2. Perdido na Noite
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"Onde há muito sentimento, há muita dor". (Leonardo da Vinci).
OoO
E novamente aquele ciúme destrutivo estava lhe deixando entristecido. Será que Kim não percebia que Hanz
o amava e não ia deixálo por causa de uma cantada ou de um flerte de um colega da faculdade?
A situação havia sido estúpida aos olhos de Hanz. Ele havia recebido algumas mensagens suspeitas no seu
celular e infelizmente Kim havia visto as mensagens, acusandoo de estar incentivando as ações daquele
garoto.
Hanz estava saindo pela rua, ignorando os chamados de seu namorado. Ele queria ficar sozinho, não
agüentava mais aquela gritaria. Afinal, o que havia feito de errado? Não podia mandar no comportamento dos
outros.
O moreno estendeu a mão e parou um táxi, adentrou rapidamente no veículo, antes que Kim o alcançasse e
saiu em disparada, olhando para trás, vendo o olhar raivoso do karateca.
Com um suspiro, pediu para o motorista lhe levar até o parque central. Era tarde, logo escureceria e não sabia
para onde ir, só conseguiu pensar na calmaria do parque, apesar dele estar fechado nesse horário.
Obrigado – agradeceu ao motorista pagando a quantia exata.
“Ah... será que iremos brigar sempre?” – indagou em pensamento.
O celular de Hanz tocou de repente, olhou para o telefone que lhe chamava, reconhecendo o celular do
karateca.
Alô?
Hanz! Onde você está?
Longe de você e do seu ciúme doentio – respondeu.
Volte para casa, eu quero conversar com você.
Hanz começou a rir baixinho ao ouvir aquilo.
Do que está rindo?
Você não quer conversar. E sim falar e falar o quanto eu sou vagabundo e dado para os outros. Eu cansei
disso.
Hanz, volte logo para casa. Já está ficando tarde.
Eu não vou voltar. E eu estou cansando de falar com você. Passe bem!
Não desligue. Fale logo onde você está que eu vou te buscar.
Pra quê? Para você ficar gritando no meio da rua comigo?
Hanz, não vamos falar por telefone.
Tchau!
O moreno encerrou a ligação de repente, colocando o seu aparelho no bolso da calça. O sentiu vibrar e tocar,
mas não atendeu, caminhou pelas ruas lentamente, sentindo um leve incômodo na sua garganta, queria
chorar, mas segurava suas emoções.
O tempo foi passando e os lugares começaram a fechar. Hanz não tinha para onde ir e estava sem sua
carteira, tinha apenas alguns trocados no bolso, não era suficiente para pagar um hotel. Com um suspiro
resignado, encostouse na parede de tijolos de um prédio e ficou olhando para a rua.
A noite estava comandando a cidade. A umidade e o frescor estavam anunciando a chuva que viria. Os ventos
começaram a ficar mais fortes e alguns trovões cortavam o céu.
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“Prostitutas, traficantes, pessoas estranhas, armas, drogas... tudo apareceu do nada” – pensava,
observando a rua como nunca havia feito antes.
Hanz começou a mexer nos bolsos de sua calça a fim de tentar achar algumas moedas, queria dinheiro para
pegar outro táxi. Ele começou a puxar um monte de papéis, canhotos de cartões de crédito, cartões de lojas,
propagandas, e... cartão telefônico de seu antigo professor de química.
“O que isso está fazendo aqui?” – indagou em pensamento, olhando para o cartão que Iago havia lhe dado
antes de partir do colégio.
Um leve sorriso desenhouse nos lábios de Hanz ao lembrarse das conversas que tinha com seu antigo
professor. A comparação entre Iago e Kim podia ser descrita em uma única palavra: maturidade.
Iago era com certeza uma das pessoas mais sérias e ousadas que teve a oportunidade de conhecer. Tinha
muita simpatia por seu antigo professor, e talvez eles tivessem uma amizade sólida se não fosse os
sentimentos proibidos que seu professor nutria por ele.
O coração de Hanz acelerou de repente, seu punho começou a tremer. Ele ficou pensando em ligar para Iago,
talvez pudesse conversar um pouco. Afinal, com quem poderia desabafar? Se ligasse para Corei, com certeza
ele teria um chilique e ficaria xingando Kim por telefone, e o que menos queria no momento era ouvir sobre o
karateca.
