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ONDE ESTÁ A VERDADEIRA FELICIDADE?

Por Rodrigo Gonçalez

Texto base:​​ Mateus 5.1-12

EXÓRDIO

A grande filosofia que governa os tempos modernos, em que vivemos, chama-se


hedonismo:​ a busca desenfreada pelo prazer pessoal a qualquer custo. De fato, hoje as
pessoas se tornaram muito materialistas. O ter tornou-se mais importante que o ser. As
pessoas são pesadas em balanças de acordo com os bens que elas possuem. As amizades,
em grande parte, são interesseiras, e buscam vantagem pessoal. Os valores primordiais de
honra, ética e caráter foram esmagados pelo sucesso, glória e fama. “​Porque o importante
mesmo é ser feliz!​”

Nessa busca desenfreada pela felicidade, pessoas se casam, têm filhos, compram imóveis,
carros, celulares, roupas, fazem cirurgias plásticas, estudam, aprimoram-se em suas
especialidades para trabalharem em lugares melhores e terem maiores salários, mais
conforto, mais luxo. O desejo é o viver e aproveitar desta vida curta para o agora. A palavra
de ordem é ser feliz hoje!

Em si mesmo, essas coisas não são erradas. Podemos e devemos buscar sempre melhoria
de vida para nós e para o nosso próximo. O problema é que todas essas coisas viraram os
ídolos do tempo presente. Em cada casa, em cada local de trabalho, e no próprio coração
das pessoas, foram erguidos verdadeiros altares de adoração para os deuses que são
mediadores a um deus maior e mais poderoso: o ​hedonismo​.

1. OS PRAZERES DESTE MUNDO SÃO PASSAGEIROS.

Em Mateus 5 deparamo-nos com o que é considerado o primeiro sermão proferido por


Jesus para as pessoas. O Senhor Jesus ansiava por libertar os cativos dos poderes das
trevas, curar muitos enfermos, mas principalmente ensinar as pessoas sobre a realidade do
que é realmente importante: o ​Reino de Deus​. A mensagem principal no que ficou
conhecido como ​Sermão da Montanha é a frivolidade dos prazeres deste mundo e o ensino
sobre a primazia do Reino de Deus sobre todas as coisas.

Em Marcos 4.21-35 vemos que o Senhor apresenta o Reino de Deus por meio de parábolas,
uma vez que a sua mensagem é uma estrada aberta de entendimento para os que são os
seus eleitos, mas verdadeiras fortalezas fechadas para os que apenas desejam os seus
próprios benefícios egoístas. Nesta passagem, o Senhor Jesus nos fala sobre as
características desse Reino: ele é soberano, poderoso, glorioso e eterno; e que ele não é
deste mundo.

No Sermão da Montanha, o Senhor Jesus nos mostra que a verdadeira felicidade é ser um
cidadão do Reino, fazer parte deste glorioso, poderoso e eterno domínio soberano.

Em particular, as ​bem-aventuranças são as características dos cidadãos deste Reino, e


fazem separação daqueles que pertencem e não pertencem a ele.

2. NÃO ESCOLHEMOS SER CIDADÃOS DESTE REINO.

Antes de adentrarmos pelas portas do Reino de Deus, é preciso um comentário


importante: de acordo com as Escrituras, ninguém escolhe ser cidadão dele por livre e
espontânea vontade. Quem escolhe os cidadãos que habitarão neste Reino é o Rei deste
Reino, o Senhor soberano sobre ele: Deus!

De antemão, portanto, afirmo que as ​bem-aventuranças não são fruto de um esforço


pessoal para sermos pobres de espírito, ou mansos, ou termos fome e sede de justiça. Pelo
contrário, quando o Espírito Santo nos alcança, e transforma os nossos corações de pedra
em corações de carne, o foco da nossa realidade também é transformada. Deixamos de
amar este mundo, e tudo o que nele há, e passamos a desejar as particularidades deste
Reino. Somos conduzidos pelos seus portões de ouro, e a nossa insatisfação nos persegue
até que definitivamente entremos pelos seus portões na eternidade.

Quando atraídos pela beleza deste Reino, ficamos completamente insatisfeitos com os
prazeres deste mundo. Nesse sentido, podemos dizer como C. S. Lewis: “​Eu descobri em
mim mesmo desejos os quais nada nesta Terra pode satisfazer. A única explicação lógica
é que eu fui feito para outro mundo​”.

