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Propagação em redes WiFi

Para tratar dos modelos de propagação em ambientes de redes sem fio, é


importante primeiramente que o leitor tenha um entendimento sobre o meio pelo
qual o sinal de informação trafega.
Para os sistemas de redes sem fio, o meio de propagação é o canal rádio
móvel, onde algumas de suas características foram apresentadas em capítulo
anterior. Porém, outras características tão importantes quanto, serão tratadas
neste capítulo com algum detalhamento para permitir uma melhor compreensão
dos efeitos que o sinal de comunicação sofre ao longo do tempo e espaço,
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conforme percorre o caminho da origem ao destino.


Um projeto de cobertura para uma rede wireless necessita de um estudo
de propagação dos sinais no ambiente em que será implantada a rede. Estudo
este, que possibilite obter informações sobre os níveis de sinal alcançados em
toda a área considerando determinadas situações específicas. Quanto mais
completo for este estudo, melhor será o planejamento da rede em termos de
cobertura, capacidade e eficiência no trato da informação.
Desta forma, para que se possa realizar este estudo, são utilizados os
chamados “modelos de propagação”. Os mesmos são desenvolvidos com base
em medições em campo que buscam alimentar com dados todo um
desenvolvimento matemático complexo capaz de representar os efeitos reais da
propagação dos sinais eletromagnéticos. Assim, é fácil concluir que, quanto mais
informações for possível representar nestas equações, mais precisa será a
caracterização do meio e seus efeitos. [25]
O levantamento destas informações é feito, principalmente, através de
medições em campo, onde são estudadas características do ambiente e os
efeitos que elas causam às ondas rádio. Deve-se considerar, portanto, a perda
de espaço livre, os desvanescimentos, os tempos de resposta e, é claro, as
interferências do ambiente. Os materiais utilizados para construir as paredes de
uma sala, ou dos objetos constituintes de um escritório, o movimento de pessoas
ou objetos (abertura de portas e janelas) em um ambiente, o tipo de interior (se
corredor largo, estreito, curvo, de esquina) ou a umidade do ar na região onde
planeja-se implantar uma rede têm papel fundamental no resultado final
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alcançado no dimensionamento de cobertura de uma rede wireless. Ambientes


com presença de corredores normalmente conduzem a energia propagante ao
longo de sua extensão e o sinal apresenta atenuação abaixo da de espaço livre,
pois a energia está mais concentrada.
Desta forma, considerar as mais variadas características é bastante
importante quando se deseja desenvolver um modelo de propagação que
procure mostrar a realidade o mais fielmente possível.
5.1
Caracterização do canal rádio

Para os ambientes chamados indoors, o canal rádio sofre efeitos


basicamente segundo três características principais: a dependência do nível de
sinal com a distância percorrida e a variabilidade de larga e pequena escala do
sinal.
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5.1.1
Dependência com a distância

A dependência com a distância significa dizer que, conforme o sinal se


propaga pelo meio, o seu nível de potência tende a reduzir com o quadrado da
distância entre a fonte e o ponto de medição devido somente ao espalhamento
do sinal no espaço, sem outros efeitos. Porém, principalmente em ambientes
fechados, isso nunca ocorre, pois existem obstáculos que influenciam no nível
de sinal. Neste caso, a atenuação do sinal com a distância pode chegar a
valores que dependem da quinta potência. [30]
De forma a quantificar esta atenuação, é que são realizadas medidas onde
a perda mediana do sinal é calculada e representada por meio de um gráfico,
como o apresentado na Figura 5.1 [31]. Nela, é possível observar a variação que
o sinal sofre em torno deste valor médio em vermelho, variação esta
caracterizada pelas variabilidades de pequena e larga escala.
100

Figura 5.1 - Perda mediana em relação à distância


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Fazendo ainda, uma análise mais profunda, é possível identificar duas


situações a respeito desta perda mediana. Cada uma destas situações
apresenta características diferentes, ou seja, apresenta um grau de atenuação
do sinal com a distância maior ou menor. É possível observar na Figura 5.1 que
o decaimento do sinal é mais acentuado no início da curva, mas que em
seguida, após um ponto divisório, este decaimento é mais lento. Desta forma, a
perda mediana pode ser representada por duas retas separadas por um ponto
de quebra.

