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1ª PROVA parte PD

Diversos fatores determinam a qualidade e a produtividade das culturas, dentre elas


destacam-se as plantas daninhas.
As plantas daninhas são elementos importantes na atividade agrícola, estão sempre presente
nas áreas de produção, interferindo no desenvolvimento e rendimento das culturas.
*Definições sobre plantas daninhas:
-Beal: “uma planta fora de seu lugar.”
- Weed Science Society of America: “uma planta que ocorre onde não é desejada.”
- W. Shakespeare: “são seres vegetais cuja virtude ainda não foram descobertas.”
- Fisher: “plantas cujas vantagens ainda não tem sido descobertas.”
obs: esses conceitos não levam em conta os desejos econômicos do homem.
- Cruz: “plantas sem valor econômico ou concorrem, com o homem, pelo solo.”
- Conceito agronômico: “Qualquer planta que ocorra de modo espontâneo e prejudicial, em
locais relacionados às atividades agropecuárias do homem, sendo qualquer planta que ocorra
em uma área cultivada, em uma pastagem natural ou artificial, em um reservatório de água ou
em uma área de reflorestamento trazendo prejuízos diretos e indiretos ao homem são
chamadas de plantas daninhas.”
As plantas daninhas vem sendo “selecionadas” pois vêm se adaptando sob condições
adversas, ou seja, vêm adquirindo rusticidade.
- Plantas daninhas comuns: são aquelas que não possuem habilidade de sobreviver em
condições adversas.
- Plantas daninhas verdadeiras: apresentam determinadas características que permitem fixá-
las como infestantes ou daninhas. São plantas melhoradas geneticamente, que apresentam
capacidade de crescer em condições adversas, tais como ambientes desertos ou alagados, em
ambientes com temperaturas muito baixas ou muito altas e solos salinos. Essas plantas
daninhas apresentam rusticidade, resistência à pragas e doenças, habilidade de produzir
grande número de sementes viáveis com adaptações que auxiliam na dispersão da espécie e
formas variadas de multiplicação.
As plantas daninhas surgiram quando o homem iniciou suas atividades agrícolas, separando
as plantas benéficas ( plantas cultivadas ) das maléficas ( plantas daninhas ).
Dentre as formas de coevolução das plantas daninhas com as plantas cultivadas, destacam-se
a mimetização das plantas daninhas com a cultura, a mudança da flora em função da pressão
de seleção causadad pelos métodos de controle e a resistência das plantas daninhas à
herbicidas. Exemplo de plantas daninhas resistentes ao Glyphosate: trapoeraba, corda-de-
viola, erva-de-touro, agriãozinho.

ASPECTOS POSIVITOS E NEGATIVOS DAS PLANTAS DANINHAS

*Aspectos positivos:

- proteção do solo contra a erosão;


- cobertura do solo;
- reduz o aquecimento da superfície do solo;
- retenção de umidade;
- incremento nos teores de matéria orgânica;
- sombreamento do solo;
- liberação de substâncias alelopáticas para o controle de novas plantas daninhas;
- fixação do N2;
- adubação verde;
- ornamentação de aquários e lagos;
- fornecimento de óleos essenciais;
- produção de medicamentos;
- fontes opcionais de vitaminas, sais minerais e amido;
- algumas espécies possuem caráter apícola;
- hospedeira de insetos benéficos.

*Aspectos negativos:

- terras infestadas com plantas daninhas tem seu valor reduzido;


- interferem com as plantas forrageiras reduzindo a capacidade de lotação dos pastos;
- na agricultura, de 30 a 40% de redução da produção agrícola mundial é atribuída à
interferência das plantas daninhas;
- algumas plantas daninhas dificultam ou até mesmo impedem a operação da colheita;
- a qualidade dos produtos colhidos é afetada em áreas com presença de plantas daninhas;
- competição das plantas daninhas com a cultura por recursos como nutrientes minerais
essenciais, água, luz e espaço;
- as plantas daninhas podem causar efeitos alelopáticos sob as culturas, trazendo prejuízo no
seu crescimento, desenvolvimento e produtividade;
- podem ser hospedeiras para alguns agentes causais de doenças de plantas;
- intoxicação de animais;
- ocupa reservatório e bebedouros: dificulta a recreação em parques, lagos;
- elevados custos para o controle.

