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Fluidos

FLUIDOS

A Mecânica dos Fluidos estuda o comportamento de fluidos em repouso e em


movimento.

Porquê estudar Fluidos?

Fluido é o ar que respiramos, a água que bebemos...

O sangue, o mar, a atmosfera, são fluidos essenciais à nossa existência.

Fluido
Líquidos ou Gases

não têm forma própria não têm forma própria


têm volume definido não têm volume definido
quase incompressíveis são altamente compressíveis

Não reage a qualquer força que implique


variação de forma.

Começaremos por definir algumas propriedades indispensáveis ao estudo do


comportamento dos fluidos.

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Fluidos

Viscosidade

Viscosidade de um fluido é o atrito interno do fluido, i.e. a força de atrito entre as


diferentes camadas (entre as moléculas), que se movem com velocidades relativas
diferentes.

G G
Fa v Fa ∝ v

Nos gases a viscosidade é praticamente nula.


Voltaremos a este assunto quando tratarmos de fluidos reais.

Densidade
m
Densidade Absoluta ou Massa Volúmica
ρ=
V

[m ] = kg
[ρ ] = = kg / m 3 = kg ⋅ m − 3
Unidades S.I.
[V ] m 3

ρH2O = 1000 kg m –3 ( a 4 ºC )

ρar = 1,293 kg m –3 ( p.t.n. )

ρ subs tan cia


d=
Densidade Relativa: ρ padrao

Para Sólidos e Líquidos, ρpadrao = ρH 2O = 1 g cm−3

Para Gases, ρpadrao = ρar


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Fluidos
A Densidade é uma função da Temperatura e da Pressão.

Vejamos o caso da água.


T (ºC) p (atm) ρ (kg m –3 )
0 1 999,9
0 50 1002
4 1 1000
20 1 998,2
100 1 958,4

Portanto verificamos que :


- a 0 ºC e entre 1 atm e 50 atm o aumento da densidade é de apenas 2 por mil.
–3
- a 1 atm o valor máximo para a densidade da água é de 1000 kg m .
- a 1 atm e entre 4 ºC e 100 ºC a diminuição de densidade é de 4,2 % .

Assim, para a água, e para qualquer outro líquido:


- a densidade varia pouco face a alterações de pressão, e
- a densidade é mais influenciável por variações de temperatura do que por
variações de pressão. De tal forma que, na gama de pressões considerada e a
uma dada temperatura podemos considerar que a densidade é constante.

No caso dos gases, como são compressíveis, a densidade varia face a alterações de
pressão.

Vejamos, como exemplo, o ar:


T (ºC) p (atm) ρ (kg m –3)
0 1 1,3
0 50 6,5
100 1 0,95

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Fluidos
Portanto:
- a 0 ºC, ao aumento de pressão de 1 atm para 50 atm corresponde um aumento
na densidade de 400 % ;
- a 1 atm, ao aumento de temperatura de 0 ºC para 100 ºC corresponde uma
diminuição de densidade de 26,9 % .

Verificamos assim que a densidade de um gás, neste caso particular o ar, depende da
pressão e da temperatura a que está sujeito.

QUESTÃO 1
Mostrar que, exprimindo a densidade em g cm–3 , a densidade de uma substância e a
sua densidade relativa:
1- Têm o mesmo valor numérico nos sólidos e líquidos.
2- Têm valores diferentes nos gases.

QUESTÃO 2
Um tanque de água tem as dimensões 60 x 30 x 45 cm.
Determine a quantidade de água armazenada no tanque, em litros.

Tensão Superficial

Na superfície livre entre um gás e um líquido, há uma propriedade importante dos


fluidos a considerar, a Tensão Superficial.

Podemos observar que a superfície de um líquido tem tendência a contrair-se para


adquirir a área menor possível, comportando-se como se a sua superfície fosse uma
membrana elástica.

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Fluidos

As gotas de água ou de um spray líquido são exemplos disso, tomam a forma esférica
devido à Tensão Superficial.
Alguns insectos podem caminhar na água, e mesmo uma agulha fina colocada
cuidadosamente à superfície da água pode flutuar.