Figura 5.2 - Representação do Ponto de quebra


Em geral, a atenuação cresce lentamente com o quadrado da distância,
correspondendo a uma propagação em espaço livre até o ponto de quebra. Em
alguns casos, a atenuação pode crescer com valores inferiores a 2 (n1 = 1,43),
indicando confinamento do sinal. Após o ponto de quebra, o expoente aumenta
101

para valores comumente situados entre 3 e 9 como pode ser visto (n2 = 4,29) na
Figura 5.2 [31], indicando espalhamento do sinal.
Portanto, a distância (dpq) em que ocorre o ponto de quebra em um modelo
de traçado de raios é a distância para a qual o primeiro elipsóide de Fresnel
(será discutido mais a frente neste capítulo) é obstruído, seja pelo solo ou por
uma parede, por exemplo. Desta maneira, a localização do ponto de quebra é
dependente, para um mesmo ambiente, das menores distâncias ao solo ou à
parede. Para o caso em que a dependência ocorrer com relação ao solo, deve-
se considerar as alturas das antenas transmissora e receptora, e, além disso, a
frequência de operação [32]:
4ht hr
d pq = (5.1)
λ
Onde:
ht = altura da antena transmissora (m)
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hr = altura da antena receptora (m)


λ = comprimento de onda (m)
5.1.2
Variabilidade de larga escala

Um outro fator que influencia no nível do sinal transmitido é a variabilidade


de larga escala ou o chamado sombreamento. Este é caracterizado por um
período de duração maior, porém mais suaves que o de pequena escala. Ela
está associada a flutuações ou variações do nível de potência do sinal em torno
do seu valor médio, em razão das características físicas do ambiente, como
objetos que obstruem o sinal transmitido, a exemplo das árvores ou do relevo
para ambientes outdoors e de pessoas para ambientes indoors. Esta
variabilidade é bem modelada por uma distribuição Log-normal ou Gaussiana.
Analisando a Figura 5.3 [31] abaixo, é possível observar que a mesma
mostra uma medida do sinal recebido em função da distância, onde o tracejado
mais forte representa a variação média do sinal, caracterizando a variabilidade
em larga escala.
102

Figura 5.3 - Variabilidades de pequena e larga escala


5.1.3
Variabilidade de pequena escala
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Diferentemente da variabilidade em larga escala, a de pequena escala é


causada por ondas rádio que chegam a um receptor por diversos caminhos. Este
efeito é originado por multipercurso, ou seja, diferentes caminhos entre o
transmissor e o receptor que implicam em que os sinais cheguem ao destino
com amplitudes e fases diferentes, onde a amplitude é bem descrita por uma
função de Rayleigh. Com respeito à fase, pode-se dizer que a mesma é mais
sensível a pequenos deslocamentos quanto maior for a freqüência do sinal em
operação. Nas faixas de 2,4 e 5,2GHz, em que o comprimento de onda é da
ordem de poucos centímetros (12,5cm e 5,7cm respectivamente), uma variação
de posicionamento dos equipamentos transmissor ou receptor nesta ordem de
centímetros, pode levar a uma situação tal, que cause profundos
desvanecimentos no sinal recebido, porém de curta duração, de maneira oposta
aos desvanecimentos de larga escala.
Se por exemplo, for considerado um impulso que é transmitido ao longo do
canal rádio, quando este chegar ao receptor, não será mais um impulso, mas
sim um pulso com uma ampla largura que é chamada de delay spread
(espalhamento do retardo). Este delay limitará a máxima taxa de transmissão do
sinal digital.
Assim, caso dois ou mais sinais próximos no espectro de freqüência
sofram este atraso, os mesmos podem tornar-se correlatados. Assim, quando a
amplitude ou a fase dos dois sinais recebidos é fortemente correlatada, a banda
por ele ocupada é definida como largura de banda de coerência. Isto é, a Banda
103

de Coerência é a faixa de freqüências na qual um canal apresenta o mesmo


comportamento sobre todas as freqüências.
O canal, dentro da banda de coerência, é considerado plano, isto é, todas
as componentes espectrais atravessam o canal sofrendo o mesmo ganho e com
variação linear de fase. Isso significa dizer que, quaisquer duas componentes de
freqüência situadas na banda de coerência terão uma alta correlação, ou seja, é
muito provável que os efeitos impostos pelo canal sejam os mesmos para ambas
as freqüências.
A diversidade é utilizada principalmente para combater a este tipo de
problema como já foi mencionado no Capítulo 4. Entre os tipos de diversidade
possíveis estão as diversidades de espaço, a de freqüência e a de polarização.
Destas, a amplamente utilizada é a diversidade em espaço, onde um terminal
com duas antenas recebe os sinais captados e os combina de forma que o
melhor resultado obtido pela combinação é o utilizado pelo receptor.
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5.1.4
Espalhamento do retardo

