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Reavivamento em Éfeso
Lições sobre o mover espiritual da Igreja nas atividades de Paulo e no
progresso de Éfeso

07/05/2010 - 10:20

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Encontramos cinco avivamentos no Velho Testamento e três no Novo


Testamento – um na Igreja de Jerusalém, outro na Igreja em Antioquia e
um na Igreja em Éfeso. Sobre o avivamento em Éfeso, lemos em Atos
19.1-10: “E sucedeu que, enquanto Apolo estava em Corinto, Paulo,
tendo passado por todas as regiões superiores, chegou a Éfeso; e
achando ali alguns discípulos, disse-lhes: Recebestes vós já o Espírito
Santo quando crestes? E eles disseram-lhe: Nós nem ainda ouvimos que
haja Espírito Santo. Perguntou-lhes, então: Em que sois batizados
então? E eles disseram: No batismo de João.

Mas Paulo disse: Certamente João batizou com o batismo do


arrependimento, dizendo ao povo que cresse no que após ele havia de
vir, isto é, em Jesus Cristo. E os que ouviram foram batizados em nome
do Senhor Jesus. E, impondo-lhes Paulo as mãos, veio sobre eles o
Espírito Santo; e falavam línguas, e profetizavam. E estes eram, ao todo,
uns doze homens.

E, entrando na sinagoga, falou ousadamente por espaço de três meses,


disputando e persuadindoos acerca do reino de Deus. Mas, como alguns
deles se endurecessem e não obedecessem, falando mal do Caminho
perante a multidão, retirou-se deles, e separou os discípulos,
disputando todos os dias na escola de um certo Tirano.  E durou isto por
espaço de dois anos; de tal maneira que todos os que habitavam na Ásia
ouviram a palavra do Senhor Jesus, assim judeus como gregos”.

Éfeso, localizada no lado oriental do Mar Egeu, hoje Turquia ocidental,


foi uma grande cidade do mundo antigo. Era uma cidade com cerca de
200 mil habitantes.

Pelos nossos padrões de hoje, não é uma cidade tão grande, mas para
os padrões antigos era uma cidade considerável. A população de Éfeso
praticamente duplicava no mês de maio (quase 400 mil pessoas), pois
muita gente vinha nesse período para o que era em Éfeso equivalente
aos jogos olímpicos.

Pessoas vinham de todas as partes da província romana da Ásia para


assistir ao evento – não a Ásia como a conhecemos hoje – com China e
Índia –, mas a província romana da Ásia, que corresponde, nos dias de
hoje, à Turquia cruzando o Mar Egeu da Macedônia à atual Grécia.

Um grande centro em Éfeso era o templo de Diana, uma das sete


maravilhas do mundo antigo. Na época em que Paulo veio à cidade de
Éfeso, era o maior edifício do mundo. Era a “casa” da deusa Diana ou
Artemis. Havia dois nomes para ela, que era uma espécie de deusa da
fertilidade, cujo culto era caracterizado por muita imoralidade. O edifício
ficava em um lote de cerca de um hectare. Ao seu redor, havia 127
colunas sustentando-o, cada uma com 6 metros de espessura e 37 de
altura.

Na base das colunas, havia figuras em tamanho natural esculpidas.


Enfim, era um templo que comprovava a sua fama de um dos maiores
edifícios do mundo. A partir deste templo, uma grande parte do
comércio da cidade fluía. Alguns dos principais produtos da cidade eram
ídolos de prata feitos pelos artesãos do templo.

Bastante lucro se conseguia na cidade de Éfeso por causa da sua deusa


reverenciada em todo o mundo antigo (At 19.24-27). Mas, Éfeso não
tinha apenas o templo de Diana como grande estrutura. De acordo com
Atos 19 e as descobertas arqueológicas modernas, havia ainda na
cidade um anfiteatro para cerca de 25 mil pessoas. Foi nesse anfiteatro
que Paulo queria pregar o Evangelho.

Seria a maior multidão para qual ele já teria pregado. Pode-se entender,
então, porque Paulo não fugiu da multidão furiosa. Paulo viu ali uma
oportunidade de pregar o Evangelho para uma multidão a qual nunca
tivera a oportunidade de pregar antes (At 19.23-41).

A cidade de Éfeso, portanto, devido à sua localização no Mar Egeu e sua


posição como cruzamento comercial foi um centro para o comércio, um
centro de aprendizagem, um centro de atletismo e um centro para a
religião naquela localidade do mundo.