O cartão foi colocado novamente no bolso da calça jeans, Hanz sentouse na calçada suja e úmida, estava a
salvo da fina garoa que caia pelo céu escuro.
“Está ficando frio” – pensou, olhando para o relógio que media a temperatura do ambiente – “a temperatura
caiu bastante” – concluiu, vendo que estavam 16° Celsius.
O moreno usava apenas uma camiseta preta e básica de manga curta, abraçou seu próprio corpo,
encolhendose para tentar ignorar o vento frio. De repente, alguém lhe fazia companhia, era um bêbado que
cantarolava e lhe enchia a paciência com seu passado aventuroso e provavelmente mentiroso.
“Ah... eu mereço” – pensou com desagrado.
Uma mulher apareceu de repente, era uma prostituta, ela começou a falar com Hanz, tentando vender seu
serviço. E cansado daquela conversa enfadonha, o moreno se levantou e saiu com a cabeça baixa, deixando
que as finas gotas frias lhe molhassem.
O frio começou a ficar mais intenso. A temperatura do corpo do moreno começou a cair, ele tremia
levemente, sentiu seu celular tocar novamente, o pegou e constatou que era seu namorado que lhe ligava,
mas não queria atendêlo.
“Ah... eu estou tão triste” – pensou, permitindo que suas lágrimas quentes começassem a caírem por seus
orbes azuis.
Duas horas passouse, já se passava das dez horas da noite. Hanz estava cansado, com fome, frio e
emocionalmente fragilizado. Encostouse em outra parede de concreto, aproveitando do telhado de madeira
para se proteger da chuva.
Mexeu novamente nos seus bolsos e pegou o cartão do seu professor e com os dedos trêmulos discou o
número de Iago e ficou esperando até que ele atendesse. Depois de alguns segundos uma voz grossa e rouca
foi ouvida.
Alo, quem está falando? – Iago indagou.
Iago?
Sim, sou eu. Quem está falando?
Sou eu, Hanz Golden.
Hanz!? Como você está?
Ah... eu queria conversar um pouco. Você sempre deu bons conselhos.
Aconteceu alguma coisa?
Ah... esquece. Eu não deveria te perturbar com isso. Nos falamos depois!
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Não, não, não desligue. Digame o que aconteceu.
Apenas briguei com Kim novamente, ou melhor, ele brigou comigo.
Ele... Te bateu?
Não, não – falou rapidamente – isso não.
Onde você está morando?
Cidade do Sol – riu baixinho – e você?
Eu também! Onde você está?
Que coincidência! – riu baixinho, a vida era cheia de surpresas realmente.
Hanz, vamos nos encontrar.
Ah... bom, isso não vai ser possível. Talvez outro dia.
Por quê?
Eu estou sem dinheiro para um ônibus, eu saí sem minha carteira.
Você está sozinho na rua e sem dinheiro!? Digame agora onde você está que eu vou te pegar.
Não, por favor, Iago. Eu só queria conversar um pouco com você e...
Hanz, Já chega! Eu não vou ficar em paz sabendo que você está sozinho há essa hora nessa cidade. Digame
onde você está agora.
Iago, eu vou ligar para o Kim... ele virá me buscar. Não se preocupe.
Você quer ligar para ele?
Não...
Então me diga onde você está?
Iago, eu...
Hanz, eu estou ficando bravo. Fale logo!
Eu estou na avenida general flores na altura do número dois mil – falou num tom derrotado.
Fique ai na rua, eu vou te buscar.
Mas...
Eu estou saindo. Até!
A ligação foi encerrada por Iago, o moreno suspirou e se amaldiçoou por ter ligado para o seu antigo professor.
Agora ele ia trazer problemas para uma pessoa desconhecida, não queria envolver Iago em seus problemas,
mas desejava conversar com alguém.
O moreno ficou trinta minutos olhando para a avenida até que um carro esporte vermelho encostou e ficou
andando lentamente pelo canteiro da guia até chegar a Hanz.