Em um canal com multipercurso, cada componente de multipercurso


percorre um caminho diferente entre o transmissor e receptor e, portanto, o
tempo de chegada de cada componente ao receptor será distinto. Assim sendo,
o sinal resultante será composto por um conjunto de versões do sinal enviado,
cada uma destas versões possuindo retardos diferenciados entre si. O sinal
sofre espalhamento no tempo e o gráfico que mostra cada componente
significativa de multipercurso, sua potência e o instante de tempo de chegada é
denominado de Perfil de Retardos (Power Delay Profile). A partir do Perfil de
Retardos pode-se extrair parâmetros importantes. São eles:
• Retardo Excedido Médio (Mean Excess Delay)
• Espalhamento Temporal rms (rms Delay Spread)
• Espalhamento Temporal Excedido (Excess Delay Spread)
O retardo excedido médio descreve o Retardo de Excedido Médio das
demais componentes em relação à primeira componente que chega ao receptor.
O Espalhamento Temporal rms mede o espalhamento temporal do Perfil de
Retardos em torno do Retardo Excedido Médio (valores típicos são da ordem de
microsegundos em canais móveis outdoor e da ordem de nanosegundos em
canais móveis indoor) [31]. Em sistemas digitais, o Espalhamento Temporal rms
provoca interferência intersimbólica (ISI - Inter-Symbolic Interference), limitando
a taxa de símbolos máxima a ser utilizada no canal. Por último, o Espalhamento
104

Temporal Excedido indica o retardo máximo, relativo à primeira componente


recebida, para o qual a energia cai XdB (pré-definido) abaixo do maior nível
recebido. Todos estes três parâmetros são muito importantes para a análise do
desempenho da comunicação quanto à taxa de erros.
Se uma rápida análise for feita com respeito ao Espalhamento Temporal
rms com uso de antenas omnidirecionais e diretivas, pode-se constatar assim
como em [36] que ocorre uma diminuição deste parâmetro com o uso de antenas
diretivas. Isso ocorre, pois a diretividade filtra as componentes de multipercurso
que chegam fora do lóbulo principal.
Nas aplicações de redes sem fio, o retardo por espalhamento é
proporcional à área do ambiente indoor. Um escritório e uma casa, por exemplo,
apresentam um retardo por espalhamento menor que os armazéns, que
possuem grande área aberta.
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Figura 5.4 - Exemplo de Multipercurso em Ambiente Indoor


A Figura 5.4 [1] e a Figura 5.5 [1] apresentam exemplos dos efeitos do
desvanecimento por multipercurso em ambientes de redes wireless, mostrando a
resposta de impulso de um canal particular. A primeira mostra a resposta de
impulso para um retardo por espalhamento de 100 ns. Enquanto que a segunda,
mostra a resposta para um retardo por espalhamento de 300 ns.

Figura 5.5 - Resposta para um Retardo por Espalhamento de 300 ns


105

A Tabela 5.1 [1] apresenta algumas das exigências de retardo por


espalhamento de acordo com o tipo de ambiente indoor.
Delay Spread Mediano (ns) Delay Spread Máximo (ns) Área Indoor

40 120 Prédio Amplo


40 95 Prédio Comercial 1
40 150 Prédio Comercial 2
105 200 Shopping Center
25 80 Prédio Comercial
105 270 Laboratório Amplo
Tabela 5.1 - Retardo por Espalhamento
5.1.5
Outros mecanismos e efeitos de propagação

Além das características próprias do canal rádio que acabaram de ser


apresentadas nestas últimas sessões, existem diversos outros fatores que
causam efeitos de perda do nível de sinal transmitido em um ambiente rádio.
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Cada um deles é comentado a seguir com algum detalhe.


Perda de penetração
Quando um sinal atravessa um objeto, sendo obstruído pelo mesmo no
seu caminho entre origem e destino da comunicação, este sinal sofre com uma
redução do seu nível de potência, correspondendo estas perdas, às perdas de
penetração.
A perda de penetração é inclusive dependente da constituição do material
o qual compõe o objeto. Obstáculos como paredes e janelas, por exemplo,
apresentam valores diferentes de perdas de penetração. Assim, procura-se
demonstrar para efeitos de informação, através da Tabela 5.2, os valores
relativos às perdas para as frequências de 2,4GHz medidos pelo European
COST 231 [39] para os obstáculos mais comuns em ambientes indoors e
outdoors. Os valores em [33] foram obtidos para freqüência de 2,4GHz.
Obstáculo Perda Adicional (dB)
Espaço Livre 0,0
Janela (tinta não metálita) 3,0
Janela (tinta metálica) 5,0 a 8,0
Parede Fina (madeira) 5,0 a 8,0
Parede Média (madeira) 10,0
Parede Espessa (aprox. 15 cm) 15,0 a 20,0
Parede Espessa (aprox. 30 cm) 20,0 a 25,0
Piso/Teto Espesso 15,0 a 20,0
Piso/Teto Muito Espesso 20,0 a 25,0