Depois de três anos e meio de Evangelho naquela cidade sob o apóstolo


Paulo, as coisas em Éfeso começam a mudar consideravelmente.
Vejamos a forma como isso aconteceu.

Evangelho afeta a cultura e a economia

Quando Paulo estava na cidade havia pouco mais de dois anos, os novos
cristãos acenderam um grande fogueira para destruir seus antigos
livros de ocultismo e as parafernálias relacionadas. Eles queimaram
todo esse material (Atos 19.19) e Lucas registra o valor. Lucas gostava
de contar coisas. Ele foi o primeiro a registrar a história da Igreja, e ele
viu a importância de manter registros precisos, que incluíam números.

Ele observa que a quantidade de material que foi queimado custava


aproximadamente 50 mil moedas de prata. Uma moeda de prata
equivalia aproximadamente a um dia de salário de um homem. Não é à
toa que esse acontecimento impactou Éfeso.

E não foi só isso que aconteceu. Uma outra mudança decorrente do


impacto do Evangelho na cidade foi a diminuição do comércio de ídolos.
As pessoas que trabalhavam fazendo os ídolos se reuniam em forma de
um sindicato e o seu líder chamava-se Demétrio. Ele ficou muito
chateado com a queda nas vendas de ídolos. A preponderância dos
cristãos na cidade tornou-se tão grande que o mercado de ídolos estava
secando.

Por conseguinte, a cidade estava à beira de sofrer grandes perdas


econômicas. Acho significativo que um dos resultados do impacto do
Evangelho sobre essa cidade foi o fato de que afetou a sua economia. É
uma maneira bastante incomum medir o impacto do Evangelho em uma
cidade pela forma como afeta a sua economia, mas acho-a salutar e
intrigante. Quando as pessoas se tornam crentes, seus hábitos de
compra tornam-se diferentes.

Algumas indústrias que apoiavam antes de serem crentes não são mais
apoiadas depois de aceitarem Jesus. Assim, sem qualquer organização
de marchas ou piquetes de greve ou boicote oficial, mas simplesmente
como uma questão de desuso, a economia principal da cidade – a venda
de ídolos – passa por um tremendo sofrimento só porque os cristãos
que vivem sob o poder do Evangelho de Jesus Cristo alteraram o seu
padrão de vida. Veja o quanto o Evangelho invadiu a cidade. Paulo
começou com doze pessoas em Éfeso e, em dois anos, toda a Ásia (ver
as cidades cujas igrejas são mencionadas em Apocalipse 2 e 3, e que
cercam Éfeso) foi afetada. Provavelmente, uma população de meio
milhão a um milhão de pessoas ouviram o Evangelho e uma enorme
percentagem destes tinha acreditado na mensagem de Cristo. Doze
pessoas! Acredita-se que a comunidade cristã em Éfeso teria sido de 50
mil pessoas.

Foi algo extremamente dinâmico o que aconteceu nesta cidade. Como


isso aconteceu? E isso é um padrão? Estou convencido de que podemos
aprender com todos os fundadores de igrejas no Novo Testamento. O
Senhor não necessariamente nos está a dizer pela Sua Palavra que o
mesmo programa de trabalho em Éfeso devemos colocar em prática
aqui. O espírito é único em cada situação. Ao estudar o Novo
Testamento, você encontrará que havia singularidade na fundação de
cada igreja. Assim como havia conversões únicas. Como Lídia, que abriu
calmamente a sua vida ao Senhor. Ela foi o que chamaríamos de uma
conversão não-dramática. E temos Saulo de Tarso, que foi literalmente
lançado ao chão devido à natureza dinâmica do aparecimento do Senhor
ressuscitado para ele. E nós, particularmente, poderíamos contar cada
um uma história diferente de conversão, porque Deus trabalha na
individualidade.

Algumas coisas me parecem específicas na fundação da igreja em Éfeso,


nesse grande avivamento que ocorreu naquela cidade, e que nos
mostram o tipo de fenômeno que aconteceu naquela igreja. É diferente
da fundação da Igreja em Antioquia, que tinha começado realmente
como resultado de um esforço planejado. Leigos de Chipre e Fenícia
decidiram ir a Antioquia e começaram a compartilhar o Evangelho. Mas,
os resultados da Igreja de Éfeso são furtos de um esforço direto de uma
missão – o apóstolo Paulo – para plantar uma igreja. Quais são os
principais ingredientes desse trabalho?