Este fenómeno da Tensão Superficial é devido às forças de atracção (coesão) entre


as moléculas. Estas forças decrescem rapidamente com a distância, e são
significativas apenas a (muito) curta distância ( ≈ 5 µm ).

A força resultante sobre as moléculas próximas da


superfície aponta para dentro, fazendo com que a área
da superfície seja menor possível.

O coeficiente de Tensão Superficial, γ , de um líquido é a força de tensão por unidade


de comprimento, ao longa de uma linha à superfície.

F
γ= Unidades: [γ ] =
N
l m

Alguns valores de Tensão Superficial: ar – água γ = 0,073 N m–1


ar – mercúrio γ = 0,48 N m–1

A Tensão Superficial da maioria dos líquidos decresce com a temperatura, sendo este
efeito mais significativo na água, as forças de coesão diminuem ao aumentar a
agitação térmica.

Descrevemos a seguir alguns fenómenos devidos à Tensão Superficial.

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Fluidos

1- Gotas e Bolhas

As superfícies das gotas e das bolhas tende a contrair-se devido à tensão superficial,
aumentando assim a pressão interna.

As bolhas ou gotas param de crescer quando as forças devidas à Tensão Superficial e


ao excesso de pressão, ∆ p , estão em equilíbrio.

(∆ p - diferença entre a pressão interna e externa)

GOTA BOLHA

Força devida ao excesso de pressão π r2 ∆ p

Força devida à Tensão Superficial 2π r γ

Ora em equilíbrio, π r 2 ∆ p = 2π r γ

2γ 4γ
Ou seja, ∆p= Na bolha como há duas superfícies, ∆ p =
r r

2- Formação de um Menisco

A superfície livre de um líquido forma uma


curva quando em contacto com um sólido.
Água Mercúrio

θ - ângulo de contacto (ângulo entre a superfície AB e a tangente BC ao líquido no


ponto de contacto).
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Fluidos

Água θ < 90º (molha a superfície).


Mercúrio θ > 90º (não molha a superfície).

Água pura em vidro limpo θ ≈ 0º ; Mercúrio em vidro θ ≈ 130º a 145º

3- Capilaridade

Se um tubo de vidro limpo, de raio r, for inserido num


prato com água, a água sobe dentro do tubo a uma
altura h acima da superfície.

Isto acontece porque a atracção entre as moléculas do vidro e da água é superior à


exercida entre as moléculas de água, produzindo uma força que aponta para cima.

O líquido sobe até que o peso da coluna equilibre as Forças devida à Tensão
Superficial.

Sendo, θ o ângulo de contacto


γ cos θ Componente vertical da Tensão Superficial;

2 π r γ cos θ Componente vertical da força devida à tensão

ao longo do perímetro interno do tubo;


ρ g π r 2h Peso da coluna de líquido.

2 γ cosθ
Portanto, em equilíbrio ρ g π r h = 2 π r γ cos θ
2 h=
E então,
ρ gr
A altura a que se eleva, ou desce, o líquido num tubo capilar é directamente
proporcional à tensão superficial e inversamente proporcional à densidade do líquido e
do raio do tubo.

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Fluidos


θ ≈ 0º , h=
Para água em vidro limpo
ρ gr
Para o mercúrio num tubo de vidro, θ > 90º , h < 0 (há uma depressão capilar).

Pressão de Vapor

A pressão à qual um líquido entra em ebulição, em linguagem comum ferve, é


designada por pressão de vapor.
Esta pressão é uma função da temperatura (aumenta com a temperatura).
Por exemplo, a água entra em ebulição quando a sua temperatura é elevada de modo
a que a pressão de vapor atinja o valor da pressão atmosférica do local.
A pressão do ar a altitudes elevadas é mais baixa do que ao nível do mar, por essa
razão a água, nessas altitudes, ferve a temperatura inferior.

ÁGUA
Temperatura 10 ºC 25 ºC 90 ºC 100 ºC
Pressão de vapor 1230 Pa 3170 Pa 70100 Pa 101 300 Pa
( 1 atm )

Compressibilidade

Ao comprimir um fluido, i.e., ao aumentar a pressão exercida sobre ele, o volume


ocupado pelo fluido diminui. Então, diz-se que o fluido é compressível.

