“Os limites objetivos da coisa julgada dizem respeito ao fato da vida que foi
imputado ao acusado no primeiro processo e objeto de posterior sentença,
pouco importando a classificação formulada.
“Tal aspecto é objeto do art. 82, do Código de Processo Penal, que dispõe que
se ocorrer a instauração de processos diferentes, a autoridade da jurisdição
prevalente deverá avocar os autos que estejam em trâmite perante outros
juízes. O dispositivo limita esse poder ao que denomina ‘sentença definitiva’,
vale dizer, para o Código de Processo Penal, a prolação de ‘sentença definitiva’
é obstáculo ao reconhecimento de conexão ou de continência verificada
posteriormente.
“Tratando dos limites objetivos da coisa julgada firmados no § 2º, do art. 110,
do CPP, Tornaghi aduz que a solução legal é correta ao dizer que ‘a exceção
de coisa julgada poderá ser oposta em relação ao fato principal que tiver sido
objeto da sentença’. Isso em virtude de que apenas a res principaliter deducta
iudicata est, ou seja, somente sobre a “coisa principal deduzida em juízo” é que
se forma coisa julgada.” (TÁVOR, NESTOR; ALENCAR, Rosmar Rodrigues.
op. cit., pp. 530 e ss.)
“Pode ocorrer, então, que um dos processos conexos e/ou continentes já esteja
sentenciado, impedindo a desejada unidade de processo e de julgamento.