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Universidade Federal Fluminense

Avaliação de História Contemporânea I

Professor: Rodrigo Araújo

Aluno: Matheus Costa

2018.2
Nesta avaliação de todo o conteúdo trabalhado em sala abordarei alguns que considero
ser de extrema importância, durante o semestre pude ver a proximidade histórica dos assuntos
abordados e a semelhança com a situação atual do país, por esse motivo busquei fazer uma
reflexão que gira em torno do marxismo e da luta de classes.

1. A era das Revoluções

Para Eric Hobsbawm é coerente iniciar a análise através da Revolução Industrial, que
só viria a ter este nome 40 anos após seu início, pois historiadores conservadores evitavam
termos “incendiários”.

“Ainda assim, seria de bom alvitre considerá-Ia primeiro, por duas razões. Primeiro,
porque de fato ela "explodiu" - para usar um verbo que parece pedir objeto - antes que a
Bastilha fosse assaltada; e, segundo, porque sem ela não podemos entender o vulcão
impessoal da história sobre o qual nasceram os homens e acontecimentos mais importantes
de nosso período e a complexidade desigual de seu ritmo.”
(A era das Revoluções, Eric Hobsbawm - pp. 44)

Tendo em vista o termo apresentado por Hobsbawm, vemos que a revolução industrial
mesmo que tenha assumido o termo revolução por conta da revolução política da França em
1789, foi a primeira vez que o homem conseguiu uma produção acelerada e o
desenvolvimento rápido de suas indústrias, episódio que segundo o autor não teve um fim,
ela ainda está em progresso. Esse grande salto influenciou muito a economia do mundo,
fornecendo também o modelo ferroviário e as fábricas. Mas foi a França com suas revoluções
e ideais que influenciaram muitas nações, concedendo o vocabulário e os termos político
liberal e radical-democrática, os códigos legais, o modelo de organização técnica e científica e
o sistema métrico.

Apesar de ser o acontecimento de maior alcance e repercussão, os velhos regimes já


apresentavam sinais de fraqueza pois havia diversos pontos de revoltas coloniais ao redor do
mundo. Devido a Idade Contemporânea apresentar diversas revoltas e revoluções creio que é
por isso que ele apresenta como “A era das revoluções”. Mesmo o período possuindo diversas
revoluções extremamente importantes ao olhar do leitor, como a Revolução Russa (1917), ele
afirma que a Revolução Francesa foi a mais fundamental e suas consequências foram mais
profundas, sendo assim capaz de inspirar revoluções ao redor do mundo.

Diferente das revoluções do século XX a Revolução Francesa não apresentava um


líder propriamente dito ou era liderada por algum partido, somente no período
pós-revolucionário que surgiu a figura de Napoleão, ascendendo junto com o grupo dos
burgueses e seus ideais de liberalismo.

“Mas no geral, o burguês liberal clássico de 1789 (e o liberal de 1789-1848) não era um
democrata mas sim um devoto do constitucionalismo, um Estado secular com liberdades civis
e garantias para a empresa privada e um governo de contribuintes e proprietários.”
(A era das Revoluções, Eric Hobsbawm, pp. 77)

Eles lutaram pelo direito de voto para poder elaborar as leis, uma luta pela monarquia
constitucional. Este era uma faca de dois gumes para o povo, que em sua maioria eram
analfabetos e politicamente imaturo que acabavam por apoiar os interesses burgueses.Na
Revolução Francesa, a classe operária ainda não se movia de forma independente, o que
permitia a classe média liberal instaurar seus poderes e sistema por toda a França.

Estas foram apenas algumas de muitas revoluções que ocorreriam com a expansão
capitalista ao redor do globo, que resultaria nos diversos conflitos entre a burguesia e o
proletariado. As revoluções ao longo da Idade Contemporânea em sua maioria, mesmo que
cada uma tenha sua peculiaridade, acabam seguindo o mesmo princípio, o oprimido contra o
opressor.

2. Luta de Classes

Foi em o Manifesto Comunista que Marx e Engels apresentaram o proletariado e a burguesia


como classes em luta. Foi com a grande expansão do capitalismo que os burgueses tiveram
sua enorme ascensão, através de métodos por vezes sórdidos, chegando assim ao topo em
posições como banqueiros ou industriais. O novo sistema renovou completamente as formas
de exploração, a extorsão da mais-valia e dava lugar a nova luta de classes onde os
assalariados proletários lutam exclusivamente contra os homens do capital.