Deixamos o desenvolvimento da abordagem matemática deste conceito para quando


tratarmos de fluidos reais.
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Fluidos

Trataremos por agora de fluidos ideais, i.e. que obedeçam às seguintes condições:

1- Fluxo estacionário (ou laminar), v = const.

2- Fluido incompressível, ρ = const.

3- Fluido não viscoso, não há forças dissipativas (atrito);


4- Fluxo irrotacional (uma pequena partícula, no fluido, não deverá rodar em torno
de si).
(Podemos considerar a água como um fluido ideal e a glicerina um fluido muito viscoso)

Equilíbrio Hidrostático
- Um fluido está em equilíbrio hidrostático quando o nº de partículas por unidade de
volume é constante

- Não há velocidade relativa das partículas de fluido, (não há que considerar a


viscosidade);

- As forças de acção do fluido sobre as paredes dos vasos que os contêm são
perpendiculares a estas (se as acções sobre as paredes tivessem componentes tangenciais,
as respectivas reacções tangenciais das paredes implicariam escorregamento do fluido ao longo
das paredes e ele deixaria de estar em repouso, i.e. em equilíbrio hidrostático).

Vamos subdividir o estudo da Mecânica de Fluidos em duas partes:


- Estática de Fluidos;
- Dinâmica de Fluidos ou Hidrodinâmica.

Na Estática de Fluidos vamos abordar o estudo de líquidos ideais em repouso e


gases não em escoamento.

Na Hidrodinâmica abordamos apenas fluidos em escoamento estacionário, i.e. com


velocidades de escoamento pequenas e não dependentes do tempo.

Entretanto vamos definir, ou recordar, o conceito de pressão.

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Fluidos

Pressão

- Porque razão um prego espeta mais facilmente por um dos lados?


- Porque razão não devemos utilizar sapatos de salto alto na neve?

A força exercida nas duas situações é a mesma, o que varia é a área sobre a qual
essa força é exercida.
F
À força por unidade de área chamamos Pressão. p=
A

A pressão é uma grandeza importante no estudo de fluidos em equilíbrio.

1- um fluido exerce, no seu interior, pressão em


todas as direcções e sentidos.

2- as forças devidas à pressão exercidas sobre


superfícies são perpendiculares a estas,
qualquer que seja a sua orientação.

Num líquido em equilíbrio hidrostático,


em vaso aberto, esta força devida à
pressão, para a mesma superfície,
aumenta com a profundidade.
[F ] = 1N
[ p] = = 1 N m −2 = 1 Pa ( Pascal )
Unidades de Pressão (S.I.)
[ A] 1 m 2
A unidade S.I. de Pressão tem o nome de Pascal, em homenagem a Blaise Pascal

(Mais à frente falaremos de outras unidades de Pressão)

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Fluidos

xxxxxxxxxxxxxxx-------Nota Sobre Blaise PASCAL (1632 – 1662)-------xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx


Em 1663 publica o “Tratado do Equilíbrio dos Fluidos”, trabalho de Hidrostática onde estabelece a lei
que tem o seu nome e que levou à construção da prensa hidráulica. Escreveu ainda o “Tratado do
peso e da massa do ar”, onde estudou a pressão atmosférica. Foi exemplo de rara precocidade: aos
12 anos escrevia um tratado de Acústica, aos 16 anos o Tratado das Cónicas e aos 19 anos
inventou a máquina de calcular (adições e subtracções), conhecida como Pascaline. Deve-se a ele
ainda a invenção da seringa e da prensa hidráulica, que funciona segunda a lei que tem o seu nome.
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx

ESTÁTICA DE FLUIDOS

Lei Fundamental da Hidrostática

Consideremos um fluido homogéneo (ρ = const.) em equilíbrio hidrostático.