A porta do carro foi aberta de repente e o moreno abaixou sua cabeça olhando para o homem que dirigia.
Ficou com receio de entrar no carro por não enxergar direito, mas ao ouvir a voz de seu antigo professor,
abriu um sorriso e andou lentamente até o carro. Ele já estava ensopado mesmo, correr ou andar não faria
diferença.
Sentouse no banco e fechou a porta, olhando para o professor que ficou impressionado com seu estado. Hanz
estava acabado, seu olhar era triste e avermelhado pelo tanto que havia chorado, suas roupas estavam
ensopadas e seus cabelos grudavam na sua testa.
Há quanto tempo! – Iago sorriu.
E que situação você está me encontrando – falou com constrangimento, abaixando a cabeça.
Hanz, todo mundo tem problemas. Eu tenho problemas, você, aquele homem que está passando pela
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calçada. O que temos que priorizar é nossa saúde mental. – sorriu – Vamos para minha casa, é um pouco
afastada. Tudo bem?
Eu não queria te incomodar.
Iago não respondeu, sorriu e pediu para que Hanz colocasse o cinto de segurança. Ligou o rádio e colocou um
rock pesado, Hanz fechou os olhos e encostou sua cabeça no encostou do banco deixando seu corpo relaxar.
A viagem foi rápida, porque o trânsito havia se dissipado por causa do horário, porém Iago não morava muito
perto do centro. Depois de um tempo o carro adentrou na garagem de uma casa pitoresca.
Eles saíram do carro, Hanz estava um pouco mole, pois havia caído no sono. Eles adentraram lentamente,
Hanz ficou receoso, não queria molhar o chão limpo daquela casa tão organizada.
Não se preocupe, depois eu passo um pano – Iago falou – jogando a chave do carro em cima da mesa da
cozinha e trancando a porta em seguida.
Iago... muito obrigado.
Tome um banho, eu vou te dar roupas secas.
Iago começou a puxar Hanz pela casa o levando até um banheiro de azulejos brancos e limpos. Hanz pegou
uma toalha e uma muda de roupas e se trancou no banheiro.
O banho foi revitalizador para Hanz, que conseguiu pensar melhor nas suas ações, estava mais calmo e o frio
parou de perturbálo. Quando saiu do banho, se secou e pegou uma calça de moletom preta e uma camiseta
branca de Iago que chegava na altura de seus joelhos. Certamente Iago era algum número de roupa maior
que ele.
Hanz penteou seus cabelos para o lado, retirando sua franja nos seus olhos, entretanto ela logo secaria e
cairia novamente por seu rosto. Saiu do banheiro, usando um chinelo largo de seu professor.
Está com fome? – Iago indagou, aparecendo no final do corredor.
Hanz sorriu e balançou a cabeça positivamente. O moreno caminhou até a cozinha, onde Iago estava
procurando alguma coisa nos armários.
E o que você está fazendo? – Hanz indagou.
Eu vou dar aula na universidade – falou.
Mesmo? Que legal. Qual universidade? – Hanz indagou com certo entusiasmo.
Universidade Arcanjo de Sul – respondeu.
Hanz arregalou os olhos e começou a rir. Iago apenas o encarou sem entender, esperando uma explicação.
O que foi?
Eu vou estudar nessa universidade – revelou –mas provavelmente eu não irei ter aulas com você!
Iago sorriu com essa doce surpresa, passou a mão por seus cabelos negros, jogandoos para trás, exibindo
seus dentes brancos e charmosos. Arregaçou as mangas de sua blusa preta até a altura de seus cotovelos e
colocou alguns alimentos em cima da mesa.
Vai mesmo fazer design gráfico?
Então você ainda se lembra do que eu vou fazer? – Hanz riu baixinho.
Eu me lembro de tudo que você disse – falou, exibindo um olhar penetrante para Hanz, que se constrangeu
um pouco e abaixou a cabeça.
Os dois comeram, conversando sobre as perspectivas de futuro de cada um. Quando terminaram, Iago lavou a
louça e Hanz a secou a cozinha ficou organizada e eles caminharam até a sala, onde se sentaram no sofá
azulmarinho.