Tabela 5.2 - Perdas de penetração em obstáculos em 2,4GHz


Através destas tabelas, é fácil concluir que quanto mais espesso for o
obstáculo, maior será a perda causada por ele ao sinal incidente. Vale observar
106

também que para a faixa de 5,2GHz as perdas são mais acentuadas do que
para mais baixas frequências.
Multipercurso
Este é outro fator que causa perda no nível de potência do sinal e que foi
comentado a pouco neste texto. Pode-se dizer que o multipercurso é originado
pelo fenômeno da reflexão, da difração, da refração e do espalhamento do sinal
em propagação. Estes fenômenos, quando combinados, acabam por fazer com
que o sinal percorra diversos caminhos da origem até o destino, cada qual
levando um tempo diferente até atingir o receptor. No receptor, estes sinais são
combinados e podem interferir destrutivamente (degradando o nível de sinal no
receptor) ou construtivamente (melhorando o nível do sinal) pois, se trata de uma
soma vetorial. Os sinais que chegam ao receptor podem ainda estar contando,
quando existir, com o sinal de visada direta.
a) Reflexão – ocorre quando a onda rádio incide sobre um objeto de
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proporções maiores que o comprimento da onda incidente, e que por suas


características constituintes, reflete o sinal em várias direções. Pode haver ou
não penetração de parte do sinal incidente, dependendo da constituição da
superfície refletora. Existem dois tipos de reflexão, a especular e a difusa, que
possui as características do espalhamento descrito adiante. O critério de
Rayleigh é uma função do comprimento de onda e do ângulo de incidência e é
capaz de identificar o tipo de reflexão em uma dada superfície, onde são
considerados o parâmetro σ como sendo a rugosidade do solo e α que é o
ângulo de incidência da onda sobre a superfície.
b) Difração – esta ocorre quando uma onda em propagação é obstruída
por um objeto em sua extremidade para altas frequências, porém para baixas
frequências o sinal é desviado de sua trajetória original atingindo uma região que
antes não seria coberta pelo mesmo, ou seja, provavelmente seria uma região
de sombra. Este mecanismo de propagação faz uso do princípio de Huygens
onde cada ponto de uma frente de onda se comporta como uma fonte pontual
irradiando para todas as direções.
c) Refração – este efeito ocorre quando uma onda penetra em um meio
cuja densidade é diferente do meio em que se propagava e tem sua trajetória
alterada e seu nível de potência reduzido, pois parte do sinal será refletido. Cada
material tem seu coeficiente de reflexão e o de refração.
d) Espalhamento – quando uma onda incide sobre um objeto cujas
dimensões são da mesma ordem ou menores que o comprimento de onda do
sinal incidente, ocorre a atenuação no sinal e reflexão do mesmo em diversas
107

direções. É por este motivo que as comunicações satélite que utilizam faixas de
frequências bastante elevadas, como as bandas Ku e Ka, sofrem com as
atenuações provocadas por chuvas e por gases respectivamente, dentre outros
males por assim dizer. Em regiões do globo terrestre, como a América do Sul,
não é empregada a comunicação satélite para bandas Ka e superiores
principalmente devido a grande incidência de chuvas e umidade que
interrompem a comunicação. O mesmo motivo retardou a entrada de sistemas
em banda Ku, que somente se tornou realidade após anos de desenvolvimento
tecnológico. A Figura 5.6 procura exemplificar estes efeitos de forma bem direta.
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Figura 5.6 - (a) Reflexão e Refração, (b) Difração, (c) Espalhamento


Efeito da umidade
A grande incidência de chuvas eleva a umidade local e este efeito natural
causa maior perda de potência no sinal quando o mesmo se propaga ao longo
de um ambiente carregado de umidade, pois faz com que se aumente o
coeficiente de absorção do mesmo. Objetos como aquários, quando presentes,
são bastante prejudiciais para a propagação das ondas, pois a água é um
grande absorvedor de energia. Sendo assim, objetos úmidos, causam uma
perda de penetração cerca de 10% [9] maior que o valor quando os mesmos
estão mais secos. Ainda, quanto maior a frequência de operação, maior será a
perda também diante deste efeito, desta maneira, sistemas wireless em 5,2GHz
tendem a apresentar maior susceptibilidade ao efeito da umidade no ambiente.
Um efeito interessante e que talvez mereça algum comentário no
momento, diz respeito à propagação outdoor onde uma fonte externa origina
sinais que chegam a ambientes internos, ou indoors em edifícios ou construções.
A penetração em andares baixos talvez receba bastante obstrução devido aos
objetos próximos ao solo, mas para andares mais elevados, caso haja um
receptor próximo a uma janela, por exemplo, a perda por penetração será menor
nestes andares, pois os mesmos estarão mais livres de obstruções. Um estudo
sobre este caso em específico e bastante detalhado pode ser encontrado em [9].
108

5.2
Modelos de Propagação

Para o estudo da propagação das ondas no canal rádio móvel, é


necessário o desenvolvimento de modelos de propagação como comentado no
início deste capítulo. Modelos estes, que apresentam características diferentes e
podem ser agrupados em duas situações: modelos com conceitos empíricos e
modelos com conceitos teóricos.
A diferença básica entre eles é que para os modelos empíricos, a base das
informações vem de medidas realizadas em campo em diferentes tipos de
ambientes, situações e efeitos interferentes, com o objetivo de se caracterizar da
melhor maneira possível, ou seja, o mais próximo da realidade.
Já os modelos teóricos são baseados somente em equações que regem a
propagação das ondas eletromagnéticas em um meio, sendo para isso,
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consideradas as condições de contorno do ambiente.