Adimtindo, com Stevin (1548-1620), que o equilíbrio dos fluidos obedece às leis
mecânicas do equilíbrio dos corpos sólidos,

G G G
F1 h1 Fi e F i' - forças de pressão laterais
G G G
Fg F1 e F2 - forças de pressão verticais
G
h2 Fg - força gravítica
G
F2
G G G G G G G G
∑F = 0 ⇒ F1 + F2 + F (
∑ i i' g = 0
+ F + F )
então,

⎧⎪∑ Fx = 0 ⎧⎪ Fi ' − Fi = 0
⎨ ⇒ ⎨
⎪⎩∑ y
F = 0 ⎪⎩− F1 + F2 − Fg = 0

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Fluidos

As forças de pressão laterais são simétricas, portanto anulam-se.

Resta,

∑Fy = 0 ⇒ F2 − F1 = Fg ⇒ p2 ∆ S − p1 ∆ S = m g

Como m = ρ × ∆ V = ρ × ( ∆ S × ∆ h ) , temos

p2 − p1 = ρ g ∆ h ⇔ ∆ p = ρ g ∆ h
∴ maior profundidade, maior pressão. (medida a partir da superfície livre)

p0 x

h p − p0 = ρ g ∆h ⇔ p = p0 + ρ g h
p x Lei Fundamental da Hidrostática

Nos gases ρ é pequeno ⇒ pressão é igual em todos os


pontos de um recipiente fechado.

Para pequenas variações (variações infinitesimais) de altura, dy , a Lei Fundamental


da Hidrostática assume a forma diferencial,
d p = − ρ g dh

O sinal negativo deve-se a considerar na vertical e para cima o eixo dos YY. Ou seja,
se dy aumenta, a pressão diminui (d p diminui).
No caso dos gases em recipiente fechado, a temperatura constante e uniforme, a
densidade considera-se constante. Assim, a diferença de pressão determina-se a
partir da expressão anteriormente deduzida.

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Fluidos

Sendo a densidade dos gases muito pequena, a diferença de pressão entre dois
pontos quaisquer do recipiente fechado é muito pequena, pelo que, geralmente, se
pode desprezar. Isto é, a pressão de um gás contido num recipiente fechado pode-se
considerar constante.

EXEMPLO
Consideremos um compartimento fechado, uma sala, com 5 m de altura.
Qual a diferença de pressão entre o tecto e o chão?

Resolução: ρ = 1,20 kg m–3


∆ p = ρ x g x h = 1,20 x 9,8 x 5 = 58,8 Pa = 0,0006 atm

Portanto ∆ p ≅ 0 atm
Assim sendo, a pressão do ar em qualquer ponto do compartimento é a mesma, por
exemplo, 1 atm.

Aplicações da Lei Fundamental da Hidrostática

1- A superfície de um líquido em repouso é plana e horizontal


Y

y A = yB A B p A − pB = ρ g ( y B − y A ) ⇔

⇔ 0 = ρ g ( yB − y A ) ⇔

X ⇒ yB − yA = 0 ⇔ yB = yA

2- Vasos Comunicantes

O líquido fica ao mesmo nível


em todos os recipientes
(Vasos Comunicantes).

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Fluidos

Em vasos comunicantes contendo o mesmo líquido, o nível da superfície livre é igual


em todos, porque a pressão é, em todos, igual à pressão atmosférica
(Os romanos desconheciam o “Princípio” dos Vasos Comunicantes” – daí os Aquedutos das Águas Livres )

3- Paradoxo Hidrostático

Recipientes com diferentes


formas mantêm a balança em
equilíbrio.

Fundo do mesmo tamanho


(mesma área) e aberta, cheio
até ao mesmo nível e colocado
no prato da balança (que o tapa).

4- Bomba Aspirante

O ar no interior do tubo é eliminado, pela acção da bomba,


criando-se uma região de baixa pressão. No exterior
do tubo, sobre o líquido, continua a exercer-se a pressão
atmosférica.

A que altura máxima sobe a água?

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Fluidos

5- Sifão

Eliminando o ar no tubo, i.e., substituindo o ar por líquido


do vaso – escorvar o tubo, e mantendo a extremidade C
abaixo do nível do líquido no recipiente, a pressão na
extremidade será maior que a pressão atmosférica e o
líquido descerá.

pC = pB + ρ g h ⇒ pC = patm + ρ g h ⇒ pC > patm


( pB = pA = patm )

Lei Fundamental da Hidrostática Para Fluidos Compressíveis a


Temperatura Constante e Variável (#)
Consideremos um gás com comportamento ideal, em condições isotérmicas.