A casa de Iago era masculina, séria e organizada. Os móveis combinavam com a decoração e para todos os
lados que Hanz olhava existia uma pilha de livros com nomes estranhos e que lhe causavam arrepios. Física
quântica, química orgânica, algarismos, etc.
O que houve para seu namorado brigar com você? – Iago indagou.
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Ah... – suspirou com agastamento – ciúmes como sempre.
Hum... e ele... te...
Não, não... nunca mais aquilo se repetiu – falou com certo constrangimento – eu não o perdoaria.
Não? – Iago riu baixinho – eu acho que não deveria ter perdoado. Afinal, o que ele fez foi muito sério. E eu
sei tudo sobre ele também.
Sabe o quê? – indagou com surpresa.
Eu soube o que aconteceu no colégio quando Kim estava no segundo ano – falou – mas isso é passado e
parece que está resolvido. Eu não sei como vocês conseguiram se livrar daquele louco do Maximiliano, mas o
que importa é que Kim pode viver em paz.
Hanz ficou surpreso demais para tentar falar alguma coisa, Iago apenas lhe sorriu docilmente, enquanto
passava seus dedos grossos por seus longos cabelos negros.
Ele me sufoca – Hanz falou baixinho, deixando seus olhos encheremse de lágrimas.
Eu imagino – falou – você deveria impor seus limites, Hanz ou isso sempre irá se repetir.
Mas eu já tentei. Ele fica louco quando está com ciúme e eu não faço nada – desabafou, balançando a
cabeça negativamente.
Iago suspirou com impaciência, ergueuse do sofá e se aproximou mais de Hanz, sentandose ao seu lado,
ficando próximo ao moreno que começava a reclamar sobre as atitudes de seu namorado.
Mas se não existe diálogo, não existe compreensão. Ele sempre irá mandar e você obedecer, tente falar que
esse é o seu jeito e se ele não aceitar, vocês não continuarão juntos – Iago falou.
Terminar? – Hanz indagou com surpresa. Ele gostava demais do karateca para pensar nisso.
Hanz, namoros começam e terminam. Eu já terminei dois namoros de três anos cada – confidenciou – vocês
são novos. Não é o fim do mundo, às vezes não dá certo.
O pior é que eu não faço nada. Às vezes eu tenho vontade de traílo para me sentir culpado pelos
xingamentos dele! Mas ele briga comigo mesmo assim. Um dia ele sonhou que eu o traí e por isso ficou
especulando sobre minhas ações. Acredita?
Iago começou a rir baixinho ao ouvir os relatos do moreno, aconselhandoo em certos momentos. Na medida
em que o tempo passava, Iago ficava mais próximo do seu exaluno, em certo momento passou a sua mão
pelos fios úmidos de Hanz, acariciandoos.
Quando Hanz terminou todo seu desabafo, começou a se sentir melhor. Iago o compreendia e como um bom
conselheiro, às vezes criticava e elogiava suas ações, não ficando somente a defendêlo como um falso amigo.
Por isso gostava de conversar com o seu exprofessor, ele sabia aconselhar devidamente sem puxar o saco e
falar o que a pessoa gostaria de ouvir. Era um bom ouvinte!
Você nunca fez nada de errado e ele vive dando mancadas. Se continuar assim, vocês irão se magoar – Iago
falou.
Eu também acho – falou cabisbaixo.
Minhas roupas ficaram um pouco grandes em vocês – comentou com um leve sorriso.
Ah... sim! – sorriu, olhando para a camisa – acho que essa camiseta sairia uma bela camisola – riu baixinho.
Hanz distraiase no seu visual, mas sua atenção foi voltada para Iago ao sentir seu rosto ser puxado para cima
pelos dedos que estavam parados no seu queixo. O olhar do seu exprofessor estava lhe causando arrepios,
Iago era um sedutor nato, e seu charme era transmitido através de vários fatores, mas o seu sorriso era mais
marcante.
Iago era um homem lindo, charmoso, independente e organizado. Aquela situação estava deixando Hanz
balançado, aos poucos viu que Iago se aproximava do seu rosto e não conseguiu e nem quis se desviar,
deixando que os lábios carnudos e avermelhados encostassemse aos seus lábios.