Não é muito difícil perceber que os modelos que contemplam além das
equações das ondas eletromagnéticas, as medidas realizadas em campo,
trazem resultados mais próximos da realidade e são, portanto mais confiáveis
quando se deseja utilizá-los para o planejamento de uma rede wireless.
É possível adiantar que, de acordo com os estudos realizados por diversos
pesquisadores, a variação do sinal dentro de um edifício ou ambiente indoor
obedece aproximadamente à distribuição de Rayleigh para o caso sem
visibilidade (Nonline of sight – NOS), ao passo que se ajusta à distribuição de
Rice no caso em visibilidade.
O modelo mais simples para o cálculo da perda de propagação é o da
Equação de Friss que representa a perda por atenuação em espaço livre.
L = 92,44 + 20 log d (Km ) + 20 log f (MHz ) − GT (dBi ) − G R (dBi ) (5.2)
Esta equação, porém, não pode ser utilizada para os cálculos de projeto de
redes sem fio, pois estas sofrem dos efeitos já discutidos neste capítulo e que
não são tratados pela equação de Friss. Para tal, são utilizados os mais diversos
modelos, como os que são apresentados a seguir.
5.2.1
Modelos Teóricos

Os modelos teóricos são aqueles que se baseiam nas técnicas de traçado


de raios, como o Modelo de 2 raios, o de 4 raios, 6 raios e o Modelo de 10 raios,
onde a complexidade, o tempo de execução do cálculo e a quantidade de raios
109

aumentam quando aumentam-se a quantidade de objetos refletores


considerados.
O modelo de dois raios descreve melhor ambientes com menor
povoamento, como áreas rurais e até suburbanas. Em contrapartida, um modelo
de quatro ou mais raios é melhor adaptado à cidades onde é grande a presença
e influência de construções que margeiam as vias de tráfego de veículos para os
ambientes outdoors.
Existem, portanto, dois métodos que são usados para se calcular os
caminhos entre Tx e Rx no Modelo de Traçado de Raios: o modelo de imagem e
o modelo da força bruta. O modelo de imagem trabalha a partir da procura por
pontos especulares em uma superfície especifica refletindo um raio do Tx até o
Rx. Este modelo é mais eficiente no tempo do que o modelo da força bruta
quando existem menos objetos sendo levados em consideração.
Já a técnica da força bruta, considera raios em diversas direções até a
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chegada ao receptor. Esta técnica é mais eficiente no tempo do que o modelo de


imagem quando mais objetos refletores estão sendo levados em consideração.
Ela se baseia no acompanhamento dos campos elétricos e suas atenuações ao
longo do caminho de cada raio traçado e caso o valor da intensidade do campo
da componente ficar abaixo de um determinado limiar, este raio não é levado em
consideração no cálculo final. Por fim, os raios que atingem o receptor são
somados para se determinar o nível de atenuação sofrido pelo sinal transmitido
como um todo.
Para exemplificar o cálculo destes modelos, são apresentadas a variante
com 2 raios e a com 6 raios.
a) Modelo de 2 raios
Para apresentar o Modelo de 2 raios [32, 36], é assumido como premissa
um ambiente em que não haja obstáculo lateral e nem superior, havendo
somente uma reflexão no solo. Ainda, a distância horizontal entre o transmissor
e o receptor é muito maior que o comprimento de onda (λ), o índice de refração
da Terra (proporcional a k1, o número de onda na Terra) é muito maior que o
índice de refração no espaço livre (proporcional a k0, o número de onda no
espaço livre). De forma a exemplificar da melhor maneira o cenário de estudo, a
Figura 5.7 é apresentada.
110

Figura 5.7 - Ilustração do modelo de 2 raios


Através da solução de Norton, observa-se que chegam três ondas ao
receptor: a onda do raio direto (R1), a onda do raio refletido (R2) na Terra Plana e
a onda de superfície (não representada). A expressão da solução de Norton é
[41]:
2
PR  λ  j∆ϕ 2
 GT G R 1 + R.e + (1 − R )F (w)e
j∆ϕ
≅ ; d >> λ e k1 >> k 0 (5.3)
PT  4πd 
O primeiro termo da expressão é referente ao raio direto, correspondendo
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à Fórmula de Fris vista na propagação em espaço livre. Esse resultado é