3. ALEGRIA E CONTENTAMENTO.

Do original grego, “​bem-aventurado”​ significa “​feliz​”, porém não como entendemos hoje.
Essa felicidade não é fugaz. Efêmera. É um sentido completo de alegria e satisfação em
Deus. Isso implica em contentamento, paz com o Senhor, completa felicidade que O
glorifica, no sentido de que quanto mais somos satisfeitos em Deus, mais Ele é glorificado
em nós.

Veremos agora, rapidamente, algumas características das bem-aventuranças:

a) ​Bem-aventurados os humildes (pobres) de espírito, porque deles é o reino dos céus (v.
3). Estes são aqueles que foram humilhados diante da poderosa mão de Deus, e pelo poder
do Espírito Santo entenderam que são um pecadores miseráveis. Os humildes de espíritos
são aqueles que se dispõe a serem humilhados pelo próprio Deus a fim de alcançarem
redenção. Não é uma questão de estética apenas, ou de aparência. Mas é reconhecer que
nada somos, e que sem Deus nada podemos fazer. Por causa do nosso pecado nós somos
humilhados diante da santidade da glória de Deus. Os humildes de espírito aceitam a
correção da dura disciplina de Deus. Estes que são pobres de espírito, não no sentido
pejorativo do termo, mas “​pobres em espírito​”, reconhecem a sua falência espiritual. “...
porque todos pecaram e carecem da glória de Deus​” é o versículo de suas vidas.
b) “​Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados”​ (v. 4). Os que são pobres
de espírito choram, mas não porque simplesmente lhes falta algum bem material, ou
porque perderam algo, ou pela dor, ou pela alegria momentânea. É um estado de espírito.
Os eleitos do Reino choram devido ao reconhecimento de sua miserabilidade espiritual e
sua busca por redenção completa. Esse “estado” de pranto é um luto por uma vida de
pecado em contraste com a santidade que o Senhor requer de nós. Mas, não é uma vida
triste, desanimada e deprimida. São pessoas comuns em busca do seu Deus, de sua
presença, de sua misericórdia, e do seus descontentamento com este presente século, mas
seu contentamento e alegria no Senhor. Estes choram porque anseiam a glória de Deus,
habitar em seus átrios e louvá-lo em todo o tempo de suas vidas. Choram porque são
miseráveis pecadores, em dor espiritual aguardando a segunda vinda definitivo do seu
eterno Redentor. Os cidadãos do Reino choram por sua miserabilidade espiritual, mas
também pela de seus irmãos. Choram pela queda humana na depravação do seu próprio
pecado. Mas, o Senhor Jesus afirma que, na verdade, apesar de estado de contraste contra
o pecado, eles são bem-aventurados, felizes e satisfeitos em Deus, porque encontram nEle
a sua satisfação, e somente nEle. Estes são consolados pelo próprio Deus, o Senhor de suas
vidas! Mas, aqueles que choram por questões frívolas deste mundo, quem os consolará?
Quem afugentará as suas almas em dor? Onde estes que amam o mundo reclinarão as suas
cabeças para prantear a dor da sua própria devassidão?

c) “​Bem-aventurados os mansos, porque herdarão a terra​” (v. 5). Estes eleitos, que são
humildes de espírito, não avarentos, não orgulhos, que choram por causa de seus pecados,
dos pecados dos outros, por ficarem compungidos assim como o Espírito Santo o faz em
seus corações uma vez que o seu Deus não está sendo honrado e glorificado, estas são
pessoas que não guardam mágoas nem rancores. Não procuram vingança, nem fazer mal
ao seu semelhante. Por entenderem a sua condição pecaminosa que é igual a de todos os
demais, buscam a redenção do seu próximo, e não ferí-los ainda mais. Este versículo faz
eco a Salmos 37.11. Interessante notarmos os versículos 22, 29 e 34 do mesmo Salmo.
Entendemos que além de ser uma promessa de bênçãos para os eleitos, chamados justos, é
também um decreto de juízo para os ímpios, aqueles que rejeitam a verdade do Evangelho.
Contudo, mansidão não é sinônimo de fraqueza. Pelo contrário, é sinal de força. Ela leva as
pessoas a sofrer o dano ao invés de causá-lo. Os mansos entregam tudo nas mãos dAquele
que amam e que verdadeiramente tem o domínio sobre a situação.
d) “​Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão fartos​” (v. 6). Os
justos descansam na justiça do seu Senhor, e repousam em suas promessas. Uma das mais
valiosas promessas em que descansam é que o Senhor promete acolher e salvar aqueles
que Ele escolheu antes da fundação do mundo, e punir o mal. Mas o mal não é
simplesmente uma ideia. Esse mal será punido com os malfeitores, com todos os que não
se arrependeram dos seus pecados e viveram vidas de completa devassidão. Essa justiça,
reconhecem os seus escolhidos que é por imputação. Sendo a perfeita lei de Deus, os justos
sabem que não podem cumprí-la. Por isso, confiam no seu Salvador, o Justo, que cumpriu
cada mínimo detalhe da Lei em sua integridade. Tudo o que o primeiro Adão não
conseguiu fazer, o Segundo concluiu com completa obediência. Por isso, descansamos
naquele que “​foi traspassado pelas nossas transgressões, e moído pelas nossas
iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e por suas pisaduras fomos
sarados​”. Estes que choram diante de sua miséria, descansam na justiça do ​Cordeiro de
Deus​​, que tira o pecado do mundo, e se satisfazem completamente nele.