O tempo parou de repente, o hálito de Iago entorpeceu os pensamentos de Hanz que fechou os olhos e abriu
os seus lábios se entregando aquele beijo. Iago abriu mais seus lábios e serpenteou sua língua para dentro da
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cavidade de Hanz, resvalandoa lentamente, arrancando suspiros do menor. Como Iago beijava bem!
As mãos do professor pararam na cintura de Hanz, contudo estavam agitadas demais para continuaram
naquele lugar, logo começaram a deslizar para dentro da camiseta, tocando no abdômen duro de Hanz,
apertando sua pele, erguendo a camiseta até a altura dos ombros a fim de tirálo quando suas cabeças se
separaram.
Hanz sabia que aquilo era um erro, mas as sensações que envolviam seu corpo não podiam ser ignoradas.
Amava seu namorado, mas estava irritado e Iago era um homem maravilhoso. Se Kim o xingava tanto, agora
finalmente daria razão ao seu falatório incessante sobre traição.
A camiseta foi jogada no chão da sala, Iago começou a avançar, empurrando o corpo de Hanz para trás até
que o moreno encostou suas costas na superfície macia do sofá. O moreno abriu suas pernas lentamente,
deixando que o mais velho ficasse acomodado.
Como eu sonho com isso – Iago revelou – eu vou te mostrar como é ter um homem de verdade.
“Deuses...” – Hanz pensou, não conseguindo formular nada muito concreto na sua cabeça. Iago era um
predador!
A experiência de Iago era notável, ele começou a chupar a jugular de Hanz, enchendolhe de beijos e
chupões, deixando sua língua resvalar pela região como se estivesse dando um banho de gato no moreno que
arfava. As mãos do professor não ficaram paradas, ele apalpava as coxas de Golden, puxando sua calça e sua
cueca para trás a todo instante.
Ajudeme a tirar isso – Iago pediu, ajoelhandose no sofá e puxando a calça de moletom para baixo. Hanz
ergueu seu tronco e facilitou as ações de Iago que vitorioso, conseguiu deixar Hanz nu abaixo dele.
Os orbes azuis de Iago correram pela pele macia de Hanz, olhando para cada pedacinho. Hanz era perfeito nos
seus sonhos, mas pessoalmente era bem melhor. Com um largo sorriso voltou a cobrir seu corpo.
Hanz... você quer fazer isso? – indagou sussurrante, no ouvido do moreno.
Quero – respondeu com a voz rouca e baixa.
Então se prepare para mim, abre mais essas pernas – pediu.
Hanz obedeceu, abrindo mais suas pernas, ficando com a perna esquerda encostada no chão e a outra
grudada ao acento do sofá. Ele respirava com um pouco de dificuldade, Iago era maior e mais pesado que Kim.
Medo, insegurança, prazer e excitação se misturavam no coração de Hanz. Porém não existia espaço para
raciocinar, ele não queria raciocinar. Preferia se arrepender de ter traído Kim ao invés de ficar pensando em
como teria sido se ele se deitasse com seu antigo professor. Iago não era de se jogar fora, pelo contrário, ele
era irresistível.
Quando os lábios macios e carnudos de Iago fecharamse no pênis de Hanz, este afundou sua cabeça para
trás, resvalando suas mãos até os fios negros do professor, agarrandoos com seus dedos.
A língua de Iago tinha uma destreza excepcional, assim como sua mão que lhe acariciava o saco com cuidado
e carinho. A cabeça do professor movia para frente e para trás, num vaievem lento e demorado. Hanz
apoiouse nos cotovelos e deparouse com Iago lhe olhando enquanto lhe chupava, aquilo aumentou sua
excitação.
Ah... Iago – suspirou, abrindo mais a boca, buscando mais do ar que lhe faltava.
Iago não disse nada, ele não queria parar com o que fazia. Os gemidos baixos e tímidos de Hanz o estavam
deixando animado. Seu dedo indicador deslizou pela coxa do menor, dirigindose para o meio de suas nádegas,
o lugar era quente e um pouco úmido.
A boca de Iago se abriu e ele se afastou daquele membro duro e roliço que estava ereto. O corpo do seu ex
aluno estava esticado e suado, uma visão dos Deuses a seu ver. Sua mão continuou a massagear o membro
do menor, fazendo com que Hanz movesse seu quadril junto, querendo mais contato.