esperado, uma vez que na propagação em espaço livre, a onda que chega ao
receptor é de um raio direto. O segundo termo é referente ao raio refletido em
Terra Plana, onde o coeficiente de reflexão R é dependente do ângulo θi e da
relação entre k1 e k0, a fase ∆ϕ é proporcional à diferença de percurso entre o
raio direto e o raio refletido.
O terceiro termo da expressão de Norton representa a onda de superfície.
A função F(w) é a função de atenuação da onda de superfície e é ela que define
sua intensidade. Essa função diminui de intensidade com o aumento da
freqüência e com o afastamento do ponto de observação (recepção) em relação
ao transmissor. Na faixa de freqüências tratada (UHF), o efeito da onda de
superfície pode ser desprezado.
Assumindo-se algumas simplificações e condições ideais, além de algum
tratamento algébrico, a eq. (5.3) toma a seguinte forma:
2 2 2 2 2
 λ   2πhT hR  1 h h  h h 
PR ≅ 4 PT   GT G R   = PT   GT G R  T R  = PT GT G R  T 2 R 
 4πd   λd  d   d   d 
(5.4)
Essa é a expressão de potência recebida na propagação em Terra Plana,
usada quando são válidas as aproximações feitas. As expressões de atenuação
ou perda de propagação L correspondente são calculadas a seguir.
2
PR h h 
L= = GT G R  T 2 R  (5.5)
PT  d 
111

P 
L(dB ) = −10 log R 
 PT 
L(dB ) = 40 log d (m ) − 20 log hT (m ) − 20 log hR (m ) − GT (dBi ) − G R (dBi )
(5.6)
A eq. (5.6) fornece a atenuação de propagação de Terra Plana, que se
aproxima do valor exato quando as condições assumidas nas aproximações são
satisfeitas. Demonstra-se que a distância “d” a partir da qual é válida a aplicação
da eq. (5.6) é:
4hT hR
d= (5.7)
λ
O que é interessante de se observar na expressão de atenuação em Terra
Plana é a sua independência com a freqüência e a dependência com a distância
através de um fator 4, em contraste com a dependência através de um fator 2
encontrada na propagação em espaço livre (onde o único mecanismo é o de
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visibilidade).
A expressão obtida tem aplicação limitada a regiões de relevo
relativamente plano e com poucas construções (espaços amplos e abertos,
típicos de regiões rurais). A análise da reflexão em Terra Plana acima realizada
considera a superfície refletora como sendo lisa. A reflexão é dita especular, e a
direção da onda refletida é única e bem definida pelo ângulo entre a onda
incidente e a normal à superfície refletora, através da Lei de Snell da reflexão.
Se a superfície refletora não é lisa, a onda refletida não possuirá direção
única. O que ocorre é um espalhamento (difusão) da energia incidente, em
várias direções, causado pela irregularidade (rugosidade) da superfície refletora.
A Figura 5.8 ilustra o espalhamento de uma frente de onda plana (representada
pelos raios incidentes paralelos) refletida em uma superfície rugosa.

Figura 5.8 - Reflexão em superfície rugosa (espalhamento)


O coeficiente de reflexão especular, neste caso, é corrigido pelo
coeficiente de espalhamento, resultando no coeficiente de reflexão especular a
ser usado:
112

C2
4πσ h −
R = Ce R ; C ≅
'
ψ ; Ce = e 2
(5.8)
λ

b) Modelo de 6 raios
Este modelo [32, 36] é utilizado para os casos em que se consideram as
reflexões em paredes para os ambientes indoors ou em grandes obstáculos
como prédios para ambientes outdoors quando da propagação de uma onda
eletromagnética seguindo seu caminho até o receptor.
Desta forma, tem-se o raio direto entre origem e destino, o raio refletido no
solo (como o caso anterior), os raios refletidos nas paredas laterais esquerda e
direita, e os raios que refletem nas paredes e em seguida no solo.
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Figura 5.9 - Ilustração do modelo de 6 raios (vista superior do ambiente)


Assim, pela Figura 5.9 [19] define-se que a distância entre os obstáculos
laterais, ou seja, a largura do “corredor” é dada por W, a distância entre os
pontos de comunicação é dada por “d”, as distâncias do transmissor e do
receptor a um dos obstáculos laterais são, respectivamente, ht e hr, sendo as
alturas do transmissor e do receptor definidas por y1 e y2 não representadas
acima.
Através da Geometria de raios é possível chegar a uma expressão que
represente a distância percorrida por cada raio.