e) “​Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia”​ (v. 7). Eles


buscam a misericórdia como o seu Senhor é misericordioso. O perdão não é um
sentimento, mas um dever a ser praticado. Assim como Deus nos resgatou do império das
trevas e nos transportou para o Reino do seu Filho, em amor, também nós devemos
exercer o perdão e a misericórdia de forma horizontal. Misericórdia é amor demonstrado
em favor de quem vive em desgraça. Um espírito perdoador para com o pecador. Nos
tempos de Cristo, a sociedade romana possuía 4 principais valores: sabedoria, justiça,
temperança e coragem. Não figurava entre eles o exercer misericórdia. Porém, essa é uma
característica inerente aos Filhos de Deus, aos cidadãos do Reino dos céus.

f) “​Bem aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus”​ (v. 8). Quem é
limpo de coração, senão os que foram regenerados pelo poder do Espírito Santo? Na Bíblia,
o único homem que é limpo de coração é o Senhor Jesus Cristo. Nós somos pecadores e
carecemos da graça e da glória de Deus. Portanto, essa pureza é sinal de salvação. Nós que
somos salvos contemplamos o nosso Senhor e Deus nas páginas de nossas Bíblias. Mas,
haverá um dia em que não veremos mais em parte, porém face a face. Deus será o nosso
sol, a luz que iluminará o universo redimido, a nova criação. Nós contemplaremos a face do
Deus Altíssimo por toda eternidade em sua gloriosa presença. Os puros de coração são
aqueles que são guiados pelo conselho de Deus, que fazem a sua vontade, com sinceridade
e integridade. A pureza do seu coração está em fazer a vontade do Senhor com verdade,
honestidade e alegria!

g) “​Bem-aventurados os pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus​” (v. 9). Os


filhos de Deus são que buscam sempre apaziguar conflitos. Aqueles que, com palavras de
sabedoria, abençoam corações. Trazem segurança e paz para situações a ponto de
explodirem. Além disso, os filhos de Deus anunciam a verdade do Evangelho com o intuito
de reconciliar os homens com Deus. O homem pecador está em guerra contra Deus. Por
isso, aqueles que encontraram o perdão do seu Salvador, agora anunciam que a bandeira
da paz fora erguida sobre a cruz do Calvário, e que todos os que crerem podem também
serem pacificados com o Senhor.

h) “​Bem-aventurados os perseguidos por causa da justiça, porque deles é o reino dos


céus”​ (v. 10). Justamente porque os filhos têm paz com o Pai Eterno e desejam viver uma
vida santa, pura e reta diante dele, conforme a sua vontade, muitas vezes estes são
perseguidos por não se sujeitarem às pressões e anseios de um mundo caído na desgraça
do pecado. Essa perseguição pode ser física, por meio de prisões, isolamentos, e até a
morte, ou psicológica, por meio de imposições de doutrinações diversas. A perseguição, na
maioria das vezes, vem justamente pela não conformidade com determinadas situações
que ferem a vontade de Deus determinada em sua Palavra. Por exemplo, os puritanos
ingleses foram chamados de ​separatistas​, porque não queriam se submeter às exigências
do governo da Inglaterra do século XVII. Muitos deles foram expulsos de suas
congregações e impedidos de cultuarem. Buscando liberdade religiosa, atravessaram um
imenso oceano, em uma viagem perigosíssima de navio, para fundar colônias na Nova
Inglaterra (atual EUA). Eles desejavam liberdade para cultuarem a Deus, segundo estava
escrito na Palavra, e não conforme determinações do governo. Se você é um filho de Deus,
que busca viver retamente diante dEle, certamente você será perseguido em algum aspecto.