Ingredientes do caso de Éfeso

Um ingrediente chave para o caso de Éfeso certamente é o ministério do


próprio Paulo, um líder divinamente chamado e ordenado. Olhe para o
que aconteceu em Éfeso e lembre-se que, no tempo que Paulo chegou
lá, em torno de 54-55 d.C,, Cristo havia ressuscitou dentre os mortos há
mais de duas décadas. Isso significa dizer que a presença do Evangelho
no mundo já tinha pelo menos duas décadas.

No entanto, nada havia acontecido em Éfeso ainda. Mas, dentro de dois


anos após o surgimento de Paulo nessa cidade, uma mudança
fundamental ocorreu. Isso sugere que Deus, nas suas infinitas maneiras
de trazer a Igreja à existência, usa a liderança. Quando olho hoje as
igrejas, percebo que as igrejas que estão vivas geralmente são igrejas
onde há pastores vivos. E igrejas que estão mortas ou moribundas são
geralmente igrejas onde seus pastores encontram-se mortos ou
moribundos espiritualmente.

Isso não quer dizer que Paulo era uma pessoa que fazia as coisas por si
mesma, porque ele não fez nada por si mesmo. Ele constantemente
trabalhava com uma equipe de ministério. Mas, há algo no caminho de
Deus de fazer as coisas por meio de indivíduos que têm uma vocação
específica dada por Ele para uma tarefa específica. Paulo escreveria
mais tarde aos Efésios, dizendo: “Deus deu à igreja primeiramente
apóstolos”. Esse é o tipo de obreiro que Paulo foi chamado a ser.

Paulo era um líder divinamente ordenado. Quais são as qualidades de


líderes divinamente ordenados? Certamente, uma pessoa assim
recebera um convite definitivo de Deus. Acho que uma das coisas que
devemos fazer em nossa comunidade de culto, especialmente no que diz
respeito aos nossos jovens, é proporcionar o tipo de ambiente de ensino
que faça com que cada jovem considere seriamente o chamado de Deus
para a sua vida.

Há uma enorme formação por que passa o apóstolo antes de atingir a


cidade de Éfeso. Deus, inclusive, redimiu as características de sua
experiência pré-cristã.  Por exemplo, a formação que teve aos pés de um
rabino tornou-se útil. Assim como Deus hoje pode tomar características
de nossa experiência pré-cristã e canalizálas em experiências positivas
para nossa vida cristã.

Quando chega em Éfeso, Paulo já havia experimentado viagens


missionárias. Ele já fizera antes duas grandes viagens fazendo Missões.
A velha ideia de que se você quiser ser usado para o Senhor não precisa
se preocupar com formação é colocada de lado pelo tipo de estratégia
que surge no Novo Testamento, onde Jesus intensamente treina doze
pessoas e onde o apóstolo Paulo é intensamente treinado pelo Senhor
nas Escrituras e na experiência prática para a obra para o qual Deus o
havia chamado.

Há uma aplicação real e prática, para todos nós, da experiência de


Paulo. Ele queria vir a Éfeso há muito tempo. No início de sua segunda
viagem missionária, cinco anos antes de chegar à cidade, ele queria ir
para lá, mas o Espírito Santo disse que não. Assim, ele não o fez. No
final da segunda viagem missionária, ele chegou a Éfeso e passou
algumas semanas ali pregando da sinagoga. Eles queriam que ele
ficasse, mas ele disse que não podia. Paulo percebeu que não estava
preparado para o tipo de exigências que Éfeso colocaria em cima dele.
Ele precisava voltar à sua cidade natal, descansar e começar uma nova
onda fresca. Paulo era uma pessoa que estava confiante de que o
Senhor o colocara no lugar certo e na hora certa. Ele tinha sua vida
comprometida com o Senhor. Quem sabe você está questionando hoje a
forma como Deus está levando você. “Senhor, já fechaste tantas portas
para mim. Por que não me falas quando Tu vais abrir as portas?”. Paulo
passou por essa experiência. Ele queria ir a Éfeso, mas o Senhor
simplesmente disse que não, que ele não poderia ir e também não disse
para onde ele deveria ir no início de sua segunda viagem missionária. Já
aconteceu isso comigo algumas vezes. Já quis fazer algo e o Senhor me
impediu e durante um tempo não me disse para onde deveria seguir.

Tudo isso faz parte da nossa formação, em obediência ao Senhor.