r1 = d 2 + (ht − hr ) + ( y t − y r )
2 2

r2 = d 2 + (ht + hr ) + ( y t − y r )
2 2

r3 = d 2 + (ht − hr ) + ( y t + y r )
2 2

(5.9)
r4 = d + (ht + hr ) + ( y t + y r )
2 2 2

r5 = d 2 + (ht − hr ) + (2W − y t − y r )
2 2

r6 = d 2 + (ht + hr ) + (2W − y t − y r )
2 2

O sinal no receptor será composto por todas as componentes


apresentadas e, eq. (5.10). O módulo do sinal recebido é dado por:
113

2
e − jkr1 e − jkr2 e − jkr3 e − jkr4
2
+ σ S (α 2 ) + σ P (α 3 ) + σ P (α 4 ) +
2  λ  r1 r2 r3 r4
E =  (5.10)
 4π  e − jkr5 e − jkr6
+ σ S (α 5 )σ P (α 5 ) + σ S (α 6 )σ P (α 6 )
r5 r6
Onde:
S = coeficiente de reflexão no solo
P = coeficiente de reflexão nos obstáculos laterais
αi = ângulo de incidência do raio “i” no obstáculo
Os coeficientes de reflexão “ρ” dependem da polarização utilizada para
transmissão do sinal. Para a determinação dos coeficientes de reflexão
simplificados paralelo e perpendicular, assume-se que o meio 1 é o ar e que a
permeabilidade do meio 2 é a permeabilidade do vácuo.
1
cos(α ) − ε r − sen 2α
εr
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ρ par (α ) = (5.11)
1
cos(α ) + ε r − sen α2

εr

cos(α ) − ε r − sen 2α
ρ per (α ) = (5.12)
cos(α ) + ε r − sen 2α
Onde a constante dielétrica dos obstáculos é dada por:
ε r = 15 − j 60 ρλ (5.13)
Podem ser obtidas também as expressões dos ângulos de incidência dos
raios 2 a 6 no obstáculo em função dos parâmetros da Figura 5.9.
Outros modelos mais sofisticados e precisos como o modelo de 10 raios
[23] podem ser utilizados para incluir a reflexão no teto do ambiente, mas não
serão apresentados neste trabalho.
5.2.2
Modelos Semi-empíricos

a) Modelos Log-distance
Os modelos empíricos mais simples para a perda de propagação em
ambientes fechados ou micro-células em ambientes abertos podem ser
representados por uma fórmula geral [35]:
Ltotal = L0 + 10n log(d ) + X σ (5.14)

Onde os valores típicos de n e σ podem ser encontrados na literatura


técnica [12], para diferentes ambientes e faixas de freqüência.
114

b) ITU-R P.1238-1
Este modelo [38, 39] foi desenvolvido para trabalhar com sinais na faixa
entre 900MHz e 100GHz em ambientes fechados e considera os efeitos de
propagação como a reflexão e a difração em objetos fixos; a refração em
paredes, pisos e outros obstáculos; o confinamento da energia em corredores e
objetos em movimento no ambiente.
Alguns casos particulares podem ser tratados por este modelo. São eles:
b.1) Tx e Rx no mesmo andar
b.1.a) sem obstrução
P1 = S + 10n1 log(d ) (5.15)
onde:
S = 10n log(4π * 1m / λ ) (5.16)
Para uma frequência de 2,4GHz, e considerando n = 2 (perda de espaço
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livre), o valor de S é igual a 40dB. Para f = 5,2GHz , tem-se S = 46,8dB. O


parâmetro n1 representa o coeficiente de atenuação com a distância e pode ser
representado também por n = 10 n1. Segundo [36], são considerados três
diferentes ambientes: residencial, escritório e comercial. Este coeficiente varia de
acordo com o tipo de ambiente e com a frequência em operação. Os valores do
coeficiente mais próximos da faixa de 2,4GHz são os das faixas de 2,0GHz e
estão expostos na Tabela 5.3 de [36].
Freqüência Residencial Escritório Comercial
900 MHz – 33 20
1.2 - 1.3 GHz – 32 22
1.8 - 2.0 GHz 28 30 22
4 GHz – 28 22

Tabela 5.3 - Coeficiente de atenuação


b.1.b) Com obstrução
Se existe uma parede entre o transmissor e o receptor e o único caminho
do sinal é através da parede, então a perda no espaço é dada por:
P2 = S + 10n1 log(d 1 ) + ∑ Lw (5.17)

Onde d1 é a distância entre o transmissor e a superfície externa da parede,


e Lw é a perda devido à penetração na parede. O parâmetro Lw depende do tipo
de construção da parede que obstrui o sinal e também do ângulo de incidência
do sinal transmitido sobre a mesma. No caso onde mais de uma parede existe
entre o transmissor e o receptor deve-se calcular a perda total (∑Lw).
Ltotal = 20 log( f ) + n log(d ) + L f (k f ) − 28
115

Onde:
f – freqüência de operação (MHz)
n – coeficiente de atenuação com a distância
d – distância percorrida (m)
kf – número de pisos (andares) atravessados
Lf – coeficiente de atenuação por piso atravessado (dB)

Coeficiente de atenuação por piso atravessado:


Este coeficiente também varia de acordo com o ambiente e a frequência
em operação e foram tomados valores os mais próximos possíveis das faixas de
2,4GHz e 5,0GHz e expostos na Tabela 5.4 [36].
Tipo de ambiente Coeficiente (Lf)
Residencial 4 Kf
Escritório 15 + 4 (Kf - 1)
Comercial 6 + 3 (Kf - 1)
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Tabela 5.4 - Coeficiente de atenuação por piso atravessado