CARACTERÍSTICAS DAS PLANTAS DANINHAS

*Habilidade competitiva: as plantas daninhas possuem maior habilidade que as plantas


cultivadas no recrutamento de recursos do ambiente como nutrientes, luz, água, espaço e
CO2. As plantas daninhas ainda apresentam grande capacidade de estiolamento quando
sombreadas.
* Algumas plantas daninhas possuem o ciclo mais curto que o da cultura.
* Algumas plantas daninhas possuem frutos deiscentes.
*Capacidade de produção de propágulos: as espécies daninhas produzem, de modo geral,
grande quantidade de dissemínulos. Algumas espécies podem produzir mais de 1 milhão de
sementes por planta.
*Desuniformidade no processo germinativo: as plantas daninhas, apresentam
desuniformidade no processo germinativo, garantindo assim sua perpetuação. Isto está
relacionado aos mecanismos de dormência dos propágulos e à distribuição destes no perfil do
solo.
=> Dormência: processo pelo qual as sementes de determinadas espécies, mesmo estando
viáveis e tendo todas as condições ambientais para germinar, deixam de fazê-lo.
=> Quiescência: estado de repouso em que, estando viáveis as sementes, ele é superável com
o fornecimento das condições ambientais necessárias.
*Capacidade de germinar e emergir a grandes profundidades.
* Viabilidade dos propágulos em condições desfavoráveis.
* Mecanismos alternativos de reprodução: as plantas daninhas perenes podem se reproduzir
tanto por sementes quando por órgãos vegetativos.
* Facilidade de disseminação dos propágulos.
* Crescimento e desenvolvimento inicial: certas espécies ditas C4 tem maior habilidade em
retirar do meio os fatores necessários ao seu crescimento e desenvolvimento quando
comparadas a plantas C3. Exemplos de plantas C4: tiririca, amendoim bravo, caruru, capim-
amargoso e grama seda.

DORMÊNCIA DAS PLANTAS DANINHAS

*Dormência primária ou inata: a dormência primária ou inata é aquela que ocorre por ocasião
da maturação das sementes e, portanto, nestas condições, as sementes ainda encontram-se
fisiologicamente ligadas à planta mãe. Este tipo de dormência ocorre durante períodos
relativamente curtos, os quais podem variar de algumas semanas a poucos meses, sendo
importante para muitas espécies, pois impede que as sementes germinem quando ainda estão
ligadas à própria planta, caso as condições climáticas sejam desfavoráveis por ocasião do seu
completo desenvolvimento ou no momento de sua dispersão. Em geral, este tipo de
dormência é facilmente superado por simples armazenamento das sementes secas por algum
tempo, geralmente não muito longo. Este tipo de dormência é denominado “dormência pós-
colheita.” Em outras palavras, as sementes já saem da planta mãe dormentes e mesmo que
tenha as condições necessárias elas não germinam. A semente torna-se dormente após a
maturação.
* Dormência secundária ou induzida: em algumas espécies, sementes que apresentam a
capacidade de germinar normalmente podem ser induzidas a entrar no estado dormente,
quando mantidas, durante certo intervalo de tempo, sob condições ambientais desfavoráveis.
Geralmente, a dormência secundária é induzida quando são fornecidas à semente todas as
condições necessárias a sua germinação exceto uma. Algumas condições podem induzir a
dormência secundária nas sementes, como temperaturas elevadas ou muito baixas,
iluminação ou ausência de luz. Em outras palavras, a semente ao termino da dormência
primária, ela germina se estiver em condições favoráveis. Nesse tipo de dormência, as
sementes podem entrar em uma nova fase de dormência.