Os gases são fluidos altamente compressíveis, pelo que a sua densidade varia em
função da pressão (e não apenas em função da temperatura).

Assim, para estes casos a Lei Fundamental da

Hidrostática toma a forma diferencial: d p=−ρgd y

O comportamento do gás é descrito pela Equação dos Gases Ideais:

m ⎛ massa de gas ⎞
pV = n RT em que n= ⎜ ⎟
M ⎝ massa molar ⎠
portanto,
m m
pV = RT ⇔ pM = RT ⇔
M V
M
⇔ p M = ρ RT ⇔ ρ= p
RT
(Um gás ideal é um gás em que o comportamento de cada partícula que o constitui se pode
considerar aproximadamente independente das restantes e obedece à equação acima referida.)

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Fluidos

Esta equação permite-nos saber como varia a densidade em função da pressão para
um gás ideal sujeito a condições em que a temperatura se mantém constante.

Assim, para estes casos a Lei Fundamental da Hidrostática


M
toma a forma: dp = − p g dh
RT

dp M
Resolvendo esta equação = −c d h ; onde c = g
p RT
(equação diferencial de 1ª ordem e de variáveis separáveis)

p h
dp
∫ = − c ∫ dh ⇔ [ln p ] pi = − c [ h ]hi ⇔
p h

pi
p hi

⎛ p⎞
⇔ ln p − ln pi = − c ( h − hi ) ⇔ ln ⎜ ⎟ = − c ( h − hi ) ⇔
⎝ pi ⎠

p ⎡ M ⎤
⇔ = exp ⎡⎣ − c ( h − hi ) ⎤⎦ ⇔ p = pi × exp ⎢ − g ( h − hi ) ⎥
pi ⎣ RT ⎦

∴ À medida que a altura aumenta a pressão diminui.

Para sabermos a pressão em função da temperatura temos que fazer,

dp = − ρ g dh
M p
, onde ρ=
R T

Considerando que a temperatura varia linearmente com a altura,

dT dT
T = Ti + kh ; entao =k ⇒ dh= k euma cons tante
dh k

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Fluidos

Substituindo na equação da Lei Fundamental da Hidrostática,

M p dT
dp = − g ;
R T k
p M g
dp = − c dT ; sendo c =
T Rk
p T
dp dT dp dT
p
= −c
T
⇒ ∫pi p = − c ∫T
Ti

⎛ p⎞ ⎛T ⎞ ⎛ p⎞
c
⎛T ⎞
⇔ ln ⎜ ⎟ = − c ln ⎜ ⎟ ⇔ ln ⎜ ⎟ = ln ⎜ i ⎟ ⇔
⎝ pi ⎠ ⎝ Ti ⎠ ⎝ pi ⎠ ⎝T ⎠
M g M g

⎛T ⎞ Rk ⎛ Ti ⎞ Rk
⇔ p = pi ⎜ i ⎟ ⇒ p = pi ⎜ ⎟
⎝T ⎠ ⎝ Ti + k h ⎠
∴ esta expressão dá-nos a pressão em função da temperatura.
(Reveja as Tabelas apresentadas nas páginas 3 e 4)

Pressão Atmosférica (#)

As expressões anteriores são-nos úteis para conhecer os valores da pressão


atmosférica.

A pressão de um gás, atmosfera terrestre incluída, deve-se à colisão das moléculas


contra as superfícies dos corpos.

Também se diz que a pressão atmosférica ao nível do solo se deve ao peso da coluna
de ar que está acima de nós.

Nos casos de gases em espaços abertos e em que se consideram grandes diferenças


de altitudes, a densidade dos gases varia.
Biofísica – Enfermagem ESSa - IPB 17
Fluidos
A variação da densidade acompanha a variação da aceleração da gravidade. Assim a
diferença de pressão entre duas altitudes determina-se a partir da forma mais geral da
Equação Fundamental da Hidrostática:
h2
∆ p = p2 − p1 = − ∫ ρ g dy
h1
Para tal é necessário conhecer a forma como g e ρ dependem de y .

