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KINOFILOSOFIA: DELEUZE E A CRISE DA IMAGEM-AÇÃO

(curso livre - Cinemateca do MAM)

PROPOSTA/PROVOCAÇÃO FILOSÓFICA
(por Bruno Cava)

Com base na obra filosófica de Bergson e Deleuze, o objetivo é produzir um devirfilósofo


do cinema e um devir-imagem da filosofia. Um devir como produção real que vai além do
mundo simplesmente filosófico (história da filosofia) ou cinematográfico (história do
cinema). Para isso, a ideia é produzir um deslocamento no conceito de cinema a partir da
teoria do plano de imanência das imagens-movimento em Henri Bergson, dos regimes de
signos do pragmatismo semiótico de Charles S. Peirce, e dos livros de taxonomia da
imagem por Gilles Deleuze. Mediante a crítica da representação, busca-se compreender
os regimes de imagens como fabuladores do próprio real, o cinema como real mesmo,
processo produtivo do vínculo com o mundo, e não a sua mera representação,
simbolização ou ferramenta de acesso. A crise da imagem-ação que se dá na passagem
às sociedades de controle corresponde à realização do niilismo contemporâneo, quando
se disseminou a sensação de que nada de novo pode ser criado, de perda do senso de
mundo, de neutralização do corpo como potência afetiva, de redução do tempo à variável
abstrata dos instantes quaisquer, da falta do Povo enquanto sujeito da transformação
(crise dos vanguardismos, dos populismos, dos nacionalismos). Daí o estudo dos dois
regimes da imagem que coexistem – imagem-tempo e imagem-movimento – ser
imediatamente um estudo ético e político. Pensar com os cineastas e com as imagens é
pensar um novo vínculo com o mundo – e devir com ele. Deleuze, em vez de fazer um
livro sobre cinema ou história do cinema, faz um livro a respeito dos signos. Os signos,
segundo C.S. Peirce, são imediatamente elementos da ação. De acordo com Bergson, as
imagens são materiais e somos feitos de imagem, de maneira que o nosso próprio corpo é
uma imagem especial entre as outras, pois diferente delas a imagem-corpo conhece pelas
afecções e vive pela incidência de um intervalo que dobra a subjetividade, de uma emoção
criadora que penetra na matéria, de um devir com o mundo que devém conosco. A análise
dos cineastas e das imagens, portanto, deve ser deslocada por uma análise dos regimes
de produção de afetos e devires que atravessam as imagens, entre a imagem-movimento,
a sua crise na virada das sociedades de controle, e a imagem-tempo em meio ao que é
necessário voltar a ser capaz de agir hoje. Logo, um intempestivo, uma esquizoanálise do
cinema, ou melhor, a partir do cinema.

ONDE
Cinemateca do MAM
Av. Infante Dom Henrique, 85 - Parque do Flamengo, RJ.

QUANDO
Todas a terças-feiras, a partir de 08 de agosto, de 18h às 20h.
Duração de 11 aulas.

REQUISITOS
Não há. Entrada Franca.

INSCRIÇÕES
Por e-mail: kinofilosofia@gmail.com
Informar nome completo, idade e formação acadêmica (se houver).
Vagas limitadas por ordem de inscrição.

ORGANIZAÇÃO
Coletivo Mil Brechas e Kinodeleuze
Designer: Renata Crisóstomo

PROFESSORES

Bruno Cava – professor de cursos livres e blogueiro, lecionou na Casa de Rui Barbosa,
Museu da República e em programa de extensão da UFRJ, pesquisa há cerca de 10 anos
movimentos e lutas urbanas, é mestre em filosofia do direito pela UERJ, graduado em
direito e engenharia (UERJ e ITA), autor de "A multidão foi ao deserto" (AnnaBlume,
2013), entre outros livros, é coeditor da Revista Lugar Comum, e publicou artigos em
diversos sites, periódicos e revistas, como Chimère, Multitudes, OpenDemocracy The
Guardian, Le Monde Diplomatique Brasil, Alfabeta2 (Itália), Al Jazeera (Emirados Árabes),
South Atlantic Quarterly (EUA), Direito e Práxis. É autor do roteiro “Diante da lei” e tem
cerca de 150 críticas publicadas de filmes em sites e revistas online como Cinefilia.net,
Pipoca Moderna, Revista Amálgama, Quadrado dos loucos e Kinodeleuze.

Camila Vieira – Jornalista, pesquisadora e crítica de cinema. Doutoranda em Comunicação


e Cultura pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Graduada em Jornalismo
pela Universidade Federal do Ceará (UFC) e Filosofia pela Universidade Estadual do
Ceará (UECE). Tem experiência com crítica de cinema há mais de dez anos, com textos
publicados no jornal O POVO (de Fortaleza) e nos sites Cinema e Artes,Argumento.net,
Verberenas, Moventes, entre outros. Já cobriu diversos festivais de cinema no Brasil,
como Festival de Brasília, Cine PE, Cine Ceará, Mostra de Cinema de Tiradentes, Festival
do Rio, Mostra de Cinema de São Paulo. Atualmente escreve críticas no Sobrecinema. É
integrante da Associação Brasileira de Críticos de Cinema (Abraccine). É fundadora e
curadora do Cineclube Delas, no Tempo Glauber, com ênfase na exibição de filmes
dirigidos por mulheres.

Jocimar Dias Jr. – Mestre em Comunicação pelo PPGCOM-UFF, na linha de pesquisa em


Cinema e Audiovisual, com dissertação sobre os momentos musicais no cinema de Theo
Angelopoulos a partir do conceito de ritornelo (Deleuze/Guattari). Como realizador, dirigiu
Ensaio Sobre Minha Mãe (2014), curta-metragem selecionado para competitivas de
diversos festivais nacionais e internacionais, entre eles Vitória Cine Vídeo, Curta Cinema,
Kinoforum, CineMúsica Conservatória, Kino-Olho, FBCU e FICUNAM. Publica
esporadicamente na revista Moventes.

João Arthur - Poeta, cineasta, formado em Cinema pela Universidade Federal Fluminense,
organizou durante 5 anos cineclubes no IACS/UFF e no Palacete dos Amores (Lapa/RJ),
casa coletiva onde reside e produz de maneira autônoma projetos particulares e coletivos.
É autor do curta-metragem "Tudo posso naquele que nunca aparece" (2013) exibido no
FBCU, e do longa-metragem "Males sem terra" (2016) exibido a um ano em circuitos
independentes e "não-oficiais", únicas telas para onde foi aceito em detrimento do crivo
dos especialistas, curadores e jurados.

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