Nas lutas sociais tudo se baseia na economia de submissão, classes exploradoras


exibem uma solidez em seu sistema, porém nenhum modo de produção é eterno enquanto as
classes exploradas são por vezes derrotadas e se recuperam fazendo assim o modo de
produção mudar.

Cada grupo busca os próprios interesses e seu desenvolvimento como grupo social.
Mesmo que o proletariado não tenha assumido sua força social já podemos projetar com certa
precisão os traços gerais deste processo, pois qualquer que seja o grupo social através das suas
transformações históricas é possível traçar essas características. A visão de Marx e Engels
apesar de ser inovadora não significa que os mesmos pensavam nisso isoladamente ou eram
os precursores da ideia. Em algumas revoluções republicanas já possuíam este tipo de análise
de forma mais ou menos clara. A real contribuição dos autores do Manifesto foram não se
prender apenas em expor os fatos e sim apresentar uma relação estrutural da luta de classes,
dando brecha para uma análise futura do modo de produção como modo de exploração.

3. Marxismo

Segundo Marx, como resultado do capitalismo porém contra ele desenvolveu-se a


desorganização do mercado e a organização fabril, sendo este último o responsável pela
passagem e para o modo de produção futuro, o socialismo. Pela visão de Bernardo certas
especificidades do capitalismo seriam assimiladas como o mercado livre-concorrencial, o
sistema de organização de empresas, as técnicas de gestão, a disciplina da força de trabalho, a
maquinaria, estes fundamentam a ultrapassagem e conteria as características do futuro modo
de produção, sendo assim elas seriam a ruptura e a transformação e é isto que leva o autor a
denominar esse marxismo como “marxismo das forças produtivas.

Por isso esta corrente se estabeleceu como marxismo ortodoxo, esta é uma ideologia do poder
ou uma das ideologias da reorganização e do desenvolvimento do poder capitalista e as
decisões do poder são o único critério por que pode aferir-se uma ortodoxia.

Mas no sistema de Karl Marx também encontram-se teses em cunho diferente, são
esses a maioria dos seguidores de Marx, estes se inspiram no trabalho do próprio expressando
a sua própria opinião, como são escritores de tendência e partidos diferentes no lugar de
diminuir as contradições de Marx acabam colocando mais delas em evidência. Diferente do
marxismo ortodoxo, onde a mais-valia era praticamente ignorada e se concentrava unicamente
na gestão interna do sistema este a coloca como centro, portanto, concebe que o modo de
produção como modo de exploração, é na contradição fundamental da mais-valia e das
relações sociais de produção e que constitui a classe trabalhadora, em conflito com o capital,
como base da transição para o socialism. Por isso, Bernardo a denomina como marxismo das
relações sociais.

Esta corrente tem inspirado todos os que assumem uma posição crítica às instituições
de poder, concentrando a atenção nas relações de produção buscando averiguar se a
exploração existe e suas formas. Assim esta corrente não identifica como socialismo qualquer
sistema que retire o controle dos trabalhadores sobre o processo de trabalho e sobre a
organização global da economia.

“O desenvolvimento do antagonismo ideológico entre as duas grandes correntes do


marxismo tem sido uma das expressões da crescente oposição prática entre a classe dos
trabalhadores e a classe dos gestores. É na linhagem do marxismo das relações de produção
que eu plenamente me insiro.”
(Economia dos processos revolucionários, João Bernardo, pp. 333)

Bibliografia

BERNARDO, João. O inimigo oculto: ensaio sobre a luta de classes – manifesto anti-ecológico. Porto:
Afrontamento, 1979, p. 7-56

HOBSBAWN, Eric J. Capítulo 2. A era das revoluções. Rio de Janeiro: Paz & Terra, 1977, pp. 43- 94.

BERNARDO, João. “Economia dos processos revolucionários”. Em: Economia dos conflitos
sociais. 2a ed. São Paulo: Expressão Popular, 2009, pp. 327-358.

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