i) “​Bem-aventurados sois quando, por minha causa, vos injuriarem, e vos perseguirem, e,
mentindo, disserem todo mal contra vós. Regozijai-vos e exultai, porque é grande o vosso
galardão nos céus; pois assim perseguiram aos profetas que viveram antes de vós​” (vs.
11,12). Essa bem-aventurança na verdade é um prosseguimento da anterior. Ser perseguido
por causa da justiça, ou seja, da obediência, implica em ser perseguido por amor ao nome
do Senhor Jesus Cristo. Aqui, no verso 11, o Senhor nos explica a que tipo de perseguições
estaremos sujeitos: injúrias, mentiras, calúnias e difamações por causa dEle. No original
grego, o Senhor manda que nos alegremos excessivamente e saltemos de alegria
exuberante! Ficamos imaginando, como pode isso? Diante da luta, da perseguição, das
calúnias, da difamação, saltarmos de alegria? O Senhor nos convida a pensarmos sobre o
compartilhar da perseguição e dos sofrimentos dos profetas que vieram antes de nós.
Segundo a tradição dos Hebreus: Jeremias, por exemplo, além das constantes perseguições
em seu ministério - a ponto dele ter sido enterrado até o pescoço em um poço profundo -
ele teria sido apedrejado até a morte; Isaías serrado ao meio com uma serra de madeira;
Zacarias desdenhado; e os demais perseguidos, expulsos de suas terras, desprezados. Se
estamos passando por todas essas coisas, na verdade, temos grande recompensa nos céus
para com o Rei Soberano do Reino, assim como os profetas que nos antecederam.

CONCLUSÃO

1) Jesus ensinou que a felicidade é muito mais do que circunstâncias favoráveis e emoções
agradáveis. Ela não depende necessariamente das circunstâncias, mas é construída sobre o
caráter do próprio Deus, que está dentro de nós. À medida que sua vida manifesta as
virtudes de humildade, tristeza pelo pecado, moderação, justiça, misericórdia, pureza de
coração, e paz, você experimentará felicidade que nem mesmo severa perseguição ou as
adversidades da vida podem destruir.

2) Nós temos um vazio interior que não pode ser preenchido, de forma alguma, com as
coisas deste mundo. As Escrituras afirmam que Deus plantou “​a eternidade no coração do
homem”​ (Ec 3:11b). E este vazio, portanto, que é eterno, não pode ser preenchido com
coisas deste mundo – tão efêmero. O espaço vazio em nosso interior só pode ser
preenchido por uma pessoa: o Senhor Jesus Cristo, segundo o mandato de Deus Pai, pelo
poder do Espírito Santo.

3) Buscar a alegria e o contentamento nas coisas deste mundo é errado. Além de ser
errado, é pecado. Nós podemos sonhar e planejar. Devemos estudar e nos esforçar. Isso é
dom de Deus. Porém, nada nesta vida deve ser o fim principal das nossas vidas. Conforme
diz o Breve Catecismo de Westminster, “​o fim principal do homem é glorificar a Deus e se
alegrar nele eternamente”​ . Portanto, devemos buscar a Deus e a sua gloriosa presença. Em
primeiro lugar, devemos nos satisfazer em Deus, buscar no Senhor a nossa felicidade
completa. Então, casamento, filhos, sucesso profissional e todas as demais coisas - se
vierem - serão complementos de uma vida satisfeita em Deus.
4) Aprendemos também que muitos dos nossos sonhos são frustrados porque Deus os
frustrou, para que entendamos que Ele é a fonte da nossa alegria e satisfação. Os fracassos
que enfrentamos na caminhada nos fazem buscar refúgio e contentamento nEle. Ele é a
nossa Torre Forte, o nosso maior tesouro. Por isso mesmo, Ele corrige aos filhos que tanto
ama, muitas vezes frustrando sonhos pessoais frívolos e nos atraindo para a sua gloriosa e
eterna presença.

Soli Deo Gloria!

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