Devemos segui-lO pela fé e não pela vista. O apóstolo Paulo, como o
líder divinamente chamado, é uma pessoa sob disciplina intensa. Se
tivéssemos que reconstruir o seu dia de trabalho, o encontraríamos em
Éfeso se levantando de manhã cedo para trabalhar em suas tendas. Ele
ensinou na escola de Tirano. Um texto diz que ele ensinava a partir de
11h manhã até às 16h. Essa parece que era a hora da sesta para os
cidadãos de Éfeso. A cidade inteira desligava nesse horário. Mas, Paulo
mantinha seus alunos acordados e as pessoas vinham para a escola. Ele
trabalhava na parte da manhã, talvez cinco ou seis horas fazendo
tendas, e em seguida ia para a escola ensinar durante cinco horas. Além
disso, quando avaliou seu ministério diante dos efésios em Atos 20,
Paulo lembrou que saía de casa em casa, com lágrimas e choro, para
ensinar-lhes tanto em público quanto de casa em casa, o que significa
que suas noites eram tomadas pelo seu ministério e, em seguida,
provavelmente por volta de 22h ou 23h, ele dormia, só para se levantar
e repetir o ciclo no dia seguinte. Era uma vida disciplinada.

Creio que o grau de satisfação que você sente com o que você está
fazendo está relacionado ao tipo de disciplina que você está
enfrentando. Se você está sendo muito indisciplinado em sua vida – em
sua vida espiritual, sobretudo –, a sua imagem de si mesmo, a sua
satisfação consigo mesmo nas coisas reais que você está fazendo, não
vão ser muito boas. A disciplina é uma qualidade que Deus usa para
trazer resultados positivos para nossas vidas e o Seu Reino.

Bem, outra característica a ser ressaltada é que o homem chamado é


uma pessoa de fé. Ele tem a audácia de acreditar que Deus vai fazer um
trabalho na cidade e que Deus o chamou para isso.

Ele é uma pessoa de perseverança. Ele pode dizer em Éfeso que lutou
com feras naquela cidade. Se ele está falando simbolicamente ou
literalmente, não sabemos, mas ele tinha grandes lutas. Havia ameaças
contra sua vida. Ele vivia preocupado com o estado das igrejas, mas em
tudo isso ele manteve a sua vocação. Paulo estava nessa posição de ser
capaz de comunicar aos outros porque ele próprio tinha algo para dar.
Você não pode dar aos outros aquilo que você mesmo não tem. Paulo
vivia isso em sua vida.

Mas, outra qualidade, uma outra coisa que acontece na Igreja de Éfeso,
é que Deus não apenas tem alguém divinamente ordenado para ser um
catalisador de Sua obra, mas também há uma sequência, uma ordem,
que essa pessoa usada por Deus aplica no plantio espiritual da igreja
naquela cidade. Essa sequência tem três fases.

A primeira coisa que Paulo faz quando chega a Éfeso encontrar


discípulos. Lucas descreve esse encontro. Mas, como você encontra
pessoas que são doze discípulos em uma cidade com população de 200
mil pessoas? Só em um primeiro olhar? Não. Ele tinha que buscá-los.

Normalmente, sua abordagem era ir à primeira sinagoga que


encontrasse, e não procurar algum discípulo. Então, ele ligava-se
primeiro à comunidade judaica a qual pertencia, posto que era judeu.
Mas, aqui em Éfeso, ele procura primeiro por discípulos, aqueles que já
tiveram contato com a mensagem cristã. Como ele os achou, não
sabemos, mas ele encontrou-os primeiro. O que ele queria fazer com
esse grupo é construir em cima do que Deus já havia feito. É assim que
Deus trabalha.

Ele leva o apóstolo Paulo a estabelecer ligações com pessoas a quem o


Espírito Santo já tocara. O que Deus está sempre procurando fazer com
seu Corpo é levar-nos a partir do ponto que estamos para o ponto
seguinte, para o que Ele quer que sejamos. Os discípulos em Éfeso
tinham avançado bastante em seus próprios caminhos, até onde
poderiam ir, e precisavam agora do ensino de apóstolo para prosseguir.

Paulo pergunta-lhes: “Vocês receberam o Espírito Santo quando


creram?”. Quando eles respondem dizendo que não ouviram falar do
Espírito Santo, Paulo imediatamente percebe que eles realmente ainda
não experimentaram sequer o batismo cristão, porque o batismo cristão
era para ser ministrado em nome do Pai, do Filho e do Espírito.