Já quer gozar? – Iago indagou.
Sim – respondeu.
Vai ter que merecer isso – falou com um leve sorriso.
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O que você quer, Iago?
Eu quero que você vá até aquela cômoda e apóie as mãos nela... depois arrebite essa bunda para mim e
peça para eu te comer – sussurrou.
Hanz ficou vermelho, olhou para a cômoda e depois para Iago que lhe sorria de modo pervertido e malicioso.
Sua excitação falava mais algo que qualquer pudor.
Ah... Iago... eu não quero fazer isso – Hanz falou baixinho.
Você vai gostar, eu prometo. Vamos Hanz, seja um bom menino – Iago pediu, passando suas mãos
levemente pelo membro do menor.
Hanz sentouse e levantouse vagarosamente, caminhando até a cômodo de madeira, olhando para sua
superfície lisa e vazia, colocou as mãos no móvel que era baixo, fazendo seu tronco inclinarse para baixo,
olhou para trás e viu que Iago já estava de pé.
Diga o que você quer, Hanz – Iago pediu.
Iago... eu... quero que você me coma – falou com um certo constrangimento.
A resposta foi rápida, o professor ficou atrás de seu corpo, alisando seu dorso com seus dedos, fechou sua mão
no seu pênis que já estava ardendo de desejo. Estava excitado desde o momento que viu Hanz usando suas
roupas.
Você vai saber o que é um homem de verdade – Iago falou – quer ver Hanz?
Ah... eu quero – respondeu, abrindo um pouco mais as suas pernas ao sentir a cabeça do membro de Iago
bater contra suas nádegas.
Depois você vai me chupar – Iago falou – e eu vou gozar na sua cara. Entendeu?
Hum, hum – respondeu automaticamente, só conseguiu se concentrar naquele membro duro que batia
contra suas coxas.
Incline mais para frente – pediu, empurrando as costas de Hanz para baixo, fazendoo se apoiar nos
cotovelos naquele móvel.
Iago fechou a mão na base de seu membro e começou a introduzilo no corpo do exaluno. Foi introduzindo
aos poucos, ouvindo o gemido dolorido de Hanz que abria as suas pernas à medida que sentia seu corpo doer.
Iago era enorme.
Você é apertado! – Iago gemeu alto ao sentir a sua glande ser envolvida por aquele corpo – como eu
imaginei.
Ah... é muito grande – Hanz falou, gemendo alto ao sentir Iago mover seu quadril contra seu corpo, fazendo
seu membro alargálo.
Claro, pois eu sou... um homem de verdade – sussurrou.
Iago ergueu um pouco de seu corpo, estava suando e ainda usava suas roupas, retirou a blusa que estava
usando exibindo seu físico trabalhado, sua calça estava caída até a altura de seus joelhos, moveu suas pernas
e deixou a calça escorregar até o chão, retirandoa e a chutando para longe.
Os braços fortes e firmes de Iago abraçaram a cintura magra de Hanz, apertando a sua carne, ouvindo um
gemido de puro prazer do menor. E dessa vez Iago começou a introduzir seu membro sem dar pausa,
colocandoo por completo naquele corpo.
Ah... que delícia! – Iago gemeu.
Hanz gemia baixinho, estava com dor, mesmo que abrisse suas pernas aquele grande membro ainda
continuava a lhe rasgar. Seu corpo ardia, mas desejava que Iago lhe dominasse. Ele nunca havia se
entregado a outro homem desde que ficou com Kim, mas desta vez não podia negar que desejava o professor.
Tudo bem, Hanz? – Iago indagou.
Sim...
Posso continuar?
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Pode.
Iago afastou um pouco seu quadril e o moveu para frente lentamente, sentindo seu membro se arrastar por
aquela parede quente e envolvente. Seu coração estava acelerado assim como sua respiração descompassada.
Ele estava realizando um de seus desejos mais ocultos, finalmente tinha Hanz em seus braços.
