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Autointitulado

João dos Santos Martins \ Cyriaque Villemaux


27 e 28 maio 2016
19h
Pequeno Auditório
M ⁄ 6 anos
d u r a ç ã o d e 7 0 m i n u t o s s / i n t e r va l o

Autointitulado
de João dos Santos Martins
e Cyriaque Villemaux

C o r e o g r a f i a ⁄ p e r f o r ma n c e

Cyriaque Villemaux
João dos Santos Martins
Desenho de luz

Rui Monteiro
operação de luz

Pedro Correia
Coprodução

Circular Festival de Artes Performativas


Alkantara Festival
P r o d u ç ã o e x e c u t i va e d i f u s ã o

Circular Associação Cultural

R e s i d ê n c i as a r t í s t i cas

Alkantara
O Espaço do Tempo
DanceWeb no contexto do projeto Life Long Burning (2013-2018)
subsidiado pelo programa Cultura da União Europeia
A22
Graner
Circular Festival de Artes Performativas
C o ap r e s e n t a ç ã o

Alkantara
com o apoio DNA ⁄ Programa Cultura da União Europeia
Apoio

Fundação Calouste Gulbenkian


Teatro Sá da Bandeira, Santarém
Agradecimentos

Fórum Dança ⁄ O Rumo do Fumo ⁄ Nome Próprio ⁄ O Espaço do Tempo


Aristide Bianchi ⁄ André e. Teodósio ⁄ Diana dos Santos Martins
Manuel João Martins ⁄ Polina Akhmetzyanova
Autointitulado
Terceiro título (cópia)
Autointitulado foi feito para esquecer uma série de improvisações Antes da sua eliminação definitiva, assistimos às gravações
dançadas num estúdio previsto para esse efeito. As danças então dessas danças e tentámos extrair imagens que identificávamos
filmadas, e depois apagadas, comportavam resíduos daquilo como correspondendo a uma determinada técnica, pessoa,
que identificámos como influências e imagens marcantes. animal, modo de performance, personagem ou outra categoria
Cada modelo, conhecido ou anónimo, cujo peso nos ancilosa  menos precisa como “uma tartaruga de pernas para o ar a tentar
os membros, levou-nos a uma composição de danças feita virar-se“. Em vez de olharmos para a improvisação como um todo,
a partir da nossa memória. O intervalo de tempo que separa como uma sucessão indiferenciada de eventos, tentámos observá-la
os modelos que reproduzimos supõe uma forma de narrativa por fragmentos e imagens estáticas. Isso permitiu-nos olhar de forma
cujos efeitos procurámos não exagerar. Não se trata pois de uma mais rigorosa para o que poderia ser identificado como sendo
enésima história da dança posta em cena mas de uma prática um ‘clichê da dança’, até porque, segundo este método,
de estúdio trazida para fora do aquário para ser asfixiada seríamos apenas capazes de ver coisas que já nos foram
de uma vez por todas. No mínimo. ensinadas previamente, ou que vimos no teatro, num livro
Teria sido impossível fazer esta peça sem o auxílio de certos de dança ou no youtube.
dispositivos técnicos que hoje podem parecer elementares: Uma vez terminada a lista de categorias, começámos a aprender
uma câmara de filmar barata, um gravador de som barato, danças e movimentos correspondentes às formas identificadas,
um assim-chamado smartphone, dois computadores ligados a partir de vídeos disponíveis on-line ou reproduzindo imagens.
à internet. Estes engenhos foram utilizados da forma mais simples, Esta ação levou-nos a fazer conexões entre as diferentes categorias
na maioria das vezes longe das nossas próprias mãos. que, mais tarde, foram aglomeradas em danças compostas
Os materiais gravados provêm das seguintes povoações: Barcelona, “à maneira de”. Apesar de não se fixarem exclusivamente
Bruges, Bruxelas, Gaia, Lisboa, Ostend, Porto, em linhagens de dança, essas coreografias procuraram sempre
Póvoa de Santarém, Saragoça, Santiago de Compostela e Viena. relações de semelhança entre formas e qualidades, criando
As suas datas coincidem com o período de férias de verão por vezes parelhas anacrónicas ou então fora de contexto.
europeias durante os meses de junho, julho, agosto e setembro.
Estes materiais foram, portanto, reunidos como documentos Quarto título (gravação)
de ócio, nosso e dos nossos contemporâneos.
É óbvio que a realização desta peça não teria sido possível
sem dispositivos de registo básicos: uma câmara para filmar
Primeiro título (título) as nossas improvisações e as câmaras que registaram os modelos
Autointitulado (título preferido à proposta inicial Self-titled) a que recorremos. Esses vídeos foram meras ferramentas,
é o que pode ser chamado de ponto de partida. a que só assistimos por trabalho, nos quais procurámos encontrar
Uma peça que tanto é feita de si própria como ao mesmo elementos específicos de forma a tornar as nossas danças mais
tempo ecoa o readymade “Sem-título” e o Self – auto – exatas. Contudo, dispositivos baratos como os que usámos
do Self Unfinished (1998) de Xavier Le Roy. Estas premissas são mais comuns em atividades de ócio como filmar os filhos
pareciam partilhar a ideia latente de que a peça já existiria, a brincar no parque, lembranças turísticas aleatórias, ou mesmo
de forma hipotética, tanto em obras de outros coreógrafos reportagens jornalísticas arbitrárias retratando uma multidão
como em técnicas de dança que temos vindo a aprender. que caminha em frente de uma fonte enquanto uma voz fala