Eles não tinham ouvido falar do Espírito, e isso significava que eles não
conheciam o ministério de Jesus. Assim, eles foram rebatizados e, após
oração, foram cheios do Espírito Santo. Esses doze, com quem Paulo se
encontrou primeiro, eram discípulos. O discípulo é uma pessoa que
basicamente absorve polegadas.

Um discípulo é aquele que está vivendo sob uma disciplina, na


sequência de um professor, na sequência de um mestre. Ele não se
sente com nenhuma autoridade para dizer nada de si mesmo porque ele
ou ela ainda está aprendendo.
Quando eles foram cheios do Espírito Santo, como resultado,
começaram a falar em línguas e a profetizar. Falar em línguas sugere-me
que o Espírito Santo é a abertura da avenida de louvor que eles
precisam em suas vidas de intercessão. Éfeso era uma cidade em que o
ocultismo reinava.

O Espírito Santo os daria poder para confrontar o ocultismo na cidade


de Éfeso. Mas, também eles profetizaram. Um profeta não é uma pessoa
que é tão somente tomada por ideias sobre o futuro ou que prevê o
futuro. Um profeta, à luz da Bíblia, é alguém que declara a Palavra de
Deus. De repente, essas pessoas que tinham sido discípulos
simplesmente estão profetizando. De pessoas que estão sendo
embebidas, eles se tornaram pessoas que foram capazes de dar algo.
Assim, houve um avanço no discipulado.

Esse pequeno grupo em Éfeso se tornou um modelo pelo qual toda a


igreja seria construída. É uma coisa tremenda. O sucesso da igreja em
Éfeso é construído em torno da modelagem de pessoas dentro da igreja.
Se a igreja quer ser dinâmica e viva no Senhor, então ela precisa, como
Éfeso precisava, de pessoas em sua base que perpetuam essa
experiência em outros grupos que irão surgir, aumentando a
comunidade de irmãos. Acho que a cidade
de Éfeso estava cheia de pequenos grupos de cristãos em todo o lugar. 
Eles estavam tendo o mesmo tipo de experiência como esses doze,
sendo mudados de discípulos para profetas. Essa é uma função do
Senhor para nós. Há um tempo para aprender, mas também há um
tempo para dar. A junção desse momento em que você começa a fazer a
metamorfose é quando o Espírito é derramado e você percebe que a
vitalidade de Jesus em sua vida é o Espírito quem traz. É ele que torna
possível a comunicação poderosa do Evangelho aos outros. A primeira
coisa que Paulo fez foi encontrar seus discípulos. A segunda coisa foi ir
à sinagoga.

O grande ponto de ligação entre Paulo e a comunidade judaica é que ele


era um rabino. Nas sinagogas do mundo antigo, os rabinos que estavam
visitando sempre tinham o privilégio de falar. Paulo, então, levantou-se e
falou. E o texto de Atos nos informa que, por cerca de três meses, ele
falou na sinagoga. O que ele estava falando?

Significativamente o seu tema era o Reino de Deus. Esse é um dos temas


centrais do Antigo Testamento e também se torna um dos temas
centrais do Novo Testamento. Como os judeus em Éfeso entendiam o
Reino de Deus?

Eles o entendiam em termos de boa parte do Antigo Testamento: a


existência, literalmente, de um Estado político em Israel presidido por
um Rei e com a ajuda de sacerdotes e profetas para administrar os
assuntos do Reino.
Porém, eles eram judeus que já haviam desistido em grande parte desse
conceito de Reino. Lembremo-nos que eram judeus da dispersão e,
portanto, se realmente ainda acreditassem no Reino que estaria sendo
restaurado, já teriam voltado a Jerusalém.

Mas, o fato é que, mesmo com as condições políticas do momento


permitindo o regresso de judeus a Jerusalém, eles haviam escolhido
permanecerem na cidade onde estavam. O pensamento deles era: “Não
achamos que o Reino virá. Não achamos que seremos parte disso”.

Então, o que Paulo faz? Ele ensina-lhes o Reino como Jesus o


apresentou. Jesus veio e Ele tem toda a autoridade. Mas, Ele não veio
expressar essa autoridade em termos políticos e nacionais. Ao
contrário, Ele subiu ao Céu e deixou uma mensagem única a ser
pregada: que Ele tem todo o poder e toda autoridade e que quer reinar
em nossa vida. Essa é a mensagem do Reino que Paulo estava pregando
na sinagoga àquelas pessoas que já estavam agnósticas em relação ao
Reino. Essa mensagem foi tão forte que o apóstolo acabou sendo
rejeitado na sinagoga. Isso o levou a um terceiro lugar: a escola de
Tirano ou sala de Tirano. Um lugar alugado, evidentemente, onde Paulo
ensinava cinco horas por dia.