Os gemidos do mais novo era uma melodia única, com notas perfeitas, enquadrandose perfeitamente ao
brilho de seu corpo que parecia um instrumento de luxúria. Iago poderia ficar horas definindo seus
sentimentos e jamais acharia uma explicação.
A mão do mais velho voltou a acariciar o pênis de Hanz que estava mais úmido que antes. Ficou massageando
aquele pedaço de carne por pouco tempo e logo ganhou o gozo de Hanz, acompanhado por um gemido longo
de puro prazer.
Ah... ah... Iago... – Hanz gemeu, afundando sua cabeça na mobília a sua frente.
Calma. Eu vou te fazer... gozar muito hoje – avisou.
O ritmo incessante que Iago impôs estava chegando o fim. Seu corpo estava trêmulo, ele começou a se
mover mais rápido, gemendo mais alto e rápido até que seu corpo se entregou ao prazer máximo. Havia
gozado finalmente e dentro daquele corpo que tanto apreciava.
Iago retirouse e Hanz ajoelhouse no chão, cansado e suado, ele ainda segurava a mobília para que não
caísse. Iago normalizou sua respiração e puxou Hanz pelo braço, jogando o menor contra a parede para depois
abraçálo e beijálo com selvageria.
Iago... eu... não consigo respirar – reclamou, tentando virar sua cabeça para o lado.
Eu ainda não te comi como queria – revelou – você vai dar para mim até eu me satisfazer. Entendeu?
Hum... Iago... eu...
Você?
Eu me sinto mal com isso – revelou – o Kim...
Ele não vai saber – falou rapidamente – e você não vai sair daqui até eu te ter como desejei.
As palavras possessivas de Iago lhe causavam arrepios de pura luxúria. Hanz gostava de se sentir desejado e
como Iago era uma pessoa confiável e que mostrava se importar com ele, Hanz não sentia medo.
Iago puxou Hanz pela mão até o sofá, se sentou e fez com que o moreno se ajoelhasse no chão. O professor
pegou um pano que estava ao lado de seu sofá e o passou no seu membro que estava todo lambuzado,
limpandoo com atenção.
Hanz eu quero...
Eu sei o que você quer – Hanz disse, exibindo um lindo sorriso.
O moreno pegou o membro do professor, colocandoo lentamente na sua boca, dando algumas lambidas na
sua cabeça, enquanto olhava para Iago que encarava seriamente.
Bom menino – Iago elogiou.
A mão do professor se fechou nos fios cor de ébano da nuca de Hanz, começando a comandar sua velocidade.
Porém Hanz não se apressou, ele começou a chupar aquele membro lentamente, sugandoo com força, ponto
um ritmo enlouquecedor, ora dava muito prazer na sucção, ora ia mais devagar, ora apenas lambia, ora
apenas o masturbava com a mão.
Hanz... está bom... senta no meu colo – Iago pediu, puxando a cabeça do menor para trás, tirando aquela
boca faminta do seu pênis.
Hanz ajoelhouse no sofá, ficando com as pernas ladoalado com as de Iago. O professor segurou seu
membro pela base e com a outra mão começou a puxar o ombro de Hanz para baixo.
Senta em mim Hanz... – pediu – eu quero ver seu rosto carregado de prazer.
O moreno sorriu e começou a descer lentamente, sendo invadido novamente por aquele membro grosso e
roliço. Franzia seu rosto com uma expressão de dor, Iago estava amando aquilo, se continuasse assim gozaria
muito rápido.
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Enquanto Hanz descia seu corpo o professor começou a acariciar seu pênis, dando prazer para o menor que
agora arfava. Hanz sentouse finalmente, sentindose preenchido por completo.
Hanz... eu gosto tanto de você – Iago confessou – eu queria tanto que você fosse meu.
Iago... não fale isso, por favor – pediu com a voz ofegante.
Eu tenho que te falar isso! Eu quero que você saiba que se um dia... você ficar sozinho... venha até mim, eu
estarei te esperando! – revelou.
Hanz fechou os olhos, guardando aquelas palavras carregadas de sentimento. Porém o clima de romance
acabou rapidamente, quando Iago largou o membro de Hanz e com as duas mãos começou a levantar e
abaixar o corpo de Hanz com força.