Contudo, esses coreógrafos, bailarinos, danças e técnicas sobre o calor de verão nas capitais europeias. Nada acontece
seriam referências ainda por identificar. Teríamos portanto de ser nesses vídeos aos quais, de qualquer maneira, não nos é dado
nós – a partir da nossa educação em dança e da nossa profissão – tempo de visionamento. Supondo que seríamos também nós capazes
o ponto de partida da peça, gostássemos da ideia ou não. de fazer vídeos de lazer durante o nosso tempo livre – passado
fora do estúdio de dança, do “aquário” – começámos a filmar coisas
Segundo título (improvisação) que pareciam interessar as pessoas à nossa volta, coisas que já foram
Ambicionando fazer uma peça de dança e tomando elas próprias registadas por outras pessoas, noutros tempos.
a opção de “profissão: bailarino” no seu sentido mais literal, Elementos de uma cidade que, supostamente, a tornam mais
procurámos a maneira mais rápida de nos colocarmos a dançar. bonita e também paisagens simples para contemplar.
A resposta que surgiu consistiu em duas opções: ou copiar
danças, seguindo a lógica a que fomos ensinados na escola, Quinto título (banda sonora)
ou improvisar sem qualquer guião, como quando não Sobre a questão recorrente “mas dançam que tipo de música?”
sabemos o que fazer, “vamos improvisar qualquer coisa!”. – considerando que uma peça de dança acompanha-se com música
Em vez de operar de acordo com o nosso gosto, selecionando e vice-versa – tentámos responder segundo um método semelhante
coreografias para copiar, decidimos improvisar, especulando ao acima mencionado. Gravámos música que já fora produzida para
durante o processo que essa mesma ação acabaria por desvendar outros propósitos, muito além do nosso espetáculo: sons e ruídos
uma espécie de denominador comum, um lugar onde os hábitos úteis para dançar ou então para cantar, para celebrar ou então só
do sujeito que dança são mais expressivos. Esse seria também para não ouvir as vozes das pessoas sentadas na mesa ao nosso lado.
o lugar onde as danças que imitámos, aprendemos, caricaturámos Estas gravações partilham o facto de terem sido capturadas em locais
desde a nossa tenra idade, iriam reaparecer sob formas passíveis públicos onde podem ser ouvidas e escutadas por quem passa.
de ser identificadas e nomeadas.
A fim de nos livrarmos do processo de improvisação rapidamente, Bouvard et Pécuchet
operámos segundo aquilo que pode ser designado como sendo A tentativa de interpretar uma vasta gama de técnicas
um pesadelo primitivo: uma pessoa dança consoante o seu estado de dança ocidentais numa performance, o desejo de (re)ativar
durante vinte segundos e ‘congela’ na última posição, um conhecimento cinético num período tão curto de tempo,
de seguida outra parte dessa posição e contínua de acordo estabelece relações com o projeto de Bouvard et Pécuchet.
com o que esta possa evocar, e assim por diante durante Dois copistas tentam emancipar-se aprendendo de diferentes
dez-minutos-de-gravação-vídeo. fontes de conhecimento mas revelam-se incapazes de o colocar
A peça teria de estar contida nesses dez minutos de abandono. em prática graças à sua estupidez ou má sorte.
De forma semelhante, a compreensão das danças que pensámos
ter reconhecido e os híbridos que criámos acoplando-as umas
às outras, produzem monstros coreográficos. O resultado talvez
não seja a eficácia permitida por uma técnica sedimentada e posta
em prática mas a tentativa caótica de criar ligações entre essas danças.
A espécie de dueto tragicamente cómico que podemos por vezes
incorporar presta homenagem aos personagens do romance
de Flaubert.