Nessa escola, havia estudantes marcados por duas características: a


fome de aprender e a disposição para implementar de imediato e
compartilhar o que tinham aprendido.

Fome de aprender

Se você considerar o fato de que em Éfeso a hora da sesta ia de 11 às


16h, quando as pessoas normalmente descansavam, é impressionante
que, em vez de estar vazia, a escola de Paulo estava cheia de alunos
nesse horário. Não estudantes de 18 a 22 anos de idade, mas pessoas
de todas as idades que simplesmente estavam famintas para conhecer a
verdade.

Normalmente, pensa-se que, depois de chegar a uma certa idade, as


pessoas devem deixar de lado a aprendizagem. Mas, uma característica
dos cristãos vibrantes é uma fome por mais de Deus. A fome de
aprender realmente a Sua Palavra, não importa a idade.

A fome de fazer a Sua vontade. Essa Escola Bíblica em Éfeso era uma
escola em que houve esse tipo de fome – fome por mais de Deus. Uma
fome real e vibrante. Acredito que o que Paulo fez em seguida com os
estudantes foi estimulá-los a compartilharem o que haviam aprendido –
“Agora que você esteve nesta escola por um tempo, é hora de você
começar a compartilhar algumas das coisas que você aprendeu”. Paulo
acreditava que as pessoas a quem ele ensinou iriam comunicar o que
tinham aprendido. Paulo operava seu ministério também no âmbito da
educação cristã e do ensino.

Como resultado desses três passos de Paulo (encontrar discípulos, ir à


sinagoga e ensinar sistematicamente a Palavra), toda a Ásia estava
ouvindo a Palavra de Deus.

O sobrenatural divino em Éfeso

Mas, há ainda mais coisa a dizer a respeito de Éfeso. Falamos sobre


Paulo como um líder chamado por Deus, falamos de três formas
estratégicas usadas por ele para evangelizar a fim de ver a congregação
cristã em Éfeso crescer naquela grande medida, mas uma outra coisa
muito importante ocorreu: o impacto do sobrenatural nessa cidade. Isso
é parte de Deus.

Em Atos 19.11, lemos que Deus fazia milagres extraordinários pelas


mãos do apóstolo Paulo. Às vezes, a igreja espera acontecer um milagre
para que finalmente o Evangelho se espalhe. Mas, na igreja de Éfeso não
funcionou assim. As pessoas primeiro vieram ao Senhor, foram
instruídas no ensino da Palavra, e em seguida os milagres vieram como
uma espécie de bônus. Creio que a maioria dos cristãos em Éfeso estava
experimentando milagres. Essa parece ser uma inferência lógica diante
do texto bíblico. Não é dito que em Éfeso as pessoas começaram a
acreditar no Evangelho por causa dos milagres, mas que as pessoas
passaram a ouvir sobre o Reino de Deus e a crer nele, a serem
ensinados sobre ele e acreditar nele, e então os milagres começaram a
acontecer. Isso não quer dizer que não haja momentos em que as
pessoas realmente vêm à fé em Jesus por causa de um milagre  
ocorrido. A ênfase em Éfeso é na obra extraordinária de Deus. É tão
extraordinária que Lucas registra que excepcionalmente lenços e
aventais de Paulo eram conduzidos até os doentes,  colocados sobre
eles e estes eram curados.