CONDIÇÕES PADRÃO PARA A ATMOSFERA

As condições padrão para a atmosfera (ou atmosfera padrão), ao nível do mar, são:

p = 29,92 mm-Hg = 101,3 kPa


ρ = 1,2232 kg m–3 Atmosfera

T = 15 ºC = 288 K pressão diminui

Nos casos de gases em recipientes fechados, a temperatura constante e uniforme, a


densidade considera-se constante. Assim a diferença de pressão determina-se a partir

de, ∆ p = ρ gh

Como a densidade dos gases é muito pequena, a diferença de pressão entre dois
quaisquer pontos do recipiente fechado é muito pequena, pelo que geralmente se
pode desprezar. Isto é, a pressão de um gás contido num recipiente fechado pode
considerar-se constante.

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Fluidos

Experiência de Torricelli

Evangelista Torricelli (1608 – 1647)


Um tubo de mercúrio invertido, desce no tubo e
mantém-se à altura de 76 cm.
h = 76 cm
(Experiência imaginada por Torriceli mas realizada por
Vincenzo Viviani, discípulo e amigo de Galileu, tal como
Torricelli.)

Pressão atmosférica
1 atm = 76 cm-Hg
Algumas Unidades de Pressão

1 mm-Hg = 1 Torr (em homenagem a Torricelli)


1 atm = 760 mm-Hg = 760 Torr

Conversão para unidades S.I.


ρHg = 13,6 g cm–3 1 atm = ρHg x g x h =
= 13,6 x 103 x 9,8 x 0,76 =
= 1,013 x 105 Pa
A Pressão Atmosférica expressa em várias unidades

1 atm = 1,013 x 105 Pa


= 1, 013 bar (1013 mbar)

= 14,70 psi (lbf in 2)
= 760 mm Hg
= 760 torr
= 10,33 m H2O

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Fluidos

Medidores de Pressão

Barómetro
(báros – peso; metro - medida)

Um barómetro, esquematizado ao lado,


mede a pressão absoluta [Absolute Pressure].

Anerómetro
(a – sem; néros – líquido; eidos – forma)
Caixa metálica onde no interior foi feito vácuo.
Uma série de mecanismos permite amplificar a
deformação e medir a pressão atmosférica absoluta.

Manómetros

Manómetro (mano – pouco denso, metro – medida)

Os manómetros medem a pressão relativa. [Gauge Pressure]

Manómetro simples: a altura da coluna de líquido


permite saber a pressão no tubo, em relação à
pressão atmosférica.

A sua utilização está restrita a baixas pressões e


não pode ser utilizado em gases.

Para estes dois casos utiliza-se um manómetro em forma de U.

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Fluidos

p A = p + ρ g h1

pB = patm + ρ g h 2

Como p A = pB ,

entao p + ρ g h1 = patm + ρ g h 2 ⇔

p − p0 = ρ g ( h 2 − h1 ) ⇒
A altura da coluna dá-nos a pressão
⇔ p = p0 + ρ g h no tanque

Outros Manómetros

Manómetro de Bourdon

É constituído por um tubo


de latão achatado, fechado
numa extremidade e
dobrado em forma circular:
a forma fechada é ligada a
um ponteiro e a extremidade aberta é ligada ao
reservatório onde se quer medir a pressão.

Transdutores de Pressão

A ideia de uma leitura óptica, directa, da pressão


pode ser útil em muitas situações. Em outras isso
não é possível, ou é mais útil uma leitura automa-
-tizada dos dados e a respectiva armazenagem
para posterior análise. Alguns destes medidores utilizam propriedades dos materiais
que variam com a pressão, por exemplo a resistência eléctrica de um fio de platina.

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Fluidos

QUESTÃO 1
Na experiência de Torricelli, a altura da coluna de líquido no tubo é independente da
secção do tubo, isto é, é a mesma qualquer que seja a secção deste.
Explicar porquê.

QUESTÃO 4
Por meio da bomba pneumática e
por aspiração pela boca, extraiu-se
ar da lata e da palhinha, ver figura.
Explicar o que sucede em ambos casos.