Se os gemidos de Hanz eram deliciosos aos ouvidos de Iago naquela antiga posição, nesse momento o
conceito de prazer do professor foi mudado. O moreno estava gritando de prazer e dor, enquanto sua boca
estava aberta e seu cenho estava franzido.
Ah... Hanz... grita meu nome – pediu – grita.
Iago – gritou o nome do seu exprofessor assim como ele pediu – Iago... Iago...
Ah... isso, isso...fale que você é meu, fale! – pedia com a voz rouca.
Eu sou todo seu... só seu Iago! – obedecia enquanto estava perdido nos seus pensamentos.
Hanz acabou gozando pela segunda vez, sem precisar da masturbação de Iago dessa vez. Aquela situação já
era excitante o suficiente para ele sentir todo o prazer que merecia. O moreno inclinouse para frente e
encostou sua testa na testa de Iago, deixando seus orbes azuis de frente ao olhar dominador do mais velho.
O professor não resistiu e beijou a boca de Hanz, fazendo sua língua deslizar para fora, e ir até sua bochecha e
depois resvalar até o pescoço suado de Hanz, chupando com força.
Iago amassou o corpo de Hanz e o puxou com toda sua força para baixo, enquanto erguia seu quadril,
despejando seu sêmen novamente no seu corpo. Ele estava cansado, suado e realizado.
Hanz ergueuse lentamente retirando o membro de Iago de dentro e voltou a se sentar, abraçando o pescoço
do professor, enquanto beijava sua boca.
Os dois ficaram se beijando até que o precioso ar começasse a ser requisitado, sendo assim separamse. Os
dois ficaram abraçados, em silêncio, respirando.
Isso foi... uma loucura – Hanz falou.
Não quis ter feito?
Eu... mentiria se dissesse que não – respondeu.
Iago riu baixinho.
Você gemeu bem gostoso. Seria uma mentira mesmo.
Kim vai me matar.
Ele não vai saber e se... ele encostar em você. Eu juro que o denuncio – falou.
Ele nunca vai saber – Hanz falou – nunca!
Hanz... nós podemos fazer isso mais vezes.
Isso não seria justo com ele – falou.
Eu não ligo para ele – disse com certa raiva – eu quero você, vamos nos ver sempre na universidade. Por
favor, não se afaste de mim.
Eu não irei Iago – disse, passando a mão pelos cabelos de seu professor – eu gosto muito de você.
Ótimo. Eu vou ser seu ouvinte sempre que desejar – falou – agora vamos dormir e amanhã eu o levarei
para casa.
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No caso... hoje... deve ser umas quatro horas – Hanz comentou.
Iago se levantou com Hanz em seu colo, o menor tentou descer e andar com suas pernas, mas Iago insistiu e
o levou até o quarto, jogando Hanz na sua cama e deitando logo em seguida, abraçando seu corpo e beijando
seu corpo.
Obrigado por me ouvir, Iago – Hanz agradeceu.
Pode pedir minha ajuda sempre que quiser – sorriu sedutoramente.
Hanz riu baixinho, acomodandose na curva do pescoço do maior, aspirando seu perfume. Acabou dormindo,
sentindo uma leve carícia do homem que tanto apreciava. O moreno dormiu, antes de ouvir as palavras
queridas de seu professor.
Eu te amo, Hanz...
OoO
"Daqui a vinte anos, você estará mais desapontado com as coisas que você deixou de fazer do que pelos erros
que cometeu". (Raul Seixas).
OoO
Eu dedico esse especial a minha querida leitora Annie, que é apaixonada por Hanz e Iago. Eu espero que
tenha gostado.
Esse trocatroca não irá influenciar na história, é um conto paralelo, fictício que nunca aconteceria realmente,
sendo apenas para diversão dos leitores (e minha diversão também). Resumindo: um especial apenas de
sacanagem! Sem muito conteúdo, apenas um PWP.
O que acharam? Comentários são bemvindos. Desde já eu agradeço a atenção de todos.
VOTAÇÃO: QUAIS OS PRÓXIMOS CASAIS QUE VOCÊ QUER LER?
OBS: Apenas casais inventados, gente. Casais normais não entrarão nesse especial.
Por LeonaEBM
17/10/2008
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