J&C
Biografias

Cyriaque Villemaux (1988, Offenburg) estudou dança João dos Santos Martins nasceu em Santarém em 1989.
contemporânea no Conservatório Nacional Superior de Música É licenciado em dança pela ESD – Lisboa (2010) e mestre em
e Dança de Paris. Em 2012, graduou-se na P.A.R.T.S em Bruxelas. Estudos Coreográficos pela Universidade Paul Valèry III/ex.e.r.ce,
As suas colaborações FR/PT e G#$*&!/Disagreement/How to dance programa dirigido por Mathilde Monnier em Montpellier (2013).
things with doing integraram eventos como o Festival d’Automne Frequentou igualmente a Codarts, a P.A.R.T.S. e o MA-CuP
de Paris (2012) e Tanz im August (2012). Cyriaque Villemaux da Universidade de Giessen, dirigido por Bojana Kunst.
trabalhou com Noé Soulier (Little perceptions), Xavier Le Roy Colabora como intérprete com Eszter Salamon e Xavier Le Roy
(Rétrospective) no Centre Pompidou e com Pierre Leguillon e trabalhou anteriormente com Cão Solteiro, Ana Borralho & João
(La grande évasion, 2015) no Centre Nacional de la Danse. Galante e Rui Horta, entre outros. Do seu trabalho contam
Em 2013, colaborou com Julie Kowalczyk no projeto Carte, a adaptação do solo Conquest (2010) de Deborah Hay,
a children´s book no Musée de la Danse, CCN de Rennes. a reconstrução de Continuous Project Altered Daily (1970-2011)
Uma versão mais antiga desta biografia mencionava o seu de Yvonne Rainer, em colaboração com os estudantes e.x.erc.e.,
interesse em tradução. Esse mesmo interesse encontrou uma Xavier le Roy e Christophe Wavelet, e a produção coreográfica
forma de se materializar por ocasião do lançamento do livro de Tropa Fandanga, 2014, do Teatro Praga. Apresentou ainda
Rétrospective par Xavier Le Roy, no qual traduziu para francês Le Sacre du Printemps (2013), codirigido com Min Kyoung Lee,
as entrevistas entre Xavier Le Roy e Bojana Cvejic (2013). Masterpiece (2013) e Projecto Continuado (2015), obra à qual
Cyriaque Villemaux foi artista residente do Akademie Schloss foi atribuído o prémio de Melhor Coreografia pela Sociedade
Solitude entre 2014 e 2015, onde produziu The Stuttgart Pieces Portuguesa de Autores em 2016. Mais recentemente foi convidado
e Covers em colaboração com Néstor Garcia Díaz e Boglarka a dirigir Vera Mantero, João Fiadeiro, Clara Andermatt e Paulo
Borcsok. Prepara atualmente um novo projeto com Polina Ribeiro no evento Reencontro, 2016.
Akhmetzyanova, Integração, que terá a sua estreia em 2016 João dos Santos Martins recebeu a bolsa de mérito da ESD-IPL
em França. 2008-2009, foi bolseiro do programa danceWeb 2010, do Centro
Nacional de Cultura (2010), do programa ENPARTS (2010-2011)
e da Fundação Calouste Gulbenkian (2011-2013). É atualmente
“artista residente” da Circular Associação Cultural e prepara
agora um novo trabalho em colaboração com o coletivo 32.65,
a convite do Festival Walk&Talk em S. Miguel, Açores.