Acho que há muitas razões para isso. Paulo estava tão ocupado
ministrando que ele não tinha tempo para visitar o doente para orar por
ele como fazia normalmente. Os lenços eram pequenas peças usadas
para secar o suor na cabeça. O avental era o revestimento de couro que
ele usava quando estava trabalhando na fabricação de tendas. As
pessoas estavam levando as coisas associadas à obra de Paulo, coisas
nas quais estava o seu suor. E se Paulo não poderia ir pessoalmente,
elas poderiam ser o que Oral Roberts chamava de “um ponto de
contato”. Assim, as pessoas que estavam sendo curadas entendiam que
o poder que lhes curara era aquele que Paulo pregava: a autoridade do
Senhor Jesus Cristo. Ou seja, os milagres extraordinários em Éfeso não
eram tanto o resultado da fé de Paulo, mas da obra soberana de Deus
em cooperação com a fé dele e daquelas pessoas manifestada naquela
cidade.
Também em Éfeso havia exorcismo. Uma das cenas engraçadas da Bíblia
está em Atos 19.13, onde certos exorcistas judeus, sob a liderança de
um alto sacerdote por nome Ceva – os sete filhos de Ceva –, tentaram
expulsar alguns espíritos malignos usando o nome de Jesus. Éfeso era
uma cidade onde havia uma forte crença em encantamentos. Muitos
criam que se você declarasse uma determinada expressão, então as
coisas iriam acontecer. Assim, uma vez que essas pessoas acreditavam
nessas coisas, e viam Paulo expulsar demônios no nome de Jesus,
acreditaram que aquela expressão era apenas mais uma expressão
mágica e resolveram usar o nome de Jesus como seu novo amuleto.

Então, um único endemoninhado pulou em cima delas, fazendo com que


os sete irmãos fugissem nus pelas ruas da cidade. Um fato interessante
sobre esse exorcismo está na resposta do demônio aos sete filhos de
Ceva: “Sei quem é Jesus, sei quem é Paulo, mas vós, quem sois?”.

No grego, há dois vocábulos diferentes empregados para se referir ao


verbo “conhecer”. Quando o demônio diz “sei quem é Jesus”, o vocábulo
usado carrega a ideia de “Sou bem familiarizado com”. E quando diz “sei
quem é Paulo”, o termo aqui significa “estou familiarizado com”, não
transmitindo a idéia de intimidade. O que é interessante é que Jesus
nunca foi a Éfeso, nunca ministrou fora de Israel. Ele morreu numa cruz
em Jerusalém e ressuscitou em Jerusalém. No entanto, um demônio em
Éfeso diz: “Sei quem é Jesus”. Isso mostra a interligação da
comunicação no mundo dos espíritos. “Sei quem é Jesus; e Paulo, que
estava aqui fisicamente, conheço um pouco. Mas, quem são vocês?”.

Esse incidente foi uma grande lição para a comunidade cristã em Éfeso.
Como acontece muitas vezes quando o Evangelho chega a uma nova
cultura, algumas pessoas não põem de lado todas as práticas pré-
cristãs, nem todos colocam de lado todos os tipos de hábitos que
tinham antes. Provavelmente, havia em Éfeso alguns cristãos que ainda
tinham alguma “coisa” que gostavam de fazer ligada à cultura ocultista
que havia em Éfeso, mas, depois desse evento, houve um
despertamento  entro da igreja nascente ali. Foi um reavivamento de
santidade. A mensagem clara é de que teriam que colocar para fora de
suas vidas tudo o que não é como Jesus.

Foi o que começaram a fazer (At19.17-20). O que aprendemos aqui é


que, depois de aceitarmos o Evangelho, ainda devemos nos perguntar a
nós mesmos: “Estou carregando ainda qualquer lixo da minha vida pré-
cristã? Estou andando ainda com alguma coisa que deveria lançar fora a
fim de que a minha experiência com o Senhor seja tão vibrante e real
como o Senhor quer que seja?”. Essa ruptura com o ocultismo é
fundamental em Éfeso. Com ela, essa igreja passa a ser uma igreja
muito madura. Vemos isso mais tarde, na Carta de Paulo aos Efésios,
que acho que, juntamente com a Carta aos Romanos, é uma das mais
profundas e maduras cartas do Novo Testamento.

A igreja em Éfeso é muito diferente da igreja de Corinto. As Cartas aos


Coríntios não poderiam ter o tipo de peso que a carta de Éfeso revelou.
Éfeso havia avançado mais no Senhor e foram capazes de formar uma
grande igreja.

Reavivamento

Estudar os avivamentos nas Sagradas Escrituras resulta em lições de


relevância para a nossa vida e nossa experiência em conjunto, como
uma comunidade, como uma igreja. Como no caso de Éfeso,
aprendemos sobre despertamento espiritual com Jonas, Samuel, Elias,
Ezequias, Esdras, Neemias, a Igreja de Jerusalém e a Igreja de
Antioquia.