*Dormência forçada: também chamada de quiescência.


obs: a duração da dormência não é exatamente a mesma para todas as sementes de uma
mesma planta (estratégia de sobrevivência).
O objetivo da dormência é evitar que as sementes recém caídas da planta mãe venham a
germinar e se desenvolver sob condições adversas.
* Principais mecanismos de dormência:
- impermeabilidade do tegumento da semente a água e ao oxigênio;
- resistência mecânica do tegumento a expansão do embrião;
- imaturidade fisiológica ou morfológica do embrião: após a disseminação necessita de um
período de pós-amadurecimento.
- dormência fisiológica do embrião ocasionada por balanço hormonal e presença de inibidores
químicos.
obs: as sementes de plantas daninhas podem apresentar mais de um tipo de dormência nas
sementes de uma mesma planta ( um dos fatores do difícil controle das plantas daninhas ).
*Efeito do ambiente na dormência e germinação:

-Luz: poucas espécies necessitam de luz para germinar e aquelas que necessitam só o fazem
próximo a superfície do solo.
- Oxigênio: o oxigênio é fundamental para a germinação das plantas daninhas, sendo que cada
espécie tem uma exigência em termos de concentração pré-determinada.
obs: algumas espécies precisam de 5 a 10% de O2, enquanto outras precisam de muito mais
que 10%.
- Água: para germinar, a semente deve primeiro sofrer um processo de embebição. A
embebição ocorre tanto em sementes dormentes, não dormentes quanto em sementes
mortas. Excesso de água ou seca pode levar a dormência secundária. Seca e molhamento
alternados estimulam a germinação das sementes.
- Temperatura: cada planta daninha tem uma temperatura ótima para germinação.
obs: a cada 10ºC que a temperatura se elevar a velocidade das reações envolvidas no processo
de germinação dobra.
A temperatura dita como limite para a atividade enzimática é em torno de 40ºC.
Temperaturas baixas ou altas podem induzir o processo de dormência.
A alternância de temperaturas diurnas e noturnas podem induzir a germinação.
Talvez o principal mecanismo para as sementes reconhecerem o momento de germinar seja a
variação de temperatura na superfície do solo, pois é um indicativo de profundidade no solo.
obs: no plantio direto as plantas daninhas tendem a germinar menos pois não há revolvimento
do solo, quando comparado ao plantio convencional. A aração (plantio convencional) vai
favorecer a oxigenação do íon amônio servindo de estímulo a germinação das sementes de
plantas daninhas.
=> As plantas daninhas germinam em profundidades próximas da superfície do solo. Elas são
capazes e precisam reconhecer que estão em profundidades adequadas, as quais são: alta
variação de temperatura, alta quantidade de O2, alta variação na quantidade de água ( seca e
molhamento ) e alta incidência de luz.
O banco de sementes no solo está localizado entre 10 a 30cm de profundidade.
obs: sementes de buva, pé-de-galinha e amargoso não germinam em profundidades maiores
que 1cm.
A palhada proveniente das culturas (soja,milho,aveia,trigo) também possuem propriedades
químicas (alelopatia) e físicas que prejudicam o crescimento e desenvolvimento das plantas
daninhas.
Uma maneira de chegar ao equilíbrio (redução da incidência de plantas daninhas) é fazer a
diversificação, ou seja, a rotação de culturas.
=> As plantas daninhas devem ser controladas antes das mesmas entrarem em fase de
florescimento!
=> Alelopatia: efeito prejudicial de uma planta sobre a outra através da produção de
compostos químicos liberados ao ambiente denominado aleloquímicos.

CLASSIFICAÇÃO DAS PLANTAS DANINHAS

* Com relação ao aparecimento dos primeiros herbicidas:


- plantas daninhas de folha larga
- plantas daninhas de folha estreita
*Com relação ao ciclo de vida:
- plantas anuais: plantas que completam seu ciclo em um período menor que um ano (80% das
plantas consideradas daninhas). Produzem sementes dentro de uma mesma estação de
crescimento ( 40 a 60 dias ). Ciclo bem curto, algumas fazem várias gerações durante o ano. A
reprodução é feita exclusivamente através de sementes. Geralmente produzem uma alta
quantidade de sementes em uma mesma planta.
- plantas bi-anuais: tem o ciclo de vida maior que um ano e menor que dois anos.
- plantas perenes: plantas que vivem por mais de dois anos e são policarpicas. Vivem por
tempo indeterminado e produzem dissemìnulos em várias estações. Boa parte dessas plantas
reproduzem-se por sementes, porém algumas podem se reproduzir vegetativamente.
obs: o melhor momento para aplicação de herbicidas é no pré-florescimento.