© J O S É C A RLO S DU A RTE
4 junho
21h ⁄ Pequeno Auditório m ⁄ 6 anos

CONSELHO
DE ADMINISTRAÇÃO
CHE​FE DE EQUIPA DE PALCO CCBeat
Elísio Summavielle PEDRO CAMPOS
PRESIDENTE
TÉCNICOS PRINCIPAIS
Isabel Cordeiro
LUÍS SANTOS
VOGAL
RAUL SEGURO
MIGUEL LEAL COELHO
TÉCNICOS EXECUTIVOS
Nice Weather
VOGAL
F. CÂNDIDO SANTOS
DIREÇÃO CÉSAR NUNES for Ducks
DE ESPETÁCULOS JOSÉ CARLOS ALVES
HUGO CAMPOS
PROGRAMAÇÃO
MÁRIO SILVA Luís Jerónimo voz e guitarra
ANDRÉ CUNHA LEAL
RICARDO MELO Hugo Domingues baixo e voz
FERNANDO LUÍS SAMPAIO
RUI CROCA Tiago Domingues bateria
DEPARTAMENTO DE OPERAÇÕES HUGO COCHAT
PAULA FONSECA COODENADORA Diego Alonso guitarra e voz
DANIEL ROSA
PRODUÇÃO Bruno Santos voz e tecl as
CHEFE TÉCNICO DE AUDIOVISUAIS
INÊS CORREIA NUNO GRÁCIO
PATRÍCIA SILVA
CHEFE DE EQUIPA DE AUDIOVISUAIS
HUGO CORTEZ
NUNO BIZARRO Os Nice Weather for Ducks chegam dos arredores de Leiria
JOÃO LEMOS
SOFIA SANTOS TÉCNICOS DE AUDIOVISUAIS e são um grupo de amigos que cresceram a ouvir dizer
EDUARDO NASCIMENTO
DIREÇÃO DE CENA que a música estava na internet.
PAULO CACHEIRO
PEDRO RODRIGUES
NUNO RAMOS Chegaram em 2012 e com a canção 2012. Do primeiro disco, Quack,
PATRÍCIA COSTA
MIGUEL NUNES ainda lançaram um terceiro single, Bollywood, não deixando ninguém
JOSÉ VALÉRIO
TÂNIA AFONSO TÉCNICOS DE AUDIOVISUAIS ⁄ EVENTOS
indiferente e rumando numa digressão que os deixou a correr Portugal
CATARINA SILVA estagiária CARLOS MESTRINHO
RUI MARTINS e Espanha por mais de dois anos. Já tocaram em festivais como Vodafone
SECRETARIADO
TÉCNICOS DE MANUTENCÃO Mexefest, Bons Sons, NOS Alive, Fusing e Barco Rock. Em Espanha
SOFIA MATOS
JOÃO SANTANA atuaram no festival Monkey Week e marcaram presença
DEPARTAMENTO TÉCNICO LUÍS TEIXEIRA
SIAMANTO ISMAILY COORDENADOR VÍTOR HORTA no Pomolo Fest e no Deleste Festival.
CHEFE TÉCNICO DE PALCO SECRETARIADO Em 2016 voltam com novo disco em que a versatilidade das suas
RUI MARCELINO YOLANDA SEARA canções (com ADN rock mas cada vez mais assente na world music 
e na eletrónica) apresenta uma nítida evolução e maturidade.

par ce i ro me dia

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