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“Continência por cumulação objetiva: prevista no art.

77, inciso II, do CPP,


ocorre nas hipóteses de concurso formal de crimes (CP, art. 70) [...].

Caso já haja sentença definitiva, a unidade dos processos somente se dará


posteriormente para o efeito de soma (concurso material e formal impróprio) ou
de unificação de penas (concurso formal próprio e crime continuado).651

Essa soma ou unificação de penas do condenado ficará a cargo do juiz da


execução penal, assim como preceitua o art. 66, III, “a”, da Lei de Execução
Penal (Lei nº 7.210/84).” (LIMA, Renato Brasileiro de. Manual de Processo
Penal. Bahia: ed. JusPODIVM, pp. 566 e ss.)

“Art. 66. Compete ao Juiz da execução:

III – decidir sobre:

a) soma ou unificação de penas.”

“Os limites objetivos da coisa julgada dizem respeito ao fato da vida que foi
imputado ao acusado no primeiro processo e objeto de posterior sentença,
pouco importando a classificação formulada.

[...] Perceba-se que só se pode falar em aplicação do princípio do ne bis in


idem se o fato delituoso atribuído ao agente em ambos os processos criminais
for idêntico. Em outras palavras, evidenciando-se que as imputações deduzidas
nas peças acusatórias referem-se a fatos distintos, é perfeitamente possível o
oferecimento de nova peça acusatória em face do acusado.

[...] Concurso formal de delitos: supondo que determinado acusado tenha


praticado dois crimes em concurso formal – homicídio culposo e lesão corporal
culposa na direção de veículo automotor –, é de se esperar que ambos os
delitos sejam processados e julgados em um único processo, haja vista a
presença de continência (CPP, art. 77, II). Não obstante, se, num primeiro
momento, for imputada ao acusado apenas o cometimento do crime de lesão
corporal culposa, eventual absolvição quanto a essa imputação não faz coisa
julgada em relação ao crime de homicídio culposo. No entanto, como o
concurso formal envolve o cometimento de dois ou mais crimes por meio de
uma única ação ou omissão (CP, art. 70), se o acusado for absolvido quanto à
lesão corporal, reconhecendo o juiz categoricamente estar comprovada a
inexistência do fato (CPP, art. 386, I) ou que o acusado não concorreu para a
infração penal (CPP, art. 386, IV), é de se concluir que essa absolvição
também fará coisa julgada em relação ao crime de homicídio culposo. Afinal, se
ambos os crimes foram cometidos mediante uma única ação – concurso formal
–, se o juiz reconheceu peremptoriamente a inexistência do fato ou a negativa
de autoria/participação, esta decisão também fará coisa julgada quanto ao
crime de homicídio culposo.” (LIMA, Renato Brasileiro de. op. cit., pp. 1.127 e
ss.)

“Continência é o vínculo que une vários infratores a uma única infração, ou


a ligação de várias infrações por decorrem de uma única conduta, ou seja,
resultarem do concurso formal de crimes, ocasionando a reunião de todos
os elementos em processo único. Assim teremos: [...] b) Continência por
cumulação objetiva (art. 77, II, CPP): ocasiona a reunião em um só processo
de vários resultados lesivos advindos de uma só conduta. Portanto,
caracterizado o concurso formal de infrações (arts. 70, 73 e 74, CP), a reunião
para julgamento em um único feito decorre em razão da continência.”

“Tal aspecto é objeto do art. 82, do Código de Processo Penal, que dispõe que
se ocorrer a instauração de processos diferentes, a autoridade da jurisdição
prevalente deverá avocar os autos que estejam em trâmite perante outros
juízes. O dispositivo limita esse poder ao que denomina ‘sentença definitiva’,
vale dizer, para o Código de Processo Penal, a prolação de ‘sentença definitiva’
é obstáculo ao reconhecimento de conexão ou de continência verificada
posteriormente.

A parte final do aludido enunciado enfatiza, de forma imprópria, que ‘a unidade


dos processos só se dará, ulteriormente, para o efeito de soma ou de
unificação de penas’. Trata-se de previsão ociosa porque, independentemente
de haver conexão ou continência, no curso do processo de execução penal,
compete ao juiz proferir decisão de unificação das penas, relativamente a cada
acusado (art. 66, III, “a”, LEP).” (TÁVORA, Nestor; ALENCAR, Rosmar
Rodrigues. Curso de Direito Processual Penal. Bahia: ed. jusPODIVM, 2017,
pp. 443 e ss.)

“Tratando dos limites objetivos da coisa julgada firmados no § 2º, do art. 110,
do CPP, Tornaghi aduz que a solução legal é correta ao dizer que ‘a exceção
de coisa julgada poderá ser oposta em relação ao fato principal que tiver sido
objeto da sentença’. Isso em virtude de que apenas a res principaliter deducta
iudicata est, ou seja, somente sobre a “coisa principal deduzida em juízo” é que
se forma coisa julgada.” (TÁVOR, NESTOR; ALENCAR, Rosmar Rodrigues.
op. cit., pp. 530 e ss.)

“Pode ocorrer, então, que um dos processos conexos e/ou continentes já esteja
sentenciado, impedindo a desejada unidade de processo e de julgamento.

No entanto, se as regras de conexão e de continência puderem gerar qualquer


consequência em relação à pena de um ou mais acusados, nada impede que a
soma ou unificação de pena seja feita posteriormente, já no juízo da execução
penal. Se ali não se reconhecer a existência de fato que determine a ampliação
da pena, a reunião posterior naquele juízo será necessária, quando nada, para
a sua unificação, com observância dos limites máximos de cumprimento de
penas privativas de liberdade, e, eventualmente, com redução das sanções
aplicadas nos diferentes processos.

[...] Uma das hipóteses mais significativas de necessidade de unidade de


processo na execução da pena diz respeito aos crimes continuados (art. 71,
CP), caso de conexão, e ao chamado concurso formal de delitos (art. 70, CP),
em que se verifica a continência de resultados oriundos de uma mesma
conduta.

Em ambas as situações, a reunião será fundamental, na medida em que, seja


no crime continuado, seja no concurso formal, as penas aplicadas nos distintos
processos deverão ser necessariamente reduzidas.”

Jurisprudência: HC 73.038, Laurita Vaz.

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