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OBSERVAÇÕES QUANTO AO CALCULO DA PENA

FRACIONADA
(dosimetria da pena – Nelson Ferraz – artigo jurídico internet - abaixo
itens do 5.1 até 5.4)

O ARTIGO 11 DO CÖDIGO PENAL E A APLICAÇÃO DA PENA (5.1 do


artigo jurídico):

Dado o fato que o artigo 11 do CP tem pertinência direta com a dosimetria


da pena (tanto assim que o cp de 1969 deslocou a matéria para o seu
artigo 54, no capítulo referente à aplicação da pena, como observa
fragoso) , cumpre analisar as conseqüências que daí derivam.
Como o dispositivo anuncia que na pena privativa de liberdade devem ser
desprezadas as frações de dias, têm-se que, contrario sensu, as frações
de anos e/ou meses não podem ser desprezadas, e a contagem, segundo
o artigo 10 do CP, se faz pelo calendário comum.
Assim., toda vez que o ano tiver de ser fracionado, o raciocínio não
poderá ser feito em fração de ano, mas sim em meses (por exemplo., para
se obter i/6 de 2 anos, não se poderá dividir dois anos por seis, cujo
resultado seria o,3333333 de ano, mas transformar dois anos em meses,
donde se obteria 2 anos = 24 meses e 1/6 de 24 meses = 4 meses).
Do mesmo modo, quando ocorrer fração de mês, imprescindível a
redução a dias, já que a fração de mês não pode ser desprezada (para se
obter, por exemplo, 1/5 de 12 meses, se efetuada a divisão em meses,
chegar-se-ia a 2,4 meses, o que ofende a norma do artigo 10. correto,
portanto, ser efetuada a transformação para dias: os meses terão de ser
convertidos em ano, este equivalente a 365 dias, donde 1/5 igual a 73
dias, ou sejam 2 meses e 12 dias. a conversão direta de meses para dias,
desde que superiores os meses a 12 não pode ser efetuada, sob pena de
se afrontar o artigo l0, como adiante examinaremos no item 5.3).

REGRAS PARA CONVERSÃO DE PENAS (5.2)


Resumindo: toda vez que o ano tiver de ser fracionado, há que fazer a
transformação para meses e se persistir resultado fracionado, necessário
efetuar a conversão para dias.
Desde que o número de meses for igual ou superior a l2, não será
possível efetuar a conversão direta de dias para meses, devendo os
meses iguais ou superiores a 12 serem convertidos em anos, e estes em
dias.
Somente assim resulta satisfeita a regra do artigo 10, segundo o qual os
anos devem ser contados pelo calendário comum, isto é , tendo 365 dias.
a conversão de dias para anos também deverá ser direta.

O ARTIGO 10 DO CÓDlGO PENAL E A APLICAÇÃAO DA PENA (5.3)

Por determinação expressa do artigo 10 do CP, os anos, os meses e os


dias são contados pelo calendário comum. Isto acarreta consequências
no só no cumprimento da pena, mas também na dosimetria da pena.
A - NO CUMPRIMENTO DA PENA

A pena de um mês, cujo cumprimento tiver início no dia 25 de fevereiro de


ano bissexto, terminará às 24 horas do dia 24 de março, sendo irrelevante
que o réu tenha permanecido preso menos de 30 dias, pois o mês será
contado pelo calendário comum.
Igualmente, a pena de um ano, cujo cumprimento se inicia no dia 25 de
fevereiro do ano bissexto, terminará à meia noite do dia 24 de fevereiro do
ano seguinte, pouco importando que o sentenciado não tenha
permanecido preso os 365 dias do ano normal.
Do mesmo modo, o réu condenado a dois meses, que iniciar o
cumprimento da pena no dia 2 de julho, somente sairá da prisão no dia 12
de setembro, não obstante tenha permanecido preso 62 dias.

B- NA DOSIMETRIA DA PENA

O artigo 10 do CP deverá ser observado, toda vez que para fins de cálculo
fracionado, tiver o juiz de efetuar conversão de meses para dias.
Neste caso, toda vez que a pena for igual ou superior a um ano, não
poderá ser feita a conversão em dois estágios, isto é, de ano ou anos para
meses, e destes para dias, porque as sim acabar-se-ia por considerar o
ano como tendo 360 dias o que contraria o disposto no artigo 10.
Por isto, a conversão se fará de forma direta, isto é, de anos para dias.

ANÁLISE DE UM CASO (5.4)

Para melhor exemplificar, trazemos à colação o cálculo efetuado na


revisão criminal no 1.425, da comarca de Joinville.
Havendo necessidade de efetuar., sobre uma pena inicial de 5 anos, o
aumento de 1/3., em razão da causa especial do artigo 157, parágrafo 2o,
e a diminuição também de 1/3, em virtude da causa especial do artigo l4,,
parágrafo único, ambos do cp, ter-se-ia que desenvolver o seguinte
raciocínio: inicialmente, os 5 anos deverá o ser transformados em meses,
já que inadmissível a fração de ano; assim, obtêm-se 60 meses, cifra
sobre a qual se operará o aumento de i/3, resultando 80 meses, ou 6 anos
e 8 meses. Devendo ser operada outra diminuição de 1/3, esta não poderá
ser feita sobre a cifra de 80 meses, de vez que a mesma não é divisível
por 3. Daí a necessidade de se efetuar a transformação em dias.
Mas esta transformação não poderá ser feita diretamente de meses para
dias, consoante examinado nos itens 5.1 e 5.2, já que se está diante de
uma cifra superior a 12 meses. Necessário, pois, verter os 80 meses em
anos, obtendo-se 6 anos e 8 meses, os quais deverão ser transformados
diretamente em dias: 6 anos x 365 dias = 2.190 dias e 8 meses x dias (4
meses x 31 dias = 124 dias e 4 meses x 30 dias = 120 dias); somando-se
ambos obtém-se 2.434 dias. Este o valor sobre o qual será operada a
redução de 1/3 decorrente da tentativa: 2.434 - 811 = 1.623 dias, que é a
pena final. Para convertê-la, a passagem deverá novamente ser efetuada
diretamente de dias para anos, utilizando-se somente os meses quanto
aos restos. Desse modo, 1623 dias, divididos por 365 dias, igual a
4,4383561 anos. Desprezando-se a fração, e multiplicando-se 4 anos por
365 dias, obtém-se 1460 dias, que diminuídos do total imediatamente
anterior de 1623 dias, resultam em 160 dias, os quais transformados em
meses (l63-31-30-31-30-31) oferecem resultado de cinco meses, com um
resto de 10 dias. A pena, portanto, será de 4 anos 5 meses e 10 dias.
Com o objetivo de simplificar os cálculos, apresentamos no item 5.5,
tabelas onde estão calculadas todas as hipóteses de causas especiais de
aumento ou diminuição de pena, consideradas todas as quantidades de
pena, de l mês a 11 anos.

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