De foma a ser considerado o efeito de sombreamento do sinal, se faz
necessária a utilização da distribuição log-normal [30].
 1  r −m 2 
−   
1  2  σ  
p r (r ) = e [dB] (5.18)
2πσ
Onde:
m – valor médio da distribuição (dB)
σ – desvio padrão da distribuição (dB)
A Tabela 5.5 [36] traz os valores de desvio padrão para os três ambientes
em questão:
Tipo de ambiente Desvio padrão (σ)
Residencial 8,0
Escritório 10,0
Comercial 10,0

Tabela 5.5 - Desvio padrão da distribuição log-normal


Os efeitos provenientes do movimento de objetos em frente ao caminho de
propagação do sinal, impõe perdas da ordem de até 10dB para a faixa de
2,4GHz [37].
Com relação ao atravessamento de pisos pelo sinal entre o transmissor e o
receptor, alguns autores descrevem a equação de seus modelos como sendo:
P3 = S + 10n3 log( d1 ) + k 3 F3 + 10n3' log( d / d 1 ) (5.19)
116

Onde:
d = distância em metros entre a base e a unidade móvel sem bloqueio;
d1 = distância até o teto;
F3 = a fator de atenuação do assoalho, que depende do tipo de material;
K3 = o número do andar entre o transmissor e o receptor;
n3 = expoente dependente do ambiente referente ao primeiro andar;
n’3 = expoente dependente do ambiente referente ao segundo andar.

Há ainda os casos em que o transmissor está fora da construção e o


receptor está dentro. Alguns autores escrevem a expressão como sendo:
P4 = S + 10n0 log(d 1 ) + Lw + 10n 4 log(d / d1 ) + kM (5.20)

Onde:
S = 37dB
N0 = expoente dependente do ambiente externo ao edifício;
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N4 = expoente dependente do ambiente interno ao edifício;


Lw = perda devido a penetração na parede externa do edifício [26];
d1 = a distância entre o transmissor e a parede externa do edifício;
d = a distância entre transmissor e receptor;
M = fator depende do andar e “k” é o número de andares
Tipo de Parede Lw (dB) Lw Mínimo (dB) Lw Máximo (dB)
Concreto espesso com janelas amplas 5 4 5
Concreto e com janelas amplas 11 9 12
Concreto espesso sem janelas 13 10 18
Concreto interno duplo 17 14 20
Concreto interno fino 6 3 7
Parede de tijolo com pequenas janelas 4 3 5
Parede com aço e janelas reforçadas 10 9 11
Parede de vidro 2 1 3
Vidro Reforçado 8 7 9

Tabela 5.6 - Valores do Fator de Penetração da Parede


c) Modelo COST 231 Keenan e Motley
Este modelo [35, 37, 40] é considerado como o mais abrangente para
predição da propagação das ondas eletromagnéticas em ambientes abertos e
fechados.
A expressão para a perda total é dada por:
I J
Ltotal = L0 + 10n log(d ) + ∑ k f ,i L f , j + ∑ k w,i Lw, j (5.21)
i =1 j =1
117

Onde:
L0 = perda de propagação a um metro da antena irradiante (dB)
d = distância percorrida pelo sinal (m)
n = coeficiente de propagação
Lf,i = perda de propagação do sinal através do piso i (dB)
kf,i = número de pisos com a mesma característica
Lw,i = perda de propagação do sinal através da parede j (dB)
kw,i = número de paredes com a mesma característica
I = número de pisos atravessados pelo sinal
J = número de paredes atravessadas pelo sinal

A perda de penetração em alguns obstáculos é apresentada por meio da


Tabela 5.7 [39] para as frequências principais, de 2,4GHz e 5,2GHz.
Obstáculo 1,8 GHz 2,4 GHz 5,2 GHz
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Concreto Espesso 13,0 17,0 36,0


Vidraça 2,0 13,0 15,0
Parede com janela 2,0 a 13,0 13,0 a 17,0 15,0 a 36,0

Tabela 5.7 - Perdas de penetração em obstáculos


d) Modelo COST 231 Multi-Wall
O modelo Multi-Wall [37, 41, 42] considera um comportamento não linear
da atenuação por múltiplos pisos e a perda total calculada por ele, segue a
expressão apresentada abaixo.
 Lf + 2  J
Ltotal = L0 + 10n log(d ) + L f  − b  K f + ∑ k w ,i L w , j (5.22)
L −2 
 f  j =1

Onde:
L0 = perda de propagação a um metro da antena irradiante (dB)
d = distância percorrida pelo sinal (m)
n = coeficiente de propagação
Lf = perda de propagação do sinal através dos pisos (dB)
kf = número de pisos com a mesma característica
b = fator de correção da atenuação dos pisos
Lw,i = perda de propagação do sinal através da parede j (dB)
kw,i = número de paredes com a mesma característica
J = número de paredes atravessadas pelo sinal

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