscientes e cuidadosos; o terceiro é relacionado aos “stakeholders”¸
envolvidos direta ou indiretamente com o negócio: colaboradores, consumidores,
comunidades, governo e fornecedores devem estar engajados com os objetivos propostos
e satisfeitos em suas expectativas e, por fim, a cultura consciente, que consolida os três
princípios anteriores, com a incorporação dos princípios e valores da empresa em toda a
sua estrutura interna e externa.

Nota-se que as empresas devem ter coerência entre o seus discursos e suas práticas, ou
seja, sua missão, princípios e valores além de divulgados de forma transparente para as
partes interessadas e disseminados na cultura delas. Confiança, responsabilidade,
transparência, integridade, igualitarismo, justiça, crescimento pessoal, amor e cuidado são
algumas das características comuns de uma cultura consciente.

Dentro do case da Samarco, pode-se lembrar que ela poderia buscar um trabalho junto à
comunidade de fomento às atividades de geração de renda, preparando a comunidade para
subsistir após a exaustão das minas. Além disso, poderia estabelecer atividade sustentável
em comunidades remotas através da passagem da mineração pode ser um grande
mecanismo de transformação social e ambiental, melhorando a forma como as mineradoras
impactam a sociedade e deixando um rastro de desenvolvimento, educação e cultura.

Ademais, pode-se falar em uma política preventiva aproveitamento de rejeitos do processo


de beneficiamento do minério de ferro. Desta forma, a Samarco seria adepta de práticas de
capitalismo consciente e teria se antecipado ao risco de forma diferenciada e poderia ter
minimizado (ou evitado) a tragédia. Como existe ainda uma dependência do minério de
ferro para produzir bens necessários, uma empresa realmente responsável deve investir
em pesquisa para extrair cada vez menos recursos naturais, eliminar processos que geram
rejeitos e não se acomodar na mera melhoria contínua de modelos insustentáveis.

Outro ponto que merece abordagem é a necessidade de harmonização dos interesses


públicos e privados por parte das empresas. Elas devem ter o lucro como objetivo a longo
prazo e a busca pelo bem comum da sociedade. Dentro da perspectiva do capitalismo
consciente e mais humano, as empresas irão promover a prosperidade e a interligação de
toda a cadeia de valor para atingirem metas mais amplas de maneira justa e equilibrada. É
uma forma de pensar o negócio com muito mais consciência de seu propósito, de seus
impactos sobre o mundo e de suas relações com os diversos públicos interessados.

Alinhando uma abordagem jurídica ao contexto, tem-se na Constituição Federal de 1988, o


capítulo da Ordem Econômica Constitucional, mais precisamente, no artigo 225 diz que:
“"todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do
povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade
o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações".

Assim sendo, os direitos previstos para a iniciativa privada devem estar em harmonia com
a justiça social e a dignidade da pessoa humana. Portanto, as empresas devem respeitar
os direitos de seus colaboradores, promover o desenvolvimento deles de todos os outros
stakeholders, com políticas preventivas de proteção ao meio ambiente e colaborar com as
políticas públicas que o governo local realize.

Além disso, as empresas devem buscar a realização de uma governança corporativa


consciente, eficiente e transparente. Um exemplo de certificação a esse respeito é a
AA1000, lançada em 1999 pelo ISEA (Institute of Social and Ethical Accountability).

A essência da AA1000 está na aprendizagem e desempenho social, ético, ambiental e


econômico das empresas, além do apontamento para caminhos estratégicos da
sustentabilidade. Alguns dos benefícios gerados pela AA1000 são: alinhamento das
atividades das empresas aos seus valores, entendimento de como os stakeholders
percebem os impactos inerentes ao negócio, melhor gerenciamento de riscos e até mesmo
vantagem competitiva, afinal, estamos falando de pessoas e partes interessadas que
podem, simplesmente, inviabilizar um negócio.

Por fim, imperioso destacar que as empresas são agentes de transformação social e, desta
forma, devem ir além do foco meramente econômico, pois devem ser comprometidas com
o desenvolvimento do país, melhor qualidade de vida e o bem-estar social. O propósito
maior das empresas deve ser o de transcender a criação do valor, na medida em que este
valor deve ser preservado e compartilhado com ética e justiça social. Isto sim terá um
impacto positivo no presente e no futuro!

Referências bibliográficas:

<http://www.samarco.com/missao-e-valores/>. Acesso em: 03 dez. 2018.

<https://www.ccbrasil.cc/sobre>. Acesso em: 03 dez. 2018.

<https://www.accountability.org/standards/>. Acesso em: 03 dez. 2018.

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