*Com relação ao local de ocorrência:


- plantas de culturas
- plantas de pastagens
- plantas de florestas
- plantas industriais
- plantas viárias
- plantas aquáticas

*Com relação ao habito vegetativo:


- herbáceas
- sub-arbustivas
- arbustivas
- arbóreas
- trepadeiras
- epífitas
- parasitas

* Com relação ao ciclo de desenvolvimento:


- monocárpicas: dividem-se em anuais e bi-anuais. Permanecem no solo na forma de
propágulos.
- policárpicas: plantas perenes. As plantas perenes podem ser divididas em plantas perenes
simples, que se propagam exclusivamente por meio de sementes enquanto que as plantas
daninhas perenes complexas propagam-se por meio de sementes e órgãos vegetativos (
rizomas, estolões, bulbos, tubérculos ). As plantas daninhas perenes complexas são facilmente
disseminadas por máquinas agrícolas que levam partes de órgãos vegetativos para outros
locais. Independente se a planta daninha surgiu por meio de sementes ou órgãos vegetativos,
o controle máximo, não o ideal, é no pré-florescimento pois é quando há maior translocação
de defensivos de cima para baixo na planta.
As plantas daninhas de folha larga devem ser controladas quando apresentarem de 2 a 4
folhas, enquanto que as plantas daninhas ditas folhas estreitas, devem ser controladas quando
tiverem 3 folhas ( de 1 a 2 perfilhos ). As plantas daninhas provenientes de sementes, se
controladas nesses estágios, ainda dependem da reserva das sementes, e as reservas por
estarem se esgotando dificilmente essas plantas daninhas irão rebrotar. Nesse caso, inseticidas
de contato ou controle mecânico ( enxada ) são suficientes.
As plantas daninhas provenientes de órgãos vegetativos , a eliminação da parte área não é
eficiente, porque eu quebro a dominância apical e as gemas brotam. Nesse caso deve-se usar
um produto sistêmico para matar a parte área e translocar para os órgãos vegetativos.

*Botânica: botanicamente não existem plantas daninhas!


A identificação da planta daninha, bem como o conhecimento de sua biologia é essencial para
que se defina a estratégia mais eficiente e econômica para seu controle e erradicação.
Precisamos identificar as plantas daninhas quando elas estão no início de seu desenvolvimento
(jovens). O controle das plantas daninhas deve ser feito nas fases iniciais da planta, quando se
consegue um bom controle e de maneira mais econômica.

* 10 plantas daninhas florestais mais importantes:


1- Cyperus rotundus (tiririca)
2- Cynodon dactylon (grama seda)
3- Echinochloa cruzgalli (capim arroz)
4- Echinochloa colonum (capim arroz)
5- Eleusine indica ( capim pé-de-galinha)
6- Sorghum halepense ( capim massambará)
7- Panicum maximum ( capim-colonião)
8- Eichornia crassipes (aguapé)
9- Imperata cilíndrica (sapé)
10- Lantana câmara ( cambará)

BANCO DE SEMENTES NO SOLO

*Conceito: todas as sementes viáveis presentes na superfície ou enterradas no solo constituem


o banco de sementes do solo. O armazenamento resulta na distribuição vertical das sementes
no perfil do solo, onde a maioria das sementes de plantas daninhas concentra-se
superficialmente ou em pequena profundidade. A obtenção de informações sobre a dinâmica
dos bancos de sementes tem permitido a melhoria das estratégias de manejo das plantas
daninhas.
A maioria das comunidades de plantas anuais é regenerada por meio das sementes
armazenadas no banco de sementes do solo. O banco de sementes no solo é considerado a
principal fonte de novas infestações de plantas daninhas anuais, as quais representam a
maioria dos problemas nos sistemas de produção agrícola. Além disto, as características do
banco de sementes de plantas daninhas influenciam tanto na população de plantas que
ocorrem no campo quanto no sucesso das práticas de manejo adotadas para controlá-las.

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