QUESTÃO 5
1- Que relação há entre as pressões lidas nos manómetros M1 e M2?
2- Conhecidas as alturas h1 e h2 do mercúrio, e a pressão atmosférica, p0, indicar a
leitura feita nos manómetros.
3- Qual é a pressão do gás encerrado no
tubo fechado?

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Fluidos

Lei de Pascal. Prensa Hidráulica

A lei que a seguir se deduz é válida apenas para líquidos incompressíveis, ideais, i.e.
com densidade constante durante o aumento ou diminuição de pressão.

A B

De acordo com a lei fundamental da hidrostática, p = p0 + ρ g h

E como os pontos A e B estão ao mesmo nível, a pressão é a mesma, uma vez que
o fluido está em equilíbrio, p A = pB

Então,
FA FB
= que traduz a Lei de Pascal.
S A SB

1 1
Ou seja, SA < SB ⇒ > ⇒ F A < FB
SA SB

Isto é, para erguer um corpo colocado à direita, a força necessária a exercer à


esquerda é menor.
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Fluidos

Aplicações da Lei de Pascal

Macaco Hidráulico Freio Hidráulico

Impulsão. Lei de Arquimedes

O peso de um corpo quando


está total ou parcialmente
mergulhado num fluido, diminui.

Esta ideia, conhecida por Princípio de


Arquimedes, vamos deduzi-la a partir
das leis da Estática e portanto
passamos a designá-lo por Lei de
Arquimedes.

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Fluidos

O corpo da figura está em equilíbrio estático


sob acção das seguintes forças:

G
Fg - Força gravítica;
G
R - Reacção da mola do dinamómetro,
simétrica do peso do corpo imerso;

G G' G G
Fix , F ix , F1 , F2 - Forças de pressão
hidrostática laterais e verticais, respectivamente.
G
Chama-se impulsão I à força que tem a direcção vertical, está dirigida para cima e é
a resultante das forças de pressão exercidas pelo fluido.

G G G
As forças laterais equilibram-se duas a duas, portanto I = F1 + F2 ⇔ I = F2 − F1

Quanto vale esta impulsão?

Se retirarmos o corpo, o seu lugar será ocupado por líquido, que fica em equilíbrio,
sob acção de duas forças: a força gravítica exercida nesse fluido e a impulsão de todo
o líquido circundante (que é igual à que exercia no corpo).
Do equilíbrio resulta que estas duas forças são simétricas, ou seja: o valor da
G
impulsão I é igual, precisamente, ao peso de líquido do volume ocupado pelo
corpo imerso.

I = ρ fluido ⋅ Vimerso ⋅ g

O peso aparente do corpo imerso será dado por Paparente = Fg − I

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Fluidos

QUESTÃO 6
Quando um barco passa da água doce de um rio (menos densa) para a água
salgada do mar (mais densa), a impulsão varia? Justifique.

xxxxxxxxxxxxxxx-------Nota Sobre ARQUIMEDES (287 a.c. – 212 a.c.)-------xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx


Abordou a Mecânica (estudo das alavancas: “Dêem-me um ponto de apoio e levantarei a lua”).
Na Hidrostática estabeleceu a lei com o seu nome, “Eureka” – terá gritado na banheira quando descobriu como saber se
a coroa de ouro do rei Hierão era maciça. Era um entusiasta da Geometria (estimou o valor de π até às milésimas).
Conta-se que esta sua paixão lhe custou a vida. Quando os romanos conquistaram Siracusa, resistiu a ser preso,
insistindo em terminar a demonstração que estava a fazer no chão do largo principal.
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx

(#)
(As secções assinaladas com têm um carácter meramente informativo, não estarão em avaliação)

Bibliografia:
“Fundamentals of Physics”, D. Hallyday & R. Resnick, Wiley & Sons, 6th ed., 2001
“Manual de Física – Mecânica (12ºano)”, L. Silva & J. Valadares, Didáctica Editora,1987
“Engineering Fluid Mechanics”, J. A. Roberson & C. T. Crowe, Wiley & Sons, 1997
“A Physical Introduction to Fluid Mechanics”, A. J. Smits, Wiley & Sons, 2000
“Física”, Alonso & Finn, Addison – Wesley, 1999

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