Com o despertamento de Nínive narrado no Livro do Profeta Jonas, e


com o próprio Jonas, que não entendeu o coração de Deus, aprendemos
que um despertamento começa muitas vezes quando passamos a
entender o coração de Deus e a nos compadecer como Ele. O povo de
Deus se compadece. Deus tem compaixão pelas pessoas e nós devemos
ter o mesmo. Qualquer grande avivamento é acompanhado por uma
agitação em nossos corações que se estende à compaixão, e que nos
faz pessoas diferentes, pessoas não egocêntricas. Essa foi a obra de
Deus com Jonas. O reavivamento sob Samuel começou na vida de uma
mãe que ansiava desesperadamente diante de Deus por uma criança.

Ela agiu em obediência, cumprindo a sua promessa, dando, de fato, a


criança que lhe nasceu para servir ao Senhor no Tabernáculo. Assim,
vemos que a qualidade do avivamento está ligada à intensidade do
nosso desejo diante de Deus. E aprendemos também que o Senhor
responde às nossas orações e que devemos agir em obediência em
relação ao que temos prometido diante dEle. No reavivamento sob Elias,
vemos o que pode acontecer quando uma pessoa verdadeiramente
acredita na Palavra de Deus e age segundo ela. Elias tinha em suas
mãos, evidentemente, apenas um exemplar do Antigo Testamento só
com os cinco livros da Lei, e foi a partir do que aprendera nele que agiu.
Ele viu que Israel se afastara de Deus e que o Senhor, como
consequência, iria reter a chuva, como prometera em Sua Palavra.

Elias inicia seu ministério em pé diante do rei, dizendo: “Não vai chover
até eu dizer quando”. O que ele estava fazendo? Ele estava atuando
conforme a antiga Palavra de Deus, conforme o que dizia a Lei. Ele olhou
para as condições e disse: “Deus, o Senhor disse queesse seria o caso.
Agora, vou agir de acordo com a Sua Palavra e é isso que vai
acontecer”. Quando você age segundo a Palavra de Deus, as coisas
inevitavelmente acontecem. E o reavivamento sob Ezequias? Ele
derrubou os lugares altos usados na adoração a deuses pagãos.
Ele era um homem que governava bem uma nação que, em geral, estava
comprometida com o Senhor, mas que nunca foi totalmente fiel em seu
compromisso. Então, sob seu governo, a questão dos altos teve de ser
tratada. Esdras e Neemias não foram parados pelas barreiras que
surgiam, mas continuaram andando, saltando barreiras e   avançando
através dos bloqueios de estradas rumo ao desenvolvimento espiritual e
ao desenvolvimento de sua nação. E quanto à Igreja de Jerusalém? Vivia
sob a autoridade de Jesus Cristo. Estava absolutamente certa de que Ele
tinha todo o poder e toda autoridade. A partir dessa premissa, pôde se
tornar uma comunidade forte e amorosa. Os cristãos de Jerusalém
foram contagiados e cheios pela verdade.

Jesus disse: “Eu sou a verdade”. Quando você vem a Jesus, não mais
procura a verdade, porque você já a encontrou, porque Ele é a verdade.
A verdade fundamental. Ele é o Senhor. E no reavivamento em Antioquia,
vemos uma igreja que cresceu no amor e na aprendizagem, uma igreja
com fome de aprender e pronta para amar. Na verdade, eles aprendiam
a amar e amavam o que aprendiam.

Na igreja em Éfeso, vemos a alegria do trabalho do Espírito Santo.


Vemos o compromisso de obediência à Sua Palavra e a expansão do
Evangelho de forma extraordinária dentro de apenas três anos e meio.
Todas essas mensagens desse avivamento e os princípios nelas contidos
são projetados para ajudar-nos a olhar para a nossa vida espiritual e
para a nossa caminhada juntos como uma comunidade e dizermos:
“Reviva-me, Senhor! Reviva a nossa igreja!”. Esse é o nosso grito, Pai
celestial! Reviva-nos!

Que o Espírito do Senhor seja especialmente derramado sobre todos


nós, para que os modelos de avivamento que encontramos no Antigo e
no Novo Testamentos, a revelação escrita de Deus, não se tornem coisas
distantes. Que sejamos um povo purificado, um povo que vive em amor,
adoração e obediência, que vive a vontade de Deus. Que toda nossa vida
seja para glória do Senhor e para a expansão de sua Palavra em nós e
na nossa comunidade. Que esta seja a nossa oração sincera, sabendo
que o Senhor nos ouve e atenderá, em nome de Jesus. Amém!

* George Wood é pastor nos EUA e líder da Concílio Geral das


Assembleias de Deus nos Estados Unidos. É autor de Um  Salmo para o
seu coração